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Paper Filosofia (1)

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RELATÓRIO DE VIVÊNCIA – ENSINO DE sociologia
Valdirene Pereira
Prof. Aurélio Santos
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Licenciatura em sociologia – 1 Fase
02/07/17
RESUMO
Este trabalho relata o ensino das aulas de sociologia e busca refletir a importância do ensino desta e como este se aplica na boa formação do estudante do ensino médio no Brasil. A sociologia é a única que pode ajudar o aluno a pensar sobre tudo o que envolve sua existência, pois ela procura pensar no todo da realidade. Entretanto, dependendo de como a sociologia for introduzida, poderá enriquecer a formação dos estudantes, ou poderá se tornar um amontoado de informações sem sentido.
Palavras-chave: Ensino-aprendizagem; sociologia; Reflexão; Ensino Médio.
1 INTRODUÇÃO
A Filosofia é, antes de tudo, uma atividade e uma atitude. A atitude filosófica é a postura que resulta de uma ação reflexiva. Para a filosofia, não basta saber que as coisas estão aí à nossa frente, que há objetos no mundo de um ou de outro jeito. Ela se pergunta: por quê? Por que as coisas estão aí deste modo? Qual a causa de serem assim? Quando a dúvida e o espanto se instalam em nosso pensamento é que começamos a filosofar. 
Assim, o que norteia a presente proposta curricular é a crença de que um dos principais papéis políticos da Filosofia no Ensino Médio é desenvolver, em suas atividades de reflexão, a expressão da diversidade das potencialidades humanas. 
Isso não se faz apenas com a aquisição de informações, mas, sobretudo com o desenvolvimento de atitudes. A Filosofia deve promover no aluno a capacidade de ouvir, ler, compreender e escrever, para ter os subsídios necessários para argumentar com clareza, seja para sustentar uma posição, para questioná-la ou mesmo suspendê-la, segundo o exercício pleno e responsável da liberdade de pensamento. 
As experiências didáticas em filosofia também devem propiciar a capacidade de ouvir e respeitar essas mesmas ações nos que pensam e agem diferentemente de nós. A liberdade é sempre 
um valor comum, envolvendo reciprocidade, não um a prerrogativa exclusiva de nenhuma autoridade, muito menos de uma autoridade do saber. 
2 O ENSINO DE FILOSOFIA NO BRASIL
A Filosofia tornou-se disciplina obrigatória nas Séries do Ensino Médio brasileiro a partir de junho de 2008, com a aprovação da lei n. 684, que mudou a redação da Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional (9394/96), que indicava apenas a necessidade de se trabalhar “conteúdos de filosofia” nesse nível de ensino.
Embora alguns falem de “retorno da filosofia” é mais apropriado falar em “introdução da filosofia no Ensino Médio”. Vários trabalhos que abordam a história da presença da disciplina nos currículos da educação brasileira mostram que ela nunca foi universal como é agora, isto é, em todas as séries de todas as escolas de nível médio do território nacional.
A introdução da disciplina nos currículos do Ensino Médio apresenta uma história. Quando a reforma do ensino, no regime militar (lei n. 5692/71), excluiu a filosofia da lista de disciplinas previstas para o então denominado segundo grau, começou-se a constituir-se um movimento pela “volta da filosofia no segundo grau”, no qual se engajaram os departamentos de filosofia das universidades brasileiras, os estudantes universitários de filosofia e algumas associações da sociedade civil. Entre meados da década de 1970 e 1980, vários encontros foram realizados, diversos textos e livros foram publicados e manifestações públicas organizadas. (HORN, 2000).
Em 1985, uma lei complementar permitiu que, em alguns estados brasileiros, a filosofia estivesse como disciplina optativa.
