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Disposição de Estéreis na Mineração UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO - UFOP ESCOLA DE MINAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MINAS MIN103 – MINERAÇÃO E MEIO AMBIENTE PROFº. JOSÉ FERNANDO MIRANDA http://www.institutominere.com.br/images/aca2c97e8abc7f421fb8106e88eb0f28.jpg INTRODUÇÃO • Atividades de mineração geram grande quantidade de estéreis na mina e de rejeitos na planta de beneficiamento. • A gestão dos resíduos (estéril e rejeitos) faz parte das atividades de mineração. • A diversidade granulométrica dificulta o projeto de construção de áreas para depósitos de estéreis. • Deve-se levar em consideração características: – Físicas; – Químicas; – Mineralógicas. PROBLEMAS AMBIENTAIS • A descarga dos estéreis da mina e dos rejeitos da usina de beneficiamento – Origem potencial da contaminação do meio ambiente e outros problemas. • Duração Problemas Ambientais- variam de acordo com a mineralogia dos rejeitos: – Anos (Ex: Rejeitos com enxofre ou metais base); – Centenas de anos: (Ex: Rejeitos de Minério de Urânio). GERAÇÃO DE RESÍDUOS DE MINERAÇÃO LAVRA • Atividades – Decapeamento; – Desmonte; – Classificação; – Transporte. • Produto – Minério • Descarte : – Estéril BENEFICIAMENTO • Atividades – Britagem (“crushing”); – Moagem ("griding"); – Lixiviação, Concentração, Calcinação; – Deslamagem ("dewatering"). • Produto – Concentrado • Descarte – Rejeito ESTÉRIL • Composição variada; • Estado sólido ( umidade); • Textura grosseira predominante. Destinação Final: • Depósitos e cavas (empilhamento) REJEITO • Composição uniforme; • Estado semi-fluido ( + comum); • Textura grosseira (areia e siltes) ou fina (lamas: siltes e argilas). Destinação Final: • Barragens (reservatórios - aterro hidráulico) • Cavas / cavidades subterrâneas – aterro hidráulico • Depósitos (empilhamento) CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS RESÍDUOS ESTÉRIL DE MINA • Material desmontado e removido durante a lavra, • Contém rochas encaixantes e minério de baixo teor, não apresentando valor econômico associado. • Quando possível, o material deve ser disposto na própria cava, em local onde a reserva explorável já se tenha esgotado. • Caso não seja possível, o material pode ser disposto em vales ou planícies próximos, observando sempre os critérios geotécnicos de estabilidade e estudando o impacto ambiental que irá provocar. PILHAS DE ESTÉRIL • Estéril é um agregado natural composto de um ou mais minerais, desprovido de valor econômico, retirado da mina para liberação do minério. • O material estéril é descartado em pilhas, de forma contínua, durante toda a lavra. • A disposição de estéril depende da área disponível nas proximidades do empreendimento mineral. • No passado pouca consideração era dada à disposição de estéreis, que eram simplesmente basculados em ponta de aterro no entorno das minas, de maneira desordenada. Mina de cobre São Manuel, Pinal County, Arizona, PILHAS DE ESTÉRIL • Planejar,construir e operar pilhas de estéril são algumas das atividade normais de uma empresa de mineração. • Constituem uma das maiores estruturas geotécnicas feitas pelo homem sendo de fundamental importância seu planejamento. • Os custos associados a essas obras representam parcela significativa nos gastos de uma mina. • A disposição de estéril, rejeitos e produtos deve ser prevista no Plano de Lavra – PL. • A construção de depósitos de estéril, rejeitos e produtos deve ser precedida de estudos geotécnicos, hidrológicos e hidrogeológicos. PILHAS DE ESTÉRIL • Colapso das estruturas: fatores de segurança devem ser suficientes para que se possa intervir e corrigir o problema. • O plano de controle específico para cada caso deve estar à disposição na mina para a fiscalização. • Elaborar projetos das obras preventivas e corretivas destinadas a promover o controle da água superficial e profunda visando evitar os processos erosivos que podem ocorrer; • Estabelecer as rotinas de ações destinadas a evitar problemas de instabilização de encostas e maciços, enfocando as áreas de taludes de cortes e aterros, as áreas de extração mineral e de disposição de resíduos, dentre