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1. INTRODUÇÃO
A afetividade no processo de ensino aprendizagem na educação infantil auxilia na relação professor / aluno / família, além de proporcionar uma grande influencia no desenvolvimento cognitivo da criança. Diante da questão em debate podemos dizer que o professor deve sim manter sua metodologia com conteúdos as crianças e com a rotina diária, mas deve ensina-los a buscar repostas para suas indagações do dia a dia, como ter conteúdos em relação à afetividade, sempre demonstrando as crianças à importância que eleva no contexto diário. Dessa forma, para Piaget (apud CUNHA, 2000), afirma que:
O desenvolvimento cognitivo resulta da interação entre criança e as pessoas com quem ela mantém contatos regulares, no caso da escola, o aluno e os professores. Ele enfatiza as construções realizadas pelo sujeito, ou seja, essas construções passam a ser possíveis através da interação do aluno com o seu meio, havendo assim a modificação do papel do professor, o qual passa a ser um facilitador, enquanto o aluno assume a posse das ideias.
A influência da afetividade é um processo considerado bastante influenciador no desenvolvimento da aprendizagem infantil, e se baseando nesse tema, podemos destacar dentre outro as reflexões de alguns estudiosos como Piaget (2014), Waloon (1981, 1986, 2007), Vygotsky (1996; 2007), e etc. A pesquisa, de modo geral, proporcionou a reflexão sobre a afetividade como aspecto fundamental para a consolidação dos processos de aprendizagem de crianças na educação infantil. Segundo Piaget (2014), ele afirma que “da escola cognitivista, nos adverte sobre o fato de que, apesar de diferentes em sua natureza, a afetividade e a cognição são inseparáveis, dissociadas em todas as ações simbólica e sensório- motora”. Contudo, podemos afirmar que a família é distinguida como parte essencial no desenvolvimento cognitivo e escolar da criança e assim deve haver uma ligação entre prática educativa família e escola, focando na formação de um individuo independente. Portanto, essa junção entre escola e família colabora na formação e construção da educação da criança, devendo assim abranger expectativas recíprocas em diversos interesses que lhes seja apresentado logo cedo e, o papel da família é essencial nessa formação, pois ela que determina desde muito cedo aos seus filhos quais são os verdadeiros princípios e valores adquiridos. Vale ressaltar que, essa união entre escola e família repousa principalmente na divisão do trabalho da educação infantil, abrangendo
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expectativas recíprocas, laços de afetividade e essencialmente o desenvolvimento de aprendizagem dentro do espaço escolar. Levando em consideração que a criança aprende o tempo todo, nos mais diversos interesses que a vida pode lhe apresentar, e a família exerce o papel essencial naquilo que lhe determina desde cedo, ou seja, o que os filhos precisam aprender desde criança, quais são as instituições que devem frequentar o que é necessário saberem para se tornarem as decisões mais benéficas no futuro.
Nesta pesquisa se buscou-se conhecer e identificar a influencia da afetividade e sua importância no desenvolvimento da criança, levando o professor refletir sobre o seu papel como educador, bem como também a sua relação com a criança dentro do projeto relação família e escola.
Na atualidade as relações interpessoais estão comprometidas e o espaço infantil a princípio vem se tornando um espaço importantíssimo na construção da socialização do ser humano desde pequeno. Assim, é fato dizer que q a família entrega os filhos aos cuidados da escola, da professora, e estas os recebem como filhos/alunos numa relação mútua de cumplicidade de deve se basear na confiança. Contudo, nesse espaço da escola em geral o trabalho pedagógico do professor deve ter como foco a criança num ambiente que seja de afetividade, de amor, que propicie um canal de comunicação com a família e escola, pois o mesmo estará se interagindo das habilidades desenvolvidas pelos alunos e ao mesmo tempo informando aos pais de como estão sendo desenvolvidas, bem como diversos assuntos pertinentes a criança em um aspecto de aprendizagem, interação e socialização através da influencia da afetividade dentro do processo de ensino aprendizagem.
Para Piaget, os elementos cognitivos estão juntos no estado afetivos, quiçá comportamentos puramente cognitivos, assim, mesmo no processo de adaptação eles estão juntos. O autor também considera que há nesta mesma relação afetiva, o interesse em assimilar o objeto ao self, o aspecto cognitivo, sendo esse a compreensão enquanto acomodação da afetividade diante do interesse pelo objeto novo. No entanto, percebe-se que a criança se desenvolve no aspecto cognitivo dos ajustes dos esquemas de pensamento ao fenômeno. Dessa forma, Vygotsky é taxativo ao afirmar que:
Em todas as formas de nosso comportamento e em todos os momentos do processo educativo. Se quisermos que os alunos recordem melhor ou exercitem mais seus pensamentos, devemos fazer com que essas atividades sejam emocionalmente estimuladas. A experiência e a pesquisa têm
demonstrado que um fato impregnado de emoção é recordado de forma mais sólida, firme e prolongada que um feito indiferente. (1984, p.121)
Para o autor, as emoções interagem-se ao funcionamento mental da criança, sendo que, acontece uma participação importante. Esse posicionamento ate aqui não diferencia entre o pensamento de Piaget e Vigotski. Somente acontece a ruptura entre eles quando agrega a linguagem – sistema biológico básico de todos os grupos humanos, a relação de afeto de afeto e cognição, ou seja, é pela linguagem que o sujeito compreende o mundo, se posiciona diante dele e de relaciona com ele e consigo mesmo.
Diante desse estudo de investigação, o principal foco se estabelece entre as relações de afetividade infantil da criança entre o adulto e como elas entusiasmam o processo de ensino aprendizagem.
O principal objetivo dessa pesquisa visa entender o valor da afetividade no processo de aprendizagem da criança na educação infantil e identificar as características que contribuem de forma positiva no desenvolvimento cognitivo do aluno.
