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RESIDÊNCIA MÉDICA 2019 – 1ª FASE ESPECIALIDADES CLÍNICAS ESPECIALIDADES CLÍNICAS Instruções para a realização da prova Esta prova é composta de 80 questões de múltipla escolha. Para cada questão, há 4 alternativas, devendo ser marcada apenas uma. Assine a folha de respostas com caneta esferográfica preta e transcreva para essa folha as respostas escolhidas. Ao marcar o item correto, preencha completamente o campo correspondente, utilizando caneta esferográfica preta. Não deixe nenhuma das questões em branco na folha de respostas. A duração total da prova é de 5 horas. NÃO haverá tempo adicional para transcrição de gabarito. Você somente poderá deixar a sala após 2h30min do início da prova, podendo levar consigo APENAS o CONTROLE DE RESPOSTAS DO CANDIDATO e a DECLARAÇÃO DE PRESENÇA (abaixo). CONTROLE DE RESPOSTAS DO CANDIDATO 1 11 21 31 41 51 61 71 2 12 22 32 42 52 62 72 3 13 23 33 43 53 63 73 4 14 24 34 44 54 64 74 5 15 25 35 45 55 65 75 6 16 26 36 46 56 66 76 7 17 27 37 47 57 67 77 8 18 28 38 48 58 68 78 9 19 29 39 49 59 69 79 10 20 30 40 50 60 70 80 DECLARAÇÃO DE PRESENÇA Declaramos que o candidato abaixo, inscrito no PROCESSO SELETIVO RESIDÊNCIA MÉDICA 2019, compareceu à prova da 1ª Fase realizada no dia 04 de novembro de 2018. Nome: Documento: Coordenação de Logística Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp ASSINATURA DO CANDIDATO INSCRIÇÃO ESCOLA SALA LUGAR NA SALA NOME PROC_QT2 Retângulo Lista de abreviaturas AESP: atividade elétrica sem pulso AVCi: Acidente vascular cerebral isquêmico B.A.A.R.: bacilo álcool-ácido resistente BE: excesso de bases Bpm: batidas por minuto BT: bilirrubina total Cai: cálcio iônico CK: creatinaquinase CKMB: creatinaquinase fração MB CPAP: pressão positiva contínua em vias aéreas Cr: creatinina CO: monóxido de carbono CVF: capacidade vital forçada DM2: diabetes mellitus tipo 2 ECG: eletrocardiograma IAM: infarto agudo do miocárdio IMC: índice de massa corpórea Irpm: incursões respiratórias por minuto FAN: fator anti-núcleo FAV: fístula arteriovenosa FC: frequência cardíaca FiO2: fração inspirada de oxigênio FR: frequência respiratória Hb: hemoglobina HCO3: bicarbonato de sódio HCM: hemoglobina corpuscular média HD: hemodiálise Ht: hematócrito Hz: Hertz IV: intravenoso K: potássio LDH: lactato desidrogenase mmHg: milímetros de mercúrio Na: sódio PaCO2= pressão parcial de gás carbônico PA: pressão arterial PaO2: pressão parcial de oxigênio Pplatô: pressão de platô PEEP: pressão positiva no final da expiração Pi: fósforo inorgânico PCR: proteína C reativa PSA: antígeno prostático específico PSAP: pressão sistólica estimada da artéria pulmonar RM: ressonância nuclear magnética RNI: relação normatizada internacional SaO2: saturação arterial de oxigênio SARA: síndrome da angústia respiratória aguda SC: subcutâneo SpO2: saturação periférica de oxigênio T: temperatura TC: tomografia computadorizada TSH: hormônio tireoestimulante T4: tiroxina U: ureia UBS: Unidade Básica de Saúde UER: Unidade de Emergência Referenciada UPA: Unidade de Pronto Atendimento UTI: Unidade de Terapia Intensiva USG: ultrassom VC: Volume corrente VCM: volume corpuscular médio VEF1: volume expiratório forçado no primeiro segundo VHS: velocidade de hemossedimentação VO: via oral VALORES DE REFERÊNCIA Hemograma Hb Homem 13-17g/dL; Mulher 12-16g/dL Hematócrito (Ht) Homem 41-53%; Mulher 36-46% VCM� 78-100fL� HCM 26-34g/L Eritrócitos Homem 4,5-5,9 milhões/mm3; Mulher 4,0-5,2 milhões/mm3� Leucócitos 4,0-10,0 mil/mm3 (neutrófilos 40-70%; bastões 0-10%; linfócitos 22-44%; monócitos 4-11%; eosinófilos 0-8%; basófilos 0-3%)� Reticulócitos 0,5 – 2,5% Plaquetas 150 a 450 mil/mm3 Análise de Urina Densidade 1001-1035 pH 5,0 a 7,5 Proteínas ausente Glicose ausente Corpos cetônicos ausente Pigmentos biliares ausentes Urobilinogênio Inferior a 1,0mg/dL Nitrito ausente Hemoglobina ausente Osmolaridade 250-300 mOsm Células negativas Cristais negativos Cilindros negativos Leucócitos Inferior a 10.000/mL Hemácias Inferior a 10.000/mL Proteína urina 24 h <150 mg/24h Sódio 40 a 220 mEq/24h Relação albumina/creatinina < 30 mg/g Ácido Úrico 2,5-8,0 mg/dL LDH Inferior a 246 U/L Amilase 22 a 80 U/L Lipase inferior a 67 U/L Albumina 3,5-5,5 g/dl Magnésio 1,8 a 3,1 mg/dl ALT / TGP <35 U/L Paratormônio (PTH) 10 a 65 pg/ml Anti-DNA Negativo PTH-rP <1,35 pMol/l AST / TGO <35 U/L Potássio 3,5 a 5,1 mEq/L Bilirrubinas 0,3-1,0 mg/dL R Inferior a 1,1 Bilirrubina Direta 0,1-0,5 mg/dL RNI Inferior a 1,2 Bilirrubina Inireta 0,1-0,7 mg/dL Sódio 135 a 145 mEq/L C3 0,8-1,8 mg/dL T4 livre 0,7–1,8 ng/dL C4 0,2-0,6 mg/dL T3 70–200 ng/dL Calcio 8,0 a 10,2 mg/dl TSH 0,4 a 6,0 U/mL Calcio iônico 1,15 a 1,29 mmol/L TP 10-14 segundos 70 a 100% Creatinofosfoquina se CK < 170 U/L TTP-a 25-36 segundos CK- MB < 25 U/L Ureia Inferior a 40 mg/dl Cloro 98-106 mEq/L Vitamina B12 160-700 ng/L Creatinina Inferior a 1,2 mg/dl VHS Homem < 10 mm/1h; mulher < 15 mm/1h FALC 30-120 U/L Ferritina 10-300 ng/mL Gasometria Arterial Ferro sérico 30-160 Lg/dL pH 7,35-7,45 Fibrinogênio 150-370 mg/dl PaO2 83-108 mm Hg Folato 3.0-16.0 µg/L PaCO2 35-45 mm Hg Fósforo 2,7 a 4,6 mg/dl Bicarbonato 21-28 mMol/L GGT Inferior a 45 U/L Base excess -3 a +3 mMol/L Lactato 0,5 a 1,6 mmol/L SatO2 >95% 1. Homem, 63a, internado há 3 dias para tratamento de pneumonia comunitária. Antecedentes pessoais: hipertensão arterial e insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida secundária a miocardiopatia isquêmica. Na entrada apresentava K= 5,2 mEq/L. Exames de hoje evidenciam K= 6,2 mEq/L. QUAIS MEDICAMENTOS QUE CONSTAM NA PRESCRIÇÃO ESTÃO ASSOCIADOS À HIPERCALEMIA? a. AAS, levofloxacino e espironolactona. b. Espironolactona, heparina e enalapril. c. AAS, espironolactona e enalapril. d. Levofloxacino, enalapril e heparina. 2. Mulher, 22a, internada há 2 dias para tratamento de cetoacidose diabética, desencadeada por infecção do trato urinário e omissão do uso de insulina. Encontra- se lúcida, queixando-se apenas de disúria. Em uso de insulina regular em bomba de infusão intravenosa contínua, soro fisiológico e soro glicosado 5%. Exames laboratoriais: pH= 7,33, Bicarbonato= 19 mEq/L, Ânion gap= 10; Glicemia capilar= 196 mg/dL e K= 4,3 mEq/L. A CONDUTA É ADMINISTRAR: a. insulina regular subcutânea e desligar a bomba de insulina imediatamente. b. insulina NPH subcutânea e desligar a bomba de insulina imediatamente. c. insulina regular subcutânea e desligar a bomba de insulina após 1 hora. d. insulina NPH subcutânea e desligar a bomba de insulina após 1 hora. 3. Mulher, 44a, com história de cefaleia, febre e alteração de comportamento (desinibição) há 3 dias. Apresentou crise convulsiva tônico-clônica generalizada autolimitada na Unidade de Emergência, com duração de 45 segundos. Sinais vitais: T=38,2˚C; FC= 101 bpm; PA=105x61 mmHg. Exame físico: escala de coma de Glasgow= 13, presença de rigidez nucal. Não tem doenças prévias. ALÉM DA COLETA DE HEMOCULTURAS E INTRODUÇÃO DE CEFTRIAXONE, A CONDUTA IMEDIATA É: a. Fenitoína, dexametasona e coleta de líquor. b. Fenitoína, ampicilina e tomografia de crânio. c. Aciclovir, dexametasona e tomografia de crânio. d. Aciclovir, ampicilinae coleta de liquor. 4. Mulher, 59a, tabagista de 40 cigarros/dia há 30 anos, sendo o primeiro logo ao acordar. Vem em consulta com o objetivo de parar de fumar, após 2 tentativas malsucedidas. Antecedentes pessoais: epilepsia e hipertensão arterial de difícil controle. A TERAPIA MEDICAMENTOSA INDICADA É: a. Clonidina. b. Amitriptilina. c. Bupropiona. d. Vareniclina. 5. Homem, 78a, 80kg, relata há 40 minutos dor torácica em aperto, com irradiação para os dois braços e intensidade crescente, associada a dispneia e náuseas. Já teve episódios semelhantes em repouso, com menor duração. Sinais vitais: FC= 84 bpm, FR= 19 irpm, PA= 144x90 mmHg (membro superior direito), 138x88 mmHg (membro superior esquerdo), T= 36,8ºC e SpO2= 97%. Exame físico: ausculta cardíaca sem sopros, bulhas normofonéticas, ausculta pulmonar normal; sem edemas ou estase jugular. Antecedentes pessoais: hipertensão arterial em uso de amlodipino. Realizado AAS 300mg, clopidogrel 75 mg, atorvastatina 80 mg, atenolol 25 mg e morfina 3 mg. O eletrocardiograma (ECG) é mostrado abaixo. As derivações V7, V8, V3R e V4R não evidenciaram alterações. A CONDUTA É: a. Enoxaparina 80 mg e ecocardiograma com estresse farmacológico. b. Enoxaparina 80 mg e angiografia coronariana. c. Enoxaparina 60 mg e angiografia coronariana. d. Enoxaparina 60 mg e ecocardiograma com estresse farmacológico. 