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Prova de Procedimentos Especiais

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Prova A2 de Procedimentos Especiais
Questão 1: Florisvaldo Madureira, aluno do nono período de Direito, da Universidade Veiga de Almeida, insatisfeito com o relatório de gestão apresentado pela sociedade empresária É Mole Tirar Dez Ltda, contratada para a realização do cerimonial de conclusão do curso de bacharel em direito, tentou sem êxito obter explicação sobre o saldo apresentado no balancete de abril de 2020. Assim sendo, o referido discente procura os seus serviços jurídicos para aferir o cabimento da ação de exigir contas ou outra medida judicial pertinente. Examine a questão orientando adequadamente seu cliente, à luz da jurisprudência dominante no Superior Tribunal de Justiça.
R: É Cabível exigir as contas de acordo com o Art. 550, CPC. Florisvaldo ao entrar com a ação de exigir contas deverá pedir a citação do réu para que apresente a contestação no prazo de 15 dias, conforme Art. 550, I, CPC. Na PI o autor irá explicar as razões pelas quais exige a prestação de contas, a prestação das contas do réu deve ser fundamentada e específica, se o réu não contestar será dada a sentença com resolução de mérito (Art.550, §5 do Cpc) fim da segunda fase. A decisão sendo procedente o réu deverá prestar contas em 15 dias, ele apresentando pode o juiz determinar perícia contábil. Após análise a sentença apurará o saldo e constituíra título executivo judicial( Art. 552, CPC). A terceira fase da ação: Se a Sociedade empresária não pagar no prazo de 15 dias o juiz podrá sequestrar os bens em sua guarda para a compensação do prejuízo. 
Questão 2: Tercio Quintanilha, ao viajar para Cabo Frio com o obetivo de passar férias escolares de julho de 2019, foi surpreendido com a insólita situação de que sua casa de praia estava invadida por um grupo de pessoas que se denominavam integrantes do movimento “ os comunistas de direita” a quase dois anos. Considerando o quadro narrado, Tercio Quintanilha procura sua orientação jurídica formulando lhe, fundamentalmente as seguintes perguntas:
a) Qual ação judicial seria cabível para tutelar sua posse?
R:De acordo com o Art. 560 CPC, a ação Judicial cabível é a Reintegração de posse, pois aqui se trata de um caso de esbulho. Porém se a ação proposta na Petição inicial estiver errada, o pedido do autor, o Juiz mesmo assim não pode extinguir o processo sem analisar o pedido do autor. Isso acontece porque as ações possessórias são fungíveis, ou seja, uma pode se transformar na outra sem maiores problemas para quem iniciou o processo.
b)Seria possível, retirar os invasores da propiedade com rapidez?
R:A exigência principal para se ingressar com uma ação possessória é a obrigação do autor demonstrar que antes da invasão, concretizou a posse sobre o bem de algum modo. Em segundo plano, tratando- se de pedido de reintegração de posse, devem ser analisados os requisitos legais para a sua concessão, os quais devem ser firmemente seguidos, conforme Art. 561 do CPC. Não se aplica liminar neste caso concreto, pois tem mais de 1 ano e 1 dia, se fosse possível seria com rapidez, portanto infelizmente nesse caso terá que aguardar todo o processo, como a fase de citação, perícia etc. 
Questão 3: Marilene Sampaio, conhecida personalidade das mídias sociais, ( personal influencer), por conta de seus desregrados hábitos de consumo, acabou assumindo vários compromissos em seus cartões de crédito e, agora diante da perda de receitas causadas pela pandemia do COVID19, encontra-se inadimplente não tendo como liquidar as referidas faturas. Diante disso, Marilene Sampaio, contraiu um empréstimo no Banco Grana Firme SA, para poder quitar suas obrigações e, diante do receio de que as adminstradoras de cartão de crédito não quisessem receber pagamento, pois o atraso já era de dois meses, consultou a você quanto ao cabimento da ação de consignação em pagamento. Qual seria sua orientação jurídica processual a respeito? Responda com o devido fundamento.
