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COVID-19: Origem, Transmissão e Letalidade

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Resumo
Em 2019 foi isolado um novo Coronavírus, por cientistas chineses foi nomeado SARS-CoV-2, causador da doença COVID-19. Em 1 dezembro de 2019 a partir de um grupo de pessoas com pneumonia de causa desconhecida, ligadas principalmente a vendedores ambulantes que trabalhavam no Mercado de Frutos do Mar de Hanan em Wuhan, Hubei, China. O vírus foi isolado uma semana depois em 7 de janeiro de 2020. O novo Coronavírus apresentou 70% de semelhança com a sequência genética identificado no SARSCoV. Geralmente, infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderada, semelhantes a um resfriado comum. No entanto, alguns coronavírus podem causar formas graves, como a síndrome respiratória aguda grave. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou no dia 11 de março de 2020 a de covid-19, que nas primeiras semanas fora da China aumentou 13 vezes e a quantidade de países afetados triplicou em mais de 118 mil infecções em 114 nações, sendo que 4291 pessoas morreram. Atualmente o mundo enfrenta mais de 3.041.000 casos de corona vírus ao redor do mundo. (FVS-AM 2020)
Palavras-chaves
Coronavirus. Pandemia. Covid-19. SARS-CoV
 
INTRODUÇÃO
	Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. Provoca a doença chamada de coronavírus. É um dos principais patógenos que tem como alvo principal o sistema respiratório humano e incluem a síndrome respiratória aguda grave, é caracterizado como agentes que representam uma grande ameaça à saúde pública. (Chate et al, 2020)
	No mundo inteiro tem casos, trata-se de uma doença fatal principalmente para os grupos de riscos, e paciente com complicações. Os primeiros caso de coronavírus foi relatado em dezembro de 2019 onde 5 pacientes foram internados com recidiva aguda, síndrome do desconforto respiratório. Um desses pacientes morreu em janeiro, e desse dia em diante os números de pessoas infectadas relatadas na China foram aumentando gradativamente. (Araújo-Filho et al 2020) 
	O primeiro caso de transmissão humano-a-humano de coronavírus foi relatado nos EUA em 30 de janeiro de 2020. Onde levou as autoridades adotar medidas como, examinar os passageiros chegando nos aeroportos dos EUA para o novo coronavírus. Na china as autoridades de saúde concluíram que as características clínicas reveladas por uma tomografia computadorizada do tórax são visualizadas como uma pneumonia; no entanto, havia características anormais, como RNAemia, síndrome de angústia respiratória lesão cardíaca aguda e incidência de opacidades tipo vidro fosco que levaram à morte. (Araújo-Filho et al 2020) 
	A atual pandemia global de COVID-19 está relacionada a uma doença respiratória aguda causada por um novo coronavírus (SARS-CoV-2), altamente contagioso e de evolução ainda pouco conhecida. Considerando-se a atual definição de caso baseada no diagnóstico de pneumonia, mais de 300.041.000 casos de infecção por COVID-19 foram confirmados em todo o mundo e a taxa de mortalidade associada tem oscilado em torno de 4%, no entanto, as recentes alterações nos critérios diagnósticos da doença levaram a um aumento da taxa de novos. (Chate et al, 2020)
SINDROME RESPIRATORIA GRAVE CAUSADA POR CORONAVIRUS (SARS-CoV-2)
Origem
	Os primeiros casos do coronavírus (Covid-19) tiveram origem no mercado de frutos do mar da cidade de Wuhan localizada na China, as primeiras ocorrências foram relatadas na virada do ano 31/12/2020 e a incidência aumentou de maneira exponencial nas primeiras semanas. Acredita-se que o vírus Sars-CoV-2 possua como hospedeiros determinadas espécies de morcegos e o pangolim, um animal consumido como alimento exótico em algumas regiões da China. (Chate et al, 2020)
	O período de incubação varia entre 4-14 dias, sendo que ainda é cedo para afirmarmos que o vírus só é transmitido por indivíduos sintomáticos. A taxa transmissão do vírus é de 2,75, isso quer dizer que uma pessoa infectada transmite, em média, para outros 2,75 indivíduos. A doença possui uma letalidade global de 3,4%, aumentando de acordo com a idade da pessoa acometida e com as comorbidades presentes. Os pacientes portadores de doenças crônicas, que representam em torno de 25 a 50% dos pacientes infectados, apresentam maiores taxas de mortalidade. (Chate et al, 2020)
Etiologia 
Coronavirus são vírus RNA com ampla distribuição entre humanos, outros mamíferos e aves. Na microscopia eletrônica, estes vírus são vistos como círculos, com espículas que terminam em pequenas gotas que se exteriorizam de sua superfície, parecendo uma coroa (a palavra “corona” em latim tem o significado de coroa). Os Coronavirus pertencem à subfamília Coronavirinae da família dos Coronaviridae, ordem Nidovirales. Esta subfamília inclui quatro gêneros: Alfacoronavirus, Betacoronavirus, Gamacoronavirus e Deltacoronavirus. Até o ano de 2019, seis diferentes espécies de coronavirus eram conhecidas como causa de doença em seres humanos, entre os quais quatro delas — 229E, NL63, OC43, e o HKU1 — de alta prevalência e tipicamente associados a quadros de resfriados e infecções leves do trato respiratório superior em pacientes imunocompetentes de todas as faixas etárias. 
As outras duas cepas, — severe acute respiratory syndrome coronavirus (SARS-CoV) e a Middle East respiratory syndrome coronavirus (MERS-CoV) — têm origem zoonótica e estão associadas a quadros graves e potencialmente fatais de insuficiência respiratória. O SARS- -CoV foi responsável por surtos de síndrome respiratória aguda grave no ano de 2002 e de 2003 na China, com 8.096 casos em 29 países e 774 mortes (letalidade de 9,5%), enquanto o MERS--CoV foi o agente responsável por surtos de doença respiratória grave ocorridos no Oriente Médio no ano de 2012, com registro de 2.494 casos em 27 países e 858 mortes (letalidade de 34%).
