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TCC - Educaçao Alimentar como mecanismo para um ensino de qualidade

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PAGE 
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
PEDAGOGIA
priscila manzoni de manzoni
Trabalho cadastrado com sucesso! Anote seu número de protocolo: 66112761
educação alimentar como mecanismo para um ensino com qualidade
Rio Grande
2011
priscila manzoni de manzoni
educação alimentar como mecanismo para um ensino com qualidade
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, como requisito para a obtenção do título de licenciado em Pedagogia
Orientador: Sandra Reis Rampazzo.
Tutor Eletrônico: Lilian Roberta Gualberto dos Santos Garcia.
Tutor de Sala: Surama Machado
Rio Grande 
2011
Dedico este trabalho a Deus, o grande e maior mestre que em sua imensa sabedoria e com o dom da vida me permitiu chegar até aqui enfrentando e superando desafios com esforço, garra e persistência, aos meus antepassados por estar presente nesse momento e minha familia pela compreensão, esforço e dedicação dessa e de outras caminhadas.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos que me apoiaram de alguma forma familia, amigos, professores, todas as pessoas que fizeram a diferença, todas essas pessoas tem minha enorme gratidão.
MANZONI, Priscila. Educação Alimentar como mecanismo para um ensino de qualidade. 2011. 28 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação – Pedagogia) – Sistema de Ensino Presencial Conectado, Universidade Norte do Paraná, Rio Grande, 2011.
RESUMO
Esse trabalho visa mostrar a problemática referente à nutrição dos indivíduos e relacioná-la como auxiliar para o seu desenvolvimento cognitivo em seu processo de aprendizagem, trazendo influencias em seu rendimento escolar atingindo assim a saúde ou benefícios à mesma, envolvendo toda a comunidade escolar, fazendo com que sejam percebidos os reflexos que a má alimentação causa no processo de aprendizagem, nesse foco propor a reconstrução da rotina escolar na qualidade da merenda escolar com organização, na construção da horta escolar com estruturação, onde haja a participação ativa, envolvendo a todos de forma sustentável onde todos se beneficiem e suprindo essa carência propondo assim uma qualidade de vida a todos.
Palavras-chave: Saúde, nutrição, meio ambiente e sustentabilidade.
SUMÁRIO
	INTRODUÇÃO....................................................................................................
	3
	
	
	CAPITULO 1- PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS......................... 
	5
	1.1 Título Nível 2 – PCNs:Temas Transversais com foco na saúde................... 
	 7
	1.1.1 Título Nível 3 – Saúde: Desnutrição e seus reflexos no processo de aprendizagem.................................................................................................. 
	 10
	
	
	
	
	
	
	CAPITULO 2- A ESCOLA EDUCANDO COM NUTRIÇÃO E SAÚDE.............................................................................................................. 
	12
	2.1.1 Educação alimentar implicando no processo de aprendizagem.......................................................
	 15
	2.1.1.1 Envolvendo a escola na educação nutricional........................................ 
	18
	
	
	
	
	
	
	
	
	CAPÍTULO 3- EDUCAÇÃO E NUTRIÇÃO DE FORMA SUSTENTAVEL NA ESCOLA...........................................................................................
	20
	3.1.1.1.1Qualidade da merenda escolar na formação da escolha alimentar..............
	22
	3.1.1.1.1.1 Horta escolar e sua contribuição para o desenvolvimento sustentável...............................................
	24
	
	
	
	
	
	
	CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................
	26
	
	
	REFERENCIAS...............................................................................
	
	
	 27
INTRODUÇÃO
O presente trabalho de conclusão de curso pretende familiarizar o leitor com a problemática da desnutrição e a má alimentação focando suas conseqüências no ambiente escolar, no desenvolvimento e no processo de aprendizagem do indivíduo, sendo que esse trabalho possui o objetivo principal de conhecer as causas e as conseqüências da falta de alimentação ou da alimentação inadequada no desenvolvimento do educando. Como objetivo específico pretende-se relacionar a desnutrição juntamente com o sistema de aprendizado, associar a desnutrição e a alimentação inadequada também como falta de orientação e amenizar a problemática da desnutrição ou alimentação inadequada construindo uma educação alimentar na comunidade escolar onde tenha o envolvimento de todos.
