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PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA INFÂNCIA

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• O acidente na infância é um problema de saúde pública global, temos ainda muita mortalidade 
infantil no Brasil – a OMS estima que há 5 milhões de mortes por ano por traumas diversos 
(para todas as faixas etárias). 
• Quanto às estatísticas: nos países em desenvolvimento tais acidentes são a principal causa de 
morte entre 1 e 14 anos. No mundo, são responsáveis por 1 milhão de mortes/ ano de crianças 
até 14 anos. 50 milhões cursam com sequelas permanentes. 
• O prognóstico é ruim pelo aumento da exposição ao risco (cada vez mais os responsáveis 
precisam trabalhar, deixando as crianças nas creches, com babás ou com irmãos mais velhos). 
• Percebemos, no gráfico, que as “quedas” formam uma fatia muito grande. Como exemplo, o 
caso de que uma criança vazou pela grade de um terminal rodoviário e caiu de 2 andares, 
chegando com afundamento de crânio no hospital. Alguns meses depois, ele deu entrada 
novamente no hospital, por ter retirado o cinto do carro em movimento, abrindo a porta e se 
jogando. 
• Em seguida, notamos que a fatia de “queimaduras” e “trânsito” também são consideráveis. 
Quanto ao trânsito, essa fatia já foi muito maior, com a cultura de usar cinto, cadeiras e 
fiscalização essa fatia está diminuindo. 
• No gráfico de colunas, à direita, percebemos que cada tipo de acidente muda conforme a idade 
e as “quedas” continuam sendo importantes. 
• O que devemos entender é que de cada 1000 consultas que temos por trauma, 50 pacientes 
ficam internados, 1/3 sofrem sequelas e 1 vai à óbito. 
• Os pacientes pediátricos têm maios vulnerabilidade aos acidentes visto que ainda não têm 
noção do perigo, são curiosos em aprendizado, querem repetir ações que viram (aprendemos 
por mimetismo) e querem a conquista do espaço (querem andar, se aventurar, escalar). 
Gabriela Reis Viol 
prevenção de acidentes 
na infância
• Os acidentes acontecem principalmente dentro de casa (62,3%), seguido da escola (15,7%) e 
da rua (11,1%). O mais assustador é que a maior parte dos acidentes ocorre na presença da 
mãe. 
• Há um estudo que mostra que o principal horário que ocorrem intoxicações é antes do almoço, 
onde a criança aproveita o momento da preparação do almoço e mexe em produtos de limpeza, 
remédios, entre outros. 
• Qual a diferença de acidente para injúria? 
• A injúria é um termo muito mais abrangente. O termo injúria aqui se aplica a qualquer espécie 
de dano impingido a um indivíduo em que a ação praticada excede, em natureza e quantidade, 
seus limites de resistência. Então, na verdade, quando falamos em injúria, estamos abrangendo 
acidentes e violência. A diferença é que a injúria intencional é a violência e a injúria não-
intencional é o acidente. 
• Temos vários tipos de violência: 
I. violência física; 
II. violência sexual; 
III. violência psicológica (mais difícil de mensurar); 
IV. violência auto-infringida (adolescentes que se auto-mutilam); 
V. violência institucional. 
• A injúria não-intencional ou acidente é um fato ou evento causador de dano ou lesão no 
indivíduo, de forma não intencional, em que a transmissão de energia excede, em natureza e 
quantidade, seus limites de resistência. 
• As habilidades cognitivas, perceptuais e motoras da criança mudam rapidamente com o 
crescimento e a expõe a um risco diferente de acidentes, conforme a faixa etária em que esteja, 
ou seja, cada faixa etária está sujeita a um tipo diferente de acidente. 
• O comportamento motor, nessa idade, é dominado pelas atividades reflexas. Então, temos que 
ter certos cuidados: verificar temperatura do banho/torneiras que forem a do alcance (evitar 
queimaduras), não usar alfinetes, não deixar o bebê sozinho no banho nem segundos (o bebê 
ainda não sustenta o pescoço, podendo afogar), não deixar o bebê sozinho em lugares que 
possa cair, evitar pequenos objetos que possam ser levados a boca, cuidado com tintas e 
pinturas que contenham chumbo, colchão deve ser firme e cobertas leves: risco de 
sufocamento. 
• Sobre o banho e a importância de alertar os responsáveis: pegar uma toalha leva 10 segundos 
↠ bebê submerso. Atender o telefone leva 2 minutos ↠ perda de consciência. Sair para atender 
a porta leva de 4 a 6 minutos ↠ danos cerebrais permanentes. 
• Devemos então deixar muito claro para os pais que não podem deixar uma criança dessa faixa 
etária sozinha no banho. 
Gabriela Reis Viol 
ACIDENTE X INJÚRIA
Até 3 meses: idade frágil
• Devemos retirar tudo do berço, objetos que enfeitam os berços podem desmontar, podem 
causar sufocamento, podem ser levados à boca. 
• A posição indicada é barriga para cima, pois evita a síndrome da morte súbita do lactente. 
• Não devemos cobrir a criança, o mais indicado é agasalhar. 
• Por fim, existe uma fiscalização do Inmetro sobre o tamanho entre as grades, devendo o 
espaço entre as grades de 4 a 6 cm e a altura, 60 cm. 
• É uma criança que já está começando a enxergar melhor, então ela já visualiza as coisas de 
melhor maneira e é um momento de descobertas, em que ela está encantada com tudo o que 
vê. 