outra; • Estabelecer o procedimento mais adequado para garantir a segurança destas estruturas. Isto se resolve com o dimensionamento adequado do sistema de drenagem. METODOLOGIA DE PLANEJAMENTO PARA CONSTRUÇÃO DE PILHAS DE ESTÉRIL • Disposição de estéril: Temporária ou Permanente? – Disposição Temporária: Necessita de outros destinos finais a serem dados ao estéril de mina. (Ex: Após exaustão dos minérios retorna à própria cava de origem preenchendo-a e servindo para recompor aspectos topográficos ou paisagísticos). – Disposição Permanente: podem surgir problemas. (Ex: instabilidade dos depósitos de estéril, drenagem, revegetação e uso futuro do mesmo). PROJETO TÉCNICO • Deve constar no projeto técnico estudo que caracterize aspectos sobre: – Geotecnia e hidrogeologia; – Caracterização do material a ser disposto nas pilhas; – Parâmetros geométricos da pilha e metodologia de construção; – Dimensionamentos das obras civis; – Avaliação dos impactos ambientais e medidas mitigadoras; – Monitoramento da pilha e dos efluentes percolados; – Medidas para abandono da pilha e seu uso futuro; – Reabilitação superficial da pilha; – Cronograma físico e financeiro. http://acdesenhos.com.br/projetos/ http://acdesenhos.com.br/projetos/ ESTUDO PRELIMINAR • Estudos de localização da mina e o seu tamanho através do tempo - Definem os pontos de descarga do material, a rapidez do avanço da lavra e o volume final que as áreas de disposição deve conter. • Volume de rocha estéril e suas fontes – conhecimento prévio do fator de empolamento e o ângulo de repouso do material para rochas secas e blocos soltos altura ente 26 a 300; • Existência de vias de drenagem – necessária à previsão e desvio desta vias para evitar a instabilidade do depósito (saturação do maçico); • Condição da fundação – fazer teste na fundação para evitar recalque no terreno. • Topografia: – O relevo do terreno é que definirá o tipo ou forma de depósitos de estéril. Tipos de encombreiras de minas: a) Dentro da mina a céu aberto, b) Fora da mina a céu aberto, c) Em flanco de encosta, d) Sobre linhas de água ou vales, e) Sobre cristas ou talvegues. Segundo ITGE (1989). CONSTRUÇÃO DE PILHAS DE ESTÉRIL PREPARO DA FUNDAÇÃO E CONTROLE DA ÁGUA SUPERFICIAL • Limpeza da cobertura vegetal, remoção de solos orgânicos. • Serviços de drenagem e desvio de cursos d’água existentes. PREPARO DA FUNDAÇÃO E CONTROLE DA ÁGUA SUPERFICIAL • Os drenos de areia/ pedregulhos podem ser uma alternativa, no caso de áreas com surgência de água ou solos úmidos, direcionando a água para uma vala coletora. • Um dreno de pedras de mão pode ser necessário no pé de empilhamentos de estéreis em vale fechado. • A formação de um aterro, normalmente de 10 a 15m, para adensamento do solo de fundação é uma alternativa à remoção de um solo pouco resistente. Serviço / Projeto: Pilha Sudoeste I Localização: Complexo Carajás / Parauapebas – PA Descrição: Projeto Executivo Ficha técnica Altura: 270 Vol. de acumulação (m³): 251.000.000 http://www.dinesiofranco.com.br/portfolio/pilhas-de-estereis/ http://www.dinesiofranco.com.br/portfolio/pilhas-de-estereis/ http://www.dinesiofranco.com.br/portfolio/pilhas-de-estereis/ http://www.dinesiofranco.com.br/portfolio/pilhas-de-estereis/ http://www.dinesiofranco.com.br/portfolio/pilhas-de-estereis/ http://www.dinesiofranco.com.br/portfolio/pilhas-de-estereis/ 1 - Cálculo das Intensidades da Chuva de Projeto i= intensidade máxima média deprecipitação, em mm/h Tr = Período de Retorno, em anos; tc = tempo de concentração ou duração, em minutos; e K, n, b, d= parâmetros relativos a uma determinada localidade. MÉTODOS DE PROJETO DOS DISPOSITIVOS DE DRENAGEM Estudos Hidrológicos 2 - Cálculo do Tempo de Concentração tc = 0,95 (L3 / H) 0, 385 tc = tempo de concentração, em horas L = comprimento do talvegue, em quilômetros H = desnível de talvegue principal, em metros 3 - Cálculo das Vazões de Projeto A determinação das vazões de um projeto é realizada de forma separada com metodologia diferenciada em função do valor da área de contribuição: • Bacias até 1,0 Km2 : Método Racional • Bacias entre 1,0 km2 e 10,0 km2: Método Racional acrescido de coeficiente de retardo; • Bacias entre 10,0 