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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO CÂMPUS SÃO JOÃO DA VISTA GIOVANA MENDONÇA DE LIMA REFORMA TRABALHISTAS: PERCEPÇÕES E IMPACTOS NAS RELAÇÕES DE TRABALHO SÃO JOÃO DA BOA VISTA SP 2018 Giovana Mendonça de Lima REFORMA TRABALHISTAS: PERCEPÇÕES E IMPACTOS NAS RELAÇÕES DE TRABALHO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Federal de São Paulo, como parte dos requisitos para a obtenção do grau de Tecnólogo em Processos Gerenciais. Área de Concentração: Ciências Sociais Prof. Dr. Ademar Bernardes Pereira Junior SÃO JOÃO DA BOAVISTA SP 2018 Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Comunitária “Wolgran Junqueira Ferreira” do Instituto Federal de São Paulo CÂMPUS SÃO JOÃO DA BOA VISTA Lima, Giovana Mendonça de L628r Reforma trabalhistas: percepções e impactos nas relações de trabalho/ Giovana Mendonça de Lima; orientador Ademar Bernardes Pereira Junior. --São João da Boa Vista, 2018. 39p. Trabalho de Conclusão de Curso (Tecnologia em Processos Gerenciais) --Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo,São João da Boa Vista, 2018. 1,Direito do trabalho –Brasil.2. Reforma legislativa –Brasil. 3. Brasil. [Lei n. 13.467, de 13 de julho de 2017]. I. Pereira Junior, Ademar Bernardes, orient. II. Título. CDD 344.8101 Ao meu avô Arlindo com todo meu amor e carinho! Sei que onde o senhor estiver, estará realizando esse sonho comigo (In memoriam)... AGRADECIMENTOS Aos meus pais que me impulsionaram e me ensinaram a lutar pelos meus sonhos, a todos os “falta pouco Gi”, acreditem fizeram diferença! Ao meu amigo e professor Ademar, um querido que mesmo de licença inicialmente me ajudou muito ao orientar e fazer todas as correções necessárias, que acreditou novamente no meu trabalho, muito obrigada mesmo! Ao corpo docente do IF em todos os semestres me ensinando sempre um pouco mais. A Deus pela a oportunidade concedida e por realizar esse sonho, mesmo após 10 anos, vale a pena ter fé, pois Ele realiza todos os sonhos, incluindo os que consideramos impossíveis. Ao amor da minha vida, Ana Beatriz Santos de Lima, o meu “xuxu”, que absolutamente todos os dias procurava saber o que eu tinha feito nas aulas, olhava meu caderno e perguntava se havia acabado a lição, obrigada, linda da tia, você me impulsionou a ir cada vez mais longe, te amo! Enfim, a todos que direta ou indiretamente me incentivaram a ir cada vez mais longe, o meu muito obrigada! DE LIMA, Giovana Mendonça. Reforma trabalhista: percepções e impactos nas relações de trabalho. 2018. Monografia (Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais) – Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de São Paulo, São João da Boa Vista. 2018. RESUMO O presente trabalho tem como tema as recentes mudanças na legislação trabalhista, a chamada Reforma Trabalhista, introduzida pela Lei n. 13.467/2017, analisando como os trabalhadores celetistas de São João da Boa Vista percebem em suas rotinas de trabalho tais alterações. O objetivo do trabalho concentra-se em conhecer as principais modificações trazidas pela Lei da Reforma e indicar qual a percepção que os trabalhadores do regime celetista têm sobre as recentes modificações na legislação. Justifica-se a pesquisa considerando o caráter inovador da legislação, considerando que as modificações trazidas impactam, em primeira hipótese, significativamente nos direitos da maioria dos trabalhadores brasileiros. A pesquisa se desenvolveu por meio de questionário, de caráter exploratório, com base na nova lei da, a qual busca trazer ao campo científico as percepções e impactos da dita reforma na vida dos trabalhadores com idade e renda mista. Identificamos na análise de dados e conclui-se que as mudanças foram positivas e que não ocorram grandes impactos ou percepções nas relações de trabalho. As mudanças ocorrem principalmente na forma de gozar as férias e as horas extras, e somente feitas com a aprovação de ambas as partes envolvidas no processo. Entretanto, para o empregado o maior beneficiado foi o empregador. Palavras-chave: Reforma Trabalhista. Relações de trabalho. Legislação. Trabalhador. DE LIMA, Giovana Mendonça. Reforma trabalhista: percepções e impactos nas relações de trabalho. 2018. Monografia (Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais) – Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de São Paulo, São João da Boa Vista. 2018. ABSTRACT The present work has as its theme the recent changes in labor legislation, the so-called Labor Reform, introduced by Law n. 13.467 / 2017, analyzing how the workers of São João da Boa Vista perceive such changes in their work routines. The objective of this paper is to know the main changes brought about by the Reform Law and to indicate the perception that the workers of the bargaining regime have about the recent changes in the legislation. The research is justified considering the innovative character of the legislation, considering that the changes brought have a significant impact on the rights of the majority of Brazilian workers. The research was carried out by means of a questionnaire, exploratory in nature, based on the new law, which seeks to bring to the scientific field the perceptions and impacts of this reform on the lives of workers with mixed age and income. We identified in the data analysis and it was concluded that the changes were positive and that there were no major impacts or perceptions in the labor relations. The changes occur mainly in the form of vacation and overtime, and only made with the approval of both parties involved in the process. However, for the employee the biggest beneficiary was the employer. Keywords: Labor reform. Work relationships. Legislation. Worker LISTA DE TABELAS Tabela 1- Comparativo antes e depois da reforma ............................................................ 25 Tabela 2: Pontos negociados ......................................................................................... 32 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Conhecimento da Reforma Trabalhista ........................................................... 29 Gráfico 2: Quem se beneficiou com a Reforma Trabalhista: ............................................. 30 Gráfico 3: Para quem foi criada a Reforma Trabalhista .................................................... 31 Gráfico 4: Relação entre empregado e empregador após a Reforma ................................... 31 Gráfico 5: Relação emprego versus reforma .................................................................... 32 Gráfico 6: Percepção da Reforma Trabalhista.................................................................. 33 Sumário 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12 1.1 MOTIVAÇÃO ........................................................................................................................13 1.2 OBJETIVOS ...........................................................................................................................14 1.2.1 Objetivos Específicos ......................................................................................................14 1.3 ORGANIZAÇÃO DESSE TRABALHO .................................................................................152. REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 16 2.1 O Direito do Trabalho – breve histórico ..................................................................................16 2. 