A pesquisa realizada foi um estudo bibliográfico, exploratória, qualitativo em materiais publicados, livros, revistas, jornais e redes eletrônicas e outros. Portanto, de acordo com Bogdan e Bilden (1994), “ é uma metodologia de investigação que enfatiza a descrição, a teoria fundamentada e o estudo das percepções pessoais”. Com a finalidade de compreender melhor o tema desenvolvido e buscar meios para inserir e tornar a afetividade no processo de aprendizagem da criança, como uma influencia de qualidade, apoiando nos autores que defendem a influencia da afetividade como vinculo diante de um bom aprendizado de qualidade na educação infantil de forma compromissada e prazerosa
2. REVISÃO DA LITERATURA
A revisão de literatura nos permite contribuir com vastas experiências de diversos autores, apreciando as estratégias inovadoras que existem hoje no campo da educação infantil e a importância da influencia da afetividade no processo de ensino aprendizagem na educação infantil, possibilitando soluções para nos favorecer nas situações problemas enfrentados na sala de aula.
Através dessa pesquisa tivemos possíveis soluções e inovações diante da tarefa de influenciar o afeto na sala da educação infantil para que possamos ter um melhor
desenvolvimento cognitivo das crianças no infantil para qual foram tomados como referencias alguns autores relacionados ao beneficio que trás a afetividade diante do processo de aprendizagem na educação infantil. Como Piaget (2014), Waloon (1981, 1986, 2007), Vygotsky (1996; 2007), Pino (2000, p. 128), Piaget (1896-1980), Ariès
(1973), Taille (1992), (LOPES, 2010), Vygotsky (1896-1934), Winnicott (1985, p.
224), (BOCK, 1999, p. 268)., (TAILLE, 1992), (BARBOSA, 2011).entre outros.
No entanto, para melhor identificação da escola quando contribui efetivamente para a formação integral do aluno, nos aspectos sócio afetivos para o desenvolvimentoe o processo ensino aprendizagem, o preparando para ser uma criança cheia de princípios e valores desde cedo, assim se tornara um verdadeiro cidadão.
3. METODOLOGIA
O presente trabalho foi desenvolvido contendo pesquisas Bibliográficas, que segundo Gil (2002) foi desenvolvido com base em material já publicado, revistas, sites e noticiários, com a finalidade principal de permitir ao estudante a descoberta de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que, aquela que poderia investigar diretamente. Foi realizada uma pesquisa exploratória, investigativa com leitura de vários textos de livros relacionados com o tema, “a influencia da afetividade no processo de aprendizagem na educação infantil”, que incluirá alguns aspectos de investigação, para que possam ser mais bem esclarecido a importância que tem o afeto de inicio na sala de aula do infantil, com a intenção de proporcionar uma identificação entre afetividade e ensino aprendizagem.
Este trabalho foi desenvolvido entre a rotina do dia a dia entre professor aluno no contexto escolar, e nos âmbitos sociais gerais, assim demonstrando como os aspectos podem afetar no processo de desenvolvimento da criança. Refletindo também sobre conceitos sociais e familiares que envolvem na formação da criança, e as possíveis relações afetivas na sala de aula do infantil, analisando situações de conflitos e vínculos entre a criança e o professor. A pesquisa será do tipo descritiva de caráter qualitativa, cujos fatos são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira sobre eles.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
CAPÍTULO I: AFETIVIDADE / ENSINO APRENDIZAGEM.
Assim diz Pino (2000, p. 128) ao afirma que:
“os fenômenos afetivos representam a maneira como os acontecimentos repercutem na natureza sensível do ser humano, produzindo nele um elenco de reações matizadas que definem seu modo de ser no mundo. Dentre esses acontecimentos, as atitudes e as reações dos seus semelhantes à seu respeito são, sem sombra de dúvida, os mais importantes, imprimindo às relações humanas um tom de dramaticidade. Assim sendo, parece mais adequado entender o afetivo como uma qualidade das relações humanas e das experiências que elas evocam (...). São as relações sociais, com efeito, as que marcam a vida humana, conferindo ao conjunto da realidade que forma seu contexto (coisas, lugares, situações, etc.) um sentido afetivo” (idem, p. 130- 131)
A palavra afeto significa sentimentos de afeição, de amor e de amizade. Está relacionada a diversos termos como: motivação, paixão, estado de humor, emoção e personalidade. Contudo, através do desenvolvimento do conhecimento da criança, a afetividade muda e o ser humano aprende por meio da sua cultura e interações com pessoas que o rodeiam. A afetividade é o agente transformador e motivador da atividade cognitiva, como dizia Piaget (1896-1980) “que a afetividade seria a energia que move a ação, enquanto a razão seria o que possibilitaria ao sujeito identificar desejos, sentimentos variados, e obter êxito nas ações”. Portanto, o ato do afeto gera um vinculo muito forte nas crianças e são desenvolvidos nos primeiros anos de sua existência.
4.1 A importância da afetividade no desenvolvimento da criança.
Segundo Ariès (1973), “a infância é um fenômeno histórico e não necessariamente natural, onde as características da criança podem ser esquematicamente delineadas pela dependência ao adulto em troca de proteção”. Vale ressaltar que a afetividade é um processo intrínseco ao ser humano, e vem sendo desenvolvido desde a sua infância através de motivações. A criança é motivada pelo interesse a um objeto ou uma situação que se acrescentam cada vez mais seu desenvolvimento intelectual. Assim, podemos dizer que o afeto é construído a partir do conhecimento e do processo de educação do ser humano. Para Taille (1992), a afetividade é manifestada como:
Quando se trata de analisar o domínio dos afetos, nada parece haver de muito misterioso: a afetividade é comumente interpretada como uma "energia", portanto como algo que impulsiona as ações. Vale dizer que existe algum
interesse, algum móvel que motiva a ação. O desenvolvimento da inteligência permite, sem dúvida, que a motivação possa ser despertada por um número cada vez maior de objetos ou situações. Todavia, ao longo desse desenvolvimento, o princípio básico permanece o mesmo: a afetividade é a mola propulsora das ações, e a Razão está a seu serviço (TAILLE, 1992, p. 65).
