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Bruno Chieregatti e Joao de Sá Brasil. Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco e Silvana Guimarães
Escola de Sargentos das Armas
ESA
Curso de Formação de Sargento do Exército (CFS)
A apostila preparatória é elaborada antes da publicação do Edital Ofi cial com base no edital anterior,
para que o aluno antecipe seus estudos.
JN056-19
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OBRA
Escola de Sargentos das Armas ESA
Curso de Formação de Sargento do Exército (CFS)
AUTORES
Matemática - Prof° Bruno Chieregatti e Prof° Joao de Sá Brasil
Português - Profª Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco
História do Brasil - Profª Silvana Guimarães
Geografi a do Brasil - Profª Silvana Guimarães
Inglês - Profª Katiuska W. Burgos General
PRODUÇÃO EDITORIAL/REVISÃO
Elaine Cristina
Leandro Filho
Erica Duarte
DIAGRAMAÇÃO
Elaine Cristina
Thais Regis
Danna Silva
CAPA
Joel Ferreira dos Santos
Publicado em 01/2019
SUMÁRIO
MATEMÁTICA
Teoria dos conjuntos e conjuntos numéricos a) Representação de conjuntos e subconjuntos: união, interseção e diferença de
conjuntos. b) Razões e proporções: razão de duas grandezas, proporção e suas propriedades, escala, divisão em partes direta
e inversamente proporcionais, regra de três simples e composta, porcentagem, juros simples e juros compostos. c) Números
Naturais e Inteiros: divisibilidade, mínimo múltiplo comum, máximo divisor comum, decomposição em fatores primos,
operações e propriedades. d) Números Racionais e Reais: operações e propriedades, representação decimal, desigualdades,
intervalos reais. ........................................................................................................................................................................................................................01
Funções a) Domínio, contradomínio e imagem. b) Raiz de uma função. c) Funções injetoras, sobrejetoras e bijetoras. d) Funções
crescentes, decrescentes e constantes. e) Funções compostas e inversas. .....................................................................................................50
Função afim e função quadrática .. a) Gráfico, domínio, imagem e características. b) Variações de sinal. c) Máximos e mínimos.
d) Resolução de equações e inequações. e) Inequação produto e inequação quociente. ........................................................................50
Função exponencial a) Gráfico, domínio, imagem e características. b) Equações e inequações exponenciais. ................................60
Função logarítmica a) Definição de logaritmo, propriedades operatórias e mudança de base. b) Gráfico, domínio, imagem e
características da função logarítmica. c) Equações e inequações logarítmicas. ...........................................................................................62
Trigonometria a) Trigonometria no triângulo retângulo. b) Trigonometria num triângulo qualquer. c) Unidades de medidas
de arcos e ângulos: graus e radianos. d) Círculo trigonométrico, razões trigonométricas, redução ao 1º quadrante. e) Funções
trigonométricas: seno, cosseno e tangente; relações e identidades. f) Fórmulas de adição de arcos e arcos duplos. ..................63
Análise combinatória a) Fatorial: definição e operações. b) Princípio Fundamental da Contagem. c) Arranjos, permutações e
combinações. ...........................................................................................................................................................................................................................69
Probabilidade a) Experimento aleatório, espaço amostral, evento.b) Probabilidade em espaços amostrais equiprováveis. c)
Probabilidade da união e interseção de eventos. d) Probabilidade condicional. e) Eventos independentes. ...................................75
Noções de estatística a) População e amostra. b) Frequência absoluta e frequência relativa. c) Medidas de tendência central:
média aritmética, média aritmética ponderada, mediana e moda. ....................................................................................................................76
Sequências numéricas a) Lei de formação de uma sequência. b) Progressões aritméticas e geométricas: termo geral, soma dos
termos e propriedades. ........................................................................................................................................................................................................94
Matrizes, determinantes e sistemas lineares a) Matrizes: conceito, tipos especiais, operações e matriz inversa. b) Determinantes:
conceito, resolução e propriedades. c) Sistemas lineares: resolução, classificação e discussão. ............................................................95
Geometria plana a) Congruência de figuras planas. b) Semelhança de triângulos. c) Relações métricas nos triângulos,
polígonos regulares e círculos. d) Inscrição e circunscrição de polígonos regulares. e) Áreas de polígonos, círculo, coroa e
setor circular. ............................................................................................................................................................................................................... 105
Geometria espacial a) Retas e planos no espaço: paralelismo e perpendicularismo. b) Prismas, pirâmides, cilindros e cones:
conceito, elementos, classificação, áreas, volumes e troncos. c) Esfera: elementos, seção da esfera, área e volume. ................ 125
Geometria analítica a) Ponto: o plano cartesiano, distância entre dois pontos, ponto médio de um segmento, condição de
alinhamento de três pontos. b) Estudo da reta: equação geral e reduzida; interseção, paralelismo e perpendicularismo entre
retas; distância de um ponto a uma reta; área de um triângulo. c) Estudo da circunferência: equação geral e reduzida; posições
relativas entre ponto e circunferência, reta e circunferência e duas circunferências; tangência. ......................................................... 130
Números complexos a) O número “i”. b) Conjugado e módulo de um número complexo. c) Representação algébrica e
trigonométrica de um número complexo. d) Operações nas formas algébrica e trigonométrica. ..................................................... 138
Polinômios a) Função polinomial; polinômio identicamente nulo; grau de um polinômio; identidade de um polinômio, raiz de
um polinômio; operações com polinômios; valor numérico de um polinômio. b) Divisão de polinômios, Teorema do Resto,
Teorema de D’Alembert, dispositivo de Briot-Ruffini. ........................................................................................................................................... 140
Equações polinomiais a) Definição, raízes e multiplicidade. b) Teorema Fundamental da Álgebra. c) Relações entre coeficientes
e raízes. d) Raízes reais e complexas. ........................................................................................................................................................................... 140
SUMÁRIO
PORTUGUÊS
Leitura, interpretação e análise de textos: Leitura, interpretação e análise dos significados presentes em um texto e o
respectivo relacionamento com o universo em que o texto foi produzido. ...................................................................................... 01
Fonética, ortografia e pontuação: Correta escrita das palavras da língua portuguesa, acentuação gráfica, partição silábica
e pontuação. ............................................................................................................................................................................................................... 09
Morfologia: Estrutura e formaçãodas palavras e classes de palavras. ................................................................................................ 23
Morfossintaxe: Frase, oração e período, termos da oração, orações do período (desenvolvidas e reduzidas), funções
sintáticas do pronome relativo, sintaxe de regência (verbal e nominal), sintaxe de concordância (verbal e nominal) e
sintaxe de colocação.... ............................................................................................................................................................................................ 64
Noções de versificação: Estrutura do verso, tipos de verso, rima, estrofação e poemas de forma fixa. ................................ 91
Teoria da linguagem e semântica: História da Língua Portuguesa; linguagem, língua, discurso e estilo; níveis de linguagem,
funções da linguagem; figuras de linguagem; e significado das palavras. ........................................................................................ 97
Introdução à literatura: A arte literária, os gêneros literários e a evolução da arte literária, em Portugal e no Brasil. ...106
Literatura brasileira: Contexto histórico, características, principais autores e obras do Quinhentismo, Barroco, Arcadismo,
Romantismo, Realismo, Naturalismo, Impressionismo, Parnasianismo, Simbolismo, Pré-Modernismo e Modernismo. 108
Redação: Gênero textual; textualidade e estilo (funções da linguagem; coesão e coerência textual; tipos de discurso;
intertextualidade; denotação e conotação; figuras de linguagem; mecanismos de coesão; a ambiguidade; a não-
contradição; paralelismos sintáticos e semânticos; continuidade e progressão textual); texto e contexto; o texto narrativo:
o enredo, o tempo e o espaço; a técnica da descrição; o narrador; o texto argumentativo; o tema; a impessoalidade;
a carta argumentativa; a crônica argumentativa; a argumentação e a persuasão; o texto dissertativo-argumentativo;
a consistência dos argumentos; a contra-argumentação; o parágrafo; a informatividade e o senso comum; formas de
desenvolvimento do texto dissertativo-argumentativo; a introdução; e a conclusão. ................................................................118
Alterações introduzidas na ortografia da língua portuguesa pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado
em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste, aprovado no Brasil pelo Decreto nº 6.583, de 29 de setembro de 2008
e alterado pelo Decreto nº 7.875, de 27 de dezembro de 2012. .........................................................................................................130
HISTÓRIA DO BRASIL
1) História do Brasil ................................................................................................................................................................................................................01
a) A expansão Ultramarina Européia dos séculos XV e XVI ...................................................................................................................................01
b) O Sistema Colonial Português na América: Estrutura político-administrativa, estrutura socioeconômica, invasões estrangeiras,
expansão territorial, interiorização e formação das fronteiras, as reformas pombalinas, rebeliões coloniais; e movimentos e
tentativas emancipacionistas. ............................................................................................................................................................................................01
c) O Período Joanino e a Independência .......................................................................................................................................................................01
(1) A presença britânica no Brasil, a transferência da Corte, os tratados, as principais medidas de D. João VI no Brasil, a política
joanina, os partidos políticos, as revoltas, conspirações e revoluções e a emancipação e os conflitos sociais. ...............................01
(2) O processo de independência do Brasil. .................................................................................................................................................................01
d) Brasil Imperial: Primeiro Reinado e Período Regencial: aspectos administrativos, militares, culturais, econômicos, sociais e
territoriais; Segundo Reinado: aspectos administrativos, militares, econômicos, sociais e territoriais; e Crise da Monarquia e
Proclamação da República. .................................................................................................................................................................................................01
e) Brasil República: Aspectos administrativos, culturais, econômicos, sociais e territoriais, revoltas, crises e conflitos e a
participação brasileira na II Guerra Mundial. ...............................................................................................................................................................01
SUMÁRIO
GEOGRAFIA DO BRASIL
2) Geografia do Brasil ............................................................................................................................................................................................................01
a) O território nacional: a construção do Estado e da Nação, a obra de fronteiras, fusoshorários e a federação brasileira. ......01
b) O espaço brasileiro: relevo, climas, vegetação, hidrografia e solos. ..............................................................................................................01
c) Políticas territoriais: meio ambiente. ..........................................................................................................................................................................01
d) Modelo econômico brasileiro: o processo de industrialização, o espaço industrial, a energia e o meio ambiente, os complexos
agroindustriais e os eixos de circulação e os custos de deslocamento. ...........................................................................................................01
e) A população brasileira: a sociedade nacional, a nova dinâmica demográfica, os trabalhadores e o mercado de trabalho, a
questão agrária, pobreza e exclusão social e o espaço das cidades. .................................................................................................................01
f) Políticas territoriais e regionais: a Amazônia, o Nordeste, o Mercosul e a América do Sul. .................................................................01
INGLÊS
Competências e Habilidades: Compreender a utilização de mecanismos de coesão e coerência na produção escrita; Compreender
de que forma determinada expressão pode ser interpretada em razão de aspectos sociais e/ou culturais; Analisar os recursos
expressivos da linguagem verbal, relacionando textos e contextos mediante a natureza, função, organização, estrutura, de
acordo com as condições de produção. ........................................................................................................................................................................01
Conteúdos linguístico-textuais: Denotação e Conotação; Sinonímia e Antonímia; Correlação morfológica, sintática e/ou
semântica; Pronomes e suas referências; Artigos (definidos e indefinidos); Singular e Plural; Verbos no Presente, para expressar
hábitos e rotinas, em suas formas afirmativa, interrogativa ou negativa; Verbos no Presente Contínuo, para expressar atividades
momentâneas e futuro, em suas formas afirmativa, interrogativa ou negativa; Comparativo e Superlativo; Adjetivos e Advérbios
e suas posições nas frases; Quantificadores (many, much, few, little, a lot of). .............................................................................................05
MATEMÁTICA
ÍNDICE
Teoria dos conjuntose conjuntos numéricos a) Representação de conjuntos e subconjuntos: união, interseção e diferença de
conjuntos. b) Razões e proporções: razão de duas grandezas, proporção e suas propriedades, escala, divisão em partes direta
e inversamente proporcionais, regra de três simples e composta, porcentagem, juros simples e juros compostos. c) Números
Naturais e Inteiros: divisibilidade, mínimo múltiplo comum, máximo divisor comum, decomposição em fatores primos,
operações e propriedades. d) Números Racionais e Reais: operações e propriedades, representação decimal, desigualdades,
intervalos reais. ........................................................................................................................................................................................................................01
Funções a) Domínio, contradomínio e imagem. b) Raiz de uma função. c) Funções injetoras, sobrejetoras e bijetoras. d) Funções
crescentes, decrescentes e constantes. e) Funções compostas e inversas. .....................................................................................................50
Função afim e função quadrática . a) Gráfico, domínio, imagem e características. b) Variações de sinal. c) Máximos e mínimos.
d) Resolução de equações e inequações. e) Inequação produto e inequação quociente. ........................................................................50
Função exponencial a) Gráfico, domínio, imagem e características. b) Equações e inequações exponenciais. ................................60
Função logarítmica a) Definição de logaritmo, propriedades operatórias e mudança de base. b) Gráfico, domínio, imagem e
características da função logarítmica. c) Equações e inequações logarítmicas. ...........................................................................................62
Trigonometria a) Trigonometria no triângulo retângulo. b) Trigonometria num triângulo qualquer. c) Unidades de medidas
de arcos e ângulos: graus e radianos. d) Círculo trigonométrico, razões trigonométricas, redução ao 1º quadrante. e) Funções
trigonométricas: seno, cosseno e tangente; relações e identidades. f) Fórmulas de adição de arcos e arcos duplos. ..................63
Análise combinatória a) Fatorial: definição e operações. b) Princípio Fundamental da Contagem. c) Arranjos, permutações e
combinações. ...........................................................................................................................................................................................................................69
Probabilidade a) Experimento aleatório, espaço amostral, evento.b) Probabilidade em espaços amostrais equiprováveis. c)
Probabilidade da união e interseção de eventos. d) Probabilidade condicional. e) Eventos independentes. ...................................75
Noções de estatística a) População e amostra. b) Frequência absoluta e frequência relativa. c) Medidas de tendência central:
média aritmética, média aritmética ponderada, mediana e moda. ....................................................................................................................76
Sequências numéricas a) Lei de formação de uma sequência. b) Progressões aritméticas e geométricas: termo geral, soma dos
termos e propriedades. ........................................................................................................................................................................................................94
Matrizes, determinantes e sistemas lineares a) Matrizes: conceito, tipos especiais, operações e matriz inversa. b) Determinantes:
conceito, resolução e propriedades. c) Sistemas lineares: resolução, classificação e discussão. ............................................................95
Geometria plana a) Congruência de figuras planas. b) Semelhança de triângulos. c) Relações métricas nos triângulos,
polígonos regulares e círculos. d) Inscrição e circunscrição de polígonos regulares. e) Áreas de polígonos, círculo, coroa e
setor circular. ............................................................................................................................................................................................................... 105
Geometria espacial a) Retas e planos no espaço: paralelismo e perpendicularismo. b) Prismas, pirâmides, cilindros e cones:
conceito, elementos, classificação, áreas, volumes e troncos. c) Esfera: elementos, seção da esfera, área e volume. ................ 125
Geometria analítica a) Ponto: o plano cartesiano, distância entre dois pontos, ponto médio de um segmento, condição de
alinhamento de três pontos. b) Estudo da reta: equação geral e reduzida; interseção, paralelismo e perpendicularismo entre
retas; distância de um ponto a uma reta; área de um triângulo. c) Estudo da circunferência: equação geral e reduzida; posições
relativas entre ponto e circunferência, reta e circunferência e duas circunferências; tangência. ........................................................ 130
Números complexos a) O número “i”. b) Conjugado e módulo de um número complexo. c) Representação algébrica e
trigonométrica de um número complexo. d) Operações nas formas algébrica e trigonométrica. ..................................................... 138
Polinômios a) Função polinomial; polinômio identicamente nulo; grau de um polinômio; identidade de um polinômio, raiz de
um polinômio; operações com polinômios; valor numérico de um polinômio. b) Divisão de polinômios, Teorema do Resto,
Teorema de D’Alembert, dispositivo de Briot-Ruffini. ........................................................................................................................................... 140
Equações polinomiais a) Definição, raízes e multiplicidade. b) Teorema Fundamental da Álgebra. c) Relações entre coeficientes
e raízes. d) Raízes reais e complexas. ........................................................................................................................................................................... 140
MATEMÁTICA
ÍNDICE
1
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
TEORIA DOS CONJUNTOS E CONJUNTOS NUMÉRICOS; A) REPRESENTAÇÃO DE CONJUNTOS E
SUBCONJUNTOS: UNIÃO, INTERSEÇÃO E DIFERENÇA DE CONJUNTOS.; B) RAZÕES E PROPORÇÕES:
RAZÃO DE DUAS GRANDEZAS, PROPORÇÃO E SUAS PROPRIEDADES, ESCALA, DIVISÃO EM
PARTES DIRETA E INVERSAMENTE PROPORCIONAIS, REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA,
PORCENTAGEM, JUROS SIMPLES E JUROS COMPOSTOS.; C) NÚMEROS NATURAIS E INTEIROS:
DIVISIBILIDADE, MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM, MÁXIMO DIVISOR COMUM, DECOMPOSIÇÃO EM
FATORES PRIMOS, OPERAÇÕES E PROPRIEDADES.; D) NÚMEROS RACIONAIS E REAIS: OPERAÇÕES
E PROPRIEDADES, REPRESENTAÇÃO DECIMAL, DESIGUALDADES, INTERVALOS REAIS.
TEORIA DOS CONJUNTOS
1. Representação
- Enumerando todos os elementos do conjunto: S={1, 2, 3, 4, 5}
- Simbolicamente: B={x∈ N|2<x<8}, enumerando esses elementos temos:
B={3,4,5,6,7}
- por meio de diagrama:
Quando um conjunto não possuir elementos chamares de conjunto vazio: S=∅ ou S={ }.
2. Igualdade
Dois conjuntos são iguais se, e somente se, possuem exatamente os mesmos elementos. Em símbolo:
Para saber se dois conjuntos A e B são iguais, precisamos saber apenas quais são os elementos.
Não importa ordem:
A={1,2,3} e B={2,1,3}
Não importa se há repetição:
A={1,2,2,3} e B={1,2,3}
3. Relação de Pertinência
Relacionam um elemento com conjunto. E a indicação que o elemento pertence (∈) ou não pertence (∉)
Exemplo: Dado o conjunto A={-3, 0, 1, 5}
0∈A
2∉A
2
M
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EM
[ Á
TI
CA
4. Relações de Inclusão
Relacionam um conjunto com outro conjunto.
Simbologia: ⊂(está contido), ⊄(não está contido),
⊃(contém), (não contém)
A Relação de inclusão possui 3 propriedades:
Exemplo:
{1, 3,5}⊂{0, 1, 2, 3, 4, 5}
{0, 1, 2, 3, 4, 5}⊃{1, 3,5}
Aqui vale a famosa regrinha que o professor ensina,
boca aberta para o maior conjunto.
5. Subconjunto
O conjunto A é subconjunto de B se todo elemento de
A é também elemento de B.
Exemplo: {2,4} é subconjunto de {x∈N|xé par}
6. Operações
6.1. União
Dados dois conjuntos A e B, existe sempre um terceiro
formado pelos elementos que pertencem pelo menos
um dos conjuntos a que chamamos conjunto união e
representamos por: A∪B.
Formalmente temos: A∪B={x|x∈A ou x B}
Exemplo:
A={1,2,3,4} e B={5,6}
A∪B={1,2,3,4,5,6}
Interseção
A interseção dos conjuntos A e B é o conjunto formado
pelos elementos que são ao mesmo tempo de A e de B, e é
representada por: A∩B.
Simbolicamente: A∩B={x|x∈A e xB}
Exemplo:
A={a,b,c,d,e} e B={d,e,f,g}
A∩B={d,e}
6.2. Diferença
Uma outra operação entre conjuntos é a diferença, que
a cada par A, B de conjuntos faz corresponder o conjunto
definido por:
A – B ou A\B que se diz a diferença entre A e B ou o
complementar de B em relação a A.
A este conjunto pertencem os elementos de A que não
pertencem a B.
A\B = {x : x∈A e x∉B}.
B-A = {x : x∈B e x∉A}.
Exemplo:
A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e B = {5, 6, 7}
Então os elementos de A – B serão os elementos do
conjunto A menos os elementos que pertencerem ao
conjunto B.
Portanto A – B = {0, 1, 2, 3, 4}.
6.3. Complementar
O complementar do conjunto A( ) é o conjunto formado
pelos elementos do conjunto universo que não pertencem a A.
3
M
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[ Á
TI
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Fórmulas da união
n(A∪B)=n(A)+n(B)-n(A∩B)
n(A∪B∪C)=n(A)+n(B)+n(C)+n(A∩B∩C)-n(A∩B)-
n(A∩C)-n(B C)
Essas fórmulas muitas vezes nos ajudam, pois ao invés
de fazer todo o digrama, se colocarmos nessa fórmula,
o resultado é mais rápido, o que na prova de concurso é
interessante devido ao tempo.
Mas, faremos exercícios dos dois modos para você
entender melhor e perceber que, dependendo do exercício
é melhor fazer de uma forma ou outra.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (MANAUSPREV – ANALISTA PREVIDENCIÁRIO –
FCC – 2015) Em um grupo de 32 homens, 18 são altos,
22 são barbados e 16 são carecas. Homens altos e barba-
dos que não são carecas são seis. Todos homens altos que
são carecas, são também barbados. Sabe-se que existem
5 homens que são altos e não são barbados nem carecas.
Sabe-se que existem 5 homens que são barbados e não
são altos nem carecas. Sabe-se que existem 5 homens que
são carecas e não são altos e nem barbados. Dentre todos
esses homens, o número de barbados que não são altos,
mas são carecas é igual a
a) 4.
b) 7.
c) 13.
d) 5.
e) 8.
Resposta: Letra A.
Primeiro, quando temos 3 diagramas, sempre começa-
mos pela interseção dos 3, depois interseção a cada 2 e
por fim, cada um
Se todo homem careca é barbado, não teremos apenas
homens carecas e altos.
Homens altos e barbados são 6
Sabe-se que existem 5 homens que são barbados e não
são altos nem carecas. Sabe-se que existem 5 homens
que são carecas e não são altos e nem barbados
Sabemos que 18 são altos
4
M
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TI
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Quando somarmos 5+x+6=18
X=18-11=7
Carecas são 16
7+y+5=16
Y=16-12
Y=4
Então o número de barbados que não são altos, mas são
carecas são 4.
2. (INSS – ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – CESPE –
2016) Uma população de 1.000 pessoas acima de 60 anos
de idade foi dividida nos seguintes dois grupos:
A: aqueles que já sofreram infarto (totalizando 400 pesso-
as); e
B: aqueles que nunca sofreram infarto (totalizando 600
pessoas).
Cada uma das 400 pessoas do grupo A é ou diabética ou
fumante ou ambos (diabética e fumante).
A população do grupo B é constituída por três conjuntos
de indivíduos: fumantes, ex-fumantes e pessoas que nunca
fumaram (não fumantes).
Com base nessas informações, julgue o item subsecutivo.
Se, das pessoas do grupo A, 280 são fumantes e 195 são
diabéticas, então 120 pessoas desse grupo são diabéticas
e não são fumantes.
Resposta: Certo
280-x+x+195-x=400
x=75
Diabéticos: 195-75=120
Referências
YOUSSEF, Antonio Nicolau (et al.). Matemática: ensino
médio, volume único. – São Paulo: Scipione, 2005.
CARVALHO, S. Raciocínio Lógico Simplificado, volume
1, 2010.
5
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EM
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Números Naturais e suas operações fundamentais
1. Definição de Números Naturais
Os números naturais como o próprio nome diz, são os
números que naturalmente aprendemos, quando estamos
iniciando nossa alfabetização. Nesta fase da vida, não
estamos preocupados com o sinal de um número, mas sim
em encontrar um sistema de contagem para quantificarmos
as coisas. Assim, os números naturais são sempre positivos
e começando por zero e acrescentando sempre uma
unidade, obtemos os seguintes elementos:
ℕ = 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, … .
Sabendo como se constrói os números naturais,
podemos agora definir algumas relações importantes entre
eles:
a) Todo número natural dado tem um sucessor (número
que está imediatamente à frente do número dado
na seqüência numérica). Seja m um número natural
qualquer, temos que seu sucessor será sempre de-
finido como m+1. Para ficar claro, seguem alguns
exemplos:
Ex: O sucessor de 0 é 1.
Ex: O sucessor de 1 é 2.
Ex: O sucessor de 19 é 20.
b) Se um número natural é sucessor de outro, então os
dois números que estão imediatamente ao lado do
outro são considerados como consecutivos. Vejam
os exemplos:
Ex: 1 e 2 são números consecutivos.
Ex: 5 e 6 são números consecutivos.
Ex: 50 e 51 são números consecutivos.
c) Vários números formam uma coleção de números
naturais consecutivos se o segundo for sucessor do
primeiro, o terceiro for sucessor do segundo, o quar-
to for sucessor do terceiro e assim sucessivamente.
Observe os exemplos a seguir:
Ex: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 são consecutivos.
Ex: 5, 6 e 7 são consecutivos.
Ex: 50, 51, 52 e 53 são consecutivos.
d) Analogamente a definição de sucessor, podemos
definir o número que vem imediatamente antes ao
número analisado. Este número será definido como
antecessor. Seja m um número natural qualquer, te-
mos que seu antecessor será sempre definido como
m-1. Para ficar claro, seguem alguns exemplos:
Ex: O antecessor de 2 é 1.
Ex: O antecessor de 56 é 55.
Ex: O antecessor de 10 é 9.
FIQUE ATENTO!
O único número natural que não possui
antecessor é o 0 (zero) !
1.1. Operações com Números Naturais
Agora que conhecemos os números naturais e temos
um sistema numérico, vamos iniciar o aprendizado das
operações matemáticas que podemos fazer com eles.
Muito provavelmente, vocês devem ter ouvido falar das
quatro operações fundamentais da matemática: Adição,
Subtração, Multiplicação e Divisão. Vamos iniciar nossos
estudos com elas:
Adição: A primeira operação fundamental da Aritmética
tem por finalidade reunir em um só número, todas as
unidades de dois ou mais números. Antes de surgir os
algarismos indo-arábicos, as adições podiam ser realizadas
por meio de tábuas de calcular, com o auxílio de pedras ou
por meio de ábacos. Esse método é o mais simples para se
aprender o conceito de adição, veja a figura a seguir:
Observando a historinha, veja que as unidades (pedras)
foram reunidas após o passeio no quintal. Essa reunião das
pedras é definida como adição. Simbolicamente, a adição é
representada pelo símbolo “+” e assim a historinha fica da
seguinte forma:
3
𝑇𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑒𝑚 𝑐𝑎𝑠𝑎 +
2
𝑃𝑒𝑔𝑢𝑒𝑖 𝑛𝑜 𝑞𝑢𝑖𝑛𝑡𝑎𝑙 =
5
𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜
Como toda operação matemática, a adição possui
algumas propriedades, que serão apresentadas a seguir:
a) Fechamento: A adição no conjunto dos números na-
turais é fechada, pois a soma de dois números natu-
rais será sempre um número natural.
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b) Associativa: A adição no conjunto dos números naturais é associativa, pois na adição de três ou mais parcelas de
números naturais quaisquer é possível associar as parcelas de quaisquer modos, ou seja, com três números naturais,
somando o primeiro com o segundo e ao resultado obtido somarmos um terceiro, obteremos um resultado que é
igual à soma do primeiro com a soma do segundo e o terceiro. Apresentando isso sob a forma de números, sejam
A,B e C, três números naturais, temos que:
𝐴 + 𝐵 + 𝐶 = 𝐴 + (𝐵 + 𝐶)
c) Elemento neutro: Esta propriedade caracteriza-se pela existência de número que ao participar da operação de adi-
ção, não altera o resultado final. Estenúmero será o 0 (zero). Seja A, um número natural qualquer, temos que:
𝐴 + 0 = 𝐴
d) Comutativa: No conjunto dos números naturais, a adição é comutativa, pois a ordem das parcelas não altera a soma,
ou seja, somando a primeira parcela com a segunda parcela, teremos o mesmo resultado que se somando a segunda
parcela com a primeira parcela. Sejam dois números naturais A e B, temos que:
𝐴+ 𝐵 = 𝐵 + 𝐴
Subtração: É a operação contrária da adição. Ao invés de reunirmos as unidades de dois números naturais, vamos retirar
uma quantidade de um número. Voltando novamente ao exemplo das pedras:
Observando a historinha, veja que as unidades (pedras) que eu tinha foram separadas. Essa separação das pedras é definida
como subtração. Simbolicamente, a subtração é representada pelo símbolo “-” e assim a historinha fica da seguinte forma:
5
𝑇𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑒𝑚 𝑐𝑎𝑠𝑎 −
3
𝑃𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑎𝑚𝑖𝑔𝑜 =
2
𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜
A subtração de números naturais também possui suas propriedades, definidas a seguir:
a) Não fechada: A subtração de números naturais não é fechada, pois há um caso onde a subtração de dois números
naturais não resulta em um número natural. Sejam dois números naturais A,B onde A < B, temos que:
A − B < 0
Como os números naturais são positivos, A-B não é um número natural, portanto a subtração não é fechada.
b) Não Associativa: A subtração de números naturais também não é associativa, uma vez que a ordem de resolução é im-
portante, devemos sempre subtrair o maior do menor. Quando isto não ocorrer, o resultado não será um número natural.
c) Elemento neutro: No caso do elemento neutro, a propriedade irá funcionar se o zero for o termo a ser subtraído do
número. Se a operação for inversa, o elemento neutro não vale para os números naturais:
d) Não comutativa: Vale a mesma explicação para a subtração de números naturais não ser associativa. Como a ordem
de resolução importa, não podemos trocar os números de posição
Multiplicação: É a operação que tem por finalidade adicionar o primeiro número denominado multiplicando ou parcela,
tantas vezes quantas são as unidades do segundo número denominadas multiplicador. Veja o exemplo:
Ex: Se eu economizar toda semana R$ 6,00, ao final de 5 semanas, quanto eu terei guardado?
Pensando primeiramente em soma, basta eu somar todas as economias semanais:
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6 + 6 + 6 + 6 + 6 = 30
Quando um mesmo número é somado por ele mesmo repetidas vezes, definimos essa operação como multiplicação. O
símbolo que indica a multiplicação é o “x” e assim a operação fica da seguinte forma:
6 + 6 + 6 + 6 + 6
𝑆𝑜𝑚𝑎𝑠 𝑟𝑒𝑝𝑒𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠 =
6 𝑥 5
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑎𝑠 𝑟𝑒𝑝𝑒𝑡𝑖çõ𝑒𝑠 = 30
A multiplicação também possui propriedades, que são apresentadas a seguir:
a) Fechamento: A multiplicação é fechada no conjunto dos números naturais, pois realizando o produto de dois ou
mais números naturais, o resultado será um número natural.
b) Associativa: Na multiplicação, podemos associar três ou mais fatores de modos diferentes, pois se multiplicarmos o
primeiro fator com o segundo e depois multiplicarmos por um terceiro número natural, teremos o mesmo resultado
que multiplicar o terceiro pelo produto do primeiro pelo segundo. Sejam os números naturais m,n e p, temos que:
𝑚 𝑥 𝑛 𝑥 𝑝 = 𝑚 𝑥 (𝑛 𝑥 𝑝)
c) Elemento Neutro: No conjunto dos números naturais também existe um elemento neutro para a multiplicação mas
ele não será o zero, pois se não repetirmos a multiplicação nenhuma vez, o resultado será 0. Assim, o elemento neutro
da multiplicação será o número 1. Qualquer que seja o número natural n, tem-se que:
𝑛 𝑥 1 = 𝑛
d) Comutativa: Quando multiplicamos dois números naturais quaisquer, a ordem dos fatores não altera o produto, ou
seja, multiplicando o primeiro elemento pelo segundo elemento teremos o mesmo resultado que multiplicando o
segundo elemento pelo primeiro elemento. Sejam os números naturais m e n, temos que:
𝑚 𝑥 𝑛 = 𝑛 𝑥 𝑚
e) Prioridade sobre a adição e subtração: Quando se depararem com expressões onde temos diferentes operações
matemática, temos que observar a ordem de resolução das mesmas. Observe o exemplo a seguir:
Ex: 2 + 4 𝑥 3
Se resolvermos a soma primeiro e depois a multiplicação, chegamos em 18.
Se resolvermos a multiplicação primeiro e depois a soma, chegamos em 14. Qual a resposta certa?
A multiplicação tem prioridade sobre a adição, portanto deve ser resolvida primeiro e assim a resposta correta é 14.
FIQUE ATENTO!
Caso haja parênteses na soma, ela tem prioridade sobre a multiplicação. Utilizando o exemplo, temos que: .
(2 + 4)𝐱3 = 6 𝐱 3 = 18Nesse caso, realiza-se a soma primeiro, pois ela está dentro dos parênteses
f) Propriedade Distributiva: Uma outra forma de resolver o exemplo anterior quando se a soma está entre parênteses
é com a propriedade distributiva. Multiplicando um número natural pela soma de dois números naturais, é o mesmo
que multiplicar o fator, por cada uma das parcelas e a seguir adicionar os resultados obtidos. Veja o exemplo:
2 + 4 x 3 = 2x3 + 4x3 = 6 + 12 = 18
Veja que a multiplicação foi distribuída para os dois números do parênteses e o resultado foi o mesmo que do item
anterior.
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Divisão: Dados dois números naturais, às vezes
necessitamos saber quantas vezes o segundo está contido
no primeiro. O primeiro número é denominado dividendo
e o outro número é o divisor. O resultado da divisão é
chamado de quociente. Nem sempre teremos a quantidade
exata de vezes que o divisor caberá no dividendo, podendo
sobrar algum valor. A esse valor, iremos dar o nome de
resto. Vamos novamente ao exemplo das pedras:
No caso em particular, conseguimos dividir as 8 pedras
para 4 amigos, ficando cada um deles como 2 unidades e
não restando pedras. Quando a divisão não possui resto,
ela é definida como divisão exata. Caso contrário, se
ocorrer resto na divisão, como por exemplo, se ao invés de
4 fossem 3 amigos:
Nessa divisão, cada amigo seguiu com suas duas pedras,
porém restaram duas que não puderam ser distribuídas,
pois teríamos amigos com quantidades diferentes de
pedras. Nesse caso, tivermos a divisão de 8 pedras por
3 amigos, resultando em um quociente de 2 e um resto
também 2. Assim, definimos que essa divisão não é exata.
Devido a esse fato, a divisão de números naturais não
é fechada, uma vez que nem todas as divisões são exatas.
Também não será associativa e nem comutativa, já que
a ordem de resolução importa. As únicas propriedades
válidas na divisão são o elemento neutro (que segue sendo
1, desde que ele seja o divisor) e a propriedade distributiva.
FIQUE ATENTO!
A divisão tem a mesma ordem de prioridade
de resolução que a multiplicação, assim ambas
podem ser resolvidas na ordem que aparecem.
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (Pref. De Bom Retiro – SC) A Loja Berlanda está com
promoção de televisores. Então resolvi comprar um televi-
sor por R$ 1.700,00. Dei R$ 500,00 de entrada e o restante
vou pagar em 12 prestações de:
a) R$ 170,00
b) R$ 1.200,00
c) R$ 200,00
d) R$ 100,00
Resposta: Letra D: Dado o preço inicial de R$ 1700,00,
basta subtrair a entrada de R$ 500,00, assim: R$ 1700,00-
500,00 = R$ 1200,00. Dividindo esse resultado em 12
prestações, chega-se a R$ 1200,00 : 12 = R$ 100,00
Números Inteiros e suas operações fundamentais
1.1 Definição de Números Inteiros
Definimos o conjunto dos números inteiros como a
união do conjunto dos números naturais (N = {0, 1, 2, 3, 4,...,
n,...}, com o conjunto dos opostos dos números naturais,
que são definidos como números negativos. Este conjunto
é denotado pela letra Z e é escrito da seguinte forma:
ℤ = {… ,−4,−3,−2,−1, 0, 1, 2, 3, 4, … }
Sabendo da definição dos números inteiros, agora é
possível indiciar alguns subconjuntos notáveis:
a) O conjunto dos números inteiros não nulos: São to-
dos os números inteiros, exceto o zero:
ℤ∗ = {… ,−4,−3,−2,−1, 1, 2, 3, 4, … }
b) O conjunto dos números inteiros nãonegativos: São
todos os inteiros que não são negativos, ou seja, os
números naturais:
ℤ+ = 0, 1, 2, 3, 4, … = ℕ
c) O conjunto dos números inteiros positivos: São to-
dos os inteiros não negativos, e neste caso, o zero
não pertence ao subconjunto:
ℤ∗+ = 1, 2, 3, 4, …
d) O conjunto dos números inteiros não positivos: São
todos os inteiros não positivos:
ℤ_ = {… ,−4,−3,−2,−1, 0, }
e) O conjunto dos números inteiros negativos: São to-
dos os inteiros não positivos, e neste caso, o zero não
pertence ao subconjunto:
ℤ∗_ = {… ,−4,−3,−2,−1}
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1.2 Definições Importantes dos Números inteiros
Módulo: chama-se módulo de um número inteiro a
distância ou afastamento desse número até o zero, na reta
numérica inteira. Representa-se o módulo pelo símbolo | |.
Vejam os exemplos:
Ex: O módulo de 0 é 0 e indica-se |0| = 0
Ex: O módulo de +7 é 7 e indica-se |+7| = 7
Ex: O módulo de –9 é 9 e indica-se |–9| = 9
a) O módulo de qualquer número inteiro, diferente de
zero, é sempre positivo.
Números Opostos: Voltando a definição do inicio do
capítulo, dois números inteiros são ditos opostos um do
outro quando apresentam soma zero; assim, os pontos que
os representam distam igualmente da origem. Vejam os
exemplos:
Ex: O oposto do número 2 é -2, e o oposto de -2 é 2,
pois 2 + (-2) = (-2) + 2 = 0
Ex: No geral, dizemos que o oposto, ou simétrico, de a
é – a, e vice-versa.
Ex: O oposto de zero é o próprio zero.
1.3 Operações com Números Inteiros
Adição: Diferentemente da adição de números naturais,
a adição de números inteiros pode gerar um pouco
de confusão ao leito. Para melhor entendimento desta
operação, associaremos aos números inteiros positivos o
conceito de “ganhar” e aos números inteiros negativos o
conceito de “perder”. Vejam os exemplos:
Ex: (+3) + (+5) = ?
Obviamente, quem conhece a adição convencional,
sabe que este resultado será 8. Vamos ver agora pelo
conceito de “ganhar” e “perder”:
+3 = Ganhar 3
+5 = Ganhar 5
Logo: (Ganhar 3) + (Ganhar 5) = (Ganhar 8)
Ex: (−3) + (−5) = ?
Agora é o caso em que temos dois números negativos,
usando o conceito de “ganhar” ou “perder”:
-3 = Perder 3
-5 = Perder 5
Logo: (Perder 3) + (Perder 5) = (Perder 8)
Neste caso, estamos somando duas perdas ou dois
prejuízos, assim o resultado deverá ser uma perda maior.
E se tivermos um número positivo e um negativo?
Vamos ver os exemplos:
Ex: (+8) + (−5) = ?
Neste caso, temos um ganho de 8 e uma perda de 5, que
naturalmente sabemos que resultará em um ganho de 3:
+8 = Ganhar 8
-5 = Perder 5
Logo: (Ganhar 8) + (Perder 5) = (Ganhar 3)
Se observarem essa operação, vocês irão perceber que
ela tem o mesmo resultado que 8 − 5 = 3. Basicamente
ambas são as mesmas operações, sem a presença dos
parênteses e a explicação de como se chegar a essa
simplificação será apresentado nos itens seguintes deste
capítulo.
Agora, e se a perda for maior que o ganho? Veja o
exemplo:
Ex: −8 + +5 = ?
Usando a regra, temos que:
-8 = Perder 8
+5 = Ganhar 5
Logo: (Perder 8) + (Ganhar 5) = (Perder 3)
Após a definição de adição de números inteiros, vamos
apresentar algumas de suas propriedades:
a) Fechamento: O conjunto Z é fechado para a adição, isto
é, a soma de dois números inteiros ainda é um número inteiro.
b) Associativa: Para todos 𝑎, 𝑏, 𝑐 ∈ ℤ :
𝑎 + (𝑏 + 𝑐) = (𝑎 + 𝑏) + 𝑐
Ex: 2 + (3 + 7) = (2 + 3) + 7
Comutativa: Para todos a,b em Z:
a + b = b + a
3 + 7 = 7 + 3
Elemento Neutro: Existe 0 em Z, que adicionado a cada
z em Z, proporciona o próprio z, isto é:
z + 0 = z
7 + 0 = 7
Elemento Oposto: Para todo z em Z, existe (-z) em Z,
tal que
z + (–z) = 0
9 + (–9) = 0
Subtração de Números Inteiros
A subtração é empregada quando:
- Precisamos tirar uma quantidade de outra quantidade;
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto
uma delas tem a mais que a outra;
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- Temos duas quantidades e queremos saber quanto
falta a uma delas para atingir a outra.
A subtração é a operação inversa da adição.
Observe que: 9 – 5 = 4 4 + 5 = 9
diferença
subtraendo
minuendo
Considere as seguintes situações:
1- Na segunda-feira, a temperatura de Monte Sião
passou de +3 graus para +6 graus. Qual foi a variação da
temperatura?
Esse fato pode ser representado pela subtração: (+6) –
(+3) = +3
2- Na terça-feira, a temperatura de Monte Sião, durante
o dia, era de +6 graus. À Noite, a temperatura baixou de
3 graus. Qual a temperatura registrada na noite de terça-
feira?
Esse fato pode ser representado pela adição: (+6) + (–3)
= +3
Se compararmos as duas igualdades, verificamos que
(+6) – (+3) é o mesmo que (+5) + (–3).
Temos:
(+6) – (+3) = (+6) + (–3) = +3
(+3) – (+6) = (+3) + (–6) = –3
(–6) – (–3) = (–6) + (+3) = –3
Daí podemos afirmar: Subtrair dois números inteiros é o
mesmo que adicionar o primeiro com o oposto do segundo.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. Calcule:
a) (+12) + (–40) ;
b) (+12) – (–40)
c) (+5) + (–16) – (+9) – (–20)
d) (–3) – (–6) – (+4) + (–2) + (–15)
Resposta: Aplicando as regras de soma e subtração de
inteiros, tem-se que:
a) (+12) + (–40) = 12 – 40 = -28
b) (+12) – (–40) = 12 + 40 = 52
c) (+5) + (–16) – (+9) – (–20) = +5 -16 – 9 + 20 = 25 – 25 = 0
d) (–3) – (–6) – (+4) + (–2) + (–15) = -3 + 6 – 4 – 2 – 15
= 6 – 24 = -18
1.4. Multiplicação de Números Inteiros
A multiplicação funciona como uma forma simplificada
de uma adição quando os números são repetidos.
Poderíamos analisar tal situação como o fato de estarmos
ganhando repetidamente alguma quantidade, como por
exemplo, ganhar 1 objeto por 30 vezes consecutivas,
significa ganhar 30 objetos e esta repetição pode ser
indicada por um x, isto é: 1 + 1 + 1 ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30
Se trocarmos o número 1 pelo número 2, obteremos: 2
+ 2 + 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60
Se trocarmos o número 2 pelo número -2, obteremos:
(–2) + (–2) + ... + (–2) = 30 x (-2) = –60
Observamos que a multiplicação é um caso particular
da adição onde os valores são repetidos.
Na multiplicação o produto dos números a e b, pode
ser indicado por a x b, a . b ou ainda ab sem nenhum sinal
entre as letras.
Para realizar a multiplicação de números inteiros,
devemos obedecer à seguinte regra de sinais:
(+1) x (+1) = (+1)
(+1) x (-1) = (-1)
(-1) x (+1) = (-1)
(-1) x (-1) = (+1)
Com o uso das regras acima, podemos concluir que:
Sinais dos números Resultado do produto
Iguais Positivo
Diferentes Negativo
Propriedades da multiplicação de números inteiros:
O conjunto Z é fechado para a multiplicação, isto é, a
multiplicação de dois números inteiros ainda é um número
inteiro.
Associativa: Para todos a,b,c em Z:
a x (b x c) = (a x b) x c
2 x (3 x 7) = (2 x 3) x 7
Comutativa: Para todos a,b em Z:
a x b = b x a
3 x 7 = 7 x 3
Elemento neutro: Existe 1 em Z, que multiplicado por
todo z em Z, proporciona o próprio z, isto é:
z x 1 = z
7 x 1 = 7
Elemento inverso: Para todo inteiro z diferente de zero,
existe um inverso z–1=1/z em Z, tal que
z x z–1 = z x (1/z) = 1
9 x 9–1 = 9 x (1/9) = 1
Distributiva: Para todos a,b,c em Z:
a x (b + c) = (a x b) + (a x c)
3 x (4+5) = (3 x 4) + (3 x 5)
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1.5. Divisão de Números Inteiros
Sabemos que na divisão exata dos números naturais:
40 : 5 = 8, pois 5 . 8 = 40
36 : 9 = 4, pois 9 . 4 = 36
Vamos aplicar esses conhecimentos para estudar a
divisão exata de números inteiros. Veja o cálculo:
(–20) : (+5) = q (+5) . q = (–20) q = (–4)
Logo: (–20) : (+5) = +4
Considerando os exemplos dados, concluímos que,
para efetuar a divisão exata de um número inteiro por outro
número inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo do
dividendo pelo módulo do divisor. Daí:
- Quando o dividendo e o divisor têm o mesmo sinal,
o quociente é um número inteiro positivo.
- Quando o dividendo e o divisor têm sinais diferentes,
o quocienteé um número inteiro negativo.
- A divisão nem sempre pode ser realizada no con-
junto Z. Por exemplo, (+7) : (–2) ou (–19) : (–5) são
divisões que não podem ser realizadas em Z, pois o
resultado não é um número inteiro.
- No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é as-
sociativa e não tem a propriedade da existência do
elemento neutro.
1- Não existe divisão por zero.
Exemplo: (–15) : 0 não tem significado, pois não
existe um número inteiro cujo produto por zero seja
igual a –15.
2- Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente
de zero, é zero, pois o produto de qualquer número
inteiro por zero é igual a zero.
Exemplos: a) 0 : (–10) = 0 /b) 0 : (+6) = 0 /c) 0 : (–1) = 0
1.6. Potenciação de Números Inteiros
A potência an do número inteiro a, é definida como um
produto de n fatores iguais. O número a é denominado a
base e o número n é o expoente.
an = a x a x a x a x ... x a
a é multiplicado por a n vezes
Exemplos:
33 = (3) x (3) x (3) = 27
(-5)5 = (-5) x (-5) x (-5) x (-5) x (-5) = -3125
(-7)² = (-7) x (-7) = 49
(+9)² = (+9) x (+9) = 81
- Toda potência de base positiva é um número inteiro
positivo.
Exemplo: (+3)2 = (+3) . (+3) = +9
- Toda potência de base negativa e expoente par é
um número inteiro positivo.
Exemplo: (– 8)2 = (–8) . (–8) = +64
- Toda potência de base negativa e expoente ímpar
é um número inteiro negativo.
Exemplo: (–5)3 = (–5) . (–5) . (–5) = –125
Propriedades da Potenciação:
Produtos de Potências com bases iguais: Conserva-se
a base e somam-se os expoentes. (–7)3 . (–7)6 = (–7)3+6 = (–7)9
Quocientes de Potências com bases iguais: Conserva-
se a base e subtraem-se os expoentes. (+13)8 : (+13)6 =
(+13)8 – 6 = (+13)2
Potência de Potência: Conserva-se a base e
multiplicam-se os expoentes. [(+4)5]2 = (+4)5 . 2 = (+4)10
Potência de expoente 1: É sempre igual à base. (+9)1 = +9
(–13)1 = –13
Potência de expoente zero e base diferente de zero:
É igual a 1. Exemplo: (+14)0 = 1 (–35)0 = 1
Radiciação de Números Inteiros
A raiz n-ésima (de ordem n) de um número inteiro a
é a operação que resulta em outro número inteiro não
negativo b que elevado à potência n fornece o número a. O
número n é o índice da raiz enquanto que o número a é o
radicando (que fica sob o sinal do radical).
A raiz quadrada (de ordem 2) de um número inteiro
a é a operação que resulta em outro número inteiro não
negativo que elevado ao quadrado coincide com o número
a.
Observação: Não existe a raiz quadrada de um número
inteiro negativo no conjunto dos números inteiros.
Erro comum: Frequentemente lemos em materiais
didáticos e até mesmo ocorre em algumas aulas
aparecimento de:
9 = ±3
mas isto está errado. O certo é:
9 = +3
Observamos que não existe um número inteiro não
negativo que multiplicado por ele mesmo resulte em um
número negativo.
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A raiz cúbica (de ordem 3) de um número inteiro a é a
operação que resulta em outro número inteiro que elevado
ao cubo seja igual ao número a. Aqui não restringimos os
nossos cálculos somente aos números não negativos.
Exemplos
(a)
3 8 = 2, pois 2³ = 8.
(b)
3 8− = –2, pois (–2)³ = -8.
(c)
3 27 = 3, pois 3³ = 27.
(d)
3 27− = –3, pois (–3)³ = -27.
Observação: Ao obedecer à regra dos sinais para o
produto de números inteiros, concluímos que:
(a) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de número
inteiro negativo.
(b) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz
de qualquer número inteiro.
Multiplicidade e Divisibilidade
Um múltiplo de um número é o produto desse número
por um número natural qualquer. Já um divisor de um
número é um número cujo resto da divisão do número pelo
divisor é zero.
Ex: Sabe-se que 30 ∶ 6 = 5, porque 5× 6 = 30.
Pode-se dizer então que:
“30 é divisível por 6 porque existe um numero natural
(5) que multiplicado por 6 dá como resultado 30.”
Um numero natural a é divisível por um numero natural
b, não-nulo, se existir um número natural c, tal que c . b = a .
Voltando ao exemplo 30 ∶ 6 = 5 , conclui-se que: 30 é
múltiplo de 6, e 6 é divisor de 30.
Analisando outros exemplos:
a) 20 : 5 = 4 → 20 é múltiplo de 5 (4×5=20), e 5 é divisor
de 20
b) 12 : 2 = 6 → 12 é múltiplo de 2 (6×2=12), e 2 é divisor
de 12
1. Conjunto dos múltiplos de um número natural:
É obtido multiplicando-se o número natural em questão
pela sucessão dos números naturais: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6,...
Ex: Conjunto dos múltiplos de 7. Para encontrar esse
conjunto basta multiplicar por 7 cada um dos números da
sucessão dos naturais:
7 x 0 = 0
7 x 1 = 7
7 x 2 = 14
7 x 3 = 21
7 x 4 = 28
7 x 5 = 35
O conjunto formado pelos resultados encontrados forma
o conjunto dos múltiplos de 7: M(7) = {0, 7, 14, 21, 28,...}.
Observações:
- Todo número natural é múltiplo de si mesmo.
- Todo número natural é múltiplo de 1.
- Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos
múltiplos.
- O zero é múltiplo de qualquer número natural.
- Os múltiplos do número 2 são chamados de números
pares, e a fórmula geral desses números é . Os
demais são chamados de números ímpares, e a fórmula
geral desses números é .
1.1. Critérios de divisibilidade:
São regras práticas que nos possibilitam dizer se um
número é ou não divisível por outro, sem efetuarmos a
divisão.
Divisibilidade por 2: Um número é divisível por 2
quando ele é par, ou seja, quando ele termina em 0, 2, 4,
6 ou 8.
Exs:
a) 9656 é divisível por 2, pois termina em 6.
b) 4321 não é divisível por 2, pois termina em 1.
Divisibilidade por 3: Um número é divisível por 3
quando a soma dos valores absolutos de seus algarismos
é divisível por 3.
Exs:
a) 65385 é divisível por 3, pois 6 + 5 + 3 + 8 + 5 = 27, e
27 é divisível por 3.
b) 15443 não é divisível por 3, pois 1+ 5 + 4 + 4 + 3 =
17, e 17 não é divisível por 3.
Divisibilidade por 4: Um número é divisível por 4
quando termina em 00 ou quando o número formado
pelos dois últimos algarismos for divisível por 4.
Exs:
a) 536400 é divisível por 4, pois termina em 00.
b) 653524 é divisível por 4, pois termina em 24, e 24 é
divisível por 4.
c) 76315 não é divisível por 4, pois termina em 15, e 15
não é divisível por 4.
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Divisibilidade por 5: Um número é divisível por 5
quando termina em 0 ou 5.
Exs:
a) 35040 é divisível por 5, pois termina em 0.
b) 7235 é divisível por 5, pois termina em 5.
c) 6324 não é divisível por 5, pois termina em 4.
EXERCÍCIO COMENTADO
1. Escreva os elementos dos conjuntos dos múltiplos de
5 positivos menores que 30.
Resposta: Seguindo a tabuada do 5, temos que:
{5,10,15,20,25}.
Divisibilidade por 6: Um número é divisível por 6
quando é divisível por 2 e por 3.
Exs:
a) 430254 é divisível por 6, pois é divisível por 2 (termina
em 4) e por 3 (4 + 3 + 0 + 2 + 5 + 4 = 18).
b) 80530 não é divisível por 6, pois não é divisível por 3
(8 + 0 + 5 + 3 + 0 = 16).
c) 531561 não é divisível por 6, pois não é divisível por
2 (termina em 1).
Divisibilidade por 7: Para verificar a divisibilidade por
7, deve-se fazer o seguinte procedimento.
- Multiplicar o último algarismo por 2
- Subtrair o resultado do número inicial sem o último
algarismo
- Se o resultado for um múltiplo de 7, então o número
inicial é divisível por 7.
É importante ressaltar que, em caso de números com
vários algarismos, será necessário fazer o procedimento
mais de uma vez.
Ex:
Analisando o número 1764
Procedimento:
- Último algarismo: 4. Multiplica-se por 2: 4×2=8
- Subtrai-se o resultado do número inicial sem o últi-
mo algarismo: 176-8=168
- O resultado é múltiplo de 7? Para isso precisa verifi-
car se 168 é divisível por 7.
Aplica-se o procedimento novamente, agora para o nú-
mero 168.
- Último algarismo: 8. Multiplica-se por 2: 8×2=16
- Subtrai-se o resultado do número inicial sem o últi-
mo algarismo: 16-16=0
- O resultado é múltiplo de 7? Sim, pois zero (0) é múl-
tiplo de qualquer número natural.
Portanto, conclui-se que 168 é múltiplo de 7. Se168 é
múltiplo de 7, então 1764 é divisível por 7.
Divisibilidade por 8: Um número é divisível por 8
quando termina em 000 ou quando o número formado
pelos três últimos algarismos for divisível por 8.
Exs:
a) 57000 é divisível por 8, pois termina em 000.
b) 67024 é divisível por 8, pois seus três últimos algaris-
mos formam o número 24, que é divisível por 8.
c) 34125 não é divisível por 8, pois seus três últimos al-
garismos formam o número 125, que não é divisível
por 8.
EXERCÍCIO COMENTADO
2. Escreva os elementos dos conjuntos dos múltiplos de
8 compreendidos entre 30 e 50.
