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Relatório Psic Escolar ATUALIZADO 2

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RELATÓRIO DE INTERVENÇÃO-
Psicologia Escolar
Relatório de intervenção apresentada à disciplina Psicologia Escolar sob orientação da professora Mayara Muniz da Faculdade de Tecnologia e Ciências de Feira de Santana.
Feira de Santana- BA
2019
INTRODUÇÃO
O Psicólogo Escolar ou Educacional é o profissional que propõem atuar no ambiente escolar de forma abrangente, implantando novos conceitos na sua atuação, a qual deverá estudar e examinar o ambiente escolar para aprimorar a sua aplicação, extinguindo a ideia de atendimento clínico individualizado nesse espaço; do diagnóstico sobre deficiência intelectual; da patologização da educação e da culpabilização dos familiares e dos alunos que não estejam atendendo as expectativas das políticas impostas pelas instituições de ensino. 
Cunha (2016) afirma que esse processo de “desresponsabilização” docente perante o cuidado educativo do aluno, cujos estilos de conduta e aprendizagem fogem do padrão estabelecido pelo padrão do sistema educacional é um mecanismo pedagógico enfraquecido, onde professor e aluno se encontram totalmente perdidos nesse âmbito escolar. 
Contudo, o profissional da Psicologia Escolar visa eticamente, o comprometimento com a saúde mental, aprendizagem e comportamento dos alunos, através de um trabalho em conjunto, com todos os envolvidos nesse contexto, como: família, coordenação, direção, professores e demais colaboradores, a fim de alcançar desempenho acadêmico, social e emocional satisfatório e positivo.
Por meio da pesquisa científica; da observação e análise; na contribuição da elaboração de procedimentos estratégicos e de práticas educativas mais satisfatórias e enriquecedoras e de intervenção mais eficaz.
“Os conhecimentos produzidos a partir da investigação psicológica podem contribuir para uma prática educativa mais produtiva para a formação, nos alunos, das capacidades e características necessárias para desempenho criativo em seus diferentes contextos de atuação, presentes e futuros” (Martínez, 2001).
Portanto, se faz necessário desconstruir e ressignificar essas crenças e entender que diferença não é deficiência, e adequar essas práticas relacionadas à educação para a realidade da diversidade humana. Com base nesses conhecimentos, os alunos da turma de Psicologia Escolar, da Faculdade FTC – Faculdade de Tecnologia e Ciências, supervisionado pela docente Mayara Muniz, realizou nos dias 09 de setembro e 11 de novembro do ano de 2019, uma intervenção pontual em uma instituição de ensino, trabalhando demandas especificas. 
OBJETIVO GERAL
Se referência a uma atividade pontual de campo, dentro da disciplina de psicologia e educação, com o objetivo de apresentar a atuação do psicólogo na escola, através de atividades pontuais, pesquisas bibliográficas e de campo, observações e ações realizadas em sala de aula, baseado nas demandas coletadas pelos alunos do 9º ano A do Ensino Fundamental II, da Escola Estadual Tecla Mello, situada no bairro SIM, na cidade de Feira de Santana-BA.
OBJETIVOS ESPECIFICOS 
Observação participativa 
	Coleta de dados 
	Dinâmicas para trabalhar relações interpessoais 
	
METODOLOGIA
Para a realização do trabalho de intervenção com os alunos do 9° ano do Colégio Estadual Professora Tecla Mello, onde a queixa principal é a falta de respeito com os professores e alunos. Para intervenção com essa turma foi necessário à utilização de técnicas da observação e dinâmicas de grupos.
O primeiro momento desse projeto de intervenção foi à observação realizada no dia 24 de outubro 2019, com a turma do 9o ano A matutino. Segundo LÜDKE (2013) O observador como participante é um papel em que a identidade do pesquisador e os objetivos dos estudos são revelados ao grupo pesquisado desde o início. Ou seja, deixamos claro o nosso objetivo e como iriamos trabalhar, assim sendo possível uma maior aceitação e aproximação para coleta de dados. 
Segundo momento, nossa observação utilizamos dinâmicas como “quebra-gelo” A dinâmica de quebra gelo apresentada foi a “virando pelo avesso”:
1° Passo: formar um círculo, todos de mãos dadas.