6. Mulher, 71a, queixa-se de tosse seca há 2 anos e dispneia há 1 ano, com intolerância progressiva aos esforços. Sinais vitais: FC= 88 bpm, FR= 22 irpm, PA= 152x92 mmHg, SpO2= 92% em ar ambiente. Exame físico: hiperfonese da segunda bulha em foco pulmonar, estertores inspiratórios distribuídos difusamente na ausculta do tórax, discreto edema simétrico de membros inferiores e estase jugular a 45º. Antecedentes pessoais: hipertensão arterial e tabagismo de 40 anos-maço. Exames complementares: radiografia de tórax com redução volumétrica pulmonar e opacidade heterogênea bilateral com predomínio nas bases; eletrocardiograma com bloqueio de ramo direito e onda S profunda em V5 e V6. QUAL A HIPÓTESE DIAGNÓSTICA E A CONDUTA? a. Doença pulmonar obstrutiva crônica; espirometria com broncodilatador. b. Insuficiência cardíaca congestiva; ecocardiograma. c. Tromboembolismo pulmonar; angiotomografia de tórax. d. Doença intersticial pulmonar; tomografia de tórax de alta resolução. 7. Homem, 68a, trazido pela família à unidade de emergência por letargia e confusão mental há 1 dia. Na última semana vinha apresentando poliúria, polidipsia, inapetência e constipação intestinal. Sinais vitais: FC= 104 bpm, FR= 20 irpm, T= 36,2ºC, PA= 118x72 mmHg, SpO2= 96% em ar ambiente. Exame físico: sinais de desnutrição, mucosas e axilas secas; sonolento e desorientado em relação ao tempo e ao espaço, pupilas isocóricas e fotorreagentes, sem déficits motores focais ou sinais meníngeos. Antecedentes pessoais: tabagismo de 60 anos-maço e carcinoma pulmonar de células escamosas, estádio IV, em quimioterapia paliativa. QUAL A HIPÓTESE DIAGNÓSTICA? a. Metástase cerebral. b. Hipercalcemia maligna. c. Meningoencefalite viral. d. Estado de mal não-convulsivo. 8. Mulher, 25a, é trazida à unidade de emergência em coma, em ventilação mecânica após ser submetida à intubação orotraqueal em sua casa pelo atendimento pré-hospitalar, tendo recebido fentanil e midazolam em bolus. Marido relata que ela tratou rinossinusite há 1 semana, mas não tem doenças crônicas. Sinais Vitais: FC= 112 bpm, PA= 148x96 mmHg, FR= 32 irpm T= 37,2°C, SpO2= 99% (FiO2 40%). Exame físico: pupilas isocóricas e fotorreagentes, sem déficits neurológicos focais. Exames laboratoriais: glicemia capilar= 104 mg/dl, cloreto= 99 mEq/L, Na= 135 mEq/L, K= 4,8 mEq/L, uréia= 39 mg/dl, creatinina= 1,2mg/dL; osmolalidade= 356 mOsm/kg; lactato= 1,9mmol/L; gasometria arterial com FiO2=40%, pH= 7,10, PaO2= 174 mmHg, PaCO2= 21 mmHg, HCO3= 9 mEq/L, BE= -6 mEq/L, SaO2= 99%; exame sumário de urina sem alterações; ECG: taquicardia sinusal; tomografia de crânio normal. A CONDUTA É: a. Soro fisiológico, dexametasona, ceftriaxone e coleta de hemoculturas. b. Coleta de liquor e ressonância nuclear magnética do crânio. c. Ácido folínico, bicarbonato de sódio e álcool etílico. d. Fenitoína, eletroencefalograma e dosagem de CK. 9. Homem, 24a, sofreu parada cardiorrespiratória (PCR) em domicílio e foi reanimado por 15 minutos por familiares e 25 minutos pela equipe de atendimento pré-hospitalar. O ritmo cardíaco da PCR foi AESP. Foi admitido na Unidade de Emergência há 4 horas e na UTI há 2 horas. Exame físico: pupilas midriáticas e fixas, ausência de todos os reflexos de tronco, ausência de resposta motora à dor. Sinais vitais: T= 35,3˚C; FC= 124 bpm; PA= 90x52 mmHg; à investigação, apresenta TC de crânio com edema cerebral difuso. ANTES DE INICIAR O PROTOCOLO DE MORTE ENCEFÁLICA DEVE-SE: a. Observar por 24 horas, manter temperatura >36˚C e PA sistólica ≥100 mmHg. b. Observar por 18 horas, manter temperatura >35˚C e PA média ≥65 mmHg. c. Observar por 24 horas, manter temperatura > 35˚C e PA sistólica ≥100 mmHg. d. Observar por 18 horas, manter temperatura >36˚C e PA média ≥65 mmHg. 10. Homem, 38a, encontra-se no terceiro dia após uma cirurgia bariátrica realizada sem intercorrências. Apresenta redução progressiva na diurese (395 mL nas últimas 24h, cor acastanhada e com grumos). Usou analgésico e cefalotina no pós- operatório. Sinais vitais: PA= 130 x 82 mmHg, FC= 72 bpm. Exame físico: hidratado, corado, exame do abdome normal. Exames complementares: creatinina= 3,0 mg/dL; ureia= 72 mg/dL; K= 5,8 mEq/L. Exame sumário de urina: densidade 1.020; hemoglobina ++++/4; hemácias e leucócitos 3 células/campo; proteínas +/4. O DIAGNÓSTICO DA LESÃO RENAL AGUDA E A CONDUTA SÃO: a. Rabdomiólise, expandir volemia. b. Nefrotoxicidade, suspender medicamentos. c. Obstrução dos rins, trocar sonda vesical. d. Infecção urinária, prescrever antibiótico empírico. 11. Homem, 39a, apresentou episódio de cólica renal por cálculo único de 2 mm em ureter distal direito, visualizado por tomografia computadorizada. Tem história familiar de litíase e este é o seu terceiro episódio de cólica renal em 2 anos. Houve controle dos sintomas com o tratamento clínico oferecido na Unidade de Emergência. No momento, creatinina sérica e exame físico são normais. NA ALTA, O TRATAMENTO DEVERÁ INCLUIR: a. Aumentar a ingestão de água, analgésico e remover cálculo por endoscopia. b. Prescrever alfa-bloqueador, anti-inflamatório e fazer investigação metabólica. c. Prescrever diurético tiazídico, citrato de potássio e encaminhar ao urologista. d. Reduzir a ingestão de cálcio, anti-inflamatório e remover cálculo por litotripsia. 12. Mulher, 54a, queixa-se de queimação no estômago há 3 meses, iniciada pouco após o falecimento de seu marido. Nega disfagia ou história familiar de neoplasia gástrica. Sinais vitais: PA= 135x67 mmHg; FC= 76 bpm; FR= 12 irmp, SpO2= 98% em ar ambiente. Peso = 67kg e altura 1,66m. Exame físico: bom estado geral, sem sinais de desnutrição. A CONDUTA É REALIZAR: a. Teste terapêutico com inibidor de bomba de prótons. b. Psicoterapia. c. Endoscopia digestiva alta. d. Ultrassom abdominal. 13. Mulher, 54a, procura Unidade de Emergência com febre, dor e hiperemia em fístula arteriovenosa nativa (FAV) em braço esquerdo. Faz hemodiálise (HD) há 10 anos devido a nefropatia diabética, sendo a última há 2 dias. Sinais vitais: T= 38,5˚C, PA= 105x78 mmHg, FC= 92 bpm. Exame físico: ausculta pulmonar normal, peso= 60 kg (2,6 kg acima do peso seco pós-HD), presença de pústulas ao redor de orifícios de punção da FAV, que apresenta área hiperemiada de 10x10 cm. AS CONDUTAS SÃO: a. Swab para culturas, antibiótico IV, ultrassonografia, e manter uso da FAV.b. Swab para culturas, antibiótico VO, bioquímica, implantar cateter para HD. c. Hemoculturas, antibiótico VO, bioquímica, e manter uso da FAV. d. Hemoculturas, antibiótico IV, ultrassonografia, e implantar cateter para HD. 14. Mulher, 60a, é trazida à Unidade de Emergência por familiares após crise convulsiva tônico-clônica. Segundo eles, realizou há 9 dias paratireoidectomia total devido a hiperparatireoidismo grave secundário a doença renal crônica dialítica. Há 1 dia não usa as medicações prescritas após a cirurgia e queixava-se de fraqueza e formigamento difuso antes de convulsionar. A CONDUTA É ADMINISTRAR: a. Cálcio intravenoso. b. Bicarbonato de sódio. c. Vitamina D ativada. d. Insulina e glicose. 15. Homem, 44a, admitido na Unidade de Emergência há 4 horas com diagnóstico de sepse de foco pulmonar. Sinais vitais: FR= 25 irpm, Glasgow= 15, SpO2= 95%. Já foram coletadas as culturas e iniciada antibioticoterapia intravenososa. Evolui com FR= 34 irpm, Glasgow= 14, SpO2= 88%. A CONDUTA É: a. Ventilação não invasiva com máscara oronasal. b. Máscara de Venturi com FiO2= 40%. c. Intubação com fentanila, etomidato e propofol. d. Intubação com fentanila, midazolam e succinilcolina. 16. Mulher, 62a, trazida pela família à unidade de emergência após ter sido encontrada caída no banheiro de sua casa nessa manhã. Não vinha tendo outros sintomas anteriormente. Sinais vitais: FC= 48 bpm, FR= 22 irpm, PA= 200x120 mmHg. Exame físico: Glasgow 12, anisocoria, aparente hemiplegia de dimídio esquerdo; ausência de sinais de traumatismo craniano; auscultas cardíaca e pulmonar normais. Antecedentes pessoais: hipertensão arterial em uso de amlodipino, atenolol e losartana. Exames complementares: tomografia de crânio revelou sangramento intraparenquimatoso à esquerda. Foi iniciado nitroprussiato de sódio endovenoso e solicitada avaliação da equipe neurocirúrgica. QUAL É A META INICIAL PARA CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL? a. Manter PA sistólica< 160 mmHg e PA média< 110 mmHg. b. Manter PA sistólica< 180 mmHg e PA média< 130 mmHg. c. Reduzir 25% da PA média em 1 hora. d. Manter os níveis pressóricos atuais. 17. Homem, 72a, internado há 5 dias para correção de uma fratura em fêmur direito. Queixa-se de dispneia e dor torácica retroesternal em queimação há 12 horas, intensificadas há 30 minutos. Sinais Vitais: PA= 118x78 mmHg, FC= 120 bpm, FR= 24 irpm, SpO2= 91% e T= 37,1ºC. Exame físico: ausculta cardíaca sem sopros; ausculta pulmonar normal; sem edema em perna esquerda, perna direita imobilizada e com tala gessada; extremidades com temperatura normal. Antecedentes pessoais: tabagismo e hipertensão arterial, em uso de clortalidona e amlodipino. A CONDUTA IMEDIATA É: a. Prescrever trombólise química. b. Introduzir dabigatrana. c. Dosar dímero D. d. Introduzir enoxaparina. 