Buscar

TCC - GIOVANA MENDONCA DE LIMA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO 
CÂMPUS SÃO JOÃO DA VISTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GIOVANA MENDONÇA DE LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFORMA TRABALHISTAS: PERCEPÇÕES E IMPACTOS NAS 
RELAÇÕES DE TRABALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SÃO JOÃO DA BOA VISTA SP 
 2018 
 
 
Giovana Mendonça de Lima 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFORMA TRABALHISTAS: PERCEPÇÕES E IMPACTOS NAS 
RELAÇÕES DE TRABALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
ao Instituto Federal de São Paulo, como parte 
dos requisitos para a obtenção do grau de 
Tecnólogo em Processos Gerenciais. 
 
Área de Concentração: Ciências Sociais 
 
Prof. Dr. Ademar Bernardes Pereira Junior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO JOÃO DA BOAVISTA SP 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Comunitária 
“Wolgran Junqueira Ferreira” do Instituto Federal de São Paulo 
CÂMPUS SÃO JOÃO DA BOA VISTA 
 
 
 
 
Lima, Giovana Mendonça de 
 
L628r Reforma trabalhistas: percepções e impactos nas relações de 
trabalho/ Giovana Mendonça de Lima; orientador Ademar Bernardes 
Pereira Junior. --São João da Boa Vista, 2018. 
 39p. 
 
Trabalho de Conclusão de Curso (Tecnologia em Processos 
Gerenciais) --Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia 
de São Paulo,São João da Boa Vista, 2018. 
 
 
1,Direito do trabalho –Brasil.2. Reforma legislativa –Brasil. 
3. Brasil. [Lei n. 13.467, de 13 de julho de 2017]. I. Pereira Junior, 
Ademar Bernardes, orient. II. Título. 
 
CDD 344.8101 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao meu avô Arlindo com todo meu amor e carinho! Sei que onde o senhor estiver, estará 
realizando esse sonho comigo (In memoriam)... 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Aos meus pais que me impulsionaram e me ensinaram a lutar pelos meus sonhos, a 
todos os “falta pouco Gi”, acreditem fizeram diferença! 
Ao meu amigo e professor Ademar, um querido que mesmo de licença inicialmente 
me ajudou muito ao orientar e fazer todas as correções necessárias, que acreditou novamente 
no meu trabalho, muito obrigada mesmo! 
Ao corpo docente do IF em todos os semestres me ensinando sempre um pouco mais. 
A Deus pela a oportunidade concedida e por realizar esse sonho, mesmo após 10 anos, 
vale a pena ter fé, pois Ele realiza todos os sonhos, incluindo os que consideramos 
impossíveis. 
Ao amor da minha vida, Ana Beatriz Santos de Lima, o meu “xuxu”, que 
absolutamente todos os dias procurava saber o que eu tinha feito nas aulas, olhava meu 
caderno e perguntava se havia acabado a lição, obrigada, linda da tia, você me impulsionou a 
ir cada vez mais longe, te amo! 
Enfim, a todos que direta ou indiretamente me incentivaram a ir cada vez mais longe, 
o meu muito obrigada! 
 
 
 
DE LIMA, Giovana Mendonça. Reforma trabalhista: percepções e impactos nas relações 
de trabalho. 2018. Monografia (Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais) – Instituto 
Federal de Ciência e Tecnologia de São Paulo, São João da Boa Vista. 2018. 
 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho tem como tema as recentes mudanças na legislação trabalhista, a chamada 
Reforma Trabalhista, introduzida pela Lei n. 13.467/2017, analisando como os trabalhadores 
celetistas de São João da Boa Vista percebem em suas rotinas de trabalho tais alterações. O 
objetivo do trabalho concentra-se em conhecer as principais modificações trazidas pela Lei da 
Reforma e indicar qual a percepção que os trabalhadores do regime celetista têm sobre as 
recentes modificações na legislação. Justifica-se a pesquisa considerando o caráter inovador 
da legislação, considerando que as modificações trazidas impactam, em primeira hipótese, 
significativamente nos direitos da maioria dos trabalhadores brasileiros. A pesquisa se 
desenvolveu por meio de questionário, de caráter exploratório, com base na nova lei da, a qual 
busca trazer ao campo científico as percepções e impactos da dita reforma na vida dos 
trabalhadores com idade e renda mista. Identificamos na análise de dados e conclui-se que as 
mudanças foram positivas e que não ocorram grandes impactos ou percepções nas relações de 
trabalho. As mudanças ocorrem principalmente na forma de gozar as férias e as horas extras, e 
somente feitas com a aprovação de ambas as partes envolvidas no processo. Entretanto, para o 
empregado o maior beneficiado foi o empregador. 
Palavras-chave: Reforma Trabalhista. Relações de trabalho. Legislação. Trabalhador. 
 
 
 
DE LIMA, Giovana Mendonça. Reforma trabalhista: percepções e impactos nas relações 
de trabalho. 2018. Monografia (Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais) – Instituto 
Federal de Ciência e Tecnologia de São Paulo, São João da Boa Vista. 2018. 
 
 
ABSTRACT 
 
 
The present work has as its theme the recent changes in labor legislation, the so-called Labor 
Reform, introduced by Law n. 13.467 / 2017, analyzing how the workers of São João da Boa 
Vista perceive such changes in their work routines. The objective of this paper is to know the 
main changes brought about by the Reform Law and to indicate the perception that the 
workers of the bargaining regime have about the recent changes in the legislation. The 
research is justified considering the innovative character of the legislation, considering that 
the changes brought have a significant impact on the rights of the majority of Brazilian 
workers. The research was carried out by means of a questionnaire, exploratory in nature, 
based on the new law, which seeks to bring to the scientific field the perceptions and impacts 
of this reform on the lives of workers with mixed age and income. We identified in the data 
analysis and it was concluded that the changes were positive and that there were no major 
impacts or perceptions in the labor relations. The changes occur mainly in the form of 
vacation and overtime, and only made with the approval of both parties involved in the 
process. However, for the employee the biggest beneficiary was the employer. 
Keywords: Labor reform. Work relationships. Legislation. Worker 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1- Comparativo antes e depois da reforma ............................................................ 25 
Tabela 2: Pontos negociados ......................................................................................... 32 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 1: Conhecimento da Reforma Trabalhista ........................................................... 29 
Gráfico 2: Quem se beneficiou com a Reforma Trabalhista: ............................................. 30 
Gráfico 3: Para quem foi criada a Reforma Trabalhista .................................................... 31 
Gráfico 4: Relação entre empregado e empregador após a Reforma ................................... 31 
Gráfico 5: Relação emprego versus reforma .................................................................... 32 
Gráfico 6: Percepção da Reforma Trabalhista.................................................................. 33 
 
 
 
 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12 
1.1 MOTIVAÇÃO ........................................................................................................................13 
1.2 OBJETIVOS ...........................................................................................................................14 
1.2.1 Objetivos Específicos ......................................................................................................14 
1.3 ORGANIZAÇÃO DESSE TRABALHO .................................................................................152. REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 16 
2.1 O Direito do Trabalho – breve histórico ..................................................................................16 
2. 2 Direito do Trabalho no Brasil ...............................................................................................18 
2.2.1. A CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) ...................................................................19 
2.2 .2 Sindicatos como agentes das relações trabalhistas ........................................................20 
2.3 Reforma Trabalhista ...............................................................................................................21 
2.3.1 Debates ...........................................................................................................................22 
2.3.2 Principais mudanças da Reforma Trabalhista ...................................................................23 
3. METODOLOGIA .................................................................................................... 28 
4. ANÁLISE DE DADOS ............................................................................................ 29 
4.1 Percepções sobre a Nova Lei ...................................................................................................29 
4.2 Jornada de trabalho ...............................................................................................................30 
4.3 Reais mudanças e impactos percebidos ...................................................................................30 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 34 
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 35 
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO ................................................................................ 37 
 
