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Guia Prático de Introdução Alimentar PDF

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Guia Prático de 
Introdução Alimentar 
 
 
 
Orientações para uma alimentação saudável do 
início até um ano de idade. 
 
 
 
 
 
 
 Apresentação. 
 
 
Sou Alessandra Pereira da Cunha Guimarães, nutricionista, mãe 
da Laiz e do Matheus. 
 
Formada pela Universidade Veiga de Almeida no Rio de Janeiro 
desde 2009. 
 
 Trabalhei em ambulatórios e consultórios recebendo pacientes de 
diversas idades, inclusive gestantes, mães de primeira viagem e 
crianças com dificuldades para se se alimentar e com restrições 
alimentares. 
 
Em gastronomia, minha experiência profissional é de atendimento 
às diversas idades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sobre este Material. 
 
 
Este e-book foi realizado pensando nos pais e cuidadores, que 
buscam aprender e que sejam determinados em ajudar os bebês 
até 1 ano a começarem suas vidinhas com uma alimentação correta 
e saudável, para que no futuro possam manter bons hábitos 
alimentares. 
 
O material foi elaborado de forma prática, com linguagem simples e 
direta sobre a importância do leite materno e passos para introduzir 
uma alimentação saudável, respondendo às dúvidas mais comuns, 
inclusive para quem não sabe cozinhar. 
 
Lembrando que esta obra não substitui uma consulta com 
profissional de saúde, a dedico especialmente para mamães e 
papais de primeira viagem e famílias que devido à obrigação do 
trabalho contam com uma rede de apoio, mas que ainda assim se 
preocupam em fazer o melhor para o seus filhos. 
 
Com Carinho, 
 
Alessandra : ) 
 
 
NESTE E-BOOK VOCÊ VAI ENCONTRAR: 
 
 
1. Importância do Aleitamento Materno. 
 
2. Leite materno X leite de vaca. 
 
3. Higiene na manipulação. 
 
4. Com quantos meses meu bebê deve começar a comer? 
 
5. Papinha de que? 
 
6. Alimentação Vegana. 
 
7. Primeiros passos para começar a comer. 
 
8. Consistência e quantidade das papinhas. 
 
9. Comidinha fresca, refrigerada ou congelada? 
 
10. Temperos. 
 
11. Superalimentos 
 
12. Alimentos Perigosos. 
 
13. Sucos, chás e água. 
 
14. Conselhos Finais. 
 
15. Referências 
 
 
 
Importância do Aleitamento Materno. 
 
Sou suspeita quando defendo a amamentação, pois em minha 
opinião é um dos maiores prazeres da maternidade. O vínculo 
entre mãe e filho se estende após o nascimento, onde antes o 
bebê que era alimentado no útero da mãe, passa a receber amor e 
nutrientes após seu nascimento pela mesma provedora. 
 
O Ministério da Saúde (MS) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) 
recomendam que o leite da mãe deve ser o alimento exclusivo do bebê nos 
primeiros 6 meses de vida, pois é a melhor maneira de garantir os nutrientes 
necessários aos recém-nascidos até os 6 meses de idade. Depois disso, o 
ideal é continuar com esse hábito, mas com a adição de alimentos 
complementares até a criança completar dois anos ou mais. 
 
O Leite materno é o alimento ideal para os bebês, pois a sua composição é 
adequada para suprir às necessidades, considerando a imaturidade do sistema 
digestório, contendo a quantidade certa de proteínas, carboidratos, gorduras, 
vitaminas, minerais, água, e componentes anti-infecciosos. Por isso, de acordo 
com pesquisas o aleitamento materno reduz em 13% a mortalidade até os 
cinco anos, evita diarreia e infecções respiratórias, diminui o risco de alergias, 
diabetes, colesterol alto e hipertensão, leva a uma melhor nutrição, reduz a 
chance de obesidade e contribui para o desenvolvimento da cavidade bucal do 
bebê. 
 
Muitos estudos mostram que o bebê que é amamentado acaba 
apresentando maior escolaridade, o que revela a importância da 
amamentação no desenvolvimento intelectual, se estendendo ao 
decorrer do crescimento da criança. 
O leite materno, além de nutritivo e completo, é de mais fácil digestão do que o 
leite artificial. Ele é suficiente para alimentar o bebê até os 6 meses de idade, 
não sendo recomendado a ingestão de outros líquidos como chás, água, sucos 
e leite de vaca; não se recomenda também mamadeiras e chupetas para evitar 
o desmame precoce. 
 
Não existe leite fraco, todo leite materno é suficiente para alimentar 
seu recém-nascido, sendo que é normal que o bebê recém-nascido 
mame de 8 a 12 vezes por dia. Algumas mães se sentem inseguras 
e acham que seu filho não está bem alimentado porque pede mais leite, mas a 
digestão do leite (até por ser um líquido) é rápida e o espaço de tempo entre as 
mamadas é curto mesmo. Claro que algumas mães possuem mamas maiores 
que armazenam maior quantidade, em comparação a outras que armazenam 
menos quantidade de leite. 
 
O que chamamos de “livre demanda” é que o próprio bebê vai 
coordenar sua necessidade, é importante que ele mame sempre que quiser, e 
que as duas mamas sejam esvaziadas ao máximo a cada vez. Assim quem 
acha que produz pouco leite produzirá mais, pois as mamadas frequentes 
estimulam os hormônios na produção de mais leite. 
 
É importante que a mãe tenha uma alimentação balanceada, suficiente em 
calorias, com boa ingestão de água e possa contar com a ajuda de familiares 
para estar bem descansada. Pois a má alimentação, a desidratação, o cansaço 
e stress da mãe podem afetar a produção leite e prejudicar o convívio com seu 
filho, tornando o aleitamento uma tarefa pesada e estressante. 
 
O ato da amamentação é perfeito para aliviar o stress do bebê, 
proporcionando conforto no contato físico com a mãe. O esforço 
que o bebê faz para sugar o leite fortalece os pulmões auxiliando 
esse desenvolvimento, além de contribuir para o desenvolvimento 
dos ossos e musculatura da face e do crânio e formação da arcada dentária, 
fazendo que futuros dentes se encaixem perfeitamente na mordida. 
 