2° Passo: O coordenador propõe o grupo um desafio. O grupo, todos deverão ficar voltados para fora, de costas para o centro do círculo, sem soltar as mãos.
Se alguém já conhecesse a dinâmica deveria ficar de fora observando ou não dar pistas nenhuma.
3° Passo: o grupo deverá buscar alternativas, até conseguir o objetivo.
Essa dinâmica fala sobre a união e de como precisamos de uns aos outros para vivermos bem em sociedade, nela foi possível notar uma certa dificuldade dos alunos em virarem ao mesmo tempo, dificuldade de comunicação entre eles.
Após essa ação nos sentamos em círculo e pedimos para cada um escrever em um papel algum sentimento recorrente durante a semana, nos últimos dias ou no momento, recolhemos todos e sorteamos um para assim falarmos sobre cada um deles, o que os colegas ou quem escreveu tinha a dizer sobre aquele sentimento, porque o sentiam, se entendiam e assim abrir uma roda de conversa. 
No dia 11 de novembro de 2019, ficamos de pôr em pratica as intervenções em cima da demanda, que seria a prevenção da depressão abordando temas que podem ocasioná-la, como o bullying e a importância de se trabalhar as relações interpessoais e promover a empatia. 
Decidimos trabalhar mais uma vez através de dinâmicas, a primeira se chamava “a bola da vida” onde distribuímos bolas e pedimos para que eles enchessem, depois apresentamos situações como o bullying, preconceito, falta de empatia, homo afetividade, agressões, vulnerabilidade; e a partir dessas situações, cada um teria que apresentar uma solução positiva para aquela condição, caso não fosse alcançado esse objetivo, a bola que representava a vida, seria estourada como se os problemas não tivessem resolução; a partir daí apresentaríamos diversos caminhos para solucionar tais problemas.
A segunda dinâmica se chamava “patinho feio” na qual trabalhamos a valorização do outro, a importância de um bom contato, o bullying, a exteriorização. Colocamos na testa de três participantes frases como “me dê um sorriso”, “me abrace” e “passe direto” sem que eles tenha acesso a elas, apenas os colegas de fora saberiam o que estava escrito; depois de colocado em ação, perguntamos a aquele individuo qual a sensação de ver o colega recebendo afeto e com ele os mesmos passarem direto.
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DESENVOLVIMENTO
O primeiro momento desse projeto de intervenção foi à observação realizada no dia 24 de outubro 2019, com a turma do 9o ano A matutino. Ao chegarmos na escola, fomos encaminhadas para a sala e informadas que era horário vago. 
Apresentamo-nos a turma, como estudantes do curso de Psicologia da faculdade FTC – Faculdade de Tecnologia e Ciências, e que estávamos fazendo um trabalho da disciplina de Psicologia Escolar. Fizemos questão de frisar com a turma que erámos estudante assim como eles e que iriámos permanecer na sala por alguns instantes sem interferirmos na sua rotina daquele momento.
Nesta observação, percebemos que os alunos, mesmo em aula vaga, estavam divididos em subgrupos de 7, 5 e 3 no total de 30 alunos. Estavam fazendo trabalhos e permaneceram em sala. 
Segundo LÜDKE (2013) A observação nos permite analisar contextos diferentes do nosso. Para a realização da observação participante, o pesquisador deve adquirir algumas habilidades e competências, tais como: ser capaz de estabelecer uma relação de confiança com os sujeitos; ter sensibilidade para pessoas; ser um bom ouvinte; ter familiaridade com as questões investigadas, com preparação teórica sobre o objeto de estudo ou situação que será observada; ter flexibilidade para se adaptar a situações inesperadas; não ter pressa de adquirir padrões ou atribuir significado aos fenômenos observados; elaborar um plano sistemático e padronizado para observação e registro dos dados; ter habilidade. 
Ou seja, ficamos como observador participante, aquele que participa e deixa claro seu objetivo desde o primeiro contato. Nesse caminho obtemos uma gama de informaçõesdiante do trabalho colaborativo, pedindo cooperação ao grupo.