12 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O Direito Trabalhista é uma das principais áreas do Direito que trata das relações de 
sociais especificamente em relação trabalho. A origem de suas normas está relacionada 
àquelas criadas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), além da cultura de um 
povo, as suas doutrinas, os regimentos das empresas e os contratos. 
Conhecido também como Direito Laboral, está concentrado em dois personagens 
principais, o primeiro, é representado pelo empregado, e o segundo pelo empregador. Assim, 
é preciso entender a definição de cada um deles. 
Para avaliar as relações se faz necessário entender os sujeitos da relação trabalhista, ou 
seja, os atores sociais que compactuam força mediante remuneração. Segundo Batista (2009): 
 
Empregador: vide art. 2º da CLT. Para a CLT empregador é a empresa, 
individual ou coletiva, que assumindo os riscos da atividade econômica, 
admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Ainda, 
complementa a norma celetista, que se equiparam ao empregador, para os 
efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as 
instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições 
sem fins lucrativos, que admitem trabalhadores como empregados. 
Empregado: vide art. 3º da CLT. Define a norma supracitada que “ 
considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza 
não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”. 
Nesta definição encontraremos cinco requisitos essenciais para a 
caracterização da figura jurídica em cotejo: pessoa física, não eventualidade 
na prestação dos serviços, dependência, pagamento de salário e prestação 
pessoal de serviços. Esclareça-se, por oportuno, que o parágrafo único do art. 
442 da CLT, com a nova redação dada pela Lei 8.949/94, nos define que não 
existe relação empregatícia entre o cooperado e a sociedade cooperativa, 
nem entre aqueles e os tomadores de serviço desta. 
 
O liame dessa relação social se faz por meio do contrato de trabalho, que é a 
ferramenta que comprova a relação de trabalho existente entre os dois sujeitos da relação 
laboral e, nele contém todas as regras que o empregado deve seguir, seus direitos e garantias 
de proteção contratual, como remuneração, adicionais e garantias constitucionais que devem 
ser seguidas com rigor pelo empregador. 
A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) surgiu em 1943, a partir do Decreto n. 
5.452, de 1º de maio de 1943 e foi sancionado pelo então presidente Getúlio Vargas. A CLT 
foi responsável por regulamentar as leis referentes ao direito trabalhista e processual do 
trabalho no país. Por isso, os trabalhadores são contratados nas empresas privadas sob o 
13 
 
 
regime da CLT e são conhecidos como celetistas, isso quer dizer que, eles serão sujeitos às 
normas desta lei. O que lhes dará direitos e deveres mediante as resoluções estabelecidas. 
Em 2017, o Governo Federal, atendendo às exigências neoliberais do empresariado da 
indústria e comércio propôs profundas modificações na legislação trabalhista. Essas 
modificações foram apresentadas como Reforma Trabalhista, ou ainda segundo o lobby 
governamental modernização das relações trabalhistas, mediante o então Projeto de Lei, 
considerando que na época ainda era somente um projeto. Segundo Silveira (2017): 
 
O Projeto de Lei trará muitas mudanças para a CLT (Consolidação das Leis 
Trabalhistas) como o aumento na multa pelo não registro de trabalhadores e 
as alterações nas regras do trabalho em regime de tempo parcial, em 
conformidade com os princípios da razoabilidade e da boa-fé. Dessa forma, 
traria maiores conseqüências para quem não registrar o funcionário, já que 
antes a multa era de um salário-mínimo e agora vai ser de seis mil reais, com 
aumento quando houver reincidência, ainda o empregador e, dependendo do 
caso, os trabalhadores podem violar inúmeros princípios do Direito do 
trabalho como o da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas e o princípio 
protetor, para defender qualquer direito do trabalhador diante de qualquer ato 
do subordinante. Além disso, as alterações em regime de tempo parcial vão 
exceder o limite de vinte e cinco horas semanais e terá a possibilidade de 
horas extraordinárias. 
 
A nova legislação visa dar mais força para as convenções coletivas, os acordos feitos 
entre sindicatos de trabalhadores e empregadores. Pela proposta, o que é negociado e 
fixado em convenção coletiva passa a valer mais que a lei para 16 itens, como 
intervalo intrajornada e plano de cargos e salários. De outro lado, a proposta aponta 29 
itens que não podem ser mudados pelos acordos entre patrões e empregados, como o 
salário mínimo, férias e licença-maternidade (TRISOTTO, 2017). 
Por fim, entender o que muda e como isso vai trazer impactos dentro das organizações 
não é uma tarefa fácil. O que se sabe é em todas as áreas e em qualquer tipo de 
instituição os impactos da nova lei estão presentes, o que se deve observar é o grau de 
interferência e como o colaborador reage a tal alteração. 
 
1.1 MOTIVAÇÃO 
 
A principal motivação desse trabalho é o fato de que o assunto é atual mesmo após 
mais de um ano da lei aprovada, considerando que as modificações nas leis levam tempo para 
serem aceitas e implementadas na sociedade. De todas as implicações da criação de uma nova 
14 
 
 
lei o impacto que ela traz à sociedade e à vida do cidadão é o mais relevante nos estudos das 
Ciências Sociais. Assim, um fator extremamente relevante, trata-se do que como o trabalhador 
percebe e se reconhece sobre o tema, e também quais são os reais impactos dessa nova lei 
dentro das organizações. Entretanto, não há verdades absolutas sobre o bem ou o mal da lei, é 
o que se evidencia a partir das visões opostas sobre o mesmo assunto. O que se observa são 
interesses a que ela se destina. Em dado momento as políticas públicas se voltam paraproteção do trabalhador, quando essa é ameaçada. Em outros, mercado, política, interesses 
externos influenciam a formação da Agenda Pública para os interesses dominantes. 
Levantar a visão da classe menos favorecida, ou hipoteticamente mais atingida pela 
novatio legis é parte fundamental para começar a compreender os impactos nas relações 
trabalhistas e sociais. Assim, é possível saber se o trabalhador tem cedido ou foi pressionado a 
dispor, em segundo plano, de seus direitos trabalhistas que poderiam assim ser disponíveis 
pela legislação. Contudo, deve-se evitar criar versões absolutas da reforma e, para isso, a 
pesquisa acadêmica auxilia sobre a melhor compreensão do assunto. Fazendo com que se 
propaguem as informações pertinentes sobre o tema. 
 
1.2 OBJETIVOS 
 
 Conhecer como o trabalhador celetista percebeu as mudanças na relação trabalhista. 
E se percebeu, como, e se, essas mudanças afetaram seus direitos anteriormente 
adquiridos. 
 
1.2.1 Objetivos Específicos 
 
 Para atingir o objetivo geral deste trabalho, foram desenvolvidos os seguintes 
objetivos específicos: 
 Entender como a modificação na legislação afetou o dia a dia do trabalhador; 
 Conhecer como é a percepção do trabalhador sobre as leis trabalhistas; 
 Analisar os aspectos positivos e negativos da reforma trabalhista sob a ótica do 
trabalhador. 
 
