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Disciplina: Barragens de Terra Ementa: Fundamentos de Barragens de Terra; Estudos Topográficos; Estudos Hidrológicos; Estudos geologicos; Parâmetros Geotécnicos para barragens de Terra; Determinação da Geometria e dos Materiais do Maciço; Análise de Fluxo; Análise de Estabilidade; Construção de Barragens; Instrumentação e Monitoramento; Segurança de Barragens; Aspectos Ambientais; Exemplos Práticos. 1. Fundamentos de Barragens de Terra BARRAGEM, AÇUDE, REPRESA, DIQUE? Dique Geotecnia = obra hidraúlica que serve para proteger uma determinada área de inundações no período de enchentes. Geologia = Estrutura geológica. Açudar = represar (água) Represar = conter (água) Barragem = ação de barrar (água) Barragem = “qualquer obstáculo construído em um curso de água e que resulte no acúmulo de água e elevação do seu nível a montante da construção desse obstáculo” (Queiroz de Carvalho, 1999). 1.1 Introdução Por que construir uma barragem: Finalidades? Consumo humano Industria Irrigação Energia Elétrica Outros... Barragem - Materiais de Construção Areia Solo Brita Enrocamento Concreto ELEMENTOS DE UMA BARRAGEM Talude de jusante Fundação Maciço, Aterro ou corpo da barragem 1 n 1 n Talude de Montante Crista ou Coroamento TIPOS DE BARRAGENS Barragem Geotecnica Concreto Solo Enrocamento Homogênea Zoneada Com Núcleo Argiloso Com Face Impermeável a montante Gravidade Contraforte Arco NAmax 2,5 1 Hba 3,0 1 filtro NAmin B aterro TIPOS DE BARRAGENS – Barragem de terra (solo) 10,0 NA 1 0,2 0,2 1 1 H ba El te núcleo de argila enrocamento transição B TIPOS DE BARRAGENS Barragem de Enrocamento com núcleo argiloso NAmax B 1 Hba Elte plinto transição enrocamento Face Impermeável (Concreto, Geossintetico, CBUQ) TIPOS DE BARRAGENS Barragem de Enrocamento com Face Impermeável a montante 8,0 NAmax Hbl Elcr 1 Hba Elte TIPOS DE BARRAGENS – Barragem de Concreto Gravidade ELEMENTOS DE UMA BARRAGEM Talude de jusante Fundação Maciço, Aterro ou corpo da barragem 1 n 1 n Talude de Montante Crista ou Coroamento BARRAGEM – ESTUDO E PROJETO Finalidade? Quais os estudos necessários para elaboração do projeto e construção da barragem? Barragem x meio ambiente Legislação – licenças (LO, LI, LP) ESTUDOS BÁSICOS NECESSÁRIOS AO PROJETO DE UMA BARRAGEM I. Topográfico II. Hidrológicos III. Geológicos IV. Geotecnicos V. Ambiental ETAPAS DE ESTUDO I. Inventário II. Viabilidade III. Projeto básico IV. Projeto executivo 2. Estudos Topográficos • Objetivo: - Locação do eixo barrável, boqueirão e interpretação de curvas de nível. Fig. Levantamento Planialtimetrico - Posicionamento do eixo da barragem Fig. Seção Transversal Estudos Topográficos Fig. Planta da área de Inundação 2. Estudos Topográficos Área da bacia hidrográfica, A 2. Estudos Topográficos Pré-dimensionamento de barragens Fig. Curva: cota x área x volume 2. Estudos Topográficos a) Mapeamento geral: É a primeira avaliação das características da bacia hidrográfica, locações, explorações, situações dos empréstimos, pedreiras, rede viária e elétrica. Disponibilidade de mapas: - Órgãos Federais - IBGE – SUDENE - outros - Órgãos Estaduais e Municipais - Fotografias Aéreas (esterescópio) - Fotografias de Satélites 2. Estudos Topográficos b) Levantamentos Topográficos : b1. Altimetria: determinação das cotas ou distâncias verticais de um certo número de pontos referidos ao plano horizontal de projeção ou referência de nível; b2. Planimetria: representação em projeção horizontal dos detalhes existentes na superfície. Emprego de Teodolitos, Estação Total. b3. Fotogrametria: determinação do relevo do terreno, principalmente de grandes extensões, através de máquinas fotográficas. Aerofotogrametria = fotografia aérea. Estereoscópio - escala 1:20.000. Satélites 2. Estudos Topográficos c) Fatores topográficos que influenciam no projeto de barragens: c.1) Declividades das ombreiras: - Muito suaves e regulares: sem problemas - Íngremes e irregulares: problemas de ocorrência de recalques diferenciais do maciço compactado causando riscos potenciais de fissuramento do corpo. c.2) Distância e relevo das jazidas de materiais de construção e seus acessos: Fator econômico determinante do tipo de barragem. 2. Estudos Topográficos c.3) Geometria longitudinal das encostas: c.3.1) no sentido paralelo ao rio: -Vales alongados: permitem qualquer tipo de seção transversal de barragem. - Vales curtos: limitam a escolha à barragem de terra e enrocamento com núcleo argiloso ou com face de concreto. c.3.2) no sentido transversal ao rio: - Vales estreitos: propiciam a construção de barragens arqueadas de eixo curvo, aproveitando a contribuição das pressões hidrostáticas transmitidas pelo reservatório para manter sempre tensões de compressão ao longo da seção longitudinal da barragem, fechando eventuais trincas devido aos recalques diferenciais. c.4) Depressões no fundo rochoso do rio: influencia na posição do eixo do maciço principal e da ensecadeiras. Determinação da curva volume x cota Nesses casos, torna-se necessário traçar as curvas de nível (levantamento planialtimétrico) da área que será inundada. Fig.- representação esquemática das curvas de nível em um local onde será construída uma barragem Como observa-se na fig. abaixo., entre cada duas curvas de nível, existirá um determinado volume de água acumulado, o que nos leva à conclusão de que a soma dos volume existentes entre as curvas de nível fornecerá o volume total aproximado do reservatório. Fig.2- representação esquemática do volume de água entre duas curvas de nível subsequente. O levantamento topográfico permitirá obter a área delimitada por cada curva de nível, e, sabendo-se a diferença de nível entre elas, pode-se então utilizar a seguinte expressão, para calcular o volume de água entre duas curvas de nível subsequentes: Em que: • 𝑉𝑛 = volume de água armazenado entre a curva de nível ”n” e “n-1”, em 𝑚 3; • 𝑆𝑛−1 = área delimitada pela curva de nível no. “n-1”, em 𝑚 2; • 𝑆𝑛 = área delimitada pela curva de nível no. “n”, em 𝑚 2; • h = distância vertical enre as curvas de níveis “n” e “n-1”, em m. 𝑉𝑛 = 𝑆𝑛−1 + 𝑆𝑛 2 × ℎ Exemplo: 𝑉1 = 𝑆1−1 + 𝑆1 2 × ℎ Vol. Entre S0 e S1: 𝑉1 = 𝑆0 + 𝑆1 2 × ℎ Vol. Entre S2 e S1: 𝑉2 = 𝑆2−1 + 𝑆2 2 × ℎ 𝑉2 = 𝑆1 + 𝑆2 2 × ℎ 𝑉3 = 𝑆2 + 𝑆3 2 × ℎ Vol. Entre S3 e S2: 𝑉3 = 𝑆3−1 + 𝑆3 2 × ℎ Exemplo: 𝑉4 = 𝑆4−1 + 𝑆4 2 × ℎ Vol. Entre S4 e S3: 𝑉4 = 𝑆3 + 𝑆4 2 × ℎ Vol. Entre S4 e S5: 𝑉5 = 𝑆5−1 + 𝑆5 2 × ℎ 𝑉5 = 𝑆4 + 𝑆5 2 × ℎ 𝑉6 = 𝑆5 + 𝑆6 2 × ℎ Vol. Entre S6 e S5: 𝑉6 = 𝑆6−1 + 𝑆6 2 × ℎ E assim, por diante. A Fig. abaixo apresenta uma ilustração dessa curvas de nível, no plano perpendicular ao fluxo do rio, no local onde será construída a barragem. Nota-se, a curva S0 deverá ser traçada bem próxima a margem do leito do curso d’água, e por isso, o volume de água acumulado a baixo dela (corresponde a altura “y”) não será contabilizado nos cálculos. Fig. – Representação esquemática das laminas d’água no eixo da barragem O volume total (VT) de água represada será dada por: VT = V1+V2+...+ Vn. A Fig. 4 ilustra os volume parciais, quando acumulados um a um, a partir de curvas de níveis. Fig. – Curva volume x cota (lamina de água) Cota: 6,5 m Área inundada: 32 ha Volume: 0,1 Hm3 Vazão regularizada: ? Cota: 7 m Área inundada: 200 ha Volume: 0,7 Hm3 Vazão regularizada: ? Cota: 8 m Área inundada: 815 ha Volume: 5,7 Hm3 Vazãoregularizada: 1,0 m3/s Cota: 9 m Área inundada: 1.569 ha Volume: 17,6 Hm3 Vazão regularizada: 1,5 m3/s Cota: 10 m Área inundada: 3.614 ha Volume: 43,6 Hm3 Vazão regularizada: 3,5 m3/s Cota: 11 m Área inundada: 7.841 Volume: 101 Hm3 Vazão regularizada: 5,0 m3/s Cota: 12 m Área inundada: 10.198 ha Volume: 191 Hm3 Vazão regularizada: 7,0 m3/s Cota: 13 m Área inundada: 12.569 ha Volume: 305 Hm3 Vazão regularizada: 8,0 m3/s Cota: 14 m Área inundada: 14.434 ha Volume: 440 Hm3 Vazão regularizada: 8,0 m3/s Cota: 15 m Área inundada: 16.353 ha Volume: 594 Hm3 Vazão regularizada: 8,5 m3/s 55,00 60,00 65,00 70,00 75,00 80,00 85,00 90,00 95,00 100,00 0,00E+00 1,00E+07 2,00E+07 3,00E+07 4,00E+07 5,00E+07 6,00E+07 7,00E+07 co ta ( m ) Volume (m3) 3. Estudos Hidrológicos 1) Objetivo: Definição das características hidráulicas da obra. 2) Investigações Hidrológicas: a) O rendimento hídrico do rio b) A capacidade do reservatório (evaporação, perdas eventuais, evapotranspiração, infiltração, etc) c) A quantidade d'água necessária para as finalidades da obra d) A taxa anual de deposição de sedimentos no reservatório e) A intensidade e freqüência das cheias (capacidade do sangradouro) f) As condições da água subterrânea (tipo de fundação) 3) Fases de um Estudo Hidrológico: a) Coleta e reconhecimento de dados existentes b) Verificação dos dados existentes e obtenção de novos dados c) Estudos metodológicos, estatístico-probabilísticos para a definição das leis que regem a participação dos fenômenos hidrológicos no projeto. 3. Estudos Hidrológicos 4) Métodos Hidrológicos para Dimensionamento das Obras: -Racional: Leis hidrológicas deduzidas dos dados disponíveis (Rippl, Aguiar) – modelo determinístico. -Correlação: Utilização de dados de uma região semelhante. -Empírico: Específico do local. - Modelos Estocásticos: Séries sintéticas (geração), Simulação do balanço hídrico, Estimativa de vazões regularizadas, sangradas e evaporadas, Diagrama triangular de regularização. 