2 Direito do Trabalho no Brasil ...............................................................................................18 2.2.1. A CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) ...................................................................19 2.2 .2 Sindicatos como agentes das relações trabalhistas ........................................................20 2.3 Reforma Trabalhista ...............................................................................................................21 2.3.1 Debates ...........................................................................................................................22 2.3.2 Principais mudanças da Reforma Trabalhista ...................................................................23 3. METODOLOGIA .................................................................................................... 28 4. ANÁLISE DE DADOS ............................................................................................ 29 4.1 Percepções sobre a Nova Lei ...................................................................................................29 4.2 Jornada de trabalho ...............................................................................................................30 4.3 Reais mudanças e impactos percebidos ...................................................................................30 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 34 REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 35 APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO ................................................................................ 37 12 1. INTRODUÇÃO O Direito Trabalhista é uma das principais áreas do Direito que trata das relações de sociais especificamente em relação trabalho. A origem de suas normas está relacionada àquelas criadas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), além da cultura de um povo, as suas doutrinas, os regimentos das empresas e os contratos. Conhecido também como Direito Laboral, está concentrado em dois personagens principais, o primeiro, é representado pelo empregado, e o segundo pelo empregador. Assim, é preciso entender a definição de cada um deles. Para avaliar as relações se faz necessário entender os sujeitos da relação trabalhista, ou seja, os atores sociais que compactuam força mediante remuneração. Segundo Batista (2009): Empregador: vide art. 2º da CLT. Para a CLT empregador é a empresa, individual ou coletiva, que assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Ainda, complementa a norma celetista, que se equiparam ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitem trabalhadores como empregados. Empregado: vide art. 3º da CLT. Define a norma supracitada que “ considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”. Nesta definição encontraremos cinco requisitos essenciais para a caracterização da figura jurídica em cotejo: pessoa física, não eventualidade na prestação dos serviços, dependência, pagamento de salário e prestação pessoal de serviços. Esclareça-se, por oportuno, que o parágrafo único do art. 442 da CLT, com a nova redação dada pela Lei 8.949/94, nos define que não existe relação empregatícia entre o cooperado e a sociedade cooperativa, nem entre aqueles e os tomadores de serviço desta. O liame dessa relação social se faz por meio do contrato de trabalho, que é a ferramenta que comprova a relação de trabalho existente entre os dois sujeitos da relação laboral e, nele contém todas as regras que o empregado deve seguir, seus direitos e garantias de proteção contratual, como remuneração, adicionais e garantias constitucionais que devem ser seguidas com rigor pelo empregador. A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) surgiu em 1943, a partir do Decreto n. 5.452, de 1º de maio de 1943 e foi sancionado pelo então presidente Getúlio Vargas. A CLT foi responsável por regulamentar as leis referentes ao direito trabalhista e processual do trabalho no país. Por isso, os trabalhadores são contratados nas empresas privadas sob o 13 regime da CLT e são conhecidos como celetistas, isso quer dizer que, eles serão sujeitos às normas desta lei. O que lhes dará direitos e deveres mediante as resoluções estabelecidas. Em 2017, o Governo Federal, atendendo às exigências neoliberais do empresariado da indústria e comércio propôs profundas modificações na legislação trabalhista. Essas modificações foram apresentadas como Reforma Trabalhista, ou ainda segundo o lobby governamental modernização das relações trabalhistas, mediante o então Projeto de Lei, considerando que na época ainda era somente um projeto. Segundo Silveira (2017): O Projeto de Lei trará muitas mudanças para a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) como o aumento na multa pelo não registro de trabalhadores e as alterações nas regras do trabalho em regime de tempo parcial, em conformidade com os princípios da razoabilidade e da boa-fé. Dessa forma, traria maiores conseqüências para quem não registrar o funcionário, já que antes a multa era de um salário-mínimo e agora vai ser de seis mil reais, com aumento quando houver reincidência, ainda o empregador e, dependendo do caso, os trabalhadores podem violar inúmeros princípios do Direito do trabalho como o da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas e o princípio protetor, para defender qualquer direito do trabalhador diante de qualquer ato do subordinante. Além disso, as alterações em regime de tempo parcial vão exceder o limite de vinte e cinco horas semanais e terá a possibilidade de horas extraordinárias. A nova legislação visa dar mais força para as convenções coletivas, os acordos feitos entre sindicatos de trabalhadores e empregadores. Pela proposta, o que é negociado e fixado em convenção coletiva passa a valer mais que a lei para 16 itens, como intervalo intrajornada e plano de cargos e salários. De outro lado, a proposta aponta 29 itens que não podem ser mudados pelos acordos entre patrões e empregados, como o salário mínimo, férias e licença-maternidade (TRISOTTO, 2017). Por fim, entender o que muda e como isso vai trazer impactos dentro das organizações não é uma tarefa fácil. O que se sabe é em todas as áreas e em qualquer tipo de instituição os impactos da nova lei estão presentes, o que se deve observar é o grau de interferência e como o colaborador reage a tal alteração. 