Resposta: Seguindo a tabuada do 8, a partir do 30:
{32,40,48}.
Divisibilidade por 9: Um número é divisível por 9
quando a soma dos valores absolutos de seus algarismos
formam um número divisível por 9.
Exs:
a) 6253461 é divisível por 9, pois 6 + 2 + 5 + 3 + 4 + 6
+ 1 = 27 é divisível por 9.
b) 325103 não é divisível por 9, pois 3 + 2 + 5 + 1 + 0 +
3 = 14 não é divisível por
Divisibilidade por 10: Um número é divisível por 10
quando termina em zero.
Exs:
a) 563040 é divisível por 10, pois termina em zero.
b) 246321 não é divisível por 10, pois não termina em
zero.
Divisibilidade por 11: Um número é divisível por 11
quando a diferença entre a soma dos algarismos de posição
ímpar e a soma dos algarismos de posição par resulta em
um número divisível por 11.
Exs:
a) 43813 é divisível por 11. Vejamos o porquê
Os algarismos de posição ímpar são os algarismos nas
posições 1, 3 e 5. Ou seja, 4,8 e 3. A soma desses algarismos
é 4 + 8 + 3 = 15
Os algarismos de posição par são os algarismos nas
posições 2 e 4. Ou seja, 3 e 1. A soma desses algarismos
é 3+1 = 4
14
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EM
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TI
CA
15 – 4 = 11→ A diferença divisível por 11. Logo 43813 é
divisível por 11.
b) 83415721 não é divisível por 11. Vejamos o porquê
Os algarismos de posição ímpar são os algarismos nas
posições 1, 3, 5 e 7. Ou seja, 8, 4, 5 e 2. A soma desses
algarismos é
Os algarismos de posição ímpar são os algarismos nas
posições 1, 3, 5 e 7. Ou seja, 8, 4, 5 e 2. A soma desses
algarismos é 8+4+5+2 = 19
Os algarismos de posição par são os algarismos nas
posições 2, 4 e 6. Ou seja, 3, 1 e 7. A soma desses algarismos
é 3+1+7 = 11
19 – 11 = 8→ A diferença não é divisível por 11. Logo
83415721 não é divisível por 11.
Divisibilidade por 12: Um número é divisível por 12
quando é divisível por 3 e por 4.
Exs:
a) 78324 é divisível por 12, pois é divisível por 3 ( 7 + 8
+ 3 + 2 + 4 = 24) e por 4 (termina em 24).
b) 652011 não é divisível por 12, pois não é divisível por
4 (termina em 11).
c) 863104 não é divisível por 12, pois não é divisível por
3 (8 + 6 + 3 +1 + 0 + 4 = 22).
Divisibilidade por 15: Um número é divisível por 15
quando é divisível por 3 e por 5.
Exs:
a) 650430 é divisível por 15, pois é divisível por 3 (6 + 5
+ 0 + 4 + 3 + 0 =18) e por 5 (termina em 0).
b) 723042 não é divisível por 15, pois não é divisível por
5 (termina em 2).
c) 673225 não é divisível por 15, pois não é divisível por
3 (6 + 7 + 3 + 2 + 2 + 5 = 25).
POTENCIAÇÃO
Define-se potenciação como o resultado da
multiplicação de fatores iguais, denominada base, sendo
o número de fatores igual a outro número, denominado
expoente. Diz-se “b elevado a c”, cuja notação é:
𝑏𝑐 = 𝑏 × 𝑏 ×⋯× 𝑏
𝑐 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠
Por exemplo: 43=4×4×4=64, sendo a base igual a 4 e o
expoente igual a 3.
Esta operação não passa de uma multiplicação com
fatores iguais, como por exemplo: 23 = 2 × 2 × 2 = 8 → 53
= 5 × 5 × 5 = 125
1. Propriedades da Potenciação
Propriedade 1: potenciação com base 1
Uma potência cuja base é igual a 1 e o expoente natural
é n, denotada por 1n, será sempre igual a 1. Em resumo,
1n=1
Exemplos:
a) 13 = 1×1×1 = 1
b) 17 = 1×1×1×1×1×1×1 = 1
Propriedade 2: potenciação com expoente nulo
Se n é um número natural não nulo, então temos que nº=1.
Exemplos:
a) 5º = 1
b) 9º = 1
Propriedade 3: potenciação com expoente 1
Qualquer que seja a potência em que a base é o número
natural n e o expoente é igual a 1, denotada por n1 , é igual
ao próprio n. Em resumo, n1=n
Exemplos:
a) 5¹ = 5
b) 64¹ = 64
Propriedade 4: potenciação de base 10
Toda potência 10n é o número formado pelo algarismo
1 seguido de n zeros.
Exemplos:
a) 103 = 1000
b) 108 = 100.000.000
c) 104 = 1000
Propriedade 5: multiplicação de potências de mesma
base
Em uma multiplicação de duas potências de mesma
base, o resultado é obtido conservando-se a base e
somando-se os expoentes.
Em resumo: xa × xb = x a+b
Exemplos:
a) 23×24 = 23+4 = 27
b) 34×36 = 34+6=310
c) 152×154 = 152+4=156
Propriedade 6: divisão de potências de mesma base
Em uma divisão de duas potências de mesma base, o
resultado é obtido conservando-se a base e subtraindo-se
os expoentes.
Em resumo: xa : xb = xa-b
Exemplos:
a) 25 : 23 = 25-3=22
b) 39 : 36 = 39-6=33
c) 1512 : 154 = 1512-4 = 158
15
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EM
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TI
CA
FIQUE ATENTO!
Dada uma potência xa , onde o número real a
é negativo, o resultado dessa potência é igual
ao inverso de x elevado a a, isto é, 𝑥𝑎 =
1
𝑥𝑎
se a<0.
Por exemplo, 2−3 =
1
23 , 5
−1 =
1
51 .
Propriedade 7: potência de potência
Quando uma potência está elevado a outro expoente, o
expoente resultante é obtido multiplicando-se os expoentes
Em resumo: (xa )b=xa×b
Exemplos:
a) (25 )3 = 25×3=215
b) (39 )2 = 39×2=318
c) (612 )4= 612×4=648
Propriedade 8: potência de produto
Quando um produto está elevado a uma potência, o
resultado é um produto com cada um dos fatores elevado
ao expoente
Em resumo: (x×y)a=xa×ya
Exemplos:
a) (2×3)3 = 23×33
b) (3×4)2 = 32×42
c) (6×5)4= 64×54
Em alguns casos podemos ter uma
multiplicação ou divisão potência que não está
na mesma base (como nas propriedades 5 e 6),
mas pode ser simplificada. Por exemplo, 43×25
=(22 )3×25= 26×25= 26+5=211 e 33:9 = 33 : 32 = 31.
#FicaDica
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (MPE-RS – 2017) A metade de 440 é igual a:
a) 220
b) 239
c) 240
d) 279
e) 280
Resposta: Letra D.
Para encontrar a metade de 440, basta dividirmos esse
número por 2, isto é, 4
40
2
. Uma forma fácil de resolver
essa fração é escrever o numerador e denominador des-
sa fração na mesma base como mostrado a seguir:
440
2 =
22 40
2 =
280
2 = 2
80−1 = 279
.
Note que para resolver esse exercício utilizamos as pro-
priedades 6 e 7.
Números Primos, MDC e MMC
O máximo divisor comum e o mínimo múltiplo comum
são ferramentas extremamente importantes na matemática.
Através deles, podemos resolver alguns problemas simples,
além de utilizar seus conceitos em outros temas, como
frações, simplicação de fatoriais, etc.
Porém, antes de iniciarmos a apresentar esta teoria, é
importante conhecermos primeiramente uma classe de
números muito importante: Os números primos.
1. Números primos
Um número natural é definido como primo se ele tem
exatamente dois divisores: o número um e ele mesmo.
Já nos inteiros, p ∈ ℤ é um primo se ele tem exatamente
quatro divisores: ±1 e ±𝑝 .
FIQUE ATENTO!
Por definição, 0, 1 e − 1 não são números pri-
mos.
Existem infinitos números primos,
como demonstrado por Euclides por volta de 300 a.C.. A
propriedade de ser um primo é chamada “primalidade”, e
a palavra “primo” também são utilizadas como substantivo
ou adjetivo. Como “dois” é o único número primo par, o
termo “primo ímpar” refere-se a todo primo maior do que
dois.
O conceito de número primo é muito importante
na teoria dos números. Um dos resultados da teoria dos
números é o Teorema Fundamental da Aritmética, que
afirma que qualquer número natural diferente de 1 pode
ser escrito de forma única (desconsiderando a ordem) como
um produto de números primos (chamados fatores primos):
este processo se chama decomposição em fatores primos
(fatoração). É exatamente este conceito que utilizaremos
no MDC e MMC. Para caráter de memorização, seguem os
100 primeiros números primos positivos. Recomenda-se
que memorizem ao menos os 10 primeiros para MDC e
MMC:
2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23,29, 31, 37, 41, 43, 47, 53, 59
, 61, 67, 71, 73, 79, 83, 89, 97, 101, 103, 107, 109, 113, 127,
131, 137, 139, 149, 151, 157, 163, 167, 173, 179, 181, 191,
193, 197, 199, 211, 223, 227, 229, 233, 239, 241, 251, 257,
263, 269, 271, 277, 281, 283, 293, 307, 311, 313, 317, 331,
337, 347, 349, 353, 359, 367, 373, 379, 383, 389, 397, 401,
409, 419, 421, 431, 433, 439, 443, 449, 457, 461, 463, 467,
479, 487, 491, 499, 503, 509, 521, 523, 541
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2. Múltiplos e Divisores
Diz-se que um número natural a é múltiplo de outro
natural b, se existe um número natural k tal que:
𝑎 = 𝑘. 𝑏
Ex. 15 é múltiplo de 5, pois 15=3 x 5
Quando a=k.b, segue que a é múltiplo de b, mas
também, a é múltiplo de k, como é o caso do número 35
que é múltiplo de 5 e de 7, pois: 35 = 7 x 5.
Quando a = k.b, então a é múltiplo de b e se conhecemos
b e queremos obter todos os seus múltiplos, basta fazer k
assumir todos os números naturais possíveis.
Ex. Para obter os múltiplos de dois, isto é, os números
da forma a = k x 2, k seria substituído por todos os números
naturais possíveis.
FIQUE ATENTO!
Um número b é sempre múltiplo dele mesmo.
a = 1 x b ↔ a = b.
A definição de divisor está relacionada com a de
múltiplo.
Um número natural b é divisor do número natural a, se
a é múltiplo de b.
Ex. 3 é divisor de 15, pois , logo 15 é múltiplo de 3 e
também é múltiplo de 5.
Um número natural tem uma quantidade finita
de divisores. Por exemplo, o número 6 poderá
ter no máximo 6 divisores, pois trabalhando no
conjunto dos números naturais não podemos
dividir 6 por um número maior do que ele. Os
divisores naturais de 6 são os números 1, 2, 3, 6,
o que significa que o número 6 tem 4 divisores.
#FicaDica
MDC
Agora que sabemos o que são números primos,
múltiplos e divisores, vamos ao MDC. O máximo divisor
comum de dois ou mais números é o maior número que é
divisor comum de todos os números dados.
Ex. Encontrar o MDC entre 18 e 24.
Divisores naturais de 18: D(18) = {1,2,3,6,9,18}.
Divisores naturais de 24: D(24) = {1,2,3,4,6,8,12,24}.
Pode-se escrever, agora, os divisores comuns a 18 e 24:
D(18)∩ D (24) = {1,2,3,6}.
Observando os divisores comuns, podemos identificar
o maior divisor comum dos números 18 e 24, ou seja: MDC
(18,24) = 6.
Outra técnica para o cálculo do MDC:
Decomposição em fatores primos: Para obter o MDC
de dois ou mais números por esse processo, procede-se da
seguinte maneira:
Decompõe-se cada número dado em fatores primos.
O MDC é o produto dos fatores comuns obtidos, cada
um deles elevado ao seu menor expoente.
Exemplo: Achar o MDC entre 300 e 504.
Fatorando os dois números:
Temos que:
300 = 22.3 .52
504 = 23.32 .7
O MDC será os fatores comuns com seus menores
expoentes:
mdc (300,504)= 22.3 = 4 .3=12
MMC
O mínimo múltiplo comum de dois ou mais números é
o menor número positivo que é múltiplo comum de todos
os números dados. Consideremos:
Ex. Encontrar o MMC entre 8 e 6
Múltiplos positivos de 6: M(6) =
{6,12,18,24,30,36,42,48,54,...}
Múltiplos positivos de 8: M(8) = {8,16,24,32,40,48,56,64,...}
Podem-se escrever, agora, os múltiplos positivos
comuns: M(6)∩M(8) = {24,48,72,...}
Observando os múltiplos comuns, pode-se identificar o
mínimo múltiplo comum dos números 6 e 8, ou seja:
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Outra técnica para o cálculo do MMC:
Decomposição isolada em fatores primos: Para
obter o MMC de dois ou mais números por esse processo,
procedemos da seguinte maneira:
- Decompomos cada número dado em fatores primos.
- O MMC é o produto dos fatores comuns e não-co-
muns, cada um deles elevado ao seu maior expoente.
Ex. Achar o MMC entre 18 e 120.
Fatorando os números:
18 = 2 .32
120 = 23.3 .5
mmc (18,120) = 23 � 32 � 5 = 8 � 9 � 5 = 360
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (FEPESE-2016) João trabalha 5 dias e folga 1, enquanto
Maria trabalha 3 dias e folga 1. Se João e Maria folgam no
mesmo dia, então quantos dias, no mínimo, passarão para
que eles folguem no mesmo dia novamente?
a) 8
b) 10
c) 12
d) 15
e) 24
Resposta: Letra c.
COMENTÁRIO: O período em que João trabalha e folga
corresponde a 6 dias enquanto o mesmo período, para
Maria, corresponde a 4 dias. Assim, o problema consiste
em encontrar o mmc entre 6 e 4. Logo, eles folgarão no
mesmo dia novamente após 12 dias pois mmc(6,4)=12.
Números Racionais: Frações, Números Decimais e
suas Operações
1. Números Racionais
Um número racional é o que pode ser escrito na forma
n
m
, onde m e n são números inteiros, sendo que n deve
ser diferente de zero. Frequentemente usamos
n
m para
significar a divisão de m por n .
Como podemos observar, números racionais podem ser
obtidos através da razão entre dois números inteiros, razão pela
qual, o conjunto de todos os números racionais é denotado por
Q. Assim, é comum encontrarmos na literatura a notação:
Q = { nm: m e n em Z,n diferente de zero }
No conjunto Q destacamos os seguintes subconjuntos:
• 𝑄∗ = conjunto dos racionais não nulos;
• 𝑄+ = conjunto dos racionais não negativos;
• 𝑄+∗ = conjunto dos racionais positivos;
• 𝑄− = conjunto dos racionais não positivos;
• 𝑄−∗ = conjunto dos racionais negativos.
Módulo ou valor absoluto: É a distância do ponto que
representa esse número ao ponto de abscissa zero.
Exemplo: Módulo de - 2
3
é 2
3
. Indica-se − 32 =
3
2
Módulo de+
2
3 é
2
3 . Indica-se 3
2 =
3
2
Números Opostos: Dizemos que −
3
2 e
3
2 são números
racionais opostos ou simétricos e cada um deles é o oposto
do outro. As distâncias dos pontos −32 e
3
2
ao ponto zero da
reta são iguais.
1.1. Soma (Adição) de Números Racionais
Como todo número racional é uma fração ou pode ser
escrito na forma de uma fração, definimos a adição entre os
números racionais a
b
e c
d
, , da mesma forma que a soma de
frações, através de:
a
b
+
c
d
=
a � d + b � c
b � d
1.1.1. Propriedades da Adição de Números Racionais
O conjunto é fechado para a operação de adição, isto
é, a soma de dois números racionais resulta em um número
racional.
- Associativa: Para todos em : a + ( b + c ) = ( a + b ) + c
- Comutativa: Para todos em : a + b = b + a
- Elemento neutro: Existe em , que adicionado a todo
em , proporciona o próprio , isto é: q + 0 = q
- Elemento oposto: Para todo q em Q, existe -q em Q,
tal que q + (–q) = 0
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1.2. Subtração de Números Racionais
A subtração de dois números racionais e é a própria
operação de adição do número com o oposto de q, isto é:
p – q = p + (–q)
1.3. Multiplicação (Produto) de Números Racionais
Como todo número racional é uma fração ou pode
ser escrito na forma de uma fração, definimos o produto
de dois números racionais ab e
c
d , da mesma forma que o
produto de frações, através de:
a
b
�
c
d
=
a � c
b � d
O produto dos números racionais a e b também pode
ser indicado por a × b, a.b ou ainda ab sem nenhum sinal
entre as letras.
Para realizar a multiplicação de números racionais,
devemos obedecer à mesma regra de sinais que vale em
toda a Matemática:
(+1)�(+1) = (+1) – Positivo Positivo = Positivo
(+1)�(-1) = (-1) - Positivo Negativo = Negativo
(-1)�(+1) = (-1) - Negativo Positivo = Negativo
(-1)� (-1) = (+1) – Negativo Negativo = Positivo
O produto de dois números com o mesmo sinal
é positivo, mas o produto de dois números
com sinais diferentes é negativo.
#FicaDica
1.3.1. Propriedades da Multiplicação de Números
Racionais
O conjunto Q é fechado para a multiplicação, isto é, o
produto de dois números racionais resultaem um número
racional.
- Associativa: Para todos a,b,c em Q: a ∙ ( b ∙ c ) = ( a ∙ b ) ∙ c
- Comutativa: Para todos a,b em Q: a ∙ b = b ∙ a
- Elemento neutro: Existe 1 em Q, que multiplicado por
todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é: q ∙ 1 = q
- Elemento inverso: Para todo q =
a
b em Q, q
−1 =
b
a diferente
de zero, existe em Q: q � q−1 = 1, ou seja, a
b ×
b
a = 1
- Distributiva: Para todos a,b,c em Q: a ∙ ( b + c) = ( a ∙
b ) + ( a∙ c )
1.4. Divisão de Números Racionais
A divisão de dois números racionais p e q é a própria
operação de multiplicação do número p pelo inverso de q,
isto é: p ÷ q = p × q-1
De maneira prática costuma-se dizer que em uma
divisão de duas frações, conserva-se a primeira fração e
multiplica-se pelo inverso da segunda:
Observação: É possível encontrar divisão de frações da
seguinte forma:
a
b
c
d
. . O procedimento de cálculo é o mesmo.
1.5. Potenciação de Números Racionais
A potência q𝐧 do número racional é um produto de
fatores iguais. O número é denominado a base e o número
é o expoente.
q
n
= q � q � q � q � . . .� q, (q aparece n vezes)
Exs:
a)
3
5
2
=
5
2 .
5
2 .
5
2 =
125
8
b) 3
2
1
− =
−
2
1 .
−
2
1 .
−
2
1 =
8
1
−
c) (– 5)² = (– 5) � ( – 5) = 25
d) (+5)² = (+5) � (+5) = 25
1.5.1. Propriedades da Potenciação aplicadas a
números racionais
Toda potência com expoente 0 é igual a 1.
0
5
2
+ = 1
- Toda potência com expoente 1 é igual à própria base.
1
4
9
− =
4
9
−
- Toda potência com expoente negativo de um número
racional diferente de zero é igual a outra potência que tem
a base igual ao inverso da base anterior e o expoente igual
ao oposto do expoente anterior.
2
5
3 −
− =
2
3
5
− =
9
25
- Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo
sinal da base.
3
3
2
=
3
2
.
3
2
.
3
2
=
27
8
- Toda potência com expoente par é um número
positivo.
2
5
1
− =
−
5
1
.
−
5
1
=
25
1
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- Produto de potências de mesma base. Para reduzir um produto de potências de mesma base a uma só potência,
conservamos a base e somamos os expoentes.
2
5
2
.
3
5
2
=
532
5
2
5
2
5
2.
5
2.
5
2.
5
2.
5
2
=
=
+
- Quociente de potências de mesma base. Para reduzir um quociente de potências de mesma base a uma só potência,
conservamos a base e subtraímos os expoentes.
32525
2
3
2
3
2
3.
2
3
2
3.
2
3.
2
3.
2
3.
2
3
2
3:
2
3
=
==
−
- Potência de Potência. Para reduzir uma potência de potência a uma potência de um só expoente, conservamos a base
e multiplicamos os expoentes.
62322222232
2
1
2
1
2
1
2
1.
2
1.
2
1
2
1
=
=
=
=
+++
1.6. Radiciação de Números Racionais
Se um número representa um produto de dois ou mais fatores iguais, então cada fator é chamado raiz do número.
Vejamos alguns exemplos:
Ex:
4 Representa o produto 2. 2 ou 22. Logo, 2 é a raiz quadrada de 4. Indica-se 4 = 2.
Ex:
9
1
Representa o produto
3
1
.
3
1
ou
2
3
1
.Logo,
3
1
é a raiz quadrada de
9
1
.Indica-se
9
1
=
3
1
Ex:
0,216 Representa o produto 0,6 � 0,6 � 0,6 ou (0,6)3 . Logo, 0,6 é a raiz cúbica de 0,216. Indica-se 0,216
3 = 0,6 .
Assim, podemos construir o diagrama:
FIQUE ATENTO!
Um número racional, quando elevado ao quadrado, dá o número zero ou um número racional positivo. Logo,
os números racionais negativos não têm raiz quadrada em Q.
20
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
O número
9
100
− não tem raiz quadrada em Q, pois tanto
3
10
− como 3
10
+ , quando elevados ao quadrado, dão
9
100 .
Um número racional positivo só tem raiz quadrada no conjunto dos números racionais se ele for um quadrado perfeito.
O número
3
2 não tem raiz quadrada em Q, pois não existe número racional que elevado ao quadrado dê
3
2 .
Frações
Frações são representações de partes iguais de um todo. São expressas como um quociente de dois números x
y
, sendo
x o numerador e y o denominador da fração, com y ≠ 0 .
1. Frações Equivalentes
São frações que, embora diferentes, representam a mesma parte do mesmo todo. Uma fração é equivalente a outra
quando pode ser obtida multiplicando o numerador e o denominador da primeira fração pelo mesmo número.
Ex: 3
5
e 6
10
.
A segunda fração pode ser obtida multiplicando o numerador e denominador de 3
5
por 2:
3 � 2
5 � 2 =
6
10
Assim, diz-se que 6
10
é uma fração equivalente a 3
5
2. Operações com Frações
2.1. Adição e Subtração
2.1.1. Frações com denominadores iguais:
Ex:
Jorge comeu 3
8
de um tablete de chocolate e Miguel 5
8
desse mesmo tablete. Qual a fração do tablete de chocolate
que Jorge e Miguel comeram juntos?
A figura abaixo representa o tablete de chocolate. Nela também estão representadas as frações do tablete que Jorge e
Miguel comeram:
Observe que 38 =
2
8 =
5
8
Portanto, Jorge e Miguel comeram juntos 5
8
do tablete de chocolate.
Na adição e subtração de duas ou mais frações que têm denominadores iguais, conservamos o denominador comum e
somamos ou subtraímos os numeradores.
Outro Exemplo:
3
2 +
5
2 −
7
2 =
3 + 5 − 7
2 =
1
2
21
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
2.1.2. Frações com denominadores diferentes:
Calcular o valor de
3
8 +
5
6
Inicialmente, devemos
reduzir as frações ao mesmo denominador comum. Para
isso, encontramos o mínimo múltiplo comum (MMC)
entre os dois (ou mais, se houver) denominadores e, em
seguida, encontramos as frações equivalentes com o novo
denominador:
mmc (8,6) = 24
3
8 =
5
6 =
9
24 =
20
24
24 ∶ 8 � 3 = 9
24 ∶ 6 � 5 = 20
Devemos proceder, agora, como no primeiro caso,
simplificando o resultado, quando possível:
9
24 +
20
24 =
29
24
Portanto:
3
8 +
5
6 =
9
24 +
20
24 =
29
24
Na adição e subtração de duas ou mais
frações que têm os denominadores diferentes,
reduzimos inicialmente as frações ao menor
denominador comum, após o que procedemos
como no primeiro caso.
#FicaDica
2.2. Multiplicação
Ex:
De uma caixa de frutas, 4
5
são bananas. Do total de
bananas, 2
3
estão estragadas. Qual é a fração de frutas da
caixa que estão estragadas?
Representa 4/5 do conteúdo da caixa
Representa 2/3 de 4/5 do conteúdo da caixa.
Repare que o problema proposto consiste em calcular
o valor de 2
3
de 4
5
que, de acordo com a figura, equivale a
8
15
do total de frutas. De acordo com a tabela acima, 2
3
de
4
5
equivale a 2
3 �
4
5
. Assim sendo:
2
3 �
4
5 =
8
15
Ou seja:
2
3
de 4
5 =
2
3 �
4
5 =
2�4
3�5 =
8
15
O produto de duas ou mais frações é uma fração
cujo numerador é o produto dos numeradores e cujo
denominador é o produto dos denominadores das frações
dadas.
Outro exemplo: 2
3 �
4
5 �
7
9 =
2 � 4 � 7
3 � 5 � 9 =
56
135
Sempre que possível, antes de efetuar a
multiplicação, podemos simplificar as frações
entre si, dividindo os numeradores e os
denominadores por um fator comum. Esse
processo de simplificação recebe o nome de
cancelamento.
#FicaDica
2.3. Divisão
Duas frações são inversas ou recíprocas quando o
numerador de uma é o denominador da outra e vice-versa.
Exemplo
2
3
é a fração inversa de 3
2
5 ou 5
1
é a fração inversa de 1
5
Considere a seguinte situação:
Lúcia recebeu de seu pai os 4
5
dos chocolates contidos
em uma caixa. Do total de chocolates recebidos, Lúcia
deu a terça parte para o seu namorado. Que fração dos
chocolates contidos na caixa recebeu o namorado de Lúcia?
A solução do problema consiste em dividir o total de
chocolates que Lúcia recebeu de seu pai por 3, ou seja,
4
5 : 3
22
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
Por outro lado, dividir algo por 3 significa calcular 1
3
desse algo.
Portanto: 4
5 : 3 =
1
3
de 4
5
Como 1
3
de 45=
1
3 �
4
5 =
4
5 �
1
3 , resulta que
4
5 : 3 =
4
5 :
3
1 =
4
5 �
1
3
Observando que as frações 3
1
e 1
3
são frações inversas, podemos afirmar que:
Para dividir uma fração por outra, multiplicamos a primeira pelo inverso da segunda.
Portanto 45 : 3 =
4
5 ∶
3
1 =
4
5 �
1
3 =
4
15
Ou seja, o namorado deLúcia recebeu 4
15
do total de chocolates contidos na caixa.
Outro exemplo: 6
5
8
5.
3
4
5
8:
3
4
2
1
==
Observação:
Note a expressão: . Ela é equivalente à expressão 3
2 :
1
5
Portanto
Números Decimais
De maneira direta, números decimais são números que possuem vírgula. Alguns exemplos: 1,47; 2,1; 4,9587; 0,004; etc.
1. Operações com Números Decimais
1.1. Adição e Subtração
Vamos calcular o valor da seguinte soma:
5,32 + 12,5 + 0, 034
Transformaremos, inicialmente, os números decimais em frações decimais:
5,32 + 12,5 + 0,034 =
352
100 +
125
10 +
34
1000 =
5320
1000 +
12500
1000 +
34
1000 =
17854
1000 = 17,854
Portanto: 5,32 + 12,5 + 0, 034 = 17, 854
Na prática, a adição e a subtração de números decimais são obtidas de acordo com a seguinte regra:
- Igualamos o número de casas decimais, acrescentando zeros.
- Colocamos os números um abaixo do outro, deixando vírgula embaixo de vírgula.
- Somamos ou subtraímos os números decimais como se eles fossem números naturais.
- Na resposta colocamos a vírgula alinhada com a vírgula dos números dados.
23
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
Exemplo
2,35 + 14,3 + 0, 0075 + 5
Disposição prática:
2,3500
14,3000
+ 0,0075
5,0000
21,6575
1.2. Multiplicação
Vamos calcular o valor do seguinte produto: 2,58 � 3,4 .
Transformaremos, inicialmente, os números decimais em frações decimais:
2,58 � 3,4 =
258
100 �
34
100 =
8772
1000 = 8,772
Portanto 2,58 � 3,4 = 8,772
Na prática, a multiplicação de números decimais é obtida de acordo com as seguintes regras:
- Multiplicamos os números decimais como se eles fossem números naturais.
- No resultado, colocamos tantas casas decimais quantas forem as do primeiro fator somadas às do segundo
fator.
#FicaDica
Exemplo:
Disposição prática:
652,2 1 casa decimal
X 2,03 2 casas decimais
19 566
1 304 4
1 323,966 1 + 2 = 3 casas decimais
1.3. Divisão
24
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
Vamos, por exemplo, efetuar a seguinte divisão:
24 ∶ 0,5
Inicialmente, multiplicaremos o dividendo e o divisor da
divisão dada por 10.
24 ∶ 0,5 = (24 � 10) ∶ (0,5 � 10) = 240 ∶ 5
A vantagem de tal procedimento foi a de transformarmos
em número natural o número decimal que aparecia na
divisão. Com isso, a divisão entre números decimais se
transforma numa equivalente com números naturais.
Portanto: 24 ∶ 0,5 = 240 ∶ 5 = 48
Na prática, a divisão entre números decimais é
obtida de acordo com as seguintes regras:
- Igualamos o número de casas decimais do
dividendo e do divisor.
- Cortamos as vírgulas e efetuamos a divisão
como se os números fossem naturais.
#FicaDica
Ex: 24 ∶ 0,5 = 240 ∶ 5 = 48
Disposição prática:
Nesse caso, o resto da divisão é igual à zero. Assim
sendo, a divisão é chamada de divisão exata e o quociente
é exato.
Ex: 9,775 ∶ 4,25
Disposição prática:
Nesse caso, o resto da divisão é diferente de zero. Assim
sendo, a divisão é chamada de divisão aproximada e o
quociente é aproximado.
Se quisermos continuar uma divisão aproximada,
devemos acrescentar zeros aos restos e prosseguir
dividindo cada número obtido pelo divisor. Ao mesmo
tempo em que colocamos o primeiro zero no primeiro
resto, colocamos uma vírgula no quociente.
Ex: 0,14 ∶ 28
Ex: 2 ∶ 16
2. Representação Decimal das Frações
Tomemos um número racional
p
q tal que não seja
múltiplo de . Para escrevê-lo na forma decimal, basta
efetuar a divisão do numerador pelo denominador.
Nessa divisão podem ocorrer dois casos:
1º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, um
número finito de algarismos. Decimais Exatos:
2
5 = 0,4
1
4 = 0,25
35
4 = 8,75
153
50 = 3,06
2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula,
infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se
periodicamente. Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas:
1
3 = 0,333 …
1
22 = 0,04545 …
167
66 = 2,53030 …
25
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AT
EM
[ Á
TI
CA
FIQUE ATENTO!
Se após as vírgulas os algarismos não são periódicos, então esse número decimal não está contido no
conjunto dos números racionais.
3.Representação Fracionária dos Números Decimais
Trata-se do problema inverso: estando o número racional escrito na forma decimal, procuremos escrevê-lo na forma de
fração. Temos dois casos:
1º) Transformamos o número em uma fração cujo numerador é o número decimal sem a vírgula e o denominador é
composto pelo numeral 1, seguido de tantos zeros quantas forem as casas decimais do número decimal dado:
0,9 =
9
10
5,7 =
57
10
0,76 =
76
100
3,48 =
348
100
0,005 =
5
1000 =
1
200
2º) Devemos achar a fração geratriz da dízima dada; para tanto, vamos apresentar o procedimento através de alguns
exemplos:
Ex:
Seja a dízima 0,333...
Façamos e multipliquemos ambos os membros por 10:
10x = 0,333
Subtraindo, membro a membro, a primeira igualdade da segunda:
10x – x = 3,333 … – 0,333. . . 9x = 3 x =
3
9
Assim, a geratriz de 0,333... é a fração 3
9
.
Ex:
Seja a dízima 5,1717...
Façamos x = 5,1717. . . e 100x = 517,1717. . .
Subtraindo membro a membro, temos:
26
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
99x = 512 x = 512 99⁄
Assim, a geratriz de 5,1717... é a fração 512
99
.
Ex:
Seja a dízima 1,23434...
Façamos x = 1,23434 … ;10x = 12,3434 …; 1000x = 1234,34 …
Subtraindo membro a membro, temos:
990x = 1234,34. . . – 12,34 … 990x = 1222 x =
1222
990
Simplificando, obtemos x =
611
495
, a fração geratriz da dízima 1,23434...
Analisando todos os exemplos, nota-se que a idéia consiste em deixar após a vírgula somente a parte periódica (que se
repete) de cada igualdade para, após a subtração membro a membro, ambas se cancelarem.
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (EBSERH – Médico – IBFC/2016) Mara leu 1/5 das páginas de um livro numa semana. Na segunda semana, leu mais 2/3
de páginas. Se ainda faltam ler 60 (sessenta) páginas do livro, então o total de páginas do livro é de:
a) 300
b) 360
c) 400
d) 450
e) 480
Resposta: Letra D.
Mara leu 1
5 +
2
3 =
3+10
15 =
13
15
do livro. Logo, ainda falta 1 − 1315 =
15−13
15 =
2
15
para ser lido. Essa fração que falta
ser lida equivale a 60 páginas
Assim: 2
15
60 páginas. Portanto, 1
15
30 páginas.
Logo o livro todo (15/15) possui: 15∙30=450 páginas
RAZÕES E PROPORÇÕES
1. Razão
Quando se utiliza a matemática na resolução de problemas, os números precisam ser relacionados para se obter uma
resposta. Uma das maneiras de se relacionar os números é através da razão. Sejam dois números reais a e b, com b ≠
0,define-se razão entre a e b (nessa ordem) o quociente a ÷ b, ou 𝑎𝑏 .
A razão basicamente é uma fração, e como sabem, frações são números racionais. Entretanto, a leitura deste número é
diferente, justamente para diferenciarmos quando estamos falando de fração ou de razão.
27
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
a) Quando temos o número
3
5 e estamos tratando de
fração, lê-se: “três quintos”.
b) Quando temos o número 35 e estamos tratando de
razão, lê-se: “3 para 5”.
Além disso, a nomenclatura dos termos também é
diferente:
O número 3 é numerador
a) Na fração 35
O número 5 é denominador
O número 3 é antecedente
b) Na razão 3
5
O número 5 é consequente
Ex. A razão entre 20 e 50 é 20
50 =
2
5
já a razão entre 50 e 20
é 50
20 =
5
2
. Ou seja, deve-se sempre indicar o antecedente e
o consequente para sabermos qual a ordem de montarmos
a razão.
Ex.Numa classe de 36 alunos há 15 rapazes e 21 moças.
A razão entre o número de rapazes e o número de moças
é 15
21
, se simplificarmos, temos que a fração equivalente 57
, o que significa que para “cada 5 rapazes há 7 moças”. Por
outro lado, a razão entre o número de rapazes e o total de
alunos é dada por 15
36 =
5
12
, o que equivale a dizer que “de
cada 12 alunos na classe, 5 são rapazes”.
Razão entre grandezas de mesma espécie: A razão
entre duas grandezas de mesma espécie é o quociente
dos números que expressam as medidas dessas grandezas
numa mesma unidade.
Ex. Um automóvel necessitapercorrer uma estrada de
360 km. Se ele já percorreu 240 km, qual a razão entre a
distância percorrida em relação ao total?
Como os dois números são da mesma espécie (distância)
e estão na mesma unidade (km), basta fazer a razão:
𝑟 =
240 𝑘𝑚
360 𝑘𝑚 =
2
3
No caso de mesma espécie, porém em unidades
diferentes, deve-se escolher uma das unidades e converter
a outra.
Ex. Uma maratona possui aproximadamente 42 km
de extensão. Um corredor percorreu 36000 metros. Qual
a razão entre o que falta para percorrer em relação à
extensão da prova?
Veja que agora estamos tentando relacionar metros
com quilômetros. Para isso, deve-se converter uma das
unidades, vamos utilizar “km”:
36000 m=36 km
Como é pedida a razão entre o que falta em relação ao
total, temos que:
𝑟 =
42 𝑘𝑚 − 36 𝑘𝑚
42 𝑘𝑚 =
6 𝑘𝑚
42 𝑘𝑚 =
1
7
Ex. Uma sala tem 8 m de comprimento. Esse
comprimento é representado num desenho por 20 cm.
Qual é a razão entre o comprimento representado no
desenho e o comprimento real?
Convertendo o comprimento real para cm, temos que:
𝑒 =
20 𝑐𝑚
800 𝑐𝑚 =
1
40
A razão entre um comprimento no desenho e
o correspondente comprimento real, chama-se
escala
#FicaDica
Razão entre grandezas de espécies diferentes: É
possível também relacionar espécies diferentes e isto está
normalmente relacionado a unidades utilizadas na física:
Ex. Considere um carro que às 9 horas passa pelo
quilômetro 30 de uma estrada e, às 11 horas, pelo
quilômetro 170. Qual a razão entre a distância percorrida e
o tempo gasto no translado?
Para montarmos a razão, precisamos obter as
informações:
Distância percorrida: 170 km – 30 km = 140 km
Tempo gasto: 11h – 9h = 2h
Calculamos a razão entre a distância percorrida e o
tempo gasto para isso:
𝑣 =
140 𝑘𝑚
2 ℎ =
70
1 = 70 𝑘𝑚 ℎ
⁄
Como são duas espécies diferentes, a razão entre elas
será uma espécie totalmente diferente das outras duas.
A razão entre uma distância e uma medida de
tempo é chamada de velocidade.
#FicaDica
28
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
Ex. A Região Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais,
Rio de Janeiro e São Paulo) tem uma área aproximada de
927 286 km2 e uma população de 66 288 000 habitantes,
aproximadamente, segundo estimativas projetadas pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o
ano de 1995. Qual a razão entre o número de habitantes e
a área total?
Dividindo-se o número de habitantes pela área,
obteremos o número de habitantes por km2 (hab./km2):
𝑑 =
66288000 ℎ𝑎𝑏
927286 𝑘𝑚²
= 71,5
ℎ𝑎𝑏
𝑘𝑚2
A razão entre o número de habitantes e a área
deste local é denominada densidade demográ-
fica.
#FicaDica
Ex. Um carro percorreu, na cidade, 83,76 km com 8 L de
gasolina. Dividindo-se o número de quilômetros percorridos
pelo número de litros de combustível consumidos, teremos
o número de quilômetros que esse carro percorre com um
litro de gasolina:
𝑐 =
83,76 𝑘𝑚
8 𝑙 = 10,47
𝑘𝑚
𝑙
A razão entre a distância percorrida em relação
a uma quantidade de combustível é definida
como “consumo médio”
#FicaDica
2. Proporção
A definição de proporção é muito simples, pois se trata
apenas da igualdade de razões.
Na proporção 3
5 =
6
10
(lê-se: “3 está para 5 assim como
6 está para 10”).
Observemos que o produto 3 x 10=30 é igual ao produto
5 x 6=30, o que caracteriza a propriedade fundamental das
proporções
Se multiplicarmos em cruz (ou em x), teremos
que os produtos entre o numeradores e os de-
nominadores da outra razão serão iguais.
#FicaDica
Ex. Na igualdade 2
3 =
6
9
, temos 2 x 9=3 x 6=18, logo,
temos uma proporção.
Ex. Na bula de um remédio pediátrico recomenda-se
a seguinte dosagem: 7 gotas para cada 3 kg do “peso” da
criança. Se uma criança tem 15 kg, qual será a dosagem
correta?
Como temos que seguir a receita, temos que atender a
proporção, assim, chamaremos de x a quantidade de gotas
a serem ministradas:
7 𝑔𝑜𝑡𝑎𝑠
3 𝑘𝑔 =
𝑥 𝑔𝑜𝑡𝑎𝑠
15 𝑘𝑔
Logo, para atendermos a proporção, precisaremos
encontrar qual o número que atenderá a proporção.
Multiplicando em cruz, temos que:
3x=105
𝑥 = 1053
x=35 gotas
Ou seja, para uma criança de 30 kg, deve-se ministrar 35
gotas do remédio, atendendo a proporção.
Outro jeito de ver a proporção: Já vimos que uma
proporção é verdadeira quando realizamos a multiplicação
em cruz e encontramos o mesmo valor nos dois produtos.
Outra maneira de verificar a proporção é verificar se a duas
razões que estão sendo igualadas são frações equivalentes.
Lembra deste conceito?
FIQUE ATENTO!
Uma fração é equivalente a outra quando po-
demos multiplicar (ou dividir) o numerador e o
denominador da fração por um mesmo núme-
ro, chegando ao numerador e denominador
da outra fração.
Ex. 4
3 e
12
9
são frações equivalentes, pois:
4x=12 →x=3
3x=9 →x=3
Ou seja, o numerador e o denominador de
4
3 quando
multiplicados pelo mesmo número (3), chega ao numerador
e denominador da outra fração, logo, elas são equivalentes
e consequentemente, proporcionais.
Agora vamos apresentar algumas propriedades da
proporção:
a) Soma dos termos: Quando duas razões são
proporcionais, podemos criar outra proporção somando
os numeradores com os denominadores e dividindo pelos
numeradores (ou denominadores) das razões originais:
5
2 =
10
4 →
5 + 2
5 =
10 + 4
10 →
7
5 =
14
10
29
M
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[ Á
TI
CA
ou
5
2 =
10
4 →
5 + 2
2 =
10 + 4
4 →
7
2 =
14
4
b) Diferença dos termos: Analogamente a soma, te-
mos também que se realizarmos a diferença entre os ter-
mos, também chegaremos em outras proporções:
4
3 =
8
6 →
4 − 3
4 =
8 − 6
8 →
1
4 =
2
8
ou
4
3 =
8
6 →
4 − 3
3 =
8 − 6
6 →
1
3 =
2
6
c) Soma dos antecedentes e consequentes: A soma
dos antecedentes está para a soma dos consequentes as-
sim como cada antecedente está para o seu consequente:
12
8 =
3
2 →
12 + 3
8 + 2 =
15
10 =
12
8 =
3
2
d) Diferença dos antecedentes e consequentes: A
soma dos antecedentes está para a soma dos consequen-
tes assim como cada antecedente está para o seu conse-
quente:
12
8 =
3
2 →
12 − 3
8− 2 =
9
6 =
12
8 =
3
2
FIQUE ATENTO!
Usamos razão para fazer comparação entre
duas grandezas. Assim, quando dividimos uma
grandeza pela outra estamos comparando a
primeira com a segunda. Enquanto proporção
é a igualdade entre duas razões.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. O estado de Tocantins ocupa uma área aproximada de
278.500 km². De acordo com o Censo/2000 o Tocantins
tinha uma população de aproximadamente 1.156.000 ha-
bitantes. Qual é a densidade demográfica do estado de
Tocantins?
Resposta :
A densidade demográfica é definida como a razão entre
o número de habitantes e a área ocupada:
d =
1 156 000 hab.
278 500 km²
= 4,15 ha b k⁄ m²
2. Se a área de um retângulo (A1) mede 300 cm² e a área
de um outro retângulo (A2) mede 100 cm², qual é o valor
da razão entre as áreas (A1) e (A2) ?
Resposta :
Ao fazermos a razão das áreas, temos:
A1
A2
=
300
100 = 3
Então, isso significa que a área do retângulo 1 é 3 vezes
maior que a área do retângulo 2.
3.(CELESC – Assistente Administrativo – FEPESE/2016)
Dois amigos decidem fazer um investimento conjunto por
um prazo determinado. Um investe R$ 9.000 e o outro
R$ 16.000. Ao final do prazo estipulado obtêm um lucro de
R$ 2.222 e decidem dividir o lucro de maneira proporcional
ao investimento inicial de cada um. Portanto o amigo que
investiu a menor quantia obtém com o investimento um
lucro:
a) Maior que R$ 810,00
b) Maior que R$ 805,00 e menor que R$ 810,00
c) Maior que R$ 800,00 e menor que R$ 805,00
d) Maior que R$ 795,00 e menor que R$ 800,00
e) Menor que R$ 795,00
Resposta : Letra D.
Ambos aplicaram R$ 9000,00+R$ 16000,00=R$ 25000,00
e o lucro de R$ 2222,00 foi sobre este valor. Assim, cons-
trói-se uma proporção entre o valor aplicado (neste
caso, R$ 9000,00 , pois o exercício quer o lucro de quem
aplicou menos) e seu respectivo lucro:
9000
x =
25000
2222 → 25x = 19998 → x = R$ 799,92
Divisão proporcional
Para decompor um número M emduas partes A e B
diretamente proporcionais a p e q, montamos um siste-
ma com duas equações e duas incógnitas, de modo que a
soma das partes seja A+B=M, mas:
A
p =
B
q
A solução segue das propriedades das proporções:
A
p =
B
q =
A + B
p + q =
M
p + q = K
30
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
O valor de K é que proporciona a solução, pois:
𝐀 = 𝐊 � 𝐩 e 𝐁 = 𝐊 � 𝐪
Exemplo: Para decompor o número 100 em
duas partes A e B diretamente proporcionais
a 2 e 3, montaremos o sistema de modo que
A+B=100, cuja solução segue de:
A
2 =
B
3 =
A + B
5 =
100
5 = 20
#FicaDica
Segue que A = 40 e B = 60
Ex. Determinar números A e B diretamente proporcionais
a 8 e 3, sabendo-se que a diferença entre eles é 60. Para re-
solver este problema basta tomar A-B=60 e escrever:
A
8 =
B
3 =
A− B
5 =
60
5 = 12
Segue que A = 96 e B = 36
1. Divisão em várias partes diretamente proporcio-
nais
Para decompor um número M em partes
X1 , X2, . . . , X𝐧 diretamente proporcionais a , deve-se
montar um sistema com n equações e n incógnitas, sendo
as somas
X1 + X2+. . . +X𝐧 = M
e
p1 + p2+. . . +p𝐧 = P
x1
p1
=
x2
p2
= ⋯ =
xn
pn
A solução segue das propriedades das proporções:
x1
p1
=
x2
p2
= ⋯ =
xn
pn
=
x1 + x2 + ⋯+ xn
p1 + p2 + ⋯ pn
=
M
P = K
Ex. Para decompor o número 120 em três partes A, B e
C diretamente proporcionais a 2, 4 e 6, deve-se montar um
sistema com 3 equações e 3 incógnitas tal que A+B+C=
120 E 2+4+6=P . Assim:
Logo: A = 20, B = 40 e C = 60
Ex. Determinar números A, B e C diretamente propor-
cionais a 2, 4 e 6, de modo que 2A+3B-4C=120.
A solução segue das propriedades das proporções:
A
2 =
B
4 =
C
6 =
2A + 3B − 4C
2 � 2 + 3 � 4 − 4 � 6 =
120
−8 = −15
Logo A = −30 , B = −60 e C = −90.
1.1. Divisão em duas partes inversamente propor-
cionais
Para decompor um número M em duas partes A e B in-
versamente proporcionais a p e q, deve-se decompor este
número M em duas partes A e B diretamente proporcionais
a e , que são, respectivamente, os inversos de p e q.
Assim basta montar o sistema com duas equações e
duas incógnitas tal que A + B = M . Desse modo:
A
1 p⁄ =
B
1 q⁄ =
A + B
1 p⁄ + 1 q⁄ =
M
1 p⁄ + 1 q⁄ =
M � p � q
p + q = K
O valor de K proporciona a solução, pois,
A = K/p e B = K/q.
Exemplo: Para decompor o número 120 em duas partes
A e B inversamente proporcionais a 2 e 3, deve-se montar
o sistema tal que , de modo que:
A
1 2⁄ =
B
1 3⁄ =
A + B
1 2⁄ + 1 3⁄ =
120
5 6⁄ =
120 � 2 � 3
5 = 144
Assim A = 72 e B = 48 ,
Exemplo: Determinar números A e B inversamente pro-
porcionais a 6 e 8, sabendo-se que a diferença entre eles é
10. Para resolver este problema, tomamos . Assim:
A
1/6 =
B
1/8 =
A− B
1/6− 1/8 =
10
1/24 = 240
Assim A = 40 e B = 30
1.2. Divisão em várias partes inversamente propor-
cionais
Para decompor um número M em n partes X1, X
𝟐
, . . . , X
𝐧
inversamente proporcionais a p1 , p2, . . . , p𝐧, , basta de-
compor este número M em n partes X1, X
𝟐
, . . . , X
𝐧
direta-
mente proporcionais a 1/p1 , 1/p
𝟐
, . . . , 1/p
𝐧
.
A montagem do sistema com n equações e n incógni-
tas, assume que X1+X2+...+ Xn=M e, além disso:
31
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
x1
1 p⁄ 1
=
x2
1 p⁄ 2
= ⋯ =
xn
1 pn⁄
Cuja solução segue das propriedades das proporções:
x1
1 p⁄ 1
=
x2
1 p⁄ 2
= ⋯ =
xn
1 p⁄ n
=
x1 + x2 + ⋯+ xn
1 p1⁄ + 1 p2⁄ + ⋯ 1 p⁄ n
=
M
1 p1⁄ + 1 p⁄ 2 + ⋯+ 1 p⁄ n
Ex. Para decompor o número 220 em três partes A, B e
C inversamente proporcionais a 2, 4 e 6, deve-se montar
um sistema com 3 equações e 3 incógnitas, de modo que
A+B+C=220. Desse modo:
A
1 2⁄ =
B
1 4⁄ =
C
1 6⁄ =
A + B + C
1 2⁄ + 1 4⁄ + 1 6⁄ =
220
11 12⁄ = 240
A solução é A = 120 , B = 60 e C = 40 .
Ex. Para obter números A, B e C inversamente proporcionais
a 2, 4 e 6, de modo que , devemos montar as proporções:
A
1 2⁄ =
B
1 4⁄ =
C
1 6⁄ =
2A + 3B − 4C
2 2⁄ + 3 4⁄ − 4 6⁄ =
10
13 12⁄ =
120
13
Logo , A = 60 13⁄ , B = 30 13⁄ e C = 20 13⁄ .
FIQUE ATENTO!
Pode haver coeficientes A,B e C como números
fracionários e/ou negativos.
1.3. Divisão em duas partes direta e inversamente
proporcionais
Para decompor um número M em duas partes A e B
diretamente proporcionais a c e d e inversamente propor-
cionais a p e q, deve-se decompor este número M em duas
partes A e B diretamente proporcionais a a c/q e d/q ,
basta montar um sistema com duas equações e duas in-
cógnitas de forma que A+B=M e, além disso:
A
c p⁄ =
B
d q⁄ =
A + B
c p⁄ + d q⁄ =
M
c p⁄ + d q⁄ =
M � p � q
c � q + p � d = K
O valor de K proporciona a solução, pois:
A = Kc/p e B = Kd/q.
Exemplo: Para decompor o número 58 em duas partes
A e B diretamente proporcionais a 2 e 3, e, inversamente
proporcionais a 5 e 7, deve-se montar as proporções:
A
2/5 =
B
3/7 =
A + B
2/5 + 3/7 =
58
29/35 = 70
Assim A = (2/5) � 70 = 28 e B = (3/7) � 70 = 30
Exemplo: Para obter números A e B diretamente pro-
porcionais a 4 e 3 e inversamente proporcionais a 6 e 8,
sabendo-se que a diferença entre eles é 21. Para resolver
este problema basta escrever que A-B=21 resolver as pro-
porções:
A
4 6⁄ =
B
3 8⁄ =
A − B
4 6⁄ − 3 8⁄ =
21
7 24⁄ = 72
Assim A = (4/6) � 72 = 48 e B = (3/8) � 72 = 27
1.4. Divisão em n partes direta e inversamente pro-
porcionais
Para decompor um número M em n partes X1, X
𝟐
, . . . , X
𝐧
diretamente proporcionais a p1 , p2, . . . , p𝐧, e inversamen-
te proporcionais a q𝟏, q𝟐, . . . , q𝐧, , basta decompor este
número M em n partes diretamente proporcionais a
p
𝟏
/q
𝟏
, p
𝟐
/q
𝟐
, . . . , p
𝐧
/q
𝐧
. .
A montagem do sistema com n equações e n incógnitas
exige que X1 + X2+. . . +X𝐧 = M e além disso:
x1
p1 q⁄ 1
=
x2
p2 q⁄ 2
= ⋯ =
xn
pn qn⁄
A solução segue das propriedades das proporções:
x1
p1 q⁄ 1
=
x2
p2 q⁄ 2
= ⋯ =
xn
pn qn⁄
=
xn + x2 + ⋯+ xn
p1 q1⁄ + p2 q2⁄ + ⋯+ pn qn⁄
Ex. Para decompor o número 115 em três partes A, B
e C diretamente proporcionais a 1, 2 e 3 e inversamente
proporcionais a 4, 5 e 6, deve-se montar um sistema com
3 equações e 3 incógnitas de forma de A+B+C=115 e tal
que:
A
1 4⁄ =
B
2 5⁄ =
C
3 6⁄ =
A + B + C
1 4⁄ + 2 5⁄ + 3 6⁄ =
115
23 20⁄ = 100
Logo
A = (1/4)100 = 25, B = (2/5)100 = 40 e C = (3/6)100 = 50.
Ex. Determinar números A, B e C diretamente propor-
cionais a 1, 10 e 2 e inversamente proporcionais a 2, 4 e 5,
de modo que 2A+3B-4C=10.
A montagem do problema fica na forma:
32
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
A
1 2⁄ =
B
10 4⁄ =
C
2 5⁄ =
2A + 3B − 4C
2 2⁄ + 30 4⁄ − 8 5⁄ =
10
69 10⁄ =
100
69
A solução é , A = 50/69, B = 250/69 e C = 40/69.
EXERCÍCIO COMENTADO
1. Os três jogadores mais disciplinados de um campeonato
de futebol amador irão receber o prêmio de R$: 3.340,00
rateados em partes inversamente proporcionais ao número
de faltas cometidas em todo campeonato. Os Jogadores
cometeram 5, 7 e 11 faltas. Qual a premiação a cada um
deles respectivamente?
Resposta:
p1 = K . 1/5
p2 = K . 1/7
p3 = K . 1/11
p1 + p2 + p3 = 3340
Para encontrarmos o valor da constante K devemos substi-
tuir o valor de p1, p2 e p3 na última expressão:
Portanto:
p1 = 7700 . 1/5 = 1540
p2 = 7700 . 1/7 = 1100
p3 = 7700 . 1/11 = 700
A premiação será respectivamente R$ 1.540,00, R$ 1.100,00
e R$ 700,00.
Regra de Três Simples
Os problemas que envolvem duas grandezas direta-
mente ou inversamente proporcionais podem ser resol-
vidos através de um processo prático, chamado regra de
três simples.
Ex: Um carro faz 180 km com 15L de álcool. Quantos
litros de álcool esse carro gastaria para percorrer 210 km?
Solução:
O problema envolve duas grandezas: distância e litros
de álcool.
Indiquemos por x o número de litros de álcool a ser
consumido.
Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma
mesma coluna e as grandezas de espécies diferentes que
se correspondem em uma mesma linha:
Distância (km) Litros de álcool
180 15
210 x
Na coluna em que aparece a variávelx (“litros de ál-
cool”), vamos colocar uma flecha:
Observe que, se duplicarmos a distância, o consumo
de álcool também duplica. Então, as grandezas distância
e litros de álcool são diretamente proporcionais. No es-
quema que estamos montando, indicamos esse fato colo-
cando uma flecha na coluna “distância” no mesmo sentido
da flecha da coluna “litros de álcool”:
Armando a proporção pela orientação das flechas, temos:
Resposta: O carro gastaria 17,5 L de álcool.
Procure manter essa linha de raciocínio nos
diversos problemas que envolvem regra de
três simples ! Identifique as variáveis, verifique
qual é a relação de proporcionalidade e siga
este exemplo !
#FicaDica
Ex: Viajando de automóvel, à velocidade de 60 km/h, eu
gastaria 4 h para fazer certo percurso. Aumentando a velo-
cidade para 80 km/h, em quanto tempo farei esse percurso?
Solução: Indicando por x o número de horas e colocan-
do as grandezas de mesma espécie em uma mesma coluna
e as grandezas de espécies diferentes que se correspon-
dem em uma mesma linha, temos:
Velocidade (km/h) Tempo (h)
60 4
80 x
33
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
Na coluna em que aparece a variável x (“tempo”), vamos
colocar uma flecha:
Velocidade (km/h) Tempo (h)
60 4
80 x
Observe que, se duplicarmos a velocidade, o tempo fica
reduzido à metade. Isso significa que as grandezas veloci-
dade e tempo são inversamente proporcionais. No nos-
so esquema, esse fato é indicado colocando-se na coluna
“velocidade” uma flecha em sentido contrário ao da flecha
da coluna “tempo”:
Na montagem da proporção devemos seguir o sentido
das flechas. Assim, temos:
Resposta: Farei esse percurso em 3 h.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (CBTU – ASSISTENTE OPERACIONAL – FU-
MARC/2016) Dona Geralda comprou 4 m de tecido im-
portado a R$ 12,00 o metro linear. No entanto, o metro
linear do lojista media 2 cm a mais. A quantia que o lojista
deixou de ganhar com a venda do tecido foi:
a) R$ 0,69
b) R$ 0,96
c) R$ 1,08
d) R$ 1,20
Resposta: Letra B.
As grandezas (comprimento e preço) são diretamente
proporcionais. Assim, a regra de três é direta:
Metros Preço
1 12
0,02 x
1 � x = 0,02 � 12 → x = R$ 0,24
Note que foi necessário passar 2 cm para metros, para
que as unidades de comprimento fiquei iguais. Assim,
cada 2 cm custaram R$ 0,24 para o vendedor. Como ele
vendeu 4 m de tecido, esses 2 cm não foram considera-
dos quatro vezes. Assim, ele deixou de ganhar
2. Para se construir um muro de 17m² são necessários 3
trabalhadores. Quantos trabalhadores serão necessários
para construir um muro de 51m²?
Resposta: 9 trabalhadores.
As grandezas (área e trabalhadores) são diretamente
proporcionais. Assim, a regra de três é direta:
Área N Trabalhadores
17 3
51 x
17 � x = 51 � 3 → x = 9 trabalhadores
Regra de Três Composta
O processo usado para resolver problemas que envol-
vem mais de duas grandezas, diretamente ou inversamente
proporcionais, é chamado regra de três composta.
Ex: Em 4 dias 8 máquinas produziram 160 peças. Em
quanto tempo 6 máquinas iguais às primeiras produziriam
300 dessas peças?
Solução: Indiquemos o número de dias por x. Coloque-
mos as grandezas de mesma espécie em uma só coluna e
as grandezas de espécies diferentes que se correspondem
em uma mesma linha. Na coluna em que aparece a variável
x (“dias”), coloquemos uma flecha:
Comparemos cada grandeza com aquela em que está o x.
As grandezas peças e dias são diretamente proporcio-
nais. No nosso esquema isso será indicado colocando-se
na coluna “peças” uma flecha no mesmo sentido da flecha
da coluna “dias”:
34
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
As grandezas máquinas e dias são inversamente pro-
porcionais (duplicando o número de máquinas, o número
de dias fica reduzido à metade). No nosso esquema isso
será indicado colocando-se na coluna (máquinas) uma fle-
cha no sentido contrário ao da flecha da coluna “dias”:
Agora vamos montar a proporção, igualando a razão
que contém o x, que é
x
4 , com o produto das outras razões,
obtidas segundo a orientação das flechas 6
8 �
160
300
:
Resposta: Em 10 dias.
FIQUE ATENTO!
Repare que a regra de três composta, embora
tenha formulação próxima à regra de três
simples, é conceitualmente distinta devido
à presença de mais de duas grandezas
proporcionais.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (SEDUC-SP - ANALISTA DE TECNOLOGIA DA IN-
FORMAÇÃO – VUNESP/2014) Quarenta digitadores pre-
enchem 2 400 formulários de 12 linhas, em 2,5 horas. Para
preencher 5 616 formulários de 18 linhas, em 3 horas, e
admitindo-se que o ritmo de trabalho dos digitadores seja
o mesmo, o número de digitadores necessários será
a) 105
b) 117
c) 123
d) 131
e) 149
Resposta: Letra B.
A tabela com os dados do enunciado fica:
Digitadores Formulários Linhas Horas
40 2400 12 2,5
x 5616 18 3
Comparando-se as grandezas duas a duas, nota-se que:
• Digitadores e formulários são diretamente propor-
cionais, pois se o número de digitadores aumenta,
a quantidade de formulários que pode ser digitada
também aumenta.
• Digitadores e linhas são diretamente proporcionais,
pois se a quantidade de digitadores aumenta, o nú-
mero de linhas que pode ser digitado também au-
menta.
• Digitadores e horas são inversamente proporcionais,
pois se o número de horas trabalhadas aumenta, en-
tão são necessários menos digitadores para o serviço
e, portanto, a quantidade de digitadores diminui.
A regra de três fica:
40
x =
2400
5616 �
12
18 �
3
2,5
→
40
x =
86400
252720
→ 86500x = 10108800
→ x = 117 digitadores
2. Em uma fábrica de brinquedos, 8 homens montam 20
carrinhos em 5 dias. Quantos carrinhos serão montados
por 4 homens em 16 dias?
Resposta:
Homens Carrinhos Dias
8 20 5
4 x 16
Observe que, aumentando o número de homens, a pro-
dução de carrinhos aumenta. Portanto a relação é dire-
tamente proporcional (não precisamos inverter a razão).
Aumentando o número de dias, a produção de carri-
nhos aumenta. Portanto a relação também é direta-
mente proporcional (não precisamos inverter a razão).
Devemos igualar a razão que contém o termo x com o
produto das outras razões.
Montando a proporção e resolvendo a equação, temos:
20
π =
8
4 �
5
16
Logo, serão montados 32 carrinhos.
35
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
PORCENTAGEM
Definição
A definição de porcentagem passa pelo seu próprio
nome, pois é uma fração de denominador centesimal, ou
seja, é uma fração de denominador 100. Representamos
porcentagem pelo% e lê-se: “por cento”.
Deste modo, a fração100
50
ou qualquer uma equivalente a
ela é uma porcentagem que podemos representar por 50%.
A porcentagem nada mais é do que uma razão, que
representa uma “parte” e um “todo” a qual referimos como
100%. Assim, de uma maneira geral, temos que:
𝐴 =
𝑝
100 .𝑉
Onde A, é a parte, p é o valor da porcentagem e V é o
todo (100%). Assim, os problemas básicos de porcentagem
se resumem a três tipos:
Cálculo da parte (Conheço p e V e quero achar A):
Para calcularmos uma porcentagem de um valor V, basta
multiplicarmos a fração correspondente, ou seja,
𝑝
100 por V. Assim:
P% de V =A=
𝑝
100 .V
Ex. 23% de 240 = 23
100
.240 = 55,2
Ex. Em uma pesquisa de mercado, constatou-se que
67% de uma amostra assistem a certo programa de TV.
Se a população é de 56.000 habitantes, quantas pessoas
assistem ao tal programa?
Aqui, queremos saber a “parte” da população que
assiste ao programa de TV, como temos a porcentagem e o
total, basta realizarmos a multiplicação:
67% de 56000=A= 67
100
56000=37520
Resp. 37 520 pessoas.
Cálculo da porcentagem (conheço A e V e quero
achar p): Utilizaremos a mesma relação para achar o valor
de p e apenas precisamos rearranjar a mesma:
𝐴 =
𝑝
100 .𝑉 → 𝑝 =
𝐴
𝑉 . 100
Ex. Um time de basquete venceu 10 de seus 16 jogos.
Qual foi sua porcentagem devitórias?
Neste caso, o exercício quer saber qual a porcentagem
de vitórias que esse time obteve, assim:
𝑝 =
𝐴
𝑉 . 100 =
10
16 . 100 = 62,5%
Resp: O time venceu 62,5% de seus jogos.
Ex. Em uma prova de concurso, o candidato acertou 48
de 80 questões. Se para ser aprovado é necessário acertar
55% das questões, o candidato foi ou não foi aprovado?
Para sabermos se o candidato passou, é necessário
calcular sua porcentagem de acertos:
𝑝 =
𝐴
𝑉 . 100 =
48
80 . 100 = 60% > 55%
Logo, o candidato foi aprovado.
Calculo do todo (conheço p e A e quero achar V):
No terceiro caso, temos interesse em achar o total (Nosso
100%) e para isso basta rearranjar a equação novamente:
𝐴 =
𝑝
100 .𝑉 → 𝑝 =
𝐴
𝑉 . 100 → 𝑉 =
𝐴
𝑝 . 100
Ex. Um atirador tem taxa de acerto de 75% de seus
tiros ao alvo. Se em um treinamento ele acertou 15 tiros,
quantos tiros ele deu no total?
Neste caso, o problema gostaria de saber quanto vale
o “todo”, assim:
𝑉 =
𝐴
𝑝 . 100 =
15
75 . 100 = 0,2.100 = 20 𝑡𝑖𝑟𝑜𝑠
Forma Decimal: Outra forma de representação de
porcentagens é através de números decimais, pois todos eles
pertencem à mesma classe de números, que são os números
racionais. Assim, para cada porcentagem, há um numero
decimal equivalente. Por exemplo, 35% na forma decimal seriam
representados por 0,35. A conversão é muito simples: basta fazer
a divisão por 100 que está representada na forma de fração:
75% = 100
75
= 0,75
Aumento e desconto percentual
Outra classe de problemas bem comuns sobre
porcentagem está relacionada ao aumento e a redução
percentual de um determinado valor. Usaremos as
definições apresentadas anteriormente para mostrar a
teoria envolvida
Aumento Percentual: Consideremos um valor inicial V
que deve sofrer um aumento de de seu valor. Chamemos
de VA o valor após o aumento. Assim:
VA = V + 100
p .V
Fatorando:
VA = ( 1 + 100
p ) .V
Em que (1 + 100
p
) será definido como fator de aumento,
que pode estar representado tanto na forma de fração ou
decimal.
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Desconto Percentual: Consideremos um valor inicial
V que deve sofrer um desconto de p% de seu valor.
Chamemos de VD o valor após o desconto.
VD = V –100
p .V
Fatorando:
VD = (1 –100
p ) .V
Em que (1 –
100
p ) será definido como fator de desconto,
que pode estar representado tanto na forma de fração ou
decimal.
Ex. Uma empresa admite um funcionário no mês de
janeiro sabendo que, já em março, ele terá 40% de aumento.
Se a empresa deseja que o salário desse funcionário, a partir
de março, seja R$ 3 500,00, com que salário deve admiti-lo?
Neste caso, o problema deu o valor de e gostaria de
saber o valor de V, assim:
VA = ( 1 +100
p
).V
3500 = ( 1 + 40100 ).V
3500 =(1+0,4).V
3500 =1,4.V
V =
3500
1,4 =2500
Resp. R$ 2 500,00
Ex. Uma loja entra em liquidação e pretende abaixar em
20% o valor de seus produtos. Se o preço de um deles é de
R$ 250,00, qual será seu preço na liquidação?
Aqui, basta calcular o valor de VD :
VD = (1 –100
p ) .V
VD = (1 –
20
100
) .250,00
VD = (1 –0,2) .250,00
VD = (0,8) .250,00
VD = 200,00
Resp. R$ 200,00
FIQUE ATENTO!
Em alguns problemas de porcentagem são
necessários cálculos sucessivos de aumentos
ou descontos percentuais. Nesses casos é ne-
cessário ter atenção ao problema, pois erros
costumeiros ocorrem quando se calcula a por-
centagens do valor inicial para obter todos os
valores finais com descontos ou aumentos. Na
verdade, esse cálculo só pode ser feito quando
o problema diz que TODOS os descontos ou
aumentos são dados a uma porcentagem do
valor inicial. Mas em geral, os cálculos são fei-
tos como mostrado no texto a seguir.
Aumentos e Descontos Sucessivos: Consideremos um
valor inicial V, e vamos considerar que ele irá sofrer dois
aumentos sucessivos de p1% e p2%. Sendo V1 o valor após
o primeiro aumento, temos:
V1 = V .(1 +
𝑝1
100
)
Sendo V2 o valor após o segundo aumento, ou seja,
após já ter aumentado uma vez, temos que:
V2 = V1 .(1 +
𝑝2
100
)
Como temos também uma expressão para V1, basta
substituir:
V2 = V .(1 +
𝑝1
100 ) .(1 +
𝑝2
100
)
Assim, para cada aumento, temos um fator
correspondente e basta ir multiplicando os fatores para
chegar ao resultado final.
No caso de desconto, temos o mesmo caso, sendo V
um valor inicial, vamos considerar que ele irá sofrer dois
descontos sucessivos de p1% e p2%.
Sendo V1 o valor após o primeiro desconto, temos:
V1 = V.(1 –
𝑝1
100
)
Sendo V2 o valor após o segundo desconto, ou seja,
após já ter descontado uma vez, temos que:
V2 = V1 .(1 –
𝑝2
100
)
Como temos também uma expressão para , basta
substituir:
V2 = V .(1 –
𝑝1
100
) .(1 –
𝑝2
100
)
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Além disso, essa formulação também funciona para
aumentos e descontos em sequência, bastando apenas
a identificação dos seus fatores multiplicativos. Sendo V
um valor inicial, vamos considerar que ele irá sofrer um
aumento de p1% e, sucessivamente, um desconto de p2%.
Sendo V1 o valor após o aumento, temos:
V1 = V .(1+
𝑝1
100
)
Sendo V2 o valor após o desconto, temos que:
V2 = V1 .(1 –
𝑝2
100
)
Como temos uma expressão para , basta substituir:
V2 = V .(1+
𝑝1
100
) .(1 –
𝑝2
100
)
Ex. Um produto sofreu um aumento de 20% e depois
sofreu uma redução de 20%. Isso significa que ele voltará
ao seu valor original.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Este problema clássico tem como finalidade conceituar
esta parte de aumento e redução percentual e evitar o erro
do leitor ao achar que aumentando p% e diminuindo p%,
volta-se ao valor original. Se usarmos o que aprendemos,
temos que:
V2 = V . 1 +
𝑝1
100
𝐴𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
. 1 –
𝑝2
100
𝑟𝑒𝑑𝑢çã𝑜
V2 = V .(1+
20
100
) .(1 – 20
100
)
V2 = V .(1+0,2) .(1 – 0,2 )
V2 = V .(1,2) .(0,8)
V2 = 0,96.V=
96
100
V=96% de V
Ou seja, o valor final corresponde a 96% de V e não
100%, assim, eles não são iguais, portanto deve-se assinalar
a opção ERRADO
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (UNESP) Suponhamos que, para uma dada eleição, uma
cidade tivesse 18.500 eleitores inscritos. Suponhamos ain-
da que, para essa eleição, no caso de se verificar um índice
de abstenções de 6% entre os homens e de 9% entre as
mulheres, o número de votantes do sexo masculino será
exatamente igual ao número de votantes do sexo feminino.
Determine o número de eleitores de cada sexo.
Resposta: Denotamos o número de eleitores do sexo fe-
mininos de F e de votantes masculinos de M. Pelo enun-
ciado do exercícios, F+M = 18500. Além disso, o índice
de abstenções entre os homens foi de 6% e de 9%
entre as mulheres, ou seja, 94% dos homens e 91%
das mulheres compareceram a votação, onde 94%M =
91%F ou 0,94M = 0,91F. Assim, para determinar o nú-
mero de eleitores de cada sexo temos os seguinte siste-
ma para resolver:
�F + M = 185000,94M = 0,91F
Da segunda equação, temos que M = 0,910,94 F . Agora, substituindo M na primeira equação do sistema encon-
tra-se F = 9400 e por fim determina-se M = 9100.
JUROS SIMPLES
Toda vez que falamos em juros estamos nos referindo
a uma quantia em dinheiro que deve ser paga por um
devedor, pela utilização de dinheiro de um credor (aquele
que empresta).
1. Nomenclatura
a) Os juros são representados pela letra J.
b) O dinheiro que se deposita ou se empresta chama-
mos de capital e é representado pela letra C.
c) O tempo de depósito ou de empréstimo é represen-
tado pela letra t.
d) A taxa de juros é a razão centesimal que incide sobre
um capital durante certo tempo. É representado pela
letra i e utilizada para calcular juros.
Chamamos de simples os juros que são somados ao
capital inicial no final da aplicação.
FIQUE ATENTO!
Devemos sempre relacionar taxa e tempo
numa mesma unidade:
Taxa anual --------------------- tempo em anos
Taxa mensal-------------------- tempo em meses
Taxa diária---------------------- tempo em dias
Exemplo: Uma pessoa empresta a outra, a juros simples,
a quantia de R$ 3000,00, pelo prazo de 4 meses, à taxa de
2%ao mês. Quanto deverá ser pago de juros?
Resolução:
- Capital aplicado (C): R$ 3.000,00
- Tempo de aplicação (t): 4 meses
- Taxa (i): 2% ou 0,02 a.m. (= ao mês)
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Fazendo o cálculo, mês a mês:
No final do 1º período (1 mês), os juros serão: 0,02 R$ 3.000,00 = R$ 60,00
No final do 2º período (2 meses), os juros serão: R$ 60,00 + R$ 60,00 = R$ 120,00
No final do 3º período (3 meses), os juros serão: R$ 120,00 + R$ 60,00 = R$ 180,00
No final do 4º período (4 meses), os juros serão: R$ 180,00 + R$ 60,00 = R$ 240,00
Para evitar essa sequência de cálculos toda vez que vamos calcular os juros simples, existe uma fórmula que
quantifica o total de juros simples do período, e ela está apresentada abaixo:
J=C ∙ i ∙ t
Além disso, quando quisermos saber o total que será pago de um empréstimo, ou o quanto se resgatará do
investimento, o qual definimos como Montante (M), basta somar o capital com os juros, usando o conceito
fundamental da matemática financeira:
M=C+J
Ou
M=C(1+i . t)
#FicaDica
EXERCÍCIO COMENTADO
1. Um investidor possui R$ 80.000,00. Ele aplica 30% desse dinheiro em um investimento que rende juros simples a uma
taxa de 3% a.m., durante 2 meses, e aplica o restante em investimento que rende 2% a.m., durante 2 meses também. Ao fim
desse período, esse investidor possui:
a) R$ 83.680,00
b) R$ 84.000,00
c) R$ 84.320,00
d) R$ 84.400,00
e) R$ 88.000,00
Resposta: Letra A. Temos neste problema um capital sendo investido em duas etapas. Vamos realizar os cálculos sepa-
radamente:
1º investimento
30% de R$ 80.000,00 = R$ 24.000,00 valor a ser investido a uma taxa i = 3% a.m., durante um período t = 2 meses. Lem-
brando que i = 3% = 0,03.
Cálculo dos juros J, onde : J=C ∙ i ∙ t:
J = 24000 ∙ (0,03) ∙ 2 = 1440.
Juros do 1º investimento = R$ 1440,00.
2º investimento
R$ 80.000,00 – R$ 24.000,00 = R$ 56.000,00 valor a ser investido a uma taxa i = 2% a.m., durante um período t = 2
meses.
J = 56000 ∙ (0,02) ∙ 2 = 2240.
Juros do 2º investimento = R$ 2.240,00.
Portanto, o montante final será de
R$ 80.00,00 + R$ 1.440,00 + R$ 2.240,00 = R$ 83.680,00.
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2. Calcule o montante resultante da aplicação de R$70.000,00 à taxa de 10,5% a.a. durante 145 dias.
Resposta:
M = P ∙ ( 1 + (i∙t) )
M = 70000 [1 + (10,5/100)∙(145/360)] = R$72.960,42
Observe que expressamos a taxa i e o período t na mesma unidade de tempo, ou seja, anos. Daí ter dividido 145 dias por
360, para obter o valor equivalente em anos, já que um ano comercial possui 360 dias.
JUROS COMPOSTOS
O capital inicial (principal) pode crescer como já sabemos, devido aos juros. Basicamente, há duas modalidades de como
se calcular os juros:
Juros simples - ao longo do tempo, somente o principal rende juros.
Juros compostos - após cada período, os juros são incorporados ao principal e passam, por sua vez, a render juros.
Também conhecido como “juros sobre juros”.
Vamos ilustrar a diferença entre os crescimentos de um capital através juros simples e juros compostos, com um exemplo:
Suponha que $100,00 são empregados a uma taxa de 10% a.a. (ao ano) Teremos:
Capital = 100 Juros Simples Juros Compostos
N° de Anos Montante Simples Montante Composto
1 100 + 0,1 ∙ 100 = 110 100,00 + 0,1 ∙ (100,00) = 110,00
2 110 + 0,1 ∙ 100 = 120 110,00 + 0,1 ∙ (110,00) = 121,00
3 120 + 0,1 ∙ 100 = 130 121,00 + 0,1 ∙ (121,00) = 133,10
4 130 + 0,1 ∙ 100 = 140 133,10 + 0,1 ∙ (133,10) = 146,41
5 140 + 0,1 ∙ 100 = 150 146,41 + 0,1 ∙ (146,41) = 161,05
Observe que o crescimento do principal segundo juros simples é LINEAR enquanto que o crescimento segundo juros
compostos é EXPONENCIAL, e, portanto tem um crescimento muito mais “rápido”. Isto poderia ser ilustrado graficamente
da seguinte forma:
Na prática, as empresas, órgãos governamentais e investidores particulares costumam reinvestir as quantias geradas
pelas aplicações financeiras, o que justifica o emprego mais comum de juros compostos na Economia. Na verdade, o uso
de juros simples não se justifica em estudos econômicos.
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Fórmula para o cálculo de Juros compostos
Considere o capital inicial (principal P) $1000,00 aplicado
a uma taxa mensal de juros compostos (i) de 10% (i = 10%
a.m.). Vamos calcular os montantes (capital + juros), mês a
mês:
Após o 1º mês, teremos: M1 = 1000 ∙ 1,1 = 1100 =
1000(1 + 0,1)
Após o 2º mês, teremos: M2 = 1100 ∙1,1 = 1210 =
1000(1 + 0,1)2
Após o 3º mês, teremos: M3 = 1210 ∙ 1,1 = 1331 =
1000(1 + 0,1)3
.....................................................................................................
Após o nº (enésimo) mês, sendo S o montante, teremos
evidentemente: M = 1000(1 + 0,1)n
De uma forma genérica, teremos para um capital
C, aplicado a uma taxa de juros compostos i durante o
período n :
M = C(1 + i)n
Onde M = montante, C = Capital, i = taxa de juros e n =
número de períodos que o principal C foi aplicado.
#Fica a dica: Na fórmula acima, as unidades de tempo
referentes à taxa de juros (i) e do período (n), tem de ser
necessariamente iguais. Este é um detalhe importantíssimo,
que não pode ser esquecido! Assim, por exemplo, se a taxa
for 2% ao mês e o período 3 anos, deveremos considerar
2% ao mês durante 3 ∙ 12=36 meses.
Exemplo: Calcule o montante de uma aplicação
financeira de R$ 2000,00 aplicada a juros compostos de 2%
ao mês durante 2 meses:
Resolução:
M = C∙(1 + i)n→M = 2000∙(1 +0,02)2→M = 2000∙(1,02)2=R$ 2080,80
Com aplicação da fórmula, obtém-se o montante.
Agora, se quisermos os juros? Como se calcula os juros
desta aplicação sendo que agora não temos uma fórmula
para J como nos juros simples? Para resolver isso, basta
relembrar o conceito fundamental:
M=C+J→J=M-C
Como calculamos o montante e temos o capital:
J=M-C→2080,80-2000,00=R$ 80,80
Esse exemplo é a aplicação básica de juros compostos.
FIQUE ATENTO!
Alguns concursos podem complicar um pouco
as questões, deixando como incógnita o perí-
odo da operação “n”.
Exemplo: Em quanto tempo devo deixar R$ 3000,00 em
uma aplicação para que renda um montante de R$ 3376,53
a uma taxa de 3% ao mês.
Resolução: Neste caso, precisamos saber n, vamos isolá-
lo na fórmula do montante:
M = C 1 + i n →
M
C = 1 + i
n → log
M
C = log 1 + i
n
log
M
C = n � log 1 + i →
A fórmula envolve logaritmos e você tem dois caminhos:
Memorize ou sempre lembre da dedução a partir da
fórmula do montante. Substituindo os valores:
EXERCÍCIO COMENTADO
1. Calcule o montante de um empréstimo a juros compos-
tos de R$ 3000,00 a uma taxa de 1% a.m durante 3 meses.
Dado: 1,01³ = 1,0303
a) R$ 3060,30
b) R$ 3090,90
c) R$ 3121,81
d) R$ 3250,30
e) R$ 3450,40
Resposta: Letra B.
M = C(1 + i)n→M = 3000∙(1 +0,01)3→M = 3000∙(1,01)3=R$ 3090,90
2. Calcule o montante de um empréstimo a juros compos-
tos de R$ 10000,00 a uma taxa de 0,5% a.m durante 6 me-
ses. Dado: 1,0056 = 1,0304
a) R$ 10303,77
b) R$ 10090,90
c) R$ 13030,77
d) R$ 13250,80
e) NDA
Resposta: Letra a.
M = C(1 + i)n→M = 10000∙(1 +0,005)6→M = 10000∙(1,005)6=
=R$ 10303,77
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TAXAS DE JUROS
Podemos definir a taxa nominal como aquela em que
a unidade de referência do seu tempo não coincide com a
unidade de tempo dos períodos de capitalização. É usada
no mercado financeiro, mas para cálculo deve-se encontrar
a taxa efetiva. Por exemplo, a taxa nominal de 12% ao ano,
capitalizada mensalmente, resultará em uma taxa mensal
de 1% ao mês. Entretanto, quando esta taxa é capitalizada
pelo regime de juros compostos, teremos uma taxa efetiva
de 12,68% ao ano.
1. Taxa Nominal
A taxa nominal de juros relativa a uma operação finan-
ceira pode ser calculada pela expressão:
Taxa nominal = Juros pagos / Valor nominal do emprés-
timo
Assim, por exemplo, se um empréstimo de $100.000,00,
deve ser quitado ao final de um ano, pelo valor monetário
de $150.000,00, a taxa de juros nominal será dada por:
Juros pagos = Jp = $150.000 – $100.000 = $50.000,00
Taxa nominal = in = $50.000 / $100.000 = 0,50 = 50%
Sem dúvida, se tem um assuntoque gera muita con-
fusão na Matemática Financeira são os conceitos de taxa
nominal, taxa efetiva e taxa equivalente. Até na esfera judi-
cial esses assuntos geram muitas dúvidas nos cálculos de
empréstimos, financiamentos, consórcios e etc.
Vamos tentar esclarecer esses conceitos, que na maioria
das vezes nos livros e apostilas disponíveis no mercado,
não são apresentados de uma maneira clara.
Temos a chamada taxa de juros nominal, quando esta
não é realmente a taxa utilizada para o cálculo dos juros
(é uma taxa “sem efeito”). A capitalização (o prazo de for-
mação e incorporação de juros ao capital inicial) será dada
através de outra taxa, numa unidade de tempo diferente,
taxa efetiva.
Como calcular a taxa que realmente vai ser utilizada;
isto é, a taxa efetiva?
Vamos acompanhar através do exemplo
1.1. Taxa Efetiva
Calcular o montante de um capital de R$ 1.000,00 (mil
reais), aplicados durante 18 (dezoito) meses, capitalizados
mensalmente, a uma taxa de 12% a.a. Explicando o que é
taxa Nominal, efetiva mensal e equivalente mensal:
2. Respostas e soluções
1) A taxa Nominal é 12% a.a; pois o capital não vai ser
capitalizado com a taxa anual.
2) A taxa efetiva mensal a ser utilizada depende de duas
convenções: taxa proporcional mensal ou taxa equi-
valente mensal.
a) Taxa proporcional mensal (divide-se a taxa anual por
12): 12%/12 = 1% a.m.
b) Taxa equivalente mensal (é aquela que aplicado aos
R$ 1.000,00, rende os mesmos juros que a taxa anual
aplicada nesse mesmo capital).
Cálculo da taxa equivalente mensal:
onde:
iq : taxa equivalente para o prazo que eu quero
it : taxa para o prazo que eu tenho
q : prazo que eu quero
t : prazo que eu tenho
iq = 0,009489 a.m ou iq = 0,949 % a.m.
3) Cálculo do montante pedido, utilizando a taxa efetiva
mensal
a) pela convenção da taxa proporcional:
M = c (1 + i)n
M = 1000 (1 + 0,01) 18 = 1.000 x 1,196147
M = 1.196,15
b) pela convenção da taxa equivalente:
M = c (1 + i)n
M = 1000 (1 + 0,009489) 18 = 1.000 x 1,185296
M = 1.185,29
NOTA: Para comprovar que a taxa de 0,948% a.m é
equivalente a taxa de 12% a.a, basta calcular o montante
utilizando a taxa anual, neste caso teremos que transfor-
mar 18 (dezoito) meses em anos para fazer o cálculo, ou
seja : 18: 12 = 1,5 ano. Assim:
M = c (1 + i)n
M = 1000 (1 + 0,12) 1,5 = 1.000 x 1,185297
M = 1.185,29
3. Conclusões
- A taxa nominal é 12% a.a, pois não foi aplicada no
cálculo do montante. Normalmente a taxa nominal vem
sempre ao ano!
- A taxa efetiva mensal, como o próprio nome diz, é
aquela que foi utilizado para cálculo do montante. Pode
ser uma taxa proporcional mensal (1 % a.m.) ou uma taxa
equivalente mensal (0,949 % a.m.).
- Qual a taxa efetiva mensal que devemos utilizar? Em
se tratando de concursos públicos, a grande maioria das
bancas examinadoras utilizam a convenção da taxa propor-
cional. Em se tratando do mercado financeiro, utiliza-se a
convenção de taxa equivalente.
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4. Taxa Equivalente
Taxas Equivalentes são taxas que quando aplicadas ao
mesmo capital, num mesmo intervalo de tempo, produzem
montantes iguais. Essas taxas devem ser observadas com
muita atenção, em alguns financiamentos de longo prazo,
somos apenas informados da taxa mensal de juros e não
tomamos conhecimento da taxa anual ou dentro do pe-
ríodo estabelecido, trimestre, semestre entre outros. Uma
expressão matemática básica e de fácil manuseio que nos
fornece a equivalência de duas taxas é:
1 + ia = (1 + ip)n, onde:
ia = taxa anual
ip = taxa período
n: número de períodos
Observe alguns cálculos:
Exemplo 1
Qual a taxa anual de juros equivalente a 2% ao mês?
Temos que: 2% = 2/100 = 0,02
1 + ia = (1 + 0,02)12
1 + ia = 1,0212
1 + ia = 1,2682
ia = 1,2682 – 1
ia = 0,2682
ia = 26,82%
A taxa anual de juros equivalente a 2% ao mês é de
26,82%.
As pessoas desatentas poderiam pensar que a taxa
anual nesse caso seria calculada da seguinte forma: 2% x
12 = 24% ao ano. Como vimos, esse tipo de cálculo não
procede, pois a taxa anual foi calculada de forma correta e
corresponde a 26,82% ao ano, essa variação ocorre porque
temos que levar em conta o andamento dos juros compos-
tos (juros sobre juros).
5. Taxa Real
A taxa real expurga o efeito da inflação. Um aspecto
interessante sobre as taxas reais de juros, é que elas podem
ser inclusive, negativas.
Vamos encontrar uma relação entre as taxas de juros
nominal e real. Para isto, vamos supor que um determinado
capital P é aplicado por um período de tempo unitário, a
certa taxa nominal in
O montante S1 ao final do período será dado por S1 =
P(1 + in).
Consideremos agora que durante o mesmo período, a
taxa de inflação (desvalorização da moeda) foi igual a j. O
capital corrigido por esta taxa acarretaria um montante S2
= P (1 + j).
A taxa real de juros, indicada por r, será aquela aplicada
ao montante S2, produzirá o montante S1. Poderemos en-
tão escrever: S1 = S2 (1 + r)
Substituindo S1 e S2 , vem:
P(1 + in) = (1+r). P (1 + j)
Daí então, vem que:
(1 + in) = (1+r). (1 + j), onde:
in = taxa de juros nominal
j = taxa de inflação no período
r = taxa real de juros
Observe que se a taxa de inflação for nula no período,
isto é, j = 0, teremos que as taxas nominal e real são coin-
cidentes.
Exemplo
Numa operação financeira com taxas pré-fixadas, um
banco empresta $120.000,00 para ser pago em um ano
com $150.000,00. Sendo a inflação durante o período do
empréstimo igual a 10%, pede-se calcular as taxas nominal
e real deste empréstimo.
Teremos que a taxa nominal será igual a:
in = (150.000 – 120.000)/120.000 = 30.000/120.000 =
0,25 = 25%
Portanto in = 25%
Como a taxa de inflação no período é igual a j = 10% =
0,10, substituindo na fórmula anterior, vem:
(1 + in) = (1+r). (1 + j)
(1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,10)
1,25 = (1 + r).1,10
1 + r = 1,25/1,10 = 1,1364
Portanto, r = 1,1364 – 1 = 0,1364 = 13,64%
Se a taxa de inflação no período fosse igual a 30%, te-
ríamos para a taxa real de juros:
(1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,30)
1,25 = (1 + r).1,30
1 + r = 1,25/1,30 = 0,9615
Portanto, r = 0,9615 – 1 = -,0385 = -3,85% e, portanto
teríamos uma taxa real de juros negativa.
Exemplo
$100.000,00 foi emprestado para ser quitado por
$150.000,00 ao final de um ano. Se a inflação no período
foi de 20%, qual a taxa real do empréstimo?
Resposta: 25%
6. Taxas Proporcionais
Para se compreender mais claramente o significado
destas taxas deve-se reconhecer que toda operação envol-
ve dois prazos:
- o prazo a que se refere à taxa de juros; e
- o prazo de capitalização (ocorrência) dos juros. (ASSAF
NETO, 2001).
Taxas Proporcionais: duas (ou mais) taxas de juro sim-
ples são ditas proporcionais quando seus valores e seus
respectivos períodos de tempo, reduzidos a uma mesma
unidade, forem uma proporção. (PARENTE, 1996). Exemplos
43
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
Prestação = amortização + juros
Há diferentes formas de amortização, conforme descritas a seguir.
Para os exemplos numéricos descritos nas tabelas, em todas as diferentes formas de amortização, utilizaremos o mesmo
exercício: uma dívida de valor inicial de R$ 100 mil, prazo de três meses e juros de 3% ao mês.
Pagamento único
É a quitação de toda a dívida (amortização + juros) em um único pagamento, ao final do período. Utilizamos a mesma
fórmula do montante:
Nos juros simples:
M = C (1 + i×n)
M = montante
C = capital inicial
i = taxa de juros
n = período
Nos juros compostos:
M = C (1+i)n
M = montante
C = capital inicial
i = taxa de juros
n = período
Nos juros simples:
n Juros Amortização Prestação Saldo devedor
0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 - - 103.000,00
2 3.000,00 - - 106.000,00
3 3.000,00 100.000,00
109.000,00 -
Nos juros compostos:
n Juros Amortização Prestação Saldo devedor
0 - -- 100.000,00
1 3.000,00 - - 103.000,00
2 3.090,00 - - 106.090,00
3 3.182,70 100.000,00
109.272,70 -
7. Sistema Price (Sistema Francês)
Foi elaborado para apresentar pagamentos iguais ao longo do período do desembolso das prestações. A fórmula para
encontrarmos a prestação é dada a seguir:
PMT = VP . _i.(1+i)n_
(1+i)n -1
44
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
PMT = valor da prestação
VP = valor inicial do empréstimo
i = taxa de juros
n = período
A fórmula foi desenvolvida, considerando-se apenas a capitalização por juros compostos. O resultado é listado a seguir:
n Juros Amortização Prestação Saldo devedor
0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 32.353,04
35.353,04 67.646,96
2 2.029,41 33.323,63
35.353,04 34.323,33
3 1.029,71 34.323,33
35.353,04 -
8. Sistema de Amortização Misto (SAM)
É a média aritmética das prestações calculadas nas duas formas anteriores (SAC e Price). É encontrado pela fórmula:
PMTSAM = (PTMSAC + PMTPRICE) / 2
n Juros Amortização Prestação Saldo devedor
0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 32.843,19
35.843,19 67.156,81
2 2.014,70 33.328,49
35.343,19 33.828,32
3 1.014,87 33.828,32
34.843,19 -
9. Sistema de Amortização Crescente (SACRE)
Este sistema, criado pela Caixa Econômica Federal (CEF), é uma das formas utilizadas para o cálculo das prestações dos
financiamentos imobiliários. Usa-se, para o cálculo do valor das prestações, a metodologia do sistema de amortização
constante (SAC) anual, desconsiderando-se o valor da Taxa Referencial de Juros (TR). Esta é incluída posteriormente, resul-
tando em uma amortização variável. Chamar de “amortização crescente” parece-nos inadequado, pois pode resultar em
amortizações decrescentes, dependendo da ocorrência de TR com valor muito baixo.
10. Sistema Alemão
Neste caso, a dívida é liquidada também em prestações iguais, exceto a primeira, onde no ato do empréstimo (momento
“zero”) já é feita uma cobrança dos juros da operação. As prestações, a primeira amortização e as seguintes são definidas
pelas três seguintes fórmulas:
PMT = _ Vp.i _
1- (1+i)n
[PMT = valor da prestação
VP = valor inicial do empréstimo
i = taxa de juros
n = período
45
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
A1 = PMT . (1- i)n-1
A1 = primeira amortização
PMT = valor da prestação
i = taxa de juros
n = período
An = An-1 _
(1- i)
An = amortizações posteriores (2º, 3º, 4º, ...)
An-1 = amortização anterior
i = taxa de juros
n = período
n Juros Amortização Prestação Saldo devedor
0
3.000,00
- 3.000,00 100.000,00
1
2.030,30
32.323,34 34.353,64 67.676,66
2
1.030,61
33.323,03 34.353,64 34.353,63
3 - 34.353,64 34.353,64 (0,01)
OBS: os resíduos em centavos, como saldo devedor final na tabela anterior, são resultados de arredondamento do cál-
culo e serão desconsiderados.
11. Sistema de Amortização Constante – SAC
Consiste em um sistema de amortização de uma dívida em prestações periódicas, sucessivas e decrescentes em pro-
gressão aritmética, em que o valor da prestação é composto por uma parcela de juros uniformemente decrescente e outra
de amortização que permanece constante.
Sistema de Amortização Constante (SAC) é uma forma de amortização de um empréstimo por prestações que incluem
os juros, amortizando assim partes iguais do valor total do empréstimo.
Neste sistema o saldo devedor é reembolsado em valores de amortização iguais. Desta forma, no sistema SAC o valor
das prestações é decrescente, já que os juros diminuem a cada prestação. O valor da amortização é calculado dividindo-se
o valor do principal pelo número de períodos de pagamento, ou seja, de parcelas.
O SAC é um dos tipos de sistema de amortização utilizados em financiamentos imobiliários. A principal característica
do SAC é que ele amortiza um percentual fixo do saldo devedor desde o início do financiamento. Esse percentual de amor-
tização é sempre o mesmo, o que faz com que a parcela de amortização da dívida seja maior no início do financiamento,
fazendo com que o saldo devedor caia mais rapidamente do que em outros mecanismos de amortização.
Exemplo:
Um empréstimo de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) a ser pago em 12 meses, a uma taxa de juros de 1% ao mês
(em juros simples). Aplicando a fórmula para obtenção do valor da amortização, iremos obter um valor igual a R$ 10.000,00
(dez mil reais). Essa fórmula é o valor do empréstimo solicitado divido pelo período, sendo nesse caso: R$ 120.000,00 / 12
meses = R$ 10.000,00. Logo, a tabela SAC fica:
Nº Prestação Prestação Juros Amortização Saldo Devedor
0 120000
1 11200 1200 10000 110000
2 11100 1100 10000 100000
3 11000 1000 10000 90000
4 10900 900 10000 80000
5 10800 800 10000 70000
6 10700 700 10000 60000
46
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
7 10600 600 10000 50000
8 10500 500 10000 40000
9 10400 400 10000 30000
10 10300 300 10000 20000
11 10200 200 10000 10000
12 10100 100 10000 0
Note que o juro é sempre 10% do saldo devedor do mês anterior, já a prestação é a soma da amortização e o juro.
Sendo assim, o juro é decrescente e diminui sempre na mesma quantidade, R$ 100,00. O mesmo comportamento tem as
prestações. A soma das prestações é de R$ 127.800,00, gerando juros de R$ 7.800,00.
Outra coisa a se observar é que as parcelas e juros diminuem em progressão aritmética (PA) de r=100.
12. Sistema Americano
O tomador do empréstimo paga os juros mensalmente e o principal, em um único pagamento final.
Considera-se apenas o regime de juros compostos:
n Juros Amortização Prestação Saldo devedor
0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 - 3.000,00 100.000,00
2 3.000,00 - 3.000,00 100.000,00
3 3.000,00 100.000,00 103.000,00 -
13. Sistema de Amortização Constante (SAC) ou Sistema Hamburguês
O tomador do empréstimo amortiza o saldo devedor em valores iguais e constantes ao longo do período.
Considera-se apenas o regime de juros compostos:
n Juros Amortização Prestação Saldo devedor
0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 33.333,33 36.333,33 66.666,67
2 2.000,00 33.333,33 35.333,33 33.333,34
3 1.000,00 33.333,34 34.333,34 -
Qual a melhor forma de amortização?
A tabela abaixo lista o fluxo de caixa nos diversos sistemas de amortização discutidos nos itens anteriores.
N Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (3.000,00) (36.333,33) (35.353,04) (35.843,19) (34.353,64)
2 - (3.000,00) (35.333,33) (35.353,04) (35.343,19) (34.353,64)
3 (109.272,70) (103.000,00) (34.333,34) (35.353,04) (34.843,19) (34.353,64)
As várias formas de amortização utilizadas pelo mercado brasileiro, em sua maioria, consideram o regime de capitali-
zação por juros compostos. A comparação entre estas, por meio do VPL (vide item 6.2), demonstra que o custo entre elas
se equivale. Vejam: no nosso exemplo, todos, exceto no sistema alemão, os juros efetivos cobrados foram de 3% ao mês
(regime de juros compostos) ou 9,27% no acumulado dos três meses.
47
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
n Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (2.912,62) (35.275,08) (34.323,34) (34.799,21) (33.353,04)
2 - (2.827,79) (33.305,05) (33.323,63) (33.314,35) (32.381,60)
3 (100.000,00) (94.259,59) (31.419,87) (32.353,04) (31.886,45) (31.438,44)
VPL - - - - - (173,09)
OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa (juros compostos) de 3% ao mês.
Considerando o custo de oportunidade de 2% ao mês, isto é,abaixo do valor do empréstimo, teríamos a tabela abaixo.
Isso seria uma situação mais comum: juros do empréstimo mais caro que uma aplicação no mercado. Neste caso, quanto
menor (em módulo) o VPL, melhor para o tomador do empréstimo, ou seja, o sistema SAC seria o melhor sob o ponto de
vista financeiro.
n Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (2.941,18) (35.620,91) (34.659,84) (35.140,38) (33.680,04)
2 - (2.883,51) (33.961,29) (33.980,24) (33.970,77) (33.019,64)
3 (102.970,11) (97.059,20) (32.353,07) (33.313,96) (32.833,52) (32.372,20)
VPL (2.970,11) (2.883,88) (1.935,28) (1.954,04) (1.944,67) (2.071,88)
OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa (juros compostos) de 2% ao mês.
Outra situação seria considerarmos um empréstimo com taxa de juros abaixo do mercado. Neste exemplo a seguir,
teremos como custo de oportunidade a taxa de 4% ao mês. Isso, na vida real, não será comum: juros do empréstimo mais
barato do que uma aplicação no mercado. Assim, como no exemplo anterior, quanto maior o VPL, melhor para o tomador
do empréstimo, ou seja, o sistema de pagamento único, sob o ponto de vista financeiro, é o melhor, como no caso abaixo.
n Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (2.884,62) (34.935,89) (33.993,31) (34.464,61) (33.032,34)
2 - (2.773,67) (32.667,65) (32.685,87) (32.676,77) (31.761,87)
3 (97.143,03) (91.566,62) (30.522,21) (31.428,72) (30.975,47) (30.540,26)
VPL 2.856,97 2.775,09 1.874,24 1.892,10 1.883,16 1.665,53
OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa (juros compostos) de 4% ao mês.
Referências
Passei Direto. Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/1599335/exercicios_matematica_finaceiraexercicios_
matematica_finaceiraNos juros compostos:
M = C (1+i)n
M = montante
C = capital inicial
i = taxa de juros
n = período
48
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (TRE/PR – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2017) Para
comprar um automóvel, Pedro realizou uma pesquisa em 3
concessionárias e obteve as seguintes propostas de finan-
ciamento:
Concessionária 1: Entrada de R$ 12.000,00 + 1 prestação de
R$ 29.120,00 para 30 dias após a entrada.
Concessionária 2: Entrada de R$ 13.000,00 + 1 prestação de
R$ 29.120,00 para 60 dias após a entrada.
Concessionária 3: Entrada de R$ 13.000,00 + 2 prestações
R$ 14.560,00 para 30 e 60 dias após a entrada, respectiva-
mente.
Sabendo que a taxa de juros compostos era 4% ao mês,
para a aquisição do automóvel
a) a melhor proposta é a 1, apenas.
b) a melhor proposta é a 2, apenas.
c) a melhor proposta é a 3, apenas.
d) as melhores propostas são 2 e 3, por serem equivalentes.
e) as melhores propostas são 1 e 2, por serem equivalentes.
Resposta: Letra B..
Concessionária 1
Concessionária 2
Concessionária 3
2. (TST – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2017) Um em-
préstimo foi obtido para ser liquidado em 10 parcelas men-
sais de R$ 2.000,00, vencendo-se a primeira parcela um
mês após a data da obtenção. A taxa de juros negociada
com a instituição financeira foi 2% ao mês no regime de
capitalização composta. Se, após o pagamento da oitava
parcela, o devedor decidir liquidar o saldo devedor do em-
préstimo nesta mesma data, o valor que deverá ser pago,
desprezando-se os centavos, é, em reais,
a) 3.846,00.
b) 3.883,00.
c) 3.840,00.
d) 3.880,00.
e) 3.845,00.
Resposta: Letra B.
3. (POLICIA CIENTIFICA/PR – PERITO CRIMINAL –
IBFC/2017) Assinale a alternativa correta. Uma pessoa
comprou um vídeo game de última geração em uma loja,
parcelando em 12 prestações mensais de 140,00 cada uma,
sem entrada. Sabendo-se que a taxa de juros compostos
cobrada pela loja foi de 3% ao mês, sendo que os valores
estão arredondados e que: (1,03)12 = 1,4258
(1,03)12 x 0,03 = 0,0428
0,4258/0,0428 = 9,95
O valor do vídeo game era de:
a) R$ 1.393
b) R$ 1.820
c) R$ 1.680
d) R$ 1.178
e) R$ 1.423
Resposta: Letra A.
Sendo PMT o valor da parcela e PV o valor presente, usa-
remos o sistema de amortização PRICE, por ser parcelas
fixas:
4. (TST – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2017) Um in-
vestidor aplicou R$ 10.000,00 em títulos que remuneram à
taxa de juros compostos de 10% ao ano e o prazo para res-
gate da aplicação foi de 2 anos. Sabendo-se que a inflação
no prazo total da aplicação foi 15%, a taxa real de remune-
ração obtida pelo investidor no prazo total da aplicação foi
a) 5,00%.
b) 6,00%.
c) 5,22%.
d) 5,00% (negativo).
e) 4,55%.
Resposta: Letra C.
Sendo i a taxa de juros nominal
R a taxa de juros real
J a taxa de juros de inflação
1+i=(1+r)(1+j)
(1+0,1)²=(1+r)⋅(1+0,15)
49
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
1,1²=(1+r) ⋅1,15
1,21=1,15+1,15r
0,06=1,15r
R=0,05217≅0,0522=5,22%
5. (TST - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2017) Uma em-
presa obteve um empréstimo no valor de R$ 100.000,00
para ser liquidado em uma única parcela no final do prazo
de 2 meses. A taxa de juros compostos negociada foi 3%
ao mês e a empresa deve pagar, adicionalmente, na data da
obtenção do empréstimo, uma taxa de cadastro no valor
de R$ 1.000,00. Na data do vencimento do empréstimo a
empresa deve pagar, junto com o valor que pagará à insti-
tuição financeira, um imposto no valor de R$ 530,00. O cus-
to efetivo total para a empresa no prazo do empréstimo, foi
a) 7,70%.
b) 6,09%.
d) 7,62%.
d) 6,00%.
e) 7,16%.
Resposta: Letra A.
M=C(1+i)t
M=100000(1+0,03)²=106090
Como teve uma taxa de 1000, a empresa recebeu então
99000
A empresa teve eu pagar 106090+530=106620
106620=99000(1+i)
106620=99000+99000i
7620=99000i
I=0,0769=7,69%
6. (TRE/PR - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2017) A
Cia. Ted está avaliando a alternativa de compra de um novo
equipamento por R$ 480.000,00 à vista. Estima-se que a vida
útil do equipamento seja de 3 anos, que o valor residual de
revenda no final do terceiro ano seja R$ 70.000,00 e que os
fluxos líquidos de caixa gerados por este equipamento ao
final de cada ano sejam R$ 120.000,00, R$180.000,00 e R$
200.000,00, respectivamente. Sabendo que a taxa mínima
de atratividade é de 10% a.a., a alternativa
a) apresenta valor presente líquido positivo.
b) apresenta valor presente líquido negativo.
c) apresenta taxa interna de retorno maior que 10% a.a.
d) é economicamente viável à taxa mínima de atratividade
de 10% a.a..
e) é economicamente viável à taxa mínima de atratividade
de 12% a.a..
Resposta: Letra B.
VPL = valor presente das entradas – valor presente das
saídas
7. (FUNAPE – ANALISTA EM GESTÃO PREVIDENCIÁ-
RIA – FCC/2017) Um empréstimo foi contratado com uma
taxa nominal de juros de 6% ao trimestre e com capitaliza-
ção mensal. A taxa efetiva desse empréstimo é igual a
(A) 6,2302%.
(B) 6,3014%.
(C) 6,1385%.
(D) 6,2463%.
(E) 6,1208%.
Resposta: Letra E.
Temos que transformar os 6% ao trimestre em capitali-
zação mensal
6/3=2%a.m
1,02³=1,061208=6,1208%
8. (TRE/BA – TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE/2017) Um
banco emprestou a uma empresa R$ 100.000, entregues no
ato, sem prazo de carência, para serem pagos em quatro
prestações anuais consecutivas pelo sistema de amortiza-
ção constante (SAC). A taxa de juros compostos contratada
para o empréstimo foi de 10% ao ano, e a primeira presta-
ção será paga um ano após a tomada do empréstimo.
Nessa situação, o valor da segunda prestação a ser paga
pela empresa será
a) superior a R$ 33.000.
b) inferior a R$ 30.000.
c) superior a R$ 30.000 e inferior a R$ 31.000.
d) superior a R$ 31.000 e inferior a R$ 32.000.
e) superior a R$ 32.000 e inferior a R$ 33.000.
Resposta: Letra E.
SD=100000
A=100000/4=25000
J=(100000-25000)⋅0,1
J=7500
P=A+J
P=25000+7500=32500
9. (EMBASA – CONTADOR – IBFC/2017) Um clientefez
um empréstimo no valor de R$ 2.000,00 no Banco ABC em
31/12/2013 para reaplicar em um investimento em sua em-
presa. A taxa de juros cobrada pelo Banco era de 10% ao ano.
Após um ano, em 31/12/2014, o fluxo de caixa da empresa
foi de R$ 1.100,00. Após dois anos, em 31/12/2015, o fluxo de
caixa da empresa foi de R$ 1.210,00 e em 31/12/2016, após
três anos, o fluxo de caixa da empresa foi de R$ 1.331,00.
O valor presente líquido dos valores do fluxo de caixa, trazi-
dos a valor presente em 31/12/2013, era de:
a) R$ 1.100,00
b) R$ 1.000,00
c) R$ 2.210,00
d) R$ 2.331,00
Resposta: Letra B.
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10.(DPE/PR – CONTADOR – INAZ DO PARÁ/2017) Um comerciante recebeu, no meio do mês, uma excelente oferta de
compra de material para sua empresa no valor de R$8.000,00. No entanto, por estar desprovido de recursos, precisou tomar
um empréstimo junto ao seu banco, em parcelas de 15 vezes a uma taxa de juros 2,5% a.m. Determine o valor da última
prestação do empréstimo, lembrando que o Sistema de financiamento usado é o SAC.
a) R$ 533,33
b) R$ 733,33
c) R$ 653,33
d) R$ 560,00
e) R$ 546,67
Resposta: Letra E.
8000/15 = 533,33
Portanto, a última parcela será de 533,33⋅1,025=546,66
FUNÇÕES: A) DOMÍNIO, CONTRADOMÍNIO E IMAGEM.; B) RAIZ DE UMA FUNÇÃO.;C) FUNÇÕES
INJETORAS, SOBREJETORAS E BIJETORAS.;D) FUNÇÕES CRESCENTES, DECRESCENTES E
CONSTANTES.;E) FUNÇÕES COMPOSTAS E INVERSAS.; FUNÇÃO AFIM E FUNÇÃO QUADRÁTICA:
A) GRÁFICO, DOMÍNIO, IMAGEM E CARACTERÍSTICAS.; B) VARIAÇÕES DE SINAL.; C) MÁXIMOS E
MÍNIMOS. D) RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES. E) INEQUAÇÃO PRODUTO E INEQUAÇÃO
QUOCIENTE.
Função do 1˚ Grau
1. Conceitos Fundamentais sobre Funções
Uma função é uma relação entre dois conjuntos A e B de modo que cada elemento do conjunto A está associado a um
único elemento de B. Sua representação matemática é bem simples:
y=f(x):A→B
Onde y são os elementos do conjunto B e x são os elementos do conjunto A. f(x) é a chamada “função de x”, que basi-
camente é uma expressão matemática que quantifica o valor de y, dado um valor de x. Outra maneira de representarmos
uma função é através de um modelo esquemático:
Neste modelo esquemático, temos o conjunto A sendo representado a esquerda e o conjunto B sendo representado a
direita, mostrando a relação de função entre eles. A partir destas definições, podemos definir 3 conceitos fundamentais das
funções: Domínio, Contradomínio e Imagem.