18. Mulher, 22a, com febre há 2 dias e astenia há 12 horas. Sinais vitais: PA= 78x54 mmHg, FR= 24 irpm, FC= 108 bpm, T= 38,7°C, SpO2= 94%. Exame físico: propedêutica cardiopulmonar normal. Antecedentes pessoais: está em tratamento de leucemia mieloide aguda e realizou o primeiro ciclo de quimioterapia há 9 dias. Exames complementares: hemograma com Hb= 9,6 g/dL, leucócitos= 460/mm3 (20% de segmentados), plaquetas= 37.000/mm3. A ANTIBIOTICOTERAPIA ADEQUADA É: a. Ceftriaxone. b. Piperacilina-tazobactam. c. Piperacilina-tazobactam e vancomicina. d. Ceftriaxone e vancomicina. 19. Homem, 62a, em tratamento quimioterápico adjuvante após gastrectomia por neoplasia gástrica, interna para investigação de sonolência excessiva. Há 1 semana está mais confuso e “esbarrando nas paredes”. Emagreceu 19kg desde o início do tratamento e nas últimas semanas apresentou vômitos frequentes. Em uso ambulatorial de morfina e hidroclorotiazida. Sinais vitais: PA= 112x84 mmHg, FC= 108 bpm, FR= 21 irpm, T= 36,1ºC e SpO2= 96% em ar ambiente. Exame físico: desidratado, Glasgow 10, nistagmo horizontal inesgotável, pupilas isocóricas e fotorreagentes, sem déficits neurológicos focais. Exames complementares: hemograma com Hb= 10,4 g/dL, leucócitos= 3260/mm3 (59% de segmentados e 30% de linfócitos), plaquetas= 82000/mm3; Na= 127 mEq/L, K= 3,4 mEq/L, Ca= 7,8 mg/dL, U= 61 mg/dL, Cr= 1,22 mg/dL, Glicemia= 103 mg/dL, exame sumário de urina normal e radiografia de tórax sem alterações. Tomografia de crânio e líquor resultaram normais. RNM de crânio revelou hipersinal em região talâmica e corpos mamilares bilateralmente. Iniciada ressuscitação volêmica com solução salina isotônica (1000ml em 4h) sem melhora clínica. A CONDUTA É PRESCREVER: a. Tiamina, dosar fósforo e magnésio. b. Salina hipertônica 3%, dosar sódio em 6 horas. c. Cefepime, coletar hemoculturas. d. Naloxone, suspender morfina. 20. Mulher, 71 anos, sofre queda da própria altura há 2 horas com trauma em tórax. É portadora de fibrilação atrial permanente (CHADS2=4) em uso de atenolol 50mg/dia e varfarina 10 mg/dia. Ao exame físico: bom estado geral, consciente, orientada, corada e eupneica; hematoma de 6cm na região do trauma; ausculta pulmonar simétrica e exame neurológico normal. Exames laboratoriais: Hb 14,5 g/dL; VCM 84 fL; leucócitos 6500/mm3 (segmentados 3750/mm3; linfócitos 2100/mm3); plaquetas 250.000/mm3; tempo de protrombina: RNI 3,6. Radiografia de tórax normal. QUAL A CONDUTA IMEDIATA? a. Manutenção da anticoagulação oral. b. Suspensão da anticoagulação oral. c. Prescrição de vitamina K intravenosa. d. Prescrição de plasma fresco congelado. 21. Homem, 63a, assintomático, em seguimento ambulatorial de hipertensão arterial. Exame físico sem alterações. Exames laboratoriais mostram: Hb 11,8 g/dL, VCM= 73fL, leucócitos= 8.000/mm3 (diferencial sem alterações), plaquetas= 845.000/mm3. Os resultados deste hemograma foram repetidos e confirmados. APÓS A CONFIRMAÇÃO DA ALTERAÇÃO EM NOVO HEMOGRAMA, QUAL A INVESTIGAÇÃO ADEQUADA PARA O CASO? a. Biópsia de medula óssea e mielograma. b. Pesquisa de mutação JAK2. c. Perfil do ferro, endoscopia digestiva alta e colonoscopia. d. VHS e proteína C reativa. 22. Homem, 54a, em seguimento ambulatorial de obesidade, hipertensão arterial e diabetes mellitus tipo 2. Encaminhado por médico do trabalho após check up que mostrou Ferritina= 470 ng/ml e saturação de transferrina= 25%. QUAL A CONDUTA ADEQUADA? a. Pesquisar mutações para hemocromatose hereditária. b. Iniciar programa de sangrias terapêuticas. c. Quantificar o ferro hepático por ressonância ou biópsia. d. Repetir perfil de ferro após 6 meses. 23. Mulher, 39a, internada na UTI há 8 dias por necessidade de sedação e ventilação mecânica para tratamento de estado de mal asmático. Houve necessidade de introdução de tubo orotraqueal número 7 por via aérea difícil. Está em tratamento para pneumonia associada à ventilação com meropenem há 3 dias. Nas últimas 24 horas, apresentou 2 episódios de febre (temperatura oscilando entre 36,1 e 38,1˚C), redução da dose de noradrenalina (0,2 para 0,05mcg/kg/min), e diurese de 1ml/kg/h. Encontra-se sem sedação no momento. Exame Físico: consciente, calma, e colaborativa. Ausculta pulmonar sem sibilos. Sinais vitais: PA=123x66 mmHg, FC=88bpm; FR=22irpm; SpO2= 96%. A CONDUTA É: a. Realizar teste de respiração espontânea com tubo T. b. Realizar teste de respiração espontânea no respirador na modalidade SIMV. c. Realizar teste de respiração espontânea no respirador na modalidade espontânea com pressão de suporte. d. Reiniciar a sedação. 24. QUAL DOS INTERVALOS GLICÊMICOS ABAIXO DEVE SER UTILIZADO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA CLÍNICA? a. 80 a 110 mg/dL b. 140 a 220 mg/dL c. 140 a 180 mg/dL d. 80 a 180 mg/dL 25. Mulher, 72a, previamente hipertensa e portadora de insuficiência cardíaca de etiologia isquêmica, encontra-se internada há4 dias por uma descompensação do quadro de base. A Investigação etiológica demonstrou a presença de uma infecção do trato urinário inferior, em tratamento com levofloxacina. Além do antibiótico, está em uso de AAS 100mg/dia, enalapril 10mg/dia, carvedilol 12,5mg/dia e espironolactona 100mg/dia. Permanece fora do leito cerca de 2h por dia, quando caminha pela enfermaria com seu acompanhante. Não tem antecedente de tromboembolismo venoso. A CONDUTA EM RELAÇÃO À TROMBOPROFILAXIA É: a. AAS oral, 300mg ao dia. b. Enoxaparina subcutânea, 40mg 12/12 horas. c. Rivaroxabana oral, 10mg ao dia. d. Heparina não-fracionada 5000U subcutânea 12/12 horas. 26. Homem, 54a, vem ao consultório referindo elevações intermitentes da pressão arterial nas últimas semanas. Nega queixas, assim como antecedentes de hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia ou tabagismo. O exame físico no consultório revela pressão arterial= 138X86 mmHg e índice de massa corpórea de 27 kg/m2. O paciente realiza uma medida residencial da pressão arterial (MRPA), cuja média de 8 medidas é de 137X88 mmHg. EM RELAÇÃO AOS NÍVEIS PRESSÓRICOS, ESSE PACIENTE DEVE SER CLASSIFICADO COMO PORTADOR DE: a. Hipertensão arterial. b. Hipertensão mascarada. c. Normotensão. d. Hipertensão do avental branco. 27. Mulher, 62a, refere aumento da pressão arterial há 6 meses. Traz várias medidas de pressão arterial realizadas na unidade básica de saúde neste período, com valores que variaram entre 162X74 e 178X88 mmHg. No momento encontra-se assintomática. Nega diabetes, tabagismo, dislipidemia ou evento cardiovascular prévio. Está em uso de levotiroxina 25 µg/dia para tratamento de hipotireoidismo. Sinais vitais: PA= 176X87 mmHg, FC= 74 bpm, índice de massa corpórea= 24 kg/m2. Exame físico: propedêutica cardiovascular e respiratória sem alterações. Exames laboratoriais: glicemia= 104 mg/dL, hemoglobina glicada= 5,9 g/dL, TSH= 3,25 mU/L, clearance de creatinina= 52 mL/min. ALÉM DE MUDANÇAS NO ESTILO DE VIDA, A CONDUTA MEDICAMENTOSA É a. Anlodipino e enalapril em doses baixas. b. Enalapril em dose máxima. c. Losartana e hidroclorotiazida em doses máximas. d. Anlodipino em dose baixa. 28. Mulher, 67a, submetida a revascularização miocárdica. No 2º dia de pós operatório apresenta plaquetopenia (76 x 109/L) associada a trombose venosa profunda de membro inferior direito, apesar do uso de tromboprofilaxia com 40mg/enoxaparina. Antecedentes pessoais: embolia pulmonar nos pós operatório imediato de colectomia há 1 ano, tratado com heparina seguida por varfarina por 6 meses. QUAL A ETIOLOGIA PARA O EVENTO TROMBÓTICO? a. Trombocitopenia induzida pela heparina b. Síndrome do anticorpo antifosfolípide catastrófica c. Subdose de enoxaparina em paciente com antecedente de trombose d. Trombofilia não diagnosticada 29. Mulher, 22a, vem para consulta na Unidade Básica Saúde queixando-se de dor para urinar acompanhada de aumento da frequência há três dias, nega febre e corrimento vaginal. Antecedentes Pessoais: nega quadro clínico semelhante anterior, última menstruação há 7 dias. Exame físico: Abdome: sinal de Giordano negativo. Exame de urina feito com tira reagente evidenciou pH= 5,0; nitrito= positivo e leucoesterase= +++/3+. A CONDUTA É: a. Tratar com nitrofurantoína. b. Solicitar urocultura e tratar com norfloxacina. c. Solicitar urocultura e iniciar antimicrobiano baseado no antibiograma. d. Solicitar urocultura caso sintomas persistam após 5 dias de uso de fenazopiridina. 30. Homem, 25a, é admitido na sala de emergência em insuficiência respiratória. Sinais vitais: FC= 108 bpm, FR= 38 irpm, PA= 92x82 mmHg, SpO2= 90% e T= 36,2oC. Exame físico: auscultas cardíaca e pulmonar normais; presença de estase jugular; sem edema em membros inferiores. Antecedentes pessoais: está em tratamento quimioterápico de linfoma. Exames complementares: ECG, disponível abaixo. Em seguida, evolui para parada cardiorrespiratória em ritmo de AESP. Após primeiro ciclo de reanimação cardiopulmonar, você identifica ritmo de fibrilação ventricular, realiza um choque de 360J, retoma a massagem cardíaca e infunde 1 mg de adrenalina. QUAL A CONDUTA NESTE MOMENTO? a. Infusão de gluconato de cálcio. b. Infusão de amiodarona. c. Pericardiocentese de emergência. d. Trombólise com alteplase. 