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Plantas tóxicas para animais de pequeno porte A intoxicação por plantas na maioria das vezes vai estar ligada as plantas ornamentais e plantas de terrenos baldios. As plantas ornamentais são aquelas usadas de enfeite, como parte da decoração de casas, podendo as vezes serem tóxicas; e as de terreno baldio são aquelas encontradas em lugares não cuidados e que acabam nascendo flores e plantas tóxicas. Plantas ornamentais: 1. Comigo – ninguém – pode 2. Copo de leite 3. Guaimbé 4. Taiova 5. Cambará de espinho 6. Cartucheira 7. Azaleia 8. Hortênsia 9. Bico – de – papagaio 10. Cinamomo 11. Samambaia 12. Urtiga Plantas de terrenos baldios: 1. Oficial da sala 2. Mamona Essas plantas são as principais e as que mais causam problemas aos animais de pequeno porte, cada uma tem seu diferencial de sintomas e tratamento, eles são: 1. Comigo – ninguém – pode (Dienffenbachia spp.) Trata-se de uma planta de caule verde anelado, com folhas inteiras verdes ou com manchas brancas, amarela ou verde claro. O principio ativo esta na planta toda, se trata do oxalata de cálcio, que atua lesando as mucosas do trato digestivo, facilitando a penetração das proteínas alérgenas contidas na planta. Sinais clínicos: Queimação Sialorréia Edema de boca e glote Asfixia Tratamento: Medida de descontaminação Óleo, leite ou vinagre por via oral para diminuir a sensação de queimação Anti – histamínico: cimetidina Terapia de suporte 2. Copo de leite (Zantedeschia aethiopica) Planta como folhas grandes em forma de seta, flor formada por uma espiga amarela. Principio ativo são os cristais de oxalato de cálcio, semelhante com o comigo – ninguém – pode. Sinais clínicos: Dermatite Glossite Disfagia Tratamento: Medidas de descontaminação Leite, óleo por via oral. Anti – histamínico: cimetidina Terapia de suporte 3. Guaimbé (Philodendron bipinnatifidum) Plata de caule grosso com folhas longas e seccionadas e flor em espiga envoltada por folha. Seu principio ativo são os cristais de oxalato de cálcio, semelhante com o comigo – ninguém – pode. A ocorrência de intoxicação por essa planta é pior em gatos, que além dos sintomas comuns, aparece também apatia e disfunção renal. Sinais clínicos: Queimação Sialorréia Edema de boca e glote Tratamento: Medida de descontaminação Óleo, leite ou vinagre por via oral para diminuir a sensação de queimação Anti – histamínico: cimetidina Terapia de suporte 4. Taiova (Alocasia spp.) Planta herbácea com folhas de longos pecíolos que surgem direto da raiz, flor semelhante a do Guaimbé, algumas espécies são usadas como alimento. Seu principio ativo são os cristais de oxalato de cálcio, semelhante ao comigo – ninguém – pode. Sinais clínicos: Erupções na pele causadas por contato Dores estomacais Edema de língua e glote Conjuntivite se entrou em contato com os olhos Perda de sensibilidade na boca Tratamento: Medida de descontaminação Óleo, leite ou vinagre por via oral para diminuir a sensação de queimação Anti – histamínico: cimetidina Terapia de suporte 5. Cambará de espinho (Lantana camara) Subarbusto com folha opostas e pecioladas, flores que ao do amarelo ao vermelho, seu principio ativo é um alcaloide chamado de lantanina ou lantadene. As intoxicações mais graves apresentam fraqueza muscular e colapso circulatório. Sinais clínicos: Fraqueza muscular Colapso circulatório Irritação gastrointestinal Vômito Sonolência Midríase Dispneia Tratamento: Laxante: Sulfato de sódio ou óleo mineral Oxigenioterapia: mascara ou tenda 6. Cartucheira (Brugmasia suaveolens) Arbusto com folhas ovaladas, flores em forma de trombeta, com cores geralmente brancas, podendo ser amareladas ou rosadas. Seu principio ativo é a atropina e escopolamina, a maior concentração é nas sementes, mas é encontrada na planta toda. Grande parte das intoxicações ocorre em gatos, por gostarem de brincar com folhas e plantas. Sinais clínicos: Alucinações Taquicardia Hipertensão Náuseas Vômito Constipação Oligúria Distúrbios respiratórios Secura de pele e mucosa Tratamento: Medida de descontaminação Parassimpatomiméticos Antiarrítmicos Oxigenioterapia Antieméticos Fluidoterapia 7. Azaleia (Rhododendron spp.) Arbusto com folhas verde escuro, flores com cores diferentes em branco, rosa, vermelha ou mesclada. Seu principio ativo é a andromedotoxina, pode se encontrar na planta toda a toxina. Sinais clínicos: Taquipneia Hipotermia Dispneia Depressão respiratória Convulsão Midríase Coma