1.1 MOTIVAÇÃO A principal motivação desse trabalho é o fato de que o assunto é atual mesmo após mais de um ano da lei aprovada, considerando que as modificações nas leis levam tempo para serem aceitas e implementadas na sociedade. De todas as implicações da criação de uma nova 14 lei o impacto que ela traz à sociedade e à vida do cidadão é o mais relevante nos estudos das Ciências Sociais. Assim, um fator extremamente relevante, trata-se do que como o trabalhador percebe e se reconhece sobre o tema, e também quais são os reais impactos dessa nova lei dentro das organizações. Entretanto, não há verdades absolutas sobre o bem ou o mal da lei, é o que se evidencia a partir das visões opostas sobre o mesmo assunto. O que se observa são interesses a que ela se destina. Em dado momento as políticas públicas se voltam paraproteção do trabalhador, quando essa é ameaçada. Em outros, mercado, política, interesses externos influenciam a formação da Agenda Pública para os interesses dominantes. Levantar a visão da classe menos favorecida, ou hipoteticamente mais atingida pela novatio legis é parte fundamental para começar a compreender os impactos nas relações trabalhistas e sociais. Assim, é possível saber se o trabalhador tem cedido ou foi pressionado a dispor, em segundo plano, de seus direitos trabalhistas que poderiam assim ser disponíveis pela legislação. Contudo, deve-se evitar criar versões absolutas da reforma e, para isso, a pesquisa acadêmica auxilia sobre a melhor compreensão do assunto. Fazendo com que se propaguem as informações pertinentes sobre o tema. 1.2 OBJETIVOS Conhecer como o trabalhador celetista percebeu as mudanças na relação trabalhista. E se percebeu, como, e se, essas mudanças afetaram seus direitos anteriormente adquiridos. 1.2.1 Objetivos Específicos Para atingir o objetivo geral deste trabalho, foram desenvolvidos os seguintes objetivos específicos: Entender como a modificação na legislação afetou o dia a dia do trabalhador; Conhecer como é a percepção do trabalhador sobre as leis trabalhistas; Analisar os aspectos positivos e negativos da reforma trabalhista sob a ótica do trabalhador. 15 1.3 ORGANIZAÇÃO DESSE TRABALHO Este trabalho foi organizado em introdução, três capítulos, considerações finais, referências e anexos. Na introdução, dá-se o tema desta pesquisa, apresentada a motivação para seu desenvolvimento, explicitados o objetivo geral e os específicos, assim como a organização deste trabalho. O capítulo 1 trouxe o referencial teórico, explorando os conceitos do Direito do Trabalho, tais como a sua origem, histórico e conquistas. Traz também o Direito do Trabalho no Brasil e a Reforma Trabalhista com levantamento histórico, principais mudanças e um comparativo de como era antes e depois da reforma. No capítulo 2, foi tratado detalhadamente como foi desenvolvida esta pesquisa e a metodologia utilizada. E comentários sobre o questionário com perguntas fechadas. No capítulo 3, foram apresentados os resultados obtidos com o tratamento dos dados, bem como as percepções que a pesquisa trouxe ao mundo científico. Nas considerações finais da pesquisa, trazemos as conclusões obtidas com este trabalho, suas contribuições e sugestões de trabalhos futuros. 16 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 O Direito do Trabalho – breve histórico Desde os primórdios da humanidade organizada em grupos antropológicos, o homem já sentia necessidade de defesa e garantir seu sustento, assim se dá a primeira forma de trabalho conhecida pela a humanidade. O trabalho era em benefício próprio, ou seja, os homens caçavam, pescavam e colhiam frutos para se sustentar. Entretanto, com a evolução da humanidade e a chegada a Idade Média, a população passou a ser organizar de forma diferente. Durante a Idade Média, existiam três tipos básicos de trabalhadores: os vassalos, subjugados por contrato ao senhor feudal; os servos da gleba, quase escravos, que podiam inclusive ser vendidos, ou dados e trocados por outros servos e mercadorias e os artesãos, que trabalhavam por conta própria e vendiam sua mercadoria. As primeiras revoltas sociais foram fruto dessas condições precárias, dentre elas, a igualdade era um dos principais pontos defendidos. Desses movimentos surgiram também as primeiras leis trabalhistas, segundo Martins (2011): A Lei de Peel, de 1802, na Inglaterra, pretendeu dar amparo aos trabalhadores, disciplinando o trabalho dos aprendizes paroquianos nos moinhos e que eram entregues aos donos das fábricas. A jornada de trabalho foi limitada em 12 horas, excluindo-se os intervalos para refeição. O trabalho não poderia se iniciar antes das 6 horas e terminar após às 21 horas. Deveriam ser observadas normas relativas à educação e higiene. Em 1819, foi aprovada lei tomando ilegal o emprego de menores de 9 anos. O horário de trabalho dos menores de 16 anos era de 12 horas diárias, nas prensas de algodão. Após esses fatos, novos movimentos ganharam força ao redor do mundo. Algumas reivindicações foram por uma menor jornada de trabalho, igualdade entre os funcionários e uma tentativa de organizar um líder que os representassem. Para cada uma dessas manifestações as reações foram diferentes. Houve greve que acabou em luta com a polícia, outras em demissões e até mesmo quem confundisse o Direito do Trabalho com o Direito Social. Contudo, a Igreja atuou como mediadora desses conflitos por muitos anos. Em primórdios de 1891, a Igreja propôs uma norma que era a base do Direito do Trabalho na sociedade da época. Um marco mundial foi a Encíclica Rerum Novarum que foi a Igreja quem criou e que também contribuiu para a defesa dos trabalhadores. O Papa Leão XIII publicou uma encíclica em 15 de maio de 1891, a Rerum Novarum, que significa Das Coisas Novas, citando sobre 17 previdência social, salário mínimo, jornada de trabalho e outras questões de caráter social, O que representou um instrumento valioso para o Estado, na alteração das regras trabalhistas, pois deu base aos direitos tidos como básicos nos dias atuais. Segundo Martins (2011): A Encíclica Rerum novarum (coisas novas), de 1891, do Papa Leão XIII, pontifica uma fase de transição para a justiça social, traçando regras para a intervenção estatal na relação entre trabalhador e patrão. Dizia o referido Papa que “não pode haver capital sem trabalho, nem trabalho sem capital” (Encíclica Rerum novarum, Capítulo 28). Leão XIII defendia a propriedade particular por ser um princípio do Direito Natural. Quem não tinha a propriedade, supria-a com o trabalho. Este é o meio universal de prover as necessidades da vida. As greves deveriam ser proibidas com a autoridade da lei. A encíclica História do Direito do Trabalho tinha cunho muito mais filosófico e sociológico. A Igreja continuou a preocupar-se com o tema, tanto que foram elaboradas novas encíclicas: Quadragésimo ano, de 1931, e Divini redemptoris, de Pio XI, de 1937. Afirmava Pio XI na Encíclica Quadragésimo Ano que “da oficina só a matéria sai enobrecida, os homens, ao contrário, corrompem-se e aviltam-se”; Mater et magistra, de 1961, de João XXE; Populorum progressio, de 1967, de Paulo VI; Laborem exercens, do Papa João Paulo n, de 14-9-1981. As encíclicas evidentemente não obrigam ninguém, mas muitas vezes serviram de fundamento para a reforma da legislação dos países. A origem das normas primárias de cunho basicamente social está relacionada àquelas criadas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), além da cultura de um povo, as doutrinas, os regimentos das empresas e os contratos de