3. Estudos Hidrológicos 4. Estudos Climáticos As condições climáticas influem decisivamente na escolha do tipo de barragem a ser construída. Os fatores mais importantes são: a) Vento - duração, intensidade e direção b) Umidade do ar - variações c) Temperatura - máximas, médias e mínimas d) Pressão - variações Influência da umidade do ar e dos ventos nas barragens: Possibilidades de redução, por evaporação, de umidades excessivas de materiais argilosos de jazidas e conseqüentemente sobre as pressões neutras construtivas e as declividades dos taludes. Influência dos ventos no dimensionamento das barragens: Provocam ondas na superfície do reservatório que, conseqüentemente definiram as dimensões da borda livre e a cota da crista da barragem. 4. Estudos Climáticos Influência das chuvas: Nos dias trabalháveis para as máquinas de terraplenagem e conseqüentemente sobre os prazos construtivos. Barragens de concreto: As modificações climáticas afetam as estruturas, portanto, são necessários dispositivos técnicos adequados para contornar os problemas principalmente de dilatação e contração. 4. Estudos Climáticos 5. Estudos Geológicos Objetivos: 1) Identificar os conjuntos contínuos e homogêneos, bem como determinar as suas fronteiras e as propriedades dos materiais pertencentes aos mesmos. 2) Tentar identificar e caracterizar o melhor possível as descontinuidades eventuais. Áreas influenciadas: 1) Fundações e ombreiras: os estudos geológicos deverão prosseguir até profundidades em que as solicitações hidráulicas e geomecânicas transmitidas pelo reservatório não tenham mais efeito. 2) Jazidas de materiais de construção: os estudos geológicos deverão fornecer todas as informações necessárias sobre as potencialidades das áreas adjacentes e próximas do local da barragem. Identificando todos os materiais disponíveis desde os solos finos argilosos até as areias e cascalhos naturais e os materiais rochosos, 5. Estudos Geológicos Fases dos estudos geológicos: 1) Coleta de dados, reconhecimento de mapas geológicos e relatórios técnicos sobre a região, fotografias aéreas, pesquisas geofísicas, etc. 2) Elaboração de cartas geológicas com relatórios técnicos descrevendo os tipos de rocha e solos, falhas constatadas, os níveis da água, etc. 3) Sondagens ao longo do eixo da barragem, sangradouro e locais de empréstimos e pedreiras. 5. Estudos Geológicos Fig. Mapa Geologico Fig. Mapa geológico Local Objetivo: Os estudos geotécnicos consistem das caracterizações dos solos e rochas, ou seja, são classificados quanto às propriedades geomecânicas e hidráulicas. O meio de obter-se essas características é através de ensaios de campo e laboratório realizados em amostras dos solos e rochas. 5. Estudos Geológicos ENSAIOS: Para os solos: 1. Granulometria 2. Limites físicos de Atterberg 3. Densidade de campo 4. Umidade 5. Permeabilidade 6. Proctor 7. Resistência à penetração 8. Adensamento 9. Cisalhamento 10. Expansibilidade 11. Dispersividade, etc Para as rochas: 1. Resistência às intempéries 2. Massa específica 3. Abrasão, etc. 6. Estudos Geotecnicos 7. Estudos Ambientais Necessidade dos Estudos • Lei 6938/81 - Política Nacional de Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação. • Conama 06/87 - licenciamento ambiental para exploração, geração e distribuição de energia elétrica. • Conama 237/97 - licenciamento ambiental de empreendimentos de grande porte. Órgão Licenciador IBAMA - impacto regional ou nacional • Localizadas/desenvolvidas conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; na plataforma continental; na zona econômica exclusiva; em terras indígenas ou em unidades de conservação de domínio da união. • Localizadas/desenvolvidas em dois ou mais estados; impactos ultrapassem limites do País ou de um ou mais estados. Órgão Licenciador IBAMA - impacto regional ou nacional • Destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas forma e aplicações, mediante parecer da CNEN. • Bases ou empreendimentos militares - observada legislação específica. Órgão Licenciador ORGÃO AMBIENTAL ESTADUAL • Localizados/desenvolvidos em mais de um Município ou em UC estadual ou do DF. • Florestas e demais formas de vegetação natural permanente (4771/65) ou aquelas instituídas por normas federais, estaduais e municipais. • Impactos ultrapassam limites de um ou mais municípios. • Delegado pela União (por instrumento legal). Órgão Licenciador • IBAMA Nacional - Autorização para supressão de vegetação - (Portarias IBAMA 48 e 113/94) . • FUNAI - Estatuto do Índio (Lei 6001/73) e Ações de Proteção Ambiental das Terras Indígenas e seu entorno (Dec. 1141/94). • IPHAN - Proteção dos Monumentos Arqueológicos e Pré- históricos (Lei 3924/61) e Permissão para Pesquisas (Portaria 07/88). Fases do Licenciamento LP - Licença Prévia Início do estudo de viabilidade da UHE. LI - Licença de Instalação Antes da licitação para implantação do empreendimento. LO - Licença de Operação Antes do fechamento da barragem. 7. Estudos Ambientais • Meio Biótico Áreas Prioritárias para Conservação Bioindicadores • Meio Socioeconômico Caracterização dos Municípios nas Áreas de Influência Dinâmica Populacional nas Áreas de Influência Uso e Ocupação do Solo na Área de Influência Direta • Meio Socioeconômico Infra-Estrutura da Área de Influência Direta do Empreendimento Caracterização das Comunidades Diretamente Afetadas Saúde e Saneamento na Área de Influência DiretaEducação na Área de Influência Direta Lazer, Turismo e Cultura na Área de Influência Direta 7. Estudos Ambientais • Meio Socioeconômico Atividade e Estrutura Produtiva e de Serviços na Área de Influência Direta Organização e Dinâmica Social, Cultural e Política Comunidades Indígenas Identificação dos Patrimônios Arqueológico e Histórico e Cultural • Análise Integrada • Identificação e Avaliação dos Impactos Ambientais 7. Estudos Ambientais • Medidas Mitigadoras e Compensatórias, e Programas de Controle e Monitoramento • Plano de Contingência • Detalhamento dos Programas • Custos Ambientais 7. Estudos Ambientais Principais Impactos • Meio Físico mudança da paisagem regional inundação de jazidas minerais sismicidade induzida alteração do nível freático instabilidade e erosão de encostas marginais áreas de bota-fora alterações microclimáticas perda de solos agricultáveis Principais Impactos • Meio Físico alteração na capacidade de uso das terras alteração do regime hidrológico a jusante retenção de sedimentos transportados pelo rio eutrofização das águas do reservatório estratificação do reservatório alteração na qualidade da água a jusante Principais Impactos • Meio Biótico perda de vegetação ciliar perda de vegetação de terra firme fragmentação de habitats terrestres alterações nas condições dos tabuleiros de tartarugas deslocamento e morte de animais Principais Impactos • Meio Biótico alterações e modificações nos habitats aquáticos (jusante e montante) proliferação de macrófitas aquáticas interrupção da migração da fauna aquática proliferação de vetores de doenças mortandade de peixes (jusante e montante) Principais Impactos • Socioeconomia expectativa da população diante do empreendimento desordenação territorial alteração da polarização urbana demanda de áreas para reassentamento rural e urbano rompimento das relações sociais pré-existentes alterações das referências culturais da população Principais Impactos • Socioeconomia perdas de locais de recreação e lazer mudança no comportamento sociocultural e das atividades econômicas da população atingida surgimento de pólos de atração migratória perda de áreas rurais alterações na infra-estrutura aumento da demanda de serviços e equipamentos sociais aparecimento de focos de doenças • Estudos e projetos são executados em quatro etapas; • Antes dos estudos → estimar o potencial hidroelétrico; Etapa I – Inventário • Função do Inventário → estabelecer a melhor divisão de queda da bacia; • Dificuldade de otimização → cidades, estradas, jazidas, parques nacionais e indígenas, entre outras; • Possíveis variações futuras; • Cada local de aproveitamento é definido em um trecho de 1 a 5km; • Fornece as características de aproveitamento relativas as suas finalidades múltiplas e as respectivas estimativas de custos. 