As cólicas também são evitadas com a sucção feita direto no peito da mãe e 
não por mamadeira, evitando que o bebê engula o ar. Outro benefício contra a 
cólica é que as proteínas do leite materno são de fácil digestão para o bebê, 
prevenindo a fermentação e produção de gases. Por isso quando a mamãe 
precisar sair, ou voltar a trabalhar, deve retirar uma quantidade de leite com a 
bombinha para o bebê poder beber através de copinho apropriado. Não deve 
usar mamadeira que causa cólicas e torna o bebê preguiçoso para 
mamar novamente no peito da mãe quando ela estiver com ele, 
provocando o desmame precoce. Pelo mesmo motivo chupetas 
também não são recomendadas. 
 
Mas não é só o bebê que recebe benefícios com a amamentação, a mãe 
também! No pós-parto, a amamentação contribui com a contração uterina, 
fazendo o útero voltar rapidamente ao tamanho normal, além de diminuir os 
riscos de câncer de mama e também contribuir para o emagrecimento, 
ajudando a voltar ao peso e forma antes da gravidez ou até mais ideal. 
 
 
 
 
Leite Materno X Leite de vaca. 
 
A composição nutricional do leite de vaca 
é completamente diferente do leite 
humano, por isso é perigoso oferecer 
leite de vaca nos primeiros meses para o 
bebê. O leite de vaca atende às 
necessidades de um único tipo de bebê: 
o bezerro. 
Quando há impossibilidade da mãe 
produzir o leite para o seu bebê, o 
profissional de saúde recomenda um 
leite modificado que de maneira artificial 
tende a se equivaler em termos de 
quantidade de nutrientes ao leite humano 
para suprir as necessidades do bebê. 
Mas nenhuma indústria alimentícia 
consegue reproduzir com precisão a 
qualidade do leite humano. 
 
 Lembrando que já conhecemos os benefícios da amamentação, não 
só pela composição do leite, mas também pelo ato da amamentação 
em si, pelo contatocom a mãe e pelo esforço que o bebê faz para 
sugar. O leite artificial somente é recomendado por orientação de um 
profissional de saúde e na impossibilidade de produção de leite da 
mãe ou não conseguir acessar um banco de leite humano. 
Em termos de nutrientes, podemos falar de proteínas, carboidratos, 
gorduras, vitaminas, minerais e água. Também são importantes para 
o recém-nascido as propriedades anti-infecciosas, e fatores de 
crescimento que estão no leite. 
 
O leite de vaca contém muito mais proteína do que o leite 
humano, por ter mais caseína (cerca de 80%do leite, 
enquanto o humano são 40%), formando um coágulo de 
difícil digestão no estômago do bebê. O leite de vaca 
contém uma outra proteína chamada Beta-lactoglobulina 
que não existe no humano, sendo que o bebê não possui 
enzimas capazes de digerir essa proteína, fazendo que se 
torne extremamente alergênica. 
 
 
O leite de vaca possui pouco carboidrato, e em relação ao leite 
humano e sua gordura é insuficiente e não possui a qualidade das 
gorduras do leite humano, por isso não fornece energia adequada 
para o bebê. Não existe no leite de vaca Oligossacarídeos Prebióticos 
que promovem o desenvolvimento do sistema imunológico do recém-
nascido, enquanto no leite humano esse componente é abundante. 
E mais, o leite de vaca pode causar pequena perda de sangue 
gastrointestinal, maior incidência de refluxo, gases e cólicas, 
deficiência de ferro e cobre (anemias), zinco, ácido fólico e ômega 3, ômega 6 
e vitamina E, causando prejuízos ao desenvolvimento neurológico e intelectual 
do lactente. 
 
Seu consumo aumenta o risco deficiência de cálcio (prejuízos para ossos e 
crescimento), possui também alta carga de sódio e potássio causando 
sobrecarga renal, entre outros males. 
Como não possui as imunoglobulinas que estão presentes no leite humano, 
seu consumo causa baixa imunidade, e devido às proteínas inadequadas para 
o bebê, também promove diarreia, alergias e doenças respiratórias. 
 
O leite humano é completo para o bebê, inclusive para fazer uma 
perfeita hidratação, dispensando a ingestão de água quando o 
aleitamento é exclusivo, enquanto o leite de vaca possui nutrientes 
adequados apenas para os bezerros. Portanto, não ofereça leite de 
vaca e seus derivados às crianças menores de 1 ano. 
 
Veja a tabela comparativa: 
 
Diferenças entre leite Humano, Artificial e de vaca. 
 Leite humano Leite Artificial Leite de Vaca 
Proteínas Quantidade 
adequada e de fácil 
digestão 
Parcialmente 
modificado 
Excesso, difícil 
digerir. 
Lipídeos Suficiente em ácidos 
graxos essenciais, 
lipase para digerir. 
Insuficiente em 
ácidos graxos 
essenciais, sem 
lipase para digerir. 
Insuficiente em 
ácidos graxos 
essenciais, sem 
lipase para digerir. 
Vitaminas Suficientes Vitaminas 
adicionadas 
Deficiente de 
Vitamina A e C 
Minerais Suficientes Parcialmente correto Excesso 
Ferro Presente, boa 
absorção. 
Presente, má 
absorção. 
Presente, má 
absorção. 
Água Suficiente Pode precisar de 
mais 
Precisa de mais 
devido a minerais em 
desequilíbrio 
Propriedades anti-
infecciosas. 
Ótimas Ausentes Ausentes 
Fatores de 
Crescimento 
Ótimos Ausentes Ausentes 
Fonte: OMS 
 
 
Higiene na manipulação. 
 
Um perigo enorme é o bebê receber uma contaminação por falta de higiene 
das papinhas e utensílios, por isso não poderia deixar de falar sobre a 
higienização. Nessa fase o risco de mortalidade por doenças infecciosas se 
dão pela falta de higienização adequada. 
Utensílios do lactente, assim como frutas e verduras devem ser lavadas em 
água corrente e deixadas de molho por 15 minutos com hipoclorito de sódio. 
Esses alimentos apresentam, também, o risco de contaminação por 
agrotóxicos. 
 