Com a redemocratização do país e a Constituição de 1988, começou a se discutir uma nova Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional. Um projeto de lei que tramitou pelo Congresso nacional, elaborado com ampla participação da sociedade civil, previa a disciplina de filosofia como obrigatória no Ensino Médio, respondendo a essa organização que se constituiu ainda da década de 1970. Porém o governo substituiu o texto, mais enxuto e flexível, e lei n. 9394/96 acabou por indicar apenas que os estudantes do Ensino Médio deveriam ter acesso aos “conhecimentos de filosofia necessários ao exercício da cidadania” Embora representasse um avanço, essa formulação não garantia, de fato, a presença da filosofia nas escolas.
Entre 1997 e 2008, duas frentes de atuação foram importantes: uma política, que junto aos deputados e senadores que visava produzir um projeto de lei complementar que tornasse filosofia uma disciplina e outra acadêmica, formada pelas universidades brasileiras que começaram a pensar com mais força a problemática do ensino de filosofia.
Essa inovação no ensino de filosofia, sua presença nos três anos do Ensino Médio, nos coloca diante de um desafio que é tornar as aulas de filosofia uma realidade em todas as escolas brasileiras. E essa realidade só poderá ser possível com a participação dos professores. 
3 VIVÊNCIA DAS AULAS DE FILOSOFIA
Organizo minhas aulas abordando uma prática viva e diária, e não como um conjunto de pensamentos nos quais nos aproximamos de forma referencial para conhecer, para decorar e rapidamente esquecer. Meu trabalho é norteado por problemas atuais e de pensadores contemporâneos da filosofia.
O planejamento das minhas aulas de filosofia apresentam os seguintes objetivos: 
· Contribuir para a compreensão dos elementos que interferem no processo social através da busca do esclarecimento dos universos que tecem a existência humana: trabalho, relações sociais e cultura simbólica. 
· Formar o hábito da reflexão sobre a própria experiência possibilitando a formação de juízos de valor que subsidiem a conduta do sujeito dentro da escola e fora dela. 
· Estimular a atitude de respeito mútuo e o senso de liberdade e responsabilidade na sociedade em que vive considerando a escola como parte da vida do aluno. 
· Desenvolver procedimentos próprios do pensamento crítico: apreensão de conceitos, argumentação e problematização. 
Os conceitos essenciais, os quais propõe a Proposta Curricular de Santa Catarina, também estão presentes em minhas aulas, sendo:
Representação e comunicação:
· Ler textos filosóficos de modo significativos.
· Ler, de modo filosófico, textos de diferentes estruturas e registros.
· Elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo.
· Debater, tomando uma posição, defendendo argumentos e mudando de posição face a argumentos mais consistentes.
Investigação e compreensão:
· Articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos e modos discursivos nas Ciências Naturais e Humanas, nas Artes, e em outras produções culturais.
Contextualização sociocultural:
· Contextualizar conhecimentos filosóficos, tanto no plano de sua origem específica, quanto em outros planos: o pessoal-biográfico: o entorno sócio-político, histórico e cultural; o horizonte da sociedade científico-tecnológica.
A Filosofia, segundo Cotrim (1988, p.19) tem uma grandiosa tarefa a desempenhar em nossas escolas, ela deve:
Desenvolver no estudante o senso crítico, que implica a superação das concepções ingênuas e superficiais sobre os homens, a sociedade e a natureza, concepções estas forjadas pela “ideologia” social dominante. Para isso, é necessário que o ensino da Filosofia estimule o desenvolvimento da reflexão do estudante e forneça-lhe um conjunto de informações sobre reflexões já desenvolvidas na história do pensamento filosófico. O resultado desse processo é a ampliação da consciência reflexiva do estudante, voltada para dois setores fundamentais: a consciência de si mesmo: crítica de si próprio enquanto pessoa e de seu papel individual e social (autocrítica); a consciência do mundo: compreensão do mundo natural e social e de suas possibilidades de mudança. 
O estudante deve ser levado a pensar nos problemas da existência, mas precisa, primeiro, aprender a afastar-se deles para melhor compreendê-los, depois disto estará pronto para colaborar, para mudar as coisas a sua volta.