É importante que desde os primeiros anos de vida a criança seja tratada com um lado emotivo. Porque é através da afetividade que o individuo acessa ao mundo simbólico, pois é através dos desejos, intenções e motivos que mobilizam a criança na seleção de atividade e objetos. Contudo, a afetividade infantil é desenvolvida, uma vez que é na base familiar que a criança tem sua primeira vivencia e suas primeiras relações afetivas. Podendo reforçar que é no ambiente escolar que o processo é desenvolvido, deixando grandes marcas significativas para cada ser, uma vez que a educação familiar é somada diante da qualidade da aprendizagem escolar, contribuindo na formação na criança. Dessa forma, podemos reforçar a ideia de (LOPES, 2010), quando afirma que:
Ao lado da família, a escola assume o papel da educação formal. E se a educação familiar for embasada no afeto e no respeito e a educação formal seguir a mesma linha de equilíbrio e afetividade, facilitando a adaptação de características sociais, formando cidadãos reflexivos, críticos e participativos, provavelmente estará preparando o indivíduo não apenas para o trabalho, mas contribuindo com a sua formação como pessoa, de equilíbrio e preparo para a vida em todos os seus aspectos (LOPES, 2010, p. 16).
A autora acima mencionada quis dizer que “de maneira geral, a criança nas nasce com a afetividade, essa junto à inteligência são formadas de acordo com o meio social do qual estão inseridas”. Nesse contexto, o desenvolvimento é um processo continuo pelo qual o individuo se insere e, uma vez que as emoções serão vinculadas por ações que se inicial na família e continua em desenvolvimento dentro da instituição escolar.
[…] Como professor […] preciso estar aberto ao gosto de querer bem aos educandos e à prática educativa de que participo. Esta abertura ao querer bem não significa, na verdade, que, porque professor, me obrigo a querer bem a todos os alunos de maneira igual. Significa, de fato, que a afetividade não me assusta que tenho de autenticamente selar o meu compromisso com os educandos, numa prática específica do ser humano. Na verdade, preciso descartar como falsa a separação radical entre “seriedade docente” e “afetividade”. Não é certo, sobretudo do ponto de vista democrático, que serei tão melhor professor quanto mais severo, mais frio, mais distante e “cinzento” me ponha nas minhas relações com os alunos, no trato dos objetos cognoscíveis que devo ensinar. (FREIRE, 1996, p. 159)
Segundo Vygotsky (1896-1934) o desenvolvimento da afetividade refere-se em dois níveis: o desenvolvimento real ou afetivo, e o desenvolvimento potencial ou proximal. Vygotsky ainda afirma que “o afeto e o intelecto estão ligados e enraizados
em influencias mutuas”. Educadores como Wallon, Piaget e Vygotsky, contribuem para que seja discutido e tentem entender a ligação e influencia dos laços afetivos na formação de cada criança, e como influenciam também nos processos de ensino aprendizagem. No âmbito da educação construtivista, existe uma preocupação na forma de ensinar, por isso é importante que se identifique as relações e aspectos afetivos, para poder aplicar dinâmicas e atividades adequadas no processo ensino aprendizagem.
O desenvolvimento da pessoa como um ser completo não ocorre de forma linear e contínua, mas apresenta movimentos que implicam integração, conflitos e alternâncias na predominância dos conjuntos funcionais. No que diz respeito à afetividade e cognição, esses conjuntos revezam-se, em termos de prevalência, ao longo dos estágios de desenvolvimento.Nos estágios impulsivo-emocional, personalismo, puberdade e adolescência, nos quais predomina o movimento para si mesmo (força centrípeta) há uma maior prevalência do conjunto funcional afetivo, enquanto no sensório-motor e projetivo e categorial, nos quais o movimento se dá para fora, para o conhecimento do outro (força centrífuga), o predomínio é do conjunto funcional cognitivo. (2008, apud FERREIRA; ACIÓLY-RÉGNIER, 2010, p. 4)
O professor deve ter um bom dialogo com a criança, dever sempre observar seus talentos, suas potencialidade, seus dons e sua historia de vida. Deve também se importar com seus problemas particulares, e tentar soluciona-los, assim são aspectos que tem uma ligação de elo de afetividade entre o professor e o aluno.
4.2 O educador infantil e a afetividade.
Bom frisar como se caracteriza a primeira infância, sendo de 0 aos 5 anos, nesse período é que os seres humanos constroem suas bases cognitiva, emocional, motora, social e ética. Assim, quando a criança ainda não saber utilizar a linguagem oral, a criança faz uso primeiramente da emoção para se comunicar com o mundo, através do choro e do sorriso. Ao adquirir a fala, a criança ganha mais um meio de se expressar, diz o que sente e começa a se relacionar com o mundo de outra forma. Segundo o pensador Jean Piaget, “o desenvolvimento intelectual em dois componentes: o cognitivo e o afetivo, que caminham juntos”. Para ele, toda ação e pensamento são ações cognitivas, representadas pelas estruturas mentais, e afetivas, representadas por uma estrutura energética, que é a afetividade.
Portanto o vinculo afetivo entre o educador e o educando por mais que seja essencial, ele deve estar sempre concentrado na aprendizagem. Como afirma Maria Cristina Mantovani doutora em Psicologia da Educação pela Universidade de São Paulo e psicanalista membro associada da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.