15 
 
 
1.3 ORGANIZAÇÃO DESSE TRABALHO 
 
Este trabalho foi organizado em introdução, três capítulos, considerações finais, 
referências e anexos. Na introdução, dá-se o tema desta pesquisa, apresentada a motivação 
para seu desenvolvimento, explicitados o objetivo geral e os específicos, assim como a 
organização deste trabalho. 
O capítulo 1 trouxe o referencial teórico, explorando os conceitos do Direito do 
Trabalho, tais como a sua origem, histórico e conquistas. Traz também o Direito do Trabalho 
no Brasil e a Reforma Trabalhista com levantamento histórico, principais mudanças e um 
comparativo de como era antes e depois da reforma. 
No capítulo 2, foi tratado detalhadamente como foi desenvolvida esta pesquisa e a 
metodologia utilizada. E comentários sobre o questionário com perguntas fechadas. 
No capítulo 3, foram apresentados os resultados obtidos com o tratamento dos dados, 
bem como as percepções que a pesquisa trouxe ao mundo científico. 
Nas considerações finais da pesquisa, trazemos as conclusões obtidas com este 
trabalho, suas contribuições e sugestões de trabalhos futuros. 
16 
 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
2.1 O Direito do Trabalho – breve histórico 
 
 Desde os primórdios da humanidade organizada em grupos antropológicos, o homem 
já sentia necessidade de defesa e garantir seu sustento, assim se dá a primeira forma de 
trabalho conhecida pela a humanidade. O trabalho era em benefício próprio, ou seja, os 
homens caçavam, pescavam e colhiam frutos para se sustentar. 
Entretanto, com a evolução da humanidade e a chegada a Idade Média, a população 
passou a ser organizar de forma diferente. Durante a Idade Média, existiam três tipos básicos 
de trabalhadores: os vassalos, subjugados por contrato ao senhor feudal; os servos da gleba, 
quase escravos, que podiam inclusive ser vendidos, ou dados e trocados por outros servos e 
mercadorias e os artesãos, que trabalhavam por conta própria e vendiam sua mercadoria. 
As primeiras revoltas sociais foram fruto dessas condições precárias, dentre elas, a 
igualdade era um dos principais pontos defendidos. Desses movimentos surgiram também as 
primeiras leis trabalhistas, segundo Martins (2011): 
 
A Lei de Peel, de 1802, na Inglaterra, pretendeu dar amparo aos 
trabalhadores, disciplinando o trabalho dos aprendizes paroquianos nos 
moinhos e que eram entregues aos donos das fábricas. A jornada de trabalho 
foi limitada em 12 horas, excluindo-se os intervalos para refeição. O trabalho 
não poderia se iniciar antes das 6 horas e terminar após às 21 horas. 
Deveriam ser observadas normas relativas à educação e higiene. Em 1819, 
foi aprovada lei tomando ilegal o emprego de menores de 9 anos. O horário 
de trabalho dos menores de 16 anos era de 12 horas diárias, nas prensas de 
algodão. 
 
Após esses fatos, novos movimentos ganharam força ao redor do mundo. Algumas 
reivindicações foram por uma menor jornada de trabalho, igualdade entre os funcionários e 
uma tentativa de organizar um líder que os representassem. Para cada uma dessas 
manifestações as reações foram diferentes. Houve greve que acabou em luta com a polícia, 
outras em demissões e até mesmo quem confundisse o Direito do Trabalho com o Direito 
Social. Contudo, a Igreja atuou como mediadora desses conflitos por muitos anos. Em 
primórdios de 1891, a Igreja propôs uma norma que era a base do Direito do Trabalho na 
sociedade da época. 
Um marco mundial foi a Encíclica Rerum Novarum que foi a Igreja quem criou e que 
também contribuiu para a defesa dos trabalhadores. O Papa Leão XIII publicou uma encíclica 
em 15 de maio de 1891, a Rerum Novarum, que significa Das Coisas Novas, citando sobre 
17 
 
 
previdência social, salário mínimo, jornada de trabalho e outras questões de caráter social, O 
que representou um instrumento valioso para o Estado, na alteração das regras trabalhistas, 
pois deu base aos direitos tidos como básicos nos dias atuais. Segundo Martins (2011): 
 
A Encíclica Rerum novarum (coisas novas), de 1891, do Papa Leão XIII, 
pontifica uma fase de transição para a justiça social, traçando regras para a 
intervenção estatal na relação entre trabalhador e patrão. Dizia o referido 
Papa que “não pode haver capital sem trabalho, nem trabalho sem capital” 
(Encíclica Rerum novarum, Capítulo 28). Leão XIII defendia a propriedade 
particular por ser um princípio do Direito Natural. Quem não tinha a 
propriedade, supria-a com o trabalho. Este é o meio universal de prover as 
necessidades da vida. As greves deveriam ser proibidas com a autoridade da 
lei. A encíclica História do Direito do Trabalho tinha cunho muito mais 
filosófico e sociológico. A Igreja continuou a preocupar-se com o tema, 
tanto que foram elaboradas novas encíclicas: Quadragésimo ano, de 1931, e 
Divini redemptoris, de Pio XI, de 1937. Afirmava Pio XI na Encíclica 
Quadragésimo Ano que “da oficina só a matéria sai enobrecida, os homens, 
ao contrário, corrompem-se e aviltam-se”; Mater et magistra, de 1961, de 
João XXE; Populorum progressio, de 1967, de Paulo VI; Laborem exercens, 
do Papa João Paulo n, de 14-9-1981. As encíclicas evidentemente não 
obrigam ninguém, mas muitas vezes serviram de fundamento para a reforma 
da legislação dos países. 
 
A origem das normas primárias de cunho basicamente social está relacionada 
àquelas criadas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), além da cultura de um 
povo, as doutrinas, os regimentos das empresas e os contratos de trabalho. Assim sendo, 
para cada nação as conquistas ocorrem em um determinado tempo. 
Com a Primeira Guerra Mundial o mundo precisava de mudança, para isso, ao fim 
da mesma surge o chamado constitucionalismo social; que englobava em seus conceitos 
várias áreas de seguridade entre elas o Direito do Trabalho. Segundo Martins (2011): 
 
A partir do término da Primeira Guerra Mundial, surge o que pode ser 
chamado de constitucionalismo social, que é a inclusão nas constituições de 
preceitos relativos à defesa social da pessoa, de normas de interesse social e 
de garantia de certos direitos fundamentais, incluindo o Direito do Trabalho. 
 
Após vários países se organizarem e declararem perante sua Constituição que o Direito 
do Trabalho, embora não oficialmente já existisse, pois não havia nenhuma lei ou regimento 
que o regulamentasse. E antes da Segunda Guerra Mundial, com o Tratado de Versalhes surge 
à OIT (Organização Internacional do Trabalho), que visava “proteger as relações entre 
empregados e empregadores no âmbito internacional, expedindo convenções erecomendações nesse sentido” (MARTINS, 2011 p.9). 
18 
 
 
Assim sendo, muitos países começaram a desenvolver suas normas e leis sobre o 
assunto. Em 1948, surge os Direitos Humanos Universais, pertinentes a todo e qualquer 
individuo, não importando sua nacionalidade, os direitos tidos como primários lhes estavam 
segurados. Como descreveu Martins (2011): “A Declaração Universal dos Direitos do 
Homem, de dezembro de 1948, prevê alguns direitos aos trabalhadores, como limitação 
razoável do trabalho, férias remuneradas periódicas, repouso e lazer etc.” 
O Direito do Trabalho é um dos ramos do Direito que teve suas normas e regras sendo 
registradas e modificadas ao longo dos anos. Cada sociedade o usou ou fez menção do mesmo 
de formas diferentes e até mesmo utilizou outros nomes. O que se sabe nos dias atuais é que 
foi diante das necessidades que ele acabou sendo desenvolvido e a melhor definição do 
conceito central segundo, Martins (2011) foi: 
 
 Direito do Trabalho é o conjunto de princípios, regras e instituições 
atinentes à relação de trabalho subordinado e situações análogas, visando 
assegurar melhores condições de trabalho e sociais ao trabalhador, de acordo 
com as medidas de proteção que lhe são destinadas. 
 
 
Assim, pode-se afirmar que no Direito do Trabalho estão como se regem as relações 
entre empregado e empregador, suas normas que regulamentam as relações trabalhistas, todo 
a história ao redor do mundo e como cada sociedade o desenvolveu ao longo dos anos. É o 
principal objeto regulador, pois promove diretrizes no âmbito das partes organizadas que 
desenvolvem o vínculo empregatício. 
 