No segundo contato foi para interagir com a turma do 9º ano A e levantar demandas em um roteiro de apresentação; esclarecer o papel do psicólogo escolar; e uma dinâmica para “quebrar o gelo” tornando possível a abertura para falarem um pouco de suas queixas, rotina, curiosidades, acessando a demanda emergente dos alunos.
 A dinâmica de quebra gelo apresentada foi a “virando pelo avesso”:
1° Passo: formar um círculo, todos de mãos dadas.
2° Passo: O coordenador propõe o grupo um desafio. O grupo, todos deverão ficar voltados para fora, de costas para o centro do círculo, sem soltar as mãos.
Se alguém já conhecesse a dinâmica deveria ficar de fora observando ou não dar pistas nenhuma.
3° Passo: o grupo deverá buscar alternativas, até conseguir o objetivo.
Essa dinâmica fala sobre a união e de como precisamos de uns aos outros para vivermos bem em sociedade, nela foi possível notar uma certa dificuldade dos alunos em virarem ao mesmo tempo, dificuldade de comunicação entre eles. O ambiente escolar é propicio e tem demandando subsídios de apoio para a implementação de estratégias preventivas e promotoras de crescimento, afetando a sala toda. As intervenções em sala de aula favorecem a ampliação do repertório social e emocional, tem alcançado bons resultados no que tange a convivência interpessoal.
Após essa ação nos sentamos em círculo e pedimos para cada um escrever em um papel algum sentimento recorrente durante a semana, nos últimos dias ou no momento, recolhemos todos e sorteamos um para assim falarmos sobre cada um deles, o que os colegas ou quem escreveu tinha a dizer sobre aquele sentimento, porque o sentiam, se entendiam e assim abrir uma roda de conversa. 
Pudemos observar com essa dinâmica que muitos alunos necessitam de amparo, existiram muitas frases abordando a tristeza, a falta de compreensão, a sensação de falta de confiança e empatia, solidão. Vale ressaltar que por meio da educação emocional o sujeito torna-se consciente dos próprios estados emocionais e passar a dispor de recursos, para saber melhor lhe dar com as possíveis situações da vida cotidiana.
Segundo Correa (2017, p. 12) “aponta que a educação emocional positiva nas escolas possibilitando prevenção de psicopatologias decorrentes da falta de habilidades em manejar as emoções, a violência a depressão e os problemas psicossomáticos.”
As escolas por tanto devem se instrumentar das referidas estratégias, ensinar para além dos conteúdos escolares buscando assim, desenvolvimento social e emocional, focando a saúde e o bem-estar em proveito do sucesso integral do aluno.
Nosso intuito foi trabalhar na elaboração e coordenação de projetos educativos específicos, de acordo com as demandas especificas, segundo Martinez (2010) “Essas estratégias aparecem definidas não apenas pela situação concreta da instituição escolar, mas também pelos objetivos delineados na proposta pedagógica e pelas prioridades definidas para o trabalho educativo, assumindo, assim, uma natureza essencialmente preventiva.”
No dia 11 de novembro de 2019, ficamos de pôr em pratica as intervenções em cima da demanda, que seria a prevenção da depressão abordando temas como relações interpessoais, bullying e empatia.
 Segundo Martinez (2010) Sabe-se que, para contribuir no sentido de mudanças reais nas formas pelas quais os indivíduos pensam, sentem e atuam, são requeridas estratégias educativas sistêmicas e permanentes, em correspondência tanto com a complexidade da subjetividade humana quanto com a complexidade de seus processos de mudança. Por essas razões, o trabalho do psicólogo, nessa direção, tem particular relevância.
Decidimos trabalhar mais uma vez através de dinâmicas, a primeira se chamava “a bola da vida” onde distribuímos bolas e pedimos para que eles enchessem, depois apresentamos situações como o bullying, preconceito, falta de empatia, homo afetividade, agressões, vulnerabilidade; e a partir dessas situações, cada um teria que apresentar uma solução positiva para aquela condição, caso não fosse alcançado esse objetivo, a bola que representava a vida, seria estourada como se os problemas não tivessem resolução; a partir daí apresentaríamos diversos caminhos para solucionar tais problemas.
