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ARTIGO - A ALFABETIZAÇÃO, A LEITURA E USO DA TECNOLOGIA

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A ALFABETIZAÇÃO, A LEITURA E O USO DA TECNOLOGIA: a 
necessidade da utilização das novas ferramentas em sala de aula. 
 
Ligia Maria Miranda Ficker1 
Profª. Maria Paz Pizarro Portilla2 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho tem como finalidade esclarecer sobre a importância do uso 
das novas tecnologias no processo de alfabetização, a relevância da leitura ,e a 
necessidade de promoção da integração da tecnologia para o ensino. 
Compreendendo que a leitura é ferramenta essencial para alfabetização, 
devendo ser utilizada em conjunto com as novas ferramentas tecnologicas da 
eduação moderna, para auxiliar no desenvolvimento social, emocional e 
cognitivo da criança, contudo sem deixar de valorizar as ferramentas clássicas , 
os quais devem ser apresentadas as crianças e integram a sala de aula para fins 
de despertar o interesse e estimular a encontrarem prazer na processo de 
aprendizagem e construção do conhcimento. Faz-se necessário elucidar que o 
livro, a literatura nas escolas, em conjunto com computadores, tablets e demais 
tecnologias devem ser utiliados não somente para fins pedagógicos, mas como 
instrumentos de motivação e desafio, são ferramentas capazes de transformar 
os educandos em indivíduos críticos, responsáveis e atuantes em nossa 
sociedade. No entanto, para atingirmos este objetivo, não podemos menosprezar 
ferramentas tradicionais, mas agregá-las as novas tecnologias, para que ambas 
sirvam de motivadores no processo de alfabettização. Dessa forma, analisar os 
processos tradicionais e propor uma integraçao com as ferramentas modernas, se 
apresente na atualidade como o grande desafio dos educadores. Tarefa mais ardua 
que esta, é encontrar um equilibrio para que as crianças em fase de alfabetização 
mantenham o interesse no processo de aprendizagem, bem como na leitura, utlizando-
se para tanto as ferramentas tradicionais bem como das modernas. 
 
Palavras – Chave: Leitura, Alfabetização, Novas Tecnologias e Aprendizagem 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O processo de aprendizagem nos primeiros anos da alfabetização 
necessita de um trabalho conjunto e o uso de ferramentas que facilitem, 
instiguem e mantenham o interessa das crianças na aquisição de novos 
 
¹ Aluna concludente do curso de Letras/Inglês Formação Pedagógica da Universidade Estácio de Sá. 
2 Professora orientadora do artigo da Universidade Estácio de Sá. 
conhecimentos e desenvolvimento de suas habilidades. Para que isso venha 
efetivamente a ocorrer, os educadores devem recorrer as variadas ferramentas 
e técnicas para auxiliar no processo de alfabtização e aprendizagem. A 
Literatura, ainda que venha sofrendo em decorrência do esqeucimento e de sua 
menor valorização, em decorrência do nosso moderno sistema de educação, 
mais voltada para o uso de novas tecnologias, constitui uma das mais efetivas e 
cruciais ferramentas no processo de alfabetização. Os educadores veem sendo 
desafiados e confrontados em sala de aula a utilizarem muitas das tecnologias 
modernas, como computadores, tablets e apresentações digitais para promover 
a alfabetição digital e inclusão cibernética dos alunos. Contudo, os livros 
impressos e a literatura ainda são essenciais, principlamente nos anos iniciais 
da alfabetização. Dessa forma a introdução de hábitos de leitura e a utilização 
de ferramentas clássicas como livros impressos, historias em quadrinhos, 
aliados ás novas tecnologias, devem coexistir de forma equilibrida para servirem 
de ferramentas que venham a auxiliar o professor no processo de alfabetização, 
aprendizagem, interpretação e produção de texto. 
A realidade moderna tem imposto aos pais e professores um universo 
repleto de acesso a tecnologias com fácil acesso e disponiblidade, os quais são 
ofertados as crianças desde a mais tenra idade, muito antes de terem acesso ao 
ensino nas salas de aula. No entanto, essa facilidade muitas vezes podem trazer 
entraves para que as crianças, quando inseridas no âmbito escolar, para que 
sejam devidamente alfabetizadas, e aprendam a ler e escrever da forma 
adequada, o que influencia sobremaneira todo o processo de aprendizagem e 
de assimilação para construção da escrita, da leitura e da intepretação de textos. 
Em razão do uso constante de ferramentas tecnológicas como 
computadores e tablets, as crianças são colocadas diante de um processo de 
alfabetização, leitura, interpretação e produção de texto muito diferenciado dos 
que vinham sendo praticados anteriormente. Tal modalidade de alfabetização 
traz consequências para que as crianças desenvolvam suas capacidades e 
habilidades para ler e interpretar textos. Certo é que o uso indiscriminado e sem 
orientação dessas ferramentas podem criar muitas barreiras e dificuldades no 
processo de alfabetização, principlamente no assimilação das técnicas 
necessárias para o desenvolvimento da escrita durante o processo de 
alfabetização. 
No entanto, é obvio que há a necessidade de que as crianças se 
familiarizem com o uso de ferramentas tecnológicas, uma vez que auxiliam no 
aprendizado e desempenham papel importante na formação das crianças, 
contudo devem ser devidamente orientadas e assistidas tanto pelos pais como 
professores, escola e educadores. 
Neste contexto, ressalta-se que a integração entre a tecnologia e os 
processos tradicionais de alfabetização e letramento são essenciais para a 
formação global das crianças. Ainda, atividades que envolvem o manuseio de 
livros, revistas, jogos e atividades educativas, compoêm ferramentas vitais para 
que os professores/alfabetizadores alcançem seus propositos de alfabetizar, 
letrar e ensinar as crianças para que tenham a habilidade de escrever, ler e 
interpretar. 
Para isso, as ferramentas para o desenvolvimento da linguagem, da 
oralidade, para promover o gosto e o prazer pela aprendizado das crianças 
passa pelo insentivo a leitura, utilização de jogos e de tecnologias que instiguem, 
aguçem a criatividade e prendam a atenção delas, de forma a incentivá-las no 
desenvolvimento natural de suas capacidades e habilidades. 
 