8. Etapas de Estudos de uma bacia hidrográfica Etapa II – Viabilidade • Análise técnico-econômica dos possíveis eixos, dentro do trecho definido na fase de Inventário; • Definição da melhor alternativa do eixo para a barragem; • Definição do arranjo geral. Para tal, faz-se necessário: - Ensaios de caracterização; - Verificação superficial de materiais disponíveis; - Verificação de fuga geológica; - Verificação de estabilidade de taludes naturais; - A possibilidade de assoreamento. Etapa III – Projeto Básico • Definição final da obra; • São elaborados: - Memoriais descritivos; - Especificações técnicas e o dimensionamento final das estruturas; - Plantas e cortes das estruturas e dos equipamentos permanentes; - Cronograma de execução da obra e orçamento final. • Estas atividades são realizadas com o objetivo de levar a obra à licitação; • Obtenção dos dados para elaboração do projeto → investigações de campo e laboratório; Etapa IV - Projeto Executivo • Realizado durante o decorrer da obra; • Detalhamento do projeto básico; • Realização ensaios de campo e de laboratório → verificar os dados do projeto básico com os da obra. • Contém o “As Built” → são descritas as modificações realizadas no projeto básico • As “Built” → extrema importância em medidas corretivas. Observação: As Built é uma expressão em inglês que significa “como construído” e na prática ganha um significado mais amplo que é o levantamento métrico de todos os elementos e estruturas existentes com altíssimo nível de detalhamento. Índice Custo-Benefício Energético (ICB) • Relação entre o custo anual de cada aproveitamento e o benefício em energia obtido por sua operação. • Expressos em US$/MWh Índice Ambiental • Valor numérico que expressa a intensidade do impacto ambiental sobre a área de estudo; • Pode ser obtida pela relação entre a área inundada e a potência instalada. Dimensões básicas Cota da Crista = cota da soleira do vertedouro (Cs) + revanche (R) Cc = Cs + Hs + F onde: • F – folga (m) • h = altura das ondas (m) • v = velocidade das ondas (m/s) • g = aceleração da gravidade (m2/s) Fórmulas de Gaillard: v = 1,5 +2h Revanche (R)= lamina de sangria (Hs)+ folga (F) • Cs - soleira do sangradouro; • Hs - lâmina máx. de sangria p/ descarga milenar amortecida; • F - folga Fórmula de Stevenson L < 18km → h = 0,75 + 0,34 L − 0,26 L 4 L> 18km → h = 0,34 L h – altura da onda – m L – “fetch” - km Fórmula de Molitor L < 30km → h = 0,75 + 0,032 vL − 0,27 vL 4 L> 30km → h = 0,032 vL h – altura da onda – m v = velocidade dos ventos (km/h) Ct HB = Cc - Ct 9. Determinação da Geometria e dos Materiais do Maciço Fetch - é a maior distância em linha reta, por cima do espelho d'água a partir da barragem. DETERMINAÇÃO DE Ha: Inclinações dos Taludes I. Para pequenas barragens homogêneas: (H < 15 m) Nomenclatura: G – gravel (pedregulho), S – sand (areia), M – silte (moan), C – clay (argila), W – well (bem), P – poorly (mal), H – high (alta), L – low (baixa). OBS: Esvaziamento rápido: > 15 cm/dia Cont. Para pequenas barragens homogêneas: (H < 15 m) Barragens de Terra – zoneamento Barragem de terra zoneada (ou zonada) Barragens de Terra – (Seções Típicas) Barragem de terra homogênea – com enrocamento de pé Barragem de terra homogênea Barragens de Terra – (Seções Típicas) Barragem de terra homogênea – com tapete drenante Barragem de terra homogênea – com filtro inclinado Barragens de Terra – (Seções Típicas) Fundação Permeável – profundidade pequena (II) Para grandes barragens homogêneas: (H >15 m) A análise de estabilidade para as situações críticas a que a barragem poderá estar submetida usando os parâmetros dos solos determinados em laboratório é uma das maneiras mais seguras para a definição de m. Proteção do Talude Talude de Montante 1. “rip-rap” lançado; 2. “rip-rap” arrumado ; 3. Solo-cimento; 4. Revestimento de concreto; 5. Pedras arrumadas; Proteção do Talude - Talude de Montante Segunado o TVA (Tenessee Valley Authority): e1=cv 2 1. Enrocamento (e1) Dimensionamento do rip-rap: 2. Filtro (e2): U. S. Bureau of Reclamation: Proteção do Talude Talude de Montante Dimensionamento do rip-rap Proteção do Talude Talude de Montante Solo-cimento UHE TUCURUÍ Talude de Montante - Solo-cimento (UHE TUCURUÍ) Talude de Montante - Solo-cimento (UHE TUCURUÍ) Talude de Montante - Solo-cimento (UHE TUCURUÍ) Talude de Jusante a. Plantio de espécies vegetais (grama, salsa, etc) - regional. b. Camada de pedra (regiões muito secas, 0,30 m de brita ou seixos rolados). c. Drenagem superficial. Coroamento Proteção: Para pequenas barragens: Camada de pedrisco, Camada de piçarra (0,30 m), etc.Declividade de 1 % a 2% a partir do eixo na direção dos paramentos. Para barragens maiores: (com passagem de rodovia) Pavimentação, Meio-fio, Guarda-corpo, Acostamento, Iluminação, etc. • Quais são os defeitos que a fundação apresenta que pode causar problemas na barragem? I. Recalques diferenciais Trincamento; Rompimento da barragem II. Percolação Excessiva Perda de água excessiva I. Resistência Ruptura da barragem (tombamento ou deslizamento) 10. Tratamento de fundações em solos Solos Problemáticos • Solos Porosos Permeáveis •Perda d´Água Excessiva • Solos Moles (SPT < 4) •Recalques Excessivos (Adensamento) •Instabilidade de Taludes • Solos Colapsíveis •Recalques Bruscos e Diferenciais •Diagnóstico Formas de corrigir os defeitos É Possível? SIM! NÃO Abandono! Solução? Convive com o problema ou Tratamento da fundação Solos Porosos Permeáveis Soluções de Percolação • Eliminação • Cut-Off (Trincheira Total) • Parede Diafragma • Cortina Injetada • Redução • Trincheira Parcial • Tapete de Montante • Controle • Drenos de Pé • Poços de Alívio Soluções de Eliminação Cut-Off (Trincheira Total) D = 0,3 H D < 35 m D o Vantagens do “cut-off” 1. Substituição de um material natural por um industrializado; 2. Custo baixo – é feito com equipamentos que já estão na obra de barragem; 3. “ganho” de um a investigação geologica-geotecnica visual o Desvantagem do “cut-off” Quando viola as dimensões, a solução fica cara! Parede Diafragma D < 65 m D Quando a espessura da camada de fundação ultrapassa os valores do cut-off. Parede Diafragma Equipamento: CLAM-SHELL Seção transversal e em planta de uma barragem mostrando localização do diafragma o Vantagem Atingir grandes profundidades o Desvantagens 1. Não tem controle tão eficiente quanto o cut-off. O material é industrializado, mas não há controle tecnologico; 2. Os equipamentos usados não são convencionais em obras de barragens; 3. Não permite avaliar as paredes visualamente as paredes da escavação como no cut-off. 4. O concreto tem módulos muito altos em relação ao material do núcleo→concentração de tensões, tricamento do núcleo; Cortina Injetada D < 250 m • Observações: Teoricamente a solução é boa, mas na prática não dar para saber quanto a permeabilidade pode ser reduzida. Permeabilidade pode ser reduzida em 10 vezes (solução ruim!) ou 250 vezes (solução boa!) Se algum contato falhar a água passa; Em solo, portanto, é difícil controlar os contatos. Soluções Combinadas Soluções de Redução Trincheira Parcial D Tapete de Montante Lt Soluções de Controle Dreno de Pé & Poços de Alívio Solos Moles Instabilidade de Taludes Camada Fina (Até 10%H) Remoção Solos Moles Instabilidade de Taludes Camada Espessa Bermas de Equilíbrio Solos Moles Recalques por Adensamento Camada Espessa Drenos Verticais Solos Colapsíveis Camada Espessa Compactação Pesada Canalículos de Tucuruí Exemplo: Ruptura – Pequena Barragem 11. Problemas em Fundações em Rocha • Maciço Rochoso Fraturado • Perda d´Água Excessiva • Descontinuidades Lisas ou Preenchidas • Instabilidade de Taludes • Topo Rochoso Irregular • Recalques Diferenciais Induzidos Crista da Barragem Recalques Diferenciais Induzidos no Maciço Soluções e Tratamentos • Limpeza • Regularização do Topo Rochoso • Cortina de Injeções • Profunda • Rasa (Consolidação) • Tapete de Consolidação Limpeza Crista da Barragem Regularização do Topo Rochoso Cortina de Injeções Objetivos: Em barragem de terra a principal finalidade das injeções é obstruir os caminhos preferenciais de percolação do maciço rochoso, eliminando assim o risco de carregamento de finos (sejam do aterro ou da fundação), com o que se evita o risco de “piping” Cortina de Injeções Nos maciços rochosos as injeções têm pois a finalidade de obstruir os caminhos preferenciais de fluxo, redistribuindo-os, sendo assim uma maneira de tornar o maciço mais homogêneo. Objetivos (cont.): Para fundações muito permeáveis as injeções podem ser executadas visando não apenas eliminar o risco de “piping”, mas também com a finalidade de reduzir as vazões Cortina de Injeções Quando executar injeções? Depende das características do maciço rochoso de fundação; Tipo de seção da barragem. À necessidade e quantidade de injeções = f (permeabilidade do maciço rochoso) ETAPAS DA INJEÇÃO: - Perfuração dos furos na rocha - Limpeza do furo e do local - Ensaio de Perda d´água - Bombeamento da calda de cimento para dentro dos furos Cortina de Injeções ESPAÇAMENTO DOS FUROS: Cortina de Injeções ESPAÇAMENTO DOS FUROS: O espaçamento final é função da absorção de calda nos furos precedentes, sendo a cortina iniciada com espaçamento da ordem de 12m e chegando ao final com espaçamento de 3m ou 1,5m; Cortina de Injeções ESPAÇAMENTO DOS FUROS: (a) trechos de furos primários, (b) secundários com absorções de calda elevada, (c) zonas superficiais do maciço muito alteradas Pormenor de como são tratadas diferentes tipos de descontinuidades Cortina de Injeções Famílias de descontinuidades: (a) com inclinações irregulares, (b) verticais e horizontais, (c) a sub-vertical é mais importante do que as restantes, (d) que permitem a execução de furos verticais Cortina de Injeções Cortina de Injeções Cortina de Injeções Cortina de