Essa temática foi abordada por voltar minha atenção para essa problemática durante um estágio, na qualidade da merenda escolar da qual os alunos usufruem, na disposição dos alunos obesos e mal alimentados na participação das atividades propostas, precariedade no rendimento escolar e físico e desanimo constante até mesmo para interagir com os demais, então observei o momento do lanche e do intervalo e pude perceber alimentos praticamente vazios e que de nada contribuem para uma boa saúde.
Essa investigação foi realizada através do levantamento de informações teóricas, ou seja, uma pesquisa bibliográfica, com coleta de diversos dados e informações pesquisadas pela internet, biblioteca digital, biblioteca local, livros, artigos, jornais, trabalhos acadêmicos, pen drives e CDs, documentários.
No primeiro capítulo é abordado os Parâmetros Curriculares Nacionais e seu significado no sistema educacional brasileiro com algumas principais ideologias conforme as transformações educacionais dando uma breve explicação a respeito dos temas transversais, sua importância de trabalhá-los com interdisciplinaridade a fim de integrar na prática pedagógica atendendo às necessidades básicas da comunidade escolar enfatizando a saúde como um alicerce para uma boa educação e argumentando as conseqüências que a alimentação inadequada pode causar ao desenvolvimento de um individuo. 
No segundo capítulo refere-se à integração da escola na questão da nutrição com intensidade para amenizar a problemática político-social que enfrentamos em nosso país, a fim de promover a saúde e conseqüentemente propiciando qualidade de vida aos educandos e da comunidade escolar indiretamente envolvida nesse processo, argumentando através de uma breve explicação biológica, que uma alimentação inadequada é prejudicial no processo de aprendizagem de um individuo.
No terceiro capitulo visa à escola como a fonte inicial para gerar a qualidade de vida sustentável aos cidadãos através da qualidade de seus produtos alimentícios e também criando um espaço para a produção e utilização de seus recursos naturais e respeito ao meio ambiente, desenvolvendo a alfabetização ecológica envolvendo inclusive as famílias tendo como base um trabalho de sustentabilidade emocional com responsabilidade consigo mesmo e com a sociedade da qual este sujeito está inserido.
Capítulo 1 – Parâmetros Curriculares Nacionais: 
No intuito de transformar toda a práxis pedagógica da educação visando um novo paradigma com olhar crítico no sistema de ensino e buscando auxiliar a metodologia desenvolvida pelas instituições de ensino o MEC (Ministério da Educação e do Desporto) elaborou os Parâmetros Curriculares Nacionais também chamados de PCNs.
Podemos entender os Parâmetros Curriculares Nacionais ou PCNs como uma série de documentos que compõe a grade curricular de uma escola.
Conforme Brasil (1998ª p.13):
Os Parâmetros Curriculares Nacionais constituem um referencial de qualidade para a educação no Ensino Fundamental em todo o país. Sua Função é orientar e garantir a coerência dos investimentos no sistema educacional, socializando discussões, pesquisas e recomendações, subsidiando a participação de técnicos e professores brasileiros, principalmente daqueles que se encontram mais isolados, com menos contato com a produção pedagógica atual.
Dessa forma podemos dizer que os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) abordam uma série de conceitos e referenciais, os quais são de extrema importância para que seja explorado um novoparadigma na educação no nosso país, pois esse documento apresenta diversas funções as quais permitem nortear o sistema de ensino propondo uma reflexão coerente e autônoma da realidade curricular, envolvendo para esse fim, diversos profissionais na área educacional.
Os PCNs oferecem através de orientações a busca por uma educação de qualidade onde cada indivíduo liberta seu intelecto para interagir com discernimento, criticidade e respeito pelos demais e suas nas diversas formas de cultura e também, pela historicidade social criando novos valores para uma transformação social.
Complementando esse propósito temos Freire (1996, P 12) "... educar é construir, é libertar o ser humano das cadeias do determinismo neoliberal, reconhecendo que a História é um tempo de possibilidades.”
