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UFF – UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE RELATÓRIO DE FÍSICA 2A EXPERIMENTO 2: VERIFICAÇÃO DA LEI DE BOYLE-MARIOTTE Aluna: Fernanda Abreu de Moraes Figueiredo Data da prática: 13/02/2016 Curso: Engenharia de Produção Polo: São Gonçalo Disciplina: Física 2A Matrícula: 15113160069 Período: 3º RIO DE JANEIRO 2016 1. OBJETIVOS · Verificar a Lei de Boyle-Mariotte por intermédio da compressão isotérmica de um gás 2. INTRODUÇÃO A Lei de Boyle-Mariotte afirma que o produto da pressão p pelo volume V de um gás ideal deve permanecer constante quando este passa por transformações isotérmicas (T = cte): Uma dificuldade que existe nesse aparato experimental é o desconhecimento do volume total do gás confinado, uma vez que não se sabe o volume do gás na mangueira e no interior do manômetro. Assim sendo, ao se variar o volume do gás, serão feitas medidas da diferença entre o volume inicial (desconhecido) e o novo volume para cada nova posição do êmbolo: Portanto, usando a Lei de Boyle-Mariotte, tem-se que: Logo, e tem uma relação linear do tipo , com coeficiente angular e coeficiente linear . O valor de p é a pressão total sobre o gás, de modo que se deve adicionar à leitura do manômetro a pressão atmosférica . 3. MATERIAL UTILIZADO · Conjunto de seringa graduada e manômetro (ref. EQ037C/CIDEPe). Figura 1. Esquema do equipamento utilizado no experimento. 4. ESQUEMA DO EXPERIMENTO A Figura 1 mostra o esquema da montagem utilizada para a realização do experimento. Ela consiste de uma seringa com êmbolo móvel, montada sob um parafuso de suporte e conectada a um manômetro por uma mangueira. O parafuso de suporte pressiona o êmbolo da seringa, permitindo a variação gradual do volume de gás confinado nela. O gás utilizado será o ar, cujo comportamento é próximo ao de um gás ideal para as condições experimentais. O ar é admitido no sistema por meio de uma válvula que, alternativamente, conecta o interior da seringa com o exterior ou com o manômetro. Quando a válvula é fechada, o ar é confinado no interior da seringa e na mangueira de conexão. A variação do volume do ar confinado pode ser medida com o auxílio da graduação existente na parede da seringa. Além disso, o parafuso de suporte possui uma calibração que permite avaliar a variação de volume a cada volta do parafuso. A variação de pressão do ar, em relação à pressão atmosférica, pode ser lida a partir do manômetro. 5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 5.1. Admissão do ar Com a válvula de admissão do ar aberta, elevar o êmbolo da seringa até que o volume inicial de 20 mL seja alcançado. Em seguida, fechar a válvula de admissão, confinando o ar no interior da seringa. 5.2. Teste de vazamento Girando o parafuso de suporte do êmbolo, comprimir o ar no interior da seringa até o volume de 10 mL, e anotar o valor da pressão manométrica. Manter o sistema nessa posição e observar se a leitura do manômetro permanece inalterada. O vazamento de ar acarreta uma diminuição da pressão manométrica com o tempo. Sempre há pequenos vazamentos, mas se eles forem suficientemente pequenos, poderão ser desprezados desde que a sequência de medidas não dure muito tempo. Caso a pressão manométrica diminua muito rapidamente, mesmo com o êmbolo imóvel, verificar a posição da válvula e as conexões da mangueira com a seringa e o manômetro. 5.3. Medida de p e ∆V Uma vez certo de que não há vazamentos importantes no sistema, proceder às medidas de p e ∆V. Cada volta no parafuso de suporte do êmbolo corresponde a uma diminuição de 0,44 mL no volume do gás. Para a medida de p, adicionar o valor da pressão atmosférica à leitura do manômetro. Fazer dez medidas de ∆V e dos valores correspondentes de p; e construir um gráfico de ∆V x em uma folha de papel milimetrado. Traçar a reta que melhor se ajustar aos pontos experimentais e calcular os coeficientes angular e linear desta reta. 189 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os dados obtidos experimentalmente foram colocados na tabela a seguir. Preferiu-se usar o sistema de voltas no parafuso de suporte do êmbolo para variar o volume por ser mais fácil na questão de avaliar a variação de volume, já que se sabe que cada volta corresponde a uma diminuição de 0,44 mL no volume do gás. Para a medida de p, foi adicionado o valor da pressão atmosférica ( à leitura do manômetro (∆P). Tabela 1. Dados obtidos experimentalmente ∆P (kgf/cm²) n (número de voltas) V em cada volta (mL) ∆V (mL) p (kgf/cm²) (p = p0 +∆P = 1,03 + ∆P ) 1/p (cm²/kgf) 0,15 4 0,44 1,76 1,18 0,85 0,22 6 0,44 2,64 1,25 0,80 0,30 8 0,44 3,52 1,33 0,75 0,39 10 0,44 4,40 1,42 0,70 0,48 12 0,44 5,28 1,51 0,66 0,60 14 0,44 6,16 1,63 0,61 0,70 16 0,44 7,04 1,73 0,58 Ao aplicar a Lei de Boyle-Mariotte, e tem uma relação linear do tipo , com coeficiente angular e coeficiente linear . Por isso, foram colocados no gráfico os valores de x que pode ser visto abaixo: Gráfico 1. Relação dos dados experimentais obtidos. O mesmo gráfico foi plotado, em papel milimetrado à mão, e foi anexado no final desse relatório. Fazendo a regressão linear dos dados, pelo Método dos Mínimos Quadrados, a equação obtida é y = -19,361x + 18,111. Como o coeficiente de correlação deu quase igual a 1(R² = 0,9986), a regressão linear representa bem os dados obtidos experimentalmente. Tabela 2. Coeficientes obtidos com a regressão linear Regressão Linear y = -19,361x + 18,111 R² = 0,9986 a= -19,361 a= -p0V0 b= 18,111 b= V0 Fazendo b= 18,111 e a= -19,361 em a= -p0V0, vem: Cálculo do erro O valor encontrado para a pressão atmosférica com os valores obtidos com a regressão linear dos dados experimentais foi de 1,07 , enquanto que o valor real é 1,03 , o que corresponde a 96,26% do valor encontrado, representando um erro de aumento de valor em relação ao valor real (tabelado) de 3,74%. Com a regressão linear, descobre-se o volume inicial existente no aparato experimental que era desconhecido e igual a b (coeficiente linear) = V0 = 18,111 cm³ = 18,111 mL. 7. CONCLUSÕES Pôde-se comprovar experimentalmente a Lei de Boyle-Mariotte. Observou-se que essa lei representa muito bem a realidade, pois se encontrou um erro percentual de apenas um acréscimo de 3,74% do valor encontrado para a pressão atmosférica () e o valor real tabelado para ela ( ). Os valores encontrados na regressão linear dos dados foram -19,361 para coeficiente angular e 18,111 para coeficiente linear e o volume inicial existente no aparato experimental era de 18,111 cm³ = 18,111 mL. 8. REFERÊNCIAS KHOURY, Antonio Zelaquett; FILHO, Dante Ferreira Franceschini. Aulas de Física 2A. CEDERJ. Lei de Boyle-Mariotte Linear: 0.84745762711864414 0.8 0.75187969924812026 0.70422535211267612 0.66225165562913912 0.61349693 251533743 0.5780346820809249 1.76 2.64 3.52 4.4000000000000004 5.28 6.16 7.04 1/p (cm²/kgf) ∆V (mL) 7
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