“A criança precisa entender que estar com seu professor não é como estar com sua mãe, seu pai, irmãos, tios”. Segundo a autora, precisa que o elo seja desenvolvido entre eles, ou seja, que o professor respeite a criança, lhes proporcione desafios adequados a sua faixa etária, que não lhe imponha disciplina pelo medo, possa proporcionar momentos agradáveis em sala de aula e ensine coisas interessantes. Assim, a criança ao ingressar em uma instituição educacional, ela vai deparar-se com um novo mundo, é nesse momento tão delicado para a criança que o educador entra em cena e assume um papel bastante relevante. A criança nesse instante vai vivenciar um mundo muito diferente do que ela estava acostumada a viver, mundo vasto, sistematizado através de uma logica diferenciada da que ela era acostumada a ver. Nesse momento cabe ao professor educador lhe propiciar apoio de forma a contribuir para o momento inicial de sua inserção no ambiente educacional, também vai contribuir para seu desenvolvimento afetivo e psicológico. No entanto, Winnicott (1985, p. 224) afirma que a tarefa de educador infantil tem dupla responsabilidade e oportunidade, visto que pode “dar assistência à mãe na sua descoberta das próprias potencialidades materiais e de assistir à criança [...] inevitáveis problemas psicológicos com que o ser humano se defronta”. O autor ressalta sobre a importância de o educador possuir conhecimentos técnicos, uma formação de resultados e atitude de objetividade em relação à criança e suas próprias emoções, ou seja, fortes e agressivas, exercendo orientações necessárias na situação imediata da criança, quando a mesma sente necessidade em resolvê-la. Dessa forma, fica notório que a interação educador – criança é fundamental para um adequado desenvolvimento afetivo e intelectual. Portanto, os primeiros educadores de uma criança vão representar para o resto da vida dela, seja na forma positiva como negativa, sendo de extrema importância para vida futura dessa criança. Muito se sabe hoje que o intelectual e a afetivo caminham de mãos dadas. E o relacionamento entre professor e aluno dever ser sempre de respeito mútuo, amizade, troca de solidariedade, e não aceitando um ambiente hostil que semeie o medo, a raiva dentro da sala de aula. Deve o educador ter uma pratica pedagógica sempre preservando o bem estar do aluno, assim como dele também professor, para isso é importante poder ter um relacionamento afetivo mais prazeroso. Segundo Freire (2002, p.73) “O professor autoritário, o professor licencioso, o professor competente, sério, o professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes, o professor mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio, burocrático, racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar sua marca”.
4.3 A importância do afeto familiar.
Atualmente a família vem sofrendo constantes mudanças e transformações, e cada família possui sua própria identidade, sua história, sua cultura e sua origem, ainda caracterizada por uma figura hierárquica. Porem, diante dessas diversas transformações, as famílias vem se desestruturando e assim modificando e comprometendo os laços de afeto entre pais e filhos.
A falta de estímulo nas crianças na idade escolar, a inquietação podem ser vistos como preguiça ou mesmo indisciplina, o que faz com que educadores e pais fiquem sem entender que isso possa ser apenas uma maneira de chamar atenção deles, devido a criança sentir falta de um contato afetivo mais presentes de seus pais, ou ate mesmo dos educadores, assim, eles geram diversos problemas no processo ensino aprendizagem. Contudo, Amora (2009, p. 19) afeto é: “Sentimento de amizade, dedicação. Objeto de afeição. Afeiçoado, dedicado”. Assim, para que a criança se sinta estimulada, com prazer em realizar determinada atividade em sala de aula, deve se fazer necessário que ela seja estimulada, que nesse momento possa existir uma afeição de forma mútua entre educador e a criança.
Tudo aquilo que a criança aprende em casa com a família ela leva para o meio social, se é tratada com amor, carinho e compreensão, ela vai dessa forma transmitir essa afetividade aos colegas e ao professor, caso contrário, ela não receba essa relação afetiva com os familiares, de certa forma ela só levara para sala de aula rejeição, desamor, ódio, agindo com agressividade e incoerência. A família é o alicerce no desenvolvimento da vida da criança. Segundo Gabriel Chalita (2004, p.26). “A família é essencial para que a criança ganhe confiança, para que se sinta valorizada, para que se sinta assistida”. Portanto, percebemos a grande importância de se criar um elo de comunicação entre família e escola ambas necessita uma da outra para juntas terem resultados satisfatórios em relação à criança. Assim, fica inegável que o afeto está presente nas relações familiares mais tradicionais, através dos pais que moram juntos, ou que tenham uma relação afetuosa para com seus filhos, que sejam vinculados pelo amor e carinho. Como afirma Bock, :
É interessante registrarmos aqui que a escola, criada e sustentada pela sociedade com a finalidade de preparar o indivíduo para viver na sociedade e cujos elementos são todos advindos do meio social – conhecimentos, técnicas, desafios -, passa a ser pensada, nas teorias pedagógicas, como
instituição isolada desse meio, como se nele não estivesse imersa. (BOCK, 1999, p. 268).
Contudo, a criança devera se sentir-se acolhida, segura em todos os ambientes envolvidos no seu processo de ensino aprendizagem, criando muros em relação ao ambiente escolar, assim, são necessários que a família, a escola e a comunidade estejam sempre presentes e juntas e com o mesmo objetivo, identificando afetividade para que as crianças possam ter condições de adquirir um bom desenvolvimento cognitivo. Lobo (2003, p. 40) afirma:
A família recuperou a função que, por certo, esteve nas suas origens mais remotas: a de grupo unido por desejos e laços afetivos, em comunhão de vida. O princípio jurídico da afetividade faz despontar a igualdade entre irmãos biológicos e adotivos e o respeito a seus direitos fundamentais, alémdo forte sentimento de solidariedade recíproca, que não pode ser perturbada pelo prevalecimento de interesses patrimoniais. É o salto, à frente, da pessoa humana nas relações familiares.