Para tais transformações e construções sociais os PCNs buscam auxiliar o corpo docente na realização da sua grade curricular visando Projeto Pedagógico viabilizando discussões de aspectos do cotidiano da prática pedagógica para que se possa construir uma escola que ofereça qualidade de vida e aprendizagem, com recursos necessários para proporcionar aos alunos, através da sua realidade vivencial, ou seja, valorizando suas experiências cotidianas, um modelo de currículo compatível com essa vivência e a interação ocorrendo um melhor desempenho e aprendizagem a todos integrantes da comunidade escolar.
Esse documento se centra na aprendizagem do aluno envolvendo a comunidade escolar em função da cidadania e democracia e para tal finalidade inovadora temos os Temas Transversais os quais possibilitam ao educando verificar fatos sociais presentes de várias formas durante o cotidiano da comunidade escolar contribuindo para o crescimento, autonomia e coerência do educando.
1.1 – PCNS: Os Temas transversais com foco na saúde.
Assim, é importante entender que com o objetivo de auxiliar no trabalho docente em sua práxis pedagogia levando em consideração os conhecimentos prévios discentes para que através do concreto compreenda o abstrato que necessitam para crescerem cidadãos coerentes e conscientes em sua função como sujeitos ativamente conquistadores de sua cidadania que o Ministério da Educação e do Desporto ao consolidar os Parâmetros Curriculares Nacionais incorporou nesses os temas transversais pensando no educando e o exercício da cidadania com direito e respeito à vida individual e coletiva, a multiculturalidade e também estando sabedores e autocríticos de questões sociais, uma vez que estes fazem parte do mundo social.
Segundo Brasil (1998ª p.55):
Ao lado do conhecimento de fatos e situações marcantes da realidade brasileira, de informações e práticas que lhe permitem participar ativa e construtivamente dessa sociedade, os objetivos do ensino fundamental apontam a necessidade de que os alunos se tornem capazes de eleger critérios de ação pautados na justiça detectando e rejeitando a injustiça quando ela se fizer presente, assim como criar formas não violentas de atuação nas diferentes situações da vida. 
Dessa forma, os Temas Transversais exibem valores vividos de diversas maneiras dentro da mesma sociedade onde o educando já começa a se familiarizar com os mesmos e participar deles de maneira ética como agente ativo de transformação e cabendo a escola elaborar seu planejamento para a interdisciplinaridade na ação docente para que haja pontos de intersecção entre eles introduzindo o saber do aluno como base de apoio, pois a interdisciplinaridade é fundamental para o trabalho do corpo docente e uma questão muito importante para trabalhar com os temas transversais.
Conforme Luck (1981, p.64):
Interdisciplinaridade é o processo que envolve a integração e engajamento de educadores, num trabalho conjunto, de interação das disciplinas do currículo escolar entre si e com a realidade, de modo a superar a fragmentação do ensino, objetivando a formação integral dos alunos, afim de que possam, exercer criticamente a cidadania, mediante uma visão global de mundo e serem capazes de enfrentar os problemas complexos, amplos e globais da realidade atual.
A fim de incorporar a prática pedagógica interdisciplinar partindo dos temas transversais, é fundamental uma visão interdisciplinar e ampla para que propicie a construção de novos conhecimentos aos educandos.
Dentre os temas transversais ressaltamos a saúde como questão central e fator muito importante para a vida de um indivíduo, a qual incorpora de forma globalizada, diversos outros eixos de conscientização da realidade social.
Como se sabe, a saúde é um direito de todos os cidadãos e ela é fundamental para que se possa obter uma boa qualidade de vida e para se obter uma vida saudável é uma seqüência no cotidiano onde o equilíbrio harmônico deve estar presente o tempo integral para que as atividades se desenvolvam com êxito, por essa razão esta é produzida nas relações com o meio físico e social.
Saúde é uma palavra que foi bastante questionada havendo conceitos desde os mais superficiais até os mais amplos, pois segundo a O M S (1948) “saúde é um estado de completo bem-estar-físico, mental e social, e não apenas ausência de doença como era a ideologia anterior.”
Sendo concebida dessa forma podemos nos aprofundar e verificar que através da saúde conseguimos interferir em fatores condizentes com a saúde e também em outros fatores de ordem social com harmonia com a individualidade biológica, sendo agentes ativos de um desenvolvimento completo aumentando possibilidades saudáveis biológicas, sociais, intelectuais.