R: Neste caso a devedor que ingressa com ação contra o credor, para quitar suas dívidas. Inicialmente terá a etapa pré- judicial, Marilene por saber quem é o credor e o valor a ser pago, ela deve criar uma conta e depositar o valor devido em um banco oficial conforme Art. 539, §1º do CPC, para que então não incida em juros, e o depósito deve acompanhar uma notificação para o credor, e lhe dar um prazo de 10 dias para que ele levante esse valor ou recuse, credor pode enviar uma carta ao Banco manifestando a sua recusa e determinar o motivo, mas se o credor não se manisfestar, julga-se o devedor liberado da obrigação, estando a quantia depositada a disposição do credor, conforme Art. 539,§ 2º CPC. Se ele se recusar conforme Art 335,I cc. Então Marilene terá que ingressar com ação de consignação em pagamento, neste caso o credor irá ser citado e terá que comparecer no Fórum, para receber a quantia que Marilene deve. Porém ele pode recusar por ser quantia incorreta. Em seguida parte para fase judicial, ingressar e distribuir a ação judicial, junto dela a conta do depósito feito anteriormente para comprovar que tentou outros meios, e então o juiz irá determinar um depósito numa conta judicial no prazo de 5 dias, conforme Art.542, I, CPC. Então Marilene pedirá a citação do réu para receber o pagamento ou manisfestar a recusa novamente. No entanto Marilene deve requerer a procedência de sua ação de consignação em pagamento. 
Questão 4:Quais são as pricipais diferenças e ou semelhanças entre os embargos de terceiros e embargos monitórios? Responda, com o devido fundamento, declinando pelo menos três semelhanças e ou diferenças.
R: Nos embargos de terceiros tem a semelhança com os embargos monitórios de que ambas são do Rito Especial; Os embargos de terceiros, ele é proposto por um terceiro ao processo, ou seja, é requisito que é embargante não seja parte no processo (Art.674, § 1 e 2 do CPC), já o Embargos monitórios é feito diretamente nos próprios autos, quem opõe é o réu, parte na ação monitória (Art. 700 do CPC); Os embargos monitórios não podem ser feitos por terceiros, já os embargos de terceiros são ações acessórias; Outra diferença é que os embargos monitórios são protocolados dentro da ação monitória (Art. 702 CPC) , e os embargos de terceiros, são distribuídos por dependência (Art. 676 CPC).
Questão 5: Deodoro Palhares, em ação de dissolução parcial de sociedade, promovida em face da sociedade empreśaria Pé Sujo Ltda, teve sua petição inicial indeferida liminarmente, pelo fundamento de que espécie, incidiria o instituto do litisconsórcio necessário no polo passivo entre a sociedade e os sócios remanescentes. Assim sendo, pergunta-se:
a)Dr, Juiz atentou corretamente para o devido processo legal, antes de indeferir a petição inicial?
R: Não. Pois o juiz ao verificar que a petição inicial não correspondia aos requisitos necessários listados nos Arts. 319 e 320 do CPC, ou que havia defeitos, vícios ou irregularidades que dificultassem o julgamento do mérito, ele deveria ter adotado outra postura, que seria determinar ao autor que no prazo de 15 dias que emende ou complete, corrigindo a petição inicial. E deve o juiz também apontar os erros para a devida correção, conforme o Art. 321 do CPC. Caso não seja sanado os erros, aí sim o juiz poderá indeferir a petição. E Art. 601, Parágrafo único do CPC com relação a citação somente serão citados todos os sócios, ou somente a empresa, sendo todos os sócios a empresa não será citada, porém a empresa ficará sujeita aos efeitos da decisão e á coisa julgada. 
b) A decisão judicial estava correta quanto ao mérito? Responda especificamente a cada pergunta exarando o correspectivo fundamento jurídico.
R: Não, Conforme Art. 485, I do CPC. Pois não resolverá o mérito, por causa do indeferimento da petição inicial, porque não foi cumprido o devido processo legal. 
Questão 6- Uma tutela cautelar, em ação anulatória, pode anular os efeitos de outra tutela cautelar estabilizada na ação anterior?
R:A tutela cautelar tem como objetivo preservar os direitos do êxito do processo principal. Com o novoCódigo de Processo Civil, não se aplica mais a tutela para atribuir efeito suspensivo, portanto uma nova tutela só poderia anular os efeitos de uma já estabilizada somente se houver riscos de dano grave e de dificil reparação da tutela anterior, conforme Art. 995 do NCPC.

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