Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO APARÍCIO CARVALHO - FIMCA Classificação de doenças segundo McNew (1960) Grupo I: Doenças que destroem órgãos de armazenamento. Nome: Podridão mole dos frutos. Agente causal: Rhizopus stolonifer. Sintomas e sinais: inicialmente há aparecimento de áreas encharcadas, e em seguida, a evolução do fungo provoca podridão mole e aquosa no fruto, com desenvolvimento de mofo, inicialmente branco, evoluindo para estruturas negras puntiformes (sinais) chamados esporângios. Manejo adequado e medidas de controle: evitar lesões nos frutos durante a colheita, transporte e/ou industrialização. Recomenda-se também embalar os frutos secos e desinfetados e mantê-los refrigerados. Controle químico: BUNEMA 330 CS® (Metam-sódico), fumigante de solo usado em pré-plantio, possuí ação fungicida, nematicida e herbicida. Grupo II: Doenças que causam danos em plântulas. Nome: Damping off. Agente causal: Rhizoctonia solani. Sintomas e sinais: caracterizam-se inicialmente pelo murchamento das folhas cotiledonares. O fungo provoca avarias deprimidas e de coloração marrom- avermelhada no colo e nas raízes das plântulas, e posteriormente ocasiona tombamento por estrangulamento do caule. Como sinal, apresenta esporos negros e puntiformes dentro das lesões. Manejo adequado e medidas de controle: o tratamento das sementes com fungicidas é a principal medida fitossanitária a ser adotada. Realizar aração profunda do solo (prática que auxilia na redução da população de inóculos próximo a sua superfície), utilizar técnicas como a rotação de cultura a fim de reduzir a população de fungos presente na área, e evitar semeadura profunda, encurtando o tempo de emergência e prolongamento da exposição dos tecidos suscetíveis ao patógeno são técnicas eficientes no controle da doença. Controle químico: Standak® Top (Fipronil + Piraclostrobina + Tiofanato Metílico), seletivo para as culturas indicadas, recomendado para o tratamento de sementes, protege as sementes e plântulas contra o ataque de pragas, e fungos no período inicial de desenvolvimento da cultura. Grupo III: Doenças que danificam as raízes. Nome: Nematóide de cisto da soja. Agente causal: Heterodera glycines. Sintomas e sinais: formação de reboleiras com plantas não vigorosas e amareladas. Sistema radicular raquítico, com diminuição do número de nódulos de fixação de nitrogênio. Os sinais podem ser observados, com auxílio de uma lupa, identificando a presença cistos e de fêmeas adultas na forma de limão, com coloração variando de branco leitoso até marrom escuro. Manejo adequado e medidas de controle: a erradicação é praticamente impossível. Algumas técnicas auxiliam a minimizar as perdas, destacando-se a rotação de culturas com plantas não hospedeiras e o uso de cultivares resistentes, sendo o ideal a combinação dos dois métodos. Controle químico: ABAMEX (abamectina) é um acaricida, inseticida, nematicida de contato e ingestão para o controle de pragas em diversas culturas. Grupo IV: Doenças que danificam o sistema vascular. Nome: Murcha bacteriana. Agente causal: Erwinia chrysanthemi. Sintomas e sinais: podridão aquosa do cartucho, com odor fétido, bainhas com lesões encharcadas, murcha generalizada e seca das folhas que desprendem facilmente, posteriormente ocorre o tombamento da planta. Em geral, os sintomas têm início nos entrenós próximos ao solo, todavia também podem iniciar pela parte superior do colmo. Ao se fazer um corte na haste, fica evidente a necrose e descoloração dos tecidos vasculares. A identificação da bactéria pode ser realizada em condição laboratorial, uma vez que não é visível a olho nu. Manejo adequado e medidas de controle: promover o uso apropriado da água de irrigação (em quantidade e qualidade), evitar a aplicação de doses altas de adubos nitrogenados, e realizar práticas de controle cultural (como a época de cultivo), se necessário fazer a erradicação de restos culturais contaminados, e assepsia das máquinas e implementos agrícolas. Controle químico: BION 500 WG (Acibenzolar-S-Metilico) é um ativador de plantas e não tem ação direta contra os patógenos. Aplicado na parte aérea das plantas, ele ativa os seus próprios mecanismos naturais de defesa e aumenta sua resistência às doenças. Devido ao seu modo de ação particular, o produto deve ser aplicado antes da entrada dos patógenos, de forma preventiva. Grupo V: Doenças que interferem com a fotossíntese. Nome: Mancha alvo. Agente causal: Corynespora cassiicola. Sintomas e sinais: manchas inicialmente pequenas, marrons, rodeadas de um halo amarelado, as quais evoluem para manchas circulares maiores, castanho- claras a castanho-escuras, chegando até dois centímetros de diâmetro cada. A característica marcante são os anéis concêntricos, que lhe dão o aspecto de alvo. Quando a infecção é alta, ocorre a desfolha que é causada pela aceleração da senescência, o que torna a folha amarelada em poucos dias. O agente causal pode ser identificado pela presença de esporos nas lesões. Manejo adequado e medidas de controle: utilização de variedades resistentes, tratamento de sementes e pulverizações preventivas de fungicidas, e rotação de culturas com espécies não hospedeiras. Controle químico para tratamento de semente e pulverização: MINX 500 SC (benzimidazóis), fungicida com ação preventiva, curativa e erradicativa, indicado para o tratamento de sementes. FOX® (Protioconazol e Trifloxistrobina), fungicida mesostêmico e sistêmico, de aplicação foliar que deve ser sempre utilizado de maneira preventiva em relação ao aparecimento das doenças. Grupo VI: Doenças que afetam o aproveitamento das substâncias fotossintetizadas. Nome: Mosaico dourado. Agente causal: Bean golden mosaic virus - BGMV. Sintomas e sinais: quando a infecção ocorre no início do desenvolvimento das plantas, os primeiros trifolíolos ficam encarquilhados apresentando breve clorose das nervuras. Posteriormente quando as plantas possuem de duas a quatro folhas trifolioladas, os sintomas se dão pelo amarelecimento intenso da lâmina foliar, delimitado pela coloração verde das nervuras, dando um aspecto de mosaico, e pelo encarquilhamento das plantas que promove sua redução em tamanho e em deformação das brotações laterais. A identificação do vírus só pode ser realizada em condição laboratorial, uma vez que não é visível a olho nu. Manejo adequado e medidas de controle: evitar o cultivo durante a época da seca onde a doença for prevalecente, controlar o inseto vetor com inseticidas sistêmicos, utilizar cultivares tolerantes e eliminar fontes de hospedeiros alternativos. Controle químico: ACTIGARD (Acibenzolar-S-Metilico) é um ativador de plantas e não tem ação direta contra o vírus. Aplicado na parte aérea das plantas, ele ativa os seus próprios mecanismos naturais de defesa e aumenta sua resistência às doenças. Devido ao seu modo de ação particular, o produto deve ser aplicado antes da entrada dos patógenos, de forma preventiva.
Compartilhar