Um saber ampliado e mutante caracteriza o estágio do conhecimento 
na atualidade. Essas alterações refletem-se sobre as tradicionais 
formas de pensar e fazer educação. Abrir-se para as novas educações, 
resultantes de mudanças estruturais nas formas de ensinar e aprender 
possibilitadas pela atualidade tecnológica, é o desafio a ser assumido 
por toda a sociedade. (KENSKI, 2012, p. 41). 
 
Dessa forma, vemos que o professor não deve permanecer engessado, 
utilizando-se somente de livros, mas deve diversificar o ensino, a aprendizagem 
e a alfabetização, valendo-se das multiplas ferramentas disponíveis, 
apropriando-se de atividades individuais, em grupo, tecnologicas, bem como das 
mais tradicionais, que vão desde oficinas de leitura a brincadeiras de roda e 
demais jogos e atividades educativas. 
O presente artigo tem por objetivo enfocar na importância da integração 
entre a leitura, a interpretação de texto e o processo de aprendizagem aliados 
com as novas tecnologias para a alfabetização das crianças. Para isso, se faz 
necessária a apresentação das formas de promover tão integração para auxiliar 
na aquisição de conhecimentos, informação, interação, socialização e recreação 
no processo de alfabetização. 
Portanto, o presente trabalho se justifica pelo fato de que podemos 
perceber a necessidade emergente do uso da tecnologia para alfabetizar e letrar 
no século XXI, pois as demandas atuais tem cada vez mais exigido que tanto 
professores, como pais e especialmente alunos, tenham o mínimo de 
conhecimento do uso das tecnologias para serem aceitos em todos os meios em 
que circulam, inclusive e principalmente quando se trata da alfabetização. 
 
2. AS NOVAS TECNOLOGIAS E A ALFABETIZAÇÃO 
 
A realidade imposta aos professores, escolas e as crianças nos primeiros 
anos da alfabetização, vem alterando as técnicas tradicionais que veem sendo 
ministradas no processode aprendizagem, principalmente no que diz respeito a 
utilização das novas tecnologias. 
Aprender a ler atraves de livros impressos, escrever utilizando tão 
somente lápis e papel, e interpretar por intermédio de oficinas de leitura e 
contação de histórias, não mais são suficientes para fins de alfabetização das 
crianças. 
Vivemos em um tempo em que a utilização dos recursos digitais e 
tecnológicos não mais encontram-se adistritos e limitados a formação para 
exercicio de uma profissão ou mesmo inserção no mercado de trabalho. Na 
realidade a alfabetização tecnológica influencia inclusive nas interações sociais 
entre crianças, que necessitam de um mínimo de conhecimento para utilização 
das novas tecnologias no processo de construção do conhecimento e 
aprendizagem. 
Na realidade, até mesmo o processo de alfabetização nos anos iniciais 
está sendo afetado, exigindo que as escolas disponibilizem a alfabetização 
digital, utilizando as novas tecnologias disponíveis no processo de apropriação 
do conhecimento. 
No entanto, simplesmente promover a inclusão das ferramentas 
tecnológicas em sala de aula, não significa que o aprendizado e o uso das 
mesmas garantirá o apreensão do conhecimento. Mais do que disponibilizar o 
acesso a essas ferramentas é necessário pensar em atividades que agreguem 
e estimulem os alunos a desenvolverem senso crítico e possam refletir a partir 
dos conhecimentos a eles apresentados. 
De acordo com Perrenoud (2000, p. 26) “durante muito tempo a tarefa do 
professor era assimilada à aula magistral seguida de exercícios”. Com as novas 
tecnologias essa concepção de ensino mudou. As novas tecnologias se 
tornaram então excelentes ferramentas de apoio ao processo educacional. 
O professor deve tornar o espaço escolar mais prazeroso e eficaz para 
seus alunos, criando um ambiente alfabetizador na sua sala de aula, que inclua 
as tecnologias. 
Para a professora, seja qual for o método escolhido, o conhecimento 
das suas bases teóricas é condição essencial, importantíssima, mas 
não suficiente. A boa aplicação técnica de um método exige prática, 
tempo e atenção para observar as reações das crianças, registrar os 
resultados, ver o que acontece no dia-a-dia e procurar soluções para 
os problemas dos alunos que não acompanham. (CARVALHO apud 
MARTINS; SPECHELA, 2012, p.7). 
 