km2 e 20,0 km2: Método do Hidrograma Triangular Sintético; • Bacias acima de 20,0 km2 : Método do Hidrograma Unitário. Método Racional Q = 0,278 C.i.A, Q = vazão de projeto, em m³/s; C = coeficiente adimensional de escoamento superficial (run-off), classificado em função do tipo de solo, da cobertura vegetal, da declividade média da bacia, etc. Os valores para estes parâmetros são encontrados em tabelas específicas nas publicações hidrológicas. i = intensidade média da precipitação sobre a bacia, encontrada pela equação da chuva intensa. Para sua determinação, toma-se o tempo de concentração da bacia e o tempo de recorrência adequado ao dispositivo a ser dimensionado. (Expresso em mm/h); A = área de bacia drenada, em km2; 0,278 = fator de conversão de unidades. Método Racional acrescido de coeficiente de retardo Q = 0,278 C.i.A. σ Q, C, i, A = parâmetros do Método Racional. σ = coeficiente de retardo, adimensional, expresso pela fórmula: σ = A-0,1, em que A = área da bacia drenada, em km2. Método do Hidrograma Triangular Sintético Q = 0,208 x A x Pe tp Q = vazão, em m3/s; A = área da bacia, em Km2; tp = tempo de pico em horas. Pe = excesso de chuva ou precipitação efetivamente escoada Projeto de Drenagem Superficial OBJETIVO: Dimensionamento dos dispositivos capazes de captar e conduzir adequadamente as águas superficiais de modo a preservar a estrutura da via, da pilha, da barragem, bem como possibilitar sua operação durante a incidência de precipitações intensas. FONTE: http://www.construtoraterraco.com.br/institucional/construcaopesada/37 DRENOS PROFUNDOS http://www.construtoraterraco.com.br/institucional/construcaopesada/37 http://www.construtoraterraco.com.br/institucional/construcaopesada/37 http://www.construtoraterraco.com.br/institucional/construcaopesada/37 DECIDA DE ÁGUA E GALERIA FONTE: http://www.construtoraterraco.com.br/institucional/construcaopesada/37 http://www.construtoraterraco.com.br/institucional/construcaopesada/37 http://www.construtoraterraco.com.br/institucional/construcaopesada/37 http://www.construtoraterraco.com.br/institucional/construcaopesada/37 FONTE: http://www.construtoraterraco.com.br/institucional/construcaopesada/37 DECIDA DE ÁGUA http://www.construtoraterraco.com.br/institucional/construcaopesada/37 http://www.construtoraterraco.com.br/institucional/construcaopesada/37 http://www.construtoraterraco.com.br/institucional/construcaopesada/37 CANALETAS DE DRENAGEM FONTE: http://www.construtoraterraco.com.br/institucional/construcaopesada/37 http://www.construtoraterraco.com.br/institucional/construcaopesada/37 http://www.construtoraterraco.com.br/institucional/construcaopesada/37 http://www.construtoraterraco.com.br/institucional/construcaopesada/37 Drenagem de aterros; Drenagem de aterros http://kqm.com.br/mineracaoepetroleo.php DRENAGEM DE PILHA FONTE: http://www.construtoraterraco.com.br/institucional/construcaopesada/37 http://www.construtoraterraco.com.br/institucional/construcaopesada/37 http://www.construtoraterraco.com.br/institucional/construcaopesada/37 http://www.construtoraterraco.com.br/institucional/construcaopesada/37 COLCHÃO DRENANTE FONTE: http://www.construtoraterraco.com.br/institucional/construcaopesada/37 http://www.construtoraterraco.com.br/institucional/construcaopesada/37 http://www.construtoraterraco.com.br/institucional/construcaopesada/37 http://www.construtoraterraco.com.br/institucional/construcaopesada/37 DRENO DE BRITAS FONTE: http://www.construtoraterraco.com.br/institucional/construcaopesada/37 http://www.construtoraterraco.com.br/institucional/construcaopesada/37 http://www.construtoraterraco.com.br/institucional/construcaopesada/37 http://www.construtoraterraco.com.br/institucional/construcaopesada/37 Dimensionamento das Valetas de Proteção de Cortes e Aterros As valetas de proteção serão usadas nas cristas de cortes e nos pés de aterros onde as condições de escoamento superficial apresentaram-se propensas à erosão dos taludes. http://kqm.com.br/mineracaoepetroleo.php As valetas de proteção deverão ser executadas com a declividade adaptável ao terreno natural, lisas ou com segmentos em degraus, conforme for o caso, de tal forma que as velocidades