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A segurança alimentar dos transgênicos sempre foi alvo de conflitos entre diferentes grupos da sociedade. Entretanto, a maioria dos alimentos que consumimos são produtos de mutações induzidas por radioatividade, nêutrons térmicos ou etilmetano sulfonato (ANDRADE et al., 2009).
REFERENCIA 
ANDRADE, P. P.; NEPOMUCENO, A. L.; VIEIRA, M. L. C.; BARROSO, P. A. V.; TAPIAS, B. A.; COLLI, W. & PAIVA, E. Milho Geneticamente Modificado: Bases Científicas das Normas de Coexistência entre Cultivares. 1a ed. Editora do Ministério de Ciência e Tecnologia, 2009.
Os brasileiros ainda pouco se beneficiam das ferramen-tas biotecnológicas quando comparado a outros países. Mesmo o país contando com cientistas altamente qua-lificados o atraso nas pesquisas biotecnológicas tem sido principalmente ocasiona pela falta de investimento público. No Brasil, estudos conduzidos pela Embrapa lidera as pes-quisas na área dos alimentos biofortificados, com destaque para o feijão com maior teor de ferro e zinco, tomate com maior teor de licopeno, além do arroz dourado “Golden Rice” que produz e acumula betacaroteno para combater a deficiência de vitamina A suplementado com ferro e amido (MAGALHÃES JUNIOR et al., 2008).
MAGALHÃES JÚNIOR, A. M.; FAGUNDES, P. R. R.; ANDRES, A. Biotecnologia em arroz: principais modificações genéticas. Pelotas. Embrapa Clima Temperado. Documentos, 229, 2008.
É importante ressaltar que a segurança dos trans-gênicos é avaliada rigorosamente por laboratórios credenciados. No Brasil, o produto somente é liberado ao consumidor após a realização de testes estabelecidos pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), que avaliam a presença de pro-dutos químicos e variação na composição e valor nutricional deste alimento. Essas análises são realiza-das para identificar a similaridade do novo produto com outros alimentos convencionais principalmente no fator toxicológico e alergênico.O Brasil apresenta uma legislação atuante na regu-lamentação do plantio e comercialização das variedades transgênicas. Desde a criação da Lei 11.105/05, vários órgãos fiscalizadores (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministério da Saúde e do Meio Ambiente) e a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) atuam estabelecendo as nor-mas de segurança e fiscalização dessas atividades. A lei brasileira garante ao consumidor a liberdade de escolha de adquirir um produto geneticamente modifi-cado (GM) através do Decreto n° 4680 e Portaria n°2658 que preconizam “Todos os produtos que contenham mais de 1% de matéria-prima transgênica devem ser comercia-lizadas, embaladas e vendidas como um rótulo específico (BRASIL, 2003a) que contenha o símbolo transgênico representado pela letra T maiúscula inserida em um triangulo” (BRASIL, 2003b).
OLIVEIRA,T.R. Disponível em:http://www.revistanutrivisa.com.br/wp-content/uploads/2015/04/nutrivisa-vol-2-num-1-b.pdf.<Acesso em:02.05.2020.
O mundo se encontra na era do supermercado transgênico, alimentos com os genes modificados chegam à mesa dos consumidores, como a cenoura mais doce e contendo doses extras de beta-caroteno, o arroz com mais proteínas, a batata com retardo de escurecimento, o melão com maior resistência a doenças, o milho resistente a pragas, a soja com genes de castanha-do-pará que aumenta seu valor nutritivo, o tomate longa vida, tendo sido o primeiro alimento transgênico a ser comercializado e a ervilha com genes que permitem sua conservação por mais tempo (CAVALLI,2001).
CAVALLI, S.Barletto.Disponível em:https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-52732001000400007&script=sci_arttext<Acesso em:02.05.2020.
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia, criada pelo poder executivo, através da Lei no 8.974 de janeiro de 1995 e o Decreto 1.752, de novembro de 1995, o qual dispõe sobre a vinculação, competência e composição, afirma que "a biotecnologia colocará o Brasil em condições de competir em pé de igualdade com as nações mais desenvolvidas, melhorando em qualidade e quantidade a produção de alimentos, permitindo o desenvolvimento de novos medicamentos, vacinas e insumos e trazendo melhoria na qualidade de vida do cidadão brasileiro" (Comissão Técnica..., 1999). Relata ainda, que não há registro de nenhum acidente com produtos desenvolvidos por engenharia genética, que todos os produtos desenvolvidos através dessas técnicas na área de fármacos e agricultura foram produzidos e comercializados com segurança, trazendo benefícios a sociedade (Castro, 1998).
CASTRO, L.A.B. Biossegurança. BioTecnologia Ciência e Desenvolvimento, Brasília, v.2, n.6, p.4-8, 1998. 
No Brasil, terceiro maior produtor mundial de soja GMRR, poucos trabalhos têm sido conduzidos visando a estudar possíveis respostas resultantes do cultivo da soja GMRR do ponto de vista ambiental, agronômico e de segurança do produto (grão), num mesmo modelo experimental. Além disso, os trabalhos publicados, na sua maioria, em outros países, visaram a avaliar causas e consequências, analisando duas ou três variáveis pontuais (ELMORE et al., 2001; DUKE et al., 2003; ZABLOTOWICZ & REDDY, 2007) ou limitaram-se a ensaios em laboratório (in vitro) (BUSSE et al., 2001; REDDY & ZABLOTOWICZ, 2003) ou em casa de vegetação (REDDY et al., 2004).