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1.1 Domínio
O domínio da função, ou domínio de f(x), é o conjunto
de todos os valores que podem ser atribuídos a x, ou seja,
todos os elementos do conjunto A.
1.2. Contradomínio
O contradomínio da função, ou contradomínio de f(x),
são todos os valores possíveis que podem ser atribuídos a
y, ou seja, trata-se do conjunto B,
1.3. Imagem
A imagem de uma função, ou imagem de f(x), é um sub-
conjunto do contradomínio que contém apenas os valores
de y que tiveram algum elemento de x associado.
Usando o diagrama esquemático representado ante-
riormente, podemos descrever as 3 definições nele:
Domínio: Todos os valores de A: f(x):Dom={2,4,7,10}
Contradomínio: Todos os valores de B: f(x):ContraDom=
{0,4,8,10,12,16}
Imagem: Todos os valores de B que tiveram associação
com A: f(x):Imagem={0,4,10,16}
Observe que o elemento “8” do conjunto B não per-
tence a imagem, pois não há nenhum valor do conjunto A
associado a ele.
FIQUE ATENTO!
Nem sempre a imagem e o contradomínio te-
rão o mesmo tamanho!
Função crescente: A função f(x), num determinado in-
tervalo, é crescente se, para quaisquer x1 e x2 pertencentes a
este intervalo, com com x1<x2, tivermos f(x1 )<f(x2 ).
Função decrescente: Função f(x), num determinado in-
tervalo, é decrescente se, para quaisquer x1 e x2 pertencen-
te a este intervalo, com x1<x2, tivermos f(x1 )>f(x2 ).
Função constante: A função f(x), num determinado in-
tervalo, é constante se, para quaisquer x1<x2 , tivermos f(x1)
= f(x2).
1.4. Representação Gráfica
A função f(x) pode ser representada no plano cartesia-
no, através de um par ordenado (x,y). O lugar geométrico
dos pares ordenados para os quais x∈Dom e y∈Imagem
formam, no plano cartesiano, o gráfico da função. Um
exemplo de plano cartesiano é apresentado abaixo:
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A apresentação de uma função por meio de
seu gráfico é muito importante, não só na
Matemática como nos diversos ramos dos
estudos científicos.
#FicaDica
2. Função do 1º Grau
As funções de 1° grau, conhecidas também como fun-
ções lineares, são expressões matemáticas onde a variável
independente x possui grau igual a 1 e não está no deno-
minador, em outras palavras, a forma geral de uma função
de primeiro grau é a seguinte:
f(x)=ax+b a≠0
Onde “a” e “b” são números reais e são denominados
respectivamente de coeficientes angular e linear. Nas fun-
ções de primeiro grau, tanto o domínio, contradomínio e
imagem são todos os números reais, uma vez que não há
nenhum tipo de restrição de valor nas mesmas.
2.1. Zeros da Função do 1º grau:
Chama-se zero ou raiz da função do 1º grau y = ax + b
o valor de x que anula a função, isto é, o valor de x para que
y seja igual à zero.
Assim, para achar o zero da função y = ax + b, basta
resolver a equação ax + b = 0
Ex:
Determinar o zero da função: y = 2x – 4.
O zero da função y = 2x – 4 é 2.
2.2. Gráfico da Função do 1º Grau
A forma desta função, como o próprio nome diz, será
linear ou uma reta, e terá três tipos:
a) Crescente: a> 0
Quando o coeficiente angular da função for positivo, os
valores de y aumentarão quando o valor de x também au-
mentar. A representação gráfica dos três posicionamentos
desta reta, em função do valor de b, está abaixo:
b) Decrescente:
A representação gráfica dos três posicionamentos desta
reta, em função do valor de b, está abaixo:
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c) Constante:
Algumas referências não tratam a função constante
como uma função linear e na teoria, realmente ela não é.
Entretanto, como sua forma também é uma reta e trata-se
de um caso específico do valor de a, colocamos nesta se-
ção para ficar de maneira mais didática ao leitor. A repre-
sentação gráfica dos três posicionamentos desta reta, em
função do valor de b, está abaixo:
2.3. Estudo do sinal da função do 1º grau
Estudar o sinal da função do 1º grau é
determinar os valores reais de x para que:
- A função se anule (y = 0);
- A função seja positiva (y > 0);
- A função seja negativa (y < 0).
Ex:
Estudar o sinal da função .
a) Qual o valor de x que anula a função?
A função se anula para .
b) Quais valores de x tornam positiva a função?
A função é positiva para todo x real maior que 2.
c) Quais valores de x tornam negativa a função?
A função é negativa para todo x real menor que 2.
Podemos também estudar o sinal da função por meio
de seu gráfico:
-
- Para x = 2 temos y = 0;
- Para x > 2 temos y > 0;
- Para x < 2 temos y < 0.
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EXERCÍCIO COMENTADO
1. Determine o domínio das funções reais apresentadas
abaixo.
a)
b)
c)
Resposta:
a) Domínio =
b) Domínio =
c) Domínio =
Função do 2˚ Grau
Chama-se função do 2º grau ou função quadrática toda
função de em definida por um polinômio do 2º
grau da forma com a , b e c reais
e . O gráfico de uma função do 2º grau é uma pa-
rábola.
Exs:
1. Zeros da Função do 2º grau
As raízes ou zeros da função quadrática
são os valores de x reais tais que
e, portanto, as soluções da equação do 2º grau.
A resolução de uma equação do 2º grau é feita utilizan-
do a fórmula de Bháskara como já visto.
FIQUE ATENTO!
As raízes (quando são reais), o vértice e a in-
tersecção com o eixo y são fundamentais para
traçarmos um esboço do gráfico de uma fun-
ção do 2º grau.
1.1. Concavidade da Parábola
No caso das funções do 2º grau, a parábola pode ter
sua concavidade voltada para cima (a > 0) ou voltada para
baixo (a < 0).
a> 0 a<0
1.2. Coordenadas do vértice da parábolaA parábola que representa graficamente a função do 2º
grau apresenta como eixo de simetria uma reta vertical que
intercepta o gráfico num ponto chamado de vértice.
As coordenadas do vértice são:
e
Vértice (V)
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O Conjunto Imagem de uma função do 2º grau está associado ao seu ponto extremo, ou seja, à ordenada do vértice
( ).
Ex:
Vamos determinar as coordenadas do vértice da parábola da seguinte função quadrática: .
Cálculo da abscissa do vértice:
Cálculo da ordenada do vértice:
Substituindo x por 4 na função dada:
Logo, o ponto V, vértice dessa parábola, é dado por V .
Como observado, a ordenada do vértice (
) pode ser calculada de duas formas distintas:
substituindo o valor de na função ou usando a
fórmula dada anteriormente . Cos-
tuma-se utilizar a primeira forma (apresentada
no exemplo) por exigir menos cálculos e com
isso ganha-se tempo na prova. Mas fica a cargo
do aluno qual forma utilizar. Para fins ilustrati-
vos, vamos encontrar o utilizando a fórmula:
que é idêntico
(como não poderia deixar de ser) ao valor en-
contrado anteriormente.
#FicaDica
1.3. Domínio e Imagem da função do 2º grau
O domínio de uma função do 2º grau é o conjunto dos números reais, ou seja Dom=
Como visto acima, a imagem de uma função do 2º grau está diretamente relacionada à ordenada do vértice ( ).
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Para a > 0 → Im = y ∈ ℝ y ≥ yV}
Para a < 0 → Im = y ∈ ℝ y ≤ yV}
1.4. Representação gráfica – diferentes casos
Para sabermos a posição e orientação desta parábola,
precisaremos além de analisar o sinal do discriminante, te-
remos que analisar também o sinal do coeficiente “a”. Ve-
jam os casos:
a) a > 0 e Δ > 0 : Neste caso, teremos a “boca” da
parábola apontada para cima, e como temos duas raízes
distintas, a mesma cruza duas vezes no eixo x. Além disso,
o vértice da parábola caracteriza-se pelo ponto de mínimo
da mesma. Seguem as representações para duas raízes po-
sitivas, uma positiva e outra negativa, e as duas negativas,
respectivamente:
b) a < 0 e Δ > 0 : Neste caso, temos a “boca” da parábo-
la apontada para baixo, e como temos duas raízes distintas,
a mesma cruza duas vezes no eixo x. Além disso, o vértice
da parábola caracteriza o ponto de máximo da mesma. Se-
guem as representações para as duas raízes positivas, uma
positiva e outra negativa, e as duas negativas, respectiva-
mente:
c) a > 0 e Δ = 0 : Neste caso, a “boca” da parábo-
la segue apontada para cima, mas a mesma toca o eixo x
apenas uma vez, já que a raízes são idênticas. Além disso, o
vértice desta parábola é exatamente o ponto de tangência,
a figura a seguir apresenta os casos para a raiz positiva e
negativa respectivamente:
d) a < 0 e Δ = 0 : Neste caso, a “boca” da parábola
segue apontada para baixo, mas a mesma toca o eixo x
apenas uma vez, já que a raízes são idênticas. Além disso, o
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vértice desta parábola é exatamente o ponto de tangência,
a figura a seguir apresenta os casos para a raiz positiva e
negativa respectivamente:
e) a > 0 e Δ = 0 : Neste caso, não há raízes (a pará-
bola não toca e nem cruza o eixo x). A “boca” da parábola
segue para cima e as figuras a seguir apresentam os grá-
ficos para vértices com coordenada x positiva e negativa
respectivamente:
f) a < 0 e Δ = 0 : Neste caso, não há raízes (a pará-
bola não toca e nem cruza o eixo x). A “boca” da parábola
segue para baixo e as figuras a seguir apresentam os grá-
ficos para vértices com coordenada x positiva e negativa
respectivamente:
1.5. Valor máximo e valor mínimo da função do 2º
grau
- Se a > 0, o vértice é o ponto da parábola que tem or-
denada mínima. Nesse caso, o vértice é chamado ponto de
mínimo e a ordenada do vértice é chamada valor mínimo
da função;
- Se a < 0, o vértice é o ponto da parábola que tem
ordenada máxima. Nesse caso, o vértice é ponto de má-
ximo e a ordenada do vértice é chamada valor máximo da
função.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. Dada a função parabólica a < 0 e Δ = 0 , determine as
coordenadas do vértice, V.
Resposta: As coordenadas do seu vértice podem ser en-
contradas através de:
xv = – b
2a
yv = – Δ
4a
Logo,
xv = −
−1
2 � 1 =
1
2
yv = −
−1 2 − 4 � 1 � 0
4 � 1 = −
1
4
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Portanto:
V =
1
2 ,−
1
4 .
2. (UFSCAR–SP) Uma bola, ao ser chutada num tiro de
meta por um goleiro, numa partida de futebol, teve sua
trajetória descrita pela equação h(t) = – 2t² + 8t (t ≥0) ,
onde t é o tempo medido em segundo e h(t) é a altura em
metros da bola no instante t. Determine, apos o chute:
a) o instante em que a bola retornará ao solo.
b) a altura atingida pela bola.
Resposta:
a) Houve dois momentos em que a bola tocou o chão:
o primeiro foi antes de ela ser chutada e o segundo foi
quando ela terminou sua trajetória e retornou para o
chão. Em ambos os momentos a altura h(t) era igual a
zero, sendo assim:
h(t) = – 2t² + 8t
0 = – 2t² + 8t
2t² – 8t = 0
2t.(t – 4) = 0
t’ = 0
t’’ – 4 = 0
t’’ = 4
Portanto, o segundo momento em que a bola tocou no
chão foi no instante de quatro segundos.
b) A altura máxima atingida pela bola é dada pelo vér-
tice da parábola. As coordenadas do seu vértice podem
ser encontradas através de:
xv = – b
2a
yv = – Δ
4a
No caso apresentado, é interessante encontrar ape-
nas yv:
yv = – Δ
4a
yv = – (b² – 4ac)
4a
yv = – (8² – 4 (–2)0)
4 (– 2)
yv = – (64 – 0)
– 8
yv = 8
Portanto, a altura máxima atingida pela bola foi de 8
metros.
FUNÇÃO MODULAR
1. Módulo
As funções modulares são desenvolvidas através de um
operador matemático chamado de “Módulo”. Sua definição
está apresentada abaixo:
x = � 𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 0 −𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 ≤ 0
Sua representação é através de duas barras verticais e
lê-se “Módulo de x”.
Módulo também conhecido como valor
absoluto pode ser entendido como uma
distância e por isso |x|<0 não existe para todo
x.
Ex: |3| = 3 e |-3| = 3.
#FicaDica
1.1. Função Modular
A função modular, segue a mesma representação, tro-
cando apenas x por f(x):
f(x) = � 𝑓 x ,𝑠𝑒 𝑓 x ≥ 0 −𝑓 x ,𝑠𝑒 𝑓 x ≤ 0
FIQUE ATENTO!
A representação gráfica será feita através de
duas retas, dependendo de como é a forma de
f (x).
Abaixo segue alguns exemplos:
Ex:
Desenhar o gráfico de f x = |x|
Resolução: O gráfico de f x = |x| forma uma ponta
na origem e segue uma reta espelhada tanto para o sentido
positivo quanto para o negativo:
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Ex:
Desenhar o gráfico de f x = |x− a
Resolução: Quando há um termo subtraindo o valor de x dentro do módulo, o gráfico original acima se desloca, com a
“ponta” se movendo para a coordenada “a”. Seguem os dois casos, para a > 0 e a < 0 respectivamente:
1.2. Equações modulares
As equações modulares são funções modulares igualadas a algum número ou expressão. Ela será resolvida decompon-
do a mesma em dois casos, com domínios pré-determinados. Este tipo de solução é apresentada no Exercício Comentado
1, a seguir:
EXERCÍCIO COMENTADO
1. Resolva x − 3 = 7
Resolução: Conforme foi mencionado, vamos resolver dois casos, usando a definição de módulo:
x − 3 = 7 , para x− 3 ≥ 0
− x − 3 = 7 , para x− 3 ≤ 0
Resolvendo:
x = 7 + 3 = 10, para x ≥ 3
– x + 3 = 7 ⇔ x = −4, para x ≤ 3
Observe que as duas soluções estão dentro dos domínios pré-estabelecidos, assim: S={-4,10}
2. (PREF. OSASCO-SP – ATENDENTE – FGV/2014) Assinale a única função, dentre as opções seguintes, que pode estar
representada no gráfico a seguir:
a) y = 1 – |x – 1|;
b) y = 1 – |x + 1|;
c) y = 1 + |x – 1|;
d) y = 1 + |x + 1|;
e) y = |x – 1| + |x + 1|.
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Resposta: Letra A.
Pelo gráfico se x = 0 implica em y = 0, se x = 2 implica em y = 0 e se x = 1 implica em y=1. Analisando o itens acima,
verifica-se que essas condições são satisfeitas se y = 1 – |x – 1|. Logo, a resposta correto é a letra a.
FUNÇÃO EXPONENCIAL A) GRÁFICO, DOMÍNIO, IMAGEM E CARACTERÍSTICAS. B) EQUAÇÕES E
INEQUAÇÕES EXPONENCIAIS.
FUNÇÃO EXPONENCIALA função exponencial, como o nome mostra, é uma função onde a variável independente é um expoente:
Com “a” sendo um número real. Possui dois tipos básicos, quando a > 1 (crescente) e 0 < a < 1 (decrescente).
As figuras a seguir apresentam seus respectivos gráficos:
É importante ressaltar que o gráfico da função exponencial (na forma que foi apresentado) não toca o eixo ,
pois a função com é sempre positiva.
#FicaDica
1. Equações exponenciais
As equações exponenciais são funções exponenciais relacionadas a números ou expressões. O princípio fundamental
para a resolução das mesmas é lembrar que dois expoentes serão iguais se as respectivas bases também forem iguais,
sigam os exemplos abaixo:
Ex:
Resolva 3x = 27
Resolução: Seguindo o princípio que bases iguais terão expoentes iguais, temos que lembrar que 27 = 33 , assim:
3x = 33
x = 3
S = {3}
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EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. Resolva 22x = 1024
Resposta:
Utilizando as propriedades de potenciação, tem-se:
𝟐𝟐𝐱 = 𝟐𝟏𝟎
𝟐𝐱 = 𝟏𝟎
Portanto, a solução da equação exponencial é x=5.
2.(CONED-2016) Qual a soma das raízes ou zeros da função exponencial abaixo:
22x−3 − 3 � 2x−1 + 4 = 0
a) 5
b) 4
c) 6
d) 8
e) -6
Resposta: Letra A.
22x−3 − 3 � 2x−1 + 4 = 0
22x
23 −
3 � 2x
2 + 4 = 0
2x 2
23 −
3 � 2x
2 + 4 = 0
Faz-se a substituição 2x = y pra obter uma equação de segundo grau
y2
8 −
3y
2 + 4 = 0
Multiplicando a equação por 8
y2 − 12y + 32 = 0
Resolvendo a equação do segundo grau:
Δ = −12 2 − 4 � 1 � 32 = 144 − 128 = 16
Assim, �2
x = 4 → 2x = 22 → x1 = 2
2x = 8 → 2x = 23 → x2 = 3
Portanto, a soma das raízes é igual a 2+3=5.
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FUNÇÃO LOGARÍTMICA A) DEFINIÇÃO DE LOGARITMO, PROPRIEDADES OPERATÓRIAS E
MUDANÇA DE BASE. B) GRÁFICO, DOMÍNIO, IMAGEM E CARACTERÍSTICAS DA FUNÇÃO
LOGARÍTMICA. C) EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES LOGARÍTMICAS.
FUNÇÃO LOGARÍTMICA
As funções logarítmicas tem como base o operador matemático log:
f x = logax , com a > 0, a ≠ 1 e x > 0
FIQUE ATENTO!
Observe que há restrições importantes para os valores de (logaritmando) e (base) e será essas restrições que
poderá determinar o conjunto solução das equações logarítmicas.
O gráfico da função logarítmica terá dois formatos, baseado nos possíveis valores de a. Será crescente quando e de-
crescente quando :
1. Equações Logarítmicas
As equações logarítmicas adotarão um princípio semelhante as equações exponenciais. Para se achar o mesmo logarit-
mando, dois logaritmos deverão ter a mesma base ou vice-versa. Ressalta-se apenas que as condições de existência de um
logaritmo devem ser respeitadas. Veja o exemplo:
Ex:
Resolva log2 x − 2 = 4
Primeiramente, será importante transformar o número 4 em um log. Como a base do log que contém x é dois, vamos
transformar 4 em um log na base 2 da seguinte forma:
log216 = 4
Igualando isso a equação:
log2 x − 2 = log216
Bases iguais, logaritmandos iguais:
4x + 2 = 3x + 3
→ 4x − 3x = 3− 2
→ x = 1
#FicaDica
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EXERCÍCIO COMENTADO
1. (FUNDEP-2014) O conjunto solução da equação log 4x + 2 = log 3x + 3 é:
a) S={1}
b) S= {2}
c) S= {3}
d) S= {4}
e) S= {5}
Resposta: Letra A.
Como as bases são iguais, os logaritmandos devem ser iguais. Portanto, pode-se escrever:
4x + 2 = 3x + 3
→ 4x − 3x = 3 − 2
→ x = 1
TRIGONOMETRIA A) TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO. B) TRIGONOMETRIA
NUM TRIÂNGULO QUALQUER.
C) UNIDADES DE MEDIDAS DE ARCOS E ÂNGULOS: GRAUS E RADIANOS.
D) CÍRCULO TRIGONOMÉTRICO, RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS, REDUÇÃO AO 1º QUADRANTE.
E) FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS: SENO, COSSENO E TANGENTE; RELAÇÕES E IDENTIDADES.
F) FÓRMULAS DE ADIÇÃO DE ARCOS E ARCOS DUPLOS.
TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
1. Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo
Definiremos algumas relações e números obtidos a partir dos lados de triângulos retângulos. Antes, porém, precisamos
revisar seus conceitos básicos. A figura abaixo apresenta um triângulo onde um de seus ângulos internos é reto (de medida
90º ou
2
π
rad), o que nos permite classificá-lo como um triângulo retângulo.
Lembremo-nos de que, qualquer que seja o triângulo, a soma dos seus três ângulos internos vale 180º. Logo, a respeito
do triângulo ABC apresentado, dizemos que:
α + β + 90° = 180° → α + β = 90°
Com isso, podemos concluir:
a) Que os ângulos α e β são complementares, isto é, são ângulos cujas medidas somam 90º;
b) Uma vez que são complementares ambos terão sempre medida inferior a 90º, ou seja, serão ângulos agudos.
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FIQUE ATENTO!
Dizemos que todo triângulo retângulo tem
um ângulo interno reto e dois agudos,
complementares entre si.
Vale lembrar que a hipotenusa será sempre
o lado oposto ao ângulo reto e, ainda, o
lado maior do triângulo. Podemos relacioná-
los através do Teorema de Pitágoras, o qual
enuncia que o quadrado sobre a hipotenusa
de um triângulo retângulo é igual à soma dos
quadrados sobre os catetos.
#FicaDica
2. Seno, Co-seno e Tangente de um Ângulo Agudo
A figura abaixo ilustra um triângulo retângulo com suas
medidas de lados:
De fato, as medidas de seus lados (3, 4 e 5 unidades de
comprimento) satisfazem a sentença do teorema de Pitá-
goras: 52 = 32 + 42.
Agora, definiremos três importantes relações entre os
lados do triângulo, aos quais chamaremos de seno, co-se-
no e tangente. Essas propriedades serão sempre relativas
a um determinado ângulo, assim, precisaremos especificar
de qual ângulo estamos falando. A expressão geral é apre-
sentada abaixo, com as abreviações as propriedades:
sen Ângulo =
cateto oposto ao ângulo
hipotenusa
cos Ângulo =
cateto adjacente ao ângulo
hipotenusa
tg Ângulo =
cateto oposto ao ângulo
cateto adjacente ao ângulo
A partir dessas definições, podemos calcular o seno, co-
-seno e tangente do ângulo α, do triângulo da figura:
sen α =
cateto oposto a α
hipotenusa
cos α =
cateto adjacente a α
hipotenusa
tg α =
cateto oposto a α
cateto adjacente a α
No caso de , o cateto oposto a ele será aquele que não
forma o ângulo, ou seja, o segmento AC. Já o cateto adja-
cente será o cateto que junto com a hipotenusa, forma o
ângulo, assim, ele será AB. Substituindo os valores:
sen α =
cateto oposto a α
hipotenusa =
3
5 = 0,6
cos α =
cateto adjacente a α
hipotenusa =
4
5 = 0,8
tg α =
cateto oposto a α
cateto adjacente a α =
3
4 = 0,75
2.1. Seno, Co-seno e Tangente dos Ângulos Notáveis
Uma vez definidos os conceitos de seno, co-seno e tan-
gente de ângulos agudos internos a um triângulo retân-
gulo, passaremos a determinar seus valores para ângulos
de grande utilização em diversas atividades profissionais e
encontrados facilmente em situações cotidianas.
Observemos, nas figuras abaixo, que a diagonal de um
quadrado divide ângulos internos opostos, que são retos,
em duas partes de 45 + o+, e que o segmento que define a
bissetriz (e altura) de um ângulo interno do triângulo equi-
látero permite-nos reconhecer, em qualquer das metades
em que este é dividido, ângulos de medidas 30o e 60o.
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[ Á
TI
CA
Primeiramente, vamos calcular os comprimentos da
diagonal do quadrado e a altura h, do triângulo equilátero.
Como já vimos as fórmulas na seção anterior de triângulos,
vamos apenas indicar os valores:
d = a 2
h = l 32
Sabemos, agora, que o triângulo hachurado no interior
do quadrado tem catetos de medida 𝐚 2 e hipotenusa 𝐚 2
. Para o outro triângulo sombreado, teremos catetos e me-
didas 1
2 e
l 3
2
, enquanto sua hipotenusa tem comprimento
1.
Passemos, agora, ao cálculo de seno, co-seno e tangen-
te dos ângulos de 30o, 45o e 60o.
2.2. Seno, Co-seno e Tangente de 30° e 60°.
Tomando por base o triângulo equilátero da figura aci-
ma, e conhecendo as medidas de seus lados, temos:
sen 30° =
cateto oposto a 30°
hipotenusa =
l/2
l =
1
2
cos 30° = cateto adjacente a 30°hipotenusa =
l 3
2
l =
3
2
tg 30° = cateto oposto a 30°cateto adjacente a 30° =
l/2
l 3
2
= 33
E
cos 60° = cateto adjacente a 60°hipotenusa =
l
2
l =
1
2
tg 60° = cateto oposto a 60°catetoadjacente a 60° =
l 3
2
l
2
= 3
Observação Importante: Observe que os ângulos de 30°
e 60° são complementares, e isso provoca a troca dos va-
lores de seno e cosseno. Já a tangente, temos exatamente
o valor inverso.
2.3. Seno, Co-seno e Tangente de 45°
A partir do quadrado representado na figura acima, de
lado a e diagonal 𝐚 2 , podemos calcular:
tg 45° =
cateto oposto a 45°
cateto adjacente a 45° =
a
a = 1
Note que o ângulo de 45° tem valores iguais de seno
e cosseno, o que implica em uma tangente igual a 1. Isso
se deve pois o complementar deste ângulo é ele mesmo.
Os resultados que obtivemos nos permitem definir, a
seguir, uma tabela de valores de seno, co-seno e tangente
dos ângulos notáveis, que nos será extremamente útil.
30o 45o 60o
sen 1
2
2
2
3
2
cos 3
2
2
2
1
2
tg 3
3
1
2
3
3. O círculo trigonométrico
Definidas principais propriedades e o ângulos notáveis,
podemos expandir essa análise para todos os ângulos de
um círculo, indo de 0 a 360° ou de 0 a 2π rad. Para isso,
usamos o circulo trigonométrico apresentado a seguir:
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Nele, podemos ver a divisão do círculo em quadrantes e em cada quadrante, podemos ver as posições do seno e cos-
seno dos ângulos. É importante memorizar os sinais dos senos e cossenos, pois eles se alteram conforme mudamos de
quadrante.
Também é importante notar os limites de valores para o seno e cosseno. Para qualquer ângulo x, os valores de seno e
cosseno estarão sempre entre -1 e 1 e isto está representado nos valores para os ângulos de 0,
π
2 ,π,
3π
2 e 2π
4. Outras Razões Trigonométricas – Co-tangente, Secante e Co-secante
Além das razões com que trabalhamos até aqui, são definidas a co-tangente, secante e co-secante de um ângulo agudo
de triângulo retângulo através de relações entre seus lados, como definimos a seguir, com suas respectivas abreviações
cotg Ângulo =
cateto adjacente ao ângulo
cateto oposto ao ângulo
sec Ângulo = hipotenusacateto adjacente ao ângulo
cossec Ângulo = hipotenusacateto oposto ao ângulo
Por exemplo, para um triângulo retângulo de lados 3, 4 e 5 unidades de comprimento que apresentamos anteriormente,
temos para o ângulo α:
cotg α =
cateto adjacente a α
cateto oposto a α =
4
3
sec α = hipotenusacateto adjacente a α =
5
4
cossec α = hipotenusacateto oposto a α =
5
3
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5. Identidades Trigonométricas
É comum a necessidade de obtermos uma razão
trigonométrica, para um ângulo, a partir de outra razão
cujo valor seja conhecido, ou mesmo simplificar expressões
extensas envolvendo várias relações trigonométricas para
um mesmo ângulo. Nesses casos, as identidades trigono-
métricas que iremos deduzir neste tópico são ferramentas
de grande aplicabilidade.
Identidade em uma ou mais variáveis é toda igualdade
verdadeira para quaisquer valores a elas atribuídos, desde
que verifiquem as condições de existência de expressão.
Vamos iniciar então, mostrando um triângulo retângulo
qualquer:
Aplicando as medidas de seus lados no teorema de Pi-
tágoras, obtemos a seguinte igualdade:
b2 + c2 = a2
Dividindo os seus membros por , não alteraremos a
igualdade. Assim, teremos:
b2
a2 +
c2
a2 =
a2
a2 →
b
a
2
+
c
a
2
= 1
Se utilizarmos as relações trigonométricas que defi-
nimos (seno, cosseno e tangente), podemos simplificar a
expressão de duas maneiras possíveis, em função de ou :
sen2α + cos2 α = 1
ou
cos2 β + sen2β = 1
Logo, como sempre teremos a soma dos quadrados de
seno e co-seno de um ângulo. Essa identidade valerá para
qualquer ângulo x:
sen2x + cos2 x = 1
Essa relação, é conhecida como relação fundamental da
trigonometria.
Façamos agora outro desenvolvimento. Tomemos um
dos ângulos agudos do triângulo ABC, da figura. Por exem-
plo, α. Dividindo-se sen α por cos α, obtemos:
sen α
cosα =
b a⁄
c a⁄ =
b
c = tg α
De forma análoga, o leitor obterá o mesmo resultado se
tomar o ângulo β. Dizemos, portanto, que, para um ângulo
x, cujo cosseno não será nulo:
tg x =
sen x
cos x
Podemos observar, também, que a razão b
c
, que re-
presenta tg α , se invertida (passando a c
b
), vem a consti-
tuir cotg α . Em virtude disso, e aproveitando a identidade
enunciada anteriormente, podemos dizer que, para todo
ângulo x de seno não-nulo:
cotg x =
1
tg x =
cos x
sen x
Tais inversões ocorrem também e se tratando das re-
lações seno, co-seno, secante e co-secante. Vejamos que:
e
Teríamos encontrado inversões análogas se utilizás-
semos o ângulo β. Assim, essas relações também valerão
para qualquer ângulo x, desde que seja respeitada a condi-
ção de os denominadores dos segundos membros dessas
identidades não serem nulos.
Aplicando essas relações no teorema de Pitágoras, chega-
mos as outras duas importantes identidades trigonométricas:
tg2x + 1 = sec2 x
cotg2x + 1 = cosec2 x
6. Adição e Subtração de Arcos
Outras identidades trigonométricas estão relacionadas
a operações com ângulos. As fórmulas a seguir foram de-
duzidas para facilitar algumas operações matemáticas. Se-
jam e ângulos quaisquer. Temos que:
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Seno da Soma: sen α + β = sen α � cosβ+ sen β � cosα
Seno da Diferença: sen α − β = senα � cosβ− sen β � cosα
Cosseno da Soma: cos α + β = cosα � cosβ− sen α � sen β
Cosseno da Diferença: cos α − β = cosα � cosβ+ sen α � sen β
Tangente da Soma: tg α + β = tg α+tg β1−tgα � tgβ
Tangente da Diferença: tg α − β = tg α−tg β1+tgα.tg β
Dessas fórmulas, podemos deduzir uma variação importante, que são as fórmulas dos arcos duplos:
sen 2θ = 2 � sen θ � cosθ
cos2θ = cos2 θ − sen ²θ
EXERCÍCIO COMENTADO
1. Dado o triângulo a seguir, obtenha os valores dos catetos. Utilize 3 = 1,7
a) 10 e 7,5
b) 5 e 8,5
c) 5 e 5
d) 8,5 e 7,5
e) 7,5 e 7,5
Resposta: Letra B. Basta calcular o seno e o cosseno de 30° e igualar aos valores de ½ e 3 2⁄ . Nem sempre os exercícios
passarão os valores dos ângulos notáveis, é importante memorizar.
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2. Dado o triângulo a seguir, obtenha o valor da hipotenusa. Utilize 2 = 1,4
a) 4,8
b) 5,0
c) 5,5
d) 5,7
e) 6,0
Resposta: Letra D. Usando o cosseno de 45°, chega-se na resposta.
3. Assinale a alternativa que representa os valores de sen (75°) e cos (75°)
a) 6− 22 e
6+ 2
2
b) 6− 24 e
6+ 2
4
c) 6+ 24 e
6− 2
4
d) 6− 24 e
6+ 2
4
Resposta: Letra C. Usando a fórmula de soma de arcos para seno e cosseno e considerando que 75° = 30° + 45°:
ANÁLISE COMBINATÓRIA A) FATORIAL: DEFINIÇÃO E OPERAÇÕES. B) PRINCÍPIO
FUNDAMENTAL DA CONTAGEM. C) ARRANJOS, PERMUTAÇÕES E COMBINAÇÕES.
CONTAGEM E ANÁLISE COMBINATÓRIA
1. Princípio fundamental da Contagem
O princípio fundamental da contagem permite quantificar situações ou casos de uma determinada situação ou evento.
Em outras palavras, é uma maneira sistemática de “contar” a quantidade de “coisas”.
A base deste princípio se dá pela separação de casos e quantificação dos mesmos. Após isso, uma multiplicação de
todos estes números é feita para achar a quantidade total de possibilidades. O exemplo a seguir irá ilustrar isso.
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Exemplo: João foi almoçar em um restaurante no centro
da cidade, ao chegar no local, percebeu que oferecem 3
tipos de saladas, 2 tipos de carne, 6 bebidas diferentes e
5 sobremesas diferentes. De quantas maneiras distintas
ele pode fazer um pedido, pegando apenas 1 tipo de cada
alimento?
Resolução: O princípio da contagem depende
fortemente de uma organização do problema. A sugestão
é sempre organizar cada caso em traços e preenchendo
a quantidade de possibilidades. Como temos 4 casos
distintos (salada, carne, bebida e sobremesa), iremos fazer
4 traços:
Agora, preencheremos a quantidade de possibilidades
de cada caso:
Finalmente, multiplicamos os números:
Assim, João tem 180 possibilidades diferentes de se
montar um prato.
2.Fatorial
Antes de definirmos casos particulares de contagem,
iremos definir uma operação matemática que será utilizada
nas próximas seções, o fatorial. Define-se o sinal de fatorial
pelo ponto de exclamação,ou seja “ ! “. Assim, quando
encontrarmos 2! Significa que estaremos calculando o
“fatorial de 2” ou “2 fatorial”. A definição de fatorial está
apresentada a seguir:
n! = n ∙ n − 1 ∙ n − 2 ∙ n − 3 … 3 ∙ 2 ∙ 1
Ou seja, o fatorial de um número é caracterizado pelo
produto deste número e seus antecessores, até se chegar
no número 1. Vejam os exemplos abaixo:
3! = 3 ∙ 2 ∙ 1 = 6
5! = 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 120
Assim, basta ir multiplicando os números até se chegar
ao número 1. Observe que os fatoriais aumentam muito
rápido, veja quanto é 10!:
10! = 10 ∙ 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 3628800
Já estamos na casa dos milhões! Para não trabalharmos
com valores tão altos, as operações com fatoriais são
normalmente feitas por último, procurando fazer o maior
número de simplificações possíveis. Observe este exemplo:
Calcule 10!7!
Resolução: Ao invés de calcular os valores de 7! e 10!
separadamente e depois fazer a divisão, o que levaria
muito tempo, nós simplificamos os fatoriais primeiro. Pela
definição de fatorial, temos o seguinte:
10!
7! =
10 ∙ 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1
7 ∙ 6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1
Observe que o denominador pode ser inteiramente
cancelado, pois 10! Possui todos os termos de 7!. Essa é
uma particularidade interessante e facilitará demais a
simplificação. Se cancelarmos, restará apenas um produto
de 3 termos:
10!
7! =
10 ∙ 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1
7 ∙ 6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 10 ∙ 9 ∙ 8 = 720
Essa operação é muito mais fácil que calcular os fatoriais
desde o começo!
Agora que sabemos o que é fatorial e como simplificá-
lo, podemos passar para os casos particulares de contagem:
Permutações, Combinações e Arranjos.
3. Permutações
As permutações são definidas como situações onde o
número de elementos é igual ao número de posições que
podemos colocá-los. Considere o exemplo onde temos 5
pessoas e 5 cadeiras alinhadas. Queremos saber de quantas
maneiras diferentes podemos posicionar essas pessoas.
Esquematizando o problema, chamando de P as pessoas e C
as cadeiras:
Em problemas onde o número de elementos é igual ao
número de posições, teremos uma permutação. A fórmula
da permutação, considerando que não há repetição de
elementos é a seguinte:
Pn = n!
Ou seja, para permutar 5 elementos em 5 posições,
basta eu calcular o fatorial de 5:
P5 = 5! = 120
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M
AT
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[ Á
TI
CA
Logo, eu posso posicionar as pessoas de 120 maneiras
diferentes na fileira de cadeiras.
Observe que a fórmula da permutação é utilizada como
não há repetição de elementos, mas e quando ocorre
repetição? Neste caso, a fórmula da permutação terá uma
complementação, para desconsiderar casos repetidos que
serão contados 2 ou mais vezes se utilizarmos a fórmula
diretamente.
O exemplo mais comum destes casos é o que
chamamos de Anagrama. Os anagramas são permutações
das letras de uma palavra, formando novas palavras,
sem a necessidade de terem sentido ou não. Usando
primeiramente um exemplo sem repetição, conte quantos
anagramas podemos formar com o nome BRUNO.
Montando a esquematização:
Ou seja, temos que posicionar as letras nas 5 casas
correspondentes e neste caso, é um problema de
permutação sem repetição:
P5 = 5! = 120
Logo, podemos formar 120 anagramas com a palavra
BRUNO. Agora, vamos olhar a palavra MARIANA. Ela possui
7 letras, logo teremos 7 posições:
Entretanto, temos a repetição da letra A. Veja o que
acontece quando montarmos um anagrama qualquer da
palavra:
Não conseguimos saber qual letra “A” foi utilizada
nas posições C1,C3 e C5. Se trocarmos as mesmas de
posição entre si, ficaremos com os mesmos anagramas,
caracterizando uma repetição. Assim, para saber a
quantidade de anagramas com repetição, corrigiremos a
fórmula da permutação da seguinte forma:
Pna =
n!
a!
Ou seja, calcula-se a permutação de “n” elementos com
“a” repetições. Considerando que MARIANA tem 7 letras
(n=7) e a letra “A” se repete 3 vezes, temos que:
P73 =
7!
3! =
7 ∙ 6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1
3 ∙ 2 ∙ 1 = 7 ∙ 6 ∙ 5 ∙ 4 = 840
Assim, a palavra MARIANA tem 840 anagramas possíveis.
Outro exemplo para deixar este conceito bem claro, é
quando temos dois elementos se repetindo. Por exemplo,
calcule os anagramas da palavra TALITA:
Observe que a letra “T” repete 2 vezes e a letra “A”
também repete duas vezes. Na fórmula da permutação
com repetição, faremos duas divisões:
Pna,b =
n!
a! b!
Ou seja, se houver 2 ou mais elementos se repetindo,
a correção é feita, dividindo pelas repetições de cada um.
Como ambos repetem duas vezes:
P6
2,2 =
6!
2! 2! =
6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1
2 ∙ 1 ∙ 2 ∙ 1 =
6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3
2 ∙ 1 =
360
2 = 180
Assim, a palavra TALITA tem 180 anagramas.
4. Combinações
As combinações e os arranjos, que serão apresentados
a seguir, possuem uma característica diferente da
permutação. A diferença está no fato do número de
posições ser MENOR que o número de elementos, ou seja,
quando os elementos forem agrupados, sobrarão alguns.
Veja este exemplo: De quantas maneiras podemos formar
uma comissão de 3 membros, dentro os 7 funcionários de
uma empresa?
Resolução: Este exemplo mostrará também como
diferenciar combinação de arranjo. Logo de início, podemos
ver que não se trata de um problema de permutação,
pois temos 3 posições para 7 elementos. Para diferenciar
combinação e arranjo, temos que verificar se a ordem
de escolha dos elementos importa ou não. Neste caso, a
ordem não importa, pois estamos escolhendo 3 pessoas e
não importa a ordem que escolhemos elas pois a comissão
será a mesma. Observe a esquematização:
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M
AT
EM
[ Á
TI
CA
As pessoas foram chamadas pelas letras de A até G. Vamos supor que escolheremos as pessoas A,D e G mas em ordens
diferentes:
É importante notar que as comissões ADG e GAD não possuem diferenças, já que as casas C1,C2 e C3 não possuem
nenhuma particularidade descrita no enunciado. Assim, trata-se de um problema de combinação. A fórmula da combinação
depende do número de elementos “n” e o número de posições “p”:
Cn,p =
n!
p! (n − p)!
No exemplo, temos 7 elementos e 3 posições, assim:
Cn,p =
n!
p! (n − p)! =
7!
4! 7 − 4 ! =
7!
4! .3! =
7 ∙ 6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1
4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 =
7 ∙ 6 ∙ 5
3 ∙ 2 ∙ 1 = 7 ∙ 5 = 35
Ou seja, podemos formar 35 comissões distintas.
5. Arranjos
Os arranjos seguem a mesma linha da combinação, onde o número de elementos deve ser maior que o número de
posições possíveis, mas com a diferença que a ordem de escolha dos elementos deve ser considerada. Vamos utilizar o
mesmo exemplo descrito na combinação, mas com algumas diferenças:
De quantas maneiras podemos formar uma comissão de 3 membros, composta por um presidente, um vice-presidente
e um secretário, dentro os 7 funcionários de uma empresa?
Observe que agora o enunciado classifica explicitamente as posições, e podemos montar o esquema da seguinte forma:
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M
AT
EM
[ Á
TI
CA
As posições agora foram classificadas de acordo com
a posição que foi pedida no enunciado. Vamos observar
agora o que acontece quando selecionando novamente as
pessoas A,D e G:
Neste caso, as duas comissões são diferentes, pois
em uma a pessoa A é presidente e na outra ela é vice-
presidente. Como a ordem importa, temos um problema
de arranjo. A fórmula de arranjo é mais simples que a
fórmula de combinação:
An,p =
n!
(n − p)!
Tomando n=7 e p = 3 novamente:
An,p =
n!
(n − p)! =
7!
7 − 3 ! =
7!
4! =
7 ∙ 6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1
4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 7 ∙ 6 ∙ 5 = 210
Ou seja, é possível formar 210 comissões neste caso.
Veja que o número é maior que o número da combinação.
A razão é que comissões que antes eram repetidas na
combinação, deixaram de ser no arranjo.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (IF-BA – Professor – AOCP/2016) Na sequência cres-
cente de todos os números obtidos, permutando-se os al-
garismos 1, 2, 3, 7, 8, a posição do número 78.312 é a :
a) 94ª
b) 95ª
c) 96ª
d) 97ª
e) 98ª
Resposta: Letra B.Deve-se contar todos os números an-
teriores a ele.Iniciando com 1_ _ _ _, temos 4! = 24 nú-
meros; iniciando com 2 _ _ _ _ temos outros 24 núme-
ros, assim como iniciando com 3_ _ _ _. Depois temos
os números iniciados com “71_ _ _” que são 6 (3!), assim
como os iniciados em “72_ _ _” e “73_ _ _”. Depois apa-
rece o iniciado com “781_ _” que são 2 números, assim
como o “782 _ _”. O próximo já será o 78312. Somando:
24+24+24+6+6+6+2+2=94. Logo, ele será o 95ª número.
2. Quantas senhas com 4 algarismos diferentes podemos
escrever com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8,e 9?
Resposta: Esse exercício pode ser feito tanto com a fórmu-
la, quanto usando a princípio fundamental da contagem.
1ª maneira: usando o princípio fundamental da contagem.
Como o exercício indica que não ocorrerá repetição nos
algarismos que irão compor a senha, então teremos a
seguinte situação:
• 9 opções para o algarismo das unidades;
• 8 opções para o algarismo das dezenas, visto que já
utilizamos 1 algarismo na unidade e não pode repetir;
• 7 opções para o algarismo das centenas, pois já utiliza-
mos 1 algarismo na unidade e outro na dezena;
• 6 opções para o algarismo do milhar, pois temos que
tirar os que já usamos anteriormente.
Assim, o número de senhas será dado por:
9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6 = 3 024 senhas
2ª maneira: usando a fórmula
Para identificar qual fórmula usar, devemos perceber
que a ordem dos algarismos é importante. Por exemplo
1234 é diferente de 4321, assim iremos usar a fórmula
de arranjo.
Então, temos 9 elementos para serem agrupados de 4 a
4. Desta maneira, o cálculo será:
A9,4 =
9!
9− 4 ! =
9!
5! =
9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5!
5! = 3024 senhas
BINÔMIO DE NEWTON
1.Definição
Denomina-se Binômio de Newton, a todo binômio da
forma , sendo n um número natural.
Ex: 3x − 2y 4 , onde a = 3x, b = −2y e n = 4
Primeiramente, vamos desenvolver alguns binômios,
variando o seu grau (exponente):
a + b 0 = 1
a + b 1 = a + b
a + b 2 = a2 + 2ab + b2
a + b 3 = a3 + 3a
2
b + 3ab
2
+ b
3
a + b 4 = a4 + 4a
3
b + 6a
2b2 + 4ab
3
+ b
4
a + b 5 = a5 + 5a
4
b + 10a
3b2 + 10a2b3 + 5ab4 + b5
Observe que, conforme o grau do binômio é aumen-
tado, a quantidade de termos aumenta, mas que certo
padrão é seguido. Observando os coeficientes dos termos
desenvolvidos, temos o seguinte padrão:
a + b 0 1
a + b 1 1 1
74
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
a + b 2 1 2 1
a + b 3 1 3 3 1
a + b 4 1 4 6 4 1
a + b 5 1 5 10 10 5 1
Esse padrão é conhecido como Triângulo de Pascal e
pode ser expandido da seguinte forma: Os termos das pon-
tas (primeiro e último) serão sempre iguais a 1 e os termos
interiores serão sempre a soma dos dois termos correspon-
dentes da linha anterior. Vamos desenvolver os coeficientes
dos termos para , lembrando que ele terá 1 termo a mais:
a + b 5 1 5 10 10 5 1
a + b 6 1 1
Com o primeiro e último termos iguais a 1, vamos agora
efetuar as somas para encontrar os termos seguintes:
a + b 5 1 5 10 10 5 1
a + b 6 1 1+5=6 1
Analogamente:
Terceiro termo:
a + b 5 1 5 10 10 5 1
a + b 6 1 6 5+10=15 1
Quarto termo:
a + b 5 1 5 10 10 5 1
a + b 6 1 6 15 5+10=15 1
Quinto termo:
a + b 5 1 5 10 10 5 1
a + b 6 1 6 15 20 5+10=15 1
Sexto termo:
a + b 5 1 5 10 10 5 1
a + b 6 1 6 15 20 15 5+1=6 1
Assim, seguindo o padrão de soma, consegue-se cons-
truir qualquer linha do triângulo. Expandindo até o expoen-
te 10, temos que:
Obviamente, se tivermos um expoente alto, gastaría-
mos muito tempo para montar todo o triângulo. Para resol-
ver este problema, os conceitos de fatorial são bem úteis.
Relembrando a fórmula da combinação:
Cn,p =
n
p =
n!
p! n − p !
Temos que o triângulo de Pascal pode ser reescrito da
seguinte forma:
Ou seja, dado o expoente, você tem o valor de “n”. O valor de
“p” será em função de qual termo você deseja obter o coeficiente.
Observe que se desejar o 5° termo de um binômio desen-
volvido, você terá p = 4, ou seja, não possui a mesma corres-
pondência direta que temos em cada linha com o valor de n.
2.Fórmula do termo geral de um Binômio de Newton
Agora que sabemos como obter cada coeficiente, falta
responder se há algum padrão para os expoentes de “a” e
“b” quando o binômio é desenvolvido.
Um termo genérico Tp+1 do desenvolvimento de
a + b n , sendo um número natural, é dado por:
75
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
T
p+1
=
n
p ∙ a
n – p ∙ bp
Essa expressão pode obter qualquer termo de qualquer
expoente de um determinado binômio. Basta aplicarmos
adequadamente a fórmula, usando os valores de “n” e “p”,
além de identificarmos quem são os termos “a” e “b”.
Ex: 4° termo de a + b 5
Aplicando a fórmula, temos então que p + 1 = 4 → p = 3
e n=5:
T
4
=
5
3 ∙ a
5−3 ∙ b3 =
5!
3! 5 − 3 ! a
2b3 = 10a2b3
Se você observar os exemplos anteriores, verá que este
é exatamente o valor do termo do desenvolvimento.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. Determine o 7º termo do binômio 2x + 1 9 .
Resposta: 672x
3
. Desenvolvendo o termo geral para
a = 2x, b = 1, n = 9 e p + 1 = 7 → p = 6 , chega-se ao
resultado.
2.Qual o termo médio do desenvolvimento de 2x + 3y
8
?
Resposta: 90720x
4y4 . Desenvolve-se o termo geral
para a = 2x, b = 3y, n = 8 . Além disso, para n=8, o bi-
nômio desenvolvido terá 9 termos, portanto o termo do
meio será o quinto termo, logo e p + 1 = 5 → p = 4.
3. Desenvolvendo o binômio 2x − 3y 3n , obtemos um po-
linômio de 16 termos. Qual o valor de n?
Resposta: 5 Se o binômio desenvolvido possui 16 ter-
mos, seu grau será um dígito anterior a esse número, ou
seja 15. Assim, 3n=15.
4. Determine o termo independente de x no desenvolvi-
mento de x + 1x
6
..
Resposta: 20. Problema clássico de binômio de Newton,
o termo independente será aquele onde os expoentes
de e são iguais, pois neste caso o x se cancela, restando
apenas números.
Para resolver, basta igualar os expoentes de “a” e “b” do
termo geral: n-p=p→n=2p. . Resolvendo para a=x, b = 1x
e n=6, temos p=3→p+1=4, ou seja, o termo indepen-
dente é o quarto termo do desenvolvimento.
PROBABILIDADE A) EXPERIMENTO
ALEATÓRIO, ESPAÇO AMOSTRAL, EVENTO.
B) PROBABILIDADE EM ESPAÇOS
AMOSTRAIS EQUIPROVÁVEIS.
C) PROBABILIDADE DA UNIÃO E
INTERSEÇÃO DE EVENTOS.
D) PROBABILIDADE CONDICIONAL.
E) EVENTOS INDEPENDENTES.
PROBABILIDADE
1. Ponto Amostral, Espaço Amostral e Evento
Em uma tentativa com um número limitado de
resultados, todos com chances iguais, devemos considerar
três definições fundamentais:
Ponto Amostral: Corresponde a qualquer um dos
resultados possíveis.
Espaço Amostral: Corresponde ao conjunto dos
resultados possíveis; será representado por S e o número
de elementos do espaço amostra por n(S).
Evento: Corresponde a qualquer subconjunto do
espaço amostral; será representado por A e o número de
elementos do evento por n(A).
Os conjuntos S e Ø também são subconjuntos de S,
portanto são eventos.
Ø = evento impossível.
S = evento certo.
2. Conceito de Probabilidade
As probabilidades têm a função de mostrar a chance
de ocorrência de um evento. A probabilidade de ocorrer
um determinado evento A, que é simbolizada por P(A), de
um espaço amostral S≠Ø , é dada pelo quociente entre
o número de elementos A e o número de elemento S.
Representando:
P A =
n(A)
N(S)
Ex: Ao lançar um dado de seis lados, numerados de 1 a
6, e observar o lado virado para cima, temos:
a) um espaço amostral, que seria o conjunto S
{1,2,3,4,5,6}..
b) um evento número par, que seria o conjunto A1 =
{2,4,6} C S.
c) o número de elementos do evento número par é
n(A1) = 3.
d) a probabilidade do evento número par é 1/2, pois
P A =
n(A1)
N(S) =
3
6 =
1
2
76
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
3.Propriedades de um Espaço Amostral Finito e Não
Vazio
a) Em um evento impossível a probabilidade é igual a
zero. Em um evento certo S a probabilidade é igual a
1. Simbolicamente: P(Ø ) = 0 e P(S)= 1
b) Se A for um evento qualquer de S, neste caso: 0 ≤
P(A) ≤ 1.
c) Se A for o complemento de A em S, neste caso P(A)
= 1 - P(A)
4. Demonstração das PropriedadesConsiderando S como um espaço finito e não vazio, temos:
�A ∪ A
� = S
A ∩ A� = ∅
5.União de Eventos
Considere A e B como dois eventos de um espaço
amostral S, finito e não vazio, temos:
n(A∪B)=n(A)+n(B)-n(A∩B)↔
↔
n(A ∪ B)
n(S) =
n(A)
n(S) +
n(B)
n(S) −
n(A ∩ B)
n(S)
Logo: P(A ∪ B) = P(A) + P(B) - P(A ∩ B)
6. Eventos Mutuamente Exclusivos
Considerando que A ∩ B, nesse caso A e B serão
denominados mutuamente exclusivos. Observe que A ∩ B
= 0, portanto: P(A ∪ B) = P(A) + P(B). Quando os eventos
A
1
, A
2
, A
3
, … , A
n de S forem, de dois em dois, sempre
mutuamente exclusivos, nesse caso temos, analogicamente:
P(A
1 ∪ A2 ∪ A3 ∪ … ∪ An) = P(A1) + P(A2) + P(A3) + . . . + P(An)
7. Eventos Exaustivos
Quando os eventos A
1
, A
2
, A
3
, … , A
n
de S forem,
de dois em dois, mutuamente exclusivos, estes serão
denominados exaustivos se:
A
1 ∪ A2 ∪ A3 ∪ …∪ An = S
NOÇÕES DE ESTATÍSTICA
A) POPULAÇÃO E AMOSTRA.
B) FREQUÊNCIA ABSOLUTA E FREQUÊNCIA
RELATIVA.
C) MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL:
MÉDIA ARITMÉTICA, MÉDIA ARITMÉTICA
PONDERADA, MEDIANA
E MODA.
ESTATÍSTICA
1.Definições Básicas
Estatística: ciência que tem como objetivo auxiliar
na tomada de decisões por meio da obtenção, análise,
organização e interpretação de dados.
População: conjunto de entidades (pessoas, objetos,
cidades, países, classes de trabalhadores, etc.) que
apresentem no mínimo uma característica em comum.
Exemplos: pessoas de uma determinada cidade, preços
de um produto, médicos de um hospital, estudantes que
prestam determinado concurso, etc.
Amostra: É uma parte da população que será objeto
do estudo. Como em muitos casos não é possível estudar
a população inteira, estuda-se uma amostra de tamanho
significativo (há métodos para determinar isso) que retrate o
comportamento da população. Exemplo: pesquisa de intenção
de votos de uma eleição. Algumas pessoas são entrevistadas
e a pesquisa retrata a intenção de votos da população.
Variável: é o dado a ser analisado. Aqui, será chamado
de e cada valor desse dado será chamado de . Essa variável
pode ser quantitativa (assume valores) ou qualitativa
(assume características ou propriedades).
2. Medidas de tendência central
São medidas que auxiliam na análise e interpretação
de dados para a tomada de decisões. As três medidas de
tendência central são:
77
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
Média aritmética simples: razão entre a soma de todos os valores de uma mostra e o número de elementos da amostra.
Expressa por . Calculada por:
x� =
∑xi
n
Média aritmética ponderada: muito parecida com média aritmética simples, porém aqui cada variável tem um peso
diferente que é levado em conta no cálculo da média.
x� =
∑xipi
∑pi
Mediana: valor que divide a amostra na metade. Em caso de número para de elementos, a mediana é a média entre os
elementos intermediários
Moda: valor que aparece mais vezes dentro de uma amostra.
Ex: Dada a amostra {1,3,1,2,5,7,8,7,6,5,4,1,3,2} calcule a média, a mediana e a moda.