Aos longos dos anos a família conservadora e bem estruturada mudou-se, deixando de lado aspectos antigos, como somente o homem era o chefe da família. Hoje a mulher também tem grande importância no seio familiar, ela conquistou seu espaço na sociedade, na profissão, e atingiu um nível igualitário ao homem. Atualmente as mães saem pra trabalhar e não fica mais em casa cuidando de seus filhos, deixando-os em creches, às vezes por tempo integral, facilitando uma nova formação e estrutura familiar, dando ênfase ao resultado de uma vida social moderna. Importante mencionar nessa fase o princípio do amor e afeto sendo substituído pelo ódio falta de compreensão, caracterizando a família em uma estrutura mais alicerçada pelo afeto. Pois, no seio familiar o afeto é importante não só para o desenvolvimento físico, mais para o desenvolvimento psíquico do individuo e ao longo de sua vida devera desenvolver experiências baseadas nessa estrutura familiar. Essa troca de afeto como sentimento de amor, carinho e atenção, sempre impondo limites para que o filho possa crescer bem estruturado nos aspectos de sua personalidade. Piaget (1896-1980) conceitua a afetividade como um agente motivador da atividade cognitiva. Para ele, constituem termos complementares a afetividade e a razão; “a afetividade seria a energia, o que move a ação, enquanto a razão seria o que possibilitaria ao sujeito identificar desejos, sentimentos variados, e obter êxito nas ações”. Portanto, é importante cuidar do aspecto afetivo das crianças entre família e escola diante do processo ensino aprendizagem, sempre identificando que as crianças são seres singulares em todas as suas maneiras, assim como também em seu desenvolvimento cognitivo e afetivo, demonstrando esse
desenvolvimento em cada fase de seu crescimento. Destarte, Wallon apresenta a afetividade em três tipos de manifestações: por meio da emoção, do sentimento e da paixão. Essas manifestações surgem durante toda a vida do indivíduo, mas, assim como acontece no pensamento infantil, apresenta uma evolução, que caminha do sincrético para o diferencial. Por isso ensinar, requer normas e regras de comportamento entre as crianças para que possa ter uma boa aquisição do desenvolvimento cognitivo e afetivo que cada criança adquire tanto no contexto educacional quanto familiar.
Vale ressaltar, que a família geralmente não tem consciência da influencia que ela causa na formação integral de uma criança, assim se faz essencial abrirmos espaço entre a família e a escola, para que possa fazer uma reflexão sobre a influencia da família na educação e principalmente no desenvolvimento psicológico das crianças. Lino (2009) considera a família como uma instituição responsável pelos afetos, sentimentos e amor, uma construção social, um espaço necessário para garantir a sobrevivência, o desenvolvimento e a proteção integral dos demais membros da família, independentemente do arranjo e das formas de estruturação. Desse modo, Barbosa, (2011) afirma:
A criança, com medo de perder o amor do outro, acaba se deixando de lado, agindo como o outro quer que ela seja, não sendo ela mesma. Ao não ser confirmada, a criança adoece, não desenvolve autoconfiança, dificultando seu contato com o mundo, e se cristaliza em uma única forma de ser por meio do sintoma (BARBOSA, 2011).
Diante da questão em discussão podemos perceber o quanto o papel da família é importante para o desenvolvimento infantil, proporcionando a diferenciação do outro, a individualidade do ser humano, demonstrando a independência e a autonomia, mantenho a harmonia, a conexão entre família e escola. Assim sendo possível uma definição de criança saudável, respeitando os limites de seus pensamentos e acolhendo e negociando suas diferenças. Para isso, é papel da família ajudar a criança a encontrar maneiras satisfatórias e mais adequadas para se expressa-la. E confirmar algo não é meramente elogiar por elogiar, e sim saber reconhecer o justo daquilo que a criança pode ser naquele instante, mesmo que seja apontando todo o seu potencial de vir a ser outro momento.
CAPÍTULO II: O PAPEL DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO INFANITL NA FORMAÇÃO DA CRIANÇA
As práticas desenvolvidas na formação da criança de zero a três anos, diante do contesto das creches são múltiplas influencia nas relações humanas, assim, (BARRETO, 2003) destaca diversos aspectos interligados, assim como:
[...] os princípios e valores constituídos em uma esfera cultural, no interior das famílias e das comunidades locais; os movimentos sociais que fortaleceram esta instituição como um local de referência para mulheres trabalhadoras e seus filhos; e, ainda, as contribuições de estudiosos e pesquisadores, que definem tendências teóricas que irão contribuir para a construção dos modelos educacionais adotados.
Contudo, a creche tem diferentes funções no contexto tanto escolar como no contexto da sociedade, com vários recursos que beneficia a mãe trabalhadora, tem função de instrumento social para prevenir o fracasso escolar das crianças mais pobres, ou ainda como uma instancia educativa, buscando sempre contribuir para uma sociedade mais justa com exercício de cidadania em prol da educação infantil. Então, do ponto de vista educacional dentro da educação infantil, não existe sentido em se falar de comportamento ou cognição sem se referir a afetividade, a família e a criança dentro do processo ensino aprendizagem nas creches, com sentimentos de educadores e que deve ser levado em consideração, tanto pelo fato de que a criança é um ser que pensa, sente e age de maneira integral. Para Garcia (2001), o ambiente escolar tem:
O ambiente tem um impacto poderoso na criação das crianças, isso implica na forma como elas vão se socializando e adquirindo conhecimento. Em cada fase do relacionamento entre crianças e família, observa - se muitas características de prazer e de dificuldade que geram comportamentos desorganizados.
Nesse período onde ocorrem as mudanças durante a infância, o desenvolvimento de aprendizagem da criança é amplo e acelerado mais do que qualquer outro momento que venha ocorrer no futuro. A criança na educação infantil na creche corresponde o período dos anos pré-escolares. Nesse período, segundo Rocha et al (2011), as habilidades motoras e mentais da criança, assim como sua aparência muda rapidamente, e sua personalidade tornam-se mais complexa. Como também os aspectos do desenvolvimento físicos, cognitivos e psicossociais continuam interligados. Dessa forma, a criança na medica que seus músculos passam a ter
controle mais consistente, podem atender mais suas necessidade pessoais, assim como a higiene, o vestir-se, ganhando assim, mais senso de competência e independência.