trabalho. Assim sendo, para cada nação as conquistas ocorrem em um determinado tempo. Com a Primeira Guerra Mundial o mundo precisava de mudança, para isso, ao fim da mesma surge o chamado constitucionalismo social; que englobava em seus conceitos várias áreas de seguridade entre elas o Direito do Trabalho. Segundo Martins (2011): A partir do término da Primeira Guerra Mundial, surge o que pode ser chamado de constitucionalismo social, que é a inclusão nas constituições de preceitos relativos à defesa social da pessoa, de normas de interesse social e de garantia de certos direitos fundamentais, incluindo o Direito do Trabalho. Após vários países se organizarem e declararem perante sua Constituição que o Direito do Trabalho, embora não oficialmente já existisse, pois não havia nenhuma lei ou regimento que o regulamentasse. E antes da Segunda Guerra Mundial, com o Tratado de Versalhes surge à OIT (Organização Internacional do Trabalho), que visava “proteger as relações entre empregados e empregadores no âmbito internacional, expedindo convenções erecomendações nesse sentido” (MARTINS, 2011 p.9). 18 Assim sendo, muitos países começaram a desenvolver suas normas e leis sobre o assunto. Em 1948, surge os Direitos Humanos Universais, pertinentes a todo e qualquer individuo, não importando sua nacionalidade, os direitos tidos como primários lhes estavam segurados. Como descreveu Martins (2011): “A Declaração Universal dos Direitos do Homem, de dezembro de 1948, prevê alguns direitos aos trabalhadores, como limitação razoável do trabalho, férias remuneradas periódicas, repouso e lazer etc.” O Direito do Trabalho é um dos ramos do Direito que teve suas normas e regras sendo registradas e modificadas ao longo dos anos. Cada sociedade o usou ou fez menção do mesmo de formas diferentes e até mesmo utilizou outros nomes. O que se sabe nos dias atuais é que foi diante das necessidades que ele acabou sendo desenvolvido e a melhor definição do conceito central segundo, Martins (2011) foi: Direito do Trabalho é o conjunto de princípios, regras e instituições atinentes à relação de trabalho subordinado e situações análogas, visando assegurar melhores condições de trabalho e sociais ao trabalhador, de acordo com as medidas de proteção que lhe são destinadas. Assim, pode-se afirmar que no Direito do Trabalho estão como se regem as relações entre empregado e empregador, suas normas que regulamentam as relações trabalhistas, todo a história ao redor do mundo e como cada sociedade o desenvolveu ao longo dos anos. É o principal objeto regulador, pois promove diretrizes no âmbito das partes organizadas que desenvolvem o vínculo empregatício. 2. 2 Direito do Trabalho no Brasil Direito do Trabalho ou Direito Laboral conceitualmente é o conjunto de normas jurídicas que regem as relações entre empregados e empregadores, e os direitos resultantes da condição jurídica dos trabalhadores. O Direito do trabalho no Brasil se refere ao modo como o Estado brasileiro regulamenta as relações de trabalho, suas normas e conceitos importantes para o seu entendimento. As normas do Direito do Trabalho brasileiro estão regidas pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e pela Constituição Federal. No Brasil, a história do direito trabalhista se desenvolve em três fases. Na sua fase inicial em maio de 1888 a Princesa Isabel promulga a Lei Áurea, acabando com até então regime de escravidão, que era impostos aos negros. Onde não podia se falar em direitos, o https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_do_trabalho https://pt.wikipedia.org/wiki/Empregado https://pt.wikipedia.org/wiki/Empregador https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_brasileiro https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_brasileiro https://pt.wikipedia.org/wiki/Consolida%C3%A7%C3%A3o_das_Leis_do_Trabalho https://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_Federal 19 simples fato da cor de sua pele já lhe implicava quais eram seus direitos. Somente em 1930, Getulio Vargas, o então presidente do Brasil, criou o Ministério do Trabalho e a Justiça do Trabalho, porém, tinham caráter somente administrativo. E os primeiros direitos eram somente jornada de trabalho do menor, férias e regime previdenciário. Na segunda fase a maior conquista foi à promulgação da CLT em 1° de maio de 1943, conhecida como a revolução industrial brasileira. Para sua criação as fontes foram a Encíclica Rerum Novarum do Papa Leão XIII, as recomendações da Organização Internacional do Trabalho – OIT, as notas dos consultores do Ministério do Trabalho e as teses aprovadas pelo Congresso Brasileiro de Direito Social. Muitos dos direitos existentes até hoje foram criados nessa época. Na terceira e até então última fase. Ocorreu depois de 100 anos da Lei Áurea, com a expansão dos direitos trabalhistas por meio da promulgação da Constituição de 1988. Onde houve grande aumento dos direitos do trabalhador, tais como: adicional de periculosidade, abono de 1/3 de férias, aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, proteção em fase da automação, entre outros. 2.2.1. A CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) A CLT foi criada pelo Decreto-Lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943, e sancionada pelo presidente Getúlio Vargas, durante o período do Estado Novo. A Consolidação foi assinada pelo então presidente, no Estádio de São Januário (Clube de Regatas Vasco da Gama). Dois anos antes, em 1941, Getúlio havia assinado a criação da Justiça do Trabalho, no mesmo local e mesmo dia do ano (TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO, 2012). A Consolidação unificou toda a legislação trabalhista então existente no Brasil e foi um marco por inserir, de forma definitiva, os direitos trabalhistas na legislação brasileira. O objetivo principal era regulamentar as relações individuais e coletivas de trabalho previstas. Ela surgiu com a necessidade constitucional, após a criação da Justiça do Trabalho (TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO, 2012). Com a CLT os trabalhadores tinham direitos garantidos perante a lei. Entretanto, estava somente no começo a luta por melhores condições de trabalho no país. Ela surge com o objetivo de regulamentar as relações de trabalho, pois muitos trabalhavam em situações análogas ou ate de escravidão. Seus principais pontos são, segundo Zanluca (2017): http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43 20 A Consolidação das Leis do Trabalho, cuja sigla é CLT, regulamenta as relações trabalhistas, tanto do trabalho urbano quanto do rural. Desde sua publicação já sofreu várias alterações, visando adaptar o texto às nuances da modernidade. Apesar disso, ela continua sendo o principal instrumento para regulamentar as relações de trabalho e proteger os trabalhadores.Seus principais assuntos são: Registro do Trabalhador/Carteira de Trabalho; Jornada de Trabalho; Período de Descanso; Férias; Medicina do Trabalho; Categorias Especiais de Trabalhadores; Proteção do Trabalho da Mulher; Contratos Individuais de Trabalho; Organização Sindical; Convenções Coletivas; Fiscalização; Justiça do Trabalho e Processo Trabalhista. Nos dias de hoje essa legislação teve várias atualizações e modificações. Entretanto, ainda é o principal instrumento de regulamentação dos direitos conquistados pelos trabalhadores. A versão original foi revista algumas vezes, porém, nunca perdeu a essência de regulamentar e dirigir as partes envolvidas nas relações de trabalho, sendo base nas negociações trabalhistas. 