Dessa forma, o letramento digital deve ser ministrado as crianças não só 
para instigar o interesse na leitura, mas também para estimular o raciocínio 
lógico, o que servirá para superar as dificuldades adistritas a alfabetização 
tradicional, encurtando distâncias e auxiliando a superar problemas de 
comunicabilidade, e inovando nos métodos de aquisição da leitura e escrita. 
Podemos dizer então que a alfabetização é muito importante, mas ela 
necessita de auxílios para que torne esse processo cada vez mais prazerosa e 
com resultados melhores. Para Hernandez apud Ferreira (2012, p. 27), “[...] 
vivemos e trabalhamos em um mundo visualmente complexo, portanto, devemos 
ser complexos na hora de utilizar todas as formas de comunicação, não apenas 
a palavra escrita”. 
Diversificar o processo de alfabetização, significa apropriarnos de novas 
técnicas e promovermos a alfabetização digital, deixando de estar adistritos às 
cartilhas, bibliotecas, utilização de lápis, papel e borracha, e passarmos a incluir 
as novas ferramentas e modalidades da apropiação do conhecimento, tornando 
todo processo de aprendizagem muito mais instigante. 
Contudo para que este processo seja eficaz e construtivo, o professor 
deve identificar em qual estágio de conhecimento do alfabeto o aluno se 
encontra, e partir dai propor atividades que possam auxiliar a criança na 
apreensão do conhecimento. Mas para que isso seja possível os professor 
também precisa ter conhecimento para introduzir as novas tecnologias no 
processo de alfabetização. 
Um dos fatores primordiais para a obtenção do sucesso na utilização 
da informática na educação é a capacitação do professor perante essa 
nova realidade educacional. O professor deverá estar capacitado de tal 
forma que perceba como deve efetuar a integração da tecnologia com 
a sua proposta de ensino. Cabe a cada professor descobrir a sua 
própria forma de utilizá-la conforme o seu interesse educacional, pois, 
como já sabemos não existe uma forma universal para a utilização de 
computadores na sala de aula. (TAJRA apud SOUTO, 2012, p. 24) 
 
Dessa forma, podemos concluir que a alfabetização tradicional e a digital 
nos tempos atuais não mais podem ser negligenciadas, ignoradas muito menos 
dissociadas. Mesmo antes de chegar as salas da aula, a maioria das crianças 
em idade pré-escolar, já tem familiaridade com computadores e demais 
tecnologias, o que de certa forma ajuda no processo de alfabetização. No 
entanto as técnicas tradicionais também não podem ser esquecidas, ainda que 
as ferramentas tecnologicas desempenham papel de destaque, a escrita 
clássica ainda é essencial, para o processo de aprendizagem e conhecimento. 
Neste contexto, cabe ao professor e à família incentivar e permitir que o 
contato das crianças com o conputador e outras ferramentas tecnológicas ocorra 
de forma à proporcionar prazer, despertando o interesse pelo aprendizado, e 
especialmente pela leitura, que sejam atividades prazerosas, que auxiliem no 
processo de alfabetização dessa criança. 
A influência do computador no processo de alfabetização não pode ser 
deixada de lado e neste sentido é importante salientar as atividades realizadas 
para o desenvolvimento das habilidades referentes ao uso do computador. 
Conhecer e saber utilizar essa mídia é fundamental, principalmente para 
crianças que já nasceram em uma época onde o computador é utilizado para 
realizar inúmeras tarefas simples do cotidiano. 
No entanto, devemos destacar que lfabetização e letramento são 
processos diferentes, que se complementam. A alfabetização era entendida 
como o processo em que aprender a ler era apenas a capacidade de decodificar 
os sinais gráficos, transformando-os em sons, e que aprender a escrever era 
apenas codificar os sons da fala, transformando-os em sinais gráficos. 
Para Cagliari (1998), o processo de alfabetização inclui muitos fatores e 
cabe ao professor perceber como se dá o processo de aquisição de 
conhecimento, de como uma criança se situa emocionalmente em termos de 
desenvolvimento, sua evolução no processo de interação social, reconhecer a 
realidade linguística envolvida no momento em que está acontecendo a 
alfabetização. Quanto mais o professor estiver envolvido com o processo, mais 
condições ele terá de encaminhar de forma agradável e produtiva o processo de 
aprendizagem. 
 
O conceito de letramento entra em cena e amplia a visão de 
alfabetização, chamando atenção não apenas para o domínio da 
prática de ler e escrever (codificar e decodificar), mas também para os 
usos dessas habilidades e práticas sociais em que ler é necessário. 
Trata-se de um processo que tem início quando a criança começa a 
conviver com as diferentes manifestações de escrita na sociedade e se 
prolonga por toda a vida, com crescente possibilidade de participação 
nas práticas sociais que envolvem a língua escrita. (SOARES, 
AROEIRA, PORTO, 2010, p. 36 - 37). 
 