Chalita (2004, p. 72) descreve que:
O ato de educar é tão nobre quanto complexo. Muito mais do que um modo de transmitir conhecimento, ele prepara o ser humano para a vida, para a autonomia, para a felicidade. Há diversas formas de ensinar, mas o ato de educar só se dá com afeto, só se completa com amor.
E assim o autor mencionado reflete o pensamento que demonstra a extrema importância da relação família e escola, demonstrando que através do afeto existe o amor pelo ato de ensinar, além disso, é visível que a afetividade no ambiente escolar através das famílias que o educar começa a deslumbrar sua forma, pois foi de casa, através de seus pais, que a criança trouxe suas primeiras formas de amor, de afeto e de carinho. Dessa forma, o primeiro contato da criança com a família e só depois, na escola com o professor, que promovem juntos uma estabilidade emocional, real e significativa para a criança, sendo capaz de inseri-la em um ambiente de construção e formação cognitiva e pessoal.
A creche deve proporcionar um espaço alegre, acolhedor, de reflexão que aproxime a criança do educador como um todo, contribuindo para o desenvolvimentode uma consciência crítica e transformadora. Esse processo não deixa de associar-se a afetividade, a qual é retratada pelos conteúdos em que estão inseridos os Parâmetros Curriculares Nacionais, onde defendem que alguns princípios que deveriam orientar a educação escolar, como dignidade da pessoa humana, o que implica respeito aos direitos humanos, a igualdades de direitos, a participação como princípio democrático e a corresponsabilidade pela vida social. Assim afirma os PCN, (1997):
Eleger a cidadania como eixo vertebrador da educação escolar implica colocar-se explicitamente contra valores e práticas sociais que desrespeitem aqueles princípios, comprometendo-se com as perspectivas e decisões que as favoreçam. Isso se refere a valores, mas também a conhecimentos que permitem desenvolver as capacidades necessárias para a participação social efetiva. (1997, p.25).
Dessa forma, os Parâmetros Curriculares Nacionais retratam a importância de o ensino na educação infantil seja trabalhado para assegurar a formação do individuo, comtemplando os temas morais, respeito mútuo, o diálogo e a solidariedade, fazendo com que a criança seja capaz de respeitar desde cedo as diferentes formas de expressão e comportamentos, expondo seus pensamentos e opiniões a ser entendido.
5.1 A força e a importância do vínculo entre professor e aluno nos primeiros anos de vida.
A criança quando chega à creche ela adquire seu primeiro vinculo com o educador e só depois com as outras crianças. Nesse momento do ingresso da criança na creche e os vínculos inicias, inicia-se uma relação afetiva que a criança levará para sempre. Seja no aspecto positivo ou negativo, são memórias vivas que elas carregam. Portanto é importante mencionar que esse vinculo não significa bajular, dar beijos ou passar a mão n cabeça no sentido de superproteger, mas sim de faze-la sentir-se segura, valorizada e acolhida no ambiente escolar.
É fácil identificar se há vinculo entre a criança e seu educador, assim a proximidade é o maior sinal de que o individuo está bem na escola, tem estímulo de está ali todos os dias, quer e pede aos pais pra que chegue logo o horário pra voltar à escola. A importância do retrato do professor para a criança representa nela uma proporção enorme em diversos aspectos, e a sua falta pode comprometer seu desenvolvimento infantil na mesma proporção. Nesse caso, a criança pode se conter e deixar de desenvolver suas atividades e habilidades, se tem uma duvida, não vai perguntar, possivelmente terá baixa interação com as outras crianças e ficar recuada do grupo, sua autoestima poderá ser comprometida e a criatividade afetada por medo de se expor, e os bebes poderão ter aspectos motores prejudicados, tanto no desenho, na escrita, no correr, pular e na coordenação fina. Tudo isso é reflexo quando não existe vínculo entre a criança e o educador, comprometendo assim toda sua estrutura do desenvolvimento infantil. Dessa forma, objetivo da educação de uma criança propõe a formação do coração, do juízo e do espírito.
Segundo Cerizara (1990, p.82), Rousseau pensava a infância como um período necessário à formação do homem. Era preciso observar atentamente o aluno antes de dirigir-lhes a palavra, não exercendo coerção sobre ele. Pois, assim como cada etapa do desenvolvimento do homem requer uma educação particular, também é preciso levar em conta as diferenças de temperamento de cada criança.
O professor da educação infantil necessita ser um bom observador, com instrumentos indispensáveis para o seu bom trabalho, conhecendo as particularidades do seu aluno, tendo afinidade com ele, demonstrando confiança e tenho por finalidade a
educação segundo a sua idade e seu caráter, ao passo que o educador deve conhecer as características gerais da infância e as peculiaridades de cada criança.
Cerizara ressalta:
Como a proposta da educação rousseauniana pauta-se por uma relação contratual entre a criança e o governante, ela pressupõe igualdade de direitos e deveres, embora distintos entre cada um. Pressupõe, principalmente, a garantia de respeito mútuo, do direito ao erro e do dever de reparação. Nada é predeterminado, tudo é construído numa tentativa pedagógica de harmonizar a especificidade da criança com as influências do meio, com as generalidades do desenvolvimento humano (1990, p.108).
A autora ressalta que a educação deve ser para a criança uma forma de construir sua personalidade, para ensinar a enfrentar a realidade, de modo a fazer uso tanto da razão quanto do sentimento, conhecendo a si próprio e a seus semelhantes, ou seja, a influencia mais importante no processo escolar é exercido pelo professor, então é preciso que ele compreenda a origem do desenvolvimento emocional e o comportamento da criança em todas as suas manifestações.