atingidas não sejam excessivas em relação ao material de revestimento, no caso, concreto ou grama. http://kqm.com.br/mineracaoepetroleo.php NORMAS AMBIENTAIS VALEC NAVA19-DrenagemSuperficialEProteçãoContraErosão Escarificação do talude de aterro para melhor fixação da proteção vegetal NORMAS AMBIENTAIS VALEC NAVA19-DrenagemSuperficialEProteçãoContraErosão http://www.dynamisbr.com.br RETALUDAMENTO Vista dos drenos sub-horizontais (DHPs) instalados em um talude da ferrovia Execução de dreno subterrâneo (charuto), com objetivo de proteção de nascente e manutenção do corpo hídrico. NORMAS AMBIENTAIS VALEC NAVA19-DrenagemSuperficialEProteçãoContraErosão Alternativa de dissipador de energia em valeta empregando troncos fracionados oriundos do desmatamento NORMAS AMBIENTAIS VALEC NAVA19-DrenagemSuperficialEProteçãoContraErosão CONTROLE DA ÁGUA SUPERFICIAL • A água superficial deve ser manejada para impedir a saturação da pilha. • A água superficial deve ser coletada e direcionada para canais de escoamento ao redor da estrutura, ou conduzida por drenagem interna. • A plataforma de disposição da pilha deve ter um caimento de 1 a 2%, a partir da crista, para direcionar a água coletada para uma valeta. CONSTRUÇÃO DE PILHAS DE ESTÉRIL • A disposição de estéril é feita normalmente por meio de camadas espessas, formando uma sucessão de plataformas de lançamento, espaçadas a intervalos de 10m ou mais. • Entre as plataformas são deixadas bermas, com finalidade de acesso, drenagem da água superficial, controle da erosão, além da suavização do talude geral da pilha. • A pilha de estéril pode ser construída de modo ascendente ou descendente. • O modo ascendente é o mais recomendado, pois cada alteamento sucessivo é suportado pelo anterior. CONSTRUÇÃO DE PILHAS DE ESTÉRIL • A disposição de estéril deve ser feita preferencialmente ao longo da crista, de modo a fazer desta a mais longa possível, minimizando a taxa de elevação do aterro, o que favorece a estabilidade. • A disposição deve ser feita em vários setores. Isto facilita a suspensão temporária ou redução da taxa de disposição em setores com recalque na fundação. • A pilha deve ser construída tendo em vista sua manutenção a longo prazo. A garantia de estabilidade, o controle de erosões e a qualidade da água liberada no meio ambiente são pontos importantes exigidos pela reabilitação. CONSTRUÇÃO DE PILHAS DE ESTÉRIL CONSTRUÇÃO DE PILHAS DE ESTÉRIL CONSTRUÇÃO DE PILHAS DE ESTÉRIL CONSTRUÇÃO DE PILHAS DE ESTÉRIL DISPOSIÇÃODE ESTÉRIL • Observar os seguintes critérios: – Adotar medidas para se evitar o arraste de sólidos para o interior de rios, lagos ou outros cursos de água conforme normas vigentes; – Construir depósitos próximos às áreas urbanas deve atender aos critérios estabelecidos pela legislação vigente garantindo a mitigação dos impactos ambientais eventualmente causados; – Dentro dos limites de segurança das pilhas não é permitido o estabelecimento de quaisquer edificações, exceto edificações operacionais, enquanto as áreas não forem recuperadas, a menos que as pilhas tenham estabilidade comprovada; – Em áreas de deposição de rejeitos e estéril tóxicos ou perigosos, mesmo depois de recuperadas, ficam proibidas edificações de qualquer natureza sem prévia e expressa autorização da autoridade competente; DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL – No caso de disposição de estéril ou rejeitos sobre drenagens, cursos d´água e nascentes, deve ser realizado estudo técnico que avalie o impacto sobre os recursos hídricos, tanto em quantidade quanto na qualidade da água; – Quando localizada em áreas a montante de captação de água sua construção deve garantir a preservação da citada captação; – Deve estar dentro dos limites autorizados do empreendimento ; – Devem ser tomadas medidas técnicas e de segurança que permitam prever situações de risco. DISPOSIÇÃO DOS ESTÉREIS • Pode ser em: – Depósitos sobre o solo; – Usado como enchimento posterior na mina a céu aberto ou subterrâneas; – Disposto em lagos profundos; – Processamento para recuperação do material secundário e então disposição. • Cada alternativa - ou - Depende: – Minério. – Processo. – Local de disposição. REGRAS BÁSICAS