ELMORE, R.W. et al. Glyphosate-resistent soybean cultivar response to glyphosate. Agronomy Journal, Madison, v.93, p.404-407, 2001.  
DUKE, S.O. et al. Isoflavone, glyphosate, and aminomethylphosphonic acid levels in seeds of glyphosate-treated, glyphosate-resistant soybean. Journal of Agricultural and Food Chemistry, Columbus, v.51, n.1, p.340-344, 2003.
ZABLOTOWICZ, R.M.; REDDY, K.N. Nitrogenase activity, nitrogen content, and yield responses to glyphosate in glyphosate-resistant soybean. Crop Protection, v.26, p.370-376, 2007.  
BUSSE, M.D. et al. Glyphosate toxicity and the effects of long-term vegetation control and soil on soil microbial communities. Soil Biology and Biochemistry, Oxford, v.33, p.1777-1789, 2001.   
REDDY, K.N.; ZABLOTOWICZ, R.M. Glyphosate-resistant soybean response to various salts of glyphosate and glyphosate accumulation in soybean nodules. Weed Science, Champaign, v.51, p.496-502, 2003.   
REDDY, K.N et al. Aminomethylphosphonic acid, a metabolite of glyphosate, causes injury in glyphosate-treated, glyphosate-resistant soybean. Journal of Agricultural and Food Chemistry, Columbus, v.52, n.16, p. 5139-5143, 2004.
No início da segunda metade do século passado, preocupações semelhantes estavam no centro do debate a respeito das políticas de segurança alimentar do planeta. Naquele momento, o objetivo principal era aumentar a oferta de alimentos, sobretudo nos países em desenvolvimento, para que as previsões malthusianas não se concretizassem. A partir de um conjunto de mudanças expressivas, que de tão expressivas passaram a ser chamadas de Revolução Verde, nas décadas pós 60 observou-se uma ampliação significativa na oferta mundial de alimentos, deixando para trás os temores relacionados ao desabastecimento mundial de alimentos. Os problemas com a fome que ainda se faziam (e se fazem) notar em algumas regiões do planeta não eram motivados pela falta de alimentos no mundo, mas sim por outros fatores (econômicos, políticos, sociais etc.); enfim, mais de acesso do que de oferta de produtos. http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1850-00132009000100002&lang=pt
MATERIAISE MÉTODOSA 
metodologia empregada neste estudo foi uma revisão da literatura desenvolvida seguindo os preceitos do estudo exploratório, sobre transgênicos. Realizou-se a pesquisa de artigospublicados, em inglêse português, entre 1998 e 2017nas bases dedados eletrônicas: SciELO, e Google Acadêmico.As listas de referências de cada artigo foram analisadas para encontrar publicações adicionais. Os critérios de inclusão foram: periódicos sobre transgênicosque destacassem o tema variedades transgênicas, biossegurança em transgênicos e a biotecnologia em alimentos. Aspalavras-chave utilizadaspara a pesquisa foram: “alimentos transgênicos”,“biossegurança em transgênicos”, “biotecnologia” e “organismosgeneticamente modificados”
	
	suposto objetivo
Portanto este trabalho teve por objetivo fazer um relato sucinto da importância do ensino de biologia nas escolas públicas brasileiras, com destaque ao tópicos de genética, para a formação de um indivíduo crítico frente às inovações científicas e uma breve reflexão sobre os principais problemas que impossibilitam a não concretização dessa formação.
A concepção de que os conhecimentos científicos e tecnológicos devam fazer parte da formação do cidadão, se acentua na medida em que a ciência perde seu caráter de neutralidade e passa a ser debatida pela sociedade (CASAGRANDE, 2006). Nesse cenário, a escola passa a ser reconhecida como o ambiente primordial para a partilha e produção de conhecimentos, bem como para a formação do cidadão crítico. No entanto, de acordo com Xavier (2006), nem sempre o acesso e permanência dos jovens na escola têm garantido esse perfil de cidadão, fato este grandemente verificado quando se avalia o ensino de biologia e a formação da consciência crítica. Atualmente, no Brasil, apesar das inovações científicas e tecnológicas fazerem parte dos currículos escolares das escolas públicas, grande parte dos alunos não contextualiza o ensino de biologia, com destaque aos conteúdos de genética, que se tem na escola com a sua realidade. Assim, Oca (2005) relata que os conteúdos de genética na educação básica pública, muitas vezes, são considerados difíceis e desinteressantes, não permitindo ao aluno fazer a correlação de que tópicos como ciclo celular, constituição e funcionamento da molécula de DNA, entre outros, abordados em sala de aula são a base para a criação de tecnologias que darão origem, por exemplo, aos transgênicos.
CASAGRANDE, G. L. A genética humana no livro didático de biologia. 2006. 103 f. Dissertação (Mestrado em Educação Científica e Tecnológica) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2006.
XAVIER. M. C. F. A nova biologia e a genética nos livros didáticos de biologia no ensino médio. Ciência e Educação, Bauru, v. 12, v. 3, p. 275-289, 2006.
OCA, I. C. M. Que aportes oferece La investigación reciente sobre aprendizagem para fundamentar nuevas estrategias didácticas? Revista Educación, México, v. 19, n. 1, p. 7-16, 2005.
Biologia/Genética: O ensino de biologia, com enfoque a genética, das escolas públicas no Brasil–breve relato e reflexão
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/13398/13912

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