2.2 .2 Sindicatos como agentes das relações trabalhistas Após o fim da escravatura com a promulgação da Lei Áurea e, posteriormente, com o acometimento da Primeira Guerra Mundial, muitos estrangeiros se refugiaram no Brasil, aumentando a população do país. Os imigrantes quando chegaram ao Brasil, perceberam rapidamente a oportunidade de trabalho, porém observaram que não existia no país organizações que lutaram pelos os direitos dos trabalhadores. Assim sendo, começaram informalmente criando uma rede de apoio para dar suporte aos colegas em tempo de crise. Posteriormente, criaram as Uniões dos operários que com a crescente atividade da indústria se dividiu e criou modos de organizações por áreas de atuação trabalhista. Foi assim que o movimento sindicalista tomou forma no Brasil (SOUZA, 2017). O movimento sofreu interferências internacionais, ou seja, a partir que os operários somando força ganharam repercussão, evidenciou-se a necessidade de se instalar algo similar no país. O principal movimento segundo Souza (2017) foi: 21 Mais tarde, o Parlamento Inglês aprovou em 1824 uma lei estendendo a livre associação aos operários, algo que antes era permitido somente às classes sociais dominantes. Com isso, começam a ser criadas as trade unions, organizações sindicaisequivalentes aos atuais sindicatos. As trade unions passam então a negociar em nome do conjunto de trabalhadores, unificando a luta na busca por maiores direitos e salários. A ideia era evitar que os empregadores pudessem exercer pressão sobre trabalhadores individualmente. Outras medidas das trade unions foram a fixação de salário para toda a categoria, inclusive regulamentando-o em função do lucro (assim, o aumento da produtividade industrial resultava também em aumento no salário dos trabalhadores), criação de fundos de ajuda para trabalhadores em momentos de dificuldades, além da reunião das categorias de uma região em uma só federação. No ano de 1830, os operários ingleses formam a Associação Nacional para a Proteção do Trabalho, que se constitui como uma central de todos os sindicatos. 2.3 Reforma Trabalhista Em 2017, a chamada “Reforma Trabalhista” mudou significativamente a Consolidação das Leis do Trabalho, instrumentalizada pela lei n. 13.467/2017. Para o governo, a reforma tinha como objetivo combater o desemprego e ajudar na crise econômica do país. O Presidente da República, Michel Temer, em 23 de dezembro de 2016 na Câmara dos Deputados, apresentou o projeto de lei, que mais tarde seria aprovado na mesma. O projeto sofreu sucessivas discussões e emendas referentes ao modelo proposto originalmente, como por exemplo, a proposta do fim da obrigatoriedade do imposto sindical. Por fim, o projeto foi aprovado na Câmara dos deputados em 26 de abril de 2017 por 296 votos favoráveis e 177 votos contrários. Já no Senado Federal, o mesmo foi aprovado em 11 de julho de 2017 por 50 a 26 votos. Assim sendo, foi sancionado pelo Presidente da República, Michel Temer, em 13 de julho de 2017 sem vetos. Em 11 de novembro de 2017 a nova lei da reforma trabalhista teve iniciada sua vigência, pois já havia se passado os 120 dias de sua publicação no diário oficial. Sendo muito criticada pela Central Única dos Trabalhadores e os outros sindicatos, como também pelo Ministério Público do Trabalho, e pela Organização Internacional do Trabalho, entre outros (AMARO, 2018). Os principais pontos da mudança foram criticados pela classe operária através de seus líderes. Eles alegavam que a reforma da lei não traria benefícios, como havia sido noticiado, mas sim um maior desacordo entre empregado e empregador, facilitando maiores discussões, e não promovem diálogos, segundo Silveira (2017): 22 Os principais representantes dos trabalhadores criticam fortemente tal reforma, afirmando que esta não contribuirá para a geração de emprego e em muito dificultara com o diálogo entre trabalhador e empregador. Luiz Antônio Colussi, membro da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) afirmou que a reforma atingiria principalmente aos jovens, sendo que estes não possuiriam no futuro uma proteção aos seus direitos trabalhistas e não teriam direito a se aposentar. Junto com o debate do PL 6.787/2016, esteve presente na audiência pública a discussão em relação ao famigerado projeto que visa a regulamentação da terceirização do trabalho. 2.3.1 Debates Os principais pontos de debate foram aqueles onde o interesse patronal se sobressaia ao do empregado. Alguns defendiam a classe operaria e seus direitos, já outros diziam que era muito positiva para aumento de vagas no mercado de trabalho. Contudo, sem nenhum acordo ou uma pesquisa para saber o que pensava a população, a reforma trabalhista foi aprovada. Assim sendo, seria somente mais uma crítica ou eles estariam com a razão? O que de fato não se tornou possível saber. As discussões deveriam ocorrer em massa, plebiscitos em todas as formas e esferas possíveis, um estudo detalhado dos impactos também seria necessário, porém nada disso foi realizado. A principal sugestão dos críticos da lei, era uma assembléia ou até mesmo que greves fossem feitas a fim de propagar a perda dos direitos primários. E com isso, posicionar para que a classe mais baixa da cadeia exija que a burguesia pague pelo custo do capitalismo e não a classe trabalhadora. O que de fato não ocorreu. Segundo Cristina (2017): É preciso organizar desde cada local de estudo e trabalho uma forte mobilização, com assembléias e comitês de base que possam preparar uma grande greve geral a altura de derrubar a reforma trabalhista e todas as outras reformas que Temer e a burguesia querem nos impor. Com a força da nossa classe podemos nos organizar, para superar as exigir que as burocracias sindicais parem de boicotar nossa luta e organizem seriamente os trabalhadores e a juventude para lutar contra todos os ataques. Com a força da nossa classe entrando em ação podemos avançar para impor uma resposta política dos de baixo, lutando por uma assembléia constituinte livre e soberana que tenha como primeira tarefa anular cada uma dessas reformas 23 2.3.2 Principais mudanças da Reforma Trabalhista Cerca de 50 senadores votaram as mudanças que alteraram mais de 100 pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT); e que mudou o direito de todos os trabalhadores. Independentemente do cargo em que se ocupa em uma organização, todo trabalhador tem direito a férias. Vários órgãos garantem esse direito, são eles a OIT (Organização Internacional do Trabalho), a Convenção sobre Férias Remuneradas, a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) e a própria Constituição Federal de 1988. Todo trabalhador tem direito a férias remuneradas, após 1 ano de trabalho, seria um descanso