2. 2 Direito do Trabalho no Brasil 
Direito do Trabalho ou Direito Laboral conceitualmente é o conjunto de normas 
jurídicas que regem as relações entre empregados e empregadores, e os direitos resultantes da 
condição jurídica dos trabalhadores. 
O Direito do trabalho no Brasil se refere ao modo como o Estado 
brasileiro regulamenta as relações de trabalho, suas normas e conceitos importantes para o seu 
entendimento. As normas do Direito do Trabalho brasileiro estão regidas pela CLT 
(Consolidação das Leis do Trabalho) e pela Constituição Federal. 
No Brasil, a história do direito trabalhista se desenvolve em três fases. Na sua fase 
inicial em maio de 1888 a Princesa Isabel promulga a Lei Áurea, acabando com até então 
regime de escravidão, que era impostos aos negros. Onde não podia se falar em direitos, o 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_do_trabalho
https://pt.wikipedia.org/wiki/Empregado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Empregador
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_brasileiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_brasileiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Consolida%C3%A7%C3%A3o_das_Leis_do_Trabalho
https://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_Federal
19 
 
 
simples fato da cor de sua pele já lhe implicava quais eram seus direitos. Somente em 1930, 
Getulio Vargas, o então presidente do Brasil, criou o Ministério do Trabalho e a Justiça do 
Trabalho, porém, tinham caráter somente administrativo. E os primeiros direitos eram 
somente jornada de trabalho do menor, férias e regime previdenciário. 
Na segunda fase a maior conquista foi à promulgação da CLT em 1° de maio de 1943, 
conhecida como a revolução industrial brasileira. Para sua criação as fontes foram a Encíclica 
Rerum Novarum do Papa Leão XIII, as recomendações da Organização Internacional do 
Trabalho – OIT, as notas dos consultores do Ministério do Trabalho e as teses aprovadas pelo 
Congresso Brasileiro de Direito Social. Muitos dos direitos existentes até hoje foram criados 
nessa época. 
Na terceira e até então última fase. Ocorreu depois de 100 anos da Lei Áurea, com a 
expansão dos direitos trabalhistas por meio da promulgação da Constituição de 1988. Onde 
houve grande aumento dos direitos do trabalhador, tais como: adicional de periculosidade, 
abono de 1/3 de férias, aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, proteção em fase da 
automação, entre outros. 
 
2.2.1. A CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) 
 
A CLT foi criada pelo Decreto-Lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943, e sancionada pelo 
presidente Getúlio Vargas, durante o período do Estado Novo. A Consolidação foi assinada 
pelo então presidente, no Estádio de São Januário (Clube de Regatas Vasco da Gama). Dois 
anos antes, em 1941, Getúlio havia assinado a criação da Justiça do Trabalho, no mesmo local 
e mesmo dia do ano (TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO, 2012). 
A Consolidação unificou toda a legislação trabalhista então existente no Brasil e foi 
um marco por inserir, de forma definitiva, os direitos trabalhistas na legislação brasileira. O 
objetivo principal era regulamentar as relações individuais e coletivas de trabalho previstas. 
Ela surgiu com a necessidade constitucional, após a criação da Justiça do Trabalho 
(TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO, 2012). 
Com a CLT os trabalhadores tinham direitos garantidos perante a lei. Entretanto, 
estava somente no começo a luta por melhores condições de trabalho no país. Ela surge com o 
objetivo de regulamentar as relações de trabalho, pois muitos trabalhavam em situações 
análogas ou ate de escravidão. Seus principais pontos são, segundo Zanluca (2017): 
 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
20 
 
 
A Consolidação das Leis do Trabalho, cuja sigla é CLT, regulamenta as 
relações trabalhistas, tanto do trabalho urbano quanto do rural. Desde sua 
publicação já sofreu várias alterações, visando adaptar o texto às nuances da 
modernidade. Apesar disso, ela continua sendo o principal instrumento para 
regulamentar as relações de trabalho e proteger os trabalhadores.Seus 
principais assuntos são: 
Registro do Trabalhador/Carteira de Trabalho; 
Jornada de Trabalho; 
Período de Descanso; 
Férias; 
Medicina do Trabalho; 
Categorias Especiais de Trabalhadores; 
Proteção do Trabalho da Mulher; 
Contratos Individuais de Trabalho; 
Organização Sindical; 
Convenções Coletivas; 
Fiscalização; 
Justiça do Trabalho e Processo Trabalhista. 
 
Nos dias de hoje essa legislação teve várias atualizações e modificações. Entretanto, 
ainda é o principal instrumento de regulamentação dos direitos conquistados pelos 
trabalhadores. A versão original foi revista algumas vezes, porém, nunca perdeu a essência de 
regulamentar e dirigir as partes envolvidas nas relações de trabalho, sendo base nas 
negociações trabalhistas. 
 
2.2 .2 Sindicatos como agentes das relações trabalhistas 
Após o fim da escravatura com a promulgação da Lei Áurea e, posteriormente, com o 
acometimento da Primeira Guerra Mundial, muitos estrangeiros se refugiaram no Brasil, 
aumentando a população do país. Os imigrantes quando chegaram ao Brasil, perceberam 
rapidamente a oportunidade de trabalho, porém observaram que não existia no país 
organizações que lutaram pelos os direitos dos trabalhadores. 
Assim sendo, começaram informalmente criando uma rede de apoio para dar suporte 
aos colegas em tempo de crise. Posteriormente, criaram as Uniões dos operários que com a 
crescente atividade da indústria se dividiu e criou modos de organizações por áreas de atuação 
trabalhista. Foi assim que o movimento sindicalista tomou forma no Brasil (SOUZA, 2017). 
O movimento sofreu interferências internacionais, ou seja, a partir que os operários 
somando força ganharam repercussão, evidenciou-se a necessidade de se instalar algo similar 
no país. O principal movimento segundo Souza (2017) foi: 
 
21 
 
 
Mais tarde, o Parlamento Inglês aprovou em 1824 uma lei estendendo a livre 
associação aos operários, algo que antes era permitido somente às classes 
sociais dominantes. Com isso, começam a ser criadas as trade unions, 
organizações sindicaisequivalentes aos atuais sindicatos. 
As trade unions passam então a negociar em nome do conjunto de 
trabalhadores, unificando a luta na busca por maiores direitos e salários. A 
ideia era evitar que os empregadores pudessem exercer pressão sobre 
trabalhadores individualmente. 
Outras medidas das trade unions foram a fixação de salário para toda a 
categoria, inclusive regulamentando-o em função do lucro (assim, o aumento 
da produtividade industrial resultava também em aumento no salário dos 
trabalhadores), criação de fundos de ajuda para trabalhadores em momentos 
de dificuldades, além da reunião das categorias de uma região em uma só 
federação. 
No ano de 1830, os operários ingleses formam a Associação Nacional para a 
Proteção do Trabalho, que se constitui como uma central de todos os 
sindicatos. 
 