Solução
Média:
x� =
1 + 3 + 1 + 2 + 5 + 7 + 8 + 7 + 6 + 5 + 4 + 1 + 3 + 2
14 =
55
14 = 3,92
Mediana:
Inicialmente coloca-se os valores em ordem crescente:
{1,1,1,2,2,3,3,4,5,5,6,7,7,8}
Como a amostra tem 14 valores (número par), os elementos intermediários são os 7º e 8º elementos. Nesse exemplo,
são os números 3 e 4. Portanto, a mediana é a média entre eles: 3+4
2 =
7
2 = 3,5
Moda:
O número que aparece mais vezes é o número 1 e, portanto, é a moda da amostra nesse exemplo.
Ex: Dada a amostra {2,4,8,10,15,6,9,11,7,4,15,15,11,6,10} calcule a média, a mediana e a moda.
Solução:
Média:
x� =
2 + 4 + 8 + 10 + 15 + 6 + 9 + 11 + 7 + 4 + 15 + 15 + 11 + 6 + 10
15 =
133
14 = 8,867
Mediana:
Inicialmente coloca-se os valores em ordem crescente
{2,4,4,6,6,7,8,9,10,10,11,11,15,15,15}
Como a amostra tem 15 valores (número par), o elemento intermediário é o 8º elemento. Logo, a mediana é igual a 9.
Moda:
O número que aparece mais vezes é o número 15 e, portanto, é a moda da amostra nesse exemplo.
Ex: A média de uma disciplina é calculada por meio da média ponderada de três provas. A primeira tem peso 3, a
segunda tem peso 4 e a terceira tem peso 5. Calcule a média de um aluno que obteve nota 8 na primeira prova, 5 na
segunda e 6 na terceira.
78
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
Solução:
Trata-se de um caso de média aritmética ponderada.
x� =
∑xipi
∑pi
=
3 ∙ 8 + 4 ∙ 5 + 5 ∙ 6
3 + 4 + 5 =
74
12 = 6,167
3. Tabelas e Gráficos
3.1.Tabelas
Tabelas podem ser utilizadas para expressar os mais diversos tipos de dados. O mais importante é saber interpretá-las e
para isso é conveniente saber como uma tabela é estruturada. Toda tabela possui um título que indica sobre o que se trata
a tabela. Toda tabela é dividida em linhas e colunas onde, no começo de uma linha ou de uma coluna, está indicado qual o
tipo de dado que aquela linha/coluna exibe.
Ex:
Tabela 1 - Número de estudantes da Universidade ALFA divididos por curso
Curso Número de Estudantes
Administração 2000
Arquitetura 1450
Direito 2500
Economia 1800
Enfermagem 800
Engenharia 3500
Letras 750
Medicina 1500
Psicologia 1000
TOTAL 15300
Nesse caso, as colunas são: curso e número de estudantes e cada linha corresponde a um dos cursos da Universidade
com o respectivo número de alunos de cada curso.
Tabela 2 - Número de estudantes da Universidade ALFA divididos por curso e gênero
Curso Gênero Número de Estudantes
Administração
Homem 1200
Mulher 800
Arquitetura
Homem 850
Mulher 600
Direito
Homem 1600
Mulher 900
Economia
Homem 800
Mulher 1000
Enfermagem
Homem 350
Mulher 450
Engenharia
Homem 2500
Mulher 1000
Letras
Homem 200
Mulher 550
79
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
Medicina
Homem 700
Mulher 800
Psicologia
Homem 400
Mulher 600
TOTAL 15300
Nesse caso, as colunas são: curso, gênero e número de estudantes e cada linha corresponde a um dos cursos da
Universidade com o respectivo número de alunos de cada curso separados por gênero.
Acima foram exibidas duas tabelas como exemplos. Há uma infinidade de tabelas cada uma com sua particula-
ridade o que torna impossível exibir todos os tipos de tabelas aqui. Porém em todas será necessário identificar
linhas, colunas e o que cada valor exibido representa.
#FicaDica
3.2. Gráficos
Para falar de gráficos em estatística é importante apresentar o conceito de frequência.
Frequência: Quantifica a repetição de valores de uma variável estatística.
Tipos de frequência
Absoluta: mede a quantidade de repetições.
Ex. Dos 30 alunos, seis tiraram nota 6,0. Essa nota possui freqüência absoluta:
fi = 4
Relativa: Relaciona a quantidade de repetições com o total (expresso em porcentagem)
Ex. Dos 30 alunos, seis tiraram nota 6,0. Essa nota possui freqüência relativa:
fr =
6
30 ∙ 100 = 20%
4. Tipos de Gráficos
Gráficos de coluna: gráficos que têm como objetivo atribuir quantidades a certos tipos de grupos. Na horizontal são
apresentados os grupos (dados qualitativos) dos quais deseja-se apresentar dados enquanto na vertical são apresentados
os valores referentes a cada grupo (dados quantitativos ou frequências absolutas)
Ex: A Universidade ALFA recebe estudantes do mundo todo. A seguir há um gráfico que mostra a quantidade de
estudantes separados pelos seus continentes de origem:
0
100
200
300
400
500
600
700
América do
Norte
América do
Sul
América
Central
Europa Ásia África Oceania
Estudantes da Universidade ALFA
80
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
Gráficos de barras: gráficos bastante similares aos de
colunas, porém, nesse tipo de gráfico, na horizontal são
apresentados os valores referentes a cada grupo (dados
quantitativos) enquanto na vertical são apresentados os
grupos (dados qualitativos)
Ex: A Universidade ALFA recebe estudantes do mundo
todo. A seguir há um gráfico que mostra a quantidade de
estudantes separados pelos seus continentes de origem:
0 100 200 300 400 500 600 700
América do Norte
América do Sul
América Central
Europa
Ásia
África
Oceania
Estudantes da Universidade ALFA
Gráficos de linhas: gráficosnos quais são exibidas séries
históricas de dados e mostram a evolução dessas séries ao
longo do tempo.
Ex: A Universidade ALFA tem 10 anos de existências e
seu reitor apresentou um gráfico mostrando o número de
alunos da Universidade ao longo desses 10 anos.
0
500
1000
1500
2000
2500
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Estudantes da Universidade ALFA ao longo de 10 anos
Gráficos em pizzas: gráficos nos quais são expressas
relações entre grandezas em relação a um todo. Nesse
gráfico é possível visualizar a relação de proporcionalidade
entre as grandezas. Recebe esse nome pois lembram uma
pizza pelo formato redondo com seus pedaços (frequências
relativas).
Ex: A Universidade ALFA recebe estudantes do mundo
todo. A seguir há um gráfico que mostra a distribuição de
estudantes de acordo com seus continentes de origem
630
520
150
440
260
150
30
Estudantes da Universidade ALFA
América do Norte América do Sul América Central Europa Ásia África Oceania
Ex: Foi feito um levantamento do idioma falado pelos
alunos de um curso da Universidade ALFA.
Frequências absolutas:
Frequências relativas:
81
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (SEGEP-MA - Técnico da Receita Estadual – FCC/2016)
Três funcionários do Serviço de Atendimento ao Cliente de
uma loja foram avaliados pelos clientes que atribuíram uma
nota (1; 2; 3; 4; 5) para o atendimento recebido. A tabela
mostra as notas recebidas por esses funcionários em um
determinado dia.
Considerando a totalidade das 95 avaliações desse dia, é
correto afirmar que a média das notas dista da moda des-
sas mesmas notas um valor absoluto, aproximadamente,
igual a:
a) 0,33
b) 0,83
c) 0,65
d) 0,16
e) 0,21
Resposta: Letra c.Trata-se de um caso de média aritmé-
tica ponderada. Considerando as 95 avaliações, o peso
de cada uma das notas é igual ao total de pessoas que
atribuiu a nota. Analisando a tabela
8 pessoas atribuíram nota 1
18 pessoas atribuíram nota 2
21 pessoas atribuíram nota 3
29 pessoas atribuíram nota 4
19 pessoas atribuíram nota 5
Assim, a média das 95 avaliações é calculada por:
x� =
8 ∙ 1 + 18 ∙ 2 + 21 ∙ 3 + 29 ∙ 4 + 19 ∙ 5
8 + 18 + 21 + 29 + 19 =
318
95 = 3,34
2. (UFC - 2016) A média aritmética das notas dos alunos
de uma turma formada por 25 meninas e 5 meninos é igual
a 7. Se a média aritmética das notas dos meninos é igual a
6, a média aritmética das notas das meninas é igual a:
a) 6,5
b) 7,2
c) 7,4
d) 7,8
e) 8,0
Resposta: Letra B. Primeiramente, será identificada
a soma das notas dos meninos por x e a da nota das
meninas por y. Se a turma tem 5 meninos e a média
aritmética de suas notas é igual a 6, então a soma das
notas dos meninos (x) dividida pela quantidade de me-
ninos (5) deve ser igual a 6, isto é:
x
5 = 6
x = 6 ∙ 5
x = 30
Do mesmo modo, se a turma tem 25 meninas
(Me é a média aritmética de suas notas), o quociente
da soma das notas das meninas (y) e a quantidade de
meninas (25) deve ser igual a Me, isto é:
(x + y)/(25+5) = 7
y = 25∙Me
Para calcular a média da turma, devemos somar as notas
dos meninos (30) às notas das meninas (y) e dividir pela
quantidade de alunos (25 + 5 = 30). O resultado deverá
ser 7. Sendo assim, temos:
x + y
25 + 5 = 7
30 + 25 ∙ Me
30 = 7
30 + 25 ∙ Me = 7 • 30
30 + 25 ∙ Me = 210
25 ∙ Me = 210 – 30
25 ∙ Me = 180
Me = 7,2
Portanto, a média aritmética das notas das meninas
é 7,2. A alternativa correta é a letra b.
Então, logo:
�P A1 ∪ A2 ∪⋯∪ An = P A1 + P A2 + ⋯+ P(An)P A1 ∪ A2 ∪⋯An = P S = 1
Portanto:
P(A
1
) + P(A
2
) + P(A
3
) + . . . + P(A
n
) = 1
8. Probabilidade Condicionada
Considere dois eventos A e B de um espaço amostral S,
finito e não vazio. A probabilidade de B condicionada a A é
dada pela probabilidade de ocorrência de B sabendo que
já ocorreu A. É representada por P(B/A).
82
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
Veja: P(B/A) =
n(A ∩ B)
n(A)
9. Eventos Independentes
Considere dois eventos A e B de um espaço amostral
S, finito e não vazio. Estes serão independentes somente
quando:
P(A/B) = P(A)
P(B/A) = P(B)
10. Intersecção de Eventos
Considerando A e B como dois eventos de um espaço
amostral S, finito e não vazio, logo:
P(B/A) =
n(A ∩ B)
n(A) =
n A ∩ B + n(S)
n A + n(S) =
P(A ∩ B)
P(A)
P(A/B) =
n(A ∩ B)
n(B) =
n A ∩ B + n(S)
n B + n(S) =
P(A ∩ B)
P(B)
Assim sendo:
P(A ∩ B) = P(A) ∙ P(B/A)
P A ∩ B = P B ∙ P(A/B)
Considerando A e B como eventos independentes, logo
P(B/A) = P(B), P(A/B) = P(A), sendo assim: P(A ∩ B) = P(A)∙
P(B). Para saber se os eventos A e B são independentes,
podemos utilizar a definição ou calcular a probabilidade de
A ∩ B. Veja a representação:
A e B independentes ↔ P(A/B) = P(A) ou
A e B independentes ↔ P(A ∩ B) = P(A) ∙ P(B)
FIQUE ATENTO!
Um exercício de probabilidade pode envolver
aspectos relativos à análise combinatória. É
importante ter em mente a diferença concei-
tual que existe entre ambos.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1.Uma bola será retirada de uma sacola contendo 5 bolas
verdes e 7 bolas amarelas. Qual a probabilidade desta bola
ser verde?
Resposta: 5/12. Neste exercício o espaço amostral pos-
sui 12 elementos, que é o número total de bolas, portan-
to a probabilidade de ser retirada uma bola verde está
na razão de 5 para 12.
Sendo S o espaço amostral e E o evento da retirada de
uma bola verde, matematicamente podemos represen-
tar a resolução assim:
P E =
n E
n S
P E =
5
12
Logo, a probabilidade desta bola ser verde é 5/12.
2. (IBGE – Analista Censitário – FGV/2017) Entre os cinco
números 2, 3, 4, 5 e 6, dois deles são escolhidos ao acaso
e o produto deles dois é calculado. A probabilidade desse
produto ser um número par é:
a) 60%
b) 75%
c) 80%
d) 85%
e) 90%
Resposta: Letra E. Para sabermos o tamanho do es-
paço amostral, basta calcularmos a combinação dos
5 elementos tomados 2 a 2 (a ordem não impor-
ta, pois a ordem dos fatores não altera o produto):
C5,2 =
5!
2! 3! =
5 ∙ 4
2 = 10
.
Para o produto ser par, os dois números escolhidos de-
verão ser par ou um deles é par. O único caso onde o
produto não dá par é quando os dois números são ím-
pares. Assim, apenas o produto 3 5 não pode ser es-
colhido. Logo, se 1/10 = 10% não terá produto par, os
outros 90% terão.
GRÁFICOS E TABELAS
Os gráficos e tabelas apresentam o cruzamento entre
dois dados relacionados entre si.
A escolha do tipo e a forma de apresentação sempre
vão depender do contexto, mas de uma maneira geral um
bom gráfico deve:
-Mostrar a informação de modo tão acurado quanto
possível.
83
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
-Utilizar títulos, rótulos, legendas, etc. para tornar claro
o contexto, o conteúdo e a mensagem.
-Complementar ou melhorar a visualização sobre as-
pectos descritos ou mostrados numericamente atra-
vés de tabelas.
-Utilizar escalas adequadas.
-Mostrar claramente as tendências existentes nos da-
dos.
1. Tipos de gráficos
Barras- utilizam retângulos para mostrar a quantidade.
Barra vertical
Fonte: tecnologia.umcomo.com.br
Barra horizontal
Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br
Histogramas
São gráfico de barra que mostram a frequência de uma
variável específica e um detalhe importante que são faixas
de valores em x.
Setor ou pizza- Muito útil quando temos um total e
queremos demonstrar cada parte, separando cada pedaço
como numa pizza.
Fonte: educador.brasilescola.uol.com.br
Linhas- É um gráfico de grande utilidade e muito co-
mum na representação de tendências e relacionamentos
de variáveis
84
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
Pictogramas – são imagens ilustrativas para tornar mais
fácil a compreensão de todos sobre um tema.
Da mesma forma, as tabelas ajudam na melhor visuali-
zação de dados e muitas vezes é através dela que vamos
fazer os tipos de gráficos vistos anteriormente.
Podem ser tabelas simples:
Quantos aparelhos tecnológicos você tem na sua casa?
aparelho quantidade
televisão 3
celular 4
Geladeira 1
Até as tabelas que vimos nos exercícios de raciocínio
lógico
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (TJ/RS- TÉCNICO JUDICIÁRIO – FAURGS/2017) Na
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, re-
alizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), foram obtidos os dados da taxa de desocupação da
população em idade para trabalhar. Esses dados, em por-
centagem, encontram-se indicados na apresentação gráfi-
ca abaixo, ao longo de trimestres de 2014 a 2017.
Dentre as alternativas abaixo, assinale a que apresenta a
melhor aproximação para o aumento percentual da taxa de
desocupação do primeiro trimestre de 2017 em relação à
taxa de desocupação do primeiro trimestre de 2014.
a) 15%.
b) 25%.
c) 50%.
d) 75%.
e) 90%.
Resposta: Letra E.
13,7/7,2=1,90
Houve um aumento de 90%.
2. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO - VU-
NESP/2017) A tabela seguinte, incompleta, mostra a dis-
tribuição, percentual e quantitativa, da frota de uma em-
presa de ônibus urbanos, de acordo com o tempo de uso
destes.
O número total de ônibus dessa empresa é
a) 270.
b) 250.
c) 220
d) 180.
e) 120.
Resposta: Letra D
81+27=108
108 ônibus somam 60%(100-35-5)
108-----60
x--------100
x=10800/60=180
3. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO - VU-
NESP/2017) O gráfico mostra o número de carros vendi-
dos por uma concessionária nos cinco dias subsequentes à
veiculação de um anúncio promocional.
85
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
O número médio de carros vendidos por dia nesse período
foi igual a
a) 10.
b) 9.
c) 8.
d) 7.
e) 6.
Resposta: Letra C.
4. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VUNESP/2017)
Uma professora elaborou um gráfico de setores para repre-
sentar a distribuição, em porcentagem, dos cinco conceitos
nos quais foram agrupadas as notas obtidas pelos alunos
de uma determinada classe em uma prova de matemática.
Observe que, nesse gráfico, as porcentagens referentes a
cada conceito foram substituídas por x ou por múltiplos e
submúltiplos de x.
Analisando o gráfico, é correto afirmar que a medida do
ângulo interno correspondente ao setor circular que repre-
senta o conceito BOM é igual a
a) 144º.
b) 135º.
c) 126º
d) 117º
e) 108º.
Resposta: Letra A.
X+0,5x+4x+3x+1,5x=360
10x=360
X=36
Como o conceito bom corresponde a 4x: 4x36=144°
5. (TCE/PR – CONHECIMENTOS BÁSICOS – CES-
PE/2016)
Tendo como referência o gráfico precedente, que mostra
os valores, em bilhões de reais, relativos à arrecadação de
receitas e aos gastos com despesas do estado do Paraná
nos doze meses do ano de 2015, assinale a opção correta.
a) No ano considerado, o segundo trimestre caracterizou-
-se por uma queda contínua na arrecadação de receitas,
situação que se repetiu no trimestre seguinte.
b) No primeiro quadrimestre de 2015, houve um período
de queda simultânea dos gastos com despesas e da ar-
recadação de receitas e dois períodos de aumento si-
multâneo de gastos e de arrecadação.
c) No último bimestre do ano de 2015, foram registrados
tanto o maior gasto com despesas quanto a maior arre-
cadação de receitas.
d) No ano em questão, janeiro e dezembro foram os únicos
meses em que a arrecadação de receitas foi ultrapassada
por gastos com despesas.
e) A menor arrecadação mensal de receitas e o menor gasto
mensal com despesas foram verificados, respectivamente,
no primeiro e no segundo semestre do ano de 2015.
Resposta: Letra B.
Analisando o primeiro quadrimestre, observamos que os
dois primeiros meses de receita diminuem e os dois meses
seguintes aumentam, o mesmo acontece com a despesa.
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M
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EM
[ Á
TI
CA
6. (BRDE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – FUNDA-
TEC/2015) Assinale a alternativa que representa a nomen-
clatura dos três gráficos abaixo, respectivamente.
a) Gráfico de Setores – Gráfico de Barras – Gráfico de Linha.
c) Gráfico de Pareto – Gráfico de Pizza – Gráfico de Ten-
dência.
c) Gráfico de Barras – Gráfico de Setores – Gráfico de Linha.
d) Gráfico de Linhas – Gráfico de Pizza – Gráfico de Barras.
e) Gráfico de Tendência – Gráfico de Setores – Gráfico de
Linha.
Resposta: Letra C.
Como foi visto na teoria, gráfico de barras, de setores ou
pizza e de linha
7. (TJ/SP – ESTATÍSTICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2015)
A distribuição de salários de uma empresa com 30 funcio-
nários é dada na tabela seguinte.
Salário (em salários mínimos) Funcionários
1,8 10
2,5 8
3,0 5
5,0 4
8,0 2
15,0 1
Pode-se concluir que
a) o total da folha de pagamentos é de 35,3 salários.
b) 60% dos trabalhadores ganham mais ou igual a 3 salá-
rios.
c) 10% dos trabalhadores ganham mais de 10 salários.
d) 20% dos trabalhadores detêm mais de 40% da renda
total.
e) 60% dos trabalhadores detêm menos de 30% da renda
total.
Resposta: Letra D.
a) 1,8x10+2,5x8+3,0x5+5,0x4+8,0x2+15,0x1=104 salá-
rios
b) 60% de 30=18 funcionários e se juntarmos quem ga-
nha mais de 3 salários (5+4+2+1=12)
c)10% de 30=0,1x30=3 funcionários
E apenas 1 pessoa ganha
d) 40% de 104=0,4x104= 41,6
20% de 30=0,2x30=6
5x3+8x2+15x1=46, que já é maior.
e) 60% de 30=0,6x30=18
30% de 104=0,3x104=31,20da renda: 31,20
8. (TJ/SP – ESTATÍSTICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2015)
Considere a tabela de distribuição de frequência seguinte,
em que xi é a variável estudada e fi é a frequência absoluta
dos dados.
xi fi
30-35 4
35-40 12
40-45 10
45-50 8
50-55 6
TOTAL 40
Assinale a alternativa em que o histograma é o que melhor
representa a distribuição de frequência da tabela.
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a)
b)
c)
d)
e)
Resposta: Letra A.
Colocando em ordem crescente: 30-35, 50-55, 45-50,
40-45, 35-40,
9. (DEPEN – AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL –
CESPE/2015)
Ministério da Justiça — Departamento Penitenciário Nacional
— Sistema Integrado de Informações Penitenciárias – InfoPen,
Relatório Estatístico Sintético do Sistema Prisional Brasileiro,
dez./2013 Internet:<www.justica.gov.br> (com adaptações)
A tabela mostrada apresenta a quantidade de detentos no sistema
penitenciário brasileiro por região em 2013. Nesse ano, o déficit re-
lativo de vagas — que se define pela razão entre o déficit de vagas
no sistema penitenciário e a quantidade de detentos no sistema pe-
nitenciário — registrado em todo o Brasil foi superior a 38,7%, e, na
média nacional, havia 277,5 detentos por 100 mil habitantes.
Com base nessas informações e na tabela apresentada, jul-
gue o item a seguir.
Em 2013, mais de 55% da população carcerária no Brasil se
encontrava na região Sudeste.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Resposta: CERTA.
555----100%
x----55%
x=305,25
Está correta, pois a região sudeste tem 306 pessoas.
10. (DEPEN – AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL –
CESPE/2015)
A partir das informações e do gráfico apresentados, julgue
o item que se segue.
Se os percentuais forem representados por barras verticais,
conforme o gráfico a seguir, então o resultado será deno-
minado histograma.
( ) CERTO ( ) ERRADO
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Referências
http://www.galileu.esalq.usp.br
ESTATÍSTICA DESCRITIVA
1. Teste de Hipóteses
Definição: Processo que usa estatísticas amostrais para
testar a afirmação sobre o valor de um parâmetro popula-
cional.
Para testar um parâmetro populacional, você deve afir-
mar cuidadosamente um par de hipóteses – uma que re-
presente a afirmação e outra, seu complemento. Quando
uma é falsa, a outra é verdadeira.
Uma hipótese nula H0 é uma hipótese estatística que
contém uma afirmação de igualdade, tal como ≤, =, ≥
A hipótese alternativa Ha é o complemento da hipótese
nula. Se H0 for falsa, Ha deve ser verdadeira, e contém afir-
mação de desigualdade, como <, ≠, >.
Vamos ver como montar essas hipóteses
Um caso bem simples.
Assim, fica fácil, se H0 for falsa, Ha é verdadeira
Há uma regrinha para formular essas hipóteses
Formulação verbal
H0
A média é
Formulação
Matemática
Formulação
verbal Ha
A média é
...maior ou igual
a k.
....pelo menos k.
...não menos que
k.
...menor que k
... abaixo de k
...menos que k.
...menor ou igual
a k.
....no máximo k.
...não mais que k.
..maior que k
... acima de k
...mais do que
k.
... igual a k.
.... k.
...exatamente k.
... não igual
a k.
.... diferentede k.
...não k.
Exemplo: Um fabricante de torneiras anuncia que o
índice médio de fluxo de água de certo tipo de torneira é
menor que 2,5 galões por minuto.
Referências
Larson, Ron. Estatística Aplicada. 4ed – São Paulo: Pear-
son Prentice Hall, 2010.
FREQUÊNCIAS
A primeira fase de um estudo estatístico consiste em
recolher, contar e classificar os dados pesquisados sobre
uma população estatística ou sobre uma amostra dessa
população.
1. Frequência Absoluta
É o número de vezes que a variável estatística assume
um valor.
1.1. Frequência Relativa
É o quociente entre a frequência absoluta e o número
de elementos da amostra.
Na tabela a seguir, temos exemplo dos dois tipos:
1.2. Distribuição de frequência sem intervalos de
classe:
É a simples condensação dos dados conforme as repe-
tições de seu valores. Para um ROL de tamanho razoável
esta distribuição de frequência é inconveniente, já que exi-
ge muito espaço. Veja exemplo abaixo:
Dados Frequência
41 3
42 2
43 1
44 1
45 1
46 2
89
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
50 2
51 1
52 1
54 1
57 1
58 2
60 2
Total 20
1.3. Distribuição de frequência com intervalos de
classe:
Quando o tamanho da amostra é elevado é mais racio-
nal efetuar o agrupamento dos valores em vários intervalos
de classe.
Classes Frequências
41 |------- 45 7
45 |------- 49 3
49 |------- 53 4
53 |------- 57 1
57 |------- 61 5
Total 20
2. Média aritmética
Média aritmética de um conjunto de números é o valor
que se obtém dividindo a soma dos elementos pelo núme-
ro de elementos do conjunto.
Representemos a média aritmética por .
A média pode ser calculada apenas se a variável envol-
vida na pesquisa for quantitativa. Não faz sentido calcular a
média aritmética para variáveis quantitativas.
Na realização de uma mesma pesquisa estatística entre
diferentes grupos, se for possível calcular a média, ficará
mais fácil estabelecer uma comparação entre esses grupos
e perceber tendências.
Considerando uma equipe de basquete, a soma das al-
turas dos jogadores é:
Se dividirmos esse valor pelo número total de jogado-
res, obteremos a média aritmética das alturas:
A média aritmética das alturas dos jogadores é 2,02m.
2.1. Média Ponderada
A média dos elementos do conjunto numérico A relati-
va à adição e na qual cada elemento tem um “determinado
peso” é chamada média aritmética ponderada.
2.2. Mediana (Md)
Sejam os valores escritos em rol:
Sendo n ímpar, chama-se mediana o termo tal que o
número de termos da sequência que precedem é igual
ao número de termos que o sucedem, isto é, é termo
médio da sequência ( ) em rol.
Sendo n par, chama-se mediana o valor obtido pela
média aritmética entre os termos e , tais que o nú-
mero de termos que precedem é igual ao número de
termos que sucedem , isto é, a mediana é a média arit-
mética entre os termos centrais da sequência ( ) em rol.
Exemplo 1:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{12, 3, 7, 10, 21, 18, 23}
Solução:
Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se:
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio desse
rol. Logo: Md=12
Resposta: Md=12.
Exemplo 2:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{10, 12, 3, 7, 18, 23, 21, 25}.
Solução:
Escrevendo-se os elementos do conjunto em rol, tem-
-se:
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23, 25). A mediana é a média aritmé-
tica entre os dois termos centrais do rol.
Logo:
Resposta: Md=15
3. Moda (Mo)
Num conjunto de números: , chama-se
moda aquele valor que ocorre com maior frequência.
Observação:
A moda pode não existir e, se existir, pode não ser única.
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Exemplo 1:
O conjunto de dados 3, 3, 8, 8, 8, 6, 9, 31 tem moda igual
a 8, isto é, Mo=8.
Exemplo 2:
O conjunto de dados 1, 2, 9, 6, 3, 5 não tem moda.
4. Medidas de dispersão
Duas distribuições de frequência com medidas de ten-
dência central semelhantes podem apresentar característi-
cas diversas. Necessita-se de outros índices numéricas que
informem sobre o grau de dispersão ou variação dos dados
em torno da média ou de qualquer outro valor de concen-
tração. Esses índices são chamados medidas de dispersão.
5. Variância
Há um índice que mede a “dispersão” dos elementos de
um conjunto de números em relação à sua média aritmética,
e que é chamado de variância. Esse índice é assim definido:
Seja o conjunto de números , tal que é
sua média aritmética. Chama-se variância desse conjunto,
e indica-se por , o número:
Isto é:
E para amostra
Exemplo 1:
Em oito jogos, o jogador A, de bola ao cesto, apresen-
tou o seguinte desempenho, descrito na tabela abaixo:
Jogo Número de pontos
1 22
2 18
3 13
4 24
5 26
6 20
7 19
8 18
a) Qual a média de pontos por jogo?
b) Qual a variância do conjunto de pontos?
Solução:
a) A média de pontos por jogo é:
b) A variância é:
Desvio médio
1. Definição
Medida da dispersão dos dados em relação à média de
uma sequência. Esta medida representa a média das dis-
tâncias entre cada elemento da amostra e seu valor médio.
2. Desvio padrão
2.1. Definição
Seja o conjunto de números , tal que é
sua média aritmética. Chama-se desvio padrão desse con-
junto, e indica-se por , o número:
Isto é:
Exemplo:
As estaturas dos jogadores de uma equipe de basque-
tebol são: 2,00 m; 1,95 m; 2,10 m; 1,90 m e 2,05 m. Calcular:
a) A estatura média desses jogadores.
b) O desvio padrão desse conjunto de estaturas.
Solução:
Sendo a estatura média, temos:
Sendo o desvio padrão, tem-se:
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EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (CRBIO – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – VU-
NESP/2017) Uma empresa tem 120 funcionários no total:
70 possuem curso superior e 50 não possuem curso supe-
rior. Sabe-se que a média salarial de toda a empresa é de
R$ 5.000,00, e que a média salarial somente dos funcioná-
rios que possuem curso superior é de R$ 6.000,00. Desse
modo, é correto afirmar que a média salarial dos funcioná-
rios dessa empresa que não possuem curso superior é de
a) R$ 4.000,00.
b) R$ 3.900,00.
c) R$ 3.800,00.
d) R$ 3.700,00.
e) R$ 3.600,00.
Resposta: Letra E.
S=cursam superior
M=não tem curso superior
S+M=600000
S=420000
M=600000-420000=180000
2. (TJM/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU-
NESP/2017) Leia o enunciado a seguir para responder a questão.
A tabela apresenta o número de acertos dos 600 candida-
tos que realizaram a prova da segunda fase de um concur-
so, que continha 5 questões de múltipla escolha
Número de
acertos
Número de candidatos
5 204
4 132
3 96
2 78
1 66
0 24
A média de acertos por prova foi de
a) 3,57.
b) 3,43
c) 3,32.
d) 3,25.
e) 3,19.
Resposta: Letra B.
3. (PREF. GUARULHOS/SP – ASSISTENTE DE GESTÃO
ESCOLAR – VUNESP/2016) Certa escola tem 15 classes
no período matutino e 10 classes no período vespertino. O
número médio de alunos por classe no período matutino
é 20, e, no período vespertino, é 25. Considerando os dois
períodos citados, a média aritmética do número de alunos
por classe é
a) 24,5.
b) 23.
c) 22,5.
d) 22.
e) 21.
Resposta: Letra D.
M=300
V=250
4. (SEGEP/MA – TÉCNICO DA RECEITA ESTADUAL –
FCC/2016) Para responder à questão, considere as infor-
mações abaixo.
Três funcionários do Serviço de Atendimento ao Cliente de
uma loja foram avaliados pelos clientes que atribuíram uma
nota (1; 2; 3; 4; 5) para o atendimento recebido. A tabela
mostra as notas recebidas por esses funcionários em um
determinado dia.
Considerando a avaliação média individual de cada funcio-
nário nesse dia, a diferença entre as médias mais próximas
é igual a
92
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[ Á
TI
CA
a) 0,32.
b) 0,21.
c) 0,35.
d) 0,18.
e) 0,24.
Resposta: Letra B.
3,36-3,15=0,21
5. (UFES – ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO –
UFES/2017) Considere n números x1, x2, … , xn, em que
x1 ≤ x2 ≤ ⋯ ≤ xn . A mediana desses números é igual a x(n
+ 1)/2, se n for ímpar, e é igual à média aritmética de xn
⁄ 2 e x(n + 2)/2, se n for par. Uma prova composta por 5
questões foi aplicada a uma turma de 24 alunos. A tabela
seguinte relaciona o número de acertos obtidos na prova
com o número de alunos que obtiveram essenúmero de
acertos.
Número de acertos Número de alunos
0 4
1 5
2 4
3 3
4 5
5 3
A penúltima linha da tabela acima, por exemplo, indica que
5 alunos tiveram, cada um, um total de 4 acertos na prova.
A mediana dos números de acertos é igual a
a) 1,5
b) 2
c) 2,5
d) 3
e) 3,5
Resposta: Letra B.
Como 24 é um número par, devemos fazer a segunda
regra:
6. (UFAL – AUXILIAR DE BIBLIOTECA – COPEVE/2016)
A tabela apresenta o número de empréstimos de livros de
uma biblioteca setorial de um Instituto Federal, no primeiro
semestre de 2016.
Mës Empréstimos
Janeiro 15
Fevereiro 25
Março 22
Abril 30
Maio 28
Junho 15
Dadas as afirmativas,
I. A biblioteca emprestou, em média, 22,5 livros por mês.
II. A mediana da série de valores é igual a 26.
III. A moda da série de valores é igual a 15.
Verifica-se que está(ão) correta(s)
a) II, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.
Resposta: Letra D.
Mediana
Vamos colocar os números em ordem crescente
15,15,22,25,28,30
Moda é o número que mais aparece, no caso o 15.
7. (COSANPA - QUÍMICO – FADESP/2017) Algumas De-
terminações do teor de sódio em água (em mg L-1) foram
executadas (em triplicata) paralelamente por quatro labo-
ratórios e os resultados são mostrados na tabela abaixo.
Replicatas Laboratório
1 2 3 4
1 30,3 30,9 30,3 30,5
2 30,4 30,8 30,7 30,4
3 30,0 30,6 30,4 30,7
Média 30,20 30,77 30,47 30,53
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Desvio
Padrão
0,20 0,15 0,21 0,15
Utilize essa tabela para responder à questão.
O laboratório que apresenta o maior erro padrão é o
de número
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
Resposta: Letra C.
Como o desvio padrão é maior no 3, o erro padrão é
proporcional, portanto também é maior em 3.
8. (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO- ESAF/2016)
Os valores a seguir representam uma amostra
3 3 1 5 4 6 2 4 8
Então, a variância dessa amostra é igual a
a) 4,0
b) 2,5.
c) 4,5.
d) 5,5
e) 3,0
Resposta: Letra C.
9. (MPE/SP – OFICIAL DE PROMOTORIA I – VU-
NESP/2016) A média de salários dos 13 funcionários de
uma empresa é de R$ 1.998,00. Dois novos funcionários
foram contratados, um com o salário 10% maior que o do
outro, e a média salarial dos 15 funcionários passou a ser
R$ 2.013,00. O menor salário, dentre esses dois novos fun-
cionários, é igual a
a) R$ 2.002,00.
b) R$ 2.006,00.
c) R$ 2.010,00.
d) R$ 2.004,00.
e) R$ 2.008,00.
Resposta: Letra C.
Vamos chamar de x a soma dos salários dos 13 funcio-
nários
x/13=1998
X=13.1998
X=25974
Vamos chamar de y o funcionário contratado com me-
nor valor e, portanto, 1,1y o com 10% de salário maior,
pois ele ganha y+10% de y
Y+0,1y=1,1y
(x+y+1,1y)/15=2013
25974+2,1y=15∙2013
2,1y=30195-25974
2,1y=4221
Y=2010
10. (PREF. DE NITERÓI – AGENTE FAZENDÁRIO –
FGV/2015) Os 12 funcionários de uma repartição da pre-
feitura foram submetidos a um teste de avaliação de co-
nhecimentos de computação e a pontuação deles, em uma
escala de 0 a 100, está no quadro abaixo.
50 55 55 55 55 60
62 63 65 90 90 100
O número de funcionários com pontuação acima da média
é:
a) 3;
b) 4;
c) 5;
d) 6;
e) 7.
Resposta: Letra A.
M=66,67
Apenas 3 funcionários estão acima da média.
94
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SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS
A) LEI DE FORMAÇÃO DE UMA SEQUÊNCIA.
B) PROGRESSÕES ARITMÉTICAS E
GEOMÉTRICAS: TERMO GERAL, SOMA DOS
TERMOS E PROPRIEDADES.
SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS
1. Definição
O diário do professor é composto pelos nomes de seus
alunos e esses nomes obedecem a uma ordem (são es-
critos em ordem alfabética). Essa lista de nomes (diário)
pode ser considerada uma sequência. Os dias do mês são
dispostos no calendário obedecendo a certa ordem que
também é um tipo de sequência. Assim, sequências estão
presentes no nosso dia a dia com mais frequência que você
pode imaginar.
A definição formal de sequência é todo conjunto ou
grupo no qual os seus elementos estão escritos em uma
determinada ordem ou padrão. No estudo da matemáti-
ca estudamos obviamente, as sequências numéricas.
Ao representarmos uma sequência numérica, deve-
mos colocar seus elementos entre parênteses. Veja alguns
exemplos de sequências numéricas:
Ex: (2,4,6,8,10,12,…)→ números pares positivos.
Ex: (1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11...)→ números naturais.
Ex: (10,20,30,40,50...)→ números múltiplos de 10.
Ex: (10,15,20,30)→ múltiplos de 5, maiores que 5 e me-
nores que 35.
Pelos exemplos, observou-se dois tipos básicos de se-
quências:
Sequência finita: Sequência numérica onde a quanti-
dade dos elementos é finita.
Sequência infinita: Sequência que seus elementos se-
guem ao infinito.
2. Representação
Em uma sequencia numérica qualquer, o primeiro ter-
mo será representado por uma letra minúscula seguido
de sua posição na sequência. Assim, o primeiro termo é
representado por , o segundo termo é , o terceiro e assim
por diante.
FIQUE ATENTO!
Em uma sequência numérica finita desconhe-
cida, o último elemento (chamado por exem-
plo de n-ésimo termo) é representado por an .
Na matemática, achar uma expressão que
possa descrever a sequência numérica em
função da posição do termo na mesma torna-
se conveniente e necessário para se usar essa
teoria. Os exemplos a seguir exemplificam esse
conceito.
#FicaDica
Ex: (1,2,3,4,…)→ Essa sequência pode ser descrita como
sendo: an = n . Ou seja, qualquer termo da sequência é
exatamente o valor de sua posição.
Ex: (5,8,11,14,…)→ Essa sequência pode ser descrita
como sendo: an = 3n + 2 . Ou seja, qualquer termo da se-
quência é o triplo da sua posição somado 2.
Ex: (0,3,8,15,…)→ Essa sequência pode ser descrita como
sendo: an = n2 − 1 . Ou seja, qualquer termo da sequência
é o quadrado da sua posição subtraído 1.
Essa expressão de an é definida como expressão do
termo geral da sequência.
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (FCC-2016 – Modificado) Determine o termo geral da
sequência numérica:
1
2 ,
3
4 ,
5
6 ,
7
8 , … , an
Resposta: Mediante análise dos termos da sequência,
nota-se que termo geral é
an =
2n − 1
2n
2. (FCC-2016) A sequência numérica 1/2, 3/4, 5/6, 7/8;...é
ilimitada e criada seguindo o mesmo padrão lógico. A diferença
entre o 500º e o 50º termos dessa sequência é igual a:
a) 0,9
b) 9
c) 0,009
d) 0,09
e) 0,0009
Resposta: Letra C. Utilizando o termo geral dessa se-
quência an =
2n − 1
2n , facilmente
a500 e a50 são iden-
tificados.
Substituindo para n=500 e n=50 , chega-se ao resultado.
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MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS
LINEARES
A) MATRIZES: CONCEITO, TIPOS ESPECIAIS,
OPERAÇÕES E MATRIZ INVERSA.
B) DETERMINANTES: CONCEITO,
RESOLUÇÃO E PROPRIEDADES.
C) SISTEMAS LINEARES: RESOLUÇÃO,
CLASSIFICAÇÃO E DISCUSSÃO.
MATRIZ
Exemplo prático
A tabela seguinte mostra a situação das equipes no
Campeonato Paulista de Basquete masculino.
Campeonato Paulista – Classificação
Time Pontos
1º Tilibra/Copimax/Bauru 20
2º COC/Ribeirão Preto 20
3º Unimed/Franca 19
4º Hebraica/Blue Life 17
5º Uniara/Fundesport 16
6º Pinheiros 16
7º São Caetano 16
8º Rio Pardo/Sadia 15
9º Valtra/UBC 14
10º Unisanta 14
11º Leitor/Casa Branca 14
12º Palmeiras 13
13º Santo André 13
14º Corinthians 12
15º São José 12
Fonte: FPB (Federação Paulista de Basquete)
Folha de S. Paulo – 23/10/01
Observando a tabela, podemos tirar conclusões por
meio de comparações das informações apresentadas, por
exemplo:
COC/Ribeirão lidera a classificação com 20 pontos
juntamente com Tilibra/Bauru
Essa informação encontra-se na 2ª linha e 3ª coluna.
Ou seja, esta tabela nos oferece valores numéricos nos
quais podemos tirar determinadas conclusões.
1. Definições
Chamamos de matriz m x n (m Є N
∗ e n Є N
∗) qualquer
tabela formada por m x n (m Є N
∗ e n Є N
∗) elementos (informações) dis-
postos em m linhas e n colunas.
Exemplos:
a) 1 0 −2 3
1 1 3 2
é uma matriz 2 x 4 (duas linhas e
por quatro colunas)
b)
1 0 1
2 3 3
1 4 2
é uma matriz 3x3 (três linhas por três
colunas)
c) 1 0 3 é uma matriz 1x3(uma linha e três co-
lunas)
d) 2
0
é uma matriz 2x1 (duas linhas e uma coluna)
O nome de uma matriz é dado utilizando letras maiús-
culas do alfabeto latino, (A,B,C,D... por exemplo), enquanto
os elementos da matriz são indicados por letras latinas mi-
núsculas (a,b,c,d...), a mesma do nome de matriz, com dois
índices, que indicam a linha e a coluna que o elemento
ocupa na matriz.
Assim, um elemento genérico da matriz é representado
por aij .
O primeiro índice, i, indica a linha que esse elemento
ocupa na matriz, e o segundo índice, j, a coluna desse co-
mando.
Exemplo:
Na matriz B de ordem 2x3 temos:
B = 1 0 32 −1 4
b
11
= 1; b
12
= 0; b
13
= 3;
b
21
= 2; b
22
= −1; b
23
= 4.
Observação: O elemento b23, por exemplo, possui a se-
guinte leitura: “b dois três”.
De uma forma geral, a matriz A, de ordem m x n, é re-
presentada por:
A =
a11 ⋯ a1n
⋮ ⋱ ⋮
am1 ⋯ amn
Ou com a notação abreviada: A = aij mxn
96
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
2. Matrizes Especiais
Apresentamos aqui a nomenclatura de algumas matri-
zes especiais:
a) Matriz Linha: É a matriz que possui uma única linha.
Exemplos:
A = −1 0
B = 1 0 0 2
b) Matriz Coluna: É a matriz que possui uma única
coluna.
Exemplos:
A = 21
B =
0
−1
3
c) Matriz Nula: É a matriz que possui todos os
elementos iguais a zero.
Exemplos:
A = 0 00 0
B = 0 0 00 0 0
d) Matriz Quadrada: É a matriz que possui o número
de linhas igual ao número de linhas igual ao número
de colunas.
Exemplo:
A = 1 03 −2
Vale destacar que quando uma matriz não é quadrada,
ela é chamada de matriz retangular.
e) Matriz Diagonal: Dada uma matriz quadrada de or-
dem n, chamamos de diagonal principal da matriz ao
conjunto dos elementos que possuem índices iguais.
Exemplo:
{a
11
, a
22
, a
33
, a
44
}
é a diagonal principal da matriz A
(4x4).
Além disso, a matriz quadrada que apresenta todos os
elementos, não pertencentes à diagonal principal, iguais a
zero, é definida como matriz diagonal.
Exemplo:
A =
2 0 0
0 1 0
0 0 3
f) Matriz Identidade: É a matriz diagonal que apresenta
todos os elementos da diagonal principal iguais a 1 e
os outros iguais a 0. Representamos a matriz identi-
dade de ordem n por In.
Exemplo:
I2 =
1 0
0 1
I3 =
1 0 0
0 1 0
0 0 1
Observação: Para uma matriz identidade In = (aij)n x n
g) Matriz Transposta: Dada uma matriz A, chamamos
de matriz transposta de A à matriz obtida de A trocando-
-se “ordenadamente”, suas linhas por colunas. Indicamos a
matriz transposta de A por At.
Exemplo:
Se, A = 1 0 32 1 4 , então: A
t =
1 2
0 1
3 4
Observação importante: Se uma matriz A é de ordem m
x n, a matriz At, transposta de A, é de ordem n x m.
3. Igualdade de Matrizes
Sendo A e B duas matriz de mesma ordem, dizemos
que um elemento de matriz A é correspondente a um ele-
mento de B quando eles ocupam a mesma posição nas res-
pectivas matrizes.
Exemplo:
Sendo A e B duas matrizes de ordem 2 x 2,
A =
a11 a12
a21 a22 e B =
b11 b12
b21 b22
São elementos correspondentes de A e B, os pares: a11 e
b11; a12 e b12; a21 e b21; a22 e b22.
Assim, duas matrizes A e B são iguais se, e somente se,
têm a mesma ordem e os elementos correspondentes são
iguais.
Indica-se, portanto: A = B ou A = (aij)n x n e B = (bij)p x q
97
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
IMPORTANTE: Dada uma matriz A = aij m x n ,
dizemos que uma matriz B = bij m x n é oposta de A
quando bij = −aij para todo i, 1 ≤ i ≤ m, e todo j, 1
≤ j ≤ n.
Exemplo:
A = 3 −12 4 , temos que: B = −A =
−3 1
−2 −4
4. Adição e Subtração de Matrizes
Dadas duas matrizes A e B, de mesma ordem m x n,
denominamos soma da matriz A com a matriz B à matriz
C, de ordem m x n, cujos elementos são obtidos quando
somamos os elementos correspondentes das matrizes A e
B. Indicamos:
C = A + B
Assim:
1 3 4
2 1 −2 +
2 1 1
3 2 3 =
3 4 5
5 3 1
Propriedades da Adição: Sendo A, B e C matrizes m x n
e O a matriz nula m x n , valem as seguintes propriedades.
a) A + B = B + A (Comutativa)
b) A + B + C = A + (B + C) (Associativa)
c) A + O = O + A = A (Elemento Neutro)
d) A + −A = O (Elemento Oposto)
e) A + B t = At + Bt
Metodologia: Consideremos duas matrizes A e B, am-
bas de mesma ordem . Chamamos de diferença entre A e B
(indicamos com ) a soma de A com a oposta de B.
A – B = A + (−B)
Exemplo:
A = 3 21 −2 e B =
4 5
−2 1
A − B = A + −B = 3 21 −2 +
−4 −5
2 −1
= 3− 4 2 − 51 + 2 −2 − 1 =
−1 −3
3 −3
Na prática, para obtermos a subtração de matrizes de
mesma ordem, basta subtrairmos os elementos correspon-
dentes.
5. Multiplicação de Matrizes por um Número Real
Consideremos uma matriz A, de ordem m x n, e um nú-
mero real c . O produto de por A é uma matriz B, de ordem m
x n, obtida quando multiplicamos cada elemento de A por c .
Indicamos:
B = c � A
Exemplo:
A = 1 32 5 e c = 2, temos que:
c � A = 2 � A = 2 � 1 2 � 32 � 2 2 � 5 =
2 6
4 10
6. Produto entre matrizes
O produto (linha por coluna) de uma matriz A = a
ij m x p
por uma matriz B = bij p x n é uma matriz , de modo que
cada elemento cij é obtido multiplicando-se ordenada-
mente os elementos da linha i de A pelos elementos da
coluna j de B, e somando-se os produtos assim obtidos.
FIQUE ATENTO!
Só existe o produto de uma matriz A por uma
matriz B se o número de colunas de A é igual
ao número de linhas de B.
Propriedades: Sendo A uma matriz de ordem m x n,
B e C matrizes convenientes (ou seja, o produto entre
elas é possível), são válidas as seguintes propriedades.
a) A � B � C = A � (B � C) – Associativa
b) C � A + B = C � A + C � B – Distributiva pela esquerda
c) A + B � C = A � C + B � C – Distributiva pela direita
d) A � In = Im � A = A – Elemento neutro
e) A � B t = Bt � At
Para a multiplicação de matrizes não vale
a propriedade comutativa (A B ≠ B A). Esta
propriedade só é verdadeira em situações
especiais, quando dizemos que as matrizes são
comutáveis.
#FicaDica
7. Matriz Inversa
No conjunto dos números reais, para todo a ≠ 0, exis-
te um número b, denominado inverso de a, satisfazendo a
condição:
a � b = b � a = 1
98
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
Normalmente indicamos o inverso de a por 1
a ou a
−1
Analogamente para as matrizes temos que uma matriz
A, quadrada de ordem n, é dita inversível se, e somente se,
existir uma matriz B, quadrada de ordem n, tal que:
A � B = B � A = In
A matriz B é denominada inversa de A e indicada por
A−1 .
Exemplo:
Verifique que a matriz B = 4 −3−1 1 é a inversa da
matriz A = 1 31 4 . Para isso, basta realizar o produto en-
tre elas e verificar se o resultado será a matriz identidade:
A � B = 1 31 4 �
4 −3
−1 1 =
1 0
0 1
Ou
B � A = 4 −3−1 1 �
1 3
1 4 =
1 0
0 1
Como A � B = B � A = I2 , a matriz B é a inversa
de A, isto é, B = A−1 .
IMPORTANTE: É bom observarmos que, de acordo com
a definição, a matriz A também é a inversa de B, isto é,
A = B−1 , ou seja, A = A
−1 −1 .
Exemplo:
Encontre a matriz inversa da matriz A = 3 12 1 , se existir.
Neste caso, teremos que encontrar individualmente os ter-
mos da matriz inversa, que chamaremos de B.
Supondo que B = a bc d é a matriz inversa de A, temos:
A � B = 3 12 1 .
a b
c d =
1 0
0 1
Fazendo a multiplicação, encontraremos o seguinte re-
sultado:
3a + c 3b + d
2a + c 2b + d =
1 0
0 1
Logo, teremos dois sistemas lineares, 2x2:
�3a + c = 12a + c = 0 e �
3b + d = 0
2b + d = 1
Resolvendo os sistemas, encontramos:
a = 1, b = −1, c = 2 e d = 3
Assim, B = 1 −1−2 3
Portanto, a matriz A é inversível e sua inversa é única,
cuja matriz é:
B = A−1 = 1 −1−2 3
Propriedades: Sendo A e B matrizes quadradas de or-
dem n e inversíveis, temos as seguintes propriedades:
a) A−1 −1 = A
b) A−1 t = At −1
c) A � B −1 = B−1 � A−1
DETERMINANTES
Chamamos de determinante a teoria desenvolvida por
matemáticos dos séculos XVII e XVIII, como Leibniz e Seki
Shinsuke Kowa, que procuravam uma fórmula para deter-
minar as soluções de Sistemas Lineares.
Esta teoria consiste em associar a cada matriz quadrada
A, um único número real que denominamosdeterminante
de A e que indicamos por “det A” ou colocamos os ele-
mentos da matriz A entre duas barras verticais, como no
exemplo abaixo:
A = 1 24 5 → det A =
1 2
4 5
No estudo de determinantes, vamos analisar diversos
tamanhos de matrizes, iniciando, pelo menor, ou seja, uma
matriz de ordem 1 passando pela ordem 2 e ordem 3. De-
terminantes maiores são muito raros de serem cobrados
em concursos públicos.
1. Determinante de uma Matriz de Ordem 1
Seja a matriz quadrada de ordem 1: A = [a
11
] , o deter-
minante dessa matriz é o próprio número dentro da matriz:
det A = a11 = a11
Exemplos:
A = −2 → det A = −2
B = 5 → det B = 5
C = [0] → det C = 0
2. Determinante de uma Matriz de ordem 2
Seja a matriz quadrada de ordem 2: A =
a11 a12
a21 a22. O determinante dessa matriz será o número:
det A =
a11 a12
a21 a22 = a11 � a22 − a21 � a12
99
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
Para facilitar a memorização desse número,
podemos dizer que o determinante é a
diferença entre o produto dos elementos da
diagonal principal e o produto dos elementos
da diagonal secundária.
#FicaDica
Exemplos:
A = 1 25 3
det A = 1 � 3 − 5 � 2 = 3 − 10 = −7
B = 2 −12 3
det B = 2 � 3 − 2 � −1 = 6 + 2 = 8
3. Determinante de uma Matriz de Ordem 3
Seja a matriz quadrada de ordem 3:
A =
a11 a12 a13
a21 a22 a23
a31 a32 a33
O determinante desta matriz será uma soma de produ-
tos intercalados de três em três números, ou seja:
det A
= a11 � a22 � a33 + a12 � a23
� a31 + a21 � a32 � a13 − a31
� a22 � a13 − a21 � a12 � a33
− a11 � a32 � a23
Para memorizarmos a definição de determinante de or-
dem 3, usamos a regra prática denominada Regra de Sar-
rus:
1) Repetimos a 1º e a 2º colunas às direita da matriz.
det A =
a11 a12 a13
a21 a22 a23
a31 a32 a33
a11 a13
a21 a23
a31 a31
2) Multiplicando os termos entre si, seguindo os traços
em diagonal e associando o sinal indicado dos pro-
dutos, temos:
det A = a11 � a22 � a33 + a12 �
a23 � a31 + a21 � a32 � a13 −
a31 � a22 � a13 − a21 � a12 �
a33 − a11 � a32 � a23
4. Propriedades dos determinantes
Apresentamos, a seguir, algumas propriedades que vi-
sam a simplificar o cálculo dos determinantes:
a) O determinante de uma matriz A é igual ao de sua
transposta At.
Exemplo:
Demonstração no determinante 2x2:
A = a bc d e A
t = a cb d
det A = a � d − b � c
det At = a � d − b � c = det A
b) Se B é a matriz que se obtém de uma matriz quadra-
da A, quando trocamos entre si a posição de duas
filas (linhas ou colunas) paralelas, então:
detB = −detA
Exemplo.
Demonstração no determinante 2x2:
A = a bc d e B =
c a
d b
B foi obtida trocando de posição a primeira e segunda
coluna de A. Assim:
det A = a � d− b � c
det B = c � b− a � d = − det A
Um ponto importante é se por exemplo, montarmos
uma matriz C trocando de posição agora a primeira e se-
gunda linha de B:
C = d bc a
100
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
Calculando o determinante:
detC = a � d− b � c = −detB = det A
Assim, cada troca de linha ou coluna irá acarretar uma
troca de sinal do determinante. Logo, se fizemos uma
quantidade par de trocas (2,4,6,...) o determinante perma-
nece com o mesmo sinal. Já se fizermos uma quantidade
de trocas ímpar (1,3,5...) o determinante inverte de sinal.
c) Seguindo a propriedade 2, se uma matriz possuir
duas linhas ou colunas idênticas, o seu determinan-
te será 0. Justificativa: A matriz que obtemos de A,
quando trocamos entre si as duas filas (linha ou co-
luna “iguais”, é igual a A. Assim, de acordo com a
propriedade 2, escrevemos que detA = −detA
. O único resultado possível para isso é detA = −detA0.
d) Sendo A uma matriz quadrada de ordem n, e uma
matriz k.A é obtida multiplicando todos os elemen-
tos de A por k, então:
det(k � A) = kn � detA
Exemplo: A =
a b c
d e f
g h i
→ k � A =
ka kb kc
kd ke kf
kg kh ki
Se você calcular o determinante, encontrará k3 � det A
e) Teorema de Jacobi: O determinante não se altera,
quando adicionamos uma fila qualquer com outra
fila paralela multiplicada por um número.