Injeções INCLINAÇÃO DOS FUROS: vertical e inclinados (maior eficiência) ETAPAS DE CADA FURO: ascendente ou descendente PRESSÃO DE INJEÇÃO: Função de: - Tipo e continuidade das fraturas na rocha - Resistência da rocha - Consistência da calda a ser usada - Permeabilidade da rocha - Forma do vale - Profundidade do furo a ser preenchido - História prévia da rocha Cortina de Injeções Cortina de Injeções PRESSÃO DE INJEÇÃO DE CIMENTO: Pressão de Injeções - variam de 25kPa por metro de profundidade (escola americana) a 100kPa por metro de profundidade (escola européia); Definem as pressões a serem adotadas nos ensaios de perda d'água e nas injeções, o espaçamento, a profundidade e inclinação dos furos, etc. Representação gráfica da (1) “regra europeia” e (2) “regra americana” (adaptado de Warner, 2004) PRESSÃO DE INJEÇÃO DE CIMENTO: Cortina de Injeções Os furos para as injeções em geral são executados com equipamentos a roto-percussão (SONDA ROTATIVA), eventualmente rotativos, com diâmetro mínimo de 63,5mm (2½”) Cortina de Injeções CALDA DE CIMENTO: Função do tamanho da fissura: Traço: 1:1 até 1:10 Maioria (mais utilizado): 3:1 e 5:1 Caracterização dos diferentes tipos de cimento utilizados atualmente Resumo dos vários aditivos, fillers e adjuvantes possíveis de utilizar na produção de caldas à base de cimento, bem como os seus efeitos e dosagem típica t Caldas Ideais Fator de Sedimentação T em p o d e E sc o am en to Relação Água-Cimento Ensaiada t Caldas Ideais Fator de Sedimentação T em p o d e E sc o am en to Relação Água-Cimento Ensaiada Curva de injetabilidade Calda de injeção - relação água:cimento de 0,7:1 em peso Escolha da calda de Injeções Técnica para a execução de um furo descendente com obturador Técnica para a execução de um furo ascendente com obturador Maciços: (a) forma ideal, (b) forma incorreta e (c) em extensão, sobre a zona a tratar Cortina de Injeções Caso-Histórico de Zabumbão NA NA Caso-Histórico de Camará Resultado de imageamento ecográfico bidimensional de subsuperfície por reflexão eletromagnética (GPR) (Fonte relatório SEMARH)Seção geológica elaborada a partir das sondagens do Projeto Básico. Seção geológica elaborada a partir das sondagens do Projeto Básico e das 3 sondagens adicionais. Seção geológica elaborada a partir das sondagens do Projeto Básico e das 3 sondagens adicionais, indicando (em vermelho) a posição da superfície de ruptura. Esquema reconstituindo a interpretação geológica feita durante construção, apoiada por perfurações, na qual não se percebeu a continuidade da zona de cisalhamento (ZC), devido a ondulações e adelgaçamentos da mesma, conduzindo a julgamento inadequado das características da feição geológica. Representação esquemática do modelo geológico do local da barragem Interpretação geológica Concreto com lixiviação e processo corrosivo desencadea Ruptura de uma barragem durante a construção, Mato Grosso (2009) Coluvio - CO Solo Residual - SR Vista 3D do Boqueirão Tratamento de fundação - Exemplo Coluvio - CO Solo Residual - SR Vista 3D da Barragem Coluvio - CO Solo Residual - SR Coluvio - CO Solo Residual - SR Escavação do cut-off até a cota do arenito Tratamento de fundação Coluvio - CO Solo Residual - SR Cortina de injeção apatir da base do cut-off Tratamento de fundação Coluvio - CO Solo Residual - SR Vista 3D: Barragem- Reservatório Vista 3D: Barragem- Reservatório Coluvio - CO Solo Residual - SR Solo Residual - SR Coluvio - CO Arenitos Finos Silicificados – AR (F) Cortina de Injeção Cut-off N.A. máx. Coluvio - CO Solo Residual - SR Vista 3D: Barragem- Reservatório Solo Residual - SR Arenitos Finos Silicificados – AR (F) Cortina de Injeção Cut-off N.A. máx. 13. Estudo de Percolação em barragens • Estudo de percolação → importante para o dimensionamento da barragem; • Obtenção da Rede de Fluxo: • Gradientes hidráulicos (potencial de piping) • Poropressão (estabilidade de taludes) • Vazão (dimensionamento dos filtros) Métodos de Determinação da Rede de Fluxo • A rede de fluxo pode ser obtida por: - Traçado manual; - Modelos reduzidos; - Analogia elétrica; - Métodos numéricos. Solução Gráfica (Traçado Manual) Solução Gráfica (Traçado Manual) •Condições de contorno Formar famílias de curvas que se interceptam ortogonalmente; • Uma das famílias de curvas → linhas de fluxo; • A outra família → equipotenciais; • Definir a geometria e as condições de contorno; • Traça-se as linhas de fluxo e equipotenciais; • Deve-se observar a perpendicularidade entre linhas; • Entre duas equipotenciais sucessivas as perdas de carga são constantes. N.A. h h h h h h N.A.N.A. h h h h h h • Traçar um número mínimo de equipotenciais → obter as outras através de interpolações; • Determinação da linha freática → inferir a linha freática inicial. • Anisotropia → transformação da escala geométrica • Calcular gradiente e poropressão → retornar o projeto para a escala original; • Anisotropia e heterogeneidade de materiais são de difícil solução manual; 1 - Solução de Dupuit 2 - Solução de Schaffernak 3 - Solução de Leo Casagrande 4 - Solução de Povlovsky 5 - Determinação da linha freática 6 - Determinação da pressão neutra 7 - Uso de filtros nas barragens 8 - Correção na entrada da linha freática 9 - Construção da rede de fluxo na barragem 10 - Rede de fluxo nas barragens zoneadas PERCOLAÇÃO NAS BARRAGENS DE TERRA qQ hH hH d h qQ f h d H h h f Q q h ou ou H – Perda de carga total q h Interpretação da Rede de Fluxo a) Vazão total 1 a b b) Poro-pressões Conhecido o valor da carga hidráulica em um ponto, pode-se obter hp, uma vez que a coordenada z já é conhecida (pela geometria). A poro-pressão será dada por: wphu g c) Gradientes hidráulicos O gradiente hidráulico em uma malha qualquer da rede de fluxo é dado por: sendo h a perda de carga entre equipotenciais e H perda de carga total (H = hi ou H = nd x hi) qnl H l h i . d) Velocidades aparentes de vazões localizadas As velocidades aparentes são obtidas a partir do gradiente hidráulico naquele ponto: e as vazões a partir das velocidades: kiv Aq Exemplo: Para a rede de fluxo na fundação da barragem de concreto de gravidade da fig. abaixo, obter o diagrama de subpressões e calcular a vazão e o gradiente de saída (este elemento da rede de fluxo possui 3,5 metros de comprimento). A permeabilidade da fundação é de 5 × 10-9 m/s. El 12,9m Solução: Carga Total de Montante (NAmontante) 28,2 m Carga Total de Jusante (NAjusante) 20,4 m Carga total dissipada (H=NAmontante - NAjusante) 28,2 – 20,4 = 7,80 m Número de equipotenciais (neq) 14 Número de linhas de fluxo (nlf) 5 Número de queda de equipotencial (nd = neq - 1) 13 Numero de canais de fluxo (nf = nlf - 1) 4 Perda de carga entre equipoteciais (h=H/nd) 7,8/13 = 0,60 Vazão (Q=K.(nf/nd).H) 5.10-9 m/sx (4/13) x 7,8 m = 1,20.10-8m3/s/m Gradiente= (H/nd)/L (7,8m/13)/3,5m=0,11 Observação: para o cálculo do gradiente, escolhe o elemento mais desfavorável, que é o menor elemento entre os ponto de saída junto ao pé da barragem. Zi (m) Cálculo da subpressão: Linha de fluxo superior ou linha Freática: definida como sendo o lugar geométrico dos pontos submetidos à pressão atmosférica, ou seja, de pressões u = 0. Exemplo: Com relação ao controle de fluxo através da barragem, pede-se: a) A Figura abaixo apresenta uma seção típica de uma barragem, estime a vazão (Q) que atravessa o maciço de terra por metro de comprimento do dique, expressa em (m3/s)/m. Considere Ksolo do maciço= k = 10 -7 cm/s; b) A poro-pressão nos pontos A e B, indicados na figura. Figura – Croqui da seção transversal A B 1,2 m 4,2 m h nq nf kQ Z u ZhpH w g H n n HH d A dA nd H h msmmsmH nq nf kQ //107,22,7 8 3 /10 399 mHHHH A d A dA n n 95,42,7 8 5,2 2,7 kPazHuz u HzhH wA A AA w AA Ap A A 5,3710)2,195,4()( g g mHHHH B d B dB n n 4,52,7 8 2 2,7 kPazHuz u HzhH wB B BB w BB BpB B 1210)2,44,5()( g g a) b) Efeito da anisotropia na rede de fluxo Exemplo: Calcule a quantidade de água que escoa através da barragem indicada na figura. 3 0 ,0 0 N.A. 2 7 ,0 0 m 85,00m 60,00m 85,00m 6,00m 49,00 m 49,00 m 34,60 m 3,50m N.A. Seção Transformada 1 2 3 4 0,3 m m = 42,525 d = 20,875 a = 16,90 N.A. Seção Transformada 1 2 3 4 0,3 m m = 42,525 d = 20,875 a = 16,90 N.A. Seção Transformada 1 2 3 4 0,3 m m = 42,525 d = 20,875 a = 16,90 N.A. nf=3 nq=11 Modelos Reduzidos • Construir a seção reduzida; • Colocar água com corante para percolar; • Visualizar as linhas de fluxo; • Equipotenciais → piezômetros espalhados pelo perfil; • Difícil de obter a linha freática; • A vazão medida → muito maior que a de campo → influência da face de vidro. Métodos Numéricos •Diferença muito grande de permeabilidade → instabilidade de solução no programa; • Dados confusos na região da freática e entrada do filtro; • Solução: - Desenhar manualmente a rede de fluxo no local; - Dividir o filtro em várias camadas com permeabilidades crescentes. 