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Exclusão social no meio digital

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1 
 
UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO 
 3º Semestre de Psicologia 
 
 
 
 
 
 
EXCLUSÃO SOCIAL NO MEIO VIRTUAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bragança Paulista 
2020 
 
2 
 
Raquel Cristina Lima dos Santos - R.A. 001201907246 
Vitória Baptista Forti Gomes - R.A. 001201806347 
Tatiana Ap. Teleken Paes - R.A. 001201906428 
Raissa Lima de Moura - R.A. 001201909183 
 
3º Semestre de Psicologia 
 
 
 
 
EXCLUSÃO SOCIAL NO MEIO VIRTUAL 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de 
Psicologia Social, do curso de Psicologia 
da Universidade São Francisco, sob a 
orientação da Prof.ª Dra. Mirna Koda como 
exigência parcial para obtenção de nota. 
 
 
 
Bragança Paulista 
2020 
 
3 
 
Exclusão social no meio virtual 
 
 
INTRODUÇÃO 
A exclusão social é um conceito mutável e passível de muitas definições, construídas 
de acordo com os valores da sociedade. Por esse motivo é muito pertinente estudar o tema 
através da teoria das representações sociais, afinal, é a teoria que mais valoriza o pensamento e 
as tradições populares. O nicho do ambiente digital, sobretudo das redes sociais, foi escolhido 
para estudo porque as relações sociais e os critérios para exclusão são diferentes dentro desse 
meio. Ao contrário do que se pensa, não é somente a pobreza que leva um indivíduo à exclusão 
social. Além disso, a atual situação de pandemia, a qual nos forçou a conviver basicamente por 
interações virtuais, favorece muito o método de pesquisa e fornece um número de entrevistados 
muito amplo. 
 
DISCUSSÃO SOBRE O TEMA 
Como visto em aula, as representações sociais foram criadas para tornar familiar aquilo 
que não nos é familiar. O ser humano tende a se encaixar em grupos para se sentir incluído, 
acolhido e representado. Dessa forma, algumas atitudes são tomadas somente com base em 
critérios afetivos e sociais e não porque foram fruto de reflexões individuais e racionais, e isso 
chega a ser até inconsciente. Hoje, o maior exemplo disso são as redes sociais, sobretudo o 
Instagram, que é um meio puramente visual. 
O mundo virtual permitiu encontros de pessoas com as mesmas opiniões e objetivos, 
permitiu que mais pessoas se unissem para lutar por diversas causas importantes e, querendo 
ou não, fortaleceu vínculos sociais (se não fosse a internet, a pandemia seria muito pior, por 
exemplo). Por outro lado, nas redes sociais é mais fácil esconder ou mascarar quem você é, é 
mais fácil dissimular a pobreza e, portanto, mais fácil perder a própria identidade com a 
constante negação do próprio estado. 
Bader Sawaia, no livro As artimanhas da exclusão, faz uma análise de todas as etapas 
que um indivíduo percorre até a exclusão social. Entre as últimas delas está a marginalização 
 
4 
 
como resultado do acúmulo de fracassos. O que o autor quer dizer é que uma junção de pobreza, 
desemprego, problemas familiares e financeiros levam a um sentimento de impotência e 
vergonha de seu próprio estado, o que faz o indivíduo se distanciar das relações sociais e até do 
círculo familiar, chegando à marginalização. 
Esse fenômeno ocorre na vida real, onde não se pode mascarar a situação. Entretanto, 
quando analisamos os perfis das redes sociais da esmagadora maioria das pessoas, somos 
bombardeados de fotos perfeitas de vidas que parecem ser perfeitas e sempre melhores que as 
nossas. Além disso, cada vez mais nos deparamos com influenciadores digitais e queremos 
segui-los. Esses influenciadores ganharam tanta projeção porque teoricamente eles expõem a 
“vida real” e assistir suas postagens dá a sensação de proximidade e pertencimento a um grupo: 
o grupo de amigos daquela pessoa. Acabamos esquecendo de que aquilo é um trabalho, os 
produtos apresentados ali foram doados por alguma empresa que pagou o influenciador para 
fazer o marketing de venda. No final tudo se resume em: se você tem aquele produto, você faz 
parte do grupo. Se sua rotina é parecida com a minha, você faz parte do grupo. Do contrário, 
não. E o sentimento de marginalização continua o mesmo, afinal. 
 