Exemplo:
Considere o determinante
det A =
a b c
d e f
g h i
Somando a 3ª coluna com a 1ª multiplicada por m, teremos:
Calculando o determinante, você verá que det B = det A
f) Uma consequência do teorema de Jacobi é que se
uma fila de uma matriz é a soma de múltiplos de
filas paralelas (combinação linear de filas paralelas),
o determinante é igual a zero.
g) Teorema de Binet: Sendo A e B matrizes quadradas
de mesma ordem, então:
det(A � B) = detA � detB
Exemplo: A = 1 20 3 , B =
4 3
2 1 , logo: A � B =
8 5
6 3
det A = 1 20 3 = 3
det B = 4 32 1 = 4− 6 = −2
det AB = 8 56 3 = 24 − 30 = −6 = 3 � (−2)
Consequências: Sendo A uma matriz quadrada e
, temos:
det(An) = detA n
E no caso da matriz inversa:
detA−1 =
1
det A
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (BRDE – Analista de Sistema – FUNDATEC/2015)
Considere as seguintes matrizes: A = 2 34 6 , B =
2 3
4 5
6 6
e
C = 2 1 04 6 7
, a solução de é:
a) Não tem solução, pois as matrizes são de ordem diferentes.
b) 10 1478 90
c) 2 34 5
d) 6 620 36
e) 8 1174 84
Resposta: Letra B.
2 1 0
4 6 7
2 3
4 5
6 6
+ 2 34 6 =
8 11
74 84 +
2 3
4 6 =
10 14
78 90
2. (Pref. Agudo-SP – Auxiliar Administrativo - OBJE-
TIVA/2015) Dadas as matrizes A = 7 83 x e B =
x 2
3 9
e ,
qual deverá ser o valor de x para que se tenha det A = det B .
a) -14
b) 3
c) -9
d) 5
101
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
Resposta: Letra C.
7 8
3 x =
x 2
3 9 → 7x − 24 = 9x − 6 → 2x = −18 → x = −9
SISTEMAS LINEARES
1. Definição
Sistemas lineares são conjuntos de 2 ou mais equações
lineares, onde procura-se valores das incógnitas, chamadas
de X = x1 , x2, x3 … e xn que atendam simultaneamen-
te todas as equações lineares:
Onde
a11 , a12 , … , ann e b1, b2 , … , bn
são números reais.
1.1. Classificação de Sistemas Lineares
Considerando um sistema de n equações lineares, po-
demos classificá-lo de 3 formas possíveis:
Impossível: Quando não existem valores de
X = (x1 , x2, x3 … e xn) que satisfaçam todas as n
equações lineares.
Possível e Indeterminado: Quando existem infinitas
possibilidades para X = (x1 , x2, x3 … e xn) que aten-
dem todas as equações;
Possível e determinado: Quando apenas um único
conjunto de X = (x1 , x2, x3 … e xn) satisfaz as equa-
ções lineares.
1.2. Associação de Sistemas Lineares com Matrizes
Podemos escrever qualquer sistema linear da seguinte
forma, separando as constantes das incógnitas:
Se det A ≠ 0 , a matriz possui inversa e assim pode-
mos isolar X da seguinte maneira:
A � X = B ⇒ A−1 � A � X = A−1 � B
⇒ I � X = A−1 � B
⇒ X = A−1 � B
2.Sistemas Lineares 2x2
Um exemplo de sistema 2 x 2, possui duas equações e
duas incógnitas (x e y) é:
� 3𝑥 − 𝑦 = 6 2𝑥 + 2𝑦 = 20
Há diversos métodos utilizados para resolver um siste-
ma linear 2 x 2. Aqui, destacam-se dois deles: método da
adição e método da substituição.
2.1. Método da Adição
O método da adição consiste em multiplicar uma (ou
ambas) das equações por um valor de modo que, ao so-
mar-se as duas equações, uma das incógnitas seja elimi-
nada. Para isso, a incógnita a ser eliminada deve possuir o
mesmo número multiplicando-a em ambas as equações,
porém com sinais opostos. Utilizando o exemplo:
� 3𝑥 − 𝑦 = 6 2𝑥 + 2𝑦 = 20
Uma maneira de resolver o sistema pelo método da adi-
ção consiste em eliminar a variável “y”. Na primeira equa-
ção a variável “y” está multiplicada por -1, enquanto que
na segunda equação, está multiplicada por 2. Se a primei-
ra equação for multiplicada por , em ambas as equações
a variável “y” estará multiplicada por 2 porém com sinais
opostos.
Somando-se ambas as equações após multiplicar a pri-
meira equação por 2, tem-se:
6x − 2y + 2x + 2y = 12 + 20
→ 8x = 32
→ x = 4
Após encontrar o valor de uma das variáveis, basta
substituir esse valor em qualquer uma das equações e en-
contrar o valor da outra variável. Substituindo na primeira
equação:
102
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
3x − y = 6
→ 3 × 4 − y = 6
→ 12 − y = 6
→ y = 6
Assim, S = 4,6
2.2. Método da Substituição
Este métodoconsiste em isolar uma das incógnitas em uma das equações e substituir na outra equação. Retomando o
mesmo exemplo:
� 3𝑥 − 𝑦 = 6 2𝑥 + 2𝑦 = 20
É possível isolar qualquer uma das variáveis em qualquer uma das equações. Isolando a variável “y” na primeira
equação:
y = 3x − 6
Substitui-se essa expressão para “y” na segunda equação:
2x + 2 3x − 6 = 20
Agora, resolve-se essa equação do primeiro grau:
2x + 6x − 12 = 20
2x + 6x = 20 + 12
8x = 32
x =
32
8 = 4
Utiliza-se a expressão encontrada anteriormente para “y” para encontrar o valor dessa incógnita:
y = 3x − 6
→ y = 3 × 4 − 6 = 12 − 6
→ y = 6
Assim: S = 4,6
3. Sistemas Lineares 3x3 ou maiores.
Todos os sistemas lineares podem ser resolvidos pelo método da substituição apresentado acima. Porém, com mais
equações, ele vai se tornando bem trabalhoso. Desta forma, um método mais rápido é sugerido, chamado de método de
Cramer. Utiliza-se a notação matricial e o conceito de determinantes para resolver:
Ex:
Primeiro, calcula-se DA = det A . Também serão calculados determinantes auxiliares, substituindo uma coluna corres-
pondente da matriz A, pela matriz B:
103
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
, e
Os valores das incógnitas são calculados da seguinte maneira:
x1 =
Dx1
DA
, x2 =
Dx2
DA
, x3 =
Dx3
DA
Exemplo: Resolva pelo método de Cramer o seguinte Sistema Linear:
Transformando em forma matricial:
1 2 −1
2 −1 1
1 1 1
x
y
z
=
2
3
6
Calculando os determinantes:
DA =
1 2 −1
2 −1 1
1 1 1
= −7
Dx =
2 2 −1
3 −1 1
6 1 1
= −7
Dy =
1 2 −1
2 3 1
1 6 1
= −14
Dz =
1 2 2
2 −1 3
1 1 6
= −21
Logo:
x = DxDA =
−7
−7 = 1
y = DyDA =
−14
−7 = 2
z = DzDA =
−21
−7 = 3
104
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
Sistemas lineares de ordem 3x3 ou maiores
não precisam ser necessariamente resolvidos
usando o método de Cramer. Fica a cargo do
estudante escolher um forma que pareça ser
mais fácil.
#FicaDica
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (VUNESP/2010) Considere o seguinte sistema linear:
Pode-se afirmar que o valor de z é
a) –2.
b) –1.
c) 0.
d) 1.
e) 2.
Resposta: Letra E.
Para esse caso o método da soma é utilizado:
4y + 2z = 4
−4y − 4z = −8
− 2z = − 4
z = 2
Obs: Aqui usamos o método da soma, mas como ex-
posto no texto, podemos usar o método de Cramer.
2. (PM SP 2014 – VUNESP). Em um lote de xícaras de
porcelana, a razão entre o número de xícaras com defeitos
e o número de xícaras perfeitas, nesta ordem, é 2/3. Se o
número total de xícaras do lote é 320, então, a diferença
entre o número de xícaras perfeitas e o número de xícaras
com defeitos, nesta ordem, é:
a) 56.
b) 78.
c) 93.
d) 85.
e) 64.
Resposta: Letra E
Vamos denominar:
x = número de xícaras com defeitos
y = número de xícaras perfeitas
Sabendo disto, temos as seguintes equações:
x
y =
2
3 ,
ou seja,
x =
2y
3
x + y = 320
Temos um sistema de equações de primeiro grau. Subs-
tituindo a primeira na segunda equação:
2y
3 + y = 320
(multiplicando ambos os lados por 3)
2y + 3y = 320 � 3
5y = 960
y = 960/5 = 192
Calculando x:
x = 2 y 3⁄ = 2 � 192 3⁄ = 128
Daí,
y – x = 192 – 128 = 64
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GEOMETRIA PLANA
A) CONGRUÊNCIA DE FIGURAS PLANAS.
B) SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS.
C) RELAÇÕES MÉTRICAS NOS TRIÂNGULOS,
POLÍGONOS REGULARES E CÍRCULOS.
D) INSCRIÇÃO E CIRCUNSCRIÇÃO DE
POLÍGONOS REGULARES.
E) ÁREAS DE POLÍGONOS, CÍRCULO, COROA
E SETOR CIRCULAR.
INTRODUÇÃO A GEOMETRIA PLANA
1. Ponto, Reta e Plano
A definição dos entes primitivos ponto, reta e plano é
quase impossível, o que se sabe muito bem e aqui será o
mais importante é sua representação geométrica e espa-
cial.
1.1. Representação, (notação)
→ Pontos serão representados por letras latinas maiús-
culas; ex: A, B, C,…
→ Retas serão representados por letras latinas minús-
culas; ex: a, b, c,…
→ Planos serão representados por letras gregas minús-
culas; ex: β,∞,α,...
1.2. Representação gráfica
Postulados primitivos da geometria, qualquer postula-
do ou axioma é aceito sem que seja necessária a prova,
contanto que não exista a contraprova.
- Numa reta bem como fora dela há infinitos pontos
distintos.
- Dois pontos determinam uma única reta (uma e so-
mente uma reta).
- Pontos colineares pertencem à mesma reta.
- Três pontos determinam um único plano.
- Se uma reta contém dois pontos de um plano, esta
reta está contida neste plano.
- Duas retas são concorrentes se tiverem apenas um
ponto em comum.
Observe que . Sendo que H está contido na reta r e na
reta s.
Um plano é um subconjunto do espaço de tal modo
que quaisquer dois pontos desse conjunto podem ser li-
gados por um segmento de reta inteiramente contida no
conjunto.
Um plano no espaço pode ser determinado por qual-
quer uma das situações:
- Três pontos não colineares (não pertencentes à mes-
ma reta);
- Um ponto e uma reta que não contem o ponto;
- Um ponto e um segmento de reta que não contem o
ponto;
- Duas retas paralelas que não se sobrepõe;
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- Dois segmentos de reta paralelos que não se sobrepõe;
- Duas retas concorrentes;
- Dois segmentos de reta concorrentes.
Duas retas (segmentos de reta) no espaço podem ser:
paralelas, concorrentes ou reversas.
Duas retas são ditas reversas quando uma não tem
interseção com a outra e elas não são paralelas. Pode-se
pensar de uma reta r desenhada no chão de uma casa e
uma reta s desenhada no teto dessa mesma casa.
Uma reta é perpendicular a um plano no espaço , se ela
intersecta o plano em um ponto P e todo segmento de reta
contido no plano que tem P como uma de suas extremida-
des é perpendicular à reta.
Uma reta r é paralela a um plano no espaço , se existe uma
reta s inteiramente contida no plano que é paralela à reta dada.
Seja P um ponto localizado fora de um plano. A dis-
tância do ponto ao plano é a medida do segmento de reta
perpendicular ao plano em que uma extremidade é o pon-
to P e a outra extremidade é o ponto que é a interseção
entre o plano e o segmento.
Se o ponto P estiver no plano, a distância é nula.
Planos concorrentes no espaço são planos cuja interse-
ção é uma reta.
Planos paralelos no espaço são planos que não tem
interseção.
Quando dois planos são concorrentes, dizemos que tais
planos formam um diedro e o ângulo formado entre estes
dois planos é denominado ângulo diedral. Para obter este
ângulo diedral, basta tomar o ângulo formado por quais-
quer duas retas perpendiculares aos planos concorrentes.
Planos normais são aqueles cujo ângulo diedral é um
ângulo reto (90°).
Razão entre Segmentos de Reta
Segmento de reta é o conjunto de todos os pontos de
uma reta que estão limitados por dois pontos que são as
extremidades do segmento, sendo um deles o ponto inicial
e o outro o ponto final. Denotamos um segmento por duas
letras como, por exemplo, AB, sendo A o início e B o final
do segmento.
Ex: AB é um segmento de reta que denotamos por AB.
Segmentos Proporcionais
Proporção é a igualdade entre duas razões equivalentes.
De forma semelhante aos que já estudamos com números
racionais, é possível estabelecer a proporcionalidade entre
segmentos de reta, através das medidas desse segmentos.
Vamos considerar primeiramente um caso particular
com quatro segmentos de reta com suas medidas apresen-
tadas na tabela a seguir:
m(AB) = 2cm m(PQ) =4 cm
m(CD) = 3cm m(RS) = 6cm
A razão entre os segmentos e e a razão entre os seg-
mentos e , são dadas por frações equivalentes, isto é: ; PQ/
RS = 4/6 e como , segue a existência de uma proporção
entre esses quatro segmentos de reta. Isto nos conduz à
definição de segmentos proporcionais.
Diremos que quatro segmentos de reta, , , e , nesta
ordem, são proporcionais se: .
Os segmentos e são os segmentos extremos e os seg-
mentos e são os segmentos meios.
A proporcionalidade acima é garantida pelo fato que
existe uma proporção entre os números reais que repre-
sentam as medidas dos segmentos:
Feixe de Retas Paralelas
Um conjunto de três ou mais retas paralelas num plano
é chamado feixede retas paralelas. A reta que intercepta
as retas do feixe é chamada de reta transversal. As retas a,
b, c e d que aparecem no desenho anexado, formam um
feixe de retas paralelas enquanto que as retas s e t são retas
transversais.
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Teorema de Tales: Um feixe de retas paralelas deter-
mina sobre duas transversais quaisquer, segmentos pro-
porcionais. A figura abaixo representa uma situação onde
aparece um feixe de três retas paralelas cortadas por duas
retas transversais.
Identificamos na sequência algumas proporções:
Ex: Consideremos a figura ao lado com um feixe de re-
tas paralelas, sendo as medidas dos segmentos indicadas
em centímetros.
Assim:
B C A⁄ B = E F D⁄ E
A B D⁄ E = B C E⁄ F
D E A⁄ B = E F B⁄ C
Uma proporção entre segmentos pode
ser formulada de várias maneiras. Se
um dos segmentos do feixe de paralelas
for desconhecido, a sua dimensão pode
ser determinada com o uso de razões
proporcionais.
#FicaDica
Ângulos
Ângulo: Do latim - angulu (canto, esquina), do grego -
gonas; reunião de duas semi-retas de mesma origem não
colineares.
Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do
que 90º.
Ângulo Central
a) Da circunferência: é o ângulo cujo vértice é o centro
da circunferência;
b) Do polígono: é o ângulo, cujo vértice é o centro do
polígono regular e cujos lados passam por vértices
consecutivos do polígono.
Ângulo Circunscrito: É o ângulo, cujo vértice não per-
tence à circunferência e os lados são tangentes à ela.
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Ângulo Inscrito: É o ângulo cujo vértice pertence a
uma circunferência e seus lados são secantes a ela.
Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do
que 90º.
Ângulo Raso:
- É o ângulo cuja medida é 180º;
- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.
Ângulo Reto:
- É o ângulo cuja medida é 90º;
- É aquele cujos lados se apóiam em retas perpendicu-
lares.
Ângulos Complementares: Dois ângulos são comple-
mentares se a soma das suas medidas é 900.
Ângulos Congruentes: São ângulos que possuem a
mesma medida.
Ângulos Opostos pelo Vértice: Dois ângulos são
opostos pelo vértice se os lados de um são as respectivas
semi-retas opostas aos lados do outro.
Ângulos Suplementares: Dois ângulos são ditos suple-
mentares se a soma das suas medidas de dois ângulos é
180º.
Grau: (º): Do latim - gradu; dividindo a circunferência
em 360 partes iguais, cada arco unitário que corresponde a
1/360 da circunferência denominamos de grau.
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Ângulos formados por duas retas paralelas com uma
transversal
Lembre-se: Retas paralelas são retas que estão no mes-
mo plano e não possuem ponto em comum.
Vamos observar a figura abaixo:
Todos esses ângulos possuem relações entre si, e elas
estão descritas a seguir:
Ângulos colaterais internos: O termo colateral signi-
fica “mesmo lado” e sua propriedade é que a soma destes
ângulos será sempre 180°
Assim a soma dos ângulos 4 e 5 é 180° e a soma dos
ângulos 3 e 6 também será 180°
Ângulos colaterais externos: O termo colateral signi-
fica “mesmo lado” e sua propriedade é que a soma destes
ângulos será sempre 180°
Assim a soma dos ângulos 2 e 7 é 180° e a soma dos
ângulos 1 e 8 também será 180°
Ângulos alternos internos: O termo alterno significa la-
dos diferentes e sua propriedade é que eles sempre serão
congruentes
Assim, o ângulo 4 é igual ao ângulo 6 e o ângulo 3 é
igual ao ângulo 5
Ângulos alternos externos: O termo alterno significa
lados diferentes e sua propriedade é que eles sempre serão
congruentes
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Assim, o ângulo 1 é igual ao ângulo 7 e o ângulo 2 é
igual ao ângulo 8
Ângulos correspondentes: São ângulos que ocupam
uma mesma posição na reta transversal, um na região in-
terna e o outro na região externa.
Assim, o ângulo 1 é igual ao ângulo 5, o ângulo 2 é igual
ao ângulo 6, o ângulo 3 é igual ao ângulo 7 e o ângulo 4 é
igual ao ângulo 8.
FIQUE ATENTO!
Há cinco classificações distintas para os ân-
gulos formados por duas retas paralelas que
intersectam uma transversal. Então, procure
visualizar bem as imagens para associá-las a
cada classificação existente.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (CS-UFG-2016) Considere que a figura abaixo represen-
ta um relógio analógico cujos ponteiros das horas (menor)
e dos minutos (maior) indicam 3 h e 40 min. Nestas condi-
ções, a medida do menor ângulo, em graus, formado pelos
ponteiros deste relógio, é:
a) 120°
b) 126°
c) 135°
d) 150°
Resposta: Letra B.
Considerando que cada hora equivale a um ângulo de
30° (360/12 = 30) e que a cada 15 min o ponteiro da
hora percorre 7,5°. Assim, as 3h e 40 min indica um ân-
gulo de aproximadamente 126°.
2. Na imagem a seguir, as retas u, r e s são paralelas e cor-
tadas por uma reta transversal. Determine o valor dos ân-
gulos x e y.
Resposta: x = 50° e y = 130°
Facilmente observamos que os ângulos x e 50° são opos-
tos pelo vértice, logo, x = 50°. Podemos constatar tam-
bém que y e 50° são suplementares, ou seja:
50° + y = 180°
y = 180° – 50°
y = 130°
Portanto,os ângulos procurados são y = 130° e x = 50°.
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EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (CS-UFG-2016) Considere que a figura abaixo represen-
ta um relógio analógico cujos ponteiros das horas (menor)
e dos minutos (maior) indicam 3 h e 40 min. Nestas condi-
ções, a medida do menor ângulo, em graus, formado pelos
ponteiros deste relógio, é:
a) 120°
b) 126°
c) 135°
d) 150°
Resposta: Letra B.
Considerando que cada hora equivale a um ângulo de
30° (360/12 = 30) e que a cada 15 min o ponteiro da
hora percorre 7,5°. Assim, as 3h e 40 min indica um ân-
gulo de aproximadamente 126°.
2. Na imagem a seguir, as retas u, r e s são paralelas e cor-
tadas por uma reta transversal. Determine o valor dos ân-
gulos x e y.
Resposta: x = 50° e y = 130°
Facilmente observamos que os ângulos x e 50° são opos-
tos pelo vértice, logo, x = 50°. Podemos constatar tam-
bém que y e 50° são suplementares, ou seja:
50° + y = 180°
y = 180° – 50°
y = 130°
Portanto,os ângulos procurados são y = 130° e x = 50°.
POLÍGONOS
Um polígono é uma figura geométrica plana limitada por uma linha poligonal fechada. A palavra “polígono” advém do
grego e quer dizer muitos (poly) e ângulos (gon).
Linhas poligonais e polígonos
Linha poligonal é uma sucessão de segmentos consecutivos e não-colineares, dois a dois. Classificam-se em:
Linha poligonal fechada simples:
Linha poligonal fechada não-simples:
Linha poligonal aberta simples:
Linha poligonal aberta não-simples:
FIQUE ATENTO!
Polígono é uma linha fechada simples. Um polígono divide o plano em que se encontra em duas regiões (a
interior e a exterior), sem pontos comuns.
Elementos de um polígono
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Um polígono possui os seguintes elementos:
Lados: Cada um dos segmentos de reta que une vértices consecutivos: AB, BC, CD, DE, EA.
Vértices: Ponto de encontro de dois lados consecutivos: A, B, C, D, E
Diagonais: Segmentos que unem dois vértices não consecutivos: AC, AD, BD, BE, CE
Ângulos internos: Ângulos formados por dois lados consecutivos: a�, b� , c�, d� , e�.
Ângulos externos: Ângulos formados por um lado e pelo prolongamento do lado a ele consecutivo: a�1, b1, c1, d1, e1
Classificação dos polígonos quanto ao número de lados
Nome Número de lados Nome Número de lados
triângulo 3 quadrilátero 4
pentágono 5 hexágono 6
heptágono 7 octógono 8
eneágono 9 decágono 10
hendecágono 11 dodecágono 12
tridecágono 13 tetradecágono 14
pentadecágono 15 hexadecágono 16
heptadecágono 17 octodecágono 18
eneadecágono 19 icoságono 20
A classificação dos polígonos pode ser ilustrada pela seguinte árvore:
Um polígono é denominado simples se ele for descrito por uma fronteira simples e que não se cruza (daí divide o plano
em uma região interna e externa), caso o contrário é denominado complexo.
Um polígono simples é denominado convexo se não tiver nenhum ângulo interno cuja medida é maior que 180°, caso
o contrário é denominado côncavo.
Um polígono convexoé denominado circunscrito a uma circunferência ou polígono circunscrito se todos os vértices
pertencerem a uma mesma circunferência.
Um polígono inscritível é denominado regular se todos os seus lados e todos os seus ângulos forem congruentes.
Alguns polígonos regulares:
a) triângulo equilátero
b) quadrado
c) pentágono regular
d) hexágono regular
Propriedades dos polígonos
De cada vértice de um polígono de n lados, saem dv = n – 3
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O número de diagonais de um polígono é dado por:
d =
n n − 3
2
Onde n é o número de lados do polígono.
A soma das medidas dos ângulos internos de um polí-
gono de n lados (Si) é dada por:
Si = n− 2 � 180°
A soma das medidas dos ângulos externos de um polí-
gono de n lados (Se) é igual a:
Se =
360°
n
Em um polígono convexo de n lados, o número de
triângulos formados por diagonais que saem de cada vér-
tice é dado por n - 2.
A medida do ângulo interno de um polígono regular de
n lados (ai) é dada por:
ai =
n− 2 � 180°
n
A medida do ângulo externo de um polígono regular de
n lados (ae) é dada por:
ae =
360°
n
A soma das medidas dos ângulos centrais de um polí-
gono regular de n lados (Sc) é igual a 360º.
A medida do ângulo central de um polígono regular de
n lados () é dada por:
ac =
360°
n
Polígonos regulares
Os polígonos regulares são aqueles que possuem to-
dos os lados congruentes e todos os ângulos congruentes.
Todas as propriedades anteriores são válidas para os polí-
gonos regulares, a diferença é que todos os valores são dis-
tribuídos uniformemente, ou seja, todos os ângulos terão
o mesmo valor e todas as medidas terão o mesmo valor.
Polígonos regulares são formas de polígonos
mais estudadas e cobradas em questões de
concursos.
#FicaDica
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (PREF. DE POÁ-SP – ENGENHEIRO DE SEGURANÇA
DE TRABALHO – VUNESP/2015) A figura ilustra um oc-
tógono regular de lado cm.
Sendo a altura do trapézio ABCD igual a 1 cm, a área do
triângulo retângulo ADE vale, em cm²
a) 5
b) 4
c)
d) 2 + 1
e) 2
Resposta: Letra D.
COMENTÁRIO:
Como a altura do trapézio mede 1 cm, temos um trian-
gulo isósceles de hipotenusa AB, assim, o segmento
AD = 2 + 2 . Assim, a área de ADE é:
A =
2 + 2 2
2 =
2
2 +
2 2
2 = 1 + 2
5
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2. (UNIFESP - 2003) Pentágonos regulares congruentes
podem ser conectados lado a lado, formando uma estrela
de cinco pontas, conforme destacado na figura a seguir
Nessas condições, o ângulo θ mede:
a) 108°.
b) 72°.
c) 54°.
d) 36°.
e) 18°.
Resposta: Letra D.
Na ponta da estrela onde está destacado o ângulo θ, temos
o encontro de três ângulos internos de pentágonos regu-
lares. Para descobrir a medida de cada um desses ângulos,
basta calcular a soma dos ângulos internos do pentágono e
dividir por 5.
A fórmula para calcular a soma dos ângulos internos de
um polígono é: S = (n – 2) · 180
*n é o número de lados do polígono. No caso desse
exercício:
S = (5 – 2) · 180
S = 3 · 180
S = 540
Dividindo a soma dos ângulos internos por 5, pois um
pentágono possui cinco ângulos internos, encontrare-
mos 108° como medida de cada ângulo interno.
Observe na imagem anterior que a soma de três ângu-
los internos do pentágono com o ângulo θ tem como
resultado 360°.
108 + 108 + 108 + θ = 360
324 + θ = 360
θ = 360 – 324
θ = 36°
Quadriláteros, Circunferência e Círculo
Quadriláteros
São figuras que possuem quatro lados dentre os quais
temos os seguintes subgrupos:
Paralelogramo
Características:
Possuem lados paralelos, dois a dois, ou seja:
AB // DC e AD // BC .
Além de paralelos, os lados paralelos possuem a mesma
medida, ou seja: AB = DC e AD = BC
A altura é medida em relação a distância entre os seg-
mentos paralelos, ou seja: BG: altura = h
A base é justamente a medida dos lados que se mediu
a altura: AD: base = b
A área é calculada como o produto da base pela altura:
Área= b∙h
O perímetro é calculado como a soma das medidas de
todos os quatro lados: AB + BC + CD + DA
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Retângulo
Características:
Possuem lados paralelos, dois a dois, ou seja:
AB // DC e AD // BC
Além de paralelos, os lados paralelos possuem a mesma
medida, ou seja: AB = DC e AD = BC
Diferentemente do paralelogramo, todos os ângulos do
retângulo medem 90°: A� = B� = C� = D� = 90°
No retângulo, um par de lados paralelos
será a base e o outro será a altura, no desenho:
AB: altura = h e AD: base = b
A área é calculada como o produto da base pela altura:
Área= b∙h
O perímetro é calculado como a soma das medidas de
todos os quatro lados:
Perímetro = AB + BC + CD + DA = 2b + 2h
Losango
Características:
Possuem lados paralelos, dois a dois, ou seja:
AB // DC e AD // BC
Possuem os quatro lados com medidas iguais:
AB = DC = AD = BC
No losango, definem-se diagonais como a distância en-
tre vértices opostos, assim:
BD: diagonal maior = D e AC: diagonal menor = d
A área é calculada a partir das diagonais e não dos la-
dos: Área =
D � d
2O perímetro é calculado como a soma das medidas de
todos os quatro lados: AB + BC + CD + DA
Quadrado
Características:
Possuem lados paralelos, dois a dois, ou seja:
AB // DC e AD // BC
Possuem os quatro lados com medidas iguais:
AB = DC = AD = BC
Diferentemente do losango, todos os ângulos do qua-
drado medem 90°: A� = B� = C� = D� = 90°
Seguindo a lógica do retângulo, temos o valor da base e
da altura iguais neste caso: BC: lado = L e AB: lado =
A área é calculada de maneira simples: Área = L2
O perímetro é calculado como a soma das medidas de todos
os quatro lados: Perímetro = AB + BC + CD + DA = 4L
Trapézio
Características:
Possuirá apenas um par de lados paralelos que serão
chamados de bases maior e menor:
AD// BC, AB: base maior = B e CD: base menor = b
A altura será definida como a distância entre as bases:
BG: altura = h
A área é calculada em função das bases e da altura:
Área =
B + b
2 � h
O perímetro é calculado como a soma das medidas de
todos os quatro lados: AB + BC + CD + DA
Circunferência e Círculo
Uma circunferência é definida como o conjunto de pon-
tos cuja distância de um ponto, denominado de centro, O é
igual a R, definido como raio.
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Já um círculo é definido como um conjunto de pontos
cuja distância de O é menor ou igual a R.
Características:
A medida relevante da circunferência é o raio (R) que é
a distância de qualquer ponto da circunferência em relação
ao centro C.
A área é calculada em função do raio: Área = πR2
O perímetro, também chamado de comprimento da
circunferência, é calculado em função do raio também:
Perímetro = 2πR
Setor Circular
Um Setor Circular é uma região de um círculo com-
preendida entre dois segmentos de reta que se iniciam no
centro e vão até a circunferência.
Em termos práticos, um setor circular é um “pe-
daço” de um círculo.
#FicaDica
Características:
O ângulo α é definido como ângulo central
Área do Setor Circular (para α em graus): A = απR
2
360
Área do Setor Circular (para α em radianos): A =
αR2
2
Segmento Circular
Um Segmento Circular é uma região de um círculo
compreendida entre um segmento que liga os pontos de
cruzamento dos segmentos de reta com a circunferência,
ao qual definimos como corda AB e a circunferência.
Características:
A Área do Setor Circular (para α em radianos):
A =
R2
2 α − senα
3. Posições Relativas entre Retas e Circunferências
Dado uma circunferência de raio R e uma reta ‘r’ cuja
distância ao centro da circunferência é ‘d’, temos as seguin-
tes posições relativas:
Reta Tangente: Reta e circunferência possuem apenas
um ponto em comum (dOP = R)
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Reta Exterior: Reta e circunferência não possuem pon-
tos em comum (dOP > R)
Reta Secante: Reta e circunferência possuem dois pon-
tos em comum (dOP < R)
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1.(SEEDUC-RJ – Professor – CEPERJ/2015) O quadrado
MNPQ abaixo tem lado igual a 12cm. Considere que as cur-
vas MQ e QP representem semicircunferências de diâme-tros respectivamente iguais aos segmentos MQ e QP.
A área sombreada, em cm2, corresponde a:
a) 30
b) 36
c) 3 46π − 2
d) 6(36π − 1)
e) 2(6π − 1)
Resposta: Letra B.
Aplicando a fórmula do segmento circular, encontra-se
a área de intersecção dos dois círculos. Subtraindo esse
valor da área do semicírculo, chega-se ao resultado.
2. A figura abaixo é um losango. Determine o valor de x e y,
a medida da diagonal AC , da diagonal BD e o períme-
tro do triângulo BMC.
Resposta:
Aplicando as relações geométricas referentes ao losan-
go, tem-se:
x = 15
y = 20
AC = 20 + 20 = 40
BD = 15 + 15 = 30
BMC = 15 + 20 + 25 = 60
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TRIÂNGULOS E TEOREMA DE PITÁGORAS
Definição
Triângulo é um polígono de três lados. É o polígono que
possui o menor número de lados. Talvez seja o polígono
mais importante que existe. Todo triângulo possui alguns
elementos e os principais são: vértices, lados, ângulos, altu-
ras, medianas e bissetrizes.
Apresentaremos agora alguns objetos com detalhes so-
bre os mesmos.
a) Vértices: A,B,C.
b) Lados: AB,BC e AC.
c) Ângulos internos: a, b e c.
Altura: É um segmento de reta traçada a partir de um
vértice de forma a encontrar o lado oposto ao vértice for-
mando um ângulo reto. BH é uma altura do triângulo.
Mediana: É o segmento que une um vértice ao ponto
médio do lado oposto. BM é uma mediana.
Bissetriz: É a semi-reta que divide um ângulo em duas
partes iguais. O ângulo B está dividido ao meio e neste
caso Ê = Ô.
Ângulo Interno: É formado por dois lados do triângulo.
Todo triângulo possui três ângulos internos.
Ângulo Externo: É formado por um dos lados do triân-
gulo e pelo prolongamento do lado adjacente (ao lado).
Classificação dos triângulos quanto ao número de
lados
Triângulo Equilátero: Os três lados têm medidas iguais. .
m(AB) = m(BC) = m(CA)
Triângulo Isósceles: Dois lados têm medidas iguais.
m(AB) = m(AC).
Triângulo Escaleno: Todos os três lados têm medidas
diferentes.
2.1. Classificação dos triângulos quanto às medidas
dos ângulos
Triângulo Acutângulo: Todos os ângulos internos são
agudos, isto é, as medidas dos ângulos são menores do
que 90º.
Triângulo Obtusângulo: Um ângulo interno é obtuso,
isto é, possui um ângulo com medida maior do que 90º.
119
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Triângulo Retângulo: Possui um ângulo interno reto
(90 graus). Atenção a esse tipo de triângulo pois ele é mui-
to cobrado!
Medidas dos Ângulos de um Triângulo
Ângulos Internos: Consideremos o triângulo ABC. Po-
deremos identificar com as letras a, b e c as medidas dos
ângulos internos desse triângulo.
Em alguns locais escrevemos as letras
maiúsculas, acompanhadas de acento () para
representar os ângulos.
#FicaDica
Seguindo a regra dos polígonos, a soma dos ângulos
internos de qualquer triângulo é sempre igual a 180 graus,
isto é: a + b + c = 180°
Ex: Considerando o triângulo abaixo, podemos achar o
valor de x, escrevendo: 70º + 60º + x = 180º e des-
sa forma, obtemos x = 180º − 70º − 60º = 50º
Ângulos Externos: Consideremos o triângulo ABC.
Como observamos no desenho, as letras minúsculas repre-
sentam os ângulos internos e as respectivas letras maiúscu-
las os ângulos externos.
Todo ângulo externo de um triângulo é igual à soma
dos dois ângulos internos não adjacentes a esse ângulo
externo. Assim: A = b + c, B = a + c, C = a + b
Ex: No triângulo desenhado, podemos achar a medida
do ângulo externo x, escrevendo: x = 50º + 80º = 130°.
Congruência de Triângulos
Duas figuras planas são congruentes quando têm a
mesma forma e as mesmas dimensões, isto é, o mesmo
tamanho. Para escrever que dois triângulos ABC e DEF são
congruentes, usaremos a notação: ABC ~ DEF
Para os triângulos das figuras abaixo, existe a congruên-
cia entre os lados, tal que: AB ~ RS, BC ~ ST, CA ~ T e
entre os ângulos:
Se o triângulo ABC é congruente ao triângulo RST, es-
crevemos: A� ~ R� , B �~ S� , C� ~ T�
FIQUE ATENTO!
Dois triângulos são congruentes, se os seus
elementos correspondentes são ordenada-
mente congruentes, isto é, os três lados e os
três ângulos de cada triângulo têm respecti-
vamente as mesmas medidas. Deste modo,
para verificar se um triângulo é congruente a
outro, não é necessário saber a medida de to-
dos os seis elementos, basta conhecerem três
elementos, entre os quais esteja presente pelo
menos um lado. Para facilitar o estudo, indica-
remos os lados correspondentes congruentes
marcados com símbolos gráficos iguais.
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Casos de Congruência de Triângulos
LLL (Lado, Lado, Lado): Os três lados são conhecidos.
Dois triângulos são congruentes quando têm, respectiva-
mente, os três lados congruentes. Observe que os elemen-
tos congruentes têm a mesma marca.
LAL (Lado, Ângulo, Lado): Dados dois lados e um ân-
gulo. Dois triângulos são congruentes quando têm dois la-
dos congruentes e os ângulos formados por eles também
são congruentes.
ALA (Ângulo, Lado, Ângulo): Dados dois ângulos e
um lado. Dois triângulos são congruentes quando têm um
lado e dois ângulos adjacentes a esse lado, respectivamen-
te, congruentes.
LAAo (Lado, Ângulo, Ângulo oposto): Conhecido um
lado, um ângulo e um ângulo oposto ao lado. Dois triângu-
los são congruentes quando têm um lado, um ângulo, um
ângulo adjacente e um ângulo oposto a esse lado respec-
tivamente congruente.
Semelhança de Triângulos
Duas figuras são semelhantes quando têm a mesma
forma, mas não necessariamente o mesmo tamanho. Se
duas figuras R e S são semelhantes, denotamos: .
Ex: As ampliações e as reduções fotográficas são figuras
semelhantes. Para os triângulos:
Os três ângulos são respectivamente congruentes, isto
é: A~R, B~S, C~T
Casos de Semelhança de Triângulos
Dois ângulos congruentes: Se dois triângulos tem dois
ângulos correspondentes congruentes, então os triângulos
são semelhantes.
Se A~D e C~F então: ABC =� DEF
Dois lados proporcionais: Se dois triângulos tem dois
lados correspondentes proporcionais e os ângulos forma-
dos por esses lados também são congruentes, então os
triângulos são semelhantes.
Como m(AB) ⁄ m(EF) = m(BC) ⁄ m(FG) = 2 ,
então ABC =� EFG
Ex: Na figura abaixo, observamos que um triângulo
pode ser “rodado” sobre o outro para gerar dois triângulos
semelhantes e o valor de x será igual a 8.
Três lados proporcionais: Se dois triângulos têm os
três lados correspondentes proporcionais, então os triân-
gulos são semelhantes.
121
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Teorema de Pitágoras
Dizem que Pitágoras, filósofo e matemático grego que viveu na cidade de Samos no século VI a. C., teve a intuição do
seu famoso teorema observando um mosaico como o da ilustração a seguir.
Observando o quadro, podemos estabelecer a seguinte tabela:
Triângulo
ABC
Triângulo
A`B`C`
Triângulo
A``B``C``
Área do quadrado construído
sobre a hipotenusa
4 8 16
Área do quadrado construído
sobre um cateto
2 4 8
Área do quadrado construído
sobre o outro cateto
2 4 9
Como 4 = 2 + 2 � 8 = 4 + 4 � 16 = 8 + 8 , Pitágoras observou que a área do quadrado construído sobre a
hipotenusa é igual à soma das áreas dos quadrados construídos sobre os catetos.
A descoberta feita por Pitágoras estava restrita a um triângulo particular: o triângulo retângulo isósceles. Estudos reali-
zados posteriormente permitiram provar que a relação métrica descoberta por Pitágoras era válida para todos os triângulos
retângulos. Os lados do triângulo retângulo são identificados a partir a figura a seguir:
Onde os catetos são os segmentos que formam o ângulo de 90° e a hipotenusa é o lado oposto a esse ângulo. Cha-
mando de “a” e “b” as medidas dos catetos e “c” a medida da hipotenusa, define-se um dos teoremas mais conhecidos da
matemática, o Teorema de Pitágoras:
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c2 = a2 + b2
Onde a soma das medidas dos quadrados dos catetos é
igual ao quadrado da hipotenusa.
Teorema de Pitágoras no quadrado
Aplicando o teorema de Pitágoras, podemos estabele-
cer uma relação importanteentre a medida d da diagonal
e a medida l do lado de um quadrado.
d= medida da diagonal
l= medida do lado
Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo retân-
gulo ABC, temos:
d² = l² + l²
d = √2l²
d = l 2
Teorema de Pitágoras no triângulo equilátero
Aplicando o teorema de Pitágoras, podemos estabele-
cer uma relação importante entre a medida h da altura e a
medida l do lado de um triângulo equilátero.
l= medida do lado
h= medida da altura
No triângulo equilátero, a altura e a mediana coincidem.
Logo, é ponto médio do lado BC. No triângulo retângulo
AHC, é ângulo reto. De acordo com o teorema de Pitágo-
ras, podemos escrever:
h² =
3l2
4
h =
l 3
2
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1.(TJ-SP – ESCREVENTE JUDICIÁRIO – VUNESP/2017)
A figura seguinte, cujas dimensões estão indicadas em me-
tros, mostra as regiões R
1
e R
2
, e , ambas com formato de
triângulos retângulos, situadas em uma praça e destinadas a
atividades de recreação infantil para faixas etárias distintas.
Se a área de R
1
e R
2
, é 54 m², então o perímetro de R
1
e R
2
, é, em
metros, igual a:
a) 54
b) 48
c) 36
d) 40
e) 42
Resposta: Letra B.
Esse problema se resolve tanto por semelhança de triân-
gulos, quanto pela área de . Em ambos os casos, encon-
traremos x = 12 m. Após isso, pelo teorema de Pitágoras,
achamos a hipotenusa do triângulo R
1
e R
2
, , que será 20 m.
Assim, o perímetro será 12+16+20 = 48 m.
123
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2. (PM SP 2014 – VUNESP). Duas estacas de madeira,
perpendiculares ao solo e de alturas diferentes, estão dis-
tantes uma da outra, 1,5 m. Será colocada entre elas uma
outra estaca de 1,7 m de comprimento, que ficará apoiada
nos pontos A e B, conforme mostra a figura.
A diferença entre a altura da maior estaca e a altura da
menor estaca, nessa ordem, em cm, é:
a) 95.
b) 75.
c) 85.
d) 80.
e) 90.
Resposta: Letra D.
Note que x é exatamente a diferença que queremos, e
podemos calculá-lo através do Teorema de Pitágoras:
1,72 = 1,52 + x2
2,89 = 2,25 + x2
x2 = 2,89 – 2,25
x² = 0,64x = 0,8 m ou 80 cm
LEI DOS SENOS E LEI DOS COSSENOS
Lei dos Senos
A Lei dos senos relaciona os senos dos ângulos de um
triângulo qualquer (não precisa necessariamente ser retân-
gulo) com os seus respectivos lados opostos. Além disso,
há uma relação direta com o raio da circunferência circuns-
crita neste triângulo:
a
sen A�
=
b
sen B�
=
c
sen C�
= 2R
.Lei dos Cossenos
A lei dos cossenos é considerada uma generalização
do teorema de Pitágoras, onde para qualquer triângulo,
conseguimos relacionar seus lados com a subtração de um
termo que possui o ângulo oposto do lado de referência.
a2 = b2 + c2 − 2 � b � c � cos A�
b2 = a2 + c2 − 2 � a � c � cos B�
c2 = a2 + b2 − 2 � a � b � cos C�
FIQUE ATENTO!
Há três formas distintas de utilizar a Lei
dos Cossenos. Quando for utilizá-la, tenha
cuidado ao expressar os termos conhecidos
e a incógnita em uma das três equações
propostas. Note que o termo à esquerda do
sinal de igual é o lado oposto ao ângulo que
deve aparecer na equação.
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EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. Calcule a medida de x:
Resposta: Aplicando a lei dos senos, lembrando que temos que aplicar ao ângulo oposto ao lado que iremos usar. As-
sim, o lado de medida 100 possui o ângulo A� como oposto, e ele mede 30°, dado as medidas dos outros ângulos, assim:
x
sen 45° =
100
sen 30°
x
2/2
=
100
1/2
x = 100 2
2.Calcule a medida de x:
Resposta: Aplicando a lei dos senos, lembrando que ela se relaciona com a circunferência circunscrita ao triângulo:
x
sen 60° = 2R
x
3/2
= 2 3
x = 3
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GEOMETRIA ESPACIAL
A) RETAS E PLANOS NO ESPAÇO: PARALELISMO E PERPENDICULARISMO.
B) PRISMAS, PIRÂMIDES, CILINDROS E CONES: CONCEITO, ELEMENTOS, CLASSIFICAÇÃO,
ÁREAS, VOLUMES E TRONCOS.
C) ESFERA: ELEMENTOS, SEÇÃO DA ESFERA, ÁREA E VOLUME.
GEOMETRIA ESPACIAL
1. Poliedros
Poliedros são sólidos compostos por faces, arestas e vértices. As faces de um poliedro são polígonos. Quando as faces
do poliedro são polígonos regulares e todas as faces possuem o mesmo número de arestas, temos um poliedro regular.
Há 5 tipos de poliedros regulares, a saber:
Tetraedro: poliedro de quatro faces
Hexaedro: poliedro de seis faces (cubo)
Octaedro: poliedro de oito faces
Dodecaedro: poliedro de doze faces
Icosaedro: poliedro de vinte faces
Já poliedros não regulares são sólidos cujas faces ou são polígonos não regulares ou não possuem o mesmo número de
arestas. Os exemplos mais usuais são pirâmides (com exceção do tetraedro) e prismas (com exceção do cubo).
Relação de Euler: relação entre o número de arestas (A), faces (F) e vértices (V) de um poliedro convexo. É dada por:
V− A + F = 2
2. Prismas
Prisma é um sólido geométrico delimitado por faces planas, no qual as bases se situam em planos paralelos. Quanto à
inclinação das arestas laterais, os prismas podem ser retos ou oblíquos.
2.1. Prisma reto
As arestas laterais têm o mesmo comprimento.
As arestas laterais são perpendiculares ao plano da base.
As faces laterais são retangulares.
2.2. Prisma oblíquo
As arestas laterais têm o mesmo comprimento.
As arestas laterais são oblíquas (formam um ângulo diferente de um ângulo reto) ao plano da base.
As faces laterais não são retangulares.
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Bases: regiões poligonais congruentes
Altura: distância entre as bases
Arestas laterais paralelas: mesmas
medidas
Faces laterais: paralelogramos
Prisma reto Aspectos comuns Prisma oblíquo
Prismas regulares: prismas que possuem como base, polígonos regulares (todos os lados iguais).
Sendo AB , a área da base, ou seja, a área do polígono correspondente e AL , a área lateral, caracterizada pela soma
das áreas dos retângulos formados entre as duas bases, temos que:
Área total: AT = AL + 2 � AB
Volume: V = AB. h , onde h é a altura, caracterizada pela distância entre as duas bases
3. Cilindros
São sólidos parecidos com prismas, que apresentam bases circulares e também podem ser retos ou oblíquos.
Sendo R o raio da base, a altura do cilindro, temos que:
Área da base: AB = πR2
Área lateral: AL = 2πRh
Área total: AT = AL + 2AB
Volume: V = AB � h
4. Pirâmides
As pirâmides possuem somente uma base e as faces laterais são triângulos. A distância do vértice de encontro dos
triângulos com a base é o que determina a altura da pirâmide (h).
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Sendo a área da base, determinada pelo polígono que
forma a base, a área lateral, determinada pela soma das
áreas dos triângulos laterais, temos que:
Área total: AT = AL + AB
Volume: V =
AB � h
3
5. Cones
Os cones são sólidos possuem uma única base (círculo).
A distância do vértice à circunferência (contorno da base)
é chamada de geratriz (g) e a distância entre o vértice e o
centro do círculo é a altura do cone (h).
Geratriz: g2 = R2 + h2
Área da Base: AB = πR2
Área Lateral: AL = πgR
Área Total: AT = AL + AB
Volume: V = AB � h3
6. Esfera
A esfera é o conjunto de pontos nos quais a distância
em relação a um centro é menor ou igual ao raio da esfera
R. A esfera é popularmente conhecida como “bola” pois seu
formato é o mesmo de uma bola de futebol, por exemplo.
Área da Superfície Esférica: A = 4πR2
Volume: V =
4πR3
3
Na área total dos prismas e cilindros, multipli-
camos a área da base por 2 pois temos duas
bases formando o sólido. Já no caso das pirâ-
mides e dos cones isto não ocorre, pois há ape-
nas uma base em ambos.
#FicaDica
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (TJ-SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU-
NESP/2017) As figuras seguintes mostram os blocos de
madeira A, B e C, sendo A e B de formato cúbico e C com
formato de paralelepípedo reto retângulo, cujos respecti-
vos volumes, em cm³, são representados por VA, VB e VC.
Se VA + VB = 1/2 VC , então a medida da altura do bloco C,
indicada por h na figura, é, em centímetros, igual a:
a) 15,5
b) 11
c) 12,5
d) 14
e) 16
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Resposta : Letra C.
VA = 53 = 125 cm³
VB = 103 = 1000 cm³
Logo: VC2 = VA+ VB = 125 + 1000
→
VC
2 = 1125 → VC = 2250 cm³
Portanto, VC = 18 � 10 � h = 2250 → h =
2250
180 = 12,5 cm
2. (PEDAGOGO – IF/2016) Uma lata de óleo de soja de 1
litro, com formato cilíndrico, possui 8 cm de diâmetro inter-
no. Assim, a sua altura é de aproximadamente: (Considere
π = 3,14 )
a) 20 cm
b) 25 cm
c) 201 cm
d) 200 cm
e) 24 cm
Resposta: Letra A.
1L = 1dm3 = 1000 cm³
Volume da lata(cilindro):
VC = πR2h → 3,14 � 42 � h = 1000 → h ≅ 20 cm
Obs: Como o diâmetro é igual a 8cm o raio é igual a
4cm.
3. (PREF. ITAPEMA-SC – TÉCNICO CONTÁBIL – MS
CONCURSOS/2016) O volume de um cone circular reto,
cuja altura é 39 cm, é 30% maior do que o volume de um
cilindro circular reto. Sabendo que o raio da base do cone
é o triplo do raio da base do cilindro, a altura do cilindro é:
a) 9 cm
b) 30 cm
c) 60 cm
d) 90 cm
Resposta: Letra D.
Volume do cone: VC
Volume do cilindro: Vcil
Do enunciado: VC = 1,3. Vcil (30% maior).
4. (CÂMARA DE ARACRUZ-ES – AGENTE ADMINIS-
TRATIVO E LEGISLATIVO – IDECAN/2016) João possui
cinco esferas as quais, quando colocadas em certa ordem,
seus volumes formam uma progressão aritmética. Sabendo
que a diferença do volume da maior esfera para a menor é
32 cm³ e que o volume da segunda maior esfera é 86,5 cm³,
então o diâmetro da menor esfera é: (Considere: π = 3)
a) 2 cm
b) 2,5 cm
c) 4,25 cm
d) 5 cm
Resposta: Letra D.
Sendo a P.A. (V1 , V2 , V3, V4 , V5), (, o enunciado fornece:
Do termo geral da P.A., sabe-se que
V5 = V1 + 5− 1 � r = V1 + 4r
onde r é a razão da P.A.
Assim, V1 + 4r − V1 = 32 → 4r = 32 → r = 8
Como
V4 = V1 + 3r
→ V1 + 3 � 8 = 86,5
→ V1 + 24 = 86,5
→ V1 = 62,5 cm
Como
V =
4
3 πR
3
→
4
3 � 3 � R
3 = 62,5
→ R3 =
62,5
4
→ R3 = 15,625
→ R = 2,5 cm
Como o exercício pediu o diâmetro, D = 2.2,5 = 5 cm
ESCALAS
Em linhas gerais, escala é a relação matemática entre a
distância medida em um mapa (ou desenho, planta, etc.)
e a dimensão real do objeto (local) representado por esse
mapa (ou desenho, planta, etc.). Quando se observa um
mapa e lê-se que ele foi feito em escala 1:500 cm, significa
que 1 cm medido no mapa equivale a 500 cm na realidade.
Tipos de Escala
Considerando a forma de apresentação, há dois tipos
de escala, a saber:
Gráfica: a escala gráfica é aquela na qual a distância a
ser medida no mapa e sua equivalência são apresentadas
por unidade. Geralmente estão na parte inferior do mapa,
como no exemplo abaixo:
Fonte: brasilescola.uol.com.br/geografia/escalas.htm
Medindo com uma régua a distância entre 0 e 50 me-
tros, por exemplo, significa que a medida dessa distância
no mapa equivale a 50 metros na realidade.
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Numérica: a escala numérica é apresentada como uma
relação e estabelece diretamente qual é a relação entre dis-
tâncias no mapa e real, sem a necessidade de medições
com régua como na escala gráfica. Um exemplo de escala
numérica:
1:50.000
Isso significa que 1 cm no mapa equivale a 50.000 cm
na realidade.
Considerando o tamanho da representação de determi-
nado mapa ou desenho, a escala pode ser classificada de
três formas:
Natural: a escala natural é aquela na qual o tamanho
do desenho coincide com o tamanho do objeto real.
Reduzida: a escala reduzida é aquela na qual o dese-
nho é menor do que a realidade. É a escala na qual a maio-
ria dos mapas é feita.
Ampliada: a escala ampliada é aquela na qual o dese-
nho é maior do que a realidade. Figuras obtidas com auxílio
de microscópios, por exemplo, estão em escala ampliada.
Cálculo de Escala
A escala (E) pode ser expressa como:
𝐸 =
𝑑
𝐷
onde d é a distância medida no desenho (mapa) e D é
a distância real do objeto (local que o mapa representa).
Assim é possível calcular quaisquer distâncias medidas no
desenho.
FIQUE ATENTO!
Não se esqueça de trabalhar sempre com as
mesmas unidades de medida!
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (NOVA CONCURSOS - 2018) Considere o mapa a seguir:
Fonte: GIRARDI, G. ROSA, J.V. 1998 (Adaptação)
Determine, em quilômetros, a distância entre as cidades do
Rio de Janeiro e Vitória, e de Belo Horizonte a Vitória.
Resposta: 385 km e 346,5 km. Começando pela distân-
cia entre Rio de Janeiro e Vitória.
Pela definição de escala:
𝐸 =
𝑑
𝐷 →
1
7.700.000 =
5
𝐷 → 𝐷 = 5 ∙ 7.700.000 = 38.500.00 𝑐𝑚
Logo, a distância em quilômetros é igual a: 385 km
Entre Belo Horizonte e Vitória.
Pela definição de escala:
𝐸 =
𝑑
𝐷 →
1
7.700.000 =
4
𝐷 → 𝐷 = 4,5 ∙ 7.700.000 = 34.650.00 𝑐𝑚
Logo, a distância em quilômetros é igual a: 346,5 km
2. (NOVA CONCURSOS - 2018) Em uma cidade duas atra-
ções turísticas distam 4 km. Sabe-se que no mapa dessa
cidade, esses pontos estão distantes 20 cm um do outro.
Qual é a escala do mapa?
Resposta: 1:20000 Antes de utilizar a definição de es-
cala é importante que ambas as distâncias estejam na
mesma medida. Assim, é necessário passar 4 km para
cm: 4 km=400000 cm.
Pela definição de escala:
𝐸 =
𝑑
𝐷 → 𝐸 =
20
400000 =
1
20000 → 𝐸 = 1: 20000
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3. (NOVA CONCURSOS - 2018) Qual será a distância entre dois pontos em um mapa sabendo que a escala do mapa é de
1:200 000 e a distância real entre eles é de 8 km?