Quanto a isso, Souza (1970) entende que:
Para que haja um desenvolvimento harmonioso é importante satisfazer a necessidade fundamental da criança que é o amor. (...) O professor, na sua responsabilidade e no seu conhecimento da importância de sua atuação, pode produzir modificações no comportamento infantil, transformando as condições negativas através das experiências positivas que pode proporcionar. Estabelecerá, assim, de forma correta, o se relacionamento com a criança, levando-a a vencer suas dificuldades. (p. 10-11)
Nesse sentido, (CAPELATO, p.14) ressalta sobre “os momentos de afetividade vividos na escola que são fundamentais para a formação da personalidade sadia e capaz de aprender”. A escola não deve ser só um lugar onde aconteça a aprendizagem intelectual, mas necessita ser um ambiente no qual se fale de amizade, da importância do amor entre os grupos e das questões afetivas, mesmo sendo crianças de pouca idade, nessa fase elas tem uma boa percepção e já identifica tudo da forma como se é aplicado a ela. No período na educação infantil, a criança está moldando sua essência, criando em si sua personalidade, portanto, a importância de adquirir vinculo entre professor e aluno, onde a escola e seu colegas de classe sejam capazes de construir suas relações intelectual.
CAPÍTULO III: O USO DO MATERIAL PEDAGÓGICO NA INSTITUIÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANITL:
Dallabona e Mendes (2004, p.107) reafirmam estes pontos de vistas sobre o desenvolvimento do material didático e o ludico:
O lúdico permite um desenvolvimento global e uma visão de mundo mais real. Por meio das descobertas e da criatividade, a criança pode se expressar, analisar, criticar e transformar a realidade. Se bem aplicada e compreendida, a educação lúdica poderá contribuir para a melhoria do ensino, quer na qualificação ou formação crítica do educando, quer redefinir valores e para melhorar o relacionamento das pessoas na sociedade.
Portanto, a instituição infantil tem bastante influencia para o desenvolvimento e crescimento das crianças, visto que, nesse ambiente ela passa maior parte de seu tempo, tem contato com outras crianças. É nesse instante que se deve proporcionar conforto de diferentes ideias, aprendizagem sendo construída no educar e brincar, pois é neste local que possui as diferentes raças, religiões, crenças, entre outros, e aí vai ser repassado a as crianças os valores e princípios que ela deve respeitar.
No período da educação infantil, a criança tem varias formas de brincar, e suas brincadeiras voltam-se muitas vezes para o teatro, desenho, representação de histórias e o faz de conta. Sempre respeitando tudo o que ela observa, desenvolvendo a fala. Elas possuem uma maior concentração e não desistem fácil das brincadeiras, sempre demonstrando mais persistência. Segundo Lima (1992, p.22): “Embora se fale muito da espontaneidade da criança, a complexidade do brincar de faz de conta depende, na verdade, das experiências pelas quais ela passa que enriquecem seu repertório e nutrem seu imaginário”. Segundo Lima (1992, p.29):
É importante que a ação do educador se oriente no sentido de ampliar o repertório das crianças, não só do ponto de vista lingüístico, como também do cultural. Cabe ao educador alimentaro imaginário infantil, de forma que as atividades das crianças se enriqueçam, tornando-se mais complexas (pelas ações que se vão estabelecendo).
Nesse contexto, é importante que a criança durante a permanência na instituição de ensino possa ter disponível tudo o que ela precisa, pois assim ela terá possibilidades de escola e produção. E neste momento o brincar vai além da imaginação, pois se tornam pessoas, objetos e animais.
6.1 Organizações da rotina e do espaço na educação infantil
Toda instituição de ensino possui uma rotina, e principalmente a instituição infantil dever ter um espaço físico adequado e possuir sua rotina diária, ou seja, hora da acolhida, do lanche, da higiene, do soninho, das atividades e das brincadeiras. Dessa forma, a importância do projeto pedagógico na escola que seja desenvolvido de acordo com as necessidades das crianças e com a concepção da aprendizagem, articulando na criança sempre o educar e cuidar no ambiente de ensino. Segundo Criciúma (2008, p.41): “Desta forma, o respeito às diferenças é fundamental para se garantir uma educação de qualidade para todos”. Neste contexto pode-se entender que a rotina é uma estrutura que de acordo com a cultura da criança, a rotina pode ser inserida e não como um ato mecânico. Segundo Proença (2010) rotina estruturante é como uma “âncora do dia a dia, capaz de estruturar o cotidiano por representar para a criança e para os professores uma fonte de segurança e de previsão do que vai acontecer.” Destarte a autora que, a rotina estruturante organiza e orienta o cotidiano das crianças na instituição de ensino, diminuindo a ansiedade do desconhecido, envolvem prioridades, opções e aperfeiçoa o tempo em diversas formas de aprendizagens pedagógicas. Assim, cabe ao professor da educação infantil se alicerçar para poder prosseguir com um bom projeto pedagógico.
Assim continua Proença (2010):
É um exercício disciplinar a construção da rotina do grupo, que envolve prioridades, opções, adequações às necessidades e dosagem das atividades. A associação da palavra âncora ao conceito de rotina pretende representar a base sobre a qual o professor se alicerça para poder prosseguir com o trabalho pedagógico. (PROENÇA, 2010)
Vale ressaltar que a organização da rotina seja contextualizada e com preferencia nas necessidades das crianças, sempre associando sua capacidade de desenvolvimento, para que seja mais segura e confiante no tempo em que permanece dentro da instituição infantil, a professora deve usufruir ao máximo de tudo que a escola possui para tornar a rotina da criança um espaço lúdico e mais prazeroso. Segundo afirma Barbosa (2007, p.144):
As rotinas podem variar sua duração no tempo, isto é, sua periodicidade. Existem rotinas nas instituições educativas que são anuais, como as datas comemorativas, o período inicial da adaptação, os períodos de entrega de avaliações, as férias, etc. Além dessas atividades anuais, podem ser encontradas atividades que acontecem de acordo com as estações do ano, como o uso da piscina, os horários de uso do pátio, a aprendizagem de canções e os conteúdos sociais que variam durante o ano.