Faz-se necessário entender que nosso organismo precisa funcionar num estado de equilíbrio como um todo, que é necessário uma alimentação sadia para a manutenção dos nossos órgãos, pois é a partir daí que começamos a harmonizar nosso lado físico e também o nosso lado cognitivo, pois aí podemos reproduzir saúde e esses aspectos se interligam entre si.
A preocupação com a alimentação dos indivíduos e seus reflexos no ambiente de aprendizagem está se tornando cada vez mais agravante tornando-se mesmo um problema, devido à grande massa de alunos não possuírem uma alimentação adequada afetando em seu desenvolvimento cognitivo, motor e social trazendo problemas em seu rendimento escolar, desânimo e conseqüentemente problemas de saúde e até mesmo a obesidade, pois para um indivíduo participar ativamente do seu processo de conhecimento cognitivo e esta participação virem a apresentar bons resultados em sua formação e acrescentar em seu ser o aprendizado adquirido é imprescindível que este esteja gozando de uma boa saúde física e mental com alternativas de alimentação que condicione o indivíduo de forma sustentável e proveitosa impulsionando o processo de crescimento e desenvolvimento cognitivo, afetivo e social
Conforme esse enfoque podemos ver no artigo da Dra. Carolina Chuichmam R. dos Anjos (2010):
 “a alimentação é fator imprescindível na aprendizagem, pois a fome poderá reduzir o rendimento formal do aluno [...] torna-se necessário estabelecer relações diretas a respeito dos agravos que podem comprometer o desenvolvimento físico, social, afetivo e psicomotor de uma criança quando vivencia a falta do alimento ou possui uma alimentação inadequada” 
Assim podemos analisar que a alimentação é um mecanismo muito importante no desenvolvimento das pessoas e está feita inadequadamente ou a falta dela pode ocasionar diversos problemas de saúde prejudicando o desenvolvimento cognitivo e psicomotor.
1.1.1 – Desnutrição e seus reflexos no processo de aprendizagem
A desnutrição é um problema social que está cada vez mais se desenvolvendo em indivíduos de baixa renda e/ou mal informados da causa dessa enfermidade e suas conseqüências, pois essa doença influencia intrinsecamente na vida dos indivíduos em seus estados psíquicos, físicos, prejudicando-os no seu desenvolvimento de forma geral e também, social, bem como genético e biológico, contribuindo, por conseqüência, negativamente no processo de aprendizagem dos indivíduos especialmente crianças.
A Organização Mundial da Saúde (1948)define o termo desnutrição como uma gama de condições patológicas causadas por deficiências do organismo, que acomete potencialmente crianças de baixa idade, comumente associadas com infecções.
JONSSON (1986, p.50) conceitua a fome como a deterioração do estado de saúde e/ou desempenho produtivo e social de indivíduos resultante de uma ingestão de alimentos ou em baixa qualidade ou do tipo errado, ou ambos.
O resultado da pouca alimentação, alimentação inadequada ou alimentação excessiva é a desnutrição, ocorrendo um desequilíbrio no organismo entre a necessidade corporal e a ingestão de nutrientes essenciais para o seu bom funcionamento.
Dessa forma podemos dizer que através da sensibilização e da aquisição de conhecimento juntamente com a contribuição do ambiente escolar a respeito das conseqüências que a desnutrição, a má alimentação causa no processo de aprendizagem, dentro do ambiente escolar, no desenvolvimento de atividades e até mesmo no humor da criança, podem contribuir para a mudança desse quadro o qual muitas vezes a escola é vista como um refúgio, pois crianças vão à escola levados pela fome.
A fome e a desnutrição ocorrem por diversos aspectos os quais devem ser trabalhados juntamente com a família para poder identificar quais são as causas dessa doença social e minimizá-las.
Um sujeito que não se alimenta adequadamente não se sente disposto para desenvolver sua motricidade e participar ativamente das atividades propostas e conseqüentemente esses aspectos dificultarão seu processo geral de aprendizagem, prejudicando o seu desenvolvimento de maneira produtiva e também sem controle sobre sua saúde.
É importante ressaltar que:
“As Práticas alimentares, compreendidas da amamentação à alimentação cotidiana da família, são oriundas de conhecimentos, vivências e experiências, construídas a partir das condições de vida, da cultura, das redes sociais e do saber científico de cada época histórica e cultural.” (ROTEMBERG; VARGAS, 2004, p. 92).