31. Mulher, 57a, em seguimento ambulatorial por intolerância aos esforços e tosse produtiva há 2 anos. Nega internações recentes ou episódios de piora aguda de seus sintomas, mas atualmente precisa parar para respirar após caminhar cerca de 50 metros, e refere dificuldades para a realização de atividades diárias. Sinais vitais: FC= 82 bpm, FR= 18 irpm, PA= 132x84 mmHg, SpO2= 92% em ar ambiente. Exame físico: auscultas pulmonar com alguns roncos e sibilos. Antecedentes pessoais: tabagismo 50 anos-maço. Exames complementares: radiografia de tórax com sinais de hiperinsuflação; espirometria após broncodilatador: VEF1= 56% do previsto, CVF= 76% do previsto, VEF1/CVF= 54%. QUAL DEVE SER O TRATAMENTO PROPOSTO? a. Broncodilatador de longa-ação. b. Corticosteroide inalatório e oxigenioterapia domiciliar. c. Broncodilatador de longa ação e corticosteroide inalatório. d. Broncodilatador de longa ação e oxigenioterapia domiciliar. 32. Homem, 63a, relata dispneia diária e progressiva há 10 meses, agora aos mínimos esforços, associada a edema de membros inferiores há 3 meses. Sinais vitais: PA= 132x84 mmHg, FC= 96 bpm, FR= 24 irpm, SpO2= 92%. Exame físico: ausculta pulmonar normal; ausculta cardíaca com hiperfonese de segunda bulha em foco pulmonar; edema de membros inferiores e estase jugular. Antecedentes pessoais: DM2, tabagismo (50 anos-maço) e enfisema pulmonar, em uso de tiotrópio sem melhora. Exames complementares: exame sumário de urina: 5 leucócitos/mL e proteínas +++; ecocardiograma evidencia hipertensão pulmonar (PSAP estimada de 65mmHg); espirometria: CVF= 75% previsto, VEF1= 70% do previsto e VEF1/CVF= 74%. QUAL O EXAME ESSENCIAL PARA O DIAGNÓSTICO? a. Cintilografia pulmonar de ventilação/perfusão. b. Tomografia de tórax de alta resolução. c. Proteinúria de 24 horas. d. Teste da difusão de CO. 33. Homem, 45a, com diagnóstico de Doença de Crohn, vai iniciar tratamento com prednisona, azatioprina e anti-TNF. Antecedentes pessoais: HAS em uso de losartana; gota em uso de colchicina e alopurinol; dislipidemia em uso de sinvastatina. QUAL MEDICAÇÃO DE USO CONTÍNUO DEVE SER SUSPENSA? a. Losartana. b. Alopurinol. c. Colchicina. d. Sinvastatina. 34. Mulher, 47a, com dores articulares há 6 meses, piores pela manhã, e acompanhadas de rigidez matinal com duração de 2 horas. Acometem principalmente mãos, pés e joelhos. Exame físico: sinais de artrite em 2ª e 3ª articulações metacarpofalangeanas, bilateralmente. Exames complementares: radiografia de mãos com edema de partes moles difuso e osteopenia peri-articular, sem erosões; VHS= 60 mm/h, PCR= 12 mg/L; FAN negativo, Fator Reumatoide negativo. O TRATAMENTO É: a. Anti-Inflamatório não hormonal. b. Hidroxicloroquina. c. Metotrexato. d. Anti-TNF. 35. Mulher, 44a, chega ao pronto atendimento com alteração aguda do conteúdo de consciência há 2 horas. Seu marido conta que a mesma vinha apresentando anorexia, náuseas e vômitos há um dia, e que vem tratando pitiríase versicolor recorrente há mais de uma semana. Antecedentes: hipotireoidismo e hipertensão. Medicações em uso: levotiroxina 75 mcg/dia em jejum, enalapril 10mg 12/12h, cetoconazol 200mg/dia. Sinais vitais: PA= 92x55 mmHg, FC= 108 bpm; FR=22 irpm SpO2= 99%; glicemia capilar= 45mg/dL. Exame físico: múltiplas lesões hipopigmentadas no tronco, com regiões intercaladas de pele normal. perfusãocapilar >3 segundos, mucosas secas; sem outras alterações. Após administração de tiamina, glicose e soro fisiológico, houve normalização da consciência, glicemia= 66mg/dL e PA= 89x57 mmHg. ALÉM DA SUSPENSÃO DAS MEDICAÇÕES ANTI- HIPERTENSIVAS, A CONDUTA É: a. Coleta de culturas; oxacilina IV. b. Tomografia de crânio; ceftriaxona e Aciclovir IV. c. Glicose em bomba de infusão e insulinemia sérica. d. Suspender cetoconazol; iniciar hidrocortisona IV. 36. Homem, 19a, procura a UPA referindo sangramento nasal há 3 horas, com cessação espontânea há quinze minutos. Relata febre contínua, dor de cabeça intensa, inapetência, náuseas, vômitos e mialgia há 1 dia. Sinais vitais: PA= 100x66 mmHg; FC= 64 bpm; T= 38,8˚C; FR= 18 irpm. Exame físico: regular estado geral, desidratado (3+/4+), ictérico (+/4+); Glasgow=15, sem outras alterações ou evidência de sangramento ativo. Exames complementares: hemograma: Hb= 16,6mg/dL; Ht= 58%; leucócitos totais 3120/mm3, plaquetas: 88.000/mm3; AST= 396U/L; ALT= 444, bilirrubinas totais= 4,7mg/dL; exame sumário de urina: proteinúria 2+/4+; provas de coagulação normais. Relata morar em zona onde houve casos confirmados de febre amarela. O médico plantonista realizou tratamento sintomático e hidratação, com melhora sintomática. A CONDUTA É: a. Alta com antitérmicos e orientação de sinais de alerta. b. Observação por 6 a 8 horas na UPA e alta com antitérmicos e orientação de sinais de alerta. c. Hospitalização em enfermaria. d. Hospitalização em UTI. 37. Homem, 59a, está internado em enfermaria de medicina interna para tratamento de coma mixedematoso, há 20 dias. Com a instituição do tratamento, vem tolerando melhor a alimentação e o esforço físico, estando com dispneia para moderados esforços. O paciente refere preocupação com sua situação financeira, pois é autônomo e fonte de renda para sua família (esposa e três filhos). Diz que precisa ter alta, e está irredutível nesta decisão. Antecedentes pessoais: hipertensão arterial. Sinais vitais: FC= 61 bpm; FR= 16 irpm; PA= 147/102 mmHg; SpO2= 95% em ar ambiente. Exame físico: nível e conteúdo de consciência normais, edema em anasarca 2+/4+, fácies de lua cheia, sem outras alterações. Exames: TSH= 8,8 mU/L, T4 livre= 0,56 ng/dL coletados há 2 dias. Medicações em uso: Levotiroxina 112 mcg/kg/dia, losartana 25mg/dia. ALÉM DE EXPLICAR OS RISCOS INERENTES À INTERRUPÇÃO DO TRATAMENTO, A CONDUTA É: a. Manter o paciente internado para normalização da função tireoideana. b. Permitir que o paciente saia do hospital e notificar o serviço de segurança como evasão. c. Fornecer alta à pedido mediante assinatura de termo de compromisso. d. Fornecer alta com prescrição das medicações e retorno nos serviços cabíveis. 38. Homem, 74a, retorna em consulta para avaliação de conduta frente ao tratamento de dislipidemia. Nega queixas álgicas e relata seguir à risca as medidas não farmacológicas de controle de colesterol. Compareceu em consulta há 6 semanas com queixa de dores musculares difusas. A investigação etiológica à ocasião revelou CK= 1144 U/L, atribuída ao uso de atorvastatina 40mg/dia, que foi suspensa na mesma consulta. O paciente apresenta risco cardiovascular intermediário, calculado pelo Escore de Risco Global (ERG). Os exames coletados há 8 dias revelaram CK= 54U/L e LDL= 123 mg/dL. A CONDUTA É a. Repetir a dosagem de colesterol e CK em 6 meses. b. Reintroduzir atorvastatina, na dose de 40mg/dia. c. Reintroduzir atorvastatina, na dose de 20mg/dia. d. Introduzir rosuvastatina 20mg/dia. 39. Mulher, 63a, com queixa de dificuldades para a marcha e formigamentos nas mãos e nos pés há 2 meses. Sua filha, que a acompanha na consulta, relata que a paciente tem esquecido datas e nomes com alguma frequência. Antecedentes pessoais: diabetes mellitus em uso de metformina, cirurgia bariátrica há 6 meses. Exame físico: ataxia sensorial, com perda do senso de posição dos pés durante a marcha; redução da sensibilidade vibratória e da propriocepção nos artelhos; sem déficits motores. Exames complementares: Hb= 9,8 mg/dL (VCM= 112 fL); leucócitos= 3100/mm3; plaquetas= 112.000/mm3. QUAL A HIPÓTESE DIAGNÓSTICA? a. Deficiência de folato. b. Deficiência de vitamina B12. c. Deficiência de tiamina. d. Aplasia de medula óssea. 40. Homem, 27a, descobriu ser portador do vírus da imunodeficiência humana (HIV) há um ano, ao fazer doação de sangue. Na consulta inicial, apresentava-se assintomático, com carga viral (CV) = 120.000 cópias/mL e contagem de linfócitos-T CD4+ = 490 céls/mL. Iniciado tenofovir + lamivudina + dolutegravir há 8 meses. Retorna com exames de controle evidenciando CV = 480 cópias/mm3 e contagem de linfócitos-T CD4+ = 590 céls/mm3. A CONDUTA É: a. Quantificar CV após 12 semanas da última contagem, fazer genotipagem do HIV e trocar antirretrovirais de acordo com genotipagem. b. Quantificar CV após 8 semanas da última contagem, reforçar necessidade de adesão ao tratamento e manter esquema antirretroviral atual. c. Quantificar CV após 6 semanas da última contagem, fazer genotipagem do HIV e trocar para lopinavir/ritonavir + raltegravir. d. Quantificar CV após 4 semanas da última contagem, reavaliar adesão e interações farmacológicas e considerar troca dos antirretrovirais. 