O planejamento da rotina deve sempre ser bem flexível para que possa suprir a carência do aluno, e que todas as crianças de todas as idades participem dessa rotina dentro da educação infantil, construindo sua autonomia, sua autoestima e sua capacidade de superar os problemas que virão no dia a dia. Além de que, todos os ambientes devem ser explorados pelos professores, ampliando o conhecimento das crianças, organizando uma rotina em um bom espaço, que seja trabalhado em um ambiente calmo, tranquilo e cheio de alegria.
Segundo Lima (1989, p.13, apud BARBOSA, 2007, p. 121):
O espaço é o elemento material pelo qual a criança experimenta o calor, o frio, a luz, a cor, o som e, em uma medida, a segurança. […] é em um espaço físico que a criança estabelece a relação com o mundo e com as pessoas; e, ao fazê-lo, esse espaço material se qualifica.
Por isso é importante toda instituição de educação infantil ter um espaço que esteja interligado a rotina, pois dependendo da ação pedagógica da professora, ela poderá transformar um único espaço em varias situações de aprendizagem. No entanto, é nesse espaço que a criança permanecerá em todo o momento dentro da instituição infantil, e por este motivo deve ser bem estruturado para melhor auxiliar no desenvolvimento da autonomia dessa criança.
6.2 Experiências / práticas pedagógicas com criança no ambiente escolar (creche).
Como pedagoga tenho uma vivencia muito forte em relação às práticas pedagógicas com a criança e o ambiente escolar. Essas práticas pedagógicas deve contem além de uma boa metodologia, que seja lúdica e interessante de acordo com a idade da criança, para que ela possa desenvolver em suas atividades bons resultados.
É necessário que o professor da educação infantil seja enfatizador e metódico em relação as sua praticas pedagógicas do dia a dia, sendo revista constantemente sua prática pedagógica, orientando com vistas a superar a reprodução e a valorização crítica e criativa do saber. É importante primeiramente que a pratica pedagógica tenha uma analise entre a relação professor e aluno, pois ambos são coautores do processo ensino- aprendizagem.
Diante da minha experiência com turma de infantil, a inserção de projetos educacionais no interior do ensino da educação infantil, dinamiza o ambiente de ensino e toma possível uma maior interação da criança com a realidade da educação infantil. Na nossa realidade, vale observar que os professores trabalham de forma diferenciada,
pois, encontram-se inúmeras posturas pedagógicas na sala do infantil. Eu como professora do infantil utilizo nas aulas leitura de textos do livro didático através de exposição (fazendo explicações detalhadas) do conteúdo em questão, eu tento relacionar com os acontecimentos ocorridos na atualidade, assim vejo que a criança consegue aprender um conhecimento mais estimulante, um saber questionado e debatido por eles mesmos, isto deixa oportunizar a mim educadora infantil que a criança consiga, não somente aprender um conhecimento, mais de questiona-lo e, sobretudo favorece o aspecto critico, o que dessa forma, oportunizará um espaço favorável para a produção de conhecimento por parte da criança.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A finalidade deste estudo foi refletir sobre a importância da influencia da afetividade no processo de ensino aprendizagem com crianças da educação infantil. Partindo do pressuposto de que a presença do afeto no cenário pedagógico infantil implica em um bom desenvolvimento psíquico, motor e cognitivo na criança.
Contextualizamos experiências em um ambiente escolar com a finalidade de destacar nas praticas pedagógicos momentos propícios à afetividade, e os impactos que esta pode causar nos processos de ensinar e aprender.
É necessário que cada criança seja vista e tratada como pessoa única, respeitada na sua singularidade, nas suas aptidões, e também em suas limitações, tendo seu ritmo e limites respeitados. E assim, sendo tratada com afeto e carinho no ambiente escolar, estabelecendo vínculos afetivos com todos aqueles que lhe cercam, sente-se segura, confiante e autônomo. E através dessa autonomia que a criança poderá desenvolver-se de forma positiva, com autoestima e capaz de aprender e se relacionar-se.
Assim fica notório que não pode existir educação sem amor, porque o amor, a afetividade são características que completam e contribuem na formação e construção do ser humano, sendo uma ferramenta auxiliadora nos aspectos cognitivos da aprendizagem. O professor é mediador do conhecimento, e seu desempenho terá mais resultados se o mesmo estiver estratégias e recursos que possibilitem envolver laços afetivos com seus alunos. Assim, o comprometimento diante do desenvolvimento da criança ocorre devido a uma serie de fatores, e uma delas e mais importante é a atual situação em que as famílias se encontram, com pouca estrutura, pouco tempo para se dedicarem afetivamente aos filhos, dessaforma, atribui à escola a grande tarefa de educar e cuidar de suas crianças, quanto seria tarefa da família fazer isso. A escola tem a função de ensinar, educar e estimular o desenvolvimento da criança e não pode assim cair sobre ela toda carga.
Podemos concluir afirmando que a afetividade é fator importantíssimo quando está inserido na aprendizagem da criança, visa um bom desenvolvimento da aprendizagem mais aprofundado, trabalhando características pedagógicas afetivas. Porque afetividade e inteligência estão interligadas e fazem parte da construção psíquica da criança.
Contudo a afetividade não se limita apenas a escola, ela deve se está presente no ambiente familiar através da construção e educação dos filhos. Esperamos que com o auxílio deste trabalho professores, educadores possam refletir e até se conscientizar do quanto é necessário ter manifestações de afeto na criação, educação e formação de uma criança, e que a ausência deste afeto, poderá causar sérios transtornos psíquicos e tais transtornos poderão refletir negativamente no contexto psicológico, para o resto da vida de uma criança.
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