de 30 dias corridos. Após a reforma, a lei sofreu modificações, e passando a ser dividida em períodos, sendo que uma delas deverá ter mais de 14 dias e os outros dois mais que cinco dias, de acordo com Carreira (2014): A Lei 13.467/17 prevê que o gozo das férias poderá ser fracionado em até 3 partes, desde que acordado entre empregado e empregador, sendo que uma delas deverá ter mais de 14 dias e as outras duas, mais que 5. O Parágrafo 2° do artigo 134 da CLT que tratava da exclusão de profissionais com menos de 18 e mais de 45 anos com relação à divisão do período de gozo das férias, foi revogado. Ou seja, esta regra é aplicável a qualquer trabalhador. Agora, também há previsão legal, com a inclusão do parágrafo 3° no artigo 134, quanto ao início do período de gozo das férias, que não poderá ocorrer no período de dois dias que antecede feriado ou dias de repouso remunerado. Artigo 134 da CLT, após Reforma Trabalhista: “Art. 134. ............................................................. § 1o Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. Com essas modificações os direitos conquistados com muitas lutas, não terão mais efeitos. Assim sendo, os direitos primários vão se perdendo um a um a cada dia. O trabalhador está cada vez mais desvalorizado e refém da própria lei (CARREIRA 2014). Algumas mudanças tratam as questões que envolvem o aumento do poder patronal, a dificuldade de acordo com a nova lei. Contudo, ilustra a insatisfação dos representantes de entidades voltadas aos trabalhadores ante este projeto encaminhado ao Senado pelo presidente Michel Temer. A crítica se baseia, principalmente, em relação ao aparente ataque aos direitos trabalhistas previstos na Constituição Federal e na Consolidação das Leis Trabalhistas. 24 As principais críticas da nova lei são: que não existiria mais o valor do empregado, e sim uma supremacia dos empregadores, o principal ponto é que os acordos entre empregado e empregador, passam a ser superior a lei. Entre outros, mas um ponto relevante é que há uma expectativa de aumento dos empregos, o que é fortemente contestado pelos especialistas na área dotrabalho. O que é um retrocesso, pois as leis estão sendo ignoradas e os acordos se sobressaem á ela, segundo o autor Silveira (2017): Conclui-se, então, que a reforma trouxe alterações que focaram no que é negociado em si pelos trabalhadores com as empresas, para que isso prevaleça sobre a legislação. Com isso, os acordos feitos pelas categorias teriam, por consequência, peso legal. O projeto tem expectativa de aumento na geração de emprego, o que é fortemente contestado por seus opositores. A reforma trabalhista propõe mudanças na lógica da relação trabalhista, com treze pontos divididos em subáreas: autonomia e flexibilidade; questões horárias; e férias e bônus. Algumas mudanças são sutis, entretanto, outras são profundas e geram impactos diretos na vida do trabalhador. Muitos direitos adquiridos com muita luta e até morte de alguns semelhantes estão sendo desvalorizados diante da reforma aprovada. Também revela que há pontos que não sofreram alteração. São estes: seguro desemprego; salário mínimo, 13° salário; irredutibilidade do salário, repouso semanal; licença maternidade e paternidade. Por fim, revela-se que as mudanças terão impactos, e que o trabalhador poderá sofrer, pois seus direitos primários (direitos humanos, saúde, segurança) estarão deixando de existir. O fim do acerto informal: mediante, à Nova Lei o empregado e empregador se de comum acordo estiverem poderão extinguir o contrato de trabalho, mesmo assim o empregado terá direito a movimentar 80% do saldo do FGTS e o empregador pagará metade da multa depositada no fundo e metade do aviso prévio, somando 20% do valor. Entretanto, o empregado não receberá mais o seguro desemprego. Os acordos serão válidos e só receberam o seguro desemprego quem for demitido sem justa causa. O fim do imposto sindical obrigatório: atualmente todo empregado é obrigado a pagar a contribuição sindical, que consiste em descontar o valor de um dia de trabalho, que geralmente ocorre no mês de março. A partir da Reforma Trabalhista a contribuição não é mais obrigatória e sim o empregado é quem decide se deve ou não pagar esse valor ao sindicato de sua categoria. Serviço efetivo: não pode se considerado tempo a disposição da empresa e por isso não será calculado como hora extra, o período que exceder a jornada de trabalho, nos 25 seguintes aspectos: quando o empregado decidir passar mais tempo dentro da organização, seja por insegurança ou má condição climática ou para realizar as atividades particulares como troca de roupa, isso não será computado como tempo a disposição da empresa. Porém, se a empresa exigir o uso de uniformes, a troca de roupa contará com tempo efetivo a disposição da organização. Hora extra: mantém o limite de duas horas extras por dia e pagamento de pelo menos 50% sobre o valor da hora. A principal alteração está no fato de que o banco de horas já existente possa ser pactuado mediante acordo individual e não mais só coletivos como era antes, porém a compensação deve ocorrer em no máximo seis meses e os ajustes serem mensais; caso o contrato seja reincidido sem a compensação do banco de horas, deverá ser pago o valor residual ao empregado. Negociado X Legislado: a mudança na legislação traz mais força as convenções coletivas, pois o que for negociado na convenção coletiva valerá mais que a lei em 16 pontos. Entretanto, em 29 pontos a lei não foi mudada, como por exemplo, salário mínimo e licença maternidade. Para compreender melhor a tabela a seguir destacam alguns dos pontos fundamentais da reforma, fazendo referências ao antes da reforma, com a atual mudança e por fim destaca se ocorreram ganhos ou perdas para o empregado ou para o empregador. Tabela 1- Comparativo antes e depois da reforma Jornada Regra anterior A jornada é limitada a 8 horas diárias, 44 horas semanais e 220 horas mensais, podendo haver até 2 horas extras por dia. Nova regra Jornada diária poderá ser de 12 horas com 36 horas de descanso, respeitando o limite de 44 horas semanais (ou 48 horas, com as horas extras) e 220 horas mensais. Tempo na empresa Regra anterior A CLT considera serviço efetivo o período em que o empregado está à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens. Nova regra Não são consideradas dentro da jornada de trabalho as atividades no âmbito da empresa como descanso, estudo, alimentação, interação entre colegas, higiene pessoal e troca de uniforme. 