 
2.3 Reforma Trabalhista 
Em 2017, a chamada “Reforma Trabalhista” mudou significativamente a Consolidação 
das Leis do Trabalho, instrumentalizada pela lei n. 13.467/2017. Para o governo, a reforma 
tinha como objetivo combater o desemprego e ajudar na crise econômica do país. 
O Presidente da República, Michel Temer, em 23 de dezembro de 2016 na Câmara dos 
Deputados, apresentou o projeto de lei, que mais tarde seria aprovado na mesma. O projeto 
sofreu sucessivas discussões e emendas referentes ao modelo proposto originalmente, como 
por exemplo, a proposta do fim da obrigatoriedade do imposto sindical. 
Por fim, o projeto foi aprovado na Câmara dos deputados em 26 de abril de 2017 por 
296 votos favoráveis e 177 votos contrários. Já no Senado Federal, o mesmo foi aprovado em 
11 de julho de 2017 por 50 a 26 votos. Assim sendo, foi sancionado pelo Presidente da 
República, Michel Temer, em 13 de julho de 2017 sem vetos. 
Em 11 de novembro de 2017 a nova lei da reforma trabalhista teve iniciada sua 
vigência, pois já havia se passado os 120 dias de sua publicação no diário oficial. Sendo muito 
criticada pela Central Única dos Trabalhadores e os outros sindicatos, como também 
pelo Ministério Público do Trabalho, e pela Organização Internacional do Trabalho, entre 
outros (AMARO, 2018). 
Os principais pontos da mudança foram criticados pela classe operária através de seus 
líderes. Eles alegavam que a reforma da lei não traria benefícios, como havia sido noticiado, 
mas sim um maior desacordo entre empregado e empregador, facilitando maiores discussões, 
e não promovem diálogos, segundo Silveira (2017): 
22 
 
 
Os principais representantes dos trabalhadores criticam fortemente tal 
reforma, afirmando que esta não contribuirá para a geração de emprego e em 
muito dificultara com o diálogo entre trabalhador e empregador. Luiz 
Antônio Colussi, membro da Associação Nacional dos Magistrados da 
Justiça do Trabalho (Anamatra) afirmou que a reforma atingiria 
principalmente aos jovens, sendo que estes não possuiriam no futuro uma 
proteção aos seus direitos trabalhistas e não teriam direito a se aposentar. 
Junto com o debate do PL 6.787/2016, esteve presente na audiência pública a 
discussão em relação ao famigerado projeto que visa a regulamentação da 
terceirização do trabalho. 
 
 
 
2.3.1 Debates 
 
Os principais pontos de debate foram aqueles onde o interesse patronal se sobressaia 
ao do empregado. Alguns defendiam a classe operaria e seus direitos, já outros diziam que era 
muito positiva para aumento de vagas no mercado de trabalho. Contudo, sem nenhum acordo 
ou uma pesquisa para saber o que pensava a população, a reforma trabalhista foi aprovada. 
Assim sendo, seria somente mais uma crítica ou eles estariam com a razão? O que de 
fato não se tornou possível saber. As discussões deveriam ocorrer em massa, plebiscitos em 
todas as formas e esferas possíveis, um estudo detalhado dos impactos também seria 
necessário, porém nada disso foi realizado. 
A principal sugestão dos críticos da lei, era uma assembléia ou até mesmo que greves 
fossem feitas a fim de propagar a perda dos direitos primários. E com isso, posicionar para 
que a classe mais baixa da cadeia exija que a burguesia pague pelo custo do capitalismo e não 
a classe trabalhadora. O que de fato não ocorreu. Segundo Cristina (2017): 
 
É preciso organizar desde cada local de estudo e trabalho uma forte 
mobilização, com assembléias e comitês de base que possam preparar uma 
grande greve geral a altura de derrubar a reforma trabalhista e todas as outras 
reformas que Temer e a burguesia querem nos impor. Com a força da nossa 
classe podemos nos organizar, para superar as exigir que as burocracias 
sindicais parem de boicotar nossa luta e organizem seriamente os 
trabalhadores e a juventude para lutar contra todos os ataques. Com a força 
da nossa classe entrando em ação podemos avançar para impor uma resposta 
política dos de baixo, lutando por uma assembléia constituinte livre e 
soberana que tenha como primeira tarefa anular cada uma dessas reformas 
 
 
 
23 
 
 
2.3.2 Principais mudanças da Reforma Trabalhista 
 
 Cerca de 50 senadores votaram as mudanças que alteraram mais de 100 pontos da 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT); e que mudou o direito de todos os trabalhadores. 
Independentemente do cargo em que se ocupa em uma organização, todo trabalhador tem 
direito a férias. Vários órgãos garantem esse direito, são eles a OIT (Organização 
Internacional do Trabalho), a Convenção sobre Férias Remuneradas, a CLT (Consolidação 
das Leis Trabalhistas) e a própria Constituição Federal de 1988. 
Todo trabalhador tem direito a férias remuneradas, após 1 ano de trabalho, seria um 
descanso de 30 dias corridos. Após a reforma, a lei sofreu modificações, e passando a ser 
dividida em períodos, sendo que uma delas deverá ter mais de 14 dias e os outros dois mais 
que cinco dias, de acordo com Carreira (2014): 
 
A Lei 13.467/17 prevê que o gozo das férias poderá ser fracionado em até 3 
partes, desde que acordado entre empregado e empregador, sendo que uma 
delas deverá ter mais de 14 dias e as outras duas, mais que 5. O 
Parágrafo 2° do artigo 134 da CLT que tratava da exclusão de profissionais 
com menos de 18 e mais de 45 anos com relação à divisão do período de 
gozo das férias, foi revogado. Ou seja, esta regra é aplicável a qualquer 
trabalhador. 
Agora, também há previsão legal, com a inclusão do parágrafo 3° no artigo 
134, quanto ao início do período de gozo das férias, que não poderá ocorrer 
no período de dois dias que antecede feriado ou dias de repouso remunerado. 
Artigo 134 da CLT, após Reforma Trabalhista: 
“Art. 134. ............................................................. 
§ 1o Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser 
usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a 
quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias 
corridos, cada um. 
 
Com essas modificações os direitos conquistados com muitas lutas, não terão mais 
efeitos. Assim sendo, os direitos primários vão se perdendo um a um a cada dia. O trabalhador 
está cada vez mais desvalorizado e refém da própria lei (CARREIRA 2014). Algumas 
mudanças tratam as questões que envolvem o aumento do poder patronal, a dificuldade de 
acordo com a nova lei. 
Contudo, ilustra a insatisfação dos representantes de entidades voltadas aos 
trabalhadores ante este projeto encaminhado ao Senado pelo presidente Michel Temer. A 
crítica se baseia, principalmente, em relação ao aparente ataque aos direitos trabalhistas 
previstos na Constituição Federal e na Consolidação das Leis Trabalhistas. 
24 
 
 
As principais críticas da nova lei são: que não existiria mais o valor do empregado, e 
sim uma supremacia dos empregadores, o principal ponto é que os acordos entre empregado e 
empregador, passam a ser superior a lei. Entre outros, mas um ponto relevante é que há uma 
expectativa de aumento dos empregos, o que é fortemente contestado pelos especialistas na 
área dotrabalho. O que é um retrocesso, pois as leis estão sendo ignoradas e os acordos se 
sobressaem á ela, segundo o autor Silveira (2017): 
 
Conclui-se, então, que a reforma trouxe alterações que focaram no que é 
negociado em si pelos trabalhadores com as empresas, para que isso 
prevaleça sobre a legislação. Com isso, os acordos feitos pelas categorias 
teriam, por consequência, peso legal. O projeto tem expectativa de aumento 
na geração de emprego, o que é fortemente contestado por seus opositores. 
 