Levando em consideração a aprendizagem da leitura e da escrita a 
alfabetização e o letramento são processos diferentes, cada um com suas 
especificidades. Soares define letramento como o resultado da ação de ensinar 
e apreender as práticas sociais de leitura e escrita. Ela ainda salienta que a 
entrada da criança no mundo da escrita ocorre simultaneamente por esses dois 
processos, a alfabetização e letramento, sendo processos diferentes, 
complementares e inseparáveis. 
 
Reconhecendo a especificidade de cada um desses processos, é 
preciso combinar a alfabetização e o letramento, assegurando aos 
alunos tanto a apropriação do sistema de escrita, como o domíniodas 
práticas sociais de leitura e de escrita. Como consequência, o desafio 
que se coloca é “alfabetizar letrando”, ou seja, possibilitar que a 
alfabetização se desenvolva em um ambiente onde a criança conviva 
com variados portadores de texto ao mesmo tempo em que constrói a 
base alfabética. (SOARES, AROEIRA, PORTO, 2010, p. 38). 
 
De acordo com o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa 
(PNAIC), “a alfabetização na perspectiva do letramento busca favorecer 
situações propícias de aprendizagem do funcionamento do sistema de escrita 
alfabética, de modo articulado e simultâneo às aprendizagens relativas aos usos 
sociais da escrita e da oralidade”. 
Os eixos Leitura, Oralidade e Produção Textual descritos na proposta da 
Base Nacional Comum Curricular (BNCC)[1], na área de Linguagens – Língua 
Portuguesa, contemplam aspectos relevantes: 
O Eixo Leitura compreende as práticas de linguagem que decorrem 
da interação ativa do leitor/ouvinte/espectador com os textos escritos, 
orais e multissemióticos e de sua interpretação, sendo exemplos as 
leituras para: fruição estética de textos e obras literárias; pesquisa e 
embasamento de trabalhos escolares e acadêmicos; realização de 
procedimentos; conhecimento, discussão e debate sobre temas sociais 
relevantes; sustentar a reivindicação de algo no contexto de atuação 
da vida pública; ter mais conhecimento que permita o desenvolvimento 
de projetos pessoais, dentre outras possibilidades. (BRASIL, p. 69) 
 
O Eixo Oralidade compreende as práticas de linguagem que ocorrem 
em situação oral com ou sem contato face a face, como aula dialogada, 
webconferência, mensagem gravada, spot de campanha, jingle, 
seminário, debate, programa de rádio, entrevista, declamação de 
poemas (com ou sem efeitos sonoros), peça teatral, apresentação de 
cantigas e canções, playlist comentada de músicas, vlog de game, 
contação de histórias, diferentes tipos de podcasts e vídeos, dentre 
outras. Envolve também a oralização de textos em situações 
socialmente significativas e interações e discussões envolvendo 
temáticas e outras dimensões linguísticas do trabalho nos diferentes 
campos de atuação. O tratamento das práticas orais compreende. 
(BRASIL, p. 77) 
 
O Eixo da Produção de Textos compreende as práticas de linguagem 
relacionadas à interação e à autoria (individual ou coletiva) do texto 
escrito, oral e multissemiótico, com diferentes finalidades e projetos 
enunciativos como, por exemplo, construir um álbum de personagens 
famosas, de heróis/heroínas ou de vilões ou vilãs; produzir um 
almanaque que retrate as práticas culturais da comunidade; narrar 
fatos cotidianos, de forma crítica, lírica ou bem-humorada em uma 
crônica; comentar e indicar diferentes produções culturais por meio de 
resenhas ou de playlists comentadas; descrever, avaliar e recomendar 
(ou não) um game em uma resenha, gameplay ou vlog; escrever 
verbetes de curiosidades científicas; sistematizar dados de um estudo 
em um relatório ou relato multimidiático de campo; divulgar 
conhecimentos específicos por meio de um verbete de enciclopédia 
digital colaborativa; relatar fatos relevantes para a comunidade em 
notícias; cobrir acontecimentos ou levantar dados relevantes para a 
comunidade em uma reportagem; expressar posição em uma carta de 
leitor ou artigo de opinião; denunciar situações de desrespeito aos 
direitos por meio de fotorreportagem, fotodenúncia, poema, lambe-
lambe, microrroteiro, dentre outros. (BRASIL, p. 74) 
 
Neste contexto, o uso das novas tecnologias como o computador, tablets 
e especialmente a internet, possibilita aos alunos em fase de alfabatezição, 
explorarem das mais variadas formas a compreensão do que estão tendo 
contado, de como interagir e identificar as ferramentas e simbolos que abrem as 
portas para a entendimento, visualização e interação, tanto com a máquina 
quanto com os demais individuos envolvidos nesse processo. 
 Para Kenski (2007): 
A educação também é um mecanismo poderoso de articulações das 
relações entre poder, conhecimento e tecnologias. Desde pequena, a 
criança é educada em um determinado meio cultural familiar, onde 
adquire conhecimentos, hábitos, atitudes, habilidades e valores que 
definem a sua identidade social. A forma como se expressa oralmente, 
como se alimenta e se veste, como se comporta dentro e fora de casa 
são resultado do poder educacional da família e do meio em que vive. 
Da mesma forma, a escola também exerce o seu poder em relação aos 
conhecimentos e ao uso das tecnologias que farão a mediação entre 
professores, alunos e os conteúdos a serem aprendidos. (KENSKI, 
2007, p. 18-19). 
 