366,50 SC NUCLEO SC ESPALDAR SC ESPALDAR ARENITO SUPERFICIAL ARENITO PROFUNDO 3 1 1 3 360,00 341,60 A B 342 3 4 3 3 4 4 3 4 5 3 4 6 3 4 7 3 4 8 3 4 9 3 5 0 3 5 13 5 2 3 5 3 3 5 4 3 5 5 3 5 6 Seção BR-LR – Tapete L=50m (Condição de Operação – Rede de Carga Total) X Y -G ra d ie n t Distance 0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0 1 2 3 4 X Y -G ra d ie n t Distance 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 (a ) Ponto A (b) Ponto B Seção BR-LR – Tapete L=50m Condição de Operação – Variação do Gradiente Hidráulico nos Pontos A e B 366,50 SC NUCLEO 360,00 7 .3 3 4 3 e -0 0 5 Seção BR-LR – Tapete L=50m Condição de Operação – Vazão de Percolação Consequências de infiltrações em Barragens As infiltrações, através do corpo da barragem ou da sua fundação, comprometem a estabilidade da obra se não forem tomadas precauções contra os efeitos decorrentes da percolação. Com efeito, se as pressões de percolação tornam-se excessivas, pode-se dar o carreamento de partículas finas do solo no ponto onde a água emergir no corpo da barragem ou no terreno de fundação, se este for mais permeável que a própria barragem. Desse modo, vai-se formando, dentro da barragem ou na sua fundação, um orifício cada vez maior e em forma de tubo. Consequências de infiltrações em Barragens Erosão Regressiva (Pinping) Curiosidade Proteção contra o “piping” - Facilitar a saída da água - reduzir a velocidade de percolação N.A. N.A. N.A. Dreno de pé Dreno horizontal Dreno tipo chaminé N.A. Tapete impermeável Cut-off Poço de alívio Projeto de filtros • Função básica dos filtros → capacitação e condução da água percolada; • Os materiais para filtro devem satisfazer os seguintes critérios: - Piping → os vazios devem ser suficientemente pequenos para impedir a passagem do solo; - Permeabilidade – os vazios devem ser suficientemente grandes para permitir a passagem livre do fluido; Tipos de Filtros - Filtro de pé; - Filtro horizontal; - Filtro vertical; - Filtro Victor de Mello. Filtro de pé • Pequena faixa drenante no pé do barramento; • Trabalha como um controlador de fluxo e redutor de poropressão; • Não oferece linha de defesa contra trincas ou região mal compactada → risco potencial ao “piping”. Filtro Horizontal • Possui as mesmas características do que o filtro de pé; • Não oferece linha de defesa; • O filtro horizontal se estende pela base do barramento; • Controla de forma mais marcante o fluxo da fundação. • Solução de filtro bem mais elaborada; • Prevenir o carregamento do material através de eventuais trincas; • Têm função “cicatrizante”;. Filtros Chaminé (Vertical ou Inclinados) Filtro Victor de Mello • Solução geotécnica mais completa; • Possui as características positivas do filtro vertical; • Permiti a drenagem rápida do núcleo, caso ocorra um rebaixamento rápido; • O núcleo tem de afastar-se ligeiramente do “Cut-off”→ problemas com gradiente na região de encontro. Dimensionamento dos Filtros • Feito com base na vazão fornecida pela rede de fluxo; • Podem ser: - Segmentados → dimensionados para absorver a vazão em cada ponto da seção; - Contínuos → capazes de absorver toda vazão em qualquer ponto da seção; • Adoção de fatores de segurança em relação à vazão, que em geral variam de 10 a 100 vezes. Detalhes de Projeto do Filtro Horizontal • Toda a água coletada pelo filtro horizontal deve ser encaminhada para um canal coletor; • Passar a água coletada por uma calha “Parshall” → medir a vazão que está passando pelo sistema; • Uma mudança brusca de vazão, pode ser um indicativo de “piping”. • Para água escoar → diferença de potencial de montante para jusante; • Evitar trabalhar com o filtro horizontal afogado; • Construir o filtro com a espessura igual ou superior ao nível d’água de montante; • Altura de montante no filtro →formulação proposta por Kaufman & Mansur. 2L HH K Q 2 J 2 M Fp x • Altura máxima para a construção do dreno horizontal → 3 metros; • Se a altura do nível d’água a montante exceder este limite, pode-se optar por construir um filtro sanduíche → reduz a espessura do dreno. Critério de Filtros e Transição Os filtros têm de possuir: - Espaços grandes para permitir a passagem da água; - Espaços pequenos para reter o solo. Critério de Terzaghi • A permeabilidade está ligada aos vazios do solo; • O tamanho dos vazios está ligado à granulometria; • O índice de vazios depende mais das partículas menores; Critério de Filtros e Transição Com base nas observações, Terzaghi propôs: - Proteção contra o “piping” 4 85 15 d D - Permeabilidade 4 15 15 d D • As duas equações têm de ser atendidas simultaneamente; • 4x d15 < D15 < 4x d 85. • Existem outros critérios complementares, como o de Sherard, onde: - Proteção contra o “piping” 5 85 15 d D - Permeabilidade 5 15 15 d D - E exige que: mm 0,074 5 D • Deve-se ter curvas cuja distribuição granulométrica sejam paralelas; • Quando tal preceito não for atendido → curva mais bem distribuída que a do material anterior. • Ensaio granulometria → realizado com a água do rio, sem defloculante; • Argila dispersiva → colocar uma camada de argila não dispersiva entre a areia e a argila dispersiva; • Uma outra alternativa → instalar um geossintético que atenda os critérios de filtro; • Fundação em argila → a base do filtro horizontal deve ter características de filtro para o material de fundação. D im en si o n am e n to H id rá u lic o (a) Qh = A L hj L hK Q 2 2 (b) (c) L h QA AK L h Q Q h L hj A 22 2 2 jhAhA L K Q (a) Qh = A L hj L hK Q 2 2 Qh = A L hj L hK Q 2 2 (b) (c) L h QA AK L h Q L h QA AK L h Q Q h L hj A 22 2 2 jhAhA L K Q Q h L hj A 22 2 2 jhAhA L K Q Fatores de Segurança Em projetos convencionais de filtros e drenos é comum a adoção de fatores de segurança em relação à vazão. Estes fatores de segurança em geral variam de 10 a 100 vezes. Justificam-se tão altos valores de coeficiente de segurança devido às seguintes apreciações: Incerteza com relação às permeabilidades dos materiais notadamente da fundação; As permeabilidades variam em escala logarítmica; Heterogeneidade tanto dos materiais de maciço quanto da fundação; Incertezas com relação a colmatação dos filtros; Correções do sistema de drenagem interna são difíceis e onerosas; Incertezas com relação ao fluxo através da rocha; Incertezas com relação aos fluxos tridimensionais. Colmatação e Cicatrização • Colmatação → fenômeno químico que forma uma “casca” laterizada a montante do filtro; • Observado através das leituras dos piezômetros → aumento significativo da poropressão; • Solução → sondagem rotacional na interface solo-filtro. • O filtro pode trabalhar também como elemento “cicatrizante” de trincas; • Em locais de variação topográfica grande → filtros mais largos, para fechar possíveis trincas; • O material do filtro migra para dentro da trinca impedindo sua propagação. Detalhes Construtivos de Drenos Verticais • Os drenos verticais podem ser construídos de duas formas: 1) - Valas escavadas; 2) - Forma deslizante (tractana ou arataca). • Construção utilizando valas escavadas: - Mais demorada (tempo de escavação); - Mais custosa (compactação desperdiçada). Detalhes Construtivos de Drenos Verticais Valas escavadas O filtro em chaminé geralmente é construído com areia grossa, aluvionar, isenta de finos. Especifica-se uma porcentagem máxima de 5%, em peso, passando na peneira #200, para que o material não apresente coesão, evitando-se assim a propagação de trincas de tração dentro do filtro, eventualmente desenvolvidasno interior do aterro. Detalhes Construtivos de Drenos Verticais Valas escavadas • Construção usando tractana (ou arataca): - Realizada no decorrer da construção da barragem; - A tractana é puxada por um trator de esteiras e alimentada por uma pá carregadeira; - Não existe necessidade de escavar o solo → menor custo. Filtro Horizontal Linha de subpressão AB A Berma para estabilização do pé da barragem Solo Permeável Filtro Base Impermeável N. A. Solo Impermeável B Solo Permeável Filtro Base Impermeável N. A. Solo Impermeável Linha de subpressão AB com trincheira A B Linha de subpressão AB Solo Permeável Filtro Base Impermeável N. A. Solo Impermeável Linha de subpressão AB com o poço de alívio A B Linha de subpressão AB (a) (b) (c) Linha de subpressão AB A Berma para estabilização do pé da barragem Solo Permeável Filtro Base Impermeável N. A. Solo Impermeável BA Berma para estabilização do pé da barragem Solo Permeável Filtro Base Impermeável N. A. Solo Impermeável B Solo Permeável Filtro Base Impermeável N. A. Solo Impermeável Linha de subpressão AB com trincheira A B Linha de subpressão AB Solo Permeável Filtro Base Impermeável N. A. Solo Impermeável Linha de subpressão AB com trincheira A B Linha de subpressão AB Solo Permeável Filtro Base Impermeável N. A. Solo Impermeável Linha de subpressão AB com o poço de alívio A B Linha de subpressão AB Solo Permeável Filtro Base Impermeável N. A. Solo Impermeável Linha de subpressão AB com o poço de alívio A B Linha de subpressão AB (a) (b) (c) C o n tr o le d e su b -p re ss ão Filtro de Areia Pedrisco Brita Tubulação Perfurada Camada Impermeável Aqüífero Pé da Barragem Filtro de Areia Pedrisco Brita Tubulação Perfurada Camada Impermeável Aqüífero Pé da Barragem Areia Brita Tubo de PVC Lama Bentonítica Aqüífero Solo Impermeável Areia Brita Tubo de PVC Lama Bentonítica Aqüífero Solo Impermeável Detalhes esquemáticos de trincheiras drenantes Detalhes