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O Que É Psicologia Social- Silvia Lane resenha 2020

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA VIDA E DA SAÚDE 
 CURSO DE PSICOLOGIA 
 PSICOLOGIA SOCIAL 
 
 
 
 
 
Manoella Paranhos Duarte 
 
 
RESENHA SOBRE O LIVRO “ O QUE É PSICOLOGIA SOCIAL” DE SILVIA LANE 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pelotas 
2020 
Manoella Paranhos Duarte 
 
 
 
RESENHA SOBRE LIVRO “O QUE É PSICOLOGIA SOCIAL?” DE SILVIA LANE 
 
 
 
 
 
 
 
Resenha apresentada no Curso de Psicologia da Universidade Católica de Pelotas, como requisito parcial para a obtenção da aprovação na disciplina de Psicologia Social, ministrada pela Prof.Sinara Franke de Oliveira... 
 
 
 
 
 
Pelotas 
2020 
 
 
 
RESENHA 
 
 	O presente trabalho refere-se ao livro “O que é 
psicologia Social” da escritora paulistana Silvia T. Maurer Lane, autora de referência sobre psicologia social no Brasil e na América Latina. Sendo assim, a resenha a seguir tem como intuito abordar os temas mais relevantes da obra correlacionando-os com teorias as quais considerei pertinentes para complementar o material proposto na disciplina de Psicologia Social da Universidade Católica |de Pelotas, ministrado pela professora Sinara Franke de Oliveira. 
 A introdução se inicia com um questionamento radical e inevitável quando o tema é Psicologia Social: “Quando o comportamento se torna social?” é a pergunta polêmica feita por Silvia que desafia o conceito da individualidade humana, pois, apesar de reconhecer que não existem dois indivíduos absolutamente iguais, todos os comportamentos humanos, até mesmo os que precedem o nascimento, são comportamentos de cunho social, afinal, todos são envolvidos por contextos históricos e culturais que são incrustrados na nossa natureza. 
 Por conseguinte, a autora faz a conceituação do estudo da Psicologia Social, definindo-a como o estudo da relação entre o indivíduo e a sociedade contemplando, holisticamente, seus aspectos históricos, organização dos membros do grupos, costumes, valores e instituições presentes na sociedade. 
 Já no próximo capítulo, relações grupais nas quais estamos inclusos desde o nosso nascimento são expostas, retratando que estamos inclusos em conjunturas históricas e predisposições sociais a partir do momento que se cria uma ideia ou expectativa sujeito, que precede o nascimento do indivíduo em si; por exemplo, quando uma gestante imagina e planeja o os brinquedos, vestimentas, quarto e infância do futuro filho ou filha, ela já está exercendo o papel social relativo a gênero, projeções e expectativas sociais sobre o feto. 
 	Ademais, um dos pontos mais inovadores do livro trata 
sobre graus de liberdade, em suma, o quanto pode ser exposto da nossa subjetividade “verdadeira” ( que envolve nossos desejos e comportamentos com a menor interferência contextual possível) no convívio social e se realmente há alguma ação humana independente da interferência contextual ( a subjetividade não é completamente dependente do que aprendemos e vivenciamos através de normas e prerrogativas estruturalmente socializadas?). 
 	 Sobre graus de liberdade, a autora compara situações 
nas quais “reprimimos” nossa suposta/questionável liberdade em prol de uma situação específica; em ambientes laborais, nos comportamos de forma mais padronizada, sem expor nossas ideias ou agindo da forma natural que costumamos quando estamos em família ou amigos. Sendo assim, é determinado que nos momentos nos quais menos exigências são efetuadas, maior a liberdade exercida. 
 Em seguida, Lane apresenta o relato de dois indivíduos diferentes respondendo ao mesmo questionamento “Quem sou eu?”, com o intuito de repara através dos adjetivos utilizados pelos entrevistados a expressão de valores ideológicos que mais importam para cada pessoa, como profissão, moral, atributos físicos e etc. Dessa maneira, podemos inferir que os papéis exercidos possuem condição hierárquica para um sujeito dependendo da sua condição momentânea ou estrutural. 
 Nota-se que a linguagem é essencialmente social e naturalmente humana; é factual como linguagem tem capacidade de manipular, influenciar, comunicar, mas antes de tudo, é o ato de se expressar, seja esse operado pela fala, escrita, gestos, olhares, dentre outros que nos define como animais essencialmente sociais. Para exemplificar, cuidadores que identificam a necessidade de um recém nascido à partir de seu tipo específico de choro (fome, sono, frio) evidenciam a capacidade inerente que temos de identificar a linguagem e de exerce-la. 