PARA CONFORMAÇÃO DAS PILHAS • APÓS TODOS ESTUDOS PRELIMINARES: – Desmatamento, preparo da fundação, retirando-se a terra vegetal; – Impermeabilização da base da pilha; – Implantação do sistema de drenagem na base e no interior da pilha visando a estabilidade do talude; – Compactação da base da pilha, quando couber; – Disposição do material em camadas; – Obediência a uma geometria definida com base em análises de estabilidade; – Efetuar drenagem das bermas e plataformas; – Construir canais periféricos a fim de desviar a drenagem natural da água da pilha; – Proteção superficial com vegetação dos taludes e bermas já construídos. CUIDADO • Não é permitida a construção de bacias de decantação sobre pilhas sem autorização do DNPM. • É necessária a implantação de sistema de drenagem para evitar inundações no caso de disposição em vales. • A jusante do pé da pilha devem ser implantados dispositivos de retenção de assoreamento. • Durante o alteamento e construção dos sistemas de disposição deve ser feito o monitoramento da estabilidade dos mesmos. IMPACTOS AMBIENTAIS –PILHAS DE ESTÉRIL • Constantes – Modificações topográficas e na cobertura vegetal – impacto visual ; – Mudanças no ecossistema terrestre – desmatamento e remoção de solo; – Resistência do terreno - instabilidade do depósito de estéril – Poluição do ar - fragmentos muito finos levados pelo vento, prejudica: pessoas, vegetação e equipamentos; – Assoreamento e erosão - água que percola entre a pilha de estéril ou que escorre externamente por ele. IMPACTOS AMBIENTAIS –PILHAS DE ESTÉRIL • Acidentais – Enchentes - depósitos de estéreis, quando estes estão funcionando com barragens no leito dos rios – Escorregamentos totais ou parciais de pilhas de estéril - mal dimensionamento da inclinação dos taludes, percolação de água e fundação. Estudos Preliminares Remoção da Cobertura Vegetal Desmonte e Armazenagem do solo Drenagem da Fundação Disposição de Estéril Controle de Erosão, Drenagens Superficiais Tratamentos da Superfície Revegetação Manutenção Monitoramento Uso Futuro dos Depósitos de Estéril DISPOSIÇÃO DE ESTÉREIS DE MINERAÇÃO • Sistemas construtivos: – Descarga ou basculamento livre; – Descarga em tiras ou fases justapostas; – Descarga em tiras ou fases superpostas; – Alternativamente, pode se optar pela colocação de um dique de retenção no pé da pilha. PILHA PODE SER CONSTRUÍDA DE FORMA : • Descendente • Ascendente – Preferida porque cada alteamento sucessivo é suportado pelo anterior. Disposição de estéreis de mineração Disposição de estéreis de mineração Disposição de estéreis de mineração Disposição de estéreis de mineração Disposição de estéreis da mina de ouro de Igarapé Bahia da Companhia VALE, no estado da Bahia. Disposição de estéreis de mineração • Vista geral da mina de ouro de Igarapé Bahia da VALE DISPOSIÇÃO DE ESTÉREIS DE MINERAÇÃO PARA PROJETAR A PILHA PODE-SE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO TAMBÉM: • Objetivos a longo prazo a serem exigidos pela reabilitação. Pode : – Reduzir custos; – Aumentar estabilidade de curto prazo na construção; – Proporcionar menos problemas operacionais; OBJETIVOS DA REABILITAÇÃO • Garantia de estabilidade, • Controle de erosões, • Qualidade aceitável da água liberada pela pilha, • Uso futuro da terra • Metas de produtividade LONGO PRAZO SEJAM ALCANÇADOS ESTABILIDADE DAS PILHAS • Configuração da pilha; • Inclinação do talude de fundação e grau de confinamento; • Tipo de fundação; • Qualidade do material da pilha; • Método de construção; • Condições piezométricas e climáticas; • Taxa de disposição; • Sismicidade. CONSTRUÇÃO DE PILHAS DE ESTÉRIL PREPARO DA FUNDAÇÃO E CONTROLE DA ÁGUA SUPERFICIAL • Limpeza da cobertura vegetal, remoção de solos orgânicos. • Serviços de drenagem e desvio de cursos d’água existentes. CONSTRUÇÃO DE PILHAS DE ESTÉRIL Vegetação – A cobertura vegetal exerce importante papel na estabilidade dos solos frente à erosão, oferecendo proteção contra o impacto direto das gotas de chuva (reduzindo a potencial desagregação) e impondo barreiras ao deslocamento da água, diminuindo a velocidade do runoff. Destaca-se que, em áreas com grande declividade, a proteção será mais efetiva quando