41. Homem, 79a, é admitido no setor de emergência por tontura e piora da intolerância aos esforços há 1 dia. Antecedentes pessoais: insuficiência cardíaca congestiva secundária a hipertensão arterial e dislipidemia, em uso de enalapril, AAS, atorvastatina e furosemida. Sinais vitais: PA= 126x88 mmHg (deitado), PA= 96x60mmHg (ortostática), FC= 100 bpm, FR= 19 irpm, T= 36,1oC e SpO2= 96%. Exame físico: extremidades frias, ictus cordis no sexto espaço intercostal esquerdo, lateral à linha hemiclavicular, com duas polpas digitais, ausculta cardíaca com sopro sistólico em foco mitral e hipofonese da primeira bulha, ausculta pulmonar normal; não apresenta edema ou ascite. Exames complementares: US "point of care" evidenciou linhas B em ambas as bases pulmonares (região posterior) e linhas A em campos superiores e médios, além de hipocontratilidade cardíaca difusa; o ECG está disponível abaixo. A CONDUTA É: a. Administrar solução cristalóide e suspender a furosemida. b. Iniciar dobutamina e solução cristalóide. c. Administrar clopidogrel, metoprolol e realizar angioplastia primária. d. Iniciar dobutamina e furosemida por via intravenosa. 42. Homem, 71a, relata emagrecimento de 8kg nos últimos 2 meses, associado a fraqueza para subir escadas e pentear o cabelo. Há 2 semanas com aumento da frequência das evacuações, cefaleia e palpitações. Nega outras queixas. Antecedentes pessoais: diabetes mellitus em uso de insulina e metformina, e tabagismo (80 anos-maço); trabalha como executivo em multinacional e não faz acompanhamento médico regular. Sinais vitais: PA= 162x104 mmHg, FC= 108 bpm, FR= 21 irpm, T= 37,3oC e SpO2= 96%. Exame físico: ausculta pulmonar normal, sem edema de membros inferiores; ao exame neurológico, apresenta hiperreflexia global e fraqueza muscular proximal em membros superiores e inferiores (grau IV). Exame complementar: ECG disponível abaixo. A CONDUTA É SOLICITAR: a. Eletroneuromiografia e hemoglobina glicada. b. Coprocultura, e iniciar ciprofloxacino e solução cristalóide. c. TSH e T4 livre, iniciar metoprolol e rivaroxabana. d. Tomografia de crânio e coletar liquor. 43. Homem, 68a, portador de hipertensão arterial estágio 2 e diabetes mellitus tipo 2, em uso de enalapril, anlodipino, hidroclorotiazida, metformina e glibenclamida. Faz seguimento clínico regular, sem lesões de órgãos alvo. Altura= 1,80m; peso=94kg (IMC= 29kg/m²). DURANTE A CONSULTA, VOCÊ DEVE ORIENTAR: a. Dieta DASH (Dietary Approachesto Stop Hypertension); manter peso abaixo dos 80kg (IMC<25); adição de no máximo 2g de NaCl aos alimentos ingeridos ao longo do dia; ao menos 150 minutos de exercício físico semanal, divididos igualmente entre aeróbico moderado e resistido dinâmico. b. Dieta individualizada orientada por nutricionista; redução sustentada do peso corporal de ao menos 5%; consumo diário de sódio de até 2000mg (5g/NaCl); ao menos 30 minutos contínuos de exercício físico aeróbico moderado 5 vezes por semana. c. Dieta com ingesta proteica limitada a até 0,8g/kg; manutenção do peso próximo 86kg (IMC=27); adição de no máximo 2000mg de sódio (5g/NaCl) aos alimentos ingeridos durante o dia; ao menos 120 minutos de exercício físico aeróbico moderado por semana. d. Dieta individualizada orientada por nutricionista; manter peso abaixo dos 80kg (IMC<25); consumo diário de sódio de até 1200mg (3g/NaCl); ao menos 120 minutos de exercício físico por semana, sendo no mínimo 70% aeróbico moderado e os demais 30% de resistido dinâmico. 44. Homem, 38a, procura a UBS com queixa de manchas avermelhadas no braço direito. Refere também sensação de fraqueza na mão e formigamento. Ao exame, apresenta três placas pouco elevadas, em face flexora do braço direito, associadas a espessamento do nervo mediano. Apresenta ausência de sensibilidade térmica e dolorosa nas lesões bem como da pilificação nos locais. Força distal grau IV em braço direito. Sem outros achados no exame físico. A CONDUTA É: a. Encaminhar para centro de referência para realização de exame baciloscópico e eletroneuromiografia para elucidação diagnóstica e exclusão de doença neoplásica. Aguardar investigação para iniciar o tratamento. b. Rifampicina 600mg/mês em dose supervisionada; dapsona 100mg/mês em dose supervisionada e 100mg/dia auto-administrada; clofazimina 300mg/mês em dose supervisionada e 50mg/dia auto-administrada, todos durante 12 meses. c. Iniciar tratamento com rifampicina 600mg/mês em dose supervisionada; dapsona 100mg/mês em dose supervisionada, associada a 100mg/dia auto-administrada. Administrar o esquema terapêutico durante 6 meses. d. Realizarexame baciloscópico e iniciar tratamento com dapsona 100mg/mês em dose supervisionada e 100mg/dia auto-administrada; clofazimina 300mg/mês em dose supervisionada e 50mg/dia auto-administrada, ambos durante 6 meses. 45. Em relação à investigação de contatos do paciente da questão anterior, ESTÁ CORRETO AFIRMAR QUE: a. Por se tratar de forma paucibacilar, os adultos moradores do mesmo lar, que apresentem sintomas semelhantes, devem ser avaliados através de anamnese dirigida e exame dermatoneurológico. Os menores de 2 anos e maiores de 65 anos devem receber vacinação BCG assim que identificados como contato. b. Deve-se avaliar os contatos domiciliares e os sociais com convivência próxima e prolongada, com anamnese dirigida e exame dermatoneurológico. Casos não identificados como hanseníase devem receber vacinação BCG e ser reavaliados anualmente durante 5 anos. c. Os contatos que apresentem sinais e/ou sintomas sugestivos de hanseníase devem receber vacinação BCG e uma dose de 600mg de rifampicina o mais rapidamente possível, até que sejam avaliados por equipe médica. d. Por se tratar de forma multibacilar, os contatos domiciliares, e os sociais com convivência próxima e prolongada, devem ser avaliados com anamnese dirigida e exame dermatoneurológico. Casos avaliados como positivos para hanseníase devem ser tratados, e os demais, reavaliados anualmente por mais 2 anos. 46. Mulher, 62a, internada há 4 dias com quadro de sepse secundária à pneumonia, em uso de Levofloxacino IV, anlodipino 5mg (12/12h) e enoxaparina SC 40mg/dia. Antecedentes: hipertensão arterial sistêmica estágio 3, em uso de losartana 50mg (12/12h), anlodipino 10mg (12/12h) e hidroclorotiazida 25mg/dia. Sinais vitais: FC= 108 bpm, FR= 20 irpm, PAM= 58 mmHg. Exame físico: regular estado geral, levemente descorada, axilas e mucosas úmidas. As extremidades estão quentes com pulsos amplos; edema simétrico +/4+ em região pré-tibial; murmúrio vesicular reduzido em base esquerda, com estertores e sibilos nesta topografia. Exames complementares: tomografia de tórax negativa para embolia pulmonar; ultrassonografia “point-of-care” mostra veia cava com diâmetro e variabilidade normais e boa contratilidade cardíaca; exames laboratoriais da internação disponíveis na tabela abaixo. Na+ K+ U Cr Exame de urina Admissão 138 3,6 83 1,7 Sem alterações Dia 1 142 3,4 102 2,1 - Dia 3 143 4,2 145 3,2 Sem alterações A CONDUTA É: a. Suspender anlodipino, estimular ingesta hídrica, e observar evolução clínica e laboratorial. b. Iniciar NaCl 0,9% 1000ml com 1200mg de acetilcisteína EV de 12/12h por 24 horas. c. Suspender Levofloxacino, iniciar Ceftriaxone, e observar evolução clínica e laboratorial. d. Iniciar NaCl 0,9% 1000ml com 50 ml de bicarbonato de sódio 8,4% EV de 12/12h por 24h. 47. Homem, 38a, está em cuidados intensivos há 96 horas devido a quadro de choque séptico secundário a pielonefrite. Sua altura aproximada é de 1,80m. Está em ventilação mecânica desde a admissão e seus parâmetros ventilatórios atuais são: Volume controlado; FiO2=100%; VC= 560ml (Pplatô= 32 cmH2O); PEEP= 10 cmH2O; FR= 18 irpm. Exames complementares: Gasometria com pH= 7,47; pO2= 135mmH2O; pCO2= 29mmHg; HCO3= 20,7 mmol/L; SaO2= 98,9%; BE= -2 mmol/L. OS PARÂMETROS CORRETOS SÃO: a. FiO2= 80%; VC= 480ml (Pplatô= 35 cmH2O); PEEP= 18 cmH2O; FR= 22irpm. b. FiO2= 70%; VC= 560ml (Pplatô= 35 cmH2O); PEEP= 12 cmH2O; FR= 20 irpm. c. FiO2= 80%; VC= 560ml (Pplatô= 25 cmH2O); PEEP= 10 cmH2O; FR= 15 irpm. d. FiO2= 70%; VC= 450ml (Pplatô= 30 cmH2O); PEEP= 15 cmH2O; FR= 18 irpm. 48. Mulher, 25a, apresenta há 8 meses dores musculares e articulares difusas e constantes, acima e abaixo da cintura, de ritmo incaracterístico, acompanhadas por fadiga e dificuldades para dormir. Fez uso de diferentes analgésicos e anti- inflamatórios sem melhora. Em uso atual de paracetamol com codeína (500/30 mg) quatro vezes ao dia com persistência dos sintomas. Antecedentes pessoais: hipotireoidismo há 3 anos, em uso regular de levotiroxina. Sinais vitais: PA= 126x70 mmHg, FC= 88 bpm, T= 36,8 °C. Exame Físico: sensibilidade e dor periarticular difusa, mais intensa em bíceps braquial, espinhas isquiáticas, região medial dos joelhos e região cervical; avaliação da força muscular prejudicada pela dor; sem edema nas articulações. Exames complementares: hemograma, VHS, exame sumário de urina, glicemia de jejum, colesterol total e frações, TSH, T4 livre e CK dentro dos parâmetros de normalidade. O DIAGNÓSTICO É: a. Polimiosite. b. Lúpus eritematoso sistêmico. c. Fibromialgia. d. Síndrome de Sjögren. 