 Adquirimos visão de mundo devido ao significado das palavras, e por conseguinte, livro diferencia representações sociais que absorvemos na linguagem aprendida e não necessariamente inferida, como ditados populares ( “ a curiosidade matou o gato”) ou que o dia e a noite são ocasionados pela rotação terrestre dentre outros. Todavia, representações de conceitos abstratos como de morte, Deus, destino, dentre outros são, provavelmente, as definições mais autenticas e diferentes, cada indivíduo, apesar de seguir ou não alguma doutrina ou filosofia, possui uma visão única sobre o tema. 
 É importante ressaltar que a linguagem é um dos mais importantes marcadores sociais vigentes; o conhecimento amplo da norma culta, e o acesso limitado e excludente da academia demonstram que há uma divisão de intelectuais e operários. A linguagem de quem rege os meios de produção se distingue demasiadamente da utilizada por proletários, tanto em vocabulário quanto na hierarquia dos comandos; logo, pode-se afirmar que o domínio da linguagem é a forma provavelmente mais propagada e comum de afirmação da soberania. 
 Além do que já foi citado, as instituições sociais são fundamentais para compreendermos nossa formação de indivíduo social; o livro aborda, primeiramente, a instituição familiar, pois, é o primeiro contato social que vivenciamos, e, através disso, se dá a compreensão de hierarquias, estereótipos, papéis de gênero, classe, raça, regras e leis. Salienta-se, de que o conservadorismo da instituição o familiar ocorre pelo teor capitalista que a rege, intentando o acúmulo de bens e permanência dos mesmos em um grupo seleto de pessoas. 
 A autora cita: ” A instituição familiar é, em qualquer sociedade moderna, regida por leis, normas e costumes que definem direitos e deveres dos seus membros e, portanto, os papéis de marido e mulher, de pai, mãe e filhos deverão reproduzir as relações de poder da sociedade em que vivem.” 
 Em seguida, a instituição escolar é debatida ressaltando a posição hierárquica entre professor e aluno, expondo no texto que a mesma expressa a dominação social do “saber e fazer”, ou seja, da valorização diferenciada entre o trabalho braçal e intelectual, de “quem dita as regras do jogo” e de quem as obedece, que nesse primeiro momento de socialização, são os alunos Por isso, a escola tem participação fundamental na formação do caráter competitivo e industrial que permeia nossa vida desde os momentos mais precoces 
 	Tal qual o trabalho e vida do estudioso marxista 
Antonio Gramsci, Silvia Lane conclui que a educação “ideal” se baseia no exercício da cidadania, sem tabus que não reproduzisse valores ideológicos das classes dominantes, mas onde relações pudessem ser reformuladas, sem verdades absolutas, e conscientizando estudantes sobre sua inserção histórica na sociedade em que vivem. 
 Todavia, o trabalho na sociedade capitalista é o que define o espírito do homem, pois toda sua subjetividade ( o que gosta de comer, quais são seus lazeres,músicas prediletas, etc) se dão a partir do seu trabalho, porque ele possibilita que tais atividades se realizem ( não há nenhuma subjetividade na realidade capitalista se não se pode pagar por ela). Logo, sabendo que a sociedade se divide entre dois grupos, um no qual detém os meios de produção e outro constituído pelos proletários que efetivamente produzem para o outro grupo, ter consciência de classe permite a autonomia dos homens sobre a sua própria história, pessoale coletiva. 
 No capítulo “O Indivíduo na Comunidade” a autora propõe intervenções que promovam a consciência social em grupos de convivência, como escolas, grupos terapêuticos, comunidades, famílias e demais grupos de convivência, para que não haja dominação uns sobre os outros, com o intuito de tornar a coletividade naquele contexto efetiva e não opressora. 
 Conclui-se então, de que a psicologia social tem como poder a promoção ferramentas que possibilitam a emancipação de indivíduos dos sistemas que as oprimem; “O que é psicologia social?” de Silvia Lane promove uma definição ampla e de linguagem didática sobre o tema abordando os diversos campos que a psicologia social intermeia. Considero uma leitura extremamente relevante para o início da disciplina, pois, contextualiza muito bem sobre o tema e promove indicações de leitura também satisfatórias para o aprofundamento do assunto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
Lane, S. T. M. O que é psicologia social. São Paulo: Brasiliense, 2006.

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