a vegetação fornece sistemas radiculares profundos. http://edambiental08.blogspot.com.br RELEVO FINAL ADEQUADO • Atender os objetivos IBAMA: – Estabilidade do solo e dos taludes; – Controle da erosão; – Aspectos paisagísticos e estéticos; – Uso futuro do solo definido anteriormente; – Alguma similitude com o relevo anterior. ETAPAS DA RECUPERAÇÃO • ENVOLVEM: – Pré–planejamento – Estabelecimento de objetivos a curto e a longo prazo – Remoção da cobertura vegetal e lavra – Obras de engenharia na recuperação – Manejo de solo orgânico – Preparação do local para plantio – Seleção de espécies de plantas – Propagação de espécies – Plantio – Manejo da área após plantação TÉCNICAS DE MONITORAMENTO ESTABILIDADE E MONITORAMENTO DE TALUDES DE PILHAS DE ESTÉREIS • Inspeções periódicas da barragem; • Leitura sistemática da instrumentação instalada; • Comparação dos dados obtidos com os valores pré- fixados; • Instruções: – 1º - Fixar a frequência das inspeções, com os respectivos modelos de relatórios. Inspeções- são estabelecidas em três estágios: 1) Durante os 3 primeiros meses de operação, freqüência mensal; 2) Do quarto mês em diante, até o quinto ano de operação, freqüência trimestral; 3) Daí em diante, freqüência semestral. – 2º - Instruções prendem-se exclusivamente às orientações para leitura da instrumentação. CADA INSPEÇÃO SEGUE UMA LISTA-GUIA, QUE CONSTA DOS SEGUINTES ITENS: • Verificar: – Existência de obstruções, assoreamento e rachaduras nas canaletas de drenagem e descidas d’água; – Existência de erosões no contato das canaletas de drenagem com o terreno de apoio; – Estado de conservação dogramado de proteção dos taludes de corte, bermas e taludes de aterro; – Existência de erosões superficiais provocadas pelas chuvas nos taludes de corte, aterro e bermas; – Erosões superficiais produzidas pelo fluxo de água no canal de aproximação da tubulação do vertedouro; – Erosões, depressões, trincas e outros danos no aterro da barragem do medidor de vazão, bem como na estrutura de concreto do vertedouro triangular; – Erosões superficiais no talude de montante da barragem e nos taludes de corte à montante, provocadas pelas ondas do reservatório; – Obstruções parciais ou totais do vertedouro provocadas por troncos, galhos e outros objetos; – Existência de trincas, deslizamentos e depressões nos taludes de corte, aterro e bermas; – Existência de minas d’água nos taludes de corte; – Turbidez da água que percola pela fundação da barragem; – Observar a ocorrência de assoreamento na bacia de dissipação do vertedouro. AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DA PILHA • Análise 2 D, levando em conta a seção transversal representativa e o cálculo do fator de segurança ao longo de potenciais superfícies de ruptura • Cálculo fator de segurança: Computadores que geram aleatoriamente as potenciais superfícies de ruptura. • Potenciais superfícies de ruptura: – Superfícies através do minério somente, – Superfície através da fundação e /ou dique de contenção, – Superfície compreendendo trecho do revestimento, – Superfícies ao longo da totalidade, ou da maior parte, do revestimento. • Métodos simplificados (Método das Cunhas) – Manual. MÉTODO DE ANÁLISE DE ESTABILIDADE • Determinação das condições de segurança de uma obra de terra, em particular de uma pilha de estéril, são utilizados métodos baseados em EQUILÍBRIO LIMITE (Ex: Método de fatias). • Nesse método obtém-se um fator de segurança à ruptura, ou seja, procede-se a uma análise da estabilidade (Slope/W). • Este método não fornece informações sobre deformações e deslocamentos associados à condição do uso do empreendimento, uma vez que apenas tensões e cargas são consideradas (equilíbrio de momentos e forças)- Análise complementar para prever deformações (Sigma/W) • Módulos Slope, Seep e Sigma - Programa computacional GeoStudio 2007 (GeoSlope, 2007), que permite a pesquisa da superfície de ruptura empregando o método do equilíbrio limite preconizado por Morgenstern & Price. (Seep/W -Análise de percolação) entre outros softwares. ANÁLISE DE ESTABILIDADE REALIZADA PELO PROGRAMA SLIDE/W Estabilidade das Pilhas PROBLEMAS • Assoreamento dos leitos dos rios por material de capeamento (solo vegetal e solo residual) e por rejeitos da mineração; • Utilização de monitores hidráulicos para efetuar desmonte da cobertura do solo; • Carreamento de volumes enormes de lama para cursos de água, causando turbidez elevada a juzante das trabalhosas matas ciliares não protegidas dentro do que determina a legislação, utilização destas áreas como bota-fora dos rejeitos ou estéreis; PROBLEMAS • Desprezo da terra fértil, quando da limpeza de uma nova frente de trabalho; • Águas perenes e pluviais espraiando-se pelo pátio de obras.; • Falta de um lugar definido como local de bota-fora dos rejeitos; • Descaracterização do relevo, pondo em risco sítios de beleza, inibindo o fluxo turístico; • A não recuperação das áreas mineradas de forma generalizada, inclusive de lavras já abandonadas. NBR -13029 Norma Técnica que define os itens para a Elaboração e apresentação de projeto de disposição de estéril, em pilha, em mineração. • Itens para elaboração e apresentação de projeto: – Informação geral do empreendimento – Apresentação do projeto – Objetivo – Localização e características físicas do sítio da pilha – Dados utilizados para o projeto – Estudos de alternativas – Estudos hidrometeorológicos – Estudos hidrogeológicos – Estudos geológico-geotécnicos – Descrição da pilha – Análise e dimensionamento das obras componentes do sistema de disposição de estéril – Aspecto ambiental – Monitoramento – Medidas para abandono – Cronograma – Equipe técnica envolvida no projeto – Anexos ESTUDO DA NBR- 13029 • As análises de estabilidade de pilhas de estéril devem ser realizadas adotando-se fatores de segurança mínimos para as condições de saturação normal e crítica. • As análises devem estar em conformidade com as seguintes recomendações: – Condição de saturação normal (drenada): nível de água no contato pilha/fundação; fator de segurança mínimo de 1,50; – Condição de saturação crítica: elevação do nível de água no maciço da pilha até se atingir um fator de segurança de 1,30; – Na análise de estabilidade dos taludes entre bermas, considerar um fator de segurança mínimo igual a 1,50, em condição de saturação normal. ESTUDO DA NBR- 13029 • Estudos de estabilidade de uma massa de solo, avalia-se o comportamento geotécnico do maciço sob diferentes níveis de solicitação. • O projeto deve ser elaborado considerando-se a situação mais desfavorável, a partir da comparação entre as resistências disponíveis com as tensões atuantes na massa, levando-se em conta as influências relativas dos seguintes aspectos: – Comportamento drenado x não drenado; – Condições possíveis de saturação do solo (saturado x não saturado); – Ocorrência de superfícies de ruptura pré-existentes; – Ocorrência de descontinuidades ao longo do maciço. ESTUDO DA NBR- 13029 • Pilha de estéril – define-se as seções para as análises da estabilidade, incluindo-se: – Seção de maior altura da pilha, – Parâmetros geotécnicos dos materiais – Natureza dos mecanismos de ruptura fisicamente mais consistentes. Ex: ruptura plana ou circular, superfície de ruptura delimitada pela pilha ou englobando o corpo da pilha e a fundação, etc. Figura 1: Seção geológica-geotécnica de uma pilha para as análises de estabilidade Disposição em cava ESTUDO DE CASO - COMPLEXO MINERADOR ITABIRA PILHA DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL MARAVILHA PILHA DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL MARAVILHA Introdução A Pilha de Estéril PDE Maravilha está situada a noroeste da cava da Mina de Conceição do Complexo Minerador de Itabira, foi implantada no contraforte do Pico de Conceição, próxima ao divisor de águas dos vales da Barragem de Conceição e do Vale da Barragem do Itabiruçu. PILHA DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL MARAVILHA PILHA DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL MARAVILHA Introdução Sua operação foi de 1972 a 1990, para materiais provenientes da Mina de Conceição, consistindo essencialmente de solos de alteração de rochas do Grupo Nova Lima (xistos), itabiritos estéreis friáveis e quartzitos do Grupo Piracicaba. A pilha foi formada por lançamentos em ponta de aterro, os quais foram lançados a partir da crista (área “TC-9”), com