49. Homem, 59a, queixa-se de dor em joelho direito insidiosa, progressiva, de ritmo mecânico, com rigidez matinal há 3 anos. Fez fisioterapia e dieta hipocalórica, com perda de 9 Kg desde o início das dores. Refere melhora com analgésicos ou uso esporádico de etoricoxibe quando a dor é forte, mas há seis meses os medicamentos não são mais eficazes. Há 2 anos teve um episódio de derrame articular, com artrocentese evidenciando líquido sinovial normal. Exame físico: dor e crepitações no joelho direito, espasmo do músculo vasto lateral à direita, com “cordões” à palpação. Exames complementares: radiograma e ressonância magnética do joelho com sinais de osteoartrite (OA). O DIAGNÓSTICO É a. OA em sua evolução natural. b. Síndrome miofascial associada à OA. c. Condrocalcinose secundária à OA. d. Osteocondrite. 50. Homem, 65a, previamente hígido, procura atendimento com fraqueza e dificuldade para andar progressivas há 5 meses. Relata também sensação de formigamentos em braços e pernas. Nega queixasesfincterianas fecais ou urinárias. Exame físico: fraqueza muscular simétrica em membros inferiores (proximal e distal grau 3) e membros superiores (proximal e distal grau 4); hipotonia global, sem evidência de atrofia muscular; reflexos osteotendinosos abolidos globalmente, déficit bilateral de sensibilidade vibratória e proprioceptiva em membros inferiores; sinal de Lasegue positivo em ambos os membros inferiores. O DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO/TOPOGRÁFICO É a. Polineuropatia. b. Mononeuropatia múltipla. c. Polirradiculoneuropatia. d. Doença do neurônio motor inferior. 51. Mulher, 43a, com tremor nas mãos há cerca de 6 meses, sem outras queixas motoras ou sensitivas. Nega melhora com o consumo de álcool. Tem antecedente de transtorno de ansiedade e asma brônquica. No último ano, devido à piora das crises de broncoespasmo, está em uso contínuo de aminofilina. Exame físico: tremor de pequena amplitude, rápido (10Hz), acometendo as mãos de forma simétrica. O tremor é postural, e desaparece durante o repouso. Não há evidência de tremor em região crânio-cervical. Tônus, força e coordenação estão preservados. O DIAGNÓSTICO É: a. Tremor cerebelar. b. Tremor essencial. c. Tremor parkinsoniano. d. Tremor fisiológico exacerbado. 52. Homem, 63a, obeso (IMC= 35 kg/m2), procura atendimento com queixa de cefaleia recente. Nega episódios prévios. Há 3 meses acorda todas as manhãs com cefaleia holocraniana, em peso, de leve a moderada intensidade, sem náuseas ou vômitos. A dor dura cerca de 30 a 45 minutos e remite de forma espontânea. Não tem o sintoma durante o dia. A esposa relata que o paciente tem roncos profusos e bastante sudorese no período noturno. Antecedentes pessoais: hipertensão arterial em uso regular de enalapril. Sinais vitais: PA= 160x100 mmHg, FC= 90 bpm. Exame físico: pletórico e levemente dispneico; exame neurológico sem alterações e fundo de olho normal. O DIAGNÓSTICO É: a. Cefaleia tensional. b. Cefaleia em salvas. c. Cefaleia secundária a hipertensão arterial. d. Cefaleia secundária a hipoventilação noturna. 53. Homem, 67a, com diagnóstico de cirrose hepática por hepatite C crônica diagnosticada há 3 anos. Vem com queixa de aumento progressivo do volume abdominal há 3 semanas, associado a diminuição do volume urinário, mal-estar e náuseas. Exames complementares: Cr= 2,3 mg/dL (exame da semana anterior Cr= 1,1 mg/dL); BT= 3,2 mg/dL (BD= 1,9 mg/dL); RNI= 1,8. A punção de líquido ascítico revelou peritonite bacteriana espontânea (PBE) sendo iniciado tratamento com ceftriaxone e albumina. Após 5 dias de tratamento, a PBE estava em resolução, mas houve piora da função renal (Cr= 3,2 mg/dL) e desenvolvimento de encefalopatia hepática grau IV, sendo necessária intubação orotraqueal para proteção de vias aéreas. Devido à gravidade do quadro, a equipe multidisiplinar da UTI agendou reunião de bioética e necessita de informações objetivas sobre prognóstico e indicação de transplante, a fim de evitar a distanásia. A CONDUTA É: a. Iniciar protocolo de extubação paliativa, mesmo que não haja contraindicação ao transplante hepático. b. Manter o suporte ventilatório, mas não devem ser instituídas novas medidas terapêuticas invasivas. c. Manter os cuidados intensivos apenas se o paciente for incluído em lista de transplante hepático. d. Manter os cuidados intensivos apesar da presença de 2 disfunções orgânicas. Avaliar a resposta a este tratamento para futuras discussões 54. Mulher, 22a, procura o ambulatório com queixa de nodulações na região cervical há 3 semanas. Refere também febre de até 38,2ºC no período e perda de peso de cerca de 2 kg. Não tem outras queixas. Exame físico: bom estado geral, mucosas descoradas (+/4+), ausculta pulmonar normal e oroscopia sem alterações; linfonodomegalia cervical bilateral de até 5 cm, endurecida, indolor. Exames complementares: Hb= 11,2 mg/dL; leucócitos= 11.800/mm3; plaquetas= 162.000/mm3. A CONDUTA É: a. Biópsia de linfonodo. b. Antibioticoterapia empírica. c. Repetir hemograma em 30 dias. d. Coleta de VHS e PCR 55. Homem, 34a, com perda ponderal intensa nos últimos 15 dias é admitido por confusão mental e oligoanúria há 3 dias. Há 5 dias em uso de amoxicilina e dexametasona por amigdalite. Exame físico: mucosas secas e descoradas, linfonodomegalia generalizada com massa cervical de 10 cm, baço palpável a 4 cm do rebordo costal esquerdo e fígado a 3 cm do rebordo costal direito. Exames complementares: U= 325 mg/dL, Cr= 8,24 mg/dL. QUAL O PAINEL DE RESULTADOS LABORATORIAS INDICARIA A PRESCRIÇÃO DE FÁRMACO CONTANDO A ENZIMA URATO-OXIDASE RECOMBINANTE? a. K= 6,5 mEq/mL, LDH= 8650 U/L, Pi= 6,0 mg/dL, Cai= 0,95 mmol/L, ác. úrico= 13,1 mg/dL. b. K= 2,5 mEq/mL, LDH: 865 U/L, Pi= 4,0 mg/dL, Ca iônico= 1,15 mmol/L; ác. úrico= 7,5 mg/dL. c. K= 5,0 mEq/mL, LDH: 250 U/L, Pi= 4,0 mg/dL, Ca iônico= 0,95 mmol/L, ác. úrico= 6,5 mg/dL. d. K= 6,0 mEq/mL, LDH: 2500 U/L, Pi= 3,5 mg/dL, Ca iônico= 1,15 mmol/L, ác. úrico= 14 mg/dL. 56. Homem, 56a, apresenta há 2 anos mudança de comportamento insidiosa, tornando-se mais brincalhão e fazendo mais comentários com conotação sexual. Apresenta também dificuldade de organização da vida pessoal e profissional. Antecedentes pessoais: hipertensão arterial sistêmica em uso de losartana; cessou etilismo leve há 15 anos; nunca teve crises epilépticas. Não tem antecedentes familiares de doença neurológica ou psiquiátrica. Exame neurológico: normal, exceto por presença de reflexo de sucção e palmo-mentoniano bilateralmente. O DIAGNÓSTICO É a. Demência frontotemporal. b. Encefalite límbica. c. Doença de Alzheimer pré-senil. d. Síndrome de Wernicke-Korsacoff. 57. Mulher, 29a, com lesão na face interna do terço médio da coxa direita (figura abaixo) há dois meses. Usou dexametasona tópica, sem melhora. O EXAME MICOLÓGICO DIRETO DESTA LESÃO REVELARÁ: a. Leveduras e pseudo-hifas. b. Hifas septadas hialinas. c. Fungos demáceos. d. Gemulação em roda de leme. 58. Homem, 60 a, procura orientação sobre realização de exames para rastreamento de câncer. Diz ter muito medo da doença e que está disposto a aceitar qualquer dificuldade relacionada à realização destes exames. Encontra-se sem queixas no momento. Antecedentes pessoais: tabagismo de 1 maço de cigarro ao dia dos 20 aos 25 anos; irmão mais velho com antecedente de câncer de próstata há 1 ano. Exame físico: sem alterações QUAIS EXAMES COMPLEMENTARES DEVEM SER REALIZADOS PARA ESTE PACIENTE? a. PSA e colonoscopia. b. PSA, colonoscopia e radiograma de tórax. c. PSA, colonoscopia, tomografia computadorizada de tórax. d. PSA, colonoscopia, tomografia computadorizada de tórax e endoscopia digestiva alta. 59. Homem, 63a, internado há 5 dias por tosse produtiva, febre e dor torácica. Após 2 dias afebril em vigência de antibioticoterapia empírica voltou a apresentar febre e queda do estado geral. Antecedentes pessoais: tabagismo e hipertensão arterial. Sinais vitais: PA= 132x86 mmHg, FC=89 bpm, FR= 16 irpm. Exame físico: redução no frêmito toracovocal e surgimento de submacicez à percussão em terço inferior à direita. A CONDUTA É: a. Trocar de classe de antimicrobiano. b. Ampliar espectro de antibiótico. c. Realizar toracocentese diagnóstica. d. Realizar broncoscopia diagnóstica. 60. Homem, 75a, apresenta há 3 dias lesões em face, tronco (figura abaixo) e raiz dos membros, associadas a edema facial, linfonodomegalia e febre. Antecedentes pessoais: hipertenso há mais de 20 anos, AVCi há dois meses. Medicações: captopril e hidroclorotiazida (há 15 anos), AAS, sinvastatina e carbamazepina (após AVCi). Exame físico: regular estado geral, desidratado, hipocorado, taquipneico, e comausculta cardíaca e pulmonar normais. Exames complementares: Hb=10,9 g/dL, leucócitos= 13,5 x109/L (diferencial: neutrófilos segmentados: 53%, eosinófilos: 32%, linfócitos: 13%, monócitos: 2%), plaquetas 211 x109/L; AST= 45mg/dL; ALT=150 mg/dL; creatinina= 1,5mg/dL. O DIAGNÓSTICO É a. Exantema maculopapular da dengue. b. Eritema polimorfo no DRESS. c. Vasculite associada a sepse. d. Síndrome de Stevens-Johnson. 