Resposta: 4 cm. Antes de utilizar a definição de escala é importante que ambas as distâncias estejam na mesma medida.
Assim, é necessário passar 8 km para cm: 8 km=800000 cm.
Pela definição de escala:
𝐸 =
𝑑
𝐷 →
1
200000 =
𝑑
800000 →
1
2 =
𝑑
8 → 𝑑 = 4𝑐𝑚
GEOMETRIA ANALÍTICA
A) PONTO: O PLANO CARTESIANO, DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS, PONTO MÉDIO DE UM
SEGMENTO, CONDIÇÃO DE ALINHAMENTO DE TRÊS PONTOS.
B) ESTUDO DA RETA: EQUAÇÃO GERAL E REDUZIDA; INTERSEÇÃO, PARALELISMO E
PERPENDICULARISMO ENTRE RETAS; DISTÂNCIA DE UM PONTO A UMA RETA; ÁREA DE UM
TRIÂNGULO.
C) ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA: EQUAÇÃO GERAL E REDUZIDA; POSIÇÕES RELATIVAS
ENTRE PONTO E CIRCUNFERÊNCIA, RETA E CIRCUNFERÊNCIA E DUAS CIRCUNFERÊNCIAS;
TANGÊNCIA.
A Geometria Analítica é a parte da Matemática que trata de resolver problemas cujo enunciado é geométrico, empre-
gando processos algébricos.
Criada por René Descartes (1596-1650), a Geometria Analítica contribui para a visão moderna da Matemática como um
todo, substituindo assim a visão parcelada das chamadas “matemáticas”, que colocava em compartilhamentos separados
Geometria, Álgebra e Trigonometria.
Essa integração da Geometria com Álgebra é muito rica em seus resultados, propriedades e interpretações. São inúme-
ras as aplicações da Geometria Analítica nas Ciências e na Técnica.
Abscissa de um ponto
Considere-se uma reta r. Sobre ela, marque-se um ponto O arbitrário, que chamaremos de origem, e seja adotada uma
unidade (u) de comprimento com a qual serão medidos os segmentos contidos na reta r.
O
u
r
Tome-se na reta r os pontos P à direita de O e P’ à esquerda de O, tais que, relativamente a (u), os segmentos e tenham
a mesma medida m.
P’ O P
m m
r
O sentido de O para P será considerado positivo e indicado por uma ponta de seta. Assim associa-se ao ponto P o nú-
mero real positivo m e ao ponto P’, o número –m.
P’(-m) P(m) rO
Dessa forma, associa-se a cada ponto da reta r um único número real, que será denominado abscissa (ou coordenada)
do ponto; a abscissa é positiva se, a partir da origem, o ponto for marcado no sentido positivo, e é negativa em caso con-
trário.
131
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
O rB A
-2 3
A(3): ponto A de abscissa 3
B (-2): ponto B de abscissa -2
O conjunto {reta, origem, unidade, sentido} será cha-
mado eixo.
Notas
1) A abscissa da origem é o número real 0 (zero).
2) Cada ponto de um eixo possui uma única abscissa, e
reciprocamente para cada abscissa existe um único
ponto do eixo.
3) Costuma-se indicar pela letra x a abscissa de um ponto.
Exemplo 1
Marcar sobre o eixo x, representado abaixo, os pontos
A(2), B(-3) e C .
0 1 x
Resolução
0 1½ 2-3
B C A
x
Segmento Orientado
Dado um segmento de reta AB, é possível associar a ele
o sentido de A para B ou o sentido de B para A. adotando-
-se, por exemplo, o sentido de A paraB, tem-se o segmen-
to orientado de origem A e extremidade B.
A B
Medida Algébrica
Considere-se sobre um eixo r um segmento orientado .
A B
r
A medida algébrica de , que será indicada por , é
definida pelo número XB – XA, onde XB e XA são respectiva-
mente as abscissas de B e de A.
Assim:
= XB – XA
Exemplo 2
= XB – XA = 10 – 3 = 7
a) A(3)
B(10)
= XB – XA = 1 – 8 = 7
b) A(1)
B(8)
Observações
1) Quando o sentido de é o mesmo do eixo, a me-
dida algébrica é positiva; em caso contrário, é negativa.
Nessas condições, se tem medida algébrica positiva,
então tem medida algébrica negativa.
2) O comprimento d de um segmento orientado , é
o módulo (valor absoluto) da medida algébrica de , ou
seja, .
Em símbolos:
d = = |XB - XA|
Exemplo 3
a) O comprimento do segmento orientado , dados
A(2) e B(11) é
= |XB - XA| = |11 – 2| = |9| = 9
b) O comprimento do segmento orientado , dados
A(
3) e B(8) é
= |XB - XA| = |3 - 8| = |-5| = 5
Exemplo 4
Na figura abaixo, os pontos A, B e C estão sobre o eixo
x de origem O.
A O C B
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
x
Calcular:
a)
b)
c)
Resolução
Da figura, tem-se XA = -3, XB = 4 e XC = 2.
Assim,
a) = XC – XA = 2 – (-3) = 5
b) = XO – XB = 0 – 4 = -4
c)
Exemplo 5
Dados os pontos A(1) e B(9), determinar o ponto C tal
que .
Resolução
Seja XC a abscisssa do ponto C:
Substituindo-se as coordenadas dos pontos:
XC – 1 = 3(9 - XC) → XC = 7
Resposta: C(7).
132
M
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EM
[ Á
TI
CA
Exemplo 6
Dado o ponto A(3), determinar um ponto B que diste 5
unidades do ponto A.
Resolução
Seja XB a abscissa de B. Tem-se: = 5, ou seja, |XB -
XA| = 5
XB – 3 = 5 → XB = 8
Então |XB – 3| = 5 ou
XB – 3 = -5 → XB = -2
De fato, existem dois pontos B que distam 5 unidades
de A:
B A B
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8
5 5
Resposta: B(8) ou B(-2).
Ponto Médio
Considerem-se os pontos A(XA) e B(XB). Sendo M(XM) o
ponto médio de (ou de ), tem-se:
De fato,
A B B
XA XB
Portanto, a abscissa do ponto médio M do segmento
(ou de ) é a média aritmética das abscissas de A e de B.
Exemplo 7
Determinar o ponto médio M do segmento , nos se-
guintes casos:
a) A(1) e B(7)
Resolução
Resposta: M(4).
b) A(-3) e B(15)
Resolução
Resposta: M(6).
c) A(-1) e B(-12)
Resolução
Resposta: M .
Exemplo 8
Dados os pontos A(1) e B(16), obter os pontos que divi-
dem o segmento em três partes congruentes.
Resolução
Considere-se a figura abaixo, onde R e S são os pontos
pedidos.
A R S B
1 16
Como são iguais, pode-se escrever
, ou seja,
XS – XA = 2(XB – XS)
XS – 1 = 2(16 – XS) ∴ XS = 11
Sendo R o ponto médio de , vem:
Resposta: R(6) e S(11).
SISTEMA CARTESIANO
Coordenadas de um ponto
Sejam x e y dois eixos perpendiculares entre si e com
origem O comum, conforme a figura abaixo. Nessas condi-
ções, diz-se que x e y formam um sistema cartesiano re-
tangular (ou ortogonal), e o plano por eles determinado é
chamado plano cartesiano.
Eixo x (ou Ox): eixo das abscissas
Eixo y (ou Ou): eixo das ordenadas
O: origem do sistema
y
x
0 1
1
133
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EM
[ Á
TI
CA
A cada ponto P do plano corresponderão dois núme-
ros: a (abscissa) e b (ordenada), associados às projeções
ortogonais de P sobre o eixo x e sobre o eixo y, respecti-
vamente.
Assim, o ponto P tem coordenadas a e b e será indicado
analiticamente pelo par ordenado (a, b).
P
y
x
0 a
b
•
•
•
Exemplo 1
Os pontos, no sistema cartesiano abaixo, têm suas
coordenadas escritas ao lado da figura.
A (3, 2)
B (0, 2)
C (-3, 2)
D (-3, 0)
E (-3, -2)
F (0, -2)
G (3, -2)
H (3, 0)
O (0, 0) C
H
E
D
AB
F
-3 -2 -11
0
1 2 3
2
-2
-1
G
y
x
•
Nota
Neste estudo, será utilizado somente o sistema carte-
siano retangular, que se chamará simplesmente sistema
cartesiano.
Observações
1) Os eixos x e y dividem o plano cartesiano em quatro
regiões ou quadrantes (Q), que são numeradas, como na
figura abaixo.
y
x
0
2º Q 1º Q
4º Q3º Q
2) Neste curso, a reta suporte das bissetrizes do 1º e
3º quadrantes será chamada bissetriz dos quandrantes
ímapares e indica-se por bi.a do 2º e 4º quadrantes será
chamado bissetriz dos quadrantes pares e indica-se por bp.
y
x
0
bp
bi
Propriedades
1) Todo ponto P(a, b) do 1º quadrante tem abscissa po-
sitiva (a > 0) e ordenada positiva (b > 0) e recipro-
camente.
P(a, b) 1º Q a > 0 e b > 0
Assim P(3, 2) 1º Q
P
y
x
0
2
3
2) Todo ponto P(a, b) do 2º quadrante tem abscissa ne-
gativa (a < 0) e ordenada positiva (B > 0) e recipro-
camente.
P(a, b) 2º Q a < 0 e b > 0
Assim P(-3, 2) 2º quadrante
P
y
x
0-3
2
134
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[ Á
TI
CA
3) Todo ponto P(a, b) do 3º quadrante tem abscissa ne-
gativa (a < 0) e ordenada negativa (b < 0) e recipro-
camente.
P(a, b) 3º Q a < 0 e b < 0
Assim P(-3, -2) 3º Q
P
y
x
0
-3
-2
4) Todo ponto P(a, b) do 4º quadrante tem abscissa po-
sitiva (a > 0) e ordenada negativa (B < 0) e recipro-
camente.
P(a, b) 4º Q a > 0 e b < 0
Assim P(3, -2) 4º Q
P
y
x
0
3
-2
5) Todo eixo das abscissas tem ordenada nula e reci-
procamente.
P(a, b) Ox b = 0
Assim P(3, 0) Ox
y
xP
30
6) Todo ponto do eixo das ordenadas tem abscissa nula
e reciprocamente.
P(a, b) Oy a = 0
Assim P(0, 3) Oy
y
x
P3
0
7) Todo ponto P(a, b) da bissetriz dos quadrantes ím-
pares tem abscissa e ordenada iguais (a = b) e reci-
procamente.
P(a, b) bi a = b
Assim P(-2, -2) bi
y
x
P -2
0-2
8) Todo ponto P(a, b) da bissetriz dos quadrantes pares
tem abscissa e ordenada opostas (a = -b) e recipro-
camente.
P(a, b) bp a = -b
Assim P(-2, 2) bp
y
x
P 2
0-2
Exemplo 2
Obter a, sabendo-se que o ponto A(4, 3ª -6) está no
eixo das abscissas.
135
M
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[ Á
TI
CA
Resolução
A Ox 3a – 6 = 0 ∴ a = 2
Resposta: 2.
Exemplo 3
Obter m, sabendo-se que o ponto M(2m – 1, m + 3)
está na bissetriz dos quadrantes ímpares.
Resolução
M bi 2m – 1 = m + 3 ∴ m = 4
Resposta: 4.
Ponto Médio
Considerem-se os pontoa A(xA, yA) e B(xB, yB). Sendo
M(xM, yM) o ponto médio de (ou ), tem-se:
e , ou seja,
o ponto médio é dado por:
y
x
0
B’’ (yB)
M’’ (yM)
A’’ (yA)
B’ (yB)M’ (yM)A’ (yA)
De fato:
Se M é o ponto médio de (ou ), pelo teorema de
Tales, para o eixo x pode-se escrever:
Analogicamente, para o eixo y, tem-se
Portanto, as coordenadas do ponto médio M do seg-
mento (ou ) são respectivamente as médias das abs-
cissas de A e B e das ordenadas de A e B.
Exemplo 4
Obter o ponto médio M do segmento , sendo dados:
A(-1, 3) e B(0, 1).
Resolução
Resposta: .
Baricentro
Seja o triângulo ABC de vértices A(xA, yA), B(xB, yB) e C(xC,
yC). sendo G(xG, yG) o baricentro (ponto de encontro das
medianas) do triângulo ABC, tem-se:
ou seja, o ponto G é dado por
G
M
y
x
0 A’(xA) G’(xG) M’(xM)
C
A
B
De fato, considerando a mediana AM, o baricentro G é
tal que
Pelo Teorema de Tales, para o eixo x podemos escrever
e, como , vem
136
M
AT
EM
[ Á
TI
CA
ou seja,
Analogamente, para o eixo y, tem-se
Portanto, as coordenadas do baricentro de um triân-
gulo ABC são, respectivamente, as médias aritméticas das
abscissas de A, B e C e das ordenadas A, B e C.
Exemplo 5
Sendo A(1, -1), B(0, 2) e C(11, 5) os vértices de um triân-
gulo, obter o baricentro G desse triângulo.
Resolução
Logo, G(4, 2).
Distância Entre Dois Pontos
Considerem-se dois pontos distintos A(xA, yA) e B(xB, yB),
tais que o segmento não seja paralelo a algum dos ei-
xos coordenados.
Traçando-se por A e B as retas paralelas aos eixos coor-
denados que se interceptam em C, tem-se o triângulo ACB,
retângulo em C.
•
y
x
0
A
B
C
d
A distância entre os pontos A e B qie se indica por d é
tal que
Portanto:
Observações
1) Como (xB - xA)2 = (xA - xB)2, a ordem escolhida para a
diferença das abscissas não altera o cálculo de d. O mesmo
ocorre com a diferença das ordenadas.
2) A fórmulapara o cálculo da distância continua válida
se o segmento é paralelo a um dos eixos, ou ainda se
os pontos A e B coincidem, caso em que d = 0.
Exemplo 6
Calcular a distância entre os pontos A e B, nos seguintes
casos:
a) A(1, 8) e B(4, 12)
Resolução
b) A(0, 2) e B(-1, -1)
Resolução
Exemplo 7
Qual é o ponto da bissetriz dos quadrantes pares cuja
distância ao ponto A(2, 2) é 4?
Resolução
Seja P o ponto procurado.
Como P pertence à bissetriz dos quadrantes pares (bp),
pode-se representá-lo por P(a, -a).
Sendo 4 a distância entre A e P, tem-se
Quadrando
(2 – a)2 + (2 + a )2 = 16
a = 2
4 – 4a + a2 + 4 + 4a + a2 = 16 ∴ a2 = 4 ou
a = -2
Assim se a = 2, tem-se o ponto (2, -2)
se a = -2, tem-se o ponto (-2, 2)
De fato, existem dois pontos P da bissetriz dos qua-
drantes pares (bp) cuja distância ao ponto A(2, 2) é 4. Ob-
serve-se a figura:
bp
y
x
P-2
0
-2 2
2P A
137
M
AT
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[ Á
TI
CA
EXERCÍCIO COMENTADO
1- Dar as coordenadas dos pontos A, B, C, D, E, F e G da
figura abaixo:
E
D
C
A
B
F
1
G
y
x
•
Resposta: A(5, 1); B(0, 3); C(-3, 2); D(-2, 0); E(-1, -4); F(0,
-2); G(4, -3).
2- Seja o ponto A(3p – 1, p – 3) um ponto pertencente
à bissetriz dos quadrantes ímpares, então a ordenada do
ponto A é:
a) 0
b) –1
c) –2
d)
e) –4
Resposta: Letra E.
Como A pertence à bissetriz dos quadrantes ímapres xA
= yA ⇒ 3p – 1 = p – 3 ⇒ p = 1.
Logo, o ponto A(-4, -4) tem ordenada igual a -4.
3- O ponto A(p – 2, 2p – 3) pertence ao eixo das ordenadas.
Obter o ponto B’ simétrico de B(3p – 1, p – 5) em relação ao
eixo das abscissas.
Resposta: B’(5, 3).Se A pertence ao eixo das ordenadas,
temos que p – 2 = 0 ⇒ p = 2, logo, B(5, –3).
Como B’ é o simétrico de B em relação ao eixo das abs-
cissas, temos a mesma abscissa e a ordenada oposta,
logo, B’(5, 3) é o ponto procurado.
4- Um triângulo equilátero de lado 6 tem um vértice no
eixo das abscissas. Determine as coordenadas do 3º vérti-
ce, sabendo que ele está no 4º quadrante (faça a figura).
Resposta: C(3, ).Lembrando que a altura do triân-
gulo equilátero mede , temos: .
B (6, 0)
•
A (0, 0)
C (3, )
x
y
5- A distância entre dois pontos (2, -1) e (-1, 3) é igual a:
a) zero
b)
c)
d) 5
e) n.d.a.
Resposta: Letra D
Resolução
Δx = 2 – (–1) = 3 e Δy = –1 –3 = –4
d = 5
6- Sendo A(3,1), B(4, -4) e C(-2, 2) os vértices de um triân-
gulo, então esse triângulo é:
a) retângulo e não isósceles.
b) retângulo e isósceles.
c) equilátero.
d) isósceles e não retângulo.
e) escaleno.
Resposta: Letra D
e e
Portanto, o Δ ABC é isósceles e não retângulo.
138
M
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[ Á
TI
CA
7- Achar o ponto T da bissetriz dos quadrantes ímpares
que enxerga o segmento de extremindades A(2, 1) e B(5,
2) sob ângulo reto.
Resposta; T1(2, 2) e T2(3, 3).
Resolução
T∈ bissetriz dos quadrantes ímpares ⇒ T(x, x).
Se T enxerga sob ângulo reto, então o triângulo ATB
é retângulo em T.
T
A
B
⇒
Assim:
[(x - 2)2 + (x - 1)2] + [(x – 5)2 (x – 2)2] = [(2 – 5)2 + (1 – 2)2]
X2 – 4x + 4 + x2 – 2x + 1 + x2 – 10x + 25 + x2 – 4x + 4 =
9 + 1
4x2 – 20x + 24 = 0
X2 – 5x + 6 = 0 ⇒ x = 2 ou x = 3.
8- O paralelogramo ABCD tem lados , , e . Sen-
do A(0, 0), B(4, 2) e D(8, 0), determine as coordenadas do
ponto C.
Resposta: C(12, 2).
Resolução
M
B (4,2)
A (0,0) D (8,0)
C(a, b)
M é o ponto de encontro das diagonais, portanto ponto
médio dos segmentos e . Dados B e D, temos M(6,
1) e agora temos A e M, logo:
⇒
NÚMEROS COMPLEXOS
A) O NÚMERO “I”.
B) CONJUGADO E MÓDULO DE UM
NÚMERO COMPLEXO.
C) REPRESENTAÇÃO ALGÉBRICA E
TRIGONOMÉTRICA DE UM NÚMERO
COMPLEXO.
D) OPERAÇÕES NAS FORMAS ALGÉBRICA E
TRIGONOMÉTRICA.
Quantas vezes, ao calcularmos o valor de Delta (b2- 4ac)
na resolução da equação do 2º grau, nos deparamos com
um valor negativo (Delta < 0). Nesse caso, sempre dizemos
ser impossível a raiz no universo considerado (normalmente
no conjunto dos reais- R). A partir daí, vários matemáticos
estudaram este problema, sendo Gauss e Argand os
que realmente conseguiram expor uma interpretação
geométrica num outro conjunto de números, chamado de
números complexos, que representamos por C.
Números Complexos
Chama-se conjunto dos números complexos, e
representa-se por C, o conjunto de pares ordenados, ou
seja:
z = (x,y)
onde x pertence a R e y pertence a R.
Então, por definição, se z = (x,y) = (x,0) + (y,0)(0,1) onde
i=(0,1), podemos escrever que:
z=(x,y)=x+yi
Exemplos:
(5,3)=5+3i
(2,1)=2+i
(-1,3)=-1+3i
Dessa forma, todo o números complexo z=(x,y) pode
ser escrito na forma z=x+yi, conhecido como forma
algébrica, onde temos:
x=Re(z, parte real de z
y=Im(z), parte imaginária de z
Igualdade entre números complexos: Dois números
complexos são iguais se, e somente se, apresentam
simultaneamente iguais a parte real e a parte imaginária.
Assim, se z1=a+bi e z2=c+di, temos que:
z1=z2<==> a=c e b=d
Adição de números complexos: Para somarmos dois
números complexos basta somarmos, separadamente,
as partes reais e imaginárias desses números. Assim, se
z=a+bi e z2=c+di, temos que:
z1+z2=(a+c) + (b+d)
Subtração de números complexos: Para subtrairmos
dois números complexos basta subtrairmos, separadamente,
as partes reais e imaginárias desses números. Assim, se
z=a+bi e z2=c+di, temos que:
z1-z2=(a-c) + (b-d)
139
M
AT
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[ Á
TI
CA
Potências de i
Se, por definição, temos que i = - (-1)1/2, então:
i0 = 1
i1 = i
i2 = -1
i3 = i2.i = -1.i = -i
i4 = i2.i2=-1.-1=1
i5 = i4. 1=1.i= i
i6 = i5. i =i.i=i2=-1
i7 = i6. i =(-1).i=-i ......
Observamos que no desenvolvimento de in (n
pertencente a N, com n variando, os valores repetem-se
de 4 em 4 unidades. Desta forma, para calcularmos in basta
calcularmos ir onde r é o resto da divisão de n por 4.
Exemplo: i63 => 63 / 4 dá resto 3, logo i63=i3=-i
Multiplicação de números complexos: Para
multiplicarmos dois números complexos basta efetuarmos
a multiplicação de dois binômios, observando os valores
das potência de i. Assim, se z1=a+bi e z2=c+di, temos que:
z1.z2 = a.c + adi + bci + bdi2
z1.z2= a.c + bdi2 = adi + bci
z1.z2= (ac - bd) + (ad + bc)i
Observar que : i2= -1
Conjugado de um número complexo: Dado z=a+bi,
define-se como conjugado de z (representa-se por z-) ==>
z-= a-bi
Exemplo:
z=3 - 5i ==> z- = 3 + 5i
z = 7i ==> z- = - 7i
z = 3 ==> z- = 3
Divisão de números complexos: Para dividirmos dois
números complexos basta multiplicarmos o numerador e o
denominador pelo conjugado do denominador. Assim, se
z1= a + bi e z2= c + di, temos que:
z1 / z2 = [z1.z2-] / [z2z2-] = [ (a+bi)(c-di) ] / [ (c+di)(c-di) ]
Módulo de um número complexo: Dado z = a+bi,
chama-se módulo de z ==> | z | = (a2+b2)1/2, conhecido
como ro
Interpretação geométrica: Como dissemos, no início,
a interpretação geométrica dos números complexos é que
deu o impulso para o seu estudo. Assim, representamos o
complexo z = a+bi da seguinte maneira
Forma polar dos números complexos: Da
interpretação geométrica, temos que:
que é conhecida como forma polar ou trigonométrica
de um número complexo.
Operações na forma polar: Sejam z1=ro1(cos t11) e
z2=ro1(cos t1+i sent1). Então, temos que:
a)Multiplicação
Divisão
Potenciação
Radiciação
para n = 0, 1, 2, 3, ..., n-1
Exercícios
1 - Sejam os complexos z1=(2x+1) + yi e z2=-y + 2i.
Determine x e y de modo que z1 + z2 = 0
2 - Determine x, de modo que z = (x+2i)(1+i) seja
imaginário puro.
3 - Qual é o conjugado de z = (2+i) / (7-3i)?
4 - Os módulos de z1 = x + 201/2i e z2= (x-2) + 6i são
iguais, qual o valor de x?
5 - Escreva na forma trigonométrica o complexo z =
(1+i) / i
Respostas
Resolução 01.
Temos que:
z1 + z2 = (2x + 1 -y) + (y +2) = 0
logo, é preciso que:
2x+1 - y =0 e y+2 = 0
Resolvendo, temos que y = -2 e x = -3/2
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[ Á
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Resolução 02.
Efetuando a multiplicação, temos que:
z = x + (x+2)i + 2i2
z= (x-2) + (x+2)i
Para z ser imaginário puro é necessário que (x-2)=0, logo x=2
Resolução 03.
Efetuando a divisão, temos que:
z = (2+i) / (7-3i) . (7+3i) / (7+3i) = (11 + 3i) / 58
Oconjugado de Z seria, então z- = 11/58 - 13i/58
Resolução 04.
Então, |z1= (x2 + 20)1/2 = |z2 = [(x-2)2 + 36}1/2
Em decorrência,
x2 + 20 = x2 - 4x + 4 + 36
20 = -4x + 40
4x = 20, logo x=5
Resolução 05.
Efetuando-se a divisão, temos:
z = [(1+i). -i] / -i2 = (-i -i2) = 1 – i
Para a forma trigonométrica, temos que:
r = (1 + 1)1/2 = 21/2
sen t = -1/21/2 = - 21/2 / 2
cos t = 1 / 21/2 = 21/2 / 2
Pelos valores do seno e cosseno, verificamos que t = 315º
Lembrando que a forma trigonométrica é dada por:
z = r(cos t + i sen t), temos que:
z = 21/2 (cos 315º + i sen 315º)
POLINÔMIOS A) FUNÇÃO POLINOMIAL; POLINÔMIO IDENTICAMENTE NULO; GRAU DE UM
POLINÔMIO; IDENTIDADE DE UM POLINÔMIO, RAIZ DE UM POLINÔMIO; OPERAÇÕES COM
POLINÔMIOS; VALOR NUMÉRICO DE UM POLINÔMIO.
B) DIVISÃO DE POLINÔMIOS, TEOREMA DO RESTO, TEOREMA DE D’ALEMBERT, DISPOSITIVO
DE BRIOT-RUFFINI.
EQUAÇÕES POLINOMIAIS A) DEFINIÇÃO, RAÍZES E MULTIPLICIDADE.
B) TEOREMA FUNDAMENTAL DA ÁLGEBRA.
C) RELAÇÕES ENTRE COEFICIENTES E RAÍZES.
D) RAÍZES REAIS E COMPLEXAS.
POLINÔMIOS
1. Definição e valor numérico
Um polinômio (função polinomial) com coeficientes reais na variável x é uma função matemática defi-
nida por: p(x) = aO + a1x + a2x² + a3x³ +. . . + anxn , onde a0, a1 , a2, . . . , an são números reais, denominados
coeficientes do polinômio. O coeficiente a0 é o termo constante.
Se os coeficientes são números inteiros, o polinômio é denominado polinômio inteiro em x. O valor numérico de um
polinômio p = p(x) em x = a é obtido pela substituição de x pelo número a, para obter p(a).
Ex: O valor numérico de de p(x) = 2x² + 7x − 12 para x = 3 é é dado por:
p(3) = 2 � (3)² + 7 � 3 − 12 = 2 � 9 + 21 − 12 = 18 + 9 = 27
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2. Grau de um polinômio
Em um polinômio, o termo de mais alto grau que possui um coeficiente não nulo é chamado termo dominante e o
coeficiente deste termo é o coeficiente do termo dominante. O grau de um polinômio p = p (x) não nulo, é o expoente
de seu termo dominante, que aqui será denotado por gr (p) . Acerca do grau de um polinômio, existem várias observações
importantes:
a) Um polinômio nulo não tem grau uma vez que não possui termo dominante. Em estudos mais avançados de mate-
mática, até define-se o grau de um polinômio nulo, mas não é o escopo desta apostila;
b) Se o coeficiente do termo dominante de um polinômio for igual a 1, o polinômio será chamado Mônico.
c) Um polinômio pode ser ordenado segundo as suas potências em ordem crescente ou decrescente.
d) Quando existir um ou mais coeficientes nulos, o polinômio será dito incompleto. Se o grau de um polinômio incom-
pleto for n, o número de termos deste polinômio será menor do que n + 1.
f) Um polinômio será completo quando possuir todas as potências consecutivas desde o grau mais alto até o termo
constante. Se o grau de um polinômio completo for n, o número de termos deste polinômio será exatamente n + 1.
h) É comum usar apenas uma letra p para representar a função polinomial p= p (x) e P [x] o conjunto de todos os poli-
nômios reais em x.
3. Igualdade de polinômios
Os polinômios p e q em P[x], definidos por:
p(x) = a0 + a1x + a2x² + a3x³ +. . . + an
xn
q(x) = b
0
+ b
1
x + b
2
x² + b
3
x³ +. . . + b
n
xn
São iguais se, e somente se, para todo k = 0,1,2,3,...,n:
FIQUE ATENTO!
Uma condição necessária e suficiente para que um polinômio inteiro seja identicamente nulo é que todos os
seus coeficientes sejam nulos.
Assim, um polinômio:
p(x) = a0 + a1x + a2x² + a3x³ +. . . + anxn será nulo se, e somente se, para todo k = 0,1,2,3, . . . ,n: a
k
= 0
4. Soma de polinômio
Consideremos novamente, p e q polinômios em P[x], definidos por:
p(x) = a0 + a1x + a2x² + a3x³ +. . . + an
xn
q(x) = b
0
+ b
1
x + b
2
x² + b
3
x³ +. . . + b
n
xn
Definimos a soma de p e q, por:
�p + q)(x) = (ao + bo) + (a1 + b1)x + (a2 + b2)x² +. . . + an + bn xn
A estrutura matemática formada pelo conjunto de todos os polinômios com a soma definida acima, possui algumas
propriedades:
a) Associativa: Quaisquer que sejam p, q, r em P[x], tem-se que:
p + q) + r = p + (q + r
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b) Comutativa: Quaisquer que sejam p, q em P[x], tem-se que:
p + q = q + p
c) Elemento neutro: Existe um polinômio tal que:
po + p = p qualquer que seja p em P[x].
d) Elemento oposto: Para cada p em P[x], existe outro polinômio q = −p em P[x] tal que: p + q = 0.
Com estas propriedades, a estrutura (P[x],+) é denominada um grupo comutativo.
5. Produto de polinômios
Sejam p, q em P[x], dados por:
p(x) = a
o + a1x + a2x² + a3x³ +. . . + anx
n
q(x) = b
o
+ b
1
x + b
2
x² + b
3
x³ +. . . + b
n
xn
Definimos o produto de p e q, como outro polinômio r em P[x]:
r x = p x · q x = co + c1x + c2x² + c3x³ +. . . + cnxn
Tal que:
ck = aobk + a1bk−1 + a2bk−2 + a3bk−3 +. . . + ak−1b1 + akbo
Para cada ck (k = 1, 2, 3, . . . , m + n) . Observamos que para cada termo da soma que gera ck (k = 1, 2, 3, . . . , m + n), a soma do índice de a com
o índice de b sempre fornece o mesmo resultado k.
A estrutura matemática (P[x],·) formada pelo conjunto de todos os polinômios com o produto definido acima, possui
várias propriedades:
a) Associativa: Quaisquer que sejam p, q, r em P[x], tem-se que:
p · q) · r = p � (q · r
b) Comutativa: Quaisquer que sejam p, q em P[x], tem-se que:
p · q = q · p
c) Elemento nulo: Existe um polinômio tal que:
po · p = po qualquer que seja p em P[x].
d) Elemento Identidade: Existe um polinômio tal que:
p1 · p = p qualquer que seja p em P[x].
e) Distributiva: Quaisquer que sejam p, q, r em P[x], tem-se que:
p · (q + r) = p · q + p · r
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6. Divisão de Polinômios
Sendo um polinômio e um polinômio não nulo , existe um par de polinômios e que satisfazem as seguintes relações:
A x = Q x � B x + R(x)
R x ≠ 0 ⇒ ∂R x < ∂B(x)
Onde: : A x : Dividendo, B x : Divisor, Q x : Quociente, R x : Resto
7. Teorema do Resto
Esse teorema propõe algumas relações interessantes em relação ao resto da divisão de um polinômio P (x) por alguns
tipos específicos de polinômios:
a) O resto da divisão de um polinômio P(x) por (x − a) é P(a).
b) Se dividirmos P (x) por x+a, o resto será P (-a).
c) No caso da divisão de P (x) por um polinômio linear na forma B(x) = ax − b , o resto será P (b/a) .
Existe um teorema, proposto por D´Lambert que confirma o conceito de raiz de função polinomial que
sempre foi utilizado. A condição necessária e suficiente para que o Polinômio P (x) seja divisível por (x-a) é
que a seja raiz de P (x) , ou seja P (a)=0.
#FicaDica
8. Método Euclidiano de divisão de polinômios
Método clássico que realiza a divisão por chaves de um polinômio de grau maior por um de grau menor. Aqui é impor-
tante a organização e multiplicação de todos os termos do polinômio para os devidos cancelamentos.
Ex: Vamos dividir x4 − x3 + 2x − 1 por x2 + x + 1
Primeiramente vamos montar a divisão e colocar o coeficiente “0” nos termos incompletos do polinômio. No caso do
primeiro polinômio, não temos o termo que multiplica x2. Assim, completamos com 0:
Agora, iniciamos a divisão propriamente dita. Devemos ir cancelando os maiores graus do polinômio dividendo, usando
o polinômio divisor. Logo, x4 do dividendo dividido por x2 do divisor, dá exatamente x2, assim:
Temos que realizar a subtração para eliminar o primeiro termo do divisor. Assim, devemos multiplicar o quociente pelo
divisor e inserir abaixo do dividendo, com o sinal invertido , pois estamos fazendo uma subtração:
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Analogamente, temos que fazer a mesma coisa para
os outros dois termos do divisor, +x e +1. Observe que
colocamos os resultados dos produtos com sinal inverti-
do e exatamente abaixo do grau correspondente de cada
resultado. Por isso, a importância de preencher com 0 os
coeficientes faltantes de um polinômio incompleto.
E
Agora é só realizar a operação, queirá gerar um polinô-
mio divisor de grau menor que o anterior:
Repetindo o procedimento para o polinômio que foi
formado, ficamos com o seguinte resultado:
Observe que a divisão finaliza quando o grau do resto é
menor que o grau do divisor.
9. Método de Divisão de Briot-Ruffini
Método desenvolvido unicamente para realizar divisões
de polinômios por(x-a) .
Ex. Divisão de 3x5 − 7x4 + 3x² − 5x + 17 por (x − 2)
Vamos montar um diagrama conforme visto na figura
abaixo e primeiramente vamos escrever os coeficientes do
polinômio na sua parte superior, preenchendo também
com “0” os termos que o polinômio não tem, nesse caso, o
divisor não possui o termo :
Como estamos dividindo por (x-2), sabemos que 2 é
raiz do divisor. Assim, vamos colocar este número no lado
esquerdo do diagrama:
Agora vamos iniciar o método copiando o primeiro
coeficiente do dividendo na parte de baixo. Depois, multi-
plicaremos o termo pelo número da esquerda (nesse caso,
2) e somando com o posterior na parte de cima, dessa for-
ma (3∙2 + (-7) = -1):
Repete-se o processo até chegarmos ao último termo
que será o resto da divisão.
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Logo, o resultado da divisão será o polinômio formado pelos coeficientes da linha inferior, 1 grau abaixo do dividendo:
Q x = 3x4 − x³ − 2x² − x − 7 . O resto será sempre o número indicado no lado direito: R (x) = 3.
10. Equações Algébricas
As equações algébricas estudam os polinômios de acordo com suas raízes. Sabendo deste objetivo, podemos relembrar
um conceito interessante que é a fatoração de polinômios, utilizando suas raízes, que também é chamado de Teorema de
Decomposição.
Sendo P x = a0x0 + a1x1 + a2x2 + ⋯+ anxn , ele pode ser escrito da seguinte forma:
P x = an � x − γ1 � x − γ2 � ⋯ � x − γn
Assim, toda Equação Polinomial P (x) = 0 de grau n ≥ 1 , tem exatamente n raizes reais ou complexas.
Outro conceito importante em relação as raízes é o que chamamos de multiplicidade. As raízes de P (x) não são
necessariamente distintas, logo, supondo que γ1 repete r vezes e γ2 repete s vezes, a decomposição fica:
P x = an � x − γ1 r � x − γ2 s � ⋯ � x − γn
Haverá um expoente determinando quantas repetições a raiz terá dentro do polinômio.
11. Relações de Girard
As relações de Girard foram encontradas para relacionar as raízes dos polinômios com os coeficientes dos mesmos.
Quem relembrar da equação de segundo grau na forma , vai ter estudado essas relações quando formularam as fórmulas
de soma e produto das raízes, onde tínhamos como resultado − ba e
c
a
respectivamente.
Essas relações são de Girard e agora iremos expandir para os demais graus de polinômios:
Sendo P x = a0x0 + a1x1 + a2x2 + ⋯+ anxn , podem-se relacionar as raízes do mesmo (γ1 , γ2, … γn) da seguinte
forma:
a) Soma das raízes: γ1 + γ2 + ⋯+ γn = −
an−1
an
b) Soma dos produtos das raízes tomadas 2 a 2:
γ1 � γ2 + γ1 � γ3 + ⋯+ γ1 � γn + γ2 � γ3 + ⋯+ γn−1 � γn = −
an−2
an
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c) Soma dos produtos das raízes tomadas p a p (p<n):
γ1 � γ2 … γp + ⋯+ γn−p … γn−1 � γn = −
an−p
an
d) Produto das raízes:
γ1 � γ2 � ⋯ � γn=
−1 na0
an
12. Raízes Complexas
Quando um número complexo na forma z = a + b∙i com e a, b ∈ ℝ e b ≠ 0 é raiz da equação algébrica P(x) = 0, de
coeficientes reais, então o seu conjugado é também raiz da mesma equação. Isso implica em duas consequências importantes:
a) Se o número complexo z possuir multiplicidade k, então seu conjugado também terá multiplicidade k;
b) Como as raízes complexas estão em pares, então pode-se afirmar que um polinômio de grau ímpar tem ao menos
1 raiz real.
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (IF-BA – Professor – AOCP/2016) A equação x3 − 147x + 686 = 0 tem por raízes os números m e n,
sendo m raiz dupla e . Nessas condições, o valor de (m + n) é:
a) 7
b) -7
c) -7 ou 7
c) 7-i
d) -7+i
Resposta: Letra B. Efetuando a multiplicação da forma fatorada e igualando ao polinômio original, temos que:
x − m 2 � x − n = x3 − 147x + 686
x2 − 2xm + m2 � x + 2m = x3 − 147x + 686
x3 + 2mx2 − 2mx2 − 4m2x + m2x + 2m3 = x3 − 147x + 686
Igualando os coeficientes semelhantes, temos que:
�−3m
2 = −147
2m3 = 686
Logo: m = 7 e n = −1
2. (MACK-SP) Determine m Є R para que o polinômio p(x) = (m − 4)x³ + (m² – 16)x² + (m + 4)x + 4
seja de grau 2.
Resposta: Não existe m, tal que o grau de P(x) seja igual 2.
Para que P(x) tenha grau 2, devemos respeitar as seguintes condições:
m – 4 = 0
m = 4
m2– 16 ≠ 0
m2 ≠ 16
m ≠ + 4 e – 4
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Para m = 4, temos:
p x = 4 – 4 x3 + 42– 16 x2 + 4 + 4 x + 4
p x = 0x3 + 0x2 + 8x + 4
p x = 8x + 4
Para m = – 4, temos
p x = – 4 – 4 x3 + – 4 2– 16 x2 + – 4 + 4 x + 4
p x =– 8x3 + 0x2 + 0x + 4
p x = – 8x³ + 4
Portanto, Não existe valor para m de modo que o polinômio p(x) seja de grau 2
EXPRESSÕES ALGÉBRICAS
1. Definições
Expressões Algébricas: São aquelas que contêm números e letras.
Ex: 2ax² + bx
Variáveis: São as letras das expressões algébricas que representam um número real e que de princípio não possuem
um valor definido.
Valor numérico: É o número que obtemos substituindo as variáveis por números e efetuamos suas operações.
Ex: Sendo x=1 e y=2, calcule o valor numérico (VN) da expressão:
Substituindo os valores: x² + y → 1² + 2 = 3 . Portanto o valor numérico da expressão é 3.
Monômio: Os números e letras estão ligados apenas por produtos.
Ex: 4x
Polinômio: É a soma ou subtração de dois ou mais monômios.
Ex: 4x+2y
Termos semelhantes: São aqueles que possuem partes literais iguais (variáveis)
Ex: 2x³y²z e 3x³y²z são termos semelhantes pois possuem a mesma parte literal (x3y2z).
2. Adição e subtração de monômios
FIQUE ATENTO!
Só podemos efetuar a adição e subtração de monômios entre termos semelhantes. E quando os termos
envolvidos na operação de adição ou subtração não forem semelhantes, deixamos apenas a operação indicada.
Ex: Dado os termos 5xy², 20xy², como os dois termos são semelhantes, é possível efetuar a adição e a subtração deles:
5xy² + 20xy² = 25xy2
Ex: Já para 5xy² − 20xy2 = −15xy2 devemos subtrair apenas os coeficientes e conservar a parte literal.
5xy² − 20xy2 = −15xy2
3. Multiplicação de monômios
Para multiplicarmos monômios não é necessário que eles sejam semelhantes, basta multiplicarmos coeficiente com
coeficiente e parte literal com parte literal. Sendo que quando multiplicamos as partes literais devemos usar a propriedade
da potência que diz: am � an = am+n (bases iguais na multiplicação, repetimos a base e somamos os expoentes).
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Ex: (3a²b) � (− 5ab³)
Na multiplicação dos dois monômios, devemos multi-
plicar os coeficientes 3 e -5 e na parte literal multiplicamos
os termos que contém a mesma base para que possamos
usar a propriedade de soma dos expoentes:
3a
2
b � − 5ab
3
= 3 � −5 � a2 � a � (b � b3)
3a
2
b � − 5ab
3
= −15 � a2+1 � (b1+3)
3a
2
b � − 5ab
3
= −15 a3b4
4. Divisão de monômios
Para dividirmos os monômios não é necessário que eles
sejam semelhantes, basta dividirmos coeficiente com coe-
ficiente e parte literal com parte literal. Sendo que quando
dividirmos as partes literais devemos usar a propriedade
da potência que diz: am ∶ a
n = a
m−n (bases iguais na
divisão repetimos a base e diminuímos os expoentes), sen-
do que .
Ex: −20x²y³) ∶ (− 4xy³
Na divisão dos dois monômios, devemos dividir os coe-
ficientes -20 e -4 e na parte literal dividirmos os termos
que contém a mesma base para que possamos usar a pro-
priedade
−20x
2y3 : − 4xy
3
= −20 : −4 � x2: x � (y3: y3)
−20x
2y3 : − 4xy
3
= +5 x2−1 � (y3−3)
−20x
2y3 : − 4xy
3
= +5 x1 � (y0)
−20x
2y3 : − 4xy
3
= +5x
5. Potenciação de monômios
Na potenciação de monômios devemos novamente uti-
lizar uma propriedade da potenciação:
I - ab
m
= am bm
II - am n = am�n
Ex: −5x
2
b6 2
Aplicando as propriedades:
−5x
2
b6 2 = −5)2 � x
2 2
� (b6 2
−5x
2
b6 2 = +25x4b12
6. Adição e Subtração de expressões algébricas
Para determinarmosa soma ou subtração de expres-
sões algébricas, basta somar ou subtrair os termos seme-
lhantes.
Ex: 2x³y²z + 3x³y²z = 5x³y²z
Ex: 2a²b − 3a²b = −a²b
7. Multiplicação e Divisão de expressões algébricas
Na multiplicação e divisão de expressões algébricas,
devemos usar a propriedade distributiva.
Ex: a (x + y) = ax + ay
Ex: (a + b) � (x + y) = ax + ay + bx + by
Ex: x(x² + y) = x³ + xy
Para multiplicarmos potências de mesma base,
conservamos a base e somamos os expoentes.
Na divisão de potências devemos conservar a
base e subtrair os expoentes
#FicaDica
Ex: 4x
2
2x = 2x
Ex: 6x
3− 8x
2x = 3x² − 4
Ex: x
4−5x3+9x2−7x+2
x2−2x+1
Neste exemplo mais sofisticado, devemos usar a divisão
por chaves:
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EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. Calcule: 3x² + 2x − 1) + (−2x² + 4x + 2
Resposta:
3x2 + 2x − 1 + −2x2 + 4x + 2
= 3x2 − 2x2 + 2x + 4x − 1 + 2 = x2 + 6x + 1
2. Calcule: 4 10x3 + 5x2 + 2x − 2x + 10
Resposta:
4 10x3 + 5x2 + 2x − 2x + 10 = 40x3 + 20x2 + 6x − 10
= 2(20x3 + 10x2 + 3x − 5)
HORA DE PRATICAR!
1.(SAAE de Aimorés – MG) Em uma festa de aniversário,
cada pessoa ingere em média 5 copos de 250 ml de refri-
gerante. Suponha que em uma determinada festa, havia
20 pessoas presentes. Quantos refrigerantes de 2 litros o
organizador da festa deveria comprar para alimentar as 20
pessoas?
a) 12
b) 13
c) 15
d) 25
2. Analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa
CORRETA:
I) 3 𝑥 4 ∶ 2 = 6
II) 3 + 4 𝑥 2 = 14
III) O resto da divisão de 18 por 5 é 3
a) I somente
b) I e II somente
c) I e III somente
d) I, II e III
3. (Pref. de Timon – MA) O problema de divisão 648 : 2 é
equivalente à:
a) 600: 2 𝑥 40: 2 𝑥 8: 2
b) 6: 2 + 4: 2 + 8: 2
c) 600: 2 − 40: 2 − 8: 2
d) 600: 2 + 40: 2 + 8: 2
e) 6: 2𝑥4: 2𝑥8: 2
4. (Pref. de São José do Cerrito – SC) Qual o valor da ex-
pressão: 34 + 14.4 2⁄ − 4 ?
a) 58
b) -31
c) 92
d) -96
5. (IF-ES) Um caminhão tem uma capacidade máxima de
700 kg de carga. Saulo precisa transportar 35 sacos de ci-
mento de 50 kg cada um. Utilizando-se desse caminhão,
o número mínimo de viagens que serão necessárias para
realizar o transporte de toda a carga é de:
a) 4
b) 5
c) 2
d) 6
e) 3
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6. (Pref. Teresina – PI) Roberto trabalha 6 horas por dia de
expediente em um escritório. Para conseguir um dia extra
de folga, ele fez um acordo com seu chefe de que trabalha-
ria 20 minutos a mais por dia de expediente pelo número
de dias necessários para compensar as horas de um dia do
seu trabalho. O número de dias de expediente que Roberto
teve que trabalhar a mais para conseguir seu dia de folga
foi igual a Parte superior do formulário
a) 16
b) 15
c) 18
d) 13
e) 12
7.(ITAIPU BINACIONAL) O valor da expressão:
1 + 1 + 1 + 1𝑥7 + 1 + 1𝑥0 + 1 − 1 é
a) 0
b) 11
c) 12
d) 29
e) 32
8. Qual a diferença prevista entre as temperaturas no Piauí
e no Rio Grande do Sul, num determinado dia, segundo as
informações? Tempo no Brasil: Instável a ensolarado no Sul.
Mínima prevista -3º no Rio Grande do Sul. Máxima prevista
37° no Piauí.
a) 34
b) 36
c) 38
d) 40
e) 42
9. Qual é o produto de três números inteiros consecutivos
em que o maior deles é –10?
a) -1320
b) -1440
c) +1320
d) +1440
e) nda
10. Três números inteiros são consecutivos e o menor deles
é +99. Determine o produto desses três números.
a) 999.000
b) 999.111
c) 999.900
d) 999.999
e) 1.000.000
11. Adicionando –846 a um número inteiro e multiplicando
a soma por –3, obtém-se +324. Que número é esse?
a) 726
b) 738
c) 744
d) 752
e) 770
12. Numa adição com duas parcelas, se somarmos 8 à pri-
meira parcela, e subtrairmos 5 da segunda parcela, o que
ocorrerá com o total?
a) -2
b) -1
c) +1
d) +2
e) +3
13. (Prefeitura de Chapecó – Engenheiro de Trânsi-
to – IOBV/2016) A alternativa cujo valor não é divisor de
18.414 é:
a) 27
b) 31
c) 37
d) 22
14. Verifique se os números abaixo são divisíveis por 4.
a) 23418
b) 65000
c) 38036
d) 24004
e) 58617
15. (ALGÁS – ASSISTENTE DE PROCESSOS ORGANI-
ZACIONAIS – COPEVE/2014)
Critério de divisibilidade por 11
Esse critério é semelhante ao critério de divisibilidade por
9. Um número é divisível por 11 quando a soma alternada
dos seus algarismos é divisível por 11. Por soma alternada
queremos dizer que somamos e subtraímos algarismos al-
ternadamente (539 5 - 3 + 9 = 11).
Disponível em:<http://educacao.globo.com> . Acesso em:
07 maio 2014.
Se A e B são algarismos do sistema decimal de numeração
e o número 109AB é múltiplo de 11, então
a) B = A
b) A+B=1
c) B-A=1
d) A-B=10
e) A+B=-10
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16. (IF-SE – TÉCNICO DE TECNOLOGIA DA INFOR-
MAÇÃO - FDC-2014) João, nascido entre 1980 e 1994,
irá completar, em 2014, x anos de vida. Sabe-se que x é
divisível pelo produto dos seus algarismos. Em 2020, João
completará a seguinte idade:
a) 32
b) 30
c) 28
d) 26
17. (PREF. ITATINGA-PE – ASSISTENTE ADMINISTRA-
TIVO – IDHTEC/2016) O número 102 + 101 + 100 é a repre-
sentação de que número?
a) 100
b) 101
c) 010
d) 111
e) 110
18. (TRF-SP – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2014) O re-
sultado da expressão numérica 53 : 51 × 54 : 5 × 55 : 5 : 56 - 5
é igual a :
a) 120.
b) 1
5
c) 55.
d) 25.
e) 620.
19. (FEI-SP) O valor da expressão B = 5 . 108 . 4 . 10-3 é:
a) 206
b) 2 . 106
c) 2 . 109
d) 20 . 10-4
20. (PREF. GUARULHOS-SP –ASSISTENTE DE GESTÃO
ESCOLAR – VUNESP/2016) Para iniciar uma visita moni-
torada a um museu, 96 alunos do 8º ano e 84 alunos do 9º
ano de certa escola foram divididos em grupos, todos com
o mesmo número de alunos, sendo esse número o maior
possível, de modo que cada grupo tivesse somente alunos
de um único ano e que não restasse nenhum aluno fora
de um grupo. Nessas condições, é correto afirmar que o
número total de grupos formados foi
a) 8
b) 12
c) 13
d) 15
e) 18
21. (PREF. ITATINGA-PE – ASSISTENTE ADMINISTRA-
TIVO – IDHTEC/2016) Um ciclista consegue fazer um per-
curso em 12 min, enquanto outro faz o mesmo percurso
15 min. Considerando que o percurso é circular e que os
ciclistas partem ao mesmo tempo do mesmo local, após
quanto tempo eles se encontrarão?
a) 15 min
b) 30 min
c) 1 hora
d) 1,5 horas
e) 2 horas
22. (PREF. SANTA TERIZINHA DO PROGRESSO-SC –
PROFESSOR DE MATEMÁTICA – CURSIVA/2018) Acer-
ca dos números primos, analise.
I- O número 11 é um número primo;
II- O número 71 não é um número primo;
III- Os números 20 e 21 são primos entre si.
Dos itens acima:
a) Apenas o item I está correto.
b) Apenas os itens I e II estão corretos.
c) Apenas os itens I e III estão corretos.
d) Todos os itens estão corretos.
23. (SAMAE DE CAXIAS DO SUL –RS – OPERADOR DE
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA E ESGOTO –
OBJETIVA/2017) Marcar C para as afirmativas Certas, E
para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresen-
ta a sequência CORRETA:
(---) Pertencem ao conjunto dos números naturais ímpares
os números ímpares negativos e os positivos.
(---) O número 72 é divisível por 2, 3, 4, 6, 8 e 9
(---) A decomposição do número 256 em fatores primos é 27
(---) Considerando-se os números 84 e 96, é correto afir-
mar que o máximo divisor comum é igual a 12.
a) E - E - C - C.
b) E - C - C - E.
c) C - E - E - E.
d) E - C - E - C.
e) C - E - C - C.
24. (PREF. GUARULHOS-SP – AGENTE ESCOLAR – VU-
NESP/2016) No ano de 2014, três em cada cinco estudan-
tes, na faixa etária dos 18 aos 24 anos, estavam cursando o
ensino superior, segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística. Supondo-se que naquele ano 2,4
milhões de estudantes, naquela faixa etária, não estivesse
cursando aquele nível de ensino, o número dos que cursa-
riam o ensino superior, em milhões, seria:
a) 3,0
b) 3,2
c) 3,4
d) 3,6
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e) 4,0
2.5 (PREF. TERRA DE AREIA-RS – AGENTE ADMINIS-
TRATIVO – OBJETIVA/2016) Três funcionários (Fernando,
Gabriel e Henrique) de determinada empresa deverão di-
vidir o valor de R$ 950,00 entre eles, de forma diretamente
proporcional aos dias trabalhos em certo mês. Sabendo-seque Fernando trabalhou 10 dias, Gabriel, 12, e Henrique,
16, analisar os itens abaixo:
I - Fernando deverá receber R$ 260,00.
II - Gabriel deverá receber R$ 300,00.
III - Henrique deverá receber R$ 410,00.
Está(ão) CORRETO(S):
a) II
b) I e II
c) I e III
d) II e III
e) Todos os itens
26. (TRT- 15ª REGIÃO SP– ANALISTA JUDICIÁRIO –
FCC/2018) André, Bruno, Carla e Daniela eram sócios em
um negócio, sendo a participação de cada um, respecti-
vamente, 10%, 20%, 20% e 50%. Bruno faleceu e, por não
ter herdeiros naturais, estipulara, em testamento, que sua
parte no negócio deveria ser distribuída entre seus sócios,
de modo que as razões entre as participações dos três
permanecessem inalteradas. Assim, após a partilha, a nova
participação de André no negócio deve ser igual a:
a) 20%.
b) 8%
c) 12,5%
d) 15%
e) 10,5%
27. (PREF. GUARULHOS-SP – AUXILIAR ADMINIS-
TRATIVO – VUNESP/2018) Um terreno retangular tem
35 m de largura e 1750 m2 de área. A razão entre a largura
e o comprimento desse terreno é
a) 0,8.
b) 0,7.
c) 0,6.
d) 0,5.
e) 0,4.
Leia o texto, para responder a Questão a seguir:
Uma loja vende peças de MDF (mistura de fibras de
madeira prensada) retangulares para artesãos. A unidade
padrão mede 22 cm de comprimento por 15 cm de largura
e custa R$ 24,00.
Fonte: http://voltarelliprudente.com.br/ o-que-e-mdf-cru/
O catálogo desta loja disponibiliza peças com outras
medidas cortadas a partir da unidade padrão. Observe
que ele está com informações incompletas em relação a
área e preço das peças.