A reforma trabalhista propõe mudanças na lógica da relação trabalhista, com treze 
pontos divididos em subáreas: autonomia e flexibilidade; questões horárias; e férias e bônus. 
Algumas mudanças são sutis, entretanto, outras são profundas e geram impactos 
diretos na vida do trabalhador. Muitos direitos adquiridos com muita luta e até morte de 
alguns semelhantes estão sendo desvalorizados diante da reforma aprovada. 
Também revela que há pontos que não sofreram alteração. São estes: seguro 
desemprego; salário mínimo, 13° salário; irredutibilidade do salário, repouso semanal; licença 
maternidade e paternidade. Por fim, revela-se que as mudanças terão impactos, e que o 
trabalhador poderá sofrer, pois seus direitos primários (direitos humanos, saúde, segurança) 
estarão deixando de existir. 
O fim do acerto informal: mediante, à Nova Lei o empregado e empregador se de 
comum acordo estiverem poderão extinguir o contrato de trabalho, mesmo assim o empregado 
terá direito a movimentar 80% do saldo do FGTS e o empregador pagará metade da multa 
depositada no fundo e metade do aviso prévio, somando 20% do valor. Entretanto, o 
empregado não receberá mais o seguro desemprego. Os acordos serão válidos e só receberam 
o seguro desemprego quem for demitido sem justa causa. 
O fim do imposto sindical obrigatório: atualmente todo empregado é obrigado a 
pagar a contribuição sindical, que consiste em descontar o valor de um dia de trabalho, que 
geralmente ocorre no mês de março. A partir da Reforma Trabalhista a contribuição não é 
mais obrigatória e sim o empregado é quem decide se deve ou não pagar esse valor ao 
sindicato de sua categoria. 
Serviço efetivo: não pode se considerado tempo a disposição da empresa e por isso 
não será calculado como hora extra, o período que exceder a jornada de trabalho, nos 
25 
 
 
seguintes aspectos: quando o empregado decidir passar mais tempo dentro da organização, 
seja por insegurança ou má condição climática ou para realizar as atividades particulares 
como troca de roupa, isso não será computado como tempo a disposição da empresa. Porém, 
se a empresa exigir o uso de uniformes, a troca de roupa contará com tempo efetivo a 
disposição da organização. 
Hora extra: mantém o limite de duas horas extras por dia e pagamento de pelo menos 
50% sobre o valor da hora. A principal alteração está no fato de que o banco de horas já 
existente possa ser pactuado mediante acordo individual e não mais só coletivos como era 
antes, porém a compensação deve ocorrer em no máximo seis meses e os ajustes serem 
mensais; caso o contrato seja reincidido sem a compensação do banco de horas, deverá ser 
pago o valor residual ao empregado. 
Negociado X Legislado: a mudança na legislação traz mais força as convenções 
coletivas, pois o que for negociado na convenção coletiva valerá mais que a lei em 16 pontos. 
Entretanto, em 29 pontos a lei não foi mudada, como por exemplo, salário mínimo e licença 
maternidade. 
Para compreender melhor a tabela a seguir destacam alguns dos pontos fundamentais 
da reforma, fazendo referências ao antes da reforma, com a atual mudança e por fim destaca 
se ocorreram ganhos ou perdas para o empregado ou para o empregador. 
 
Tabela 1- Comparativo antes e depois da reforma 
Jornada 
Regra anterior 
A jornada é limitada a 8 horas 
diárias, 44 horas semanais e 220 
horas mensais, podendo haver até 2 
horas extras por dia. 
Nova regra 
Jornada diária poderá ser de 12 horas 
com 36 horas de descanso, respeitando o 
limite de 44 horas semanais (ou 48 horas, 
com as horas extras) e 220 horas 
mensais. 
 
Tempo na 
empresa 
Regra anterior 
A CLT considera serviço efetivo o 
período em que o empregado está à 
disposição do empregador, 
aguardando ou executando ordens. 
Nova regra 
Não são consideradas dentro da jornada 
de trabalho as atividades no âmbito da 
empresa como descanso, estudo, 
alimentação, interação entre colegas, 
higiene pessoal e troca de uniforme. 
26 
 
 
Descanso 
Regra anterior 
O trabalhador que exerce a jornada 
padrão de 8 horas diárias tem 
direito a no mínimo uma hora e a 
no máximo duas horas de intervalo 
para repouso ou alimentação. 
Nova regra 
O intervalo dentro da jornada de trabalho 
poderá ser negociado, desde que tenha 
pelo menos 30 minutos. Além disso, se o 
empregador não conceder intervalo 
mínimo para almoço ou concedê-lo 
parcialmente, a indenização será de 50% 
do valor da hora normal de trabalho 
apenas sobre o tempo não concedido em 
vez de todo o tempo de intervalo devido. 
Férias 
Regra anterior 
As férias de 30 dias podem ser 
fracionadas em até dois períodos, 
sendo que um deles não pode ser 
inferior a 10 dias. Há possibilidade 
de 1/3 do período a ser pago em 
forma de abono. 
Nova regra 
As férias poderão ser fracionadas em até 
três períodos, mediante negociação, 
contanto que um dos períodos seja de 
pelo menos 15 dias corridos. Que poderá 
ser pago fracionado também, entretanto a 
maioria realiza o pagamento no primeiro 
período. 
Banco de 
horas 
 
Regra anterior 
O excesso de horas em um dia de 
trabalho pode ser compensado em 
outro dia, desde que não exceda, no 
período máximo de um ano, à soma 
das jornadas semanais de trabalho 
previstas. Há também um limite de 
10 horas diárias. 
Nova regra 
O banco de horas pode ser pactuado por 
acordo individual escrito, desde que a 
compensação se realize no mesmo mês. 
 Fonte: da autora (2018). 
 
As mudanças hoje são reais e seus impactos poucos conhecidos. Por isso, o assunto se 
torna pertinente para discussão. Ao fim desse trabalho, espera-se encontrar respostas 
conclusivas e uma visão atual com mais de um ano da nova Lei 13.467/2017 vigente no país. 
A visão que teremos será sobre o olhar do empregado em suas relações com os empregadores 
Transporte 
 
Regra anterior 
O tempo de deslocamento no 
transporte oferecido pela empresa 
para ir e vir do trabalho, cuja 
localidade é de difícil acesso ou 
não servida de transporte público, é 
contabilizado como jornada de 
trabalho. 
Nova regra 
O tempo despendido até o local de 
trabalho e o retorno, por qualquer meio 
de transporte, não será computado na 
jornada de trabalho. 
27 
 
 
durante esse período. Será possível saber qual das vontades prevalecerá e quem sofreu maior 
interferência na fase de adaptação. 
28 
 
 
3. METODOLOGIA 
 
Trata-se de uma pesquisa de caráter exploratório com a aplicação de questionário a 
diversos trabalhadores celetistas com perguntas fechadas e respostas pré-estabelecidas, por 
intermédio de um questionário online, na cidade de são João da Boa Vista/ SP. Justifica-se 
pelas seguintes perguntas: quais são os impactos da nova lei nas relações trabalhistas? A nova 
lei interfere e afeta no âmbito organizacional? O trabalhador conhece seus direitos? Quais os 
impactos diretos na relação da jornada de trabalho? 
Posteriormente, foi feita à análise e levantamento de dados, com apuração dos 
resultados obtidos, e por fim de concluir a pesquisa sem, no entanto, esgotá-la. Para se 
analisar os dados foram utilizados gráficos que facilitam a interpretação e sua visualização. 
Contudo, cada pergunta terá seus dados e requisitos específicos, o que não trará gráficos 
semelhantes, pois as informações serão distintas. A tabulação foi quantitativa. 
Para a amostragem a pesquisa alcançou 80 pessoas, os dados foram colhidos noperíodo de 20 de outubro de 2018 a 14 de novembro de 2018, os entrevistados possuem grau 
de instrução diverso e resta mista. 
 
29 
 
 
4. ANÁLISE DE DADOS 
 
A pesquisa foi respondida por 80 pessoas sendo, 87,5% do gênero feminino e 
12,50% do gênero masculino; com as seguintes idades: 
37.50% de 18 a 24 anos; 
37.50% de 25 a 35 anos; 
12.50% de 36 a 45 anos; 
12.50% de 46 a 60 anos. 
Que atuam nas seguintes áreas, 37.50% no setor de serviços, 25% no comércio, 
25% no setor doméstico e 12, 50% na indústria. Com os seguintes percentuais de 
instrução, 62,50% com grau superior/tecnólogo, 25% com ensino médio e 12.50% com 
ensino fundamental. E a renda esta entre um salário mínimo (12,50%) e de 1 a 3 salários 
mínimos (87.50%). 
 