Noensino de filosofia o professor poderá até fazer uso de alguns métodos e recursos, mas estes deverão servir apenas como um meio para se atingir o fim último que é o de auxiliar o aluno a adquirir conhecimentos que lhe servirão para se aperfeiçoar como pessoa. 
A estrutura metodológica das aulas contemplam aulas expositivas – dialogadas, com preparação do Professor para Instigar o aluno à reflexão; Trabalhos individuais e em grupos; Incentivo a debates de ideias e questionamentos a si bem como ao ambiente de inserção num pensar culturalmente; Filmes dirigidos; Seminários temáticos a serem apresentados pelos alunos com complementação do professor; Conversas de incentivo humano, valores, problemas, opiniões etc; Leitura com roteiro de perguntas; Dramatizações; Dinâmicas em grupo; Produção de textos; Perguntas abertas e fechadas; Leitura de imagens; Exercícios; Cartas Enigmáticas; Acrósticos; Músicas e Mensagens Reflexivas.
Conforme Cerletti (2009, p. 87) ensinar filosofia é dar um lugar ao pensamento do outro. Não tem sentido transmitir dados filosóficos e históricos como se fossem peças de antiguidade com a qual os jovens não teriam qualquer relação. Não há sentido em tentar transmiti-los sem vivificá-los no perguntar dos alunos.
“A filosofia não é uma questão privada, ela se constrói no diálogo e nisso o professor tem uma tarefa fundamental que é estimular a vontade”. (CERLETTI, 2009).
A avaliação está presente em todas as etapas de minha prática pedagógica, possibilitando uma constante intervenção para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem. Os instrumentos de avaliação em Filosofia, atentando para a construção da autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da disciplina.
A avaliação acontece de maneira contínua levando sempre em conta o conhecimento assistemático do aluno, transformando-o em conhecimento sistematizado e deste para a realidade. Será uma avaliação de caráter diagnóstico, isto é, verifica não só o aproveitamento do aluno como a eficácia pedagógica desenvolvida. 
Ao ensinar a filosofia, o professor deve preocupar-se em transmitir um conhecimento verdadeiro e não somente o que poderá ser útil ao aluno, pois, apenas iluminado pela verdade, este estará equipado com a faculdade de discernir, avaliar e escolher, ponderar e decidir, o que o ajudará a adquirir autonomia intelectual.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A disciplina de Filosofia, visando contribuir com a formação dos estudantes do Ensino Médio no Brasil, deve ser ministrado por professores realmente formados e licenciados nesta isciplina, pois acredita-se que estes têm maior preparo para trabalhar a variedade de assuntos e questionamentos filosóficos que deverão ser apresentados aos estudantes. 
As aulas de Filosofia devem preparar e desenvolver nos alunos um pensamento crítico, fornecendo-lhes a oportunidade de elaborar raciocínios, debater ideias e desenvolver um pensamento autônomo sobre as teorias e os problemas a eles propostos e ainda construir seus próprios textos.
É papel do ensino de Filosofia convidar o aluno a uma superação das concepções ingênuas e superficiais da sociedade onde está inserido, ensinando-o a pensar de forma racional, abstrata e abrangente sobre a realidade. É estimular o aluno a refletir sobre si mesmo para aprender a criticar e também refletir sobre o mundo para compreendê-lo e, depois disto, buscar saber qual o seu papel diante do mundo que o cerca e diante do seu próximo.
Realizando este trabalho, com o passar do tempo o aluno perceberá a importância de aprender a filosofar e responderá por si próprio o questionamento que fez ao seu professor no primeiro dia de aula, e acredito que todos nós já fomos questionados de o por que estudar Filosofia?. 
REFERÊNCIAS 
CERLETTI, A. O Ensino da Filosofia como problema filosófico. Belo Horizonte, Autêntica, 2009. 
CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2004.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia para uma Geração Consciente. São Paulo: Saraiva, 1988.
HORN, G.B. A presença da filosofia no currículo do Ensino Médio brasileiro: uma perspectiva histórica. Petrópolis: Vozes, 2000.
KOWAN, W. O. Ensino de Filosofia –perspectiva. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.

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