O local de preparo das papinhas deve ser limpo, e a quantidade de 
preparações ser em pequena quantidade, de preferência para apenas uma 
refeição. Mas uma ferramenta que pode ser usada, principalmente para pais 
que trabalham fora é congelar as papinhas ou guardá-las na geladeira em 
potes limpos e vedados. 
Já a água para beber deve ser filtrada ou, se necessário, fervida. Veja outras 
medidas de higiene a seguir: 
 
Sempre lave bem suas mãos antes de preparar as refeições e depois de tocar 
em carne, frango ou ovo crus. 
Lave as mãos da criança e a ensine a lavá-las após tocar em animais de 
estimação, ir ao banheiro ou antes de comer. 
 Mantenha as superfícies limpas e os animais de estimação longe das 
superfícies onde a comida é preparada. 
Lave todos os utensílios usados para alimentar o bebê com água corrente e 
sabão. 
 Cozinhe bem todos os alimentos e deixe-os esfriar até uma temperatura 
morna antes de dar para o bebê. 
 Não guarde alimentos que o seu filho comeu pela metade. 
Congele a comida o mais rápido possível, idealmente uma ou duas horas após 
o preparo. Os alimentos armazenados na geladeira devem ser consumidos em 
no máximo 2 dias. 
 Sempre fique com o seu filho enquanto estiver comendo, para evitar que 
engasgue com a comida. 
Com quantos meses meu bebê deve começar a comer? 
 
Com a circunstância de muitas mães terem que voltar ao 
trabalho após o término da licença maternidade aos 4 meses, 
infelizmente alguns bebês começam a se alimentar antes da recomendação de 
introduzir a alimentação aos 6 meses. 
 
Mas existem causas científicas que enfatizam a importância de esperar até 6 
meses, devido ao próprio desenvolvimento fisiológico da criança. 
 
Como nos primeiros 4 meses o bebê tem o reflexo natural de empurrar com a 
língua, como forma de se proteger de engasgos, entre 5 a 6 meses esse 
reflexo diminui gradualmente, sendo possível oferecer um sólido sem que os 
expulse. Não só a língua, mas também seu estômago e intestinos, não estão 
preparados para receber e digerir sólidos. 
 
 Antes de 6 meses o bebê ainda não tem um bom mecanismo de engolir 
sólidos, pois não tem controle na mastigação e devido à propulsão da língua 
tende a expulsar algo que estiver flutuando na 
boca. A língua antes dos 6 meses está capacitada 
para sugar, mas a habilidade de levar a comida do 
começo da boca para o fundo com a mastigação é 
desenvolvida aos 6 meses. 
 
Por volta de 6 a 7 meses os intestinos do bebê se 
tornam maduros suficientes para selecionar alguns 
agentes na alimentação que podem causar 
alergia, antes desse período os intestinos ainda não conseguiam filtrar 
substâncias perigosas devido ao seu revestimento que ainda não estava 
completamente fechado. Caso na família do bebê haja um histórico de alergias, 
não respeitando a idade certa para introdução de alimentos, o bebê poderá 
desenvolver alergias que poderiam ter sido evitadas. 
 
É preciso que o bebê consiga se sentar. Se for segurado no colo para receber 
a papinha não vai diferenciar do momento em que é amamentado ou toma leite 
artificial e pode expulsar o alimento. Esse desenvolvimento de se sentar se dá 
por volta de 5 a 7 meses. 
É importante ter uma cadeira apropriada para esse momento e que desde cedo 
seja um momento agradável e sempre que possível junto à família. O bebê 
tende a imitar os pais, irmãos e familiares, por isso se a família tem uma 
alimentação saudável com legumes, frutas e etc, será mais fácil que ele 
também aprecie. No aprendizado de levar o talher à boca e pegar cada 
alimento ele aprende pela observação, e claro, também por instinto. 
 
 
 
Papinha de quê? 
 
Ao escolher as frutas e vegetais para seu bebê, dê preferência aos orgânicos, 
livres de agrotóxicos. 
Podemos classificar as papinhas inicialmente por “doces” ou “salgadas”. 
As papinhas doces não devem conter nada de açúcar e similares para conduzir 
sabor doce antes de 1 ano. Então as papinhas doces só precisam conter um 
tipo de ingrediente que fará ela ser adocicada: frutas. 
Frutas macias podem ser diretamente amassadas e frutas mais durinhas 
podem ser cozidas antes de amassar ou raspadas. O próprio cozimentointensifica o sabor adocicado das frutas. O bebê já estava acostumado com o 
sabor adocicado do leite da mãe, portanto as papinhas de frutas serão as 
primeiras a serem apreciadas pelo seu paladar. As frutas a seguir são as mais 
populares e simples de oferecer nos primeiros meses: 
➢ Banana – Pode simplesmente amassar ou cozinhar antes 
➢ Mamão - Amassado 
➢ Pera – Cozida antes de amassar ou raspada 
➢ Maçã – Cozida antes de amassar ou raspada 
 
Depois de se acostumar com essas frutas, podendo fazer 
repetições frequentes, pode introduzir novidades como abacate, melão, 
melancia, manga, goiaba, caqui, morango, etc. 
 
Frutas mais cítricas como laranja, tangerina e abacaxi devem aguardar 
conforme o bebê se acostuma com a alimentação. Ele mesmo depois estará 
levando os gomos ou pedaços à boca e sentindo o azedinho. O Abacaxi pode 
ser cozido e ser oferecido como compota, se for oferecê-lo cru observe, pois 
em alguns casos essa fruta causa aftas. 
 
No caso das papinhas salgadas, existe uma composição que reúne tipos de 
alimentos como proteínas, carboidratos em forma de cereais, tubérculos e 
vegetais verdes e coloridos, e leguminosos. Apesar do nome “salgada”, não se 
deve adicionar sal a essa papinha, pois os alimentos dela já possuem 
quantidade de sódio suficiente para os bebês até 1 ano.·. 
 