26 Descanso Regra anterior O trabalhador que exerce a jornada padrão de 8 horas diárias tem direito a no mínimo uma hora e a no máximo duas horas de intervalo para repouso ou alimentação. Nova regra O intervalo dentro da jornada de trabalho poderá ser negociado, desde que tenha pelo menos 30 minutos. Além disso, se o empregador não conceder intervalo mínimo para almoço ou concedê-lo parcialmente, a indenização será de 50% do valor da hora normal de trabalho apenas sobre o tempo não concedido em vez de todo o tempo de intervalo devido. Férias Regra anterior As férias de 30 dias podem ser fracionadas em até dois períodos, sendo que um deles não pode ser inferior a 10 dias. Há possibilidade de 1/3 do período a ser pago em forma de abono. Nova regra As férias poderão ser fracionadas em até três períodos, mediante negociação, contanto que um dos períodos seja de pelo menos 15 dias corridos. Que poderá ser pago fracionado também, entretanto a maioria realiza o pagamento no primeiro período. Banco de horas Regra anterior O excesso de horas em um dia de trabalho pode ser compensado em outro dia, desde que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas. Há também um limite de 10 horas diárias. Nova regra O banco de horas pode ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação se realize no mesmo mês. Fonte: da autora (2018). As mudanças hoje são reais e seus impactos poucos conhecidos. Por isso, o assunto se torna pertinente para discussão. Ao fim desse trabalho, espera-se encontrar respostas conclusivas e uma visão atual com mais de um ano da nova Lei 13.467/2017 vigente no país. A visão que teremos será sobre o olhar do empregado em suas relações com os empregadores Transporte Regra anterior O tempo de deslocamento no transporte oferecido pela empresa para ir e vir do trabalho, cuja localidade é de difícil acesso ou não servida de transporte público, é contabilizado como jornada de trabalho. Nova regra O tempo despendido até o local de trabalho e o retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho. 27 durante esse período. Será possível saber qual das vontades prevalecerá e quem sofreu maior interferência na fase de adaptação. 28 3. METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa de caráter exploratório com a aplicação de questionário a diversos trabalhadores celetistas com perguntas fechadas e respostas pré-estabelecidas, por intermédio de um questionário online, na cidade de são João da Boa Vista/ SP. Justifica-se pelas seguintes perguntas: quais são os impactos da nova lei nas relações trabalhistas? A nova lei interfere e afeta no âmbito organizacional? O trabalhador conhece seus direitos? Quais os impactos diretos na relação da jornada de trabalho? Posteriormente, foi feita à análise e levantamento de dados, com apuração dos resultados obtidos, e por fim de concluir a pesquisa sem, no entanto, esgotá-la. Para se analisar os dados foram utilizados gráficos que facilitam a interpretação e sua visualização. Contudo, cada pergunta terá seus dados e requisitos específicos, o que não trará gráficos semelhantes, pois as informações serão distintas. A tabulação foi quantitativa. Para a amostragem a pesquisa alcançou 80 pessoas, os dados foram colhidos noperíodo de 20 de outubro de 2018 a 14 de novembro de 2018, os entrevistados possuem grau de instrução diverso e resta mista. 29 4. ANÁLISE DE DADOS A pesquisa foi respondida por 80 pessoas sendo, 87,5% do gênero feminino e 12,50% do gênero masculino; com as seguintes idades: 37.50% de 18 a 24 anos; 37.50% de 25 a 35 anos; 12.50% de 36 a 45 anos; 12.50% de 46 a 60 anos. Que atuam nas seguintes áreas, 37.50% no setor de serviços, 25% no comércio, 25% no setor doméstico e 12, 50% na indústria. Com os seguintes percentuais de instrução, 62,50% com grau superior/tecnólogo, 25% com ensino médio e 12.50% com ensino fundamental. E a renda esta entre um salário mínimo (12,50%) e de 1 a 3 salários mínimos (87.50%). 4.1 Percepções sobre a Nova Lei Diante dos dados colhidos podemos dizer que 100% das pessoas entrevistadas conhecem a existência dos direitos trabalhistas. Entretanto, a maioria conhece superficialmente a nova lei aprovada em novembro de 2017, o que está como objetivação especifica do trabalho acadêmico. Sendo, o conhecimento superficial, como analisado no gráfico a seguir: Gráfico 1: Conhecimento da Reforma Trabalhista Fonte: da autora. 75% 25% Você conhece a reforma trabalhista aprovada em novembro de 2017? sim, conheço por informações básicas da mídia (TV, rádio, Internet) Sim, a empresa onde trabalho nos orientou Sim, busquei informações nainternet/livros ou consultei advogado não 30 4.2 Jornada de trabalho A maioria dos entrevistados trabalha mediante a jornada de 44 horas semanais (67.50%), o restante 32.50% trabalha menos de 44 horas semanais. E que 87.50% teve seu contrato de trabalho iniciado antes da Reforma Trabalhista (10/11/2017). Observou-se que somente 12.50% sofreram alguma alteração na sua jornada de trabalho após vigorar a Nova Lei, e quando ocorreu à negociação a vontade de ambos prevaleceu. Entretanto, nenhumas das pessoas entrevistados relatou mudanças no seu horário de almoço ou diminuição de seus salários, o que é um aspecto positivo na visão do colaborador. Embora se contraponha no seguinte aspecto, mediante o gráfico apresentado: Gráfico 2: Quem se beneficiou com a Reforma Trabalhista: Fonte: da autora O percentual de sim da pesquisa revela que 1/3 acredita que quem se beneficiou com a reforma foram os empregadores. 4.3 Reais mudanças e impactos percebidos Para um grande percentual as mudanças vieram para beneficiar os empregadores e não os empregados, o que também se evidencia quando mais de 63% da população entrevistada garante que se sentiram prejudicadas com as mudanças ocorridas na lei como observado no gráfico a seguir: 37% 38% 25% Você considera que a reforma trabalhista beneficiou seu empregador de alguma forma? Sim Não Não sei responder 31 Gráfico 3: Para quem foi criada a Reforma Trabalhista Fonte: da autora Para 37% dos entrevistados as mudanças foram positivas para seu empregador. No entanto, a maioria não percebeu mudanças nas suas relações com o empregador.Longe disso, melhoram 62% Para isso, é necessário observar o gráfico a seguir, que demonstra que as relações não pioram: Gráfico 4: Relação entre empregado e empregador após a Reforma Fonte: da autora Outra modificação na lei foi a Contribuição sindical, onde foi apurado que somente 25% dos entrevistados continuaram a pagar o sindicato. Para os entrevistados o desemprego está diretamente relacionado à questão das modificações na Reforma Trabalhista, pois somente 37% acreditam que o número de desempregados diminui. O mesmo percentual que considera a geração de empregos devido a reforma. Observaremos o gráfico a seguir: 0 38% 62% Após a reforma trabalhista a relação entre Empregador e Empregado Piorou Não percebeu mudanças Melhorou 0% 37% 63% Você considera que a Reforma trabalhista foi criada para beneficiar Empregados Empregadores Ambos 32 Gráfico 5: Relação emprego versus reforma Fonte: da autora Um dos principais pontos da reforma está diretamente relacionado às férias, onde somente 37% dos entrevistados chegou a negociar a forma de como iria gozá-las. Porém, foi possível observar os pontos nos quais o trabalhador consegue negociar livremente com seu empregador. Assim sendo, a tabela a seguir demonstrará os pontos com maior negociação, podendo optar por todos os quais ocorreu uma possível negociação. Sendo eles: Tabela 2: Pontos negociados Direito negociado Percentual Férias 100% Salários 37.50% Descanso semanal 37.50% Horas extra 62,50% Teletrabalho (Home Office) 25% Fonte: da autora Na tabela também foi possível observar que absolutamente todos os empregados negociaram suas férias e que as horas extras são o segundo item com maior índice de pessoas que obtiveram um novo acordo. Por fim, ao analisar o gráfico a seguir, é possível se observar que a Reforma Trabalhista no aspecto geral foi positiva, embora muito criticada, o empregado associasse nas mudanças benefícios para si próprio. 