61. Mulher, 65a, queixa-se de que há muitos anos tem que fazer muito esforço para evacuar e sente que a evacuação é incompleta. Seu hábito intestinal é de, no máximo, duas vezes na semana. Nega perda de peso ou outras queixas. Em consulta anterior, foi orientada a aumentar a ingesta de fibra, porém relata que não houve mudança no hábito intestinal. Exame físico: ausência de massas abdominais, toque retal sem alterações. A CONDUTA É PRESCREVER: a. Lactulose b. Psyllium. c. Bisacodil. d. Supositório de glicerina. 62. Mulher, 45a, há 3 dias apresenta diarreia líquida com fezes amareladas, sem muco ou sangue e dor abdominal difusa em cólica. Encontra-se no 5º ano de transplante renal doador vivo relacionado, com creatinina sérica estável em 1,2 mg/dL e uso de prednisona, ciclosporina e azatioprina. Sinais vitais: T= 36˚C, PA=114x62 mmHg, FC= 88 bpm. Exame físico: regular estado geral, desidratada (2+/4+); abdome sem sinais de irritação peritoneal e com ruídos hidroaéreos aumentados. Exames laboratoriais: creatinina sérica= 1,9 mg/dL, K= 3,6 mEq/L, Na= 136 mEq/L. A CONDUTA É: a. Hidratar IV, ciprofloxacino e suspender a ciclosporina. b. Hidratar VO, sulfametoxazol-trimetoprim e reduzir dose de prednisona. c. Hidratar IV, metronidazol e manter doses dos imunossupressores. d. Hidratar VO, ampicilina-sulbactan e aumentar intervalo da azatioprina. 63. Homem, 56a, apresenta dor torácica em aperto há 3 horas, acompanhada de vômitos, sudorese e sensação de morte. Tem histórico de diabetes mellitus, dislipidemia e hipertensão arterial. Sinais vitais: PA= 78x56 mmHg, FC= 90 bpm, FR= 20 irpm, SpO2= 88%. Exame físico: palidez, sudorese difusa, pele fria, má-perfusão periférica; pulmões limpos. Exames complementares: troponina sérica= 15,4 ng/mL, CKMB= 298 UI/L; ECG com supradesnivelamento de ST em DIII, aVF, V3R e V4R. A CONDUTA É: a. Inotrópicos, estatina e trombólise farmacológica. b. Expansão volêmica, inotrópicos e cateterismo cardíaco. c. β-bloqueador, oxigênio e cateterismo cardíaco. d. Aspirina, morfina e trombólise farmacológica. 64. Homem, 59a, é trazido ao Pronto Socorro devido a queda do estado geral, aumento do volume abdominal e sonolência. Tem antecedentes de cirrose por esteato-hepatite não alcoólica complicada por hipertensão portal e ascite. Exame físico: sonolento, desorientado, afebril, ictérico (+/4+); abdome: ascite volumosa; extremidades: flapping em membros superiores e edema (++/4+) em membros inferiores. Medicações em uso: furosemida 40mg/dia e espironolactona 100mg/dia. Exames laboratoriais: hemoglobina 12,7g/dL; leucócitos 7.830/mm3; plaquetas 98.000/mm³; RNI 1,3; bilirrubinas totais 4,1mg/dL, albumina 2,3g/dL, creatinina 1,2mg/dL. Realizada paracentese diagnóstica: 852 leucócitos (64% de polimorfonucleares neutrófilos, 30% de linfócitos); proteínas totais 1,2g/dL; albumina 0,7g/dL; glicose 112mg/dL. Foram realizadas culturas, em andamento. AS CONDUTAS SÃO: a. Iniciar antibioticoterapia imediata. Em caso de piora da função renal, administrar albumina endovenosa e suspender dos diuréticos. b. Iniciar antibioticoterapia após resultado de cultura do liquido ascítico e administrar albumina endovenosa. c. Iniciar antibioticoterapia imediata. Realizar paracentese esvaziadora com reposição de albumina e aumentar doses de diuréticos para controle da ascite. d. Iniciar antibioticoterapia associada a albumina endovenosa, suspender diuréticos e evitar paracentese volumosa neste momento. 65. Homem, 36 anos, foi encaminhado para o clínico pelo otorrinolaringologista após tratamento de otite crônica, diagnosticada e tratada há 4 meses, porém sem melhora. O paciente conta, concomitante ao quadro, diminuição acentuada da audição, tosse não produtiva, chiado no peito, fraqueza e perda não intencional de 7 kg. Refere também surgimento de manchas arroxeadas e nódulos nas pernas há 3 semanas. À investigação, o exame sumário de urina mostrou hematúria (2+/4+) e proteinúria (2+/4+). O radiograma de tórax feito há 6 semanas demonstra infiltrado pulmonar bilateral, que se manteve estável em relação ao exame feito há 1 semana. A pesquisa de ANCA foi positiva. O DIAGNÓSTICO É: a. Síndrome de Churg-Strauss. b. Sarcoidose. c. Poliangiíte microscópica. d. Granulomatose de Wegener. 66. Mulher, 21a, queixa-se de inchaço nas articulações há 3 meses. Há 2 meses notou perda de cabelos e feridas na boca, e há 20 dias inchaço nas pernas e urina com espuma. Refere inapetência e nega dispneia ou náuseas. Sinais vitais: PA= 146x92 mmHg, FC= 80 bpm, FR= 14 irpm, SpO2 = 97%. Exame físico: descorada +/3+, edema de membros inferiores 2+/3+. Sinais de artrite em mãos e pés. Exames laboratoriais: creatinina sérica= 7,12 mg/dL, ureia= 180 mg/dL, K= 5,0 mEq/L, Na= 136 mEq/L, pH= 7,35, HCO3= 16 mmol/L; exame sumário de urina: proteínas 3+/3+, leucócitos= 18/campo, hemácias= 100/campo; proteinúria 24h= 4,3 g; anti-DNA= 1:320; FAN= 1:1280. Ultrassonografia de abdome: rins de tamanho normal. A CONDUTA INICIAL RECOMENDADA É: a. Corticoterapia em pulso, sendo a biópsia renal não indicada. b. Corticoterapia em pulso, sendo a biópsia renal indicada. c. Ciclofosfamida em pulso, sendo a biópsia renal não indicada. d. Ciclofosfamida em pulso, sendo a biópsia renal indicada. 67. Homem, 56a, comparece a consulta ambulatorial de rotina para tratamento do diabetes mellitus. Antecedentes pessoais: dislipidemia, hipertensão arterial, sedentarismo e tabagismo. Medicações em uso: metformina 1000 mg, enalapril 20 mg e sinvastatina 30 mg por dia há 4 meses. Exame físico: PA= 132x80 mmHg, FC= 88 bpm, IMC= 28 kg/m2. Exames laboratoriais: glicemia de jejum= 145 mg/dL, hemoglobina glicada= 8%, LDL-colesterol= 130 mg/dL; triglicérides= 170 mg/dL; creatinina= 1,2 mg/dL; albuminúria= 420 mg/24h. A CONDUTA É: a. Aumentar dose de metformina, associar empagliflozina e trocar classe de estatina. b. Manter dose de metformina, associar sulfonilureia e associar fibrato. c. Manter dose de metformina, associar insulina basal e aumentar dose de sinvastatina. d. Aumentar dose de metformina, associar insulina basal e associar fibrato. 68. Homem, 68 anos, internado há 5 dias para tratamento de hematúria macroscópica associada à infecção do trato urinário. Em uso de ciprofloxacino guiado por urocultura, já afebril há 72h. Tem diagnóstico de neoplasia de bexiga confirmado há 40 dias por biopsia, aguardando início do tratamento. Nas últimas 48 horas, paciente apresenta-se desorientado no tempo e espaço, com nível de consciência oscilante ao longo deste período e sonolência excessiva durante todo o dia, pouco contactuante e com discurso incoerente. CAM-ICU positivo. Intervalo QTc de 440 milissegundos no eletrocardiograma de hoje. AS CONDUTAS SÃO: a. Redução de luminosidade e ruídos para melhoria do sono; haloperidol 2,5mg EV em caso de agitação ou alucinações. b. Estímulo cognitivo; quetiapina 25 mg VO à noite para profilaxia de agitação e alucinações noturnas. c. Mobilização precoce; Zolpidem 10mg VO à noite para melhora da qualidade e duração do sono. d. Reorientação com utilização de relógio; risperidona 0,5mg VO de 12/12h para reduzir duração do delirium. 69. Mulher, 63 anos, moradora de casa de repouso há seis meses após acidente vascular encefálico com sequela de hemiplegia à direita. Durante visita domiciliar, o médico da atenção primária é informado de quea paciente não possui carteira vacinal. DE ACORDO COM O MINISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL, ESTA PACIENTE DEVE RECEBER: a. Dupla adulto: reforço a cada 5 anos; hepatite B: 3 doses; pneumocócica 23V: 1dose com reforço único após 10 anos; meningocócica C: 1 dose; gripe: anual durante campanha. b. Dupla adulto + pertussis acelular: reforço a cada 10 anos; pneumocócica 23V: dose anual em conjunto com gripe anual durante campanha; meningocócica C: 1 dose, com reforço após 2 anos. c. Dupla adulto: reforço a cada 10 anos; hepatite B: 3 doses se não tiver recebido esquema completo na infância; pneumocócica 23V: 1 dose com reforço único após 5 anos; gripe: anual durante campanha. d. Dupla adulto: 1 dose de reforço; hepatite B: 1 dose se não tiver recebido esquema completo na infância; pneumocócica 23V: 1 dose com reforços a cada 5 anos; gripe: anual durante campanha. 