• Surgimento da intencionalidade, interessa-se mais pelas pessoas e aprimora movimentos dos 
olhos e mãos: pega de objetos levados a boca (maior preocupação com aspirações). 
• Deve-se redobrar cuidados anteriores (1-3 meses), cuidado com quedas (começa a rolar) e 
cuidado com objetos pequenos. 
• Aspiração de corpo estranho: 
q u a n d o é u m o b j e t o 
radiopaco é difícil tirar, mas é 
fácil de diagnosticar. Quadro 
geralmente agudo de início 
abrupto, tosse crônica nos 
casos in ic ia lmente não 
diagnosticados (sem sinais 
de infecção), história de 
sufocação muitas vezes 
ausente (guardem isso ↠ 
história de colocar objeto na 
boca é geralmente ausente, 
porque ninguém viu). 
• Fazer Manobra de Heimlich: 
Gabriela Reis Viol 
4 a 6 meses: idade da contemplação
observação: os alimentos que mais provocam aspiração são o amendoim, o milho e o feijão. 
Lembrar que são crianças sem dentes, então esses alimentos são perigosos para elas. 
• Maior vulnerabilidade da criança pelo alto grau de curiosidade e necessidade de testar 
capacidades e habilidades conquistadas. 
• Intencionalidade nítida, ações visam compreensão do objeto novo, mudança de decúbito, 
deslocamento do corpo no espaço o que amplia experiência. 
• Essa criança já consegue sentar, engatinhas, algumas conseguem ficar em pé, permitindo uma 
experiência maior. 
• Deve-se redobrar cuidados anteriores (1-3 meses), ter cuidado com tudo que está ao alcance 
deles (toalhas de mesa, fios de televisão, alimentos quentes, etc), cuidado com produtos de 
limpeza e medicações (eles são curiosos, esse tipo de produto é colorido e chama atenção, o 
risco de intoxicação é grande – deixar fora do alcance, colocar trancas e cadeados). 
observação: andador ↠ perigoso e desnecessário ↠ gera muitos acidentes. O andador dá uma 
falsa ideia de proteção e o responsável relaxa, então quando a criança está aprendendo a andar, 
se ela tropeçar e cair ela consegue levantar por si só, mas se estiver de andador ela fica de 
cabeça para baixo e não consegue voltar para a posição normal. O andador também atrapalha o 
processo natural da marcha. 
• Agora existe a antecipação pelo pensamento (eles programam o que vão fazer), imitam e 
inventam, exploram o mundo (rastejamento, atividade motora firme), iniciam exploração extra 
domiciliar. 
• Deve-se redobrar cuidados anteriores. 
• Evitar quedas (cuidado com escadas, portões de segurança, grades ou telas de proteção nas 
janelas, tranca de automóveis, esvaziar piscina ou cercar). 
• Cuidados na cozinha : cabos de panela , fósforos, facas, etc. 
Gabriela Reis Viol 
7 a 12 meses: busca da compreensão
1 a 2 anos: idade da aventura
• Experiências se ampliam assim como capacidade motora. 
• Fase alpinista. 
• Imitam os pais e agora entendem porquê. 
• Fase do “não quero”. 
• Sem noção de perigo. 
• Deve-se redobrar cuidados anteriores. 
• Começar a educar sobre segurança e dar o exemplo, ensinar sobre os perigos da rua e quando 
atravessá-la.• Explora vizinhança (não querem mais ficar em casa). 
• Joga bola, sobe em árvores, anda de triciclo, quer ajudar os pais. 
• Deve-se redobrar cuidados anteriores, reforçar ensinamentos sobre segurança, supervisionar 
áreas onde a criança brinca e remover tudo. 
• Na escola: quedas, lacerações, traumas dentários. 
• Complicações no trânsito com bicicletas, skates, quedas, atropelamentos, ferimentos com 
armas de fogo, e lacerações. 
• Pressão social. 
• Comportamento de risco consciente (sabe que está correndo risco). 
• Maior liberdade. 
• Situações de perda de controle: intoxicações, atropelamentos, álcool, drogas, afogamento, 
quedas, homicídios. 
Gabriela Reis Viol 
2 a 3 anos: idade da independência
3 a 5 anos: idade da experiência
6 a 10 anos
Adolescência
• Um peso, duas medidas: numa colisão a 60 km/h, tudo o que estiver solto no banco de trás vai 
voar para a frente com um peso 50 vezes maior que o real. 
• Uma criança de 20 Kg, por exemplo, pesa um urso de 1000Kg. 
• Chega uma certa idade, que as crianças não querem mais ficar nas cadeirinhas de acordo com 
sua faixa etária ou não querem usar o cinto, o que faz com que os pais desistam de tentar 
ensiná-las o que é correto e acham que não tem problema. Em um acidente, ela é projetada, 
atingindo o vidro com o peso muito maior que seu peso real, causando traumatismos 
cranianos e vários outros problemas. 
• As cadeiras devem ser bem adaptadas e fixadas no assento. Cuidado com cadeiras usadas/
reutilizadas que já sofreram impacto. 
• Depois de um acidente você deve descartar a cadeira. 
• O uso correto dos equipamentos promovem 70% de proteção. 
• Uma coisa importante é que quando há acidente de carro com um bebê na cadeirinha (bebê-
conforto), a primeira coisa é não mexer no bebê, já que o bebê-conforto vai servir de transporte 
para a criança. Do mesmo jeito que ele está fixo ali com o cinto, você deixa ele, apenas corta o 
local onde ele está preso e solta a cadeirinha, levando-o para avaliação.
Gabriela Reis Viol 
Prevenção de injúrias no trânsito

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