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Referências 21 Dinâmica das Máquinas Capítulo 01 - Conhecimentos preliminares para o estudo de dinâmica Introdução Conceitos fundamentais Fundamentos de álgebra de vetores Metodologia Newton-Euler para análise dinâmica Referências Mecânica: corpos em movimento ou repouso · Estática: estudo dos esforços do corpo em repouso; · Dinâmica: estudo dos aspectos geométricos do movimento (cinemática), bem como a relação com suas causas (cinética, ou também chamada de "dinâmica"). Introdução 3 Simpli cações na análise de corpos: · Partícula: corpo de dimensões desprezíveis comparado ao problema em análise; · Corpo rígido: corpo de dimensões signi cativas que não sofre deformações. Conceitos fundamentais 4 Graus de liberdade (GDL): número mínimo de coordenadas para descrever o movimento do sistema · Quantos GDL têm cada sistema abaixo?; Conceitos fundamentais 5 Graus de liberdade (GDL): número mínimo de coordenadas para descrever o movimento do sistema · Quantos GDL têm cada sistema abaixo?; Conceitos fundamentais 6 Sistemas de coordenadas · Sistema retangular (cartesiano) de coordenadas: em boa parte das aplicações utilizaremos o sistema cartesiano, mas existem outras formas de se representar movimento (coordenadas cilíndricas, polares, tangencial-normal, etc): Conceitos fundamentais 7 Sistemas de coordenadas · Sistema inercial de coordenadas: sistema de referência (podendo ser retangular, polar, cilíndrico,...) que não possui translação ou rotação signi cativas. Para engenharia normalmente o mesmo é xado em algum local na superfície terrestre (embora o planeta se movimente). · Sistema móvel de coordenadas: em alguns problemas, especialmente quando existe movimento relativo, é interessante de nir um sistema móvel solidário ao movimento de partes do sistema em análise. Esses sistemas móveis podem ser transladados e/ou rotacionados. Sistemas de coordenadas Exemplo: sistema inercial xo no Sol, sistema móvel solidário à Terra no qual se acompanha movimento de satélite. Conceitos fundamentais 9 Vetor: possui módulo, direção e sentido: · Representação matemática: vx ˙ ˙ ˙ ˙v = vy = vx i + vy j + vz k (1) vz sendo ˙i , ˙j e ˙k os vetores unitários ortogonais. O módulo do vetor pode ser fornecido por:2 z 2 y 2 x . ˙v | = v + v + v | (2) Operações vetoriais: Considerando: P˙ = Px˙i + Py˙j + Pz ˙k e Q˙ = Qx˙i + Qy˙j + Qz ˙k. Adição de vetores · Feita somando os termos de cada eixo individualmente: P˙ + Q˙ = (Px + Qx )˙i + (Py + Qy )˙j + (Pz + Qz )˙k (3) Multiplicação de vetor por escalar · Feita multiplicando os termos de cada eixo individualmente pelo escalar α: αP˙ = (αPx )˙i + (αPy )˙j + (αPz )˙k (4) Produto escalar · O produto escalar entre dois vetores com um ângulo θ entre eles que retorna um escalar: P˙ · Q˙ = |P˙||Q˙| cos θ (5) · Note que o produto escalar entre vetores normais retorna 0, sendo assim, o produto escalar entre P˙ e Q˙ pode ser dado por: P˙ · Q˙ = Px Qx + Py Qy + Pz Qz (6) Produto vetorial · O produto vetorial entre dois vetores P˙ e Q˙ com um ângulo θ entre eles retorna um vetor normal ao plano formado pelos mesmos: P˙ × Q˙ = |P˙||Q˙| sin θn˙ (7) · É possível provar que isso implica que o produto vetorial pode ser calculado montando uma matriz com os componentes dos vetores e calculando o seu determinante: ˙i ˙j ˙k P˙ × Q˙ = . Px Py Pz (8). . Qx Qy Qz . Derivada de vetores · A derivada de um vetor pode ser feita derivando cada componente do vetor. Importante notar que em casos onde os vetores unitários ˙i , ˙j e ˙k não rotacionarem (são portanto constantes), a derivada do vetor P˙ será: d P˙ = dPx ˙i + dPy ˙j + dPz ˙k (9) dt dt dt dt · Em casos onde os vetores unitários rotacionam, veremos que: d P˙j = dPx ˙i + dPy ˙j + dPz ˙k + P ˙i + P ˙ + P ˙k dt dt dt dt x dt y dt z dt Integração de vetores · De modo análogo à derivada, a integração de P˙ no tempo t pode ser dada por: ∫ P˙dt = .∫ Px dtΣ ˙i + .∫ Py dtΣ ˙j + .∫ Pz dtΣ ˙k (10) Fundamentos de álgebra de vetores 15 Considere o vetor posição ˙x e calcule os vetores de velocidade e aceleração ao longo do tempo. Ilustre os vetores gra camente para t = 0 segundos, t = 1 segundo, e t = 2 segundos. t3 ˙x = −5t2 (11)0 O método Newton-|Euler é uma ferramenta para análise cinética do movimento. A mesma é composta pelas 3 leis de Newton do movimento, juntamente com a lei de rotação de Euler. Leis de Newton do movimento: · 1a lei de Newton: um ponto material permanecerá em repouso ou movimento retilíneo uniforme se nenhuma força agir sobre ele. · 2a lei de Newton: um ponto material submetido à força F˙ sofre uma aceleração ˙a de mesma direção e sentido de F˙ dada por: F˙ = m˙a (12) sendo m a massa da partícula. · 3a lei de Newton: forças mutuas de ação e reação entre dois pontos materiais tem mesma intensidade e direção mas com direções contrárias. Metodologia Newton-Euler para análise dinâmica 17 Leis de Newton do movimento: Fonte: adaptado de https://extra.globo.com/esporte/lutas/ boxeador-perde-protetor-bucal-apos-levar-soco-em-luta-nos-jogos-de-glasgow-na-escocia-13458998. html Metodologia Newton-Euler para análise dinâmica 18 Lei de rotação de Euler: · Equação análoga à 2a lei de Newton para descrever o efeito de um momento M˙ aplicado no corpo rígido em termos de Metodologia Newton-Euler para análise dinâmica 19 aceleração angular α˙: M˙ = I α˙ (13) sendo I o momento de inércia de massa do corpo. Abordagem geral para problemas de dinâmica: Os seguintes procedimentos podem ser adotados para solução de problemas de dinâmica (cinemática + cinética): 1. De nição dos sistemas de coordenadas inercial e móveis (se necessário); 2. Análise cinemática: analisar os aspectos geométricos dos movimentos bem como suas restrições. Com base nisso conseguir expressões para deslocamento, velocidade e aceleração; 3. Diagrama de corpo livre (DCL): analisar forças atuantes em cada componente do sistema através de um DCL; 4. Análise cinética: usar informações extraídas da cinemática e do DCL para aplicar a 2a lei de Newton e a lei de Euler (se houver rotações envolvidas).
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