Tratamento: Medida de descontaminação (lavagem gástrica) Benzodiazepínicos Antiespasmódico Oxigenioterapia Fluidoterapia 8. Hortênsias (Hydrangea macrophylla) Arbusto com folhas grandes e brilhantes, flores com cores entre azul e roxo. Seu principio ativo é o glicosídeo cianogênico, a toxidade dele prenomina nas flores. Sinais clínicos: Dispneia Taquipnéia Vômito Cólica Diarreia Convulsões Coma Tratamento: Medida de descontaminação Oxigenioterapia Antiemetico Antiespasmódico Benzodiazepínicos Fluidoterapia 9. Bico – de – papagaio (Euphorbia pulcherrima) Arbusto ou arvoreta com folhas modificadas e longas de cores vermelhas, rosadas, brancas ou mescladas. O principio ativo é o látex irritante, ele tem características de aspecto leitoso. Sinais clínicos: Lesões cutâneas Se houver contato com a os olhos, lesões de corenea Conjuntivite Náuseas Vômitos Gastroenterite Sialorréia Irritação da mucosa oral Edema de língua Tratamento: Medida de descontaminação Óleo, leite ou vinagre por via oral para diminuir a sensação de queimação Antiemetico Antiespasmódico Fluidoterapia Anti – histamínico 10. Cinamomo (Melia azedarach) árvore com folhas verdes, flores nas cores roxo pálido e lilás intenso, com frutos onde se ingerido tem seu princípio ativo triterpenos. Sinais clínicos: Náuseas Vômito Dor abdominal Diarreia Sialorréia Euforia Depressão Ataxia Tremores Convulsão Coma Dispneia Dificuldade respiratória Tratamento: Mediadas de descontaminação Analgésicos Antieméticos Antiespasmódicos Benzodiazepínicos Fluidoterapia Tratamento de suporte 11. Samambaia (Pteridium aquilinum) É uma planta invasora, que é facilmente encontrada em pastagens, beiras de estradas, etc. Elas possuem tecidos vasculares, se reproduzem através de esporos e não produzem flores nem sementes. Seu princípio ativo é o glicosídeo norsesquiterpeno ptaquilosídeo. Sinais clínicos: Disfagia Regurgitação Perda de peso Dilatação do esôfago próximo à massa neoplásica Tratamento: Não há tratamentos eficazes contra estas alterações Evitar a instalação da planta através do manejo correto da pastagem e adubação do solo Medidas paliativas como o usar antibióticos para controle de infecções secundárias 12. Urtiga (Fleurya aestuans) É uma planta com flor, São geralmente plantas herbáceas perenes, mas algumas são anuais e algumas são arbustos. Princípio ativo: histamina, acetilcolina, serotonina Sinais clínicos: Dor imediata Inflamação Vermelhidão cutânea, bolhas Coceira Tratamento: Lavar a mucosa do animal para eliminar o agente irritante Lavagem das lesões com permanganato de potássio 1:10.000 Corticóides, anti-histamícos Colírios antissépticos, lavagem com água corrente As plantas citadas a cima foram as ornamentais e as de terreno baldio são a seguir: 1. Oficial de sala (Asclepias curassavica) Erva pequena, de folhasopostas, com inflorescência formada por varias flores vermelha. Seu principio ativo é o glicosídeo que se encontra em toda planta. Sinais clínicos: Dores abdominais Vômitos Alteração do ritmo cardíaco Tratamento: Medidas de descontaminação (lavagem gástrica) Analgésicos: dipirona Terapia de suporte 2. Mamona (Ricinus Communis) Arbusto com caule ramificado, com folas alternadas com pecíolos longos, produz com fruto onde se concentra seu principio ativo, a ricina, uma proteína altamente antigênia que promove a aglutinação de hemácias. Sinais clínicos: Ardência na boca e garganta https://pt.wikipedia.org/wiki/Planta_perene https://pt.wikipedia.org/wiki/Planta_anual https://pt.wikipedia.org/wiki/Arbusto Náuseas Tonturas Fraqueza Diarreia Vômitos Hemorragias Hemólise Degeneração renal Morte após 4 dias Tratamento: Medidas de descontaminação Transfusão de sangue Referencias: RIBOLDI, E.O. Intoxicações em pequenos animais: uma revisão. Orientador: Prof. Dr. claudio Natalini. 2010. 118 p. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Medicina Veterinária) - Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010. SANTOS, CRO et al. Plantas ornamentais. Plantas ornamentais tóxicas para cães e gatos presentes no nordeste do Brasil, [s. l.], 24 nov. 2012. SANTOS, M.M. Plantas tóxicas ornamentais. 2013. 55 p. Dissertação (Graduação em Medicina Veterinária) - Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade federal da Bahia, [S. l.], 2013. PIRES, R.C. Toxicologia veterinária: Guia prático para o clínico de pequenos animais. 1ª. ed. Campinas: [s. n.], 2018. 82 p. E-book.
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