E diante de toda essa conjuntura Moran (2005) nos lembra que o 
professor hoje deverá ser capaz de integrar “melhor as tecnologias com a 
afetividade, o humanismo e a ética. Será um professor mais criativo, 
experimentador, orientador de processos de aprendizagem […] ”Assim utilizar a 
tecnologia com crianças traz benefícios para o desenvolvimento da alfabetização 
e do letramento e também pelo simples fato de ensinar aos alunos a utilizá-la 
para melhorar a vida. 
 
3. A LEITURA E O USO DAS TECNOLOGIAS 
 
Ante as grandes mudanças ocorridas em nossa sociedade, e a 
popularização de novas tecnologias e ferramentas modernas, como o 
computador e a internet, o processo de alfabetização, leitura, interpretação e 
produção de textos, passou a ser vivenciado de forma diferenciada, mais atrativa 
e dinâmica, abragendo um universo amplo de possibilidades, interação e troca 
de informações. 
As crianças passaram a estabelecer uma relação diferente com a leitura 
e as histórias infantis, se antigamente esse contato limitava-se aos livros 
impressos, contação de histórias, algumas idas ao teatro e alguns jogos 
educativos, no mundo moderno temos uma infinidade de possibilidades à 
disposição, indo desde históri os animadas por computação, 
desenhosanimados, audio books, como jogos interativos, sites e softwares a um 
clique de distância. 
No entanto, para que as crianças possam usar essas ferramentas através 
das tecnologias, elas precisam saber ler, escrever e interpretar, para interagir e 
tirar o máximo de proveita dessas atividades. 
Para isso, a leitura desempenha um papel fundamental, sendo que o 
primeiro contato das crianças com o universo da literaruta ocorre ainda dentro 
de casa, quando há o envolvimento dos pais, ao se disporem a contar e ler 
histórias para as crianças. 
Segundo Coelho, (2000) “[...] a literatura, e em especial a infantil, tem uma 
tarefa fundamental a cumprir nesta sociedade em transformação: a de servir 
como a gente de formação seja no espontâneo convívio leitor / livro seja no 
diálogo leitor / texto estimulado pela escola”. 
Na relação com os livros infantis, a criança, primeiramente, ouve a história 
contada pelo adulto e a relaciona com as imagens. Depois, ela já se sente capaz 
de recontar a história e faz isso se baseando nas ilustrações e imitando a fala do 
adulto. Isso acontece até o momento em que ela se apropria da linguagem 
escritade forma que, aquilo que a criança só consegue fazer hoje com a ajuda de 
um adulto, mais adiante ela conseguirá fazer sozinha. 
Durante o seu desenvolvimento, a criança passa por estágios psicológicos 
que precisam ser observados e respeitados. De acordo com Coelho, “essas 
etapas dependem do nível de amadurecimento psíquico, afetivo e intelectual, e 
também, do seu nível de conhecimento e domínio do mecanismo da leitura”. 
Sendo assim, faz-se necessário que os livros a serem oferecidos à uma criança, 
sejam adequados a sua idade e a etapa pela qual ela passa. 
Segundo Piaget, as crianças de 2 a 7 anos estão na fase pré-operacional 
onde conseguem desenvolver a imaginação e a memória. Também são capazes 
de interpretar as coisas simbolicamente. Mas, é na fase do Estágio Operacional 
Concreto (7 a 11 anos) que há um grande ponto de virada no desenvolvimento 
cognitivo da criança, pois marca o iníciodo pensamento lógico ou operacional. 
Ela passa a ser capaz de resolver as coisas internamente em sua cabeça. 
Existem cinco categorias que norteiam as fases do desenvolvimento 
psicológico da criança: o pré-leitor, o leitor iniciante, o leitor em processo, o leitor 
fluente e o leitor crítico. 
Pré-leitor é uma categoria que abrange duas fases: 1ª Primeira Infância 
(dos 15/17 meses a 3 anos) é a fase onde a criança reconhece o mundo através 
do tato e do contato afetivo, daí a necessidade que ela tem de pegar ou tocar 
tudo o que está ao seu redor. Esta é a fase da aquisição da linguagem e a criança 
passa a nomear tudo a sua volta. A partir da percepção da criança é possível 
estimulá-la oferecendo-lhe vários objetos para que a mesma possa manusear e 
nomear, com a ajuda de um adulto, propiciando situações simples de leitura. 2ª 
Segunda Infância (a partir dos 3 anos) é o início da fase egocêntrica. Por estar 
mais adaptada ao meio, a criança aumenta sua capacidade de comunicação 
verbal. Nesse momento o “brincar” com o livro será importante e significativo 
para ela. 
Leitor iniciante (a partir dos 6/7 anos) é a fase onde a criança começa a 
apropriar-se da decodificação dos símbolos gráficos. Nessa fase a presença de 
um adulto como agente estimulador é fundamental. Os livros adequados nesta 
fase devem ter uma linguagem simples com começo, meio e fim. De acordo com 
Coelho (ibid, p.35), “eles devem estimular a imaginação, a inteligência, a 
afetividade, as emoções, o pensar, o querer, o sentir”. 
Leitor em processo (a partir dos 8/9 anos) é a fase onde a criança já 
