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Bursites Disciplina: Fisioterapia Ortopédica Profa. Dra. Patrícia Pereira Alfredo Bursas • Pequenas bolsas de tecido conjuntivo, levemente cheias de líquido (líquido sinovial), chamadas bursas ou bolsas sinoviais. • Presentes em torno das articulações, sobretudo próximo de superfícies ósseas mais proeminentes. • Estão localizadas entre músculos, tendões e ossos, normalmente em pontos onde ocorre atrito entre essas estruturas. • Auxiliam no amortecimento de impacto e no deslizamento de uma estrutura sobre a outra , agindo como pequenas “almofadas”, que minimizam o atrito durante os movimentos que ocorrem nas articulações” Bursite Subacromial Causas: • Traumatismos locais, • Excesso de movimentos repetidos, • Lesões por esforços musculares • Artrites • Demais problemas articulares. “Os efeitos no corpo humano dos movimentos realizados dependem da postura adotada, da força exercida para a realização do gesto e o número de vezes que é executado”. Fisiopatologia: Função da bursa subacromial: almofadar a região sujeita a atrito (tendão do manguito, mas essencialmente o tendão do Supra-espinhoso) reduzindo a fricção entre as partes móveis. • Excesso de utilização: inflamação do tendão e da bolsa subacromial Com a inflamação pode ocorrer depósito de cálcio no tendão, que mais tarde interfere no movimento do ombro. Se a bursite persiste, os músculos poderão atrofiar ou degenerarem. Quadro Clínico: • Calor • Tumefação • Dores intensas ao nível do ombro, podendo irradiar à região cervical, ao braço e inclusive ao antebraço e dedos • Incapacidade funcional marcada. Diagnóstico: • História clínica do paciente; • Testes específicos • Radiografias; • Ultra-sonografias; • Ressonâncias magnéticas; • Exames laboratoriais. Intervenção: Fase aguda: Repouso com períodos intermitentes de movimento controlado (mobilização passiva e movimentos pendulares) para manter ADM. Eletroterapia, crioterapia, massoterapia, acupuntura, exercícios terapêuticos de alongamento. Fase subaguda: a função deve ser recuperada sem irritar a bolsa. Iniciar o movimento ativo e os exercícios de FM (isométrico/isotônico). Bursite do Olécrano • Bursite do olécrano é a inflamação de uma pequena bolsa com líquido na ponta do cotovelo. • Facilmente lesionada por trauma direto ou irritada pelo atrito repetitivo ou sustentação de peso Sintomas: • Dor • Inchaço na região da ponta do cotovelo • Pode ser muito difícil apoiar o cotovelo sobre uma superfície devido ao aumento da sensibilidade local • Caso ocorra mais de um episódio, pequenas “bolinhas” podem ser sentidas sob a pele do olecrano Tratamento Bursite Trocantérica Fricção ou trauma direto (queda) sobre o lado do quadril Inflamação de qualquer uma das bolsas trocantérias Bursite trocantérica Quadro Clínico: • Dor lateral da coxa, na virilha e nos glúteos; • Dor ao deitar sobre a Bursa; • Dor a palpação ou alongamento do trato ilio tibial sobreo o trocânter, com adução do quadril ou nos extremos de rotação interna ou externa; • Abdução, extensão ou rotação interna resistidas de quadril são dolorosas; • Rigidez dos adutores de quadril (pé fica cruzando a linha média) • A dor pode ser desencadeada com esforços (andar, sentar e levantar, subir e descer escadas) • A sensação de fraqueza pode ocorrer após longos períodos com dor e limitação funcional. Fatores de risco? • Sobrepeso, sexo feminino, menopausa, excesso atividade física e desgaste da articulação do quadril. Prognóstico. Convivendo com o problema • As dores crônicas podem favorecer distúrbios do sono, claudicação, limitação de mobilidade e da prática de atividades esportivas. Prevenção • A prática regular de atividades física, fortalecimento muscular, manutenção do peso e cuidados com o treinamento esportivo podem ajudar a prevenir a grande maioria dos casos. Possíveis complicações? • Dor persistente e limitante, • Mobilidade reduzida, • Claudicação (“mancar”), • Distúrbios do sono decorrentes da dor ao dormir de lado. • Possíveis complicações de injeções de corticoide na região: rompimento de tendões, alterações da taxa de açúcar no sangue e atrofia da pele. Fisioterapia: • Alongamento de tensor da fáscia lata e trato iliotibial; • Alongamento de flexores de quadril, quadríceps e rotadores externos de quadril; • Fortalecimento de adutores e abdutores de quadril; • Massagem friccional transversa sobre a Bursa; • Termo/Fototerapia e Eletroterapia O trato iliotibial é uma banda de tecido fibroso encontrada na parte lateral da coxa se estendendo até a tíbia. É o ponto de inserção de importantes músculos do quadril. Corridas e caminhadas: causam sobrecarga (síndrome) Funções do Tensor da Fáscia Lata: • Sustentar o trato ilio tibial • Abdução de quadril • Flexão de quadril • Rotação interna de quadril Bursite de iliopsoas/ ilipectínea • A bolsa do iliopsoas esta localizada entre a porção anterior da capsula articular do quadril e a junção miotendínea do iliopsoas Sintomas: • Dor na palpação da vursa • Dor na virilha ou no quadril anterior (agrava com caminhadas vigorosas, hiperextensão lombar ou do quadril); • Dor com flexão e adução passiva do quadril (final da ADM) • Dor com extensão e rotação externa passiva de quadril Fisioterapia: • Alongamento e fortalecimento de rotadores e flexores de quadril; • Miniagachamentos sustentados sobre a perna afetada Bursite Isquiática • A bursite isquiática (inflamação da bursa isquiática) ocorre com relativa frequência, apesar de ser menos frequente que a bursite trocantérica. • A Bursa isquiática está localizada entre o glúteo maior e a tuberosidade isquiática. Sintomas: • Dor e sensibilidade localizadas na área da nádega • Dor ao sentar em cadeira firme • Dor forte ao subir escadas ou caminhar em planos inclinados • Dor após exercício prolongado em superfícies duras • Maior incidência em: mulheres, pessoas magras, ciclistas Causas: • Mais frequente em pessoas que permanecem sentadas durante muito tempo e em superfícies duras. • Os doentes mais obesos que perdem peso de uma forma repentina e reduzem a proteção gordurosa (nas nádegas) estão mais suscetíveis à inflamação da bursa isquiática.
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