esquemáticos de poços de alívio 14. Estabilidade de Taludes Análise de Estabilidade de Taludes Análise Probabilística Análise Determinística Análise Limite (LI e LS) Análise s-e Equilíbrio Limite Tensão atuante Tensão Resistente F re q ü ê n c ia /N o d e m e d iç õ e s A – área de resistência baixa e carga alta Tensão FS? Métodos Rigorosos Spence Morgenstern & Price GEL (Fredlund) Sarma Métodos Simplificados Fellenius Bishop Janbu Formas de definição do fator de segurança: • Relação entre resistência ao cisalhamento do solo e tensões cisalhantes mobilizadas no maciço: FS = tf/td • Relação entre forças resistentes e atuantes do deslizamento: FS = FR/FA • Relação entre somatórios de momentos resistentes e mobilizadores do deslizamento: FS = MR/MA • Fator que minora os parâmetros de resistência ao cisalhamento (em termos de tensões efetivas): Fator de Segurança (FS) tmob= c’/FS+ s’ (tgf’)/FS Fator de Segurança (FS) Fator de Segurança (FS) RECOMENDAÇÕES PARA FATORES DE SEGURANÇA DE ENCOSTAS (NBR 11.682/2009 – ESTABILIDADE DE ENCOSTAS) NÍVEL DE SEGURANÇA CONTRA A PERDA DE VIDAS HUMANAS: Fator de Segurança (FS) RECOMENDAÇÕES PARA FATORES DE SEGURANÇA DE ENCOSTAS (NBR 11.682/2009 – ESTABILIDADE DE ENCOSTAS) NÍVEL DE SEGURANÇA CONTRA DANOS MATERIAIS E AMBIENTAIS: Fator de Segurança (FS) RECOMENDAÇÕES PARA FATORES DE SEGURANÇA DE ENCOSTAS (NBR 11.682/2009 – ESTABILIDADE DE ENCOSTAS) Fator de Segurança (FS) RECOMENDAÇÕES PARA FATORES DE SEGURANÇA ADMISSÍVEIS (FUNDAÇÃO GEORIO, 1984): RECOMENDAÇÕES PARA FATORES DE SEGURANÇA EM PROJETOS DE BARRAGENS (U.S. CORPS OF ENGINEERS, 2003) o TALUDES DE BARRAGENS; o TALUDES DE DIQUES E ATERROS; o TALUDES DE ESCAVAÇÃO Fator de Segurança (FS) Métodos de Equilíbrio Limite Quanto à superfície de ruptura: • Superfície plana; • Superfície circular; • Superfície com forma qualquer Os mais tradicionais são: • Método de Fellenius (está caindo em desuso) • Método de Bishop Modificado (ou Simplificado). Estes métodos se baseiam na divisão da massa de solo deslizante em fatias (Métodos das Fatias). fatia Método de Fellenius fatia 1 fatia n fatia i i q i W i i i R' N' C = c'.l i U = u .l i i T i V i + 1 H i + 1 i a V i H i Q = q.b i i b i u i i b i Na fatia i: R O R senai Método de Fellenius Fator de Segurança por Fellenius: FS = fator de segurança Mri = momentos das forças contrárias ao deslizamento na fatia i em relação ao centro do círculo Mai = momentos das forças mobilizadoras do deslizamento na fatia i em relação ao centro do círculo Fellenius despreza a ação das forças laterais nas fatias. fatia 1 fatia n fatia i i q l i b i M r M a 1 n a n 1 r i i M M FS Método de Fellenius Fator de Segurança por Fellenius: i W i i i R' N' C = c'.l i U = u .li i T i Vi + 1 H i + 1 i a l i V i H i Q = q.b i ib i u i i iii iii ii ii iiii ii ' ii iir iiia cos/bl :Mas luU l'cC N de cálculo no oincorporad Q de Efeito :Obs cos)QW(N 'tan)UN('tanNT R)CT(M sinR)QW(M i i a a ff a Método de Fellenius Os valores de c’ e f’ a serem utilizados são os da camada de solo onde está a base da fatia. O valor de u é o valor médio ao longo da base da fatia (ou no centro da base de fatias finas). Quanto maior n mais acurado é o valor de FS obtido. Várias superfícies devem ser calculadas FS mínimo [ ] n 1 i i i n 1 i i i i i i i i sin ) Q W ( cos b ' c ' tan cos b u cos ) Q W ( FS a a f a a Método de Fellenius Peso da fatia: Pressão vertical na base da fatia: j 1k kki hW g i ii v b QW s h 1 h 2 h j g 1 g 2 g j i s v b i Q i Método de Fellenius Parâmetro de ru de Poropressões: v u u r s i u i i u i NA NT h i g g g g g s a i ia v i u h hu r Método de Fellenius Substituindo-se ru na expressão de FS por Fellenius: [ ] n 1 i i i n 1 i i i u i i i sin ) Q W ( cos b ' c ' tan ) cos r )(cos Q W ( FS a a f a a 1,51,4 1,3 1,2 1,6 1,6 Superfície circular crítica Curvas de isofatores de segurança Curvas de Isofatores de Segurança são curvas que representam o lugar geométrico de centros de círculos críticos com o mesmo valor de fator de segurança. Método de Fellenius Método de Fellenius Observações importantes: i) O método de Fellenius é conservativo, isto é, tende a fornecer baixos valores de FS; ii) Em círculos muito profundos e com elevados valores de poropressão, o método tende a fornecer valores pouco confiáveis; ESTABILIDADE DE TALUDES: Exemplo Calcular o Fator de Segurança para o círculo abaixo: Características dos materiais: • A – Aterro: gnat = 18 kN/m 3, c`=120 kPa; f`= 0º • B – Areia: gsat = 20 kN/m 3, c`= 0; f`= 35º • C – Argila: gsat = 16 kN/m 3, c`= 20 kPa; f`= 0º 5,00 3,00 7,00 17,00 25,00 6,00 gnat Solo A = 18 kN/m 3 gnat Solo B = 20 kN/m 4 gnat Solo C = 16 kN/m 5 Fatia x (m) hA (m) hB (m) hB (m) gnat hA gsat hB gsat hC (g.h) 1 2,4 2,5 45 0 0 45 2 2,6 5 1,6 90 32 0 122 3 6 5 3 2,6 90 60 41,6 191,6 4 6 5 3 5,7 90 60 91,2 241,2 5 5 3,2 3 6,9 57,6 60 110,4 228 6 5 1,3 3 6,9 23,4 60 110,4 193,8 7 7,5 3 5,4 0 60 86,4 146,4 8 4,4 3 2 0 60 32 92 9 2,6 1,6 0 32 0 32 Dados: A B C A B C c` = 120 0 20f` = 0 35 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Fatia c`(kPa) f` x (m) (g.h) u (kpa) cos cos 1 120 0 2,4 45 61,37 0 21,6 0 2 0 35 2,6 122 49,5 15 79,2 23,1 3 20 0 6 191,6 35,5 0 156,0 0,0 4 20 0 6 241,2 21 0 225,2 0,0 5 20 0 5 228 6 0 226,8 0,0 6 20 0 5 193,8 -6 0 192,7 0,0 7 20 0 7,5 146,4 -22 0 135,7 0,0 8 20 0 4,4 92 -38 0 72,5 0,0 9 0 35 2,6 32 -50 15 20,6 23,3 10 11 12 13 Fatia (8-9)tg f cos sen 1 0,0 250,4 601,0625 94,8 2 39,3 0,0 102,2 241,2 3 0,0 24,6 147,4 667,6 4 0,0 21,4 128,5 518,6 5 0,0 20,1 100,6 119,2 FS = 1448,7 6 0,0 20,1 100,6 -101,3 815,8 7 0,0 21,6 161,8 -411,3 8 0,0 25,4 111,7 -249,2 FS = 1,78 9 -1,9 0,0 -5,0 -63,7 1448,7 815,8 MÉTODO DE FELLENIUS Cáculo do Peso das Fatias Solução – Método de Fellenius hc(m) gnat Solo A = 18 kN/m 3 gnat Solo B = 20 kN/m 4 gnat Solo C = 16 kN/m 5 Fatia x (m) hA (m) hB (m) hB (m) gnat hA gsat hB gsat hC (g.h) 1 2,4 2,5 45 0 0 45 2 2,6 5 1,6 90 32 0 122 3 6 5 3 2,6 90 60 41,6 191,6 4 6 5 3 5,7 90 60 91,2 241,2 5 5 3,2 3 6,9 57,6 60 110,4 228 6 5 1,3 3 6,9 23,4 60 110,4 193,8 7 7,5 3 5,4 0 60 86,4 146,4 8 4,4 3 2 0 60 32 92 9 2,6 1,6 0 32 0 32 Dados: A B C A B C c` = 120 0 20 f` = 0 35 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Fatia c`(kPa) f` x (m) (g.h) u (kpa) cos cos 1 120 0 2,4 45 61,37 0 21,6 0 2 0 35 2,6 122 49,5 15 79,2 23,1 3 20 0 6 191,6 35,5 0 156,0 0,0 4 20 0 6 241,2 21 0 225,2 0,0 5 20 0 5 228 6 0 226,8 0,0 6 20 0 5 193,8 -6 0 192,7 0,0 7 20 0 7,5 146,4 -22 0 135,7 0,0 8 20 0 4,4 92 -38 0 72,5 0,0 9 0 35 2,6 32 -50 15 20,6 23,3 10 11 12 13 Fatia (8-9)tg f cos sen 1 0,0 250,4 601,0625 94,8 2 39,3 0,0 102,2 241,2 3 0,0 24,6 147,4 667,6 4 0,0 21,4 128,5 518,6 5 0,0 20,1 100,6 119,2 FS = 1448,7 6 0,0 20,1 100,6 -101,3 815,8 7 0,0 21,6 161,8 -411,3 8 0,0 25,4 111,7 -249,2 FS = 1,78 9 -1,9 0,0 -5,0 -63,7 1448,7 815,8 MÉTODO DE FELLENIUS Cáculo do Peso das Fatias Uso do Programa SLIDE para Análise de Estabilidade de taludes [ ] ).( ).cos.(. f senP tgPlc FS 1,3 ou 1,1 ? CU Rebaixamento Rápido 1,5 Obtido da rede de fluxo CD Operação 1,25 a 1,3 ? UU Enchimento 1,3 ? UU Final de Construção F.S Poropressão Parâmetro de Resistência Talude Crítico Fases de Carregamento BARRAGENS: Análise de estabilidade para cada fase de carregamento 15. Barragens: Compactação de Solos • Áreas de Empréstimo • Equipamentos • Procedimentos de Compactação • Faixa de Compactação • Ensaios de Caracterização e Especiais Áreas de Empréstimo Áreas de Empréstimo Equipamentos Caminhão “fora-de-estrada” Pá-Carregadeira de rodas Trator de Esteiras Equipamentos Processo de Compactação O processo de compactação dos solos pode ser executado de forma manual ou mecânica e feito tanto em laboratório como no campo. Quando o solo é compactado, procura-se atingir os seguintes objetivos: a) Aumentar o contato entre os grãos; b) Reduzir o volume de vazios; c) Aumentar a resistência; d) Gerar um material mais homogêneo; e) Reduzir a permeabilidade e a compressibilidade. Processo de Compactação gd x W 16,40 16,60 16,80 17,00 17,20 17,40 17,60 17,80 18,00 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 gd (K N /m 3 ) w(%) CURVA DE COMPACTAÇÃO Ralph R. Proctor (1933) - Engenheiro americano do Bureau of Waterworks and Supply de Los Angeles - Califórnia, especialista em construção de barragens. COMPACTAÇÃO NO LABORATÓRIO Procedimento do ensaio no laboratório O ensaio consiste em compactar uma porção de solo em um cilindro padrão, com um soquete, caindo em queda livre de uma altura de 30 cm. As energias especificadas na norma são: normal, intermediária e modificada, variando dimensões do molde e do soquete, número de camadas e golpes, conforme pode ser observado na tabela abaixo. Soquete pequeno = 2,5 kg; Soquete grande = 4,5kg Procedimento do ensaio no laboratório Cálculos e Resultados Os corpos de prova são pesados e deve-se determinar ainda o teor de umidade de cada um deles. Teoria sobre o processo de Compactação dos solos Influência do tipo de solo na curva de compactação Compactação no Campo O processo de compactação no campo pode ocorrer de quatro maneiras: 1. Por compressão, onde a força vertical é o peso próprio do