➢ Escolha 1 carboidrato, 1 ou 2 tipos de vegetal verde, 1 ou 2 tipos de 
vegetal colorido, 1 proteína e 1 leguminosa; 
➢ Selecione e higienize os itens, carnes devem ser limpas de gorduras, 
peles e nervos antes de serem cortadas e vegetais lavados antes de 
serem descascados e picados; 
➢ Tempere previamente a proteína e numa panela em fogo alto refogue ou 
faça um refogado com os temperos e acrescente a proteína; 
➢ Acrescente água proporcionando um saboroso caldo; 
➢ No caso de ovo pode ser feito separado e acrescentado ao final (nunca 
frito); 
➢ Acrescente ao caldo com a proteína em fervura os demais vegetais; 
➢ O leguminoso já cozido somente com água pode receber um refogado 
separado e ser acrescentado ao final, ou ser acrescentado sem 
tempero. Pode-se também iniciar a base do caldo com ele, 
acrescentando nele o refogado, a proteína já grelhada e os vegetais; 
➢ Deixe tudo cozinhar mais em fogo médio, até a 
consistência de todos os ingredientes estarem 
ideais. 
 
 
 
 
 
 
Carboidratos Vegetais 
verdes 
Vegetais 
coloridos 
Proteínas Leguminosas 
Arroz Espinafre Cenoura Carne 
vermelha 
Feijões (vários) 
Batata Inglesa Brócolis Tomate Frango Lentilha 
Mandioquinha Vagem Beterraba Pescado Ervilha 
Batata doce Couve Abóbora Fígado Grão de Bico 
Aipim Repolho Berinjela Ovos 
Inhame Agrião Repolho 
Roxo 
 
Macarrão Abobrinha Couve-flor 
Polenta 
(milho) 
Chuchu Nabo 
Canjiquinha 
(milho) 
Etc... 
Pepino 
 
Etc... 
Quiabo 
 
Etc... 
 
 
 
 
 
Alimentação Vegana. 
 
Melhor fase para começar uma alimentação vegana é no início da alimentação. 
Segundo a ADA (American Dietetic Association), a alimentação vegetariana é 
compatível com todas as fases da vida, além de atuar na prevenção de 
diversas doenças. 
 
Quando a família decide seguir uma alimentação sem gêneros derivados de 
animais, o bebê seguirá a mesma alimentação. Sem entrar em detalhes a 
respeito dos motivos que a família considera para levar essa alimentação, vou 
trazer aqui algumas orientações, mas elas não dispensam o acompanhamento 
nutricional por consultas a um profissional de saúde que possa monitorar o 
crescimento e desenvolvimento da criança, e poderá avaliar se a alimentação 
oferecida está correta. Esse acompanhamento deverá ser realizado com 
consultas ao pediatra e nutricionista. 
 
Para o correto desenvolvimento e crescimento saudável do bebê, é necessário 
o perfeito aporte de proteínas. As carnes e derivados de animais possuem 
proteínas completas, que chamamos de proteínas de Alto Valor Biológico. Isso 
significa que elas contem todos os aminoácidos essenciais que compõe uma 
proteína completa. 
 
Já que alguns vegetais possuem a maioria desses aminoácidos essenciais, 
mas não todos, unindo dois tipos de vegetais na mesma refeição, em que um 
completa a lista de aminoácidos do outro, com esses dois alimentos juntos 
formamos uma proteína AVB, que é tão completa quanto a de uma carne. 
 
 Então quero dizer que quando unimos, por exemplo, 
arroz que é pobre em lisina, mas é rico em metionina com 
o feijão que é pobre em metionina, mas é rico em lisina, 
temos com os dois juntos, todos os aminoácidos 
essenciais que formam uma proteína completa. 
 
Portanto, nas primeiras papinhas salgadas do bebê 
vegano, deve ter 1 alimento do grupo dos cereais (arroz, milho, aveia) 
alternando com tubérculos (batata inglesa, batata doce, inhame, mandioquinha, 
aipim) + outro do grupo das leguminosas (feijões, grão de bico, lentilha, ervilha) 
juntamente com os vegetais verdes e os vegetais coloridos. 
 
O que vai garantir a proteína completa será a refeição que contenha um cereal 
e uma leguminosa, por isso pode fixar essa combinação na papinha do almoço, 
e a combinação do grupo de tubérculos no jantar. Recomendo que o arroz com 
feijão faça parte da maioria das refeições, podendo repetir sempre essa 
combinação. 
 
Conforme o bebê se acostumará com as papinhas, pode acrescentar no grupo 
dos cereais a quinoa, e no grupo de leguminosas introduzir tofu fresco e farelo 
fino de soja misturado ao caldo do cozimento dos vegetais. 
 
Exemplo 1: 
➢ Almoço: Feijão preto, arroz, chuchu, couve-flor e abóbora. 
➢ Jantar: Ervilha, farelo de soja, Batata doce, brócolis e cenoura. 
 
Exemplo 2: 
➢ Almoço: Feijão carioquinha, flocos de quinoa, arroz, Espinafre e tomate. 
➢ Jantar: Lentilha, inhame, Vagem, repolho roxo e beterraba. 
 
Exemplo 3: 
➢ Almoço: Feijão Manteiga, quinoa cozida, abobrinha, berinjela e 
tomate. 
➢ Jantar: Tofu fresco, Batata Inglesa, couve, pepino e cenoura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Primeiros passos para começar a comer. 
 
Já sabemos que os bebês já estão acostumados com o sabor adocicado do 
leite materno, e que os primeiros alimentos que devem conhecer são as frutas. 
Como já vimos, as frutas mais básicas como banana, mamão, pera e maçã 
podem ser repetidas nos primeiros dias. Amassadinhas e pouca quantidade até 
aumentar gradualmente, conforme a aceitação. Pode repetir a 
mesma fruta por 3 dias, para poder observar alguma reação alérgica. 
 