4.1 Percepções sobre a Nova Lei 
 
Diante dos dados colhidos podemos dizer que 100% das pessoas entrevistadas 
conhecem a existência dos direitos trabalhistas. Entretanto, a maioria conhece 
superficialmente a nova lei aprovada em novembro de 2017, o que está como objetivação 
especifica do trabalho acadêmico. Sendo, o conhecimento superficial, como analisado no 
gráfico a seguir: 
Gráfico 1: Conhecimento da Reforma Trabalhista 
 
Fonte: da autora. 
 
75%
25%
Você conhece a reforma trabalhista 
aprovada em novembro de 2017?
sim, conheço por informações
básicas da mídia (TV, rádio, 
Internet)
Sim, a empresa onde trabalho 
nos orientou
Sim, busquei informações 
nainternet/livros ou consultei 
advogado
não
30 
 
 
4.2 Jornada de trabalho 
 
A maioria dos entrevistados trabalha mediante a jornada de 44 horas semanais 
(67.50%), o restante 32.50% trabalha menos de 44 horas semanais. E que 87.50% teve seu 
contrato de trabalho iniciado antes da Reforma Trabalhista (10/11/2017). Observou-se que 
somente 12.50% sofreram alguma alteração na sua jornada de trabalho após vigorar a Nova 
Lei, e quando ocorreu à negociação a vontade de ambos prevaleceu. Entretanto, nenhumas das 
pessoas entrevistados relatou mudanças no seu horário de almoço ou diminuição de seus 
salários, o que é um aspecto positivo na visão do colaborador. 
Embora se contraponha no seguinte aspecto, mediante o gráfico apresentado: 
Gráfico 2: Quem se beneficiou com a Reforma Trabalhista: 
 
Fonte: da autora 
O percentual de sim da pesquisa revela que 1/3 acredita que quem se beneficiou com a 
reforma foram os empregadores. 
 
4.3 Reais mudanças e impactos percebidos 
 
Para um grande percentual as mudanças vieram para beneficiar os empregadores e não 
os empregados, o que também se evidencia quando mais de 63% da população entrevistada 
garante que se sentiram prejudicadas com as mudanças ocorridas na lei como observado no 
gráfico a seguir: 
 
 
 
37%
38%
25%
Você considera que a reforma 
trabalhista beneficiou seu empregador 
de alguma forma?
Sim
Não 
Não sei responder
31 
 
 
Gráfico 3: Para quem foi criada a Reforma Trabalhista 
 
 
Fonte: da autora 
 
Para 37% dos entrevistados as mudanças foram positivas para seu empregador. No 
entanto, a maioria não percebeu mudanças nas suas relações com o empregador.Longe 
disso, melhoram 62% Para isso, é necessário observar o gráfico a seguir, que demonstra 
que as relações não pioram: 
Gráfico 4: Relação entre empregado e empregador após a Reforma 
 
Fonte: da autora 
 
Outra modificação na lei foi a Contribuição sindical, onde foi apurado que 
somente 25% dos entrevistados continuaram a pagar o sindicato. Para os entrevistados o 
desemprego está diretamente relacionado à questão das modificações na Reforma 
Trabalhista, pois somente 37% acreditam que o número de desempregados diminui. O 
mesmo percentual que considera a geração de empregos devido a reforma. Observaremos 
o gráfico a seguir: 
0
38%
62%
Após a reforma trabalhista a relação 
entre Empregador e Empregado
Piorou
Não percebeu mudanças
Melhorou
0%
37%
63%
Você considera que a Reforma 
trabalhista foi criada para beneficiar
Empregados
Empregadores
Ambos
32 
 
 
 
Gráfico 5: Relação emprego versus reforma 
 
Fonte: da autora 
 
Um dos principais pontos da reforma está diretamente relacionado às férias, onde 
somente 37% dos entrevistados chegou a negociar a forma de como iria gozá-las. Porém, 
foi possível observar os pontos nos quais o trabalhador consegue negociar livremente com 
seu empregador. Assim sendo, a tabela a seguir demonstrará os pontos com maior 
negociação, podendo optar por todos os quais ocorreu uma possível negociação. Sendo 
eles: 
Tabela 2: Pontos negociados 
Direito negociado Percentual 
Férias 100% 
Salários 37.50% 
Descanso semanal 37.50% 
Horas extra 62,50% 
Teletrabalho (Home Office) 25% 
 Fonte: da autora 
Na tabela também foi possível observar que absolutamente todos os empregados 
negociaram suas férias e que as horas extras são o segundo item com maior índice de pessoas 
que obtiveram um novo acordo. 
Por fim, ao analisar o gráfico a seguir, é possível se observar que a Reforma 
Trabalhista no aspecto geral foi positiva, embora muito criticada, o empregado associasse nas 
mudanças benefícios para si próprio. 
 
 
13%
37%
50%
No que se refere à geração/aumento de emprego na 
sua cidade, você considera que após a reforma 
trabalhista o número de empregos:
Aumentaram
Diminuiram
não soube responder
33 
 
 
 
Gráfico 6: Percepção da Reforma Trabalhista 
 
 Fonte: da autora 
 
A análise concluiu que as mudanças foram positivas e que não ocorram grandes 
impactos ou percepções nas relações de trabalho. Os gráficos apresentados foram gerados 
com base na pesquisa e a interpretação dos mesmos foi fiel aos dados obtidos. 
 
50%
37%
13%
No que se refere ao seu trabalho, você achou 
positiva ou negativa a reforma trabalhista?
Positiva
Negativa
Não sei responder
34 
 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A Nova Lei da Reforma trabalhista começou a ser válida em todo o país, no dia 11 de 
novembro de 2017, que alterou vários pontos nas relações de trabalho entre eles: jornada de 
trabalho, descanso semanal, férias, hora extra, teletrabalho, entre outros. É de extrema 
relevância para esse trabalho, pois o tema é atual e pouco difundido nas instituições. Era 
necessário validar o que o trabalhador conhecia sobre o assunto e se isso gerou impactos 
dentro das organizações. 
Diante dos resultados obtidos, constatou que: 
 A pesquisa foi respondida com a maioria das pessoas com no máximo 35 anos 
e renda não superior a três salários mínimos; 
 Embora todos garantissem conhecer a existência dos direitos trabalhistas, o 
conhecimento da Nova Lei é superficial, baseado em informações da TV e 
internet; 
 As mudanças ocorrem principalmente na forma de gozar as férias e as horas 
extras, e somente feitas com a aprovação de ambas as partes envolvidas no 
processo. Entretanto, para o empregado o maior beneficiado foi o empregador; 
 E por fim, para metade dos entrevistados as mudanças foram positivas. 
Os resultados encontrados respondem aos objetivos desse trabalho, pois com um ano 
da lei em vigor é possível observar as percepções do empregado e os impactos nas relações 
com o empregador. Avaliando os aspectos de forma positiva na visão do trabalhador. 
Encerra-se a pesquisa, porém sempre será possível refazê-la e analisá-la em outros 
aspectos. E como sugestão futura, obter a visão do empregador mediante a Reforma 
Trabalhista e qual suas percepções e impactos na relação com o empregado, complementará 
esse estudo. Sem no entanto esgotá-lo. 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
AMARO, Cristina. Debate sobre reforma trabalhista serve de alerta para as empresas. 
Revista exame; 24 de janeiro de 2018. Disponível em: < 
https://exame.abril.com.br/negocios/debate-sobre-reforma-trabalhista-serve-de-alerta-para-as-
empresas/ >. Acesso em: 02 de junho de 2018. 
 
BATISTA, Fabrício Ribeiro. Definição de empregado e empregador. Disponível em: < 
http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/definicao-de-empregado-e-empregador/37119/ >. Acesso em: 11de junho de 2018. 
 