Por esta razão é importante trabalhar com a comunidade escolar a respeito da alimentação, pois esta é de vital importância sendo esta a base para que se tenha uma qualidade de vida que seja refletida na vida escolar dos educandos, sendo a educação nutricional uma das responsabilidades da família, sendo reforçada na escola.
Conforme Brasil (1998b, p.51):
“Ao organizar um ambiente e adotar atitudes e procedimentos de cuidado com a segurança, conforto e proteção da criança na instituição, o professor oferece oportunidades para o desenvolvimento de atitudes e o aprendizado de procedimentos que valorizem o bem-estar.”
É de fundamental importância não esquecer que a tarefa da escola de formar futuros cidadãos autônomos, conscientes e capazes deve também abordar com os alunos bons hábitos, boas atitudes, formação de valores, cuidados com saúde física e mental, conforme Freire (1996) comenta criar a possibilidade para a sua produção e reconstrução de conhecimento.
Por essa razão é preciso permitir que os indivíduos reconstruam seus conhecimentos com base nas estruturas vivenciais, habilidades e também comportamentos relacionados e favoráveis à saúde tanto em sua vida pessoal quanto na qualidade de vida coletiva aplicando para tal metamorfose os conhecimentos adquiridos com coerência e autonomia.
Capítulo 2 – A escola educando com nutrição e saúde
A escola, conforme podemos observar, desde os primórdios vem modificando seus objetivos, seus paradigmas a fim de adaptar-se com os valores sociais e políticos de cada época, mantendo alguns que servem com base para a transformação social e criação de novos valores. Hoje, na contemporaneidade, a escola é vista como um grande agente de transformação social, tendo como função formar futuros cidadãos, formar opiniões com autonomia e coerência para o desenvolvimento individual, cultural, psíquico do individuo.
Para tal finalidade é necessário dentre diversos aspectos, propiciar um ambiente confortável, seguro e que ofereça um respaldo acolhedor para que a aprendizagem aconteça com êxito com a integração de toda a comunidade escolar, uma vez que fazem parte da vida social, e esta, à medida que se torna cada vez mais responsável pela formação social de um indivíduo, vai se modificando para poder adaptar-se a esse novo olhar educacional o qual a sociedade apresenta.
É importante salientar que a educação e a saúde são aspectos importantíssimos para a abrangência dos espaços educativos, uma vez que se faz necessário para a base da construção do saber.
Ao longo dos anos a educação se restringia a uma única visão que era dada de acordo com os costumes e necessidades sociais das civilizações e foi se modificando e aperfeiçoando-se à medida que se estudava e se questionava a respeito de educação, estudos esses que almejaram a construção de novos conceitos bem estar da população, pois é um processo que ao longo dos anos vem tentando satisfazer às necessidades populacionais e melhoria do futuro social do nosso país.
Nesta ideologia temos o papel da escola na promoção da saúde o qual implica, necessariamente, num processo de mudança e transformação do educando, no qual homem e o sujeito da sua educação interligam-se e com criticidade e dialogicidade consigo mesmo e também através da troca de raciocínios, dependendo a sua interação com o mundo, promovendo a preservação e a sustentabilidade do ambiente, buscando melhores condições de vida.
Com esse enfoque temos o Estatuto da Criança e do Adolescente na lei n° 8069/90 que declara:
Artigo 4° - É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Mesmo com toda essa sustentação teórica e prática a respeito desse artigo do ECA, não podemos negar que há um grande problema político, social, econômico e ambiental no nosso país, mas há também falta de conhecimento a esse respeito, por essa razão é importante estimular a reflexão dessa problemática a respeito das causas, conseqüências e soluções para que a partir da mudança de atitude aconteça uma melhoria da interação do homem com o meio ambiente.
Nesse sentido a escola deve se empenhar em gerar oportunidade para vivenciar e lapidar na pratica situações de saúde de mudança de hábitos saudáveis com consciência desenvolvendo a melhor saúde possível dentro das limitações de cada um, formando novas atitudes e procedimentos saudáveis para a manutenção e recuperação da própria saúde e da comunidade que faz parte desse convívio social.