domina o mecanismo da leitura. Seu pensamento está mais desenvolvido, 
permitindo-lhe realizar operações mentais. Interessa-se pelo conhecimento de 
toda a natureza e pelos desafios que lhe são propostos. Os livros adequados a 
esta fase devem apresentar imagens e textos, estes, escritos em frases simples, 
de comunicação direta e objetiva. O tema deve girar em torno de um conflito que 
deixará o texto mais emocionante e culminar com a solução do problema. 
O leitor fluente (a partir dos 10/11 anos) está em fase de consolidação dos 
mecanismos da leitura. Sua capacidade de concentração cresce e ele é capaz 
de compreender o mundo expresso no livro. De acordo com Coelho (2002) é a 
partir dessa fase que a criança desenvolve o “pensamento hipotético dedutivo” e 
a capacidade de abstração. Este estágio, chamado de pré- adolescência, 
promove mudanças significativas no indivíduo. Há um sentimento de poder 
interior, de ver-se como um ser inteligente, reflexivo, capaz de resolver todos os 
seus problemas sozinhos. Aqui há uma retomada do egocentrismo infantil, pois 
assim como acontece com as crianças nessa fase, o pré-adolescente pode 
apresentar um certo desequilíbrio com o meio que vive. 
Esse leitor é atraído por histórias que apresentam valores políticos e 
éticos, por heróis ou heroínas que lutam por um ideal, por mitos e lendas, 
histórias policiais, romances e aventuras. Os gêneros narrativos que mais 
agradam são os contos, as crônicas e as novelas. 
O leitor crítico (a partir dos 12/13 anos) tem nessa fase o domínio da 
leitura e da linguagem escrita. Sua capacidade de reflexão aumenta, permitindo-
lhe a intertextualização. O convívio do leitor crítico com o texto literário segundo 
Coelho (2002, p.40), “deve extrapolar a mera função de prazer ou emoção e deve 
provocá-lo para penetrar no mecanismo da leitura”. 
Nota-se que em todos os estágios da alfabetização e letramento é 
possivel a inlcusão das ferramentas tecnologicas, de forma que o trabalho 
pedagógico a partir dos jogos eletrônicos tem a função de contribuir para o 
desenvolvimento dos exercícios dos aspectos cognitivos, para que as atividades 
se tornem mais lúdicas e prazerosas ao mesmo tempo em que contribuem para 
o desenvolvimento das habilidades necessárias à aquisição da leitura e escrita. 
As instituições educacionais estão percebendo que as tecnologias tem 
uma importante contribuição para aprendizagem na atualidade. O processo de 
ensino aprendizagem tem a necessidade de acompanhar a evolução dos 
instrumentos tecnológicos e as contribuições dos mesmos para a aquisição de 
novos conhecimentos. 
Ante o acima exposto, podemos perceber que o uso das novas 
tecnologias no processo de alfabetização e leitura, são essenciais, posto que o 
aprendizado automático, repetitivo e descontextualizado em nada torna atrativo 
o processo de construção do conhecimento, sendo cada vez mais necessária a 
inclusão e utilização das novas tecnologias em todas as fases do 
desenvolvimento escolar. 
 
4. FERRAMENTAS TECNOLOGICAS E JOGOS NA ALFABETIZAÇÃO 
 
As nossas relações com ferramentas digitais estão cada vez mais 
presentes no cotidiano, e geralmente elas funcionam como facilitadores de 
comunicação, interação social, e também dinamismo no processo de ensino e 
aprendizagem. 
Essas ferramentas digitais e ou dispositivos tecnológicos têm recebido 
muito destaque na Educação por permitir trabalhar com resoluções de 
problemas reais e também pelo fato de fazerem parte da rotina das crianças e 
jovens, que desde de muito cedo possuem acesso a jogos digitais, YouTube, 
blogs, entre outros. 
Para não ficarem distantes dessa geração que já cresce familiarizada com 
esses dispositivos tecnológicos, muitos professores buscam inovar na cultura de 
ensino, trazendo essas ferramentas ao cotidiano da sala, para mediar o 
aprendizado dos alunos, trazendo também a personalização ao ensino. 
No processo de ensino, o período de alfabetização é marcado pelas 
descobertas, um momento no qual o lúdico se faz muito presente. E é neste 
cenário que os jogos digitais podem alavancar a aprendizagem das crianças, por 
trazer interação, trabalhar com as hipóteses silábicas e contribuir com a leitura e 
escrita. 
A fase do desenvolvimento de alfabetização através de jogos pode ser 
considerada como uma incrível aventura para as crianças. Os estudantes entram 
em um mundo mágico de imaginação que traz o único objetivo de ensinar, e a 
melhor forma de promover o aprendizado é estimular a curiosidade das crianças. 
Aprender se divertindo é a melhor maneira de atrair o interesse das 
crianças e contribuir com o processo de ensino aprendizagem. 
Para Pozas (2011, p. 15): 
Brincar é uma das principais atividades da criança. É por meio da 
brincadeira que ela revive a realidade, constrói significados e os 
ressignifica momentos depois. Dessa forma, aprende, cria e se 
desenvolve em todos os aspectos. 
 