BRASIL. CLT DECRETO DE LEI N 5.452. DE MAIO DE 1943. Disponível em: < 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm >. Acesso em: 11 de junho de 
2018. 
 
BRASIL. LEI 13.467/2017 (LEI ORDINÁRIA) 13/07/2017. Disponível em: < 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13467.htm:>. Acesso em: 13 
de abril de 2018. 
 
CARREIRA, Sua. Gozo das férias: antes e depois da Reforma Trabalhista. Disponível 
em: <http://ibdec.net/2014/sua-carreira/gozo-das-ferias-antes-e-depois-da-reforma-
trabalhista>. Acesso em: 13 de abril de 2018. 
 
CRISTINA, Odete. Antes e depois da reforma: 12 mudanças para te tirar a vida e 
garantir o lucro patronal. Jornal Esquerda Diário. 2017 edição diária de 12 de julho. 
Disponível em: <http://www.esquerdadiario.com.br/Antes-e-depois-da-reforma-12-
mudancas-para-te-tirar-a-vida-e-garantir-o-lucro-patronal >. Acesso em 12 de abril de 2018. 
 
FILHO, Ives Gandra Martins. Evolução do direito do trabalho no Brasil. Disponível em: 
<https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,evolucao-do-direito-do-trabalho-no-
brasil,70002080786>. Acesso em 05 de junho de 2018. 
 
GALINDO, Silvana Carvalho. Entenda a reforma trabalhista. Jornal Primeira Impressão. 
2017, edição diária de 01 de agosto. Disponível em: < 
http://jornalprimeiraimpressao.com/site/?p=18383 >. Acesso em: 01 de junho de 2018. 
 
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do trabalho. - São Paulo, Ed, 28, Atlas, 2012. Disponível 
em: < https://direitom1universo.files.wordpress.com/2016/08/sc3a9rgio-pinto-martins-direito-
do-trabalho.pdf >. Acesso em: 11 de junho de 2018. 
 
SILVEIRA, Malzoni Victor. A reforma trabalhista e seus efeitos no direito do trabalho. 
Disponível em: https:<//victormack.jusbrasil.com.br/artigos/441723722/areforma-trabalhista-
e-seus-efeitos-no-direito-do-trabalho>. Acesso: 14 de abril de 2018. 
 
36 
 
 
SOUZA, Isabela. Como surgiram os sindicatos. Disponível em: < 
http://www.politize.com.br/sindicalismo-no-brasil-e-no-mundo/ >. Acesso em: 02 de junho de 
2018. 
 
TRIBUNAL, Regional do Trabalho da 24° região. História: A criação da CLT. Disponível 
em: < https://trt-24.jusbrasil.com.br/noticias/100474551/historia-a-criacao-da-clt>. Acesso 
em: 01 de junho de 2018. 
 
TRISOTTO, Fernanda. Tudo sobre a reforma trabalhista. Disponível em: < 
http://especiais.gazetadopovo.com.br/politica/reforma-trabalhista/ >. Acesso em: 15 de abril 
de 2018. 
 
UNIP, Ricardo. Princípios do direito do trabalho- á luz da Reforma Trabalhista. Edição 
de 22 de junho de 2017. Disponível em: https://direitoemsala.com/2017/06/22/principios-do-
direito-do-trabalho/>. Acesso em: 12 de abril de 2018. 
 
ZANLUCA, Júlio César. CLT Atualizada e Anotada. Disponível em: < 
http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/clt.htm >. Acesso em: 12 de junho de 2018. 
 
37 
 
 
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO 
 
QUESTIONÁRIO SOBRE A REFORMA TRABALHISTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1) Você sabe da existência dos direitos trabalhistas? 
( ) Sim 
( ) Não 
 
2) Seu contrato de trabalho foi iniciado antes ou depois da reforma trabalhista 
(10/11/2017)? 
( ) Antes 
( ) Depois 
 
3) Você conhece a reforma trabalhista aprovada em novembro de 2017? 
( ) Sim, conheço por informações básicas da mídia (TV, rádio, Internet) 
( ) Sim, a empresa onde trabalho nos orientou 
( ) Sim, busquei informações na internet/livros ou consultei advogado 
( ) Não 
 
4) Seu contrato de trabalho sofreu alguma mudança depois de aprovada a reforma 
trabalhista? 
( ) Sim 
Identificação de Trabalhadores Regido Pela CLT 
Gênero: ( ) Masculino ( ) Feminino 
Idade: ( ) 18 a 24 anos; ( ) 25 a 35 anos; ( ) 36 a 45 anos; ( ) 46 a 60 
anos; ( ) mais de 60 anos 
Área: ( ) indústria ( ) comércio ( ) doméstico ( ) autônomo 
Escolaridade: ( ) Ensino Fundamental; ( ) Ensino Médio/técnico ( ) 
superior/tecnólogo ( ) Pós-graduação 
Rendimentos: ( ) até 1 salário mínimo ( ) de 1 a 3 salário mínimo ( ) de 3 
a 5 salário mínimo ( ) 5 ou mais salário mínimo 
 
38 
 
 
( ) Não 
 
5) Quantas horas por semana você trabalha? 
( ) Menos de 44 horas semanais 
( ) 44 horas semanais 
( ) Mais de 44 horas semanais 
( ) Escala 12h X 36h 
 
6) Seu horário de jornada de trabalho foi modificado após a reforma trabalhista? 
( ) Sim 
( ) Não 
 
7) Seu horário de almoço foi mudado depois da reforma trabalhista? 
( ) Sim 
( ) Não 
 
8) Você negociou alguma mudança na jornada de trabalho com seu patrão? 
( ) Sim 
( ) Não 
 
9) Se sim, qual vontade prevaleceu? 
( ) Sua vontade 
( ) Vontade do patrão 
( ) Ambas as vontades, foi uma negociação justa 
 
10) Se houve mudança na sua jornada de trabalho, seu salário diminuiu? 
( ) Sim 
( ) Não 
 
11) Você chegou a negociar a forma de gozar suas férias com seu patrão? 
( ) Sim 
( ) Não 
 
 
39 
 
 
12) Você paga a contribuição sindical mesmo depois da reforma trabalhista? 
( ) Sim 
( ) Não 
 
13) Você como trabalhador(a) brasileiro(a), sentiu-se prejudicado(a) depois da reforma 
trabalhista? 
( ) Sim 
( ) Não 
 
14) No que se refere ao seu trabalho, você achou positiva ou negativa a reforma 
trabalhista? 
( ) Positiva 
( ) Negativa 
( ) Não sei responder 
 
15) Para seu empregador/patrão você considera que a reforma trabalhista o beneficiou 
de alguma forma? 
( ) Sim 
( ) Não 
 
16) No que se refere à geração/aumento de emprego na sua cidade, você considera que 
após a reforma trabalhista os empregos: 
( ) Aumentaram 
( ) Diminuíram 
( ) Não sei responder 
 
17) Após a reforma trabalhista a relação entre Patrão e Empregado: 
( ) Melhorou 
( ) Piorou 
( ) Não percebeu mudanças 
 
18) Na sua percepção, no que se refere ao desemprego no Brasil, você considera que 
que a reforma trabalhista: 
( ) Diminuiu o número de desempregados 
40 
 
 
( ) Aumentou o número de desempregados 
( ) Não sei responder 
 
19) Você considera que a Reforma trabalhista foi criada para beneficiar: 
( ) Empregados 
( ) Empregadores 
( ) Ambos 
 
20) Quais itens do seu contrato de trabalho voce pode negociar com seu patrão 
livremente ? 
( ) Férias 
( ) Salários 
( ) Descanso semanal 
( ) Horas extras 
( ) Teletrabalho (Home Office)

Outros materiais