equipamento. Corresponde aos compressores de rodas metálicas com elevado peso e pequena superfície de contato. Indicado para solos granulares, macadames e britas graduadas. Compactação no Campo 2. Por amassamento, onde atuam a força vertical (peso) e a força horizontal (efeitos dinâmicos). Consiste nos rolos pneumáticos com rodas oscilantes e nos rolos pé-de- carneiro, sendo que o processo gera um adensamento mais rápido do solo; Compactação no Campo 3. Por vibração, onde a força vertical é aplicada com freqüências maiores que 500 golpes/min. 4. Por impacto - Semelhante ao processo por vibração, sendo que a freqüência é menor que 500 golpes/min. Consiste em equipamentos do tio sapo mecânico e bate-estacas, utilizados em locais de difícil acesso Compactação no Campo - Equipamentos Rolos lisos de rodas de aço São utilizados para compactar pedregulhos, areias bem graduadas, misturas de areia a argila de média plasticidade e para a compactação de acabamento. Não são recomendados para areias uniformes e solos finos com elevada plasticidade Compactação no Campo - Equipamentos Rolos pneumáticos São aplicados para solos arenosos ou pouco coesivos, devendo-se ter cuidados especiais com a velocidade de operação (5 a 8 km/h) Compactação no Campo - Equipamentos Rolos pé-de-carneiro Estes rolos são compostos de cilindros metálicos ocos com “patas” adaptadas (15 a 25 cm). Geralmente, as filas com as “patas” são alternadas com 4 “patas” por fila e o diâmetro do tambor varia entre 1,0 e 1,5 m. Existem formas variadas de patas: a) retangular, quadrada ou circular, afilando-se para as extremidades; b) “cubfoot”(trapézio); c) “pegfoot”(prismas, paralelogramos); d) pata de carneiro onde a resultante da carga não coincide com o centro da seção. Tipos de Rolos Peso máximo (t) Esp. max. após compactação (cm) Uniformidade da camada Tipo do solo Pé-de-carneiro estático 20 40 Boa Argilosos e siltosos Pé-de-carneiro vibratório 30 40 Boa Mistura: areia com silte e argila Pneumático leve 15 15 Boa Mistura: areia com silte e argila Pneumático pesado 35 35 Muito boa Praticamente todos Vibratório com rodas metálicas lisas 30 50 Muito boa Areias, cascalhos e materiais granulares Liso metálico estático (3 rodas) 20 10 Regular Materiais granulares, britas, etc Combinados 20 20 Boa Materiais granulares ou em blocos Grade (malhas) 20 20 Boa Praticamente todos Tabela - Tipos de rolos para a compactação Processo de Compactação Compactação de Solos Processo de Compactação Verificação do peso específico aparente seco Frasco de Areia Densímetro Nuclear Controle de Compactação no Campo Controle de Compactação no Campo O controle de compactação no campo se baseia na verificação do teor de umidade e do peso específico aparente seco. Verificação da umidade: 1. coleta de amostras hermeticamente fechadas e determinação da umidade em laboratório; 2. método da frigideira; 3. Speedy. 4. Álcool Etílico Controle de Compactação no Campo Fatores que influencia na compactação: Teor de Umidade: 1. Havendo falta de água, não haverá coesão das partículas e o solo ficará solto; 2. Com o excesso de água, o solo ficará plástico e aparece o fenômeno chamado “BORRACHUDO” Energia de Compactação: E = (P x N) / (v x e) Para obter maior grau de compactação, deve-se pela ordem , tentar: 1. Aumentar o peso do rolo – P; 2. Aumentar o numero de passadas – N; 3. Diminuir a velocidade do equipamento de compactação – v; 4.Reduzir a espessura da camada – e. Fatores que influencia na compactação: Número de Passadas Geralmente é preferível adotar número de passadas entre 6 e 12 e aumentar o peso e/ou diminuir a velocidade. Espessura da Camada: Fatores que influencia na compactação: Espessura da Camada: Fatores que influencia na compactação: Em obras rodoviárias, fixa-se em 30 cm a espessura máxima compactada de uma camada. Para materiais granulares, recomenda-se no máximo 20 cm compactados. Homogeneização da camada A camada solta deve estar bem pulverizada, sem torrões muito secos, blocos ou fragmentos de rocha, antes da compactação. Feita com motoniveladoras, grades e arados especiais. Para executar a compactação no campo deve-se seguir as seguintes etapas: • Escolha da área de empréstimo Deve-se considerar o critério técnico-econômico, distância de transporte, características geotécnicas e relação da umidade natural com a umidade de compactação. • Transporte e espalhamento do solo Durante o espalhamento deve-se observar a relação entre a espessura da camada solta e da camada final. • Acerto da umidade Deve-se colocar o solo na umidade especificada por processos de irrigação ou secagem e proceder a melhor homogeneização possível. • Compactação Deve-se utilizar os equipamentos especificados de acordo com o tipo de solo e controlar o número de passadas necessário para atingir a energia de compactação desejada. • Controle Deve-se controlar a umidade e o peso específico aparente seco no campo. 16. INSTRUMENTAÇÃO Objetivos Segurança Controle da Construção Economia Verificação de Hipóteses Desenvolvimento Ensaio de Verdadeira Grandeza SELEÇÃO DOS PARÂMETROS • Pressão d’água; • Deslocamento vertical; • Deslocamento horizontal; • Tensão total no solo; • Tensão total no contato; • Mudanças de tensão na rocha, concreto, etc; • Carga ou deformação; • Inclinação; • Temperatura. PREVISÃO DE VALORES • Máximo (fundo de escala de instrumentos); • Mínimo (precisão do instrumento); • Parâmetros de alerta. PLANEJAMENTO DE AÇÃO DE REMEDIAÇÃO • Para cada nível de alerta ter um plano de ação • Definir quem decide iniciar plano de ação; • Assegurar comunicação entre projeto e construção; • Definir abrangência da comunicação do plano de ação DESIGNAÇÃO DE RESPONSABILIDADES • Definir responsabilidades: projeto, obra, construção e operação; • Definir responsabilidades do instrumentador; • Relatórios técnicos e informes – para quem?; • Implementação – quem é a autoridade? SELEÇÃO DOS INSTRUMENTOS • Máxima simplicidade; • Não escolher solução pelo critério de menor preço; • Máxima durabilidade; • Não sensível a condições climáticas; • Boa performance anterior; • Permitir, se possível, calibração. • Consulta ao fabricante – aplicação ao projeto • Levantar habilidade e disponibilidade da equipe de instrumentação • Considerar necessidade de construção e operação • Boa adaptação geral SELEÇÃO DOS INSTRUMENTOS • Mínima interferência na construção • Acesso fácil; • Plano de leitura com freqüência e observações complementares • Tempo de implantação • Vida útil • Questionar se atingirá o objetivo SELEÇÃO DO LOCAL DA INSTALAÇÃO • Identificar zona de interesse • Seleção da seção • Locação para obter dados no início da obra (método observacional) • Locação para obter dados representativos no projeto REGISTRO DE EVENTOS • Detalhe construtivo • Relatório de progresso • Observações visuais • Geologia e condições de sub-superfície • Fatores ambientais PROCEDIMENTOS DE CHECAGEM • Observações visuais • Duplicação de dados e instrumentos • Consistência / Repetibilidade • Rotina de checagem PLANEJAMENTO FINAL • Orçamento • Relatório de projeto com escolha de alternativas desde equipamento até modelo de gestão; • Especificações; • Plano de instalação; • Plano de calibração e manutenção; • Plano de coleta, processamento, representação, interpretação, emissão de relatório e ações executivas. Tipos de Instrumentos Piezômetros Medidor de vazão (vertedouros) Medidor de recalque superficial Placa de recalque Inclinômetros Célula de pressão Piezômetros As medidas de nível d’água no lençol, pressão neutra interna do solo e pressões em junta são determinados por piezômetros. Medidores de nível d’água são utilizados para controle da estabilidade dos maciços tais como aterro, barragens, túneis, taludes naturais ou escavações bem como na estabilidade das estruturas de concreto em barragens, etc. Existem duas famílias de piezômetros A) Piezômetros de tubo aberto B) Piezômetros de resposta rápida. Corte I-I Corte J-J PIEZÔMETRO CASAGRANDE Tubo de medição Tubo de proteção Tela de jardim Detalhe de montagem: colocação do pedrisco Colocação da ponteira do piezômetro em um furo de sondagem Ponteira concluída Cola para fixação das conexões e fechamento da ponteira do piezômetro Aparelho para leitura do nível d’água em piezômetros standpipe PIEZÔMETRO PNEUMÁTICO PIEZÔMETRO APRESENTADO PELO IPT MEDIDAS DE VAZÃO As medidas de vazão são realizadas para controle de fluxo. Em barragens é um instrumento de controle complementar ao piezômetro, sendo de grande interesse coletar os fluxos efluente localizado e total. Em geral, para fluxos normais é suficiente o uso de vertedores triangulares (vazões baixas) e vertedores retangulares ou trapezoidais. A vazão é determinada com a utilização da equação de regime de escoamento uniforme em condutos livres. Thonsom – Q=1,40h5/2 Gouleye & Crimp – Q=1,32h2,48 MEDIDOR DE VAZÃO TRIÂNGULAR MEDIDOR DE DESLOCAMENTO SUPERFICIAL Esses equipamentos são importantes não apenas para o monitoramento dos recalques da barragem, mas também para a constatação, eventual, de indícios de instabilidade do talude de jusante Os marcos superficiais são blocos de