A segunda dinâmica se chamava “patinho feio” na qual trabalhamos a valorização do outro, a importância de um bom contato, o bullying, a exteriorização. Colocamos na testa de três participantes frases como “me dê um sorriso”, “me abrace” e “passe direto” sem que eles tenha acesso a elas, apenas os colegas de fora saberiam o que estava escrito; depois de colocado em ação, perguntamos a aquele individuo qual a sensação de ver o colega recebendo afeto e com ele os mesmos passarem direto.
Ou seja, nosso trabalho foi pautado em uma educação emocional visando a promoção de habilidades de resolução de conflitos, conscientização do seu papel com o meio, a responsabilidade emocional para o convívio em comunidade/grupo. Segundo a escola e seus agentes precisam mudar de direção. A eficácia do sistema dependerá do quanto ele for capaz de fazer a criança evoluir, crescer, tornar-se competente e resiliente as demandas de sua vida. 
Por isso o apoio do psicólogo na equipe multidisciplinar no contexto escolar é de suma importância, segundo Correa (2017, p. 13) fala que a própria organização mundial de saúde diz o quanto é imprescindível práticas preventivas dentro do currículo escolar.
CONCLUSÃO
A observação foi de extrema importância no encaminhamento da intervenção com esses alunos, pois pudemos observar a necessidade dessa turma em se expressar, em ter um espaço para o diálogo, momento de esclarecer questões sociais e emocionais. Ficou muito evidentes conteúdos como a depressão, bullying, suicídio e como trabalhar essas questões trazendo um pouco sobre empatia e relações interpessoais, como administrar suas emoções.
As dinâmicas utilizadas nessa intervenção serviram para orientar e explicar a importância do respeito ao próximo, como se colocar no lugar do outro, mostrando que atitudes e gestos podem mudar a vida de uma pessoa que esteja precisando de um apoio ou uma palavra amiga. Constatamos que todos os métodos e técnicas utilizados serviram para que as dúvidas e entendimento daquela turma fossem esclarecidos, de acordo com a necessidade daqueles alunos. 
Constatamos que as instituições de ensino ainda desconhecem o verdadeiro papel do Psicólogo Escolar e apresentam dificuldades para entender, acolher e incluir afetivamente essa gama de diversidade sociocultural, de gênero e racial dessa esfera no âmbito educacional. É preciso potencializar as habilidades e promover a saúde e o bem-estar, satisfação, otimismo, através de treinamentos e desenvolvimento tanto para alunos, como para professores. A Educação é um instrumento de humanização, portanto, está mais do que na hora de inovar e atualizar as políticas públicas voltadas para a inclusão do Psicólogo Escolar como colaborar efetivo no quadro de funcionários das instituições escolares.
O trabalho por fim, foi uma atividade de intervenção de caráter pontual dentro da disciplina de psicologia e educação, por isso, diante de amplos aspectos e demandas inclusos, concluísse que existe uma enorme necessidade do profissional de psicologia na área, que mais trabalhos como esse alcancem visibilidade e se torne uma porta de entrada para psicólogos no campo da educação. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CORREA, Jaqueline Dias. Currículo e produção da subjetividade. In: CORREA, Jaqueline Dias. Psicologia escolar e educacional. [S. l.]: Editora e distribuidora Educacional S.A., 2017. cap. seção 2.1, p. 07-19.
CUNHA, Eliseu de oliveira; DAZZANI, Maria Virgínia; SANTOS, Gilberto Lima; ZUCOLOTO, Patrícia Carla. A queixa escolar sob a ótica de diferentes atores: análise da dinâmica de sua produção. Psicologia educacional, Campinas, p. 237-245, abril-junho 2016.
MARTINEZ, Albertina Mitjáns. O que pode fazer o psicólogo na escola? Atuação do psicólogo, Brasília, v. 23, n. 83, p. 39-56,1 mar. 2010.
LIMA, Maria de Fátima Evangelista Mendonça. Estágio supervisionado em Psicologia Escolar: desmistificando o modelo clínico. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 29, n. 3, 2009 . 
LÜDKE, Menga, ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo de. Pesquisa
em Educação - Abordagens Qualitativas, 2ª edição. E.P.U., 06/2013.