Minha recomendação é que os bebês fiquem 1 semana comendo só 
papinha de fruta, 1 vez por dia, pra depois começar a comer a 
papinha salgada, também 1 vez por dia. 
 
Fica assim a minha sugestão de introdução alimentar aos 6 meses: 
➢ Primeira semana: livre amamentação + papa de fruta 1 X ao dia 
➢ Segunda semana: livre amamentação + papa de fruta 1 x ao dia + papa 
salgada no almoço 
➢ Terceira semana: livre amamentação + Papa de fruta 2 X ao dia + papa 
salgada no almoço e jantar 
 
Essa mesma recomendação da 3ª semana pode permanecer até os 8 meses 
de idade. Até que o bebê começa a segurar pedaços de frutas como gomos de 
laranja, pedaço de brócolis, pão, etc. e levar à própria boca. Deve-se ter 
atenção com o tamanho do alimento, que não pode ser tão pequeno que possa 
ser engolido inteiro com risco de engasgo. O tamanho do alimento deve ser 
suficiente para o bebê segurar e poder saborear e desfrutar com as gengivas e 
novos dentinhos. De qualquer forma, esse momento merece muita observação 
do cuidador. 
A partir de 8 meses o bebê já se interessa em participar 
da mesma alimentação da família, não necessitando 
então preparar as papinhas separadamente. Dessa 
idade até 12 meses a consistência de amassado deve 
gradualmente evoluir para pedaços, e os grãos podem 
ser inteiros respeitando e observando a tolerância do 
bebê. 
Com 1 ano de idade o bebê já acompanhaas refeições 
da família, desde que tenha pouco sal, sem 
condimentos fortes, aditivos industrializados, frituras, conservantes, embutidos 
(linguiça, salsicha, presunto), enlatados. 
 
 
 
 
 
Consistência e quantidade das papinhas. 
 
O bebê de 6 meses estava acostumado a receber uma única consistência de 
alimento, a líquida do leite materno. Agora ele irá experimentar uma nova 
consistência, com novos sabores. 
 
A Primeira consistência de papinha a ser oferecida será na forma de purê. 
Tanto nas papinhas de frutas iniciais como as papinhas salgadas, não se deve 
passar no liquidificador nem em peneiras e sim amassadas com garfo. O 
objetivo não é que o alimento entre facilmente e sim que o bebê tenha o prazer 
de conhecer sua própria capacidade de apreciar. Por isso nas primeiras 
semanas a quantidade não é nada importante, deve ser oferecido aos poucos, 
observando a tolerância e interesse. 
 
 Os componentes da papinha salgada podem ser cozidos na mesma panela, 
respeitando a ordem de cozimento de cada item. Começando pelas carnes, 
acrescentando água formando um saboroso caldo para cozinhar os vegetais. 
Os leguminosos podem ser previamente cozidos e depois adicionados; aquele 
mesmo feijão que foi cozido sem sal na panela de 
pressão para toda a família pode ser separado uma 
parte e acrescentado à papinha. 
 
Coloca-se a carne e os vegetais folhosos num prato e 
com garfo e faca cortar bem picadinho, para que 
fiquem como triturados, e os outros vegetais macios 
amassados com o próprio garfo. Por isso a textura do 
cozimento deve ser molinha, o arroz papinha, carnes bem cozidas e os 
vegetais também. 
No primeiro dia vai dar 1 a 4 colheres (mesmo tamanho de uma colher de 
sobremesa), sem se preocupar com a quantidade, pois nessa fase o leite ainda 
é seu principal alimento. Pode ser que o bebê aceite mais do que isso, então 
gradualmente a quantidade das papinhas será aumentada e das mamadas 
serão diminuídas. 
 
As papinhas de frutas poderão começar aos 6 meses com 40g (3 a 4 colheres 
de sobremesa) e a partir dos 7 meses evoluir pata 100 g (8 a 10 colheres de 
sobremesa) 
A capacidade gástrica do bebê é pequena, então nada de ficar empurrando 
para ele comer mais e mais. 
 
 
 
 
 
A seguir a média de quantidades de papinhas salgadas por idade: 
 
➢ 6 meses 8 colheres de sobremesa Potinho de 100g 
➢ 7 meses 14 colheres de sobremesa Potinho de 170g 
➢ 8 meses 20 colheres de sobremesa Potinho de 250g 
 
Não aconselho mais do que essas quantidades, considerando também o 
aleitamento nos intervalos, devido a uma propensão de incentivar hábitos que 
causarão obesidade para essa criança no futuro. 
Claro que cada bebê tem uma personalidade diferente, e uns possuem mais 
fome que os outros, e seus crescimentos são particulares. Por isso é 
importante que o profissional de saúde acompanhe a curva de crescimento 
(altura, peso e diâmetro de crânio) durante os primeiros meses, e sendo 
pediatra ou nutricionista poderá aconselhar as quantidades ideais. 
 
Como já vimos, após os 8 meses o bebê começará a conhecer mais alimentos 
e a textura inicial de purê evolui gradativamente para pedacinhos. Gosto de 
aconselhar uma comida úmida, com mistura de caldinhos às outras texturas. O 
cozimento dos alimentos não precisa mais ser tão intenso para ser tudo tão 
mole, podendo também permitir que o bebê tenha alguns alimentos misturados 
e outros separados. 
 
O prato deverá ser bem colorido, e o bebê de 8 a 12 meses irá identificar e 
apreciar cada sabor. 
 
 
 
 
 
Comidinha fresca, refrigerada ou congelada? 
 
Muitas mamães que trabalham fora, e além de terem que retirar 
com uma bombinha seu leite e armazená-lo para o bebê 
consumir no copo, precisam deixar as papinhas preparadas 
com antecedência para que o cuidador ofereça ao bebê. Os potinhos são 
utensílios práticos para quem tem esse tipo de rotina, então muitas mães 
utilizam os potinhos com tampa vedante já deixando as papinhas prontas. 
 