PESQUISA 
Objetivo: Tendo em vista essas percepções acerca das redes sociais e dos 
influenciadores digitais, o objetivo da pesquisa se pautou em analisar o comportamento de um 
grupo específico de pessoas numa rede social previamente escolhida e entender quais são os 
critérios que levam o indivíduo a ser incluído ou excluído daquele grupo. Além disso, 
objetivamos entender como se dá a formação de opinião nesse meio, se é individualizada ou 
influenciada por terceiros. 
Método: Para isso, foi escolhida a técnica dos grupos focais, com critérios qualitativos. 
O grupo escolhido foi o de seguidores da blogueira de maquiagem Camila Coelho, 
influenciadora digital com mais de 8 milhões de seguidores e a rede social que foi escolhida é 
o Instagram. Foram realizadas 3 entrevistas em grupo, via plataforma Google Meet, com 
moderação de uma psicóloga social que guiou a discussão para que não fosse desviada do tema. 
Foram feitas perguntas referentes aos temas mais abordados por Camila Coelho: 
 Como vocês costumam realizar a rotina de beleza diária? 
 
5 
 
 Quais produtos vocês utilizam? 
 Quanto vocês costumam gastar por mês em produtos de beleza? 
 De quais marcas ou grifes de moda vocês costumam comprar? 
 Vocês já fizeram cirurgia plástica ou pretendem fazer? 
 Vocês estão felizes com os seus corpos? 
 Quando pensam em beleza, qual a referência de mulher que vocês têm em mente? 
 Por que você segue Camila Coelho? 
 E os critérios observados nas respostas foram: 
 A opinião do grupo tendeu a ser a mesma da blogueira? 
 As referências de moda e beleza são iguais as dela? 
 Os seguidores costumam ter, comprar ou desejar os produtos dos quais ela fala? Se por 
acaso não podem ter algum produto, isso gera ansiedade, sentimentos de inveja ou de 
marginalização? 
 O que faria uma pessoa ser excluída ou não aceita nessa comunidade? 
 Havia uma sensação de pertencimento por parte do grupo? 
 As pessoas do grupo eram parecidas entre si? Ou havia grandes diferenças entre elas? 
 
Essas perguntas foram baseadas na teoria das representações sociais, que tenta entender os 
fenômenos sociais como opiniões formadas em grupos. Quanto mais pessoas pensam de forma 
parecida, mais aquela ideia parecerá normal e correta. 
Projetando para o nicho de pesquisa, quanto mais pessoas seguem Camila Coelho, mais a 
influenciadora terá propriedade para falar sobre determinado assunto / produto. Dessa forma, 
mais pessoas darão crédito a ela e comprarão seus produtos e ideias. 
 
CONCLUSÃO: 
Por fim, conclui-se com essa pesquisa que a teoria das representações sociais dá voz ao 
pensamento popular, transformando-o em ciência. Citando o pai dessa teoria, Serge Moscovici: 
“a ciência era antes baseada no senso comum e fazia o senso comum menos comum; mas agora 
senso comum é ciência tornada comum”. Importante ressaltar também que a exclusão social 
 
6 
 
está quase que totalmente ligada às representações sociais, afinal, é o pensamento popular e os 
valores/cultura de cada tempo que estabelece quem está incluído ou excluído da sociedade. 
Percebe-se que, hoje, o meio virtual tem grande contribuição na formação desses valores, tanto 
que para ser incluído em um grupo é preciso seguir determinados padrões e ideias. Ideias essas, 
quase sempre formadas por uma massa de pessoas influenciadas/influenciáveis por alguém com 
grande número de seguidores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
 
1. Paugam, S. (2002). O enfraquecimento e ruptura dos vínculos sociais:uma dimensão 
essencial do processo de desqualificação social. In. B.Sawaia. As artimanhas da 
exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social. Vozes: Petrópolis/RJ. 
 
2. Oliveira, Márcio S. B. S. de. (2004). Representações sociais e sociedades: a contribuição 
de Serge Moscovici. RevistaBrasileira de Ciências Sociais, 19(55), 180-186

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