Anexo a 
Pricila Santos 
Através da intervenção feita no colégio tecla melo ficou em evidencia a importância e emergência de ter o profissional de psicologia dentro das escolas públicas, os alunos não tem suporte, estão sem estrutura emocional para lhe dar com os problemas e acontecimentos da adolescência, a educação emocional é de suma importância na vida dos alunos, trazendo benefícios para os mesmo tanto a curto prazo como a longo prazo, percebemos que através de dinâmicas  conseguimos levantar reflexão da turma de temas relevantes que eles não tinham domínio, apesar do curto período em contato com a turma, foi existencial para eles os momentos de troca de conhecimentos  adquiridos através dos nossos encontros.
Anexo B
Edilene de Jesus Assis
A ação que foi realizada na escola Tecla Mela foi de bastante aproveito e aprendizagem, por se trata de uma escola onde a uma deficiência por uma assistência por parte de alguns órgãos públicos, faz sua parte da melhor forma possível.
Observei que a turma se apresentou um pouco receosa por conta da nossa chegada, pois não sabiam o que vinha pela frente, de início não se sentiram a vontade para participar e falar conforme foram feitas as dinâmicas e perguntas. Ao longo das visitas a turma foi se sentindo mais à vontade para falar e se expressar nas dinâmicas, onde podemos conhecer um pouquinho de cada um com sua fala a respeito de alguns assuntos que para eles eram tabus ou queria saber mais para que de alguma forma pudesse ajuda aos colegas ou alguém próximo. 
Essa intervenção foi de extrema importância para meu conhecimento, onde pude perceber a importância de um psicólogo entro no ambiente escolar, não só para as turmas, professores, mais para toda equipe que dirige a escola esse apoio esse auxílio. Foi enriquecedor, gratificante e prazeroso poder ajuda aquela turma de 9º, trazendo um pouco de atenção e cuidado para todos ele que de forma tímida nos recebeu de forma acolhedora. 
Anexo C
Maria de Guadalupe de J . Barbosa
Essa atividade de observação que fiz na escola, me permitiu analisar contextos diferentes. Foi um trabalho enriquecedor e que me trouxe muita experiência como estudante do curso de psicologia.
Anexo D
 ANDRÉA ARAÚJO
Dia 09 de setembro tivemos o primeiro momento com a turma do 9º ano A – matutino.
Fomos apresentados na sala e falamos sobre o objetivo do nosso trabalho. Todos tinham uma aparência agradável e apresentável, a maioria eram negros. 
Eu percebi que a turma era bastante antenada, porém reservada entre os seus subgrupos, embora tivessem alguns alunos que gostavam muito de falar.
Para quebrar o gelo e ao mesmo tempo perceber como era a interação deles em relação a como se comportavam em atividades em grupo, foi realizada a dinâmica do círculo humano, onde eles ficavam de costas um para o outro e deveriam virar-se ao mesmo tempo. A primeira tentativa eles tiveram uma pequena dificuldade, mas logo conseguiram resolver.
A segunda dinâmica foi sobre os sentimentos e emoções, cada um deveria escrever em um papelzinho sobre o que estava sentindo naquele momento e depois em uma roda de conversa, falaram sobre os sentimentos e emoções citadas. O objetivo era entender melhor quais eram as suas demandas para assim, podermos realizar as ações de intervenção da próxima visita.
Muitos queriam falar, mas não sabiam expressar exatamente o que estavam sentindo, por desconhecerem o significado de sentimentos e emoções. Contudo, obtivemos o resultado esperado. Eles solicitaram que trabalhássemos temas relacionados a depressão, através dos relacionamentos interpessoais, bullying e a empatia. 
Havia certa indiferença entre uns e outros, as falas, as vezes eram discretamente direcionadas a alguns deles.
 No último dia – 11 de novembro foram realizadas as atividades de intervenção de acordo os temas solicitados.