Anthropy (2012) destaca a importância de se aumentar o número de 
indivíduos capazes de se expressarem por meio dos jogos: 
 
Jogos contam histórias que transmitem os valores de seus criadores 
de maneira única: não somente através de seu conteúdo explícito, mas 
também através da lógica de seu design, e dos sistemas que decide 
modelar. E se os jogos transmitem os valores de seus criadores de 
uma maneira única, então é absolutamente essencial que existam mais 
criadores disseminando mais valores, mais perspectivas. Os 
videogames devem se tornar mais pessoais. (ANTHROPY, 2012, 
S/P,tradução nossa). 
 
O Instituto de Computação da Unicamp disponibiliza atraves do HagáQuê, 
um software educativo de apoio a alfabetização e a domínio da linguagem 
escrita, que auxilia as crianças a criarem histórias em quadrinhos. Este é só um 
exemplo de como a tecnologia pode e dever ser utlizada como ferramenta no 
processo de alfabetização. 
Além desse, O Porvir reuniu algumas dicas de plataformas ou recursos 
digitais que podem ser aplicados durante a alfabetização. Confira a lista: 
 
1. Pé de Vento (ambiente digital de aprendizagem): com jogos, 
músicas, contação de histórias e conteúdos, a plataforma Pé de Vento 
insere o aluno em um ambiente de aprendizagem que o conduz por 
uma aventura gamificada. Voltada para alunos do primeiro ano, a 
ferramenta reúne diferentes atividades planejadas para durar 32semanas. Conforme o aluno realiza tarefas, ele é apresentado a 
personagens e histórias. A plataforma é gratuita e está disponível na 
Educopédia; 
 
2. Ludo Primeiros Passos (jogo on-line): desenvolvido pelo 
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em 
Nanotecnologia, do CNPq, e o Centro Multidisciplinar para o 
Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos, da Fapesp, o jogo on-line 
Ludo Primeiros Passos apresenta recursos interativos que auxiliam as 
crianças em diferentes níveis de alfabetização. O game busca associar 
sons a imagens e conforme o jogador acerta, aumenta o grau de 
dificuldade, completando sílabas ou palavras; 
 
3. Tartaruga Turbinada (livro digital): o livro digital Tartaruga 
Turbinada permite que a criança leia e interaja com a história, mesmo 
sem estar completamente alfabetizada. Passando o dedo ou o mouse 
por cima das palavras, é possível ouvir o que está escrito em cada 
página. O livro possui acesso gratuito e está disponível on-line; 
 
4. Livros Digitais (livro digital): com a ferramenta Livros Digitais, 
desenvolvida pelo Instituto Paramitas, os alunos podem ser 
alfabetizados criando e contando as suas próprias histórias. No site 
existe a opção de escolher entre quatro layouts pré-estabelecidos, 
adicionando imagens e textos. Após finalizar, o aluno pode imprimir sua 
publicação ou compartilhar o conteúdo nas redes sociais; 
 
5. Forma Palavras (jogo on-line): para estimular a leitura e a 
escrita, o jogo Forma Palavras simula o cenário de uma fábrica e pede 
para que os jogadores organizem letras, dispostas em uma 
engrenagem, até formarem a palavra indicada pela imagem. Conforme 
o aluno acerta, ele acumula pontos e muda de fase; 
 
6. Logos ABC (aplicativo): seguindo o formato de um Quizz, o 
aplicativo Logos ABC pronuncia palavras e faz com que as crianças 
conectem imagem e som. O jogo pode ser utilizando para a 
alfabetização e aprendizado de inglês e português. O aplicativo é 
gratuito e está disponível para IOS; 
 
7. Aulas Animadas (aplicativos e planos de aula): desenvolvida 
pelo Instituto Paramitas, a plataforma Aulas Animadas reúne jogos e 
aplicativos de alfabetização para smatphones ou tablets. Para cada um 
dos games, o site disponibiliza um material para download que 
apresenta dicas e planos de aula para os professores trabalharem com 
cada um dos recursos apresentados; 
 
8. Edmodo (redes sociais): as redes sociais educativas também 
podem ser boas aliadas para fortalecer o processo de alfabetização. 
No Edmodo, por exemplo, os professores podem criar um grupo com 
os estudantes, compartilhando dicas, ferramentas e estimulando a 
interação entre os colegas; 
 
9. Escola de Games – (jogos online): jogos interativos gratuitos 
para trabalhar com temas como arvores genealógicas, lendas de 
folclore, datas comemorativas, algarismos romanos, permitindo a 
gamificação presente no processo. 
 