Sem dúvida uma alimentação prepara na hora confere melhores sabores, 
texturas, aparência e qualidade nutricional. Mas devido à correria do dia a dia, 
lançamos mão de meios de conservação para apresentar da melhor forma 
possível um alimento que foi previamente preparado. Esses meios de 
conservação são os potes bem vedados sob refrigeração ou sob 
congelamento. 
 
As frutas que são servidas frescas, apenas amassadas ou raspadas são 
preparadas na hora, pois as frutas sofrem escurecimento e perdem vitamina C 
em determinado tempo. Já as frutas cozidas podem ser conservadas em forma 
de compota no pote vedado em refrigeração por até 2 dias. Após abertura do 
pote, tanto a papinha de fruta quanto as salgadas devem ser conservadas em 
refrigeração e consumidas em 24 horas. 
 
As regras para a conservação das papinhas salgadas são parecidas. Claro que 
se for possível para essa mamãe preparar a papinha no dia anterior ou na 
manhã do dia que o bebê irá consumir, será uma melhor opção do que fazer 
várias papinhas para congelar, pois mesmo na refrigeração por 24 horas, a 
papinha ainda conserva os mesmos nutrientes, sabores e textura de quando foi 
feita. A validade máxima de uma papinha no pote vedado em refrigeração é de 
até 2 dias e congelada é de 1 mês. 
 
É importante que coloque etiquetas nos potes, com a data que foi feita 
(fabricação) e que se identifique quais componentes ela tem, para poder 
escolher o cardápio do dia. Ao aquecer, muito cuidado com a temperatura, 
prove um pouco sobre o pulso pra testar a temperatura que não pode ser muito 
quente, e sim morninha para servir ao bebê. 
 
Caso não seja possível produzir almoço e jantar diariamente para fornecer 
sempre uma alimentação fresca para o bebê, lançamos mão do artifício do 
congelamento. Os ingredientes que não têm bom resultado depois de 
congelados e descongelados são os alimentos crus, como por exemplo, alface 
e tomate. Mas a papinha sendo toda cozida, inclusive usando tomate e folhas 
no cozimento, tem um bom resultado após o descongelamento. 
 
 
Temperos. 
 
 
 
Os bebês apreciam os temperos tanto quanto os adultos, portanto para eles 
uma comida temperada será mais atrativa. Logo nas primeiras papinhas 
salgadas pode-se usar temperos naturais, sem exageros para não mascarar o 
sabor dos alimentos, ao invés disso deixa-los mais saborosos. As papinhas que 
chamamos de “salgadas” não necessitam de adição de sal, pois os próprios 
alimentos dela já possuem quantidades suficientes de sódio. 
 
Dois temperos básicos das papinhas são cebola e o alho. Pode intercalar as 
preparações algumas com cebola e outras com alho, ou com os dois. 
 
Outros temperos que podem ser adicionados aos poucos nas outras semanas, 
um ou dois de cada vez, são: alecrim, tomilho, louro, manjericão, alho poró, 
aipo, salsinha, cebolinha, coentro, orégano. 
 
Os refogados devem ser feitos com quantidade mínima de óleo vegetal, que 
pode ser de soja, girassol, canola, prímula ou milho. Não aconselho óleo de 
coco por causa do sabor acentuado. O azeite extra virgem deve ser 
acrescentado no final da preparação. 
 
Para conferir cor à papinha, pode-se usar cúrcuma, cury, açafrão e urucum. 
Canela pode ser acrescentada nas frutas e também em algumas preparações 
salgadas. Lembrando que a canela em pó deve ser em quantidade moderada e 
misturada ao alimento, nunca seca sobre o alimento para evitar riscos de 
inalação. 
Superalimentos. 
 
E o que significa superalimento? Superalimento é um alimento extremamente 
rico em nutrientes, que podem prevenir, transformar, recuperar o organismo e 
propiciar uma qualidade de vida muito melhor e uma boa saúde. 
 
Para os adultos, os principais superalimentos são grãos e sementes como a 
lentilha, a quinoa, a chia e Linhaça. Mas vamos aqui apresentar outros 
alimentos que também sãoideais para o bebê a partir dos 6 meses. 
Superalimento Benefícios 
Lentilha Rica em proteína, ferro e vitaminas, tendo propriedades que auxiliam a 
cicatrização de ferimentos. 
Quinoa Pode ser acrescentada na papinha de todos os bebês (não só veganos), 
grãos cozidos ou em flocos, é rica em proteínas e tem propriedades 
antioxidantes que melhoram e previnem distúrbios de gorduras como 
colesterol alto e obesidade. 
Chia Recomendo a chia cozida, e para bebês a partir de 8 meses poderá 
salpicar o grão cru sobre as frutas ou na papinha salgada. A chia é rica 
em ácidos graxos ômega 3, fibras alimentares, proteínas, vitaminas e 
minerais incontáveis. 
Linhaça Pode cozinhar as sementes junto com os outros ingredientes da papinha 
ou misturar a farinha de linhaça na papinha. Assim como a chia, é muito 
rica em ômega-3, fibras, proteínas, vitaminas e muitos minerais, previne 
obesidade, equilibra o colesterol e triglicerídeos, e melhora o trânsito 
intestinal. 
Leite materno É o principal superalimento para o bebê até 1 ano, e pode ser 
complementar por 2 anos ou mais. Nele existem todos os nutrientes 
necessários para o bebê até 6 meses, e com a introdução alimentar ele 
irá completar com seu aporte perfeito de proteínas, carboidratos, ácidos 
graxos, fatores de crescimento e agentes anti-infecciosos. Além de 
conferir perfeita hidratação. 
Aveia Pode ser acrescentado na papinha salgada e na de frutas, ou misturar 
com leite humano ou fórmula para um mingau. Possui uma fibra capaz de 
controlar os níveis de glicose no sangue e age no metabolismo das 
gorduras, prevenindo a obesidade e desequilíbrio dos níveis de colesterol. 
Além de conter muitas vitaminas e minerais. 
Abacate É rico em gordura monoinsaturada, que é benéfica à saúde. Também é 
fonte de ácido fólico e vitaminas B6, E e K. Melhora a memória, sistema 
nervoso, saúde do coração, intestino, pele, olhos, controla colesterol e 
triglicerídeos, previne a obesidade. 
Espinafre Rico em ácido fólico que melhora sistema nervoso e memória. Devido às 
quantidades ideais de potássio e pouco sódio auxilia no controle da 
pressão arterial e benefícios para o coração. Auxilia na saúde dos ossos e 
crescimento saudável da criança por ser rico em vitamina K, cálcio e 
fósforo, contém luteína que é poderoso pigmento antioxidante benéfico 
para visão, rico em ferro prevenindo anemia, desnutrição e cansaço, 
fortalecendo o sangue. É rico em fibras, melhorando trânsito intestinal, e 
controlando colesterol, triglicerídeos e prevenção da obesidade. 
Alimentos Perigosos. 
 