Para propiciar um ambiente favorável à aprendizagem é importante oferecer condições básicas para criar estruturas lógicas e eficazes para o bom andamento e progresso no processo de formação dos indivíduos.
Partindo desse pressuposto podemos salientar que a importância da saúde alimentar na escola está intimamente e juntamente interligada com o desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicomotor da criança em todo o seu processo de aprendizagem, pois uma alimentação equilibrada proporciona um bom desempenho em todos os aspectos para todas as pessoas em geral e as capacita para uma saúde física e mental de qualidade e esta reflete nas ações cognitivas e também na disposição para o indivíduo criar situações que agucem sua plasticidade sináptica abrindo possibilidades para a maturidade e as funções que surgirão no adulto.
É fundamental fazer com que seja compreendida a importância da alimentação saudável na escola de forma equilibrada, benéfica, democrática e espontânea e a propiciem dentro do ambiente escolar, pois a saúde alimentar envolve todo o nosso cotidiano e ela é a grande responsável pelo nosso bem estar físico, mental e social e fator cúmplice no mecanismo da educação e em todo o seu processo de aprendizagem. 
2.1-Educação alimentar implicando no processo de aprendizagem
A preocupação com a alimentação dos indivíduos e seus reflexos no ambiente de aprendizagem está se tornando cada vez mais polêmico tornando-semesmo um problema, devido à grande massa de alunos não possuírem uma alimentação adequada afetando em seu desenvolvimento cognitivo, motor e social trazendo problemas em seu rendimento escolar, desânimo e conseqüentemente problemas de saúde e até mesmo a obesidade.
A importância da alimentação saudável pode proporcionar uma visão mais ampla de qualidade de vida da comunidade escolar, pois a educação não acontece só, ela precisa de mecanismos eficazes para que aconteça de maneira completa envolvendo toda a parte integrante do nosso ser e do ambiente de inserção do indivíduo na sociedade.
Os processos de aprendizagem assim como o funcionamento do nosso corpo são praticamente uma ação e para tal precisa de energia para ser desempenhada com eficácia e esta energia é produzida pelos alimentos que são ingeridos.
Após a ingestão dos alimentos, os mesmos são levados pela corrente sanguínea até as diversas células do nosso organismo fazendo com que elas reajam positivamente e continuamente por todas as partes do nosso corpo fazendo com que sejam desempenhadas todas as funções enérgicas do corpo humano como a respiração, circulação, excreção, trabalho muscular, atividades do nosso sistema nervoso e inclusive o trabalho cerebral.
O cérebro requer de boa quantidade de energia, pois mesmo com o organismo em repouso o cérebro está sempre ativo, em vigília, respondendo a estímulos e também as informações do ambiente, pois o cérebro emana energia ao corpo, ou seja, o cérebro não descansa.
Quando nosso cérebro não fornece energia requerida para a boa manutenção das suas funções torna-se incompatível com vida gerando carência nutricional, pois nesse caso o cérebro está ingerindo nutrientes insuficientes para a manutenção das necessidades vitais.
Mesmo levando em consideração outros fatores na aprendizagem devemos ver que esta implica também em atividade, experimentação, atenção, raciocínio, reflexão sobre a realidade vivida, adaptação a novas situações e se nosso organismo funcional e cerebral não está apto a colaborar com esse mecanismo, será dificultosa a aprendizagem ou inadequada ou ineficiente.
Para dar sustentação a esse enfoque precisamos dar o ponto de partida inicial que são a boa alimentação que proporciona disposição às atividades propostas, facilitando a aprendizagem com uma vida saudável que proporciona aos indivíduos o favorecimento de suas relações de interação social, a qual proporciona a troca de saberes e aprendizado podendo assim levar essa ideologia da qual a alimentação é necessária para o bom desempenho do nosso organismo e conseqüentemente, no processo de aprendizagem onde quanto mais aprendemos, mais nos desenvolvemos e nos tornamos sujeitos ativos na busca pelo conhecimento com autonomia e saúde, a qual é fato principal em nosso ser, pois é ela que nos permite viver com qualidade e bem estar para termos energia e força para prosseguirmos no caminho da educação, da transformação social.