10. Jogos Arie - (jogos online): jogos educativos gratuitos 
projetados especialmente para crianças. Ensina de forma lúdica e a 
criança aprende brincando relacionando a palavras a objetos, 
completando sequências, trabalhando com tabuada, adição, subtração 
e multiplicação, além de trabalhar com temas atuais como a dengue. 
 
11. Picolé Digital (CD-ROOM, jogos online): jogos interativos 
projetados especialmente para crianças. Ensina de forma lúdica e a 
criança aprende brincando. São atividades que trabalham o raciocínio 
da criança de maneira leve e divertida através de jogos como caça-
palavras, jogo da memória, liga-pontos, quebra-cabeça e muito mais! 
 
Conforme as indicações acima, vemos que já há disponivel através de 
diversas midias, softwares e inclusive na internet, sites, jogos, atividades online 
gratuitos, que poderm auxiliar os docentes nas atividades escolares, 
diversificando o ensino tradicional e promovendo a integração das novas 
tecnologias com o ensino tradicional. 
 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Em razão de tudo o que aqui fora discutido e apresentado, podemos 
compreender que a alfabetização tanto tradicional como tecnologia é um 
necessidade nos dias atuais. 
A alfabetização e a leitura não devem permanecer dissociados , 
necessitam ser trazidos cada vez mais para a realidade escolar, porporcionando 
um ensino de qualidade e que desperta o interesse das crianças em adquirir 
conhecimentos e desenvolver suas habilidades cognitivas e de aprendizagem. 
Nesta contexto, não podemos deixar de dar enfase a leitura como uma 
ferramenta importantissimo para auxiliar no processo de aquisição de 
informações e conhecimento. 
Em que pese tenhamos hoje uma maior consciência da necessidade de 
promovermos a alfabetização digital, as técnicas mais clássicas como a 
contação de histórias e a leitura ganham destaque, pois é atraves delas que 
podemos despertar a criatividade das crianças e incentivar, despertar a vontade 
e o interesse no aprendizado. 
Ao proporcionarmos as crianças na fase de alfabetização o acesso aos 
livros e as histórias abrimos várias possibilidades para seu desnvolvimento. Da 
mesma forma que o acesso as novas tecnologias proporciona uma infinidade de 
possibilidades e de acesso as mais diversificadas formas de adquirir 
conhecimentos, a leitura ainda é uma das formas mais eficientes e ludicas para 
o ensino. 
Mesmo que estejamos cada dia mais dependentes e conectados as novas 
tecnologias, jamais conseguiriamos utilizá-las de forma adequada se não 
tivemos sido alfabetizados com as tecnicas tradicionais de leitura, de escrita, de 
interpretação e de produção de textos. 
Ter acesso a alfabetização e aprendermos a ler é essencial, ate mesmo 
para aprendermos a utilizar os computadores e todas as novas tecnologias com 
as quais nos deparamos em nosso desenvolvimento escolar e profissional. 
Dessa forma os professores, em que pesem não tenham nascido em 
tempos tão tecnológicos, quanto as novas gerações, precisam reciclar seus 
conhecimentos e desenvolver novas habilidades e tecnicas para serem 
utilizadas em sala de aula, de forma a suprir a necessidades e os anseios das 
crianças em fase de alfabetização e escolarização. 
Ao professor e a escola cabe o papel de serem os mediadores para que 
seja possível um equilibrio do uso das novas tecnologias na alfabetização. 
É através da leitura que adquirimos muitas das habilidades necessárias 
para a formação de alunos que sejam capazes de adquirir conhecimentos, 
aprimorar habilidades e alargar as posibilidades para que possam ser atores 
críticos, cidadãos capazes de refletir e transformar a realidade a sua volta. 
Os desafios são inúmeros e imensos, mas as transformações ocorridas 
no decorrer das últimas décadas, afetaram sobremaneira as técnicas de ensino, 
alfabetização e leitura, especialmente ante a notória necessidade da inclusão de 
novas tecnologias nas salas de aula, escolas, mas principalmente e 
especialmente no cotidiano das crianças e das familias. 
Não há mais como concebermos a alfabetização, a educação e o ensino 
como um todo sem refletirmos como fazer a integração das novas tecnologias 
de forma a proporcionar as crianças ferramentas com conteúdo adequado, sem 
desvirtuarmos o interesse das mesma por praticas simples, como a contação de 
histórias e a leitura. 
A realidade está impondo as mudanças, cabe a cada um de nós 
envolvidos com o processo de construção do conhecimento, refletirmos para que 
possamos dar as crianças o que elas realmente necessitam, acesso a educação 
de qualidade, abrangente, criativa e que eficazmente supra as ansiedades delas 
próprias e as necessidades impostas pelo sociedade moderna. 
 
6. REFERÊNCIAS 
 
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