concreto pré-moldado, barra de aço (f 1” x 0,60), tubo de aço (f 18”), parafusos (f 30 x 120 mm), e flanges Marco deslocamento MEDIDOR DE DESLOCAMENTO VERTICAL Seção instrumentada MEDIDOR DE DESLOCAMENTO VERTICAL Medidor de Recalque Telescópico tipo IPT. MEDIDOR DE DESLOCAMENTO VERTICAL Medidor de Recalque USBR Medidor de Recalque “KM”. MEDIDOR DE DESLOCAMENTO VERTICAL Medidor de Recalque magnético MEDIDOR DE DESLOCAMENTO VERTICAL Usina Hidrelétrica de Itá - Rio Uruguai Sensor Magnético MEDIDOR DE DESLOCAMENTO VERTICAL MEDIDOR DE DESLOCAMENTO VERTICAL Instalação de placa magnética (conjunto com inclinômetro) Placa de Recalque Magnética Instalação no Enrocamento. MEDIDOR DE DESLOCAMENTO VERTICAL Croqui de caixa sueca Vista de caixa sueca e cabine provisória. Célula de Recalque Hidráulica Vista superior da caixa sueca Instalação de célula de recalque em maciço Proteção dos cabos na região de enrocamento de jusante (caixa de recalque hidráulica) Vista dos tubos Vista do painel de leitura MEDIDAS DE DESLOCAMENTO HORIZONTAL Superficial - Topográfico Extensômetros Múltiplos Cordas Tensionadas Inclinômetros Croqui de inclinômetro Leitura do inclinômetro Inclinômetro RST Medidor de Deslocamento Horizontal Tipo “KM” Marco de referência Compactação manual ao redor e inclinômetro – cabos, células e piezômetros no eixo Tubo inclinômetro – compactação ao redor e problema espiralamento Deslocamentos Horizontais IN-301 – Eixo Recalques Finais de Construção – Seção Leito do Rio 17. Segurança de Barragens Acidentes e Incidentes envolvendo barragens brasileiras Açude Gurguri – CE - 1996 Itaúna Chaval CE Uso múltiplo erosão regressiva à jusante do sangradouro rocha friável não adequada ao fluxoinsegurança da população primeira sangria abril/2001 Diversas (6) Palmácia CE Uso múltiplo galgamento e conseqüente ruptura cheia superior à capacidade do vertedouro alagamento de casas, danos e destruição de plantações de bananeiras, efeito dominó ocasionando cheia milenar no Açude Acarapé do Meio operação abril/2001 Mineração Rio Verde São Sebastião das Águas Claras MG Mineraç ão ruptura deslizamento de talude soterramento com lama e rejeito de minério de parte da mata e da principal estrada de acesso à cidade, matando 5 trabalhadores da mineradora operaçã o junho/200 1 ACIDENTES E INCIDENTES COM BARRAGENS - 2001 MINERAÇÃO RIO VERDE - MG ACIDENTES E INCIDENTES COM BARRAGENS -2002 Governador Juracy Magalhães Itaberaba BA Uso múltiplo galgamento e conseqüente ruptura cheia superior à capacidade do vertedouro 200 km de estradas vicinais foram atingidos pelas águas, 12 mil m² de pavimentação foram prejudicados, 30 escolas e 90 casas foram atingidas, somando 350 desabrigados operação janeiro/2002 A Tarde (BA) Diversas Sertão de Pernambuco PE Uso múltiplo galgamento e conseqüente ruptura cheia superior à capacidade do vertedouro janeiro/2002 Diversas Goiás Velho GO Uso múltiplo galgamento e conseqüente ruptura cheia superior à capacidade do vertedouro Agravou a onda de cheia causando sérios prejuísos na cidade e em prédios históricos (e.g. Casa Cora Coralina) operação fevereiro/2002 ????? José Batista do Rêgo Pereira Poço Branco RN Uso múltiplo problemas na galeria da tomada d'água com ameaça de ruptura falta de manutenção Termor da população, pois se a barragem romper, as cidades de Taipu e Ceará Mirim serão inundadas operação março/2002 Folha de São Paulo (SP) Contenção de uma lagoa Marginal Tietê SP Uso múltiplo ruptura insuficiência de resistência congestionamento de 17 quilômetros no sentido Penha-Lapa, destruição do local onde antes existia a lagoa, deixando um rastro de 500 metros de extensão de terra e lama até a cabeceira da Rodovia do Bandeirantes operação março/2002 O Estado de São Paulo (SP) Manso Cuiabá MT Hidrelétrica rachaduras insegurança da população 1° enchimento março/2002 Diário de Cuiabá (MT) Julião, Alto Alegre, Patos e Cabeludo Caridade CE Uso múltiplo galgamento e conseqüente ruptura cheia superior à capacidade do vertedouro isolamento de localidades como Providência, Patos e Rancho dos Moços, em Pentecoste, a 64 km de Fortaleza. O quadro é igualmente crítico nas localidades próximas de São Felipe e Inhuporanga, em Caridade, a 74 km de Fortaleza operação abril/2002 Diário do Nordeste (CE) Diversos Vale das Cabras MS Uso múltiplo galgamento e conseqüente ruptura cheia superior à capacidade do vertedouro população desabrigada, pontes destruídas e dezenas de imóveis tomados pela lama operação abril/2002 Ladeira Grande Distrito de Tabatinga, município de Maranguape CE Uso múltiplo galgamento e conseqüente ruptura cheia superior à capacidade do vertedouro prejuízos materiais às 75 famílias atingidas pelas enxurrada operação maio/2002 Jornal O Povo (CE) Fazenda Santo Antônio Distrito de Baú, município de Guaiúba CE Uso múltiplo galgamento e conseqüente ruptura cheia superior à capacidade do vertedouro a inundação deixou duas casas destruídas e mais de 30 interditadas, cerca de 40 famílias ficaram desabrigadas operação maio/2002 Jornal O Povo (CE) Novo Chaval CE Uso múltiplo ruptura falta de gerenciamento e monitoramento 90 famílias desabrigadas, a inundação atingiu salinas, moageiras e empresas de cultivo de camarão instaladas próximas ao açude, principalmente, os bairros Escondido e Cais do Porto, que forma um povoado de cerca de 1.200 pessoas que se serviam da água do açude para consumo e para pesca operação junho/2002 Diário do Nordeste (CE) Santa Bárbara Brumado BA Uso múltiplo ruptura problemas na fundação, traçado incorreto da barragem (erro técnico da empreiteira), acúmulo de água nos vértices da barragem suspensão do fornecimento de água para irrigação e abastecimento operação após 6 meses julho/2002 Correio da Bahia (BA) Zé Gomes Brumado BA Uso múltiplo rachaduras e vazamentos em toda a sua base, com ameaça de ruptura erros técnicos da empreiteira suspensão do fornecimento de água para irrigação operação julho/2002 Correio da Bahia (BA) Lauro Maia Almino Afonso RN Uso múltiplo ameaça de ruptura falta de manutenção e conservação insegurança da população e crise no sistema de abastecimento de água da cidade operação julho/2002 Jornal de Fato (RN) Manso Cuiabá MT Hidrelétric a problemas com regra operacional cheia superior à capacidade do sangradouro alagamento de áreas tradicionalmente secas nesta época do ano, causando prejuízos aos pecuaristas da região de Poconé operação outubro/2002 Diário de Cuiabá (MT) Santa Maria Santa Maria RS Uso múltiplo ruptura danos materiais causados aos moradores nas proximidades do reservatório, suspensão do fornecimento de água operação outubro/2002 Correio do Povo (RS) Guabiju Pântano Grande RS Uso múltiplo ameaça de ruptura precipitação intensa poderá causar a inundação de Vila Nova, localidade próxima à barragem, onde vivem 150 famílias e há a possibilidade das águas invadirem a pista da BR-290 operação outubro/2002 Folha de São Paulo (SP) ACIDENTES E INCIDENTES COM BARRAGENS -2003 CATAGUASES – MG, INGÁ – RJ e ALUNORTE - PA Caldeirão Piripiri PI Uso múltiplo ameaça de ruptura precipitação intensa insegurança da população operação fev/2003 DNOCS (2003) Cataguases Florestal Cataguases MG Resíduo Industrial ruptura "piping" na ombreira direita devido à falhas na manutenção da estrutura da barragem e inexistência de responsável técnico pela operação e manutenção da mesma agressões severas à fauna e flora local; milhares de pessoas sem abastecimento de água; prejuízo de milhões de reais para economia das cidades afetadas em MG e RJ; prejuízo aos cofres públicos, em função de gastos com ações emergenciais operação março/2003 FEAM - MG Rio Flores Joselândia MA Uso múltiplo ameaça de ruptura abandono poderá destruir as cidades de Pedreiras, Trizidela do Vale, Bacabal, Arari e Vitória do Mearim, caso não sejam tomadas providências imediatas operação abril/2003 O Estado do Maranhão (MA) Ingá - Companhia Mercantil e Industrial Itaguaí RJ Resíduo Industrial vazamento de água contaminada por metais pesados em dezenas de pontos, ruptura iminente precipitação intensa e presença de fissuras ao longo do dique de argila Água e lama tóxicas inundaram os manguezais da baía de Sepetiba, destruindo fauna e flora operação abril/2003 Folha de São Paulo (SP) Pituaçu Salvador BA Uso múltiplo apresenta fissuras nas suas paredes laterais (vertedouros) e no muro de contenção precipitação intensa insegurança da população (790 famílias que moram na Invasão do Bate-Facho, localizada nas proximidades do Parque Metropolitano de Pituaçu operação maio/2003 Jornal A Tarde (BA) Alunorte Barcarena PA Mineraçã o vazamento de rejeito, composto de bauxita, soda cáustica e ácido sulfúrico falha no sistema de tratamento de rejeitos da empresa danos ambientais causados ao rio Murucupi e ao igarapé Pramajorzinho operação maio/2003 O Liberal (PA) Serra da Mesa Minaçu GO Hidrelétri ca liberação súbita de vazão através da abertura das comportas aumento da capacidade de geração de energia elétrica para suprir a demanda no Nordeste e na própria região Norte no horário de pico inundação das praias nas cidades
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