Cuidado, pois os alimentos a seguir oferecem perigo ao bebê menor de 1 ano: 
Alimento Porque não se deve oferecer ao bebê antes de 1 ano. 
Leite de vaca e 
derivados (manteiga, 
queijos, creme de leite, 
iogurte): 
Todos os derivados do leite de vaca devem ser evitados até o bebê completar 
1 ano. Após essa idade pode experimentar com cautela para não desencadear 
intolerância ou alergia. 
 
Margarina Pode ser extremamente tóxica para o bebe menor de 1 ano, podendo 
desencadear alergia. 
Bacon, Carnes 
gordurosas (com 
gordura ou pele), 
Pode desencadear intoxicação intestinal e diarreia por intolerância por grande 
e má qualidade de gorduras. 
Embutidos (presunto, 
peito de peru, linguiça, 
salsicha). 
Pode causar diarreia pela concentração de gorduras e a quantidade elevada 
de sódio é intolerável para o bebê. 
Enlatados O bebê menor de 1 ano ainda não possui tolerância a grande quantidade de 
sódio dos enlatados. 
Sopas de pacotinho, 
Temperos, caldos 
industrializados e 
macarrão instantâneo. 
Pode desencadear diversos tipos de alergias e intolerâncias contra os 
corantes, conservantes, grande quantidade de sódio, etc. 
Frutos do mar Antes de completar 1 ano o bebê pode desencadear reações alérgicas aos 
frutos do mar. Lembrando que os peixes estão liberados para o bebê a partir 
de 6 meses. 
Açúcar Os carboidratos das papinhas são suficientes para o paladar do bebê que 
ainda não conhece os doces concentrados. Não se deve precipitar a criança a 
se habituar ao sabor muito doce. Os açúcares mascaram o verdadeiro sabor 
dos alimentos e podem causar diabetes e obesidade mesmo em bebês muito 
novos. Deixe que nos momentos das festinhas a criança irá experimentar os 
doces, mas a família não deve fazer disso um hábito. 
Mel Pode parecer inofensivo, por ter a fama de ser natural e saudável, mas 
oferece risco de botulismo que é envenenamento por Clortridium botulinum 
gerando desde paralisias, tontura, visão turva, diarreia e até morte. 
Oleaginosas 
(amendoim, nozes, 
avelãs, castanhas) 
Podem ser considerados superalimentos para os adultos por serem muito 
nutritivas e saudáveis, mas para os bebês elas oferecem risco de sufocamento 
ou engasgo, por conta de seu formato. Além disso, elas podem conter um 
fungo chamado aflatoxina, que causa danos ao fígado além de alergias. 
Portanto, tomando os cuidados necessários de higiene e manipulação, pode-
se oferecer ao bebê após 1 ano de idade, com muita atenção. 
Sal O bebê está conhecendo os sabores originais dos alimentos que já possuem 
quantidade de sódio suficiente para as necessidades nutricionais até 1 ano. 
Ao salgar a comida, o bebê conhecerá o sal precocemente ao terem suas 
papilas gustativas estimuladas, e poderá desenvolver uma preferência por 
alimentos muito salgados, e desde cedo obter maus hábitos alimentares. Ele 
irá conhecer o sabor salgado experimentando a comida da família, que deve 
ser preparada com sal moderado. 
Pimentas Podem causar sérias lesões na boca e trato digestivo do bebê e sensação de 
ardência. 
Cogumelos Pode causar alergias, até mesmo em crianças maiores. Sua digestão é mais 
difícil e o bebê não está preparado para ela, podendo ter problemas no 
intestino. 
Sucos, chás e água. 
 
A Sociedade Brasileira de Pediatria faz a mesma recomendação 
da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde de 
não oferecer nenhum outro alimento ou líquido ao bebê até 
completar 6 meses, ou seja, aleitamento exclusivo até 6 meses. 
 
Na introdução alimentar após 6 meses devemos dar preferencia 
às frutas com a consistência mais íntegra, pois a forma líquida o bebê já recebe 
do leite e já conhece, agora ele está treinando sua mastigação e deglutição 
com alimentos sólidos, e descobrindo novos sabores e texturas. Os sucos 
concentram a frutose (açúcar das frutas), por isso é uma forma de receber 
glicose mais rápido no sangue. Quando fazemos um suco reduzimos as fibras, 
que equilibram a velocidade que a glicose irá para o sangue e evitam doenças 
como diabetes e obesidade, e ainda melhoram o transito intestinal. O famoso 
suquinho de laranja lima é mais calórico que a laranja com bagaço, e estudos 
mostram que a ingestão de sucos está associada a Diabetes tipo 2 e tem todo 
um embasamento científico por trás desta teoria. Por esses motivos, os sucos 
podem ser pouco oferecidos ao bebê maior de 6 meses e não deve substituir a 
papinha de fruta nem o leite. 
 
Vou aproveitar o gancho e falar da água de coco que é rica em eletrólitos, que 
se for oferecida para o bebê maior de 6 meses deverá ser em pouca 
quantidade, pois o excesso pode sobrecarregar o rim do bebê. 
Mas poderá haver casos, como diarreia e desidratações, em que o profissional 
de saúde possa prescrever para maior hidratação, orientando assim a 
quantidade e horário. 
 