A influência que a alimentação exerce na nossa vida e em nossa cognição é notável e podemos ver isso em nossa disposição para as atividades diárias quando não nos alimentamos bem ou não nos alimentamos por isso precisamos que a criança seja vista como um adulto em miniatura com as mesmas necessidades só que de maneiras diferentes e diversificadas, pois ela desde o seu nascimento é capaz de agir, interagir, de produzir, de opinar e também é um sujeito de direitos e deveres.
Com esse foco temos um artigo publicado pela Dra. Carolina Chuichmam R. dos Anjos (2010) afirmando que a alimentação é fator imprescindível na aprendizagem, pois a fome poderá reduzir o rendimento formal do aluno e ainda salienta que torna-se necessário estabelecer relações diretas a respeito dos agravos que podem comprometer o desenvolvimento físico, social, afetivo e psicomotor de uma criança quando vivencia a falta do alimento ou possui uma alimentação inadequada.
A capacidade intelectual é, portanto, proporcional a uma boa alimentação, a uma boa nutrição, então, a criança que possuí uma má alimentação não consegue participar das atividades intelectuais e físicas devido a um problema orgânico que ocorre devido a essa carência nutricional no momento de serem agentes ativos do seu conhecimento e de sua identidade social e motora não conseguindo compreender sua realidade e os motivos que nosso corpo (entendido como uma unidade que pensa e faz) funciona dessa maneira e que essa ação possibilita estabelecer uma relação com o mundo, e por meio deste compreendê-lo.
A abordagem no que diz respeito à nutrição com relação à aprendizagem é um tema que necessita ser abordado nas escolas, para prevenir algumas doenças decorrentes da sua má alimentação prejudicando o organismo, o rendimento e também prejudicando a busca pelo conhecimento e suas relações intrapessoais.
2.1.1 – Envolvendo a escola na Educação Nutricional
O conhecimento de mundo de modo geral, no mecanismo da educação, propicia um equilíbrio integrando o conhecimento acadêmico construído na comunidade escolar através de práticas pedagógicas e também o desenvolvimento da concepção de preservação da vida sustentável da qual também somos parte integrante.
São fornecidas várias informações, elaborados projetos, artigos publicados, várias pesquisas e diversas fontes a respeito de a alimentação estar interligada com o desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e motor das pessoas, ainda há uma resistência a projetos vinculados à saúde física e mental dos indivíduos reduzindo o processo de aprendizagem, bloqueando assim habilidades que seriam desenvolvidas com maior êxito nos conteúdos propostos.
A escola deve ser vista com um ambiente especial desenvolvendo oportunidade de todos os integrantes da comunidade escolar independentemente de situação social usufruir dos alimentos que a própria escola produz propiciando uma alimentação rica e orientação nutricional aproveitando a interdisciplinaridade na inclusão das informações nutricionais.
Através desse trabalho de sensibilização e mudança de hábito é interessante que comece a implantar dentro da própria escola boas práticas de saúde da importância de uma alimentação nutritiva e construindo a sensibilização e a importância da preservação ambiental para nosso bem estar e dos demais integrantes do espaço educativo com atratividade e responsabilidade sócio ambiental.
A orientação nutricional e a modificação no habito errôneo alimentar que a maioria das pessoas possui se torna um papel muito importante para a escola orientar, incentivar, monitorar a educação alimentar para que sua comunidade freqüentadora tenha mais saúde agora e principalmente no futuro.
Segundo Brasil (1990) “A escola sozinha não levará os alunos a adquirirem saúde. Pode e deve, entretanto, fornecer elementos que os capacitem para uma vida saudável.”
Não podemos ignorar que há um grande problema político e social em nosso país a esse respeito, mas além dessa problemática, também não podemos negar que nem sempre essa questão acontece por falta de recursos, ou seja, em algumas situações muitas pessoas se alimentam erroneamente por falta de orientação e/ou conhecimento.
Essa falta de orientação e conhecimento começa no cotidiano do individuo e muitas vezes alem da má alimentação em casa, possui também uma má alimentação na escola pelo fato de os estudantes levarem lanches com baixo valor nutritivo e se alimentarem de maneira errada dentro da instituição de ensino. 
A Instituição de ensino pode modificar essa realidade independentemente da situação social de cada individuo da comunidade escolar através da orientação nutricional proporcionando conhecimento, dados, informações de forma sustentável a todos com muito êxito, igualdade e qualidade, pois a educação é dada através de mecanismos e metodologias para seu bom aproveitamento, seu desenvolvimento e em toda a sua expansão de seu desenvolvimento global. 