13% 37% 50% No que se refere à geração/aumento de emprego na sua cidade, você considera que após a reforma trabalhista o número de empregos: Aumentaram Diminuiram não soube responder 33 Gráfico 6: Percepção da Reforma Trabalhista Fonte: da autora A análise concluiu que as mudanças foram positivas e que não ocorram grandes impactos ou percepções nas relações de trabalho. Os gráficos apresentados foram gerados com base na pesquisa e a interpretação dos mesmos foi fiel aos dados obtidos. 50% 37% 13% No que se refere ao seu trabalho, você achou positiva ou negativa a reforma trabalhista? Positiva Negativa Não sei responder 34 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A Nova Lei da Reforma trabalhista começou a ser válida em todo o país, no dia 11 de novembro de 2017, que alterou vários pontos nas relações de trabalho entre eles: jornada de trabalho, descanso semanal, férias, hora extra, teletrabalho, entre outros. É de extrema relevância para esse trabalho, pois o tema é atual e pouco difundido nas instituições. Era necessário validar o que o trabalhador conhecia sobre o assunto e se isso gerou impactos dentro das organizações. Diante dos resultados obtidos, constatou que: A pesquisa foi respondida com a maioria das pessoas com no máximo 35 anos e renda não superior a três salários mínimos; Embora todos garantissem conhecer a existência dos direitos trabalhistas, o conhecimento da Nova Lei é superficial, baseado em informações da TV e internet; As mudanças ocorrem principalmente na forma de gozar as férias e as horas extras, e somente feitas com a aprovação de ambas as partes envolvidas no processo. Entretanto, para o empregado o maior beneficiado foi o empregador; E por fim, para metade dos entrevistados as mudanças foram positivas. Os resultados encontrados respondem aos objetivos desse trabalho, pois com um ano da lei em vigor é possível observar as percepções do empregado e os impactos nas relações com o empregador. Avaliando os aspectos de forma positiva na visão do trabalhador. Encerra-se a pesquisa, porém sempre será possível refazê-la e analisá-la em outros aspectos. E como sugestão futura, obter a visão do empregador mediante a Reforma Trabalhista e qual suas percepções e impactos na relação com o empregado, complementará esse estudo. Sem no entanto esgotá-lo. 35 REFERÊNCIAS AMARO, Cristina. Debate sobre reforma trabalhista serve de alerta para as empresas. Revista exame; 24 de janeiro de 2018. Disponível em: < https://exame.abril.com.br/negocios/debate-sobre-reforma-trabalhista-serve-de-alerta-para-as- empresas/ >. Acesso em: 02 de junho de 2018. BATISTA, Fabrício Ribeiro. Definição de empregado e empregador. Disponível em: < http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/definicao-de-empregado-e-empregador/37119/ >. Acesso em: 11de junho de 2018. BRASIL. CLT DECRETO DE LEI N 5.452. DE MAIO DE 1943. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm >. Acesso em: 11 de junho de 2018. BRASIL. LEI 13.467/2017 (LEI ORDINÁRIA) 13/07/2017. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13467.htm:>. Acesso em: 13 de abril de 2018. CARREIRA, Sua. Gozo das férias: antes e depois da Reforma Trabalhista. Disponível em: <http://ibdec.net/2014/sua-carreira/gozo-das-ferias-antes-e-depois-da-reforma- trabalhista>. Acesso em: 13 de abril de 2018. CRISTINA, Odete. Antes e depois da reforma: 12 mudanças para te tirar a vida e garantir o lucro patronal. Jornal Esquerda Diário. 2017 edição diária de 12 de julho. Disponível em: <http://www.esquerdadiario.com.br/Antes-e-depois-da-reforma-12- mudancas-para-te-tirar-a-vida-e-garantir-o-lucro-patronal >. Acesso em 12 de abril de 2018. FILHO, Ives Gandra Martins. Evolução do direito do trabalho no Brasil. Disponível em: <https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,evolucao-do-direito-do-trabalho-no- brasil,70002080786>. Acesso em 05 de junho de 2018. GALINDO, Silvana Carvalho. Entenda a reforma trabalhista. 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( ) Sim, conheço por informações básicas da mídia (TV, rádio, Internet) ( ) Sim, a empresa onde trabalho nos orientou ( ) Sim, busquei informações na internet/livros ou consultei advogado ( ) Não 4) Seu contrato de trabalho sofreu alguma mudança depois de aprovada a reforma trabalhista? ( ) Sim Identificação de Trabalhadores Regido Pela CLT Gênero: ( ) Masculino ( ) Feminino Idade: ( ) 18 a 24 anos; ( ) 25 a 35 anos; ( ) 36 a 45 anos; ( ) 46 a 60 anos; ( ) mais de 60 anos Área: ( ) indústria ( ) comércio ( ) doméstico ( ) autônomo Escolaridade: ( ) Ensino Fundamental; ( ) Ensino Médio/técnico ( ) superior/tecnólogo ( ) Pós-graduação Rendimentos: ( ) até 1 salário mínimo ( ) de 1 a 3 salário mínimo ( ) de 3 a 5 salário mínimo ( ) 5 ou mais salário mínimo 38 ( ) Não 5) Quantas horas por semana você trabalha? ( ) Menos de 44 horas semanais ( ) 44 horas semanais ( ) Mais de 44 horas semanais ( ) Escala 12h X 36h 6) Seu horário de jornada de trabalho foi modificado após a reforma trabalhista? ( ) Sim ( ) Não 7) Seu horário de almoço foi mudado depois da reforma trabalhista? ( ) Sim ( ) Não 8) Você negociou alguma mudança na jornada de trabalho com seu patrão? ( ) Sim ( ) Não 9) Se sim, qual vontade prevaleceu? ( ) Sua vontade ( ) Vontade do patrão ( ) Ambas as vontades, foi uma negociação justa 10) Se houve mudança na sua jornada de trabalho, seu salário diminuiu? ( ) Sim ( ) Não 11) Você chegou a negociar a forma de gozar suas férias com seu patrão? ( ) Sim ( ) Não 39 12) Você paga a contribuição sindical mesmo depois da reforma trabalhista? ( ) Sim ( ) Não 13) Você como trabalhador(a) brasileiro(a), sentiu-se prejudicado(a) depois da reforma trabalhista? ( ) Sim ( ) Não 14) No que se refere ao seu trabalho, você achou positiva ou negativa a reforma trabalhista? ( ) Positiva ( ) Negativa ( ) Não sei responder 15) Para seu empregador/patrão você considera que a reforma trabalhista o beneficiou de alguma forma? ( ) Sim ( ) Não 16) No que se refere à geração/aumento de emprego na sua cidade, você considera que após a reforma trabalhista os empregos: ( ) Aumentaram ( ) Diminuíram ( ) Não sei responder 17) Após a reforma trabalhista a relação entre Patrão e Empregado: ( ) Melhorou ( ) Piorou ( ) Não percebeu mudanças 18) Na sua percepção, no que se refere ao desemprego no Brasil, você considera que que a reforma trabalhista: ( ) Diminuiu o número de desempregados 40 ( ) Aumentou o número de desempregados ( ) Não sei responder 19) Você considera que a Reforma trabalhista foi criada para beneficiar: ( ) Empregados ( ) Empregadores ( ) Ambos 20) Quais itens do seu contrato de trabalho voce pode negociar com seu patrão livremente ? ( ) Férias ( ) Salários ( ) Descanso semanal ( ) Horas extras ( ) Teletrabalho (Home Office)
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