O mesmo vale para os chás sem cafeína, como erva cidreira, capim limão, 
camomila, funcho, que podem ser oferecidos em pequenas quantidades desde 
os 6 meses. O chá não deve ser adoçado e não pode substituir a água nem as 
refeições. Não recomendo essa prática antes do bebê completar 1 ano, mas 
em casos que o profissional de saúde prescreva algum chá para acalmar ou 
melhorar cólicas, ele orientará a quantidade e horário. 
 
Enfim, a água pode ser oferecida para bebês maiores de 6 meses que já 
começaram com alimentação complementar, mas a necessidade de água 
ainda é suprida através do leite materno.Conforme a quantidade de mamadas 
diminui, a oferta de água pode aumentar. 
 
 
 
Considerações Finais. 
 
Vimos a importância da amamentação sendo o alimento exclusivo para o bebê 
até 6 meses, mas assim como aconteceu comigo, muitas mães precisam 
retornar ao trabalho após a licença maternidade que é de apenas 4 meses. 
 
Se somarmos com as férias contamos apenas 5 meses, isso sem contar que 
algumas mães iniciam a licença maternidade antes do nascimento do bebê, às 
vezes por questões de saúde e complicações da gravidez. 
 
Por isso a realidade é que muitos bebês são alimentados sem a mãe, pois 
nem sempre ela consegue deixar uma quantidade suficiente do próprio leite 
para o bebê enquanto ela trabalha. O jeito mesmo é lançar mão de um leite 
artificial nesses casos. 
 
Mas quero ressaltar que o máximo que puder ser feito para que o bebê 
continue sendo amamentado por 2 anos ou mais, será melhor para o vínculo 
mãe e filho e para a saúde dos dois. 
 
Muitas mães como eu, enquanto pode estar com o filho, mantém a 
amamentação mesmo que em tempo parcial. 
 
O uso de mamadeiras acaba deixando o bebê preguiçoso para sugar o peito 
ao encontrar a mãe que voltou do trabalho. Ele se acostumará com um leite 
fácil, sem esforço, e não exercitará os ossos e músculos da face. Os bicos das 
mamadeiras e das chupetas atrapalham a formação da arcada dentária, e 
após os dentinhos nascerem, ao continuar usando-os, os dentinhos ficarão 
deformados. 
 
Outra coisa que pode acontecer antes do tempo certo é o bebê que já começa 
experimentar a comida da família, acabar experimentando o que não fará bem 
pra ele. Não vejo problema em deixar o bebê de 7 a 8 meses pegar um 
pedaço de pão, mas não se deve oferecer biscoitos (bolachas). E ter muita 
atenção à lista de alimentos que não se deve oferecer, como por exemplo, os 
derivados de leite de vaca 
 
 
 
 
 
 
. 
Considerações Finais. 
 
Até 1 ano o sistema digestivo do bebê ainda não possui defesas suficientes 
contra substâncias estranhas, então por que arriscar? 
 
 
Nesta fase inicial o bebê estará adquirindo hábitos alimentares saudáveis que 
poderá manter para o resto da vida. Se uma criança for acostumada a receber 
mingau e frutas em que a mãe acrescenta açúcar, terá dificuldades na vida 
adulta para que o açúcar não se torne um vício, pois seu paladar adquiriu 
memória. 
 
Os alimentos devem ser bem higienizados e saudáveis para o bebê. Ofereça 
somente alimentos naturais, orgânicos se possível, e não industrializados. 
 
Você deu um determinado alimento ao seu bebê e ele cuspiu? Calma, sem 
desespero! É natural que o bebê jogue para fora o alimento, quando ele faz 
isso está imitando o movimento da sucção utilizado na mamada até então. 
Além disso, estudos mostram que pode ser oferecidos ao bebê 8 a 10 vezes o 
mesmo alimento até que ele o aceite de fato. Isso não significa que você 
precisa oferecer o mesmo todos os dias, tente variar para não ficar monótono, 
afinal ninguém gosta de comer a mesma comida todos os dias! 
 
Nunca force o bebê a comer determinado alimento, isso pode levar a um 
trauma em que jamais terá chance de apreciá-lo. Faça várias tentativas, de 
outras formas e consistências, de acordo com a fase de aceitar novas 
consistências que não seja a de purê. 
 
Outras receitas também são boas ferramentas como os omeletes, 
hambúrgueres caseiros, bolos, etc. Pode-se brincar de misturar ingredientes, 
dando prioridade aos vegetais e frutas. 
 
Enfim, se você e sua família tiverem bons hábitos alimentares, o bebê irá 
imitá-los. Então, comece por você! 
 
 
Desejo muita sabedoria e Saúde! 
 
 
Referências 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. II 
pesquisa de prevalência de aleitamento materno nas capitais brasileiras e Distrito Federal. Brasília: Ministério da 
Saúde; 2009. 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Dez passos para uma 
alimentação saudável: guia alimentar para crianças menores de dois anos: um guia para o profissional da saúde na 
atenção básica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2 ed. – 2 
reimpr. – Brasília : Ministério da Saúde, 2013. 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Guia alimentar para crianças menores de 2 anos / Ministério da Saúde, Organização Pan-
Americana da Saúde. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2005. 152 p.: il. – (Série A. Normas e Manuais 
Técnicos) ISBN 85-334-0344-5 1. Nutrição infantil. 2. Métodos de alimentação. I. Organização Pan-Americana da 
Saúde. II. Título. III. Série. 
 
Sociedade Brasileira de Pediatria – Departamento de Nutrologia Manual de Alimentação: orientações para alimentação 
do lactente ao adolescente, na escola, na gestante, na prevenção de doenças e segurança alimentar / Sociedade 
Brasileira de Pediatria. Departamento Científico de Nutrologia. – 4ª. ed. - São Paulo: SBP, 2018. 
 
 
Sociedade Brasileira de Pediatria (“Manual de Orientação do Departamento de Nutrologia – 3ª edição) 
Site Oficial do Serviço Nacional de Saúde da Inglaterra (“Children’s Food: Safety and Hygiene”) 
 
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