É importante entender que a escola é um local onde se prepara para a vida com interdisciplinaridade e para tal é importante que o educando aprenda a se nutrirbem dentro de seu poder aquisitivo, independentemente de seus recursos financeiros ou de sua realidade sócio-econômica.
Segundo a SBAN (Sociedade brasileira de Alimentação e nutrição):
“... de um modo geral, a população brasileira se alimenta erroneamente, pois consome produtos que além muitas vezes um pouco mais caros, prejudicam muito a saúde... O povo brasileiro, precisa aproveitar bem mais certos nutrientes encontrados em folhas e talos, e não jogar fora como faz até o presente.”
Capítulo 3 – Educação e nutrição de forma sustentável na escola
É na escola onde se deve estabelecer entre os integrantes uma relação de igualdade, respeito e autonomia, mas carregada também de compromisso, não somente com o conhecimento acadêmico do individuo, mas também com toda a sua extensão social, pois o que forma um ser social não é apenas o fator cognitivo de um ser, mas outros diversos aspectos.
Contudo, não devemos esquecer que os alunos trazem de seu ambiente familiar uma bagagem de vida onde possuem hábitos culturais, sociais e alimentares, os quais possuem um papel fundamental na conduta e saúde do individuo, mas precisamos lapidar certos hábitos alimentares errôneos trazidos de casa para podermos colaborar para uma boa saúde diminuindo riscos de doenças ocasionadas pela alimentação inadequada ou a falta da mesma. 
É uma grande dificuldade de aplicar essa ideologia alimentar, pois esta muitas vezes vem dos hábitos cotidianos em seus lares e atualmente é sempre mais comum que os pais tenham dificuldades de manter um habito de alimentação saudável e adequada, devido a diversos fatores, entre eles: sua situação econômica, a rotina de trabalho, a falta de cultura e de informação ou até mesmo por permitir que as vontades dos filhos por alimentos mais atrativos e menos saudáveis prevaleçam na casa acabando por fim de, mesmo sem esse intuito, ocasionar um aumento do índice infantil de obesidade, hipertensão e colesterol, pois em seu livro, Krausep (2002) reforça essa idéia mencionando que as famílias podem continuar a oferecer lanches saudáveis e apoiar os esforços da educação nutricional na escola, na maioria dos casos os bons hábitos alimentares estabelecidos nos primeiros anos, conduzem à criança através deste período de tomada de decisão e responsabilidade. 
Por esta razão a escola precisa dar um novo enfoque de forma sustentável no que diz respeito à alimentação, a partir de seus recursos naturais de forma racional, onde todos os educandos independentemente de sua posição social se satisfaçam criando seu próprio crescimento e manutenção dentro dessa escola obtendo través dela o conhecimento de forma dialógica e interdisciplinar, compreendendo seu cotidiano e o funcionamento do seu corpo (entendido como uma unidade que faz) fazendo com que reflitam com criticidade e autonomia sobre a sociedade e também sobre sua individualidade social de maneira transformadora.
Essa sustentabilidade permite a escola um novo fazer pedagógico focado nas necessidades do seu público, respeitando o meio ambiente produzindo mais do que se consome, construindo uma consciência global das questões relativas ao meio partindo das condições básicas para o bom desempenho escolar e rendimento cognitivo onde a saúde focada na alimentação possui uma imensa contribuição. 
Uma alimentação balanceada dentro da escola é uma forma qualitativa na vida do corpo discente e também em seu processo de aprendizagem e é também um dos aspectos subjetivos que implicam no ensino que deles emergem o entender, que pode o qual pode ser transformado em saber pela ação do individuo englobando também a participação familiar como auxiliares nesse mecanismo.
Por essa razão é necessário o incentivo de educar de uma forma global, além do conhecimento cognitivo, é também fazer com que seja aplicada à vida dos educandos a responsabilidade com sua própria saúde e a construção de hábitos de alimentação saudável e adequada, uma vez que este fator está intrinsecamente ligado ao bem estar físico e mental do individuo, transformando o papel da escola de ser o principal auxiliador