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CASUISTICA HIPOTETICA 2 Relatório

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NOME DO (A) ALUNO (A): Doraci Francisco Maia 
TURMA: B/C, MOD III. TURNO: Noturno 
RELATÓRIO PARA TOMADA DE DECISÕES 
 
 
Brasília, 29 de Junho de 2020. 
 
Dr. Professor: Manoel Júnior 
 
Em cumprimento a sua determinação, apresento-lhe o relato como um dos requisitos para 
a avaliação na disciplina de Administração Aplicada à Enfermagem. Este discorre sobre a 
importância da mulher na sociedade e na enfermagem, de forma que observa a evolução 
histórica de conquista de espaços e valorização profissional na sociedade. 
Para compreender sobre a importância das mulheres na sociedade bem como a sua 
relevância na enfermagem é preciso considerar que desde as sociedades mais antigas elas 
sempre foram marginalizadas e até mesmo submetidas a preconceitos e desonras. Mas apesar 
disso, desde o período colonial até os dias atuais aconteceram muitas lutas por conquistas de 
direitos coordenadas pelo movimento feminista, o qual surgiu no século XIX com um novo 
discurso filosófico sobre a mulher, lutando contra a discriminação feminina e pelo direito ao voto 
(alcançado pelas mulheres brasileiras em 1932, antes mesmo da França e da Itália). 
Nesse sentido, percebe-se que as relações entre homens e mulheres começaram a ser 
transformadas radicalmente, pois o casamento, o trabalho fora de casa, a educação e a família 
tiveram que ser vistos e tratados de uma nova forma. Assim, a mulher começou a desfrutar dos 
mesmos espaços políticos, sociais e culturais que o homem. 
O parágrafo primeiro do Artigo 2 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que foi 
constituída em 1948 afirma que “todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as 
liberdades estabelecidos nesta declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, 
sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza”. 
É possível perceber que a partir de 1950 aumenta a participação das mulheres em 
escritórios, em serviços públicos, e surgem mais oportunidades em profissões como: enfermeiras, 
 
SITE: WWW.ITEB.NET 
 
 
 
professoras, médicas, assistente social, vendedoras, entre outras. E isso passa a exigir que as 
mulheres tenham uma escolaridade maior e provoca mudanças em seu status social. 
Para mostrar que a importância da mulher é a mesma do homem na sociedade é 
necessário citar que isso foi reconhecido como um direito feminino na Constituição Federal de 
1988, no artigo 5º, no 1º parágrafo: “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos 
termos desta Constituição”. Além disso, é bom lembrar que a mulher desempenha dupla jornada 
de trabalho, visto que atua dentro e fora de casa. 
É possível perceber nas pesquisas que nos últimos anos o processo de feminização tem 
crescido bastante no setor da saúde, e isso não apenas no Serviço Social e na Enfermagem, mas 
também na Medicina, Odontologia etc. 
Por volta do século XVII, quando acontecia a revolução científica, mulheres chegaram a 
ser vítimas da Inquisição por colocar em prática seus conhecimentos na área da saúde. Esse 
período foi nomeado de Caça às Bruxas. Mas isso era apenas o início, pois muito tempo depois 
foram exatamente as mulheres as precursoras da Enfermagem. Como exemplo, temos Florence 
Nightingale no avanço da enfermagem moderna atuando principalmente como voluntária numa 
guerra em 1854 na Criméia, e que depois fundou a primeira escola de enfermagem no Hospital 
St. Thomas, em Londres, em 1800. 
As referências de mulheres na área da enfermagem são poucas, embora seja uma prática 
exercida desde o século XVIII. As mulheres daquela época ficam sob domínio de seus esposos, 
pais e do afazer doméstico, mas encontramos também algumas nos espaços públicos como é o 
caso de Francisca de Sande e Ana Nery. É bom lembrar que nesse período as funções de 
enfermeira estavam no plano doméstico ou religioso sem cientificidade. 
A implantação do curso de enfermagem no Brasil contou com a vinda de enfermeiras 
americanas e com a organização de Ethel Parsons na Escola de Enfermagem do Departamento 
Nacional de Saúde Pública por volta de 1923 (atual Ana Nery), onde ser mulher era uma das 
principais características para ingresso. Mas conforme Padilha (1995), “de lá para cá muita coisa 
mudou tanto na enfermagem quanto nos conceitos do ser mulher”, pois “a mulher saiu de casa e 
enfrentou o mercado profissional, assumindo o duplo encargo de trabalho, criando filhos, 
administrando empregadas e investindo na realização de seu ideal profissional”. 
 
QSB 04/05 ÁREA ESPECIAL Nº 08 - TAGUATINGA SUL/DF 
 CEP: 72.015-540 – FONE: (61) 3352 9000 – SITE: WWW.ITEB.NET 
 
 
Essas mudanças podem ser observadas na década de 1980 com a criação dos Conselhos 
dos Direitos da Mulher e o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher, onde as 
mulheres passam a participar nos governos estaduais e têm mais espaço para refletir sobre a 
condição da mulher na sociedade. 
Portanto, considera-se que as qualidades atribuídas às mulheres de calma, aceitação, 
vigilância, abnegação e humildade reforçaram as desigualdades entre os sexos ao logo do tempo 
no seu trabalho enquanto enfermeiras. No entanto percebe-se que o avanço das lutas femininas 
trouxe alterações na enfermagem, principalmente nas últimas décadas. Apesar de todas essas 
melhorias na condição da enfermagem e da mulher na sociedade, ainda há muito que lutar pelo 
reconhecimento e cidadania, pois o mérito dos seus serviços prestados ainda é muitas das vezes 
atribuído ao médico. 
 
 Atenciosamente, 
Doraci Francisco Maia, estudante do Curso Técnico em Enfermagem, do Instituto Técnico de 
Educação de Brasília. 
 
 
 
 
 
Referências 
BRASIL; ​Constituição Federal​. Brasília, 2016. Disponível em: 
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf​. 
Acesso: 26/jun/2020. 
BRASIL; ​Direitos Humanos​. UNIC / Rio / 005 - Agosto 2009. Disponível em: 
https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2018/10/DUDH.pdf​. Acesso: 26/jun/2020. 
 
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https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf
https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2018/10/DUDH.pdf
 
 
PADILHA, Maria Itayra Coelho de Souza. ​A Mulher/Enfermeira nos âmbitos 
Doméstico-Familiar e Público: uma abordagem teórico-contextual. ​Rev. Esc. Enf. USP, v 29, 
Nº 3, p. 246-260. Dez 1995. 
PASSOS, Elizete; ​De anjos a mulheres: ideologias e valores na formação de enfermeiras​. 2ª 
ed. Salvador: EDUFBA, 2012. ISBN 978-85-232-1175-2. Disponível em: 
https://static.scielo.org/scielobooks/mnhy2/pdf/passos-9788523211752.pdf​. Acesso: 24/jun/2020. 
 
 
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 CEP: 72.015-540 – FONE: (61) 3352 9000 – SITE: WWW.ITEB.NET 
https://static.scielo.org/scielobooks/mnhy2/pdf/passos-9788523211752.pdf

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