70. Mulher, 23 anos, professora do ensino fundamental, queixa-se de tosse produtiva com secreção nasal há 6 dias, associados à febre e “olhos vermelhos”. Procura a UER por piora dos sintomas e surgimento de algumas manchas no pescoço nas últimas horas. Antecedente pessoal: rinite alérgica desde a infância com episódios frequentes de sinusite tratados com antibiótico. Último episódio há aproximadamente 1 ano. Sinais vitais: FC= 124bpm, FR= 24irpm, PA= 128x68mmHg, T= 39,7ºC. Ao exame: prostrada, mucosas secas, com algumas manchas hipocrômicas com halo hiperemiado, justapostas ao pré-molar esquerdo. Algumas lesões maculopapulares hiperemiadas em região periauricular e face à esquerda. Ausculta pulmonar com roncos de transmissão, sem sibilos. A CONDUTA É: a. Prescrever amoxicilina+clavulanato; colher hemograma; afastar das atividades laborais por 72h até melhora sintomática b. Prescrever sintomáticos e higiene nasal; não coletar exames; orientar utilização de máscara cirúrgica durante atividades laborais c. Prescrever sintomáticos; colher PCR específico; administrar reforço vacinal; afastar das atividades laborais por 7 dias d. Prescrever sintomáticos; colher sorologia e PCR específicos; afastar das atividades laborais e indicar bloqueio vacinal dos contatos 71. Mulher, 58 anos, chega à UER transferida da UPA, onde estava internada há 48 horas, em tratamento de pneumonia. A paciente apresentou piora clínica progressiva nas últimas 12 horas, com necessidade de ventilação mecânica e noradrenalina. Está em uso de Ceftriaxone e Azitromicina endovenosos desde a admissão na UPA. Tem radiografia de tórax da admissão com consolidação em lobo inferior esquerdo, e radiografia após intubação orotraqueal, mostrando padrão compatível com SARA. Após 3 horas da admissão na UER, a paciente evolui com choque refratário e óbito. A DECLARAÇÃO DE ÓBITO DEVE SER PREENCHIDA PELO: a. Médico assistente da UER. b. Médico assistente da UPA. c. Diretor clínico da UER. d. Serviço de Verificação de Óbito (SVO). 72. pró ano (es into ede AC a. Á b. Á c. V d. Á 73. nec pela ultr Ao QU VIS a. A b. B c. C d. D Mulher, 43 ótese biológ os de segui tenose pur olerância ao ema de me OMETIDAS Átrio esque Átrio esque Ventrículo e Átrio direito Você aca cessidade d a inserção rassonograf se posicio UAL DESTA SUALIZAR A. B. C. D. 3a, com ant ica, em fun imento vem ra) e fibrila os esforços embros infe S? erdo e ventr erdo e ventr esquerdo e o e ventrícul abou de a de noradren do cateter n fia. onar atrás d AS FIGUR NA TELA D ecedente tr ção de este m apresenta ação atrial , e há 6 me eriores. QU ículo esque ículo direito ventrículo d o esquerdo admitir um nalina e da na veia jugu da cabeceir RAS CORR DO APARE roca de valv enose mitra ando sinais ao eletroc eses descon UAIS CÂMA erdo. o. direito. o. m paciente inserção d ular interna ra do pacie RESPOND ELHO DE U va mitral há al de etiolog ecocardiog ardiograma nforto em a ARAS CAR na UTI, de cateter v a direita, atr ente, na po E À IMAG LTRASSOM á 9 anos, co ia reumátic gráficos de d a. Há 1 an ndar super RDÍACAS D em choqu venoso cen avés de pu osição habi GEM QUE M? om colocaçã ca. Nos últim disfunção v no passou rior de abdo DEVEM ES ue séptico ntral. Você o unção guiad itual de pu E VOCÊ D ão de mos 2 valvar a ter ome e STAR com optou da por nção, DEVE 74. Homem, 56a, refere episódios recorrentes de dor abdominal epigástrica há 3 anos, com algumas visitas médicas sem definição diagnóstica. Chega a ter náuseas e vômitos quando a dor é mais intensa. Conta também perda ponderal não quantificada no último ano. Seu hábito urinário é normal, e apresenta usualmente 3 evacuações pastosas em grande quantidade por dia. Antecedentes pessoais: tabagista e etilista; refere que em exames realizados anteriormente, o “açúcar no sangue” estava alto. Exame físico: emagrecido, alterações de pilificação sugestivas de desnutrição; abdome escavado, com discreto desconforto à palpação de epigastro. Exames complementares: Hb= 10,6 mg/dL (VCM= 106 fL), leucócitos= 7800/mm3, plaquetas= 186000/mm3; glicemia de jejum= 236 mg/dL; Cr= 1,1 mg/dL; albumina= 2,8 g/dL; Na= 138 mEq/L; K= 3,9 mEq/L. A HIPÓTESE DIAGNÓSTICA E A INVESTIGAÇÃO ADEQUADAS SÃO: a. Gastroparesia diabética; cintilografia de esvaziamento gástrico. b. Gastroparesia diabética; teste terapêutico com eritromicina. c. Pancreatite crônica; tomografia computadorizada de abdome. d. Pancreatite crônica; dosagem sérica de amilase e lipase. 75. Homem, 56a, foi submetido a revascularização miocárdica por IAM há 90 dias. Evolui com os seguintes resultados de Hb até o 3º dia de pós-operatório (PO): Hb pré-operatório: 13,5 g/dL; PO1: Hb= 9,2 g/dL; PO2: Hb= 8,2g/dL; PO3: Hb= 7,8g/dL. Apresenta boa evolução clínica, com previsão de alta da unidade de terapia intensiva. QUAL A CONDUTA TRANSFUSIONAL? a. Não há indicação de transfusão no momento. b. Transfusão de 1U de concentrado de hemácias. c. Transfusão de 2U de concentrado de hemácias. d. Transfusão de 1U de concentrado de hemácias jovens (estoque < 14 dias). 76. Homem, 17a, com febre, cefaleia e mal-estar geral há 3 dias, sem melhora apesar do uso de dipirona prescrita 2 dias antes em unidade básica de saúde. Procura pronto atendimento devido a náuseas, mialgia, dor abdominal e exantema há cerca de 24 horas. Exame físico: prostração discreta e exantema maculopapular mais evidente em membros inferiores e antebraços, estendendo-se em menor intensidade até tronco. Sem outras alterações. Antecedentes pessoais: morador de área onde observou-se aumento da incidência de dengue; há 7 dias relata exposição a carrapatos. Exames complementares: Hb= 11,3 g/dL; Ht= 31,2%; leucócitos= 5,48 x 109/L (diferencial: bastões 15%, neutrófilos segmentados 55%, linfócitos 28%, monócitos 2%); contagem de plaquetas 110 x 109/L. QUAL O DIAGNÓSTICO MAIS PROVÁVEL? a. Dengue. b. Chikungunya. c. Leptospirose. d. Febre maculosa. 77. Homem, 22a, trabalhador rural, sofreu uma picada de cobra em pé direito há algumas horas, relatando desde então muita dor local, náuseas e vômitos. Não conseguiu ver em detalhes nem capturar o animal. Sinais vitais: PA= 134x92mmHg, FC= 96bpm, FR= 22irpm, SatO2= 99%, T= 36,3 oC. Exame físico: desidratado, eritema, edema e algumas bolhas no pé e terço distal da perna direita; exame neurológico é normal. Exames complementares: Hemograma: Leucócitos= 8.350/mm3 (69% segmentados, 25% linfócitos, 6% monócitos), Hb= 15,2g/dL, Ht= 48%, Plaquetas= 272.000/mm3; U= 88mg/dL, Cr= 1,45mg/dL, CK= 233U/L, sangue incoagulável. A CONDUTA É: a. Soro antilaquético. b. Soro anticrotálico. c. Soro antielapídico. d. Soro antibotrópico. 78. Homem, 31a, apresentou crise convulsiva tônico-clônica generalizada, de 2 minutos deduração e cessação espontânea. Relata cefaleia holocraniana progressiva nos últimos 3 dias. Nega qualquer outra queixa. Nega doenças crônicas e uso de medicamentos. Sinais vitais: PA= 136x88mmHg, FC= 72bpm, FR= 17irpm, SpO2= 98%, T= 36,1 oC. Exame físico: Glasgow 15, paresia proximal de membro superior direito; propedêutica cardiopulmonar normal; presença de placas esbranquiçadas em gengivas e língua; rarefação de pelos e hipotrofia muscular generalizada; linfonodos aumentados e palpáveis em cadeias cervical e inguinal. Exames complementares: Glicemia capilar: 98mg/dL; hemograma: Leuco = 3150 cels/mm3 (78% segmentados, 14% linfócitos, 8% monócitos) Hb= 10,2g/dL, Plaquetas= 165.000/mm3; Na= 135mEq/L. Realizada TC de crânio sem e com contraste, disponível abaixo. O teste rápido para HIV é positivo. A CONDUTA É: a. Solicitar ressonância nuclear magnética e punção liquórica. b. Iniciar ceftriaxone e solicitar hemoculturas e um ecocardiograma. c. Iniciar tratamento com sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico. d. Iniciar fenitoína e solicita biópsia estereotáxica da lesão e da medula óssea. 79. Mulher, 26a, relata dor lombar há 2 semanas, associada a emagrecimento e calafrios. Há 1 dia a dor se acentuou, havendo dor irradiada ao quadril esquerdo, passando a claudicar. Antecedentes pessoais: diabética, tabagista de 2 maços de cigarro ao dia há 12 anos, em uso de insulina e de anticoncepcional oral. Sinais vitais: PA= 122x78mmHg, FC= 87bpm, FR= 19irpm, SpO2= 95%, T= 36,3 oC. Exame físico: propedêutica cardiopulmonar normal; exame neurológico não revela perda de força nem de sensibilidade tátil em membros inferiores; há dor à palpação de processo espinhoso de vértebras lombares altas; quadris com movimentação normal e indolores a palpação. Realizada radiograma de tórax (abaixo). A CONDUTA É: a. Realizar TC de tórax, broncoscopia e solicitar TC de coluna lombar. b. Solicitar Angio-TC de tórax, proteinúria de 24 horas e eletroneuromiografia. c. Solicitar hemograma, VHS, PCR e radiografia de coluna lombar. d. Coletar pesquisa de B.A.A.R. no escarro e solicitar RM coluna lombar. 80. Homem, 46a, obeso, relata tosse seca e dispneia há 1 dia, com piora rápida e progressiva. Refere também alguns episódios prévios de dispneia, que associa a períodos em que estava gripado. Antecedentes pessoais: hipertensão arterial de diagnóstico recente em tratamento irregular, asma na infância e tabagismo (30 anos- maço). Sinais vitais: PA= 214x122 mmHg, FC= 118 bpm, FR= 32 irpm, T= 36,3oC e SpO2= 94% em ar ambiente. Exame físico: extremidades frias, ausculta cardíaca normal, redução global do murmúrio vesicular sem ruídos adventícios; propedêutica abdominal normal, sem edema de membros inferiores. Realizado ECG que evidenciou taquicardia sinusal. Iniciado oxigenoterapia com máscara 5L/min. A CONDUTA É: a. Nitroprussiato de sódio e ventilação não invasiva. b. Inalação com salbutamol, brometo de ipratrópio e hidrocortisona. c. Levofloxacino, inalação com brometo de ipratrópio e hidrocortisona. d. Nitroglicerina, AAS e clopidogrel.