Sinais e Sintomas Clínicos 
	Os sinais e sintomas clínicos do novo coronavírus são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. Principais sintomas são: febre, tosse e dificuldade para respirar.
	Os sintomas da infecção aparecem após um período de incubação de aproximadamente 5,2 dias. O período desde o início dos sintomas de até a possível morte variaram de 6 a 41 dias com uma média de 14 dias. Este período depende da idade do paciente e status do sistema imunológico do paciente. Foi mais curto entre os pacientes >70 anos de idade em comparação com aqueles com menos de 70 anos de idade. Os sintomas mais comuns no início da doença são: febre, tosse, fadiga, enquanto outros sintomas incluem produção de expectoração, dor de cabeça, hemoptise, diarreia, dispneia e linfopenia. Podendo ter os sintomas facilmente confundidos com outros patógenos pelas similaridades. (SVS, 2020)
Tratamento
	Cientistas estão tentando encontrar antivirais específicos para o coronavírus. Drogas como cloroquina, umifenovir, remdesivir e favipiravir estão sendo testadas em estudos clínicos para o tratamento da coronavírus. Alguns resultados são promissores. (MS, 2020)
	A Organização Mundial da Saúde explica que não existe, até agora, um tratamento específico para curar a coronavírus, embora existam muitos esforços para encontrar remédios ou uma vacina que previna a doença. O que existe, por enquanto, são os tratamentos para resolver os sintomas: baixar febre, amenizar a tosse, tirar dores no corpo e tratar complicações respiratórias, como pneumonia. Quando a dificuldade para respirar é grande, o paciente pode receber oxigênio, por exemplo. 	Um dos desafios da gestão dessa pandemia é evitar que muitos casos evoluam para que a procura por hospitais não supere o número de vagas, pois a transmissão e de pessoa para pessoa. Porém os estudos já estão em andamentos e teste sendo realizado por exemplo o uso da cloroquina e de mais medicamentos. Além disso, existe m vários outros compostos que estão em desenvolvimento. (MS, 2020)
	Até que terapias mais específicas estejamdisponíveis, é razoável considerar mais antivirais de amplo espectro que fornecem tratamento medicamentoso. Vários grupos de cientistas estão, atualmente, trabalhando duro para desenvolver um modelo de primatas não humanos para estudar o coronavírus para estabelecer novas terapêuticas rápidas e para os testes de vacinas em potencial, além de proporcionar uma melhor compreensão das interações vírus-hospedeiro.
	As autoridades do mundo inteiro, implementaram medidas de prevenção e controle, incluindo controle de viagens para controlar a propagação adicional do vírus. Mudanças epidemiológicas na infecção por coronavírus devem ser monitoradas, levando em consideração possíveis vias de transmissão e infecções subclínicas. Medidas foram criadas para conscientizar as pessoas a permanecerem em suas casas, no intuito de reduzir a transmissão de pessoa a pessoa. Isso foi necessário para controlar o surto atual e retardar a transmissão do vírus. Atenção especial para proteger as pessoas que fazem parte do grupo de risco. Pois estão mais suscetíveis, incluindo crianças, profissionais de saúde e pessoas idosas, além de pessoas com doenças crônicas. (MS, 2020)
Prevenção
	O isolamento social é a melhor medida que podemos adotar nesse momento, como foi supracitado, o vírus possui uma alta taxa de transmissão e grande parte dos portadores são assintomáticos. Embora a taxa de mortalidade seja relativamente baixa entre os jovens e jovens adultos (0,2%), a infecção pode ser fatal nas populações de risco. (MS, 2020)
	O uso de máscaras somente está indicado para pacientes infectados, sintomáticos, seus cuidadores e profissionais de saúde, sendo que máscaras que protejam contra gotículas são eficazes na maioria dos casos, exceto durante procedimentos que promovam aerossolização. (MS, 2020)
	A lavagem constante das mãos com água e sabão e/ou uso do álcool gel/líquido a 70% é uma medida que possui grande eficácia na prevenção contra o coronavírus. (MS, 2020)
	
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
	Considera-se a melhor arma para o combate do vírus é a prevenção e os cuidados já abordados, além de promover um isolamento social para diminuir a taxa de contágio, bem como espalhar todas as informações necessárias para a população, onde em principal os grupos de risco, como idosos, crianças e profissionais da saúde, devem tomar ainda mais cuidado com a contaminação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Situação Epidemiológica de COVID-19 e da Síndrome Respiratória Aguda Grave no Estado do Amazonas, 2020. Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, Manaus, 02 de abril de 2020. 
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia- Pneumonia por COVID-19: qual o papel da imagem no diagnóstico? J.A.B Araújo-Filho, M.V. Y.Sawamura et al (2): e20200114
Apresentação tomográfica da infecção pulmonar na COVID-19: experiência brasileira inicial. R. C. Chate, E. K. U N. Fonseca et al. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. 2020;46(2): e20200121
Infecção Humana pelo Novo Coronavírus (2019-nCoV) COE Nº 02 | fev. 2020 boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (SAES)
Protocolo de Tratamento do Novo Coronavírus. Ministério da Saúde. Brasília, 2020.

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