utilização de correia transportadora e espalhamento com tratores, este sistema de deposição desencadeava rupturas constantes que facilitavam este método operacional de disposição.Outro ponto de lançamento acontecia pela ombreira direita, sendo efetuado com tratores a meia altura da pilha também em ponta de aterro e que também desencadeavam rupturas. PILHA DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL MARAVILHA Várias intervenções no período de 1988 à 1990 foram efetuadas , devido ao grande número de rupturas e deformações apresentadas, estas intervenções foram basicamente o lançamento de enrocamento de pé e reconformação na face da pilha com a introdução de bancadas, sem os devidos estudos de engenharia. Estas intervenções não atingiram os objetivos esperados. Descrição da ocorrência A partir de 1993, houve o aparecimento de novas trincas na crista da pilha e, em 1995, devido às condições precárias de estabilidade, optou pela desativação das operações desta pilha, efetuando a revegetação da mesma com as instabilizações ainda ativas. Apesardas intervenções efetuadas os problemas não foram resolvidos, ocorrendo o desenvolvimento de erosões que resultaram no agravamento do processo de degradação, principalmente na parte inferior da pilha PILHA DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL MARAVILHA Tipo de emissão/consequência Carreamento de finos/sedimento para a barragem jusante. Classificação da ocorrência ambiental Categoria 04 Ação iniciais/imediatas tomadas Comunicado aos orgãos de controle ambientais competentes. PILHA DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL MARAVILHA Análise de causa PILHA DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL MARAVILHA Plano de ação PILHA DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL MARAVILHA Projeto Seção Crítica - Materiais constituintes da Pilha Fundação Pilha Antiga Itabirito Xisto Banco 940 Banco 990 (Berma de até 50 m) Banco 910 (5 m) PILHA DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL MARAVILHA Projeto Revisão do Projeto da PDE Maravilha Volume de Aterro: 17 Mm3 Volume de Corte: 1,5 Mm3 Volume Útil: 15,5 Mm3 PILHA DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL MARAVILHA 2000 – Vista frontal PILHA DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL MARAVILHA 2008 – Abertura de acesso para início das obras PILHA DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL MARAVILHA 2009 – Obras civis em andamento PILHA DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL MARAVILHA 2009 – Obras civis em andamento. Construções de drenos de fundo PILHA DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL MARAVILHA Exemplo de construção de dreno de fundo – PDE Borrachudo PILHA DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL MARAVILHA 2009 – Obras civis em andamento. Construções de drenos de fundo. PILHA DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL MARAVILHA 2010 – Rebatimento das faces das bancada PILHA DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL MARAVILHA 2010 – Inicio da cobertura vegetal dos taludes com “topsoil” do próprio local. PILHA DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL MARAVILHA 2010 – Inicio da cobertura vegetal dos taludes com “topsoil” do próprio local. 2012 – Método de disposição sem controle PILHA DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL MARAVILHA 2012 – Método de disposição controlado. PILHA DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL MARAVILHA 2012 – Rebatimento das faces dos taludes com tratores CAT D6R. PILHA DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL MARAVILHA Ângulo do talude lançado – 33º Ângulo do talude rebatido – 26º. 2012 – Pilha em andamento PILHA DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL MARAVILHA 2013 – Bancos da pilha revegetado. PILHA DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL MARAVILHA 2000 – Antes PILHA DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL MARAVILHA 2010 - Durante PILHA DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL MARAVILHA 2013 - Depois PILHA DE DISPOSIÇÃO DE ESTÉRIL MARAVILHA
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