Iniciamos com a dinâmica da Bola da Vida, onde cada um enchia a bexiga, colocando todas as emoções e sentimentos negativos no momento de enchê-las e a amarrava. Em seguida, distribuímos algumas fichinhas contendo situações conflituosas, como: situação financeira precária, homo afetividade, racismo, entre outros. uma lia as fichinhas em forma de coração de EVA, com um band aid, representando as feridas do coração e falava se era capaz e como poderia lidar com essa situação, quem não se sentisse capaz de resolver, pocaria a bexiga. Ao final, explicamos que a bexiga representava a vida e que por esses motivos que para alguns era pequeno, para outros era tão grande ao ponto de pensar em ceifar a vida. 
Com essa dinâmica refletimos sobre a importância da empatia, do cuidado em julgar o próximo de maneira negativa. 
A outra dinâmica foi do “Patinho feio”, para entender sobre as diferenças e como uma pessoa se sente sendo desprezado. Três voluntários deveriam colocar uma faixa na testa, cada um assim: “Dê-me um abraço!”, “Dê-me um sorriso!” e “Passe direto”. Foi bastante divertida, todos já estavam bem descontraídos e interagindo. Um dos participantes, que estava com a faixa “passe direto” relatou como se sentiu.
Os alunos tinham muita necessidade de se expressar.
Ao final das dinâmicas agradecemos a colaboração deles e percebemos o quanto eles se sentiram satisfeito.
A minha percepção desse trabalho foi sobre a importância e necessidade gritante de um Psicólogo Escolar nas instituições de ensino, pois a Coordenação Pedagógica, a Direção, professores e demais envolvidos, estão voltados para as necessidades de aprendizagem dos alunos, enquanto que o papel do Psicólogo Escolar deve ser de um olhar diferenciado, voltado para as demandas comportamentais que envolvam emoções, sentimentos que venham trazer prejuízos no rendimento escolar dos alunos. O psicólogo escolar atuaria como um mediador entre alunos e demais profissionais do ambiente de educação.
Eu acredito que a atuação de um Psicólogo Escolar deva ser estendida para todos os colaboradores da escolar e não só para os alunos. Pois todos precisam entender esse contexto da intermediação de um Psicólogo na escola, a fim de juntos amenizarem os sofrimentos que surgem nesse espaço, de tantas diversidades socioculturais.
São diversas realidades presentes, de um lado os alunos, jovens e adolescentes que precisam ser ouvidos e respeitados, diante de suas perturbações, decorrentes das transformações físicas e mentais do processo de puberdade, a necessidade de serem ouvidos e entendidos, os quais estão na fase de construção da identidade.
Por outro lado, os professores que não se sentem valorizados e não tem reconhecimento.
O Psicólogo Escolar não é “o salvador da pátria”, uma vez que entendemos que a maioria das reclamações é de uma realidade macro, depende das Políticas Públicas. Contudo, através de pequenas ações, em um trabalho em conjunto, profissionais da educação, apoio às famílias e o Psicólogo Escolar, podem amenizar significada mente, muitas situações conflituosas, obtendo resultados positivos.
Como estudante de Psicologia, desenvolvendo esse trabalho de intervenção, o sentimento que fica é de aflição e angústia, por entender que esse trabalho foi concluído, mas a necessidade de continuação das intervenções é essencial para aquela escola. 
Anexo E 
Amanda Benne Falcão Moura 
	Bom, como já foi citado passo a passo do nosso contato com o colégio durante todo relatório, aqui irei frisar a minha percepção com essa ação. Como foi uma proposta pontual através de uma disciplina dentro da faculdade, nossa ação foi uma promoção a saúde desses alunos em demandas especificas, por isso vale aqui ressaltar a minha sensação de impotência, a esfera educacional é um ambiente que engloba todos os fatores, bio-psico-social, ali dentroa importância de se trabalhar junto com uma equipe multiprofissional introduzindo o psicólogo escolar é inenarrável, a partir daquele ambiente se constroem seres subjetivos, identidades. 
A situação de vulnerabilidade é nítida, mas a falta de preparo, de um currículo dentro da instituição, de uma equipe completa, cria déficits maiores do que já existem. Não digo que seria a solução para problemas que veem de outros contextos também, mas seria um começo para uma educação mais digna e elaborada, que presem o bem-estar e o futuro de seus jovens cidadãos. 
Anexo F
Anexo G 
Anexo H

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