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28. (UTPR 2018) O preço de cada peça é definido pro-
porcionalmente à área de cada uma em relação à unidade
padrão. Por exemplo, a área da peça B é metade da área da
unidade padrão, desse modo o preço da peça B é metade
do preço da unidade padrão, ou seja, R$ 12,00. Assim, as
peças A, C e D custam respectivamente:
a) R$ 12,00; R$ 12,00; R$ 4,00
b) R$ 12,00; R$ 6,00; R$ 6,00
c) R$ 6,00; R$ 4,00; R$ 4,00
d) R$ 12,00; R$ 4,00; R$ 6,00
e) R$ 12,00; R$ 6,00; R$ 4,00
29. Dividindo-se 660 em partes inversamente proporcio-
nais aos números 1/2, 1/3 e 1/6 obtém-se que números?
a) 30, 10, 5.
b) 30, 20, 10.
c) 40, 30, 20.
d) 20, 10, 5
30. Certo concreto é obtido misturando-se uma parte de
cimento, dois de areis e quatro de pedra. Qual será (em m³)
a quantidade de areia a ser empregada, se o volume a ser
concretado é 378 m³?
a) 108m3
b) 100m3
c) 80m3
e) 60m3
31. A herança de R$ 30.000,00 deve ser repartida entre
Antonio, Bento e Carlos. Cada um deve receber em partes
diretamente proporcionais a 3, 5 e 6, respectivamente, e in-
versamente proporcionais às idades de cada um. Sabendo-
-se que Antonio tem 12 anos, Bento tem 15 anos e Carlos
24 anos, qual será a parte recebida por Bento?
a) R$ 12.000,00.
b) R$ 14.000,00.
b) R$ 8.000,00.
c) R$ 24.000,00.
32. (SAAE Aimorés- MG – Ajudante – MÁXIMA/2016)
Misturam-se 30 litros de álcool com 20 litros de gasolina. A
porcentagem de gasolina na mistura é igual a:
a) 40%
b) 20%
c) 30%
d) 10%
33. (PREF. PIRAÚBA-MG – OFICIAL DE SERVIÇO PÚ-
BLICO – MS CONCURSOS/2017) Certo estabelecimento
de ensino possui em seu quadro de estudantes alunos de
várias idades. A quantidade de alunos matriculados nes-
te estabelecimento é de 1300. Sabendo que deste total
20% são alunos maiores de idade, podemos concluir que
a quantidade de alunos menores de idade que estão ma-
triculados é:
a) 160
b) 1040
c) 1100
d) 1300
34. (PREF. JACUNDÁ-PA – AUXILIAR ADMINISTRATIVO
– INAZ/2016) Das 300 dúzias de bananas que seu José foi
vender na feira, no 1° dia, ele vendeu 50% ao preço de R$ 3,00
cada dúzia; no 2° dia ele vendeu 30% da quantidade que so-
brou ao preço de R$ 2,00; e no 3° dia ele vendeu 20% do que
restou da venda dos dias anteriores ao preço de R$ 1,00. Quan-
to seu José apurou com as vendas das bananas nos três dias?
a) R$ 700,00
b) R$ 540,00
c) R$ 111,00
d) R$ 450,00
e) R$ 561,00
35. (COLÉGIO PEDRO II – PROFESSOR – 2016) Com a cria-
ção de leis trabalhistas, houve muitos avanços em relação aos
direitos dos trabalhadores. Entretanto, ainda há muitas barrei-
ras. Atualmente, a renda das mulheres corresponde, aproxima-
damente, a três quartos da renda dos homens. Considerando
os dados apresentados, qual a diferença aproximada, em ter-
mos percentuais, entre a renda do homem e a da mulher?
a) 75%
b) 60%
c) 34%
d) 25%
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36. (EBSERH – TÉCNICO EM ENFERMAGEM – IBFC/2017) Paulo gastou 40% de 3/5 de seu salário e ainda lhe restou R$
570,00. Nessas condições o salário de Paulo é igual a:
a) R$ 2375,00
b) R$ 750,00
c) R$ 1240,00
d) R$ 1050,00
e) R$ 875,00
37. (PREF. TANGUÁ-RJ – TÉCNICO E ENFERMAGEM – MS CONCURSOS/2017) Raoni comprou um fogão com 25%
de desconto, pagando por ele R$ 330,00. Qual era o preço do fogão sem o desconto?
a) R$ 355,00
b) R$ 412,50
c) R$ 440,00
d) R$ 460,00
38. (EBSERH – ADVOGADO – IBFC/2016) Ao comprar um produto, José obteve um desconto de 12% (doze por cento)
por ter pagado à vista e pagou o valor de R$ 105,60 (cento e cinco reais e sessenta centavos). Nessas condições, o valor
do produto, sem desconto, é igual a:
a) R$ 118,27
b) R$ 125,00
c) R$ 120,00
d) R$ 130,00
e) R$ 115,00
39. (PREF. ITAPEMA-SC – AGENTE MUNICIPAL DE TRÂNSITO – MS CONCURSOS/2016) Segundo dados do IBGE,
a população de Itapema (SC) em 2010 era de, aproximadamente, 45.800 habitantes. Já atualmente, essa população é de,
aproximadamente, 59.000 habitantes. O aumento percentual dessa população no período de 2010 a 2016 foi de:
a) 22,4%
b) 28,8%
c) 71,2%
d) 77,6%
40. (EBSERH – ADVOGADO – IBFC/2016) Joana gastou 60% de 50% de 80% do valor que possuía. Portanto, a porcen-
tagem que representa o que restou para Joana do valor que possuía é:
a) 76%
b) 24%
c) 32%
d) 68%
e) 82%
41. (TRT 11ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2015) Em 2015 as vendas de uma empresa foram 60% superiores
as de 2014. Em 2016 as vendas foram 40% inferiores as de 2015. A expectativa para 2017 é de que as vendas sejam 10%
inferiores as de 2014. Se for confirmada essa expectativa, de 2016 para 2017 as vendas da empresa vão.
a) diminuir em 6,25%
b) aumentar em 4%
c) diminuir em 4%
d) diminuir em 4,75%
e) diminuir em 5,5%
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42. (SAMAE CAXIAS DO SUL –RS –AJUSTADOR DE HIDRÔMETROS – OBJETIVA/2017) Em certa turma de matemá-
tica do Ensino Fundamental, o professor dividiu igualmente os 34 alunos em dois grupos (A e B) para que participassem de
certa competição de matemática envolvendo frações. Para cada resposta correta dada pelo grupo, este ganhava 10 pontos
e, para cada resposta incorreta, o grupo transferia 5 dos seus pontos para a equipe adversária. Considerando-se que os gru-
pos A e B iniciaram a competição com 20 pontos cada, e as questões foram as seguintes, assinalar a alternativa CORRETA:
a) grupo B ficou com 25 pontos a mais do que o grupo A.
b) grupo A ficou com 10 pontos a mais do que o grupo B.
c) grupo B ganhou ao todo 30 pontos e perdeu 5.
d) grupo A ganhou ao todo 20 pontos e perdeu 10.
e) Os dois grupos terminaram a competição com a mesma pontuação, 30 pontos cada.
43. (UFGO) Uma fração equivalente a 3/4 cujo denominador é um múltiplo dos números 3 e 4 é:
a) 6/8
b) 9/12
c) 15/24
d) 12/16
44. (COLÉGIO PEDRO II – PROFESSOR – 2018) O número decimal que representa a quantidade de crianças e jovens
envolvidos em atividades não agrícolas no Brasil, segundo o PNAD 2015, é:
a) 68/10
b) 0,68
c) 6,8
d) 68/100
45. Em seu testamento, uma mulher decide dividir seu patrimônio entre seus quatro filhos. Tal divisão foi feita da seguinte
forma:
• João receberá 1/5;
• Camila receberá 15%;
• Ana receberá R$ 16.000,00;
• Carlos receberá 25%.
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A fração que representa a parte do patrimônio recebida
por Ana é:
a) 2/4.
b) 3/5.
c) 2/5.
d) 1/4.
e) 3/4.
46. Bela é uma leitora voraz. Ela comprou uma cópia do best
seller «A Beleza da Matemática». No primeiro dia, Bela leu
1/5 das páginasmais 12 páginas, e no segundo dia, ela leu
1/4 das páginas restantes mais 15 páginas. No terceiro dia,
ela leu 1/3 das páginas restantes mais 18 páginas. Então,
Bela percebeu que restavam apenas 62 páginas para ler,
o que ela fez no dia seguinte. Então, o livro lido por Bela
possuía o seguinte número de páginas:
a) 120.
b) 180.
c) 240.
d) 300.
47. (EMAP – CARGOS DE NÍVEL MËDIO – CESPE/2018)
Os operadores dos guindastes do Porto de Itaqui são todos
igualmente eficientes. Em um único dia, seis desses opera-
dores, cada um deles trabalhando durante 8 horas, carre-
gam 12 navios.
Com referência a esses operadores, julgue o item seguinte.
Para carregar 18 navios em um único dia, seis desses ope-
radores deverão trabalhar durante mais de 13 horas.
( ) CERTO ( ) ERRADO
48. (PREF. SUZANO-SP – GUARDA CIVIL MUNICIPAL –
VUNESP/2018) Para imprimir um lote de panfletos, uma grá-
fica utiliza apenas uma máquina, trabalhando 5 horas por dia
durante 3 dias. O número de horas diárias que essa máquina te-
ria que trabalhar para imprimir esse mesmo lote em 2 dias seria
a) 8,0.
b) 7,5.
c) 7,0.
d) 6,5.
e) 6,0.
49. (VUNESP – CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS
– AGENTE DE COPA – 2013) Com uma lata de leite con-
densado, é possível se fazer 30 brigadeiros. Sabendo que o
preço de cada lata é de 4 reais, e para uma comemoração
serão necessários 450 brigadeiros, o total gasto, em reais,
para fazer esses brigadeiros, será de
a) 45
b) 53
c) 60
d) 70.
50. (VUNESP – CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS –
RECEPCIONISTA – 2013) Num posto de gasolina, foi pedido
ao frentista que enchesse o tanque de combustível. Foram colo-
cados 20,6 litros de gasolina, pelos quais custou R$ 44,29. Se fos-
sem colocados 38 litros de gasolina, o valor a ser pago seria de
a) R$ 37,41.
b) R$ 79,80.
c) R$ 81,70.
d) R$ 85,30.
e) R$ 88,50.
51. (VUNESP - CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS
– RECEPCIONISTA – 2013) Lendo 30 páginas por dia de
um livro, gastarei 6 dias para ler esse livro. Se eu ler 20 pá-
ginas por dia desse mesmo livro, gastarei
a) 9 dias.
b) 8 dias.
c) 6 dias.
d) 5 dias.
e) 4 dias.
52. (VUNESP – PROCON – AUXILIAR DE MANUTEN-
ÇÃO – 2013) Um supermercado fez a seguinte oferta “3/4
de quilograma de carne moída por apenas R$ 4,50 ‘’. Uma
pessoa aproveitou a oferta e comprou 3 quilogramas de car-
ne moída. Essa pessoa pagou pelos 3 quilogramas de carne
R$ 18,00.
R$ 18,50.
R$ 19,00.
R$ 19,50.
R$ 20,00.
53. (VUNESP – TJM – SP – AGENTE DE SEGURANÇA JU-
DICIÁRIA – 2013) Se certa máquina trabalhar seis horas por
dia, de forma constante e sem parar, ela produzira n peças em
seis dias. Para produzir quantidade igual das mesmas peças
em quatro dias, essa máquina deverá trabalhar diariamente,
nas mesmas condições, um número de horas igual a
a) 12.
b) 10.
c) 9.
d) 8.
54. (VUNESP – AUXILIAR AGROPECUÁRIO – 2014) O
refeitório de uma fábrica prepara suco para servir no almo-
ço. Com 5 litros de suco é possível encher completamente
20 copos de 250 ml. Em um certo dia, foram servidas 90 re-
feições e acompanhando cada uma delas, 1 copo com 250
ml de suco. O número, mínimo, de litros de suco necessário
para o almoço, desse dia, foi
a) 21,5.
b) 22.
c) 22,5.
d) 23.
e) 23,5.
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55. (PREF. TERESINA-PI – PROFESSOR – NUCE-
PE/2016) Sabendo que o comprimento do muro Parque
Zoobotânico é de aproximadamente 1,7 km e sua altura é
de 1,7 m, um artista plástico pintou uma área correspon-
dente a 34 m² do muro em 8 horas trabalhadas em um úni-
co dia. Trabalhando no mesmo ritmo e nas mesmas condi-
ções, para pintar este muro, o pintor levará
a) 83 dias.
b) 84 dias.
c) 85 dias.
d) 86 dias.
e) 87 dias.
56. (SES-PR – TÉCNICO DE ENFERMAGEM –
UFPR/2009) Uma indústria metalúrgica consegue produ-
zir 24.000 peças de determinado tipo em 4 dias, trabalhan-
do com seis máquinas idênticas, que funcionam 8 horas
por dia em ritmo idêntico de produção. Quantos dias se-
rão necessários para que essa indústria consiga produzir
18.000 peças, trabalhando apenas com 4 dessas máquinas,
no mesmo ritmo de produção, todas elas funcionando 12
horas por dia?
a) 3.
b) 4.
c) 5.
d) 6.
e) 8.
57. (CISMARPA – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – IPE-
FAE/2015) Em um restaurante, 4 cozinheiros fazem 120
pratos em 5 dias. Para atender uma demanda maior de
pessoas, o gerente desse estabelecimento contratou mais
2 cozinheiros. Quantos pratos serão feitos em 8 dias de
funcionamento do restaurante?
a) 288
b) 294
c) 296
d) 302
58. (CRO-SP – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – VU-
NESP/2015) Cinco máquinas, todas de igual eficiência,
funcionando 8 horas por dia, produzem 600 peças por dia.
O número de peças que serão produzidas por 12 dessas
máquinas, funcionando 10 horas por dia, durante 5 dias,
será igual a
a) 1800.
b) 3600.
c) 5400.
d) 7200.
e) 9000.
59. (PREF. PORTO ALEGRE-RS – FMP CONCUR-
SOS/2012) A construção de uma casa é realizada em 10
dias por 30 operários trabalhando 8 horas por dia. O nú-
mero de operários necessários para construir uma casa em
8 dias trabalhando 6 horas por dia é
a) 18.
b) 24.
c) 32.
d) 38.
e) 50.
60.(VUNESP – PMESP – CURSO DE FORMAÇÃO DE
OFICIAIS – 2014) A tabela, com dados relativos à cidade
de São Paulo, compara o número de veículos de frota, o
número de radares e o valor total, em reais, arrecadado
com multas de trânsito, relativos aos anos de 2004 e 2013:
Ano Frota Radares Arrecadação
2004 5,8 milhões 260 328 milhões
2013 7,5 milhões 601 850 milhões
Se o número de radares e o valor da arrecadação tivessem
crescido de forma diretamente proporcional ao crescimen-
to da frota de veículos no período considerado, então em
2013 a quantidade de radares e o valor aproximado da ar-
recadação, em milhões de reais (desconsiderando-se cor-
reções monetárias), seriam, respectivamente,
a) 336 e 424.
b) 336 e 426.
c) 334 e 428.
d) 334 e 430.
e) 330 e 432.
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GABARITO
1 B
2 C
3 D
4 A
5 E
6 C
7 B
8 D
9 A
10 C
11 B
12 E
13 C
14 B
15 C
16 B
17 D
18 A
19 B
20 D
21 C
22 C
23 D
24 D
25 A
26 C
27 B
28 E
29 A
30 B
31 A
32 A
33 B
34 E
35 D
36 B
37 C
38 C
39 B
40 A
41 A
42 C
43 B
44 C
45 B
46 C
47 ERRADO
48 B
49 C
50 C
51 A
52 A
53 C
54 C
55 C
56 A
57 A
58 E
59 E
60 A
PORTUGUÊS
ÍNDICE
Leitura, interpretação e análise de textos: Leitura, interpretação e análise dos significados presentes em um texto e o
respectivo relacionamento com o universo em que o texto foi produzido. .....................................................................................01
Fonética, ortografia e pontuação: Correta escrita das palavras da língua portuguesa, acentuação gráfica, partição silábica
e pontuação. ...............................................................................................................................................................................................................09
Morfologia: Estrutura e formação das palavras e classes de palavras. ................................................................................................23
Morfossintaxe: Frase, oração e período, termos da oração, orações do período (desenvolvidas e reduzidas), funções
sintáticas do pronome relativo, sintaxe de regência (verbal e nominal), sintaxe de concordância (verbal e nominal) e
sintaxe de colocação.... ............................................................................................................................................................................................64
Noções de versificação: Estrutura do verso, tipos de verso, rima, estrofação e poemas de forma fixa. ................................ 91
Teoria da linguagem e semântica: História da Língua Portuguesa; linguagem, língua, discurso e estilo; níveis de linguagem,
funções da linguagem; figuras de linguagem; e significado das palavras. ........................................................................................97
Introdução à literatura: A arte literária, os gêneros literários e a evolução da arte literária, em Portugal e no Brasil. ...106
Literatura brasileira:Contexto histórico, características, principais autores e obras do Quinhentismo, Barroco, Arcadismo,
Romantismo, Realismo, Naturalismo, Impressionismo, Parnasianismo, Simbolismo, Pré-Modernismo e Modernismo. 108
Redação: Gênero textual; textualidade e estilo (funções da linguagem; coesão e coerência textual; tipos de discurso;
intertextualidade; denotação e conotação; figuras de linguagem; mecanismos de coesão; a ambiguidade; a não-
contradição; paralelismos sintáticos e semânticos; continuidade e progressão textual); texto e contexto; o texto narrativo:
o enredo, o tempo e o espaço; a técnica da descrição; o narrador; o texto argumentativo; o tema; a impessoalidade;
a carta argumentativa; a crônica argumentativa; a argumentação e a persuasão; o texto dissertativo-argumentativo;
a consistência dos argumentos; a contra-argumentação; o parágrafo; a informatividade e o senso comum; formas de
desenvolvimento do texto dissertativo-argumentativo; a introdução; e a conclusão. ................................................................118
Alterações introduzidas na ortografia da língua portuguesa pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado
em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste, aprovado no Brasil pelo Decreto nº 6.583, de 29 de setembro de 2008
e alterado pelo Decreto nº 7.875, de 27 de dezembro de 2012. .........................................................................................................130
1
PO
RT
U
G
U
ÊS
LEITURA, INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DE
TEXTOS: LEITURA, INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE
DOS SIGNIFICADOS PRESENTES EM UM TEXTO
E O RESPECTIVO RELACIONAMENTO COM O
UNIVERSO EM QUE O TEXTO FOI PRODUZIDO.
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e
relacionadas entre si, formando um todo significativo
capaz de produzir interação comunicativa (capacidade de
codificar e decodificar).
Contexto – um texto é constituído por diversas frases.
Em cada uma delas, há uma informação que se liga com
a anterior e/ou com a posterior, criando condições para
a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa
interligação dá-se o nome de contexto. O relacionamento
entre as frases é tão grande que, se uma frase for retirada
de seu contexto original e analisada separadamente,
poderá ter um significado diferente daquele inicial.
Intertexto - comumente, os textos apresentam
referências diretas ou indiretas a outros autores através de
citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto.
Interpretação de texto - o objetivo da interpretação de
um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir daí,
localizam-se as ideias secundárias (ou fundamentações),
as argumentações (ou explicações), que levam ao
esclarecimento das questões apresentadas na prova.
Normalmente, em uma prova, o candidato deve:
• Identificar os elementos fundamentais de uma ar-
gumentação, de um processo, de uma época (neste
caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais
definem o tempo).
• Comparar as relações de semelhança ou de diferen-
ças entre as situações do texto.
• Comentar/relacionar o conteúdo apresentado com
uma realidade.
• Resumir as ideias centrais e/ou secundárias.
• Parafrasear = reescrever o texto com outras palavras.
Condições básicas para interpretar
Fazem-se necessários: conhecimento histórico-literário
(escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e
prática; conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do
texto) e semântico; capacidade de observação e de síntese;
capacidade de raciocínio.
Interpretar/Compreender
Interpretar significa:
Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
Através do texto, infere-se que...
É possível deduzir que...
O autor permite concluir que...
Qual é a intenção do autor ao afirmar que...
Compreender significa
Entendimento, atenção ao que realmente está escrito.
O texto diz que...
É sugerido pelo autor que...
De acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação...
O narrador afirma...
Erros de interpretação
• Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai do
contexto, acrescentando ideias que não estão no tex-
to, quer por conhecimento prévio do tema quer pela
imaginação.
• Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se aten-
ção apenas a um aspecto (esquecendo que um texto
é um conjunto de ideias), o que pode ser insuficiente
para o entendimento do tema desenvolvido.
• Contradição = às vezes o texto apresenta ideias con-
trárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões
equivocadas e, consequentemente, errar a questão.
Observação:
Muitos pensam que existem a ótica do escritor e a ótica
do leitor. Pode ser que existam, mas em uma prova de
concurso, o que deve ser levado em consideração é o que
o autor diz e nada mais.
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que
relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre
si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através
de um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um
pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o
que se vai dizer e o que já foi dito.
São muitos os erros de coesão no dia a dia e, entre eles,
está o mau uso do pronome relativo e do pronome oblíquo
átono. Este depende da regência do verbo; aquele, do seu
antecedente. Não se pode esquecer também de que os
pronomes relativos têm, cada um, valor semântico, por isso
a necessidade de adequação ao antecedente.
Os pronomes relativos são muito importantes na
interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que
existe um pronome relativo adequado a cada circunstância,
a saber:
que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente,
mas depende das condições da frase.
qual (neutro) idem ao anterior.
quem (pessoa)
cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois
o objeto possuído.
como (modo)
onde (lugar)
quando (tempo)
quanto (montante)
Exemplo:
Falou tudo QUANTO queria (correto)
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria
aparecer o demonstrativo O).
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Dicas para melhorar a interpretação de textos
• Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral do
assunto. Se ele for longo, não desista! Há muitos can-
didatos na disputa, portanto, quanto mais informação
você absorver com a leitura, mais chances terá de re-
solver as questões.
• Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa
a leitura.
• Leia o texto, pelo menos, duas vezes – ou quantas fo-
rem necessárias.
• Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma con-
clusão).
• Volte ao texto quantas vezes precisar.
• Não permita que prevaleçam suas ideias sobre as
do autor.
• Fragmente o texto (parágrafos, partes) para melhor
compreensão.
• Verifique, com atenção e cuidado, o enunciado de
cada questão.
• O autor defende ideias e você deve percebê-las.
• Observe as relações interparágrafos. Um parágrafo
geralmente mantém com outro uma relação de con-
tinuação, conclusão ou falsa oposição. Identifique
muito bem essas relações.
• Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou seja, a
ideia mais importante.
• Nos enunciados, grife palavras como “correto” ou
“incorreto”, evitando, assim, uma confusão na
hora da resposta – o que vale não somente para In-
terpretação de Texto, mas para todas as demais ques-
tões!
• Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia principal,
leia com atenção a introdução e/ou a conclusão.
• Olhe com especial atenção os pronomes relativos,
pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc.,
chamados vocábulos relatores, porque remetem a
outros vocábulos do texto.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PÚ-
BLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM ELE-
TRÔNICA – MÉDIO - IADES/2014)
Gratuidades
Crianças com até cinco anos de idade e adultos com mais
de 65 anos de idade têm acesso livre ao Metrô-DF. Para
os menores,é exigida a certidão de nascimento e, para os
idosos, a carteira de identidade. Basta apresentar um do-
cumento de identificação aos funcionários posicionados no
bloqueio de acesso.
Disponível em: <http://www.metro.df.gov.br/estacoes/
gratuidades.html> Acesso em: 3/3/2014, com adaptações.
Conforme a mensagem do primeiro período do texto, assi-
nale a alternativa correta.
a) Apenas as crianças com até cinco anos de idade e os
adultos com 65 anos em diante têm acesso livre ao Me-
trô-DF.
b) Apenas as crianças de cinco anos de idade e os adultos
com mais de 65 anos têm acesso livre ao Metrô-DF.
c) Somente crianças com, no máximo, cinco anos de idade
e adultos com, no mínimo, 66 anos têm acesso livre ao
Metrô-DF.
d) Somente crianças e adultos, respectivamente, com cinco
anos de idade e com 66 anos em diante, têm acesso livre
ao Metrô-DF.
e) Apenas crianças e adultos, respectivamente, com até cin-
co anos de idade e com 65 anos em diante, têm acesso
livre ao Metrô-DF.
Resposta: Letra C.
Dentre as alternativas apresentadas, a única que con-
diz com as informações expostas no texto é “Somente
crianças com, no máximo, cinco anos de idade e adultos
com, no mínimo, 66 anos têm acesso livre ao Metrô-DF”.
2. (SUSAM/AM – TÉCNICO (DIREITO) – SUPERIOR -
FGV/2014 - adaptada) “Se alguém que é gay procura
Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-lo?” a
declaração do Papa Francisco, pronunciada durante uma
entrevista à imprensa no final de sua visita ao Brasil, ecoou
como um trovão mundo afora. Nela existe mais forma que
substância – mas a forma conta”. (...)
(Axé Silva, O Mundo, setembro 2013)
O texto nos diz que a declaração do Papa ecoou como um
trovão mundo afora. Essa comparação traz em si mesma
dois sentidos, que são
a) o barulho e a propagação.
b) a propagação e o perigo.
c) o perigo e o poder.
d) o poder e a energia.
e) a energia e o barulho.
Resposta: Letra A.
Ao comparar a declaração do Papa Francisco a um tro-
vão, provavelmente a intenção do autor foi a de mostrar
o “barulho” que ela causou e sua propagação mundo
afora. Você pode responder à questão por eliminação: a
segunda opção das alternativas relaciona-se a “mundo
afora”, ou seja, que se propaga, espalha. Assim, sobraria
apenas a alternativa a!
3. (SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO PÚ-
BLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM CON-
TABILIDADE – MÉDIO - IADES/2014 - adaptada)
Concha Acústica
Localizada às margens do Lago Paranoá, no Setor de Clu-
bes Esportivos Norte (ao lado do Museu de Arte de Brasília
– MAB), está a Concha Acústica do DF. Projetada por Oscar
Niemeyer, foi inaugurada oficialmente em 1969 e doada
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pela Terracap à Fundação Cultural de Brasília (hoje Secre-
taria de Cultura), destinada a espetáculos ao ar livre. Foi o
primeiro grande palco da cidade.
Disponível em: <http://www.cultura.df.gov.br/nossa-cul-
tura/concha- acustica.html>. Acesso em: 21/3/2014, com
adaptações.
Assinale a alternativa que apresenta uma mensagem com-
patível com o texto.
a) A Concha Acústica do DF, que foi projetada por Oscar
Niemeyer, está localizada às margens do Lago Paranoá,
no Setor de Clubes Esportivos Norte.
b) Oscar Niemeyer projetou a Concha Acústica do DF em
1969.
c) Oscar Niemeyer doou a Concha Acústica ao que hoje é a
Secretaria de Cultura do DF.
d) A Terracap transformou-se na Secretaria de Cultura do
DF.
e) A Concha Acústica foi o primeiro palco de Brasília.
Resposta: Letra A.
Recorramos ao texto: “Localizada às margens do Lago
Paranoá, no Setor de Clubes Esportivos Norte (ao lado
do Museu de Arte de Brasília – MAB), está a Concha
Acústica do DF. Projetada por Oscar Niemeyer”. As in-
formações contidas nas demais alternativas são incoe-
rentes com o texto.
TIPOLOGIA E GÊNERO TEXTUAL
A todo o momento nos deparamos com vários textos,
sejam eles verbais ou não verbais. Em todos há a presença
do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo
que está sendo transmitido entre os interlocutores. Estes
interlocutores são as peças principais em um diálogo ou
em um texto escrito.
É de fundamental importância sabermos classificar os
textos com os quais travamos convivência no nosso dia a
dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais
e gêneros textuais.
Comumente relatamos sobre um acontecimento, um
fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa
opinião sobre determinado assunto, descrevemos algum
lugar que visitamos, fazemos um retrato verbal sobre
alguém que acabamos de conhecer ou ver. É exatamente
nessas situações corriqueiras que classificamos os nossos
textos naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição e
Dissertação.
As tipologias textuais se caracterizam pelos aspectos de
ordem linguística
Os tipos textuais designam uma sequência definida pela
natureza linguística de sua composição. São observados
aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações
logicas. Os tipos textuais são o narrativo, descritivo,
argumentativo/dissertativo, injuntivo e expositivo.
A) Textos narrativos – constituem-se de verbos de ação
demarcados no tempo do universo narrado, como também
de advérbios, como é o caso de antes, agora, depois, entre
outros: Ela entrava em seu carro quando ele apareceu.
Depois de muita conversa, resolveram...
B) Textos descritivos – como o próprio nome indica,
descrevem características tanto físicas quanto psicológicas
acerca de um determinado indivíduo ou objeto. Os tempos
verbais aparecem demarcados no presente ou no pretérito
imperfeito: “Tinha os cabelos mais negros como a asa da
graúna...”
C) Textos expositivos – Têm por finalidade explicar
um assunto ou uma determinada situação que se almeje
desenvolvê-la, enfatizando acerca das razões de ela
acontecer, como em: O cadastramento irá se prorrogar até
o dia 02 de dezembro, portanto, não se esqueça de fazê-lo,
sob pena de perder o benefício.
D) Textos injuntivos (instrucional) – Trata-se de
uma modalidade na qual as ações são prescritas de
forma sequencial, utilizando-se de verbos expressos no
imperativo, infinitivo ou futuro do presente: Misture todos
os ingrediente e bata no liquidificador até criar uma massa
homogênea.
E) Textos argumentativos (dissertativo) – Demarcam-se
pelo predomínio de operadores argumentativos, revelados
por uma carga ideológica constituída de argumentos e
contra-argumentos que justificam a posição assumida
acerca de um determinado assunto: A mulher do mundo
contemporâneo luta cada vez mais para conquistar seu
espaço no mercado de trabalho, o que significa que os
gêneros estão em complementação, não em disputa.
Gêneros Textuais
São os textos materializados que encontramos em
nosso cotidiano; tais textos apresentam características
sócio-comunicativas definidas por seu estilo, função,
composição, conteúdo e canal. Como exemplos, temos:
receita culinária, e-mail, reportagem, monografia, poema,
editorial, piada, debate, agenda, inquérito policial, fórum,
blog, etc.
A escolha de um determinado gênero discursivo
depende, em grande parte, da situação de produção,
ou seja, a finalidade do texto a ser produzido, quem são
os locutores e os interlocutores, o meio disponível para
veicular o texto, etc.
Os gêneros discursivos geralmente estão ligados a
esferas de circulação. Assim, na esfera jornalística, por
exemplo, são comuns gêneros como notícias, reportagens,
editoriais, entrevistas e outros; na esfera de divulgação
científica são comuns gêneros como verbete de dicionário
ou de enciclopédia, artigo ou ensaio científico, seminário,
conferência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza Cochar.
Português linguagens: volume 1 – 7.ª ed. Reform. – São
Paulo: Saraiva, 2010.
CAMPEDELLI, Samira Yousseff, SOUZA, Jésus Barbosa.
Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática –
volume único – 3.ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2002.
SITE
Disponível em: <http://www.brasilescola.com/redacao/
tipologia-textual.htm>4
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1. COESÃO E COERÊNCIA
Na construção de um texto, assim como na fala, usamos
mecanismos para garantir ao interlocutor a compreensão
do que é dito, ou lido. Estes mecanismos linguísticos que
estabelecem a coesão e retomada do que foi escrito - ou
falado - são os referentes textuais, que buscam garantir a
coesão textual para que haja coerência, não só entre os
elementos que compõem a oração, como também entre a
sequência de orações dentro do texto. Essa coesão também
pode muitas vezes se dar de modo implícito, baseado em
conhecimentos anteriores que os participantes do processo
têm com o tema.
Numa linguagem figurada, a coesão é uma linha
imaginária - composta de termos e expressões - que une os
diversos elementos do texto e busca estabelecer relações
de sentido entre eles. Dessa forma, com o emprego
de diferentes procedimentos, sejam lexicais (repetição,
substituição, associação), sejam gramaticais (emprego de
pronomes, conjunções, numerais, elipses), constroem-se
frases, orações, períodos, que irão apresentar o contexto –
decorre daí a coerência textual.
Um texto incoerente é o que carece de sentido ou
o apresenta de forma contraditória. Muitas vezes essa
incoerência é resultado do mau uso dos elementos de
coesão textual. Na organização de períodos e de parágrafos,
um erro no emprego dos mecanismos gramaticais e lexicais
prejudica o entendimento do texto. Construído com os
elementos corretos, confere-se a ele uma unidade formal.
Nas palavras do mestre Evanildo Bechara, “o enunciado
não se constrói com um amontoado de palavras e orações.
Elas se organizam segundo princípios gerais de dependência
e independência sintática e semântica, recobertos por
unidades melódicas e rítmicas que sedimentam estes
princípios”.
Não se deve escrever frases ou textos desconexos – é
imprescindível que haja uma unidade, ou seja, que as frases
estejam coesas e coerentes formando o texto. Relembre-se
de que, por coesão, entende-se ligação, relação, nexo entre
os elementos que compõem a estrutura textual.
Formas de se garantir a coesão entre os elementos de
uma frase ou de um texto:
Substituição de palavras com o emprego de
sinônimos - palavras ou expressões do mesmo campo
associativo.
Nominalização – emprego alternativo entre
um verbo, o substantivo ou o adjetivo correspondente
(desgastar / desgaste / desgastante).
Emprego adequado de tempos e modos verbais:
Embora não gostassem de estudar, participaram da aula.
Emprego adequado de pronomes, conjunções,
preposições, artigos:
O papa Francisco visitou o Brasil. Na capital brasileira,
Sua Santidade participou de uma reunião com a Presidente
Dilma. Ao passar pelas ruas, o papa cumprimentava as
pessoas. Estas tiveram a certeza de que ele guarda respeito
por elas.
Uso de hipônimos – relação que se estabelece
com base na maior especificidade do significado de um
deles. Por exemplo, mesa (mais específico) e móvel (mais
genérico).
Emprego de hiperônimos - relações de um termo
de sentido mais amplo com outros de sentido mais especí-
fico. Por exemplo, felino está numa relação de hiperonímia
com gato.
Substitutos universais, como os verbos vicários.
Verbo vicário é aquele que substitui outro já utilizado
no período, evitando repetições. Geralmente é o verbo
fazer e ser. Exemplo: Não gosto de estudar. Faço porque
preciso. O “faço” foi empregado no lugar de “estudo”,
evitando repetição desnecessária.
A coesão apoiada na gramática se dá no uso de
conectivos, como pronomes, advérbios e expressões
adverbiais, conjunções, elipses, entre outros. A elipse
justifica-se quando, ao remeter a um enunciado anterior,
a palavra elidida é facilmente identificável (Exemplo.: O
jovem recolheu-se cedo. Sabia que ia necessitar de todas
as suas forças. O termo o jovem deixa de ser repetido e,
assim, estabelece a relação entre as duas orações).
Dêiticos são elementos linguísticos que têm a
propriedade de fazer referência ao contexto situacional
ou ao próprio discurso. Exercem, por excelência, essa
função de progressão textual, dada sua característica: são
elementos que não significam, apenas indicam, remetem
aos componentes da situação comunicativa.
Já os componentes concentram em si a significação.
Elisa Guimarães ensina-nos a esse respeito:
“Os pronomes pessoais e as desinências verbais
indicam os participantes do ato do discurso. Os pronomes
demonstrativos, certas locuções prepositivas e adverbiais,
bem como os advérbios de tempo, referenciam o
momento da enunciação, podendo indicar simultaneidade,
anterioridade ou posterioridade. Assim: este, agora, hoje,
neste momento (presente); ultimamente, recentemente,
ontem, há alguns dias, antes de (pretérito); de agora em
diante, no próximo ano, depois de (futuro).”
A coerência de um texto está ligada:
1. à sua organização como um todo, em que devem
estar assegurados o início, o meio e o fim;
2. à adequação da linguagem ao tipo de texto. Um texto
técnico, por exemplo, tem a sua coerência fundamentada
em comprovações, apresentação de estatísticas, relato de
experiências; um texto informativo apresenta coerência
se trabalhar com linguagem objetiva, denotativa; textos
poéticos, por outro lado, trabalham com a linguagem
figurada, livre associação de ideias, palavras conotativas.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CAMPEDELLI, Samira Yousseff, SOUZA, Jésus Barbosa.
Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática –
volume único – 3.ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2002.
SITE
Disponível em: <http://www.mundovestibular.com.
br/articles/2586/1/COESAO-E-COERENCIA-TEXTUAL/
Paacutegina1.html>
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EXERCÍCIO COMENTADO
1. (BANESTES – ANALISTA ECONÔMICO FINANCEIRO
GESTÃO CONTÁBIL – FGV-2018)
Texto 2
“A prefeitura da capital italiana anunciou que vai banir a
circulação de carros a diesel no centro a partir de 2024. O
objetivo é reduzir a poluição, que contribui para a erosão
dos monumentos”. (Veja, 7/3/2018)
A ordem cronológica dos fatos citados no texto 2 é:
a) redução da poluição / banimento da circulação de carros
/ erosão dos monumentos;
b) banimento da circulação de carros / erosão dos monu-
mentos / redução da poluição;
c) erosão dos monumentos / redução da poluição / bani-
mento da circulação de carros;
d) redução da poluição / erosão dos monumentos / bani-
mento da circulação de carros;
e) erosão dos monumentos / banimento da circulação de
carros / redução da poluição.
Resposta: Letra E
“A prefeitura da capital italiana anunciou que vai banir a
circulação de carros a diesel no centro a partir de 2024.
O objetivo é reduzir a poluição, que contribui para a ero-
são dos monumentos”.
Primeiro ocorreu a erosão dos monumentos (=1) devido
à poluição; optou-se pelo banimento da circulação dos
carros (=2) para que a poluição diminua (=3), o que pre-
servará os monumentos.
2. (BANCO DA AMAZÔNIA – TÉCNICO BANCÁRIO –
CESGRANRIO-2018) A ideia a que o pronome destacado
se refere está adequadamente explicitada entre colchetes
em:
a) “Ela é produzida de forma descentralizada por milhares
de computadores, mantidos por pessoas que ‘empres-
tam’ a capacidade de suas máquinas para criar bitcoins”
[computadores]
b) “No processo de nascimento de uma bitcoin, que é cha-
mado de ´mineração´, os computadores conectados à
rede competem entre si” [bitcoin]
c) “O nível de dificuldade dos desafios é ajustado pela rede,
para que a moeda cresça dentro de uma faixa limitada,
que é de até 21 milhões de unidades” [rede]
d) “Elas são guardadas em uma espécie de carteira, que é
criada quando o usuário se cadastra no software.” [es-
pécie ]
e) “Críticos afirmam que a moeda vive uma bolha que em
algum momento deve estourar.” [bolha]
Resposta: Letra E
Em “a”: “Ela é produzida de forma descentralizada por
milhares de computadores, mantidos por pessoas que
(= as quais – retoma o termo “pessoas”)
Em “b”: “No processo de nascimento de uma bitcoin,
que é chamado de ‘mineração’ (= o qual - retoma oter-
mo “processo de nascimento”)
Em “c”: “O nível de dificuldade dos desafios é ajustado
pela rede, para que a moeda cresça dentro de uma faixa
limitada, que é de até 21 milhões de unidades” = retoma
o termo “faixa limitada”
Em “d”: “Elas são guardadas em uma espécie de carteira,
que é criada (= a qual – retoma “carteira”)
Em “e”: “Críticos afirmam que a moeda vive uma bolha
que (= a qual) em algum momento deve estourar.” [bo-
lha] = correta
3. (PETROBRAS – ADMINISTRADOR JÚNIOR – CES-
GRANRIO-2018-ADAPTADA)
O vício da tecnologia
Entusiastas de tecnologia passaram a semana com os olhos
voltados para uma exposição de novidades eletrônicas re-
alizada recentemente nos Estados Unidos. Entre as inova-
ções, estavam produtos relacionados a experiências de re-
alidade virtual e à utilização de inteligência artificial — que
hoje é um dos temas que mais desperta interesse em pro-
fissionais da área, tendo em vista a ampliação do uso desse
tipo de tecnologia nos mais diversos segmentos.
Mais do que prestar atenção às novidades lançadas no
evento, vale refletir sobre o motivo que nos leva a uma
ansiedade tão grande para consumir produtos que prome-
tem inovação tecnológica. Por que tanta gente se dispõe a
dormir em filas gigantescas só para ser um dos primeiros
a comprar um novo modelo de smartphone? Por que nos
dispomos a pagar cifras astronômicas para comprar apare-
lhos que não temos sequer certeza de que serão realmente
úteis em nossas rotinas?
A teoria de um neurocientista da Universidade de Oxford
(Inglaterra) ajuda a explicar essa “corrida desenfreada” por
novos gadgets. De modo geral, em nosso processo evolu-
tivo como seres humanos, nosso cérebro aprendeu a suprir
necessidades básicas para a sobrevivência e a perpetuação
da espécie, tais como sexo, segurança e status social.
Nesse sentido, a compra de uma novidade tecnológica
atende a essa última necessidade citada: nós nos senti-
mos melhores e superiores, ainda que momentaneamente,
quando surgimos em nossos círculos sociais com um pro-
duto que quase ninguém ainda possui.
Foi realizado um estudo de mapeamento cerebral que
mostrou que imagens de produtos tecnológicos ativa-
vam partes do nosso cérebro idênticas às que são ativadas
quando uma pessoa muito religiosa se depara com um ob-
jeto sagrado. Ou seja, não seria exagero dizer que o vício
em novidades tecnológicas é quase uma religião para os
mais entusiastas.
O ato de seguir esse impulso cerebral e comprar o mais
novo lançamento tecnológico dispara em nosso cérebro
a liberação de um hormônio chamado dopamina, respon-
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sável por nos causar sensações de prazer. Ele é liberado
quando nosso cérebro identifica algo que represente uma
recompensa.
O grande problema é que a busca excessiva por recom-
pensas pode resultar em comportamentos impulsivos, que
incluem vícios em jogos, apego excessivo a redes sociais e
até mesmo alcoolismo. No caso do consumo, podemos ob-
servar a situação problematizada aqui: gasto excessivo de
dinheiro em aparelhos eletrônicos que nem sempre trazem
novidade –– as atualizações de modelos de smartphones,
por exemplo, na maior parte das vezes apresentam poucas
mudanças em relação ao modelo anterior, considerando-se
seu preço elevado. Em outros casos, gasta-se uma quantia
absurda em algum aparelho novo que não se sabe se terá
tanta utilidade prática ou inovadora no cotidiano.
No fim das contas, vale um lembrete que pode ajudar a
conter os impulsos na hora de comprar um novo smar-
tphone ou alguma novidade de mercado: compare o efei-
to momentâneo da dopamina com o impacto de imaginar
como ficarão as faturas do seu cartão de crédito com a
nova compra.
O choque ao constatar o rombo em seu orçamento pode
ser suficiente para que você decida pensar duas vezes a
respeito da aquisição.
DANA, S. O Globo. Economia. Rio de Janeiro, 16 jan. 2018.
Adaptado.
A ideia a que a expressão destacada se refere está explici-
tada adequadamente entre colchetes em:
a) “relacionados a experiências de realidade virtual e à uti-
lização de inteligência artificial — que hoje é um dos
temas que mais desperta interesse em profissionais da
área” [experiências de realidade virtual]
b) “tendo em vista a ampliação do uso desse tipo de tec-
nologia nos mais diversos segmentos” [inteligência ar-
tificial]
c) “a compra de uma novidade tecnológica atende a essa
última necessidade citada” [segurança]
d) “O ato de seguir esse impulso cerebral e comprar o mais
novo lançamento tecnológico dispara em nosso cérebro
a liberação de um hormônio chamado dopamina” [ma-
peamento cerebral]
e) “Ele é liberado quando nosso cérebro identifica algo que
represente uma recompensa.” [impulso cerebral]
Resposta: Letra B
Em “a”: “relacionados a experiências de realidade virtual
e à utilização de inteligência artificial — que hoje é um
dos temas que mais desperta interesse em profissionais
da área” [experiências de realidade virtual]
Nesse caso, a resposta se encontra na alternativa: inteli-
gência artificial
Em “b”: “tendo em vista a ampliação do uso desse tipo
de tecnologia nos mais diversos segmentos” [inteligên-
cia artificial]
Texto: Entre as inovações, estavam produtos relaciona-
dos a experiências de realidade virtual e à utilização de
inteligência artificial — que hoje é um dos temas que
mais desperta interesse em profissionais da área, tendo
em vista a ampliação do uso desse tipo de tecnologia
nos mais diversos segmentos.= correta
Em “c”: “a compra de uma novidade tecnológica atende
a essa última necessidade citada” [segurança]
Texto: (...) suprir necessidades básicas para a sobrevivên-
cia e a perpetuação da espécie, tais como sexo, segu-
rança e status social. / Nesse sentido, a compra de uma
novidade tecnológica atende a essa última necessidade
citada... = status social
Em “d”: “O ato de seguir esse impulso cerebral e com-
prar o mais novo lançamento tecnológico dispara em
nosso cérebro a liberação de um hormônio chamado
dopamina” [mapeamento cerebral]
(...) vício em novidades tecnológicas é quase uma reli-
gião para os mais entusiastas. / O ato de seguir esse
impulso cerebral e comprar
Em “e”: “Ele é liberado quando nosso cérebro identifica
algo que represente uma recompensa.” [impulso cere-
bral]
(...) a liberação de um hormônio chamado dopamina,
responsável por nos causar sensações de prazer. Ele é
liberado = dopamina
4. (PETROBRAS – ENGENHEIRO(A) DE MEIO AMBIENTE
JÚNIOR – CESGRANRIO-2018)
Texto I
Portugueses no Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro é o grande centro da imigração portu-
guesa até meados dos anos cinquenta do século passa-
do, quando chega a ser a “terceira cidade portuguesa do
mundo”, possuindo 196 mil portugueses — um décimo de
sua população urbana. Ali, os portugueses dedicam-se ao
comércio, sobretudo na área dos comestíveis, como os ca-
fés, as panificações, as leitarias, os talhos, além de outros
ramos, como os das papelarias e lojas de vestuários. Fora
do comércio, podem exercer as mais variadas profissões,
como atividades domésticas ou as de barbeiros e alfaiates.
Há, de igual forma, entre os mais afortunados, aqueles liga-
dos à indústria, voltados para construção civil, o mobiliário,
a ourivesaria e o fabrico de bebidas.
A sua distribuição pela cidade, apesar da não formação de
guetos, denota uma tendência para a sua concentração em
determinados bairros, escolhidos, muitas das vezes, pela
proximidade da zona de trabalho. No Centro da cidade,
próximo ao grande comércio, temos um grupo significativo
de patrícios e algumas associações de porte, como o Real
Gabinete Português de Leitura e o Liceu Literário Portu-
guês. Nos bairros da Cidade Nova, Estácio de Sá, Catumbi
e Tijuca, outro ponto de concentração da colônia, se locali-
zam outras associações portuguesas, como a Casa de Por-
tugal e um grande número de casas regionais. Há, ainda,
pequenas concentrações nos bairros periféricos da cidade,
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como Jacarepaguá, originalmente formado por quintas de
pequenoslavradores; nos subúrbios, como Méier e Enge-
nho Novo; e nas zonas mais privilegiadas, como Botafogo
e restante da zona sul carioca, área nobre da cidade a partir
da década de cinquenta, preferida pelos mais abastados.
PAULO, Heloísa. Portugueses no Rio de Janeiro: salazaristas
e opositores em manifestação na cidade. In: ALVES, Ida et
alii. 450 Anos de Portugueses no Rio de Janeiro. Rio de Ja-
neiro: Ofi cina Raquel, 2017, pp. 260-1. Adaptado.
“No Centro da cidade, próximo ao grande comércio, temos
um grupo significativo de patrícios e algumas associações
de porte”. No trecho acima, a autora usou em itálico a pa-
lavra destacada para fazer referência aos:
a) luso-brasileiros
b) patriotas da cidade
c) habitantes da cidade
d) imigrantes portugueses
e) compatriotas brasileiros
Resposta: Letra D
Ainda hoje é o utilizado o termo “patrício” para se referir
aos portugueses. “Patrício” significa “da mesma pátria”.
5. (BANESTES – TÉCNICO BANCÁRIO – FGV-2018) Todas
as frases abaixo apresentam elementos sublinhados que
estabelecem coesão com elementos anteriores (anáfora);
a frase em que o elemento sublinhado se refere a um ele-
mento futuro do texto (catáfora) é:
a) “A civilização converteu a solidão num dos bens mais
preciosos que a alma humana pode desejar”;
b) “Todo o problema da vida é este: como romper a própria
solidão”;
c) “É sobretudo na solidão que se sente a vantagem de
viver com alguém que saiba pensar”;
d) “O homem ama a companhia, mesmo que seja apenas a
de uma vela que queima”;
e) “As pessoas que nunca têm tempo são aquelas que pro-
duzem menos”.
Resposta: Letra B
Em “a”: “A civilização converteu a solidão num dos bens
mais preciosos que a alma humana pode desejar” = re-
toma “bens preciosos”
Em “b”: “Todo o problema da vida é este: como romper a
própria solidão” = o pronome se refere ao período que
virá (= catáfora)
Em “c”: “É sobretudo na solidão que se sente a vanta-
gem de viver com alguém que saiba pensar” = retoma
“solidão”
Em “d”: “O homem ama a companhia, mesmo que seja
apenas a de uma vela que queima” = retoma “compa-
nhia”
Em “e”: “As pessoas que nunca têm tempo são aquelas
que produzem menos” = retoma “pessoas”
6. (MPE-AL - TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO – FGV-
2018)
NÃO FALTOU SÓ ESPINAFRE
A crise não trouxe apenas danos sociais e econômicos.
Mostrou também danos morais.
Aconteceu num mercadinho de bairro em São Paulo. A
dona, diligente, havia conseguido algumas verduras e avi-
sou à clientela. Formaram-se uma pequena fila e uma gran-
de discussão. Uma senhora havia arrematado todos os dez
maços de espinafre. No caixa, outras freguesas pergunta-
ram se ela tinha restaurante. Não tinha. Observaram que
a verdura acabaria estragada. Ela explicou que ia cozinhar
e congelar. Então, foram ao ponto: caramba, havia outras
pessoas na fila, ela não poderia levar só o que consumiria
de imediato?
“Não, estou pagando e cheguei primeiro”, foi a resposta.
Compras exageradas nos supermercados, estoques do-
mésticos, filas nervosas nos postos de combustível – teve
muito comportamento na base de cada um por si.
Cabem nessa categoria as greves e manifestações oportu-
nistas. Governo, cedendo, também vou buscar o meu – tal
foi o comportamento de muita gente.
Carlos A. Sardenberg, in O Globo, 31/05/2018.
“A crise não trouxe apenas danos sociais e econômicos.
Mostrou também danos morais”. A palavra ou expressão
do primeiro período que leva à produção do segundo pe-
ríodo é:
a) a crise.
b) não trouxe.
c) apenas.
d) danos sociais.
e) (danos) econômicos.
Resposta: Letra C
1.º período: A crise não trouxe apenas danos sociais e
econômicos.
2.º período: Mostrou também danos morais.
A expressão que nos dá a ideia de que haverá mais in-
formações que complementarão a primeira “tese” apre-
sentada é “apenas”.
7. (IBGE – RECENSEADOR – FGV-2017)
Texto 3 – “Silva, Oliveira, Faria, Ferreira... Todo mundo tem
um sobrenome e temos de agradecer aos romanos por
isso. Foi esse povo, que há mais de dois mil anos ergueu
um império com a conquista de boa parte das terras ba-
nhadas pelo Mediterrâneo, o inventor da moda. Eles tive-
ram a ideia de juntar ao nome comum, ou prenome, um
nome.
Por quê? Porque o império romano crescia e eles precisa-
vam indicar o clã a que a pessoa pertencia ou o lugar onde
tinha nascido”. (Ciência Hoje, março de 2014)
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“Todo mundo tem um sobrenome e temos de agradecer
aos romanos por isso”. (texto 3) O pronome “isso”, nesse
segmento do texto, se refere a(à):
a) todo mundo ter um sobrenome;
b) sobrenomes citados no início do texto;
c) todos os sobrenomes hoje conhecidos;
d) forma latina dos sobrenomes atuais;
e) existência de sobrenomes nos documentos.
Resposta: Letra A
Todo mundo tem um sobrenome e temos de agradecer
aos romanos por isso = ter um sobrenome.
8. (MPU – ANALISTA – ANTROPOLOGIA – CESPE-2010)
Inovar é recriar de modo a agregar valor e incrementar a
eficiência, a produtividade e a competitividade nos proces-
sos gerenciais e nos produtos e serviços das organizações.
Ou seja, é o fermento do crescimento econômico e social
de um país. Para isso, é preciso criatividade, capacidade de
inventar e coragem para sair dos esquemas tradicionais.
Inovador é o indivíduo que procura respostas originais e
pertinentes em situações com as quais ele se defronta. É
preciso uma atitude de abertura para as coisas novas, pois
a novidade é catastrófica para os mais céticos. Pode-se di-
zer que o caminho da inovação é um percurso de difícil
travessia para a maioria das instituições. Inovar significa
transformar os pontos frágeis de um empreendimento em
uma realidade duradoura e lucrativa. A inovação estimula
a comercialização de produtos ou serviços e também per-
mite avanços importantes para toda a sociedade. Porém, a
inovação é verdadeira somente quando está fundamenta-
da no conhecimento. A capacidade de inovação depende
da pesquisa, da geração de conhecimento. É necessário
investir em pesquisa para devolver resultados satisfatórios
à sociedade. No entanto, os resultados desse tipo de in-
vestimento não são necessariamente recursos financeiros
ou valores econômicos, podem ser também a qualidade de
vida com justiça social.
Luís Afonso Bermúdez. O fermento tecnológico. In: Darcy.
Revista de jornalismo científico e cultural da Universida-
de de Brasília, novembro e dezembro de 2009, p. 37 (com
adaptações).
Subentende-se da argumentação do texto que o prono-
me demonstrativo, no trecho “desse tipo de investimento”,
refere-se à ideia de “fermento do crescimento econômico
e social de um país”.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Resposta: ERRADO
Ao trecho: (...) É necessário investir em pesquisa para de-
volver resultados satisfatórios à sociedade. No entanto,
os resultados desse tipo de investimento = investir em
pesquisa / desse tipo de investimento.
9. (MPU – ANALISTA DO MPU – CESPE-2015)
Texto I
Na organização do poder político no Estado moderno, à
luz da tradição iluminista, o direito tem por função a pre-
servação da liberdade humana, de maneira a coibir a de-
sordem do estado de natureza, que, em virtude do risco
da dominação dos mais fracos pelos mais fortes, exige a
existência de um poder institucional. Mas a conquista da
liberdade humana também reclama a distribuição do po-
der em ramos diversos, com a disposição de meios que
assegurem o controle recíproco entre eles para o advento
de um cenário de equilíbrio e harmonia nas sociedades es-
tatais. A concentração do poder em um só órgão ou pessoa
viria sempre em detrimento do exercício da liberdade. É
que, como observou Montesquieu, “todo homem que tem
poder tende a abusar dele; ele vai até onde encontra limi-
tes. Para que não se possa abusar do poder, é preciso que,
pela disposição das coisas, o poder limite o poder”.
Até Montesquieu, não eram identificadas com clareza as
esferas de abrangência dos poderes políticos: “só se conce-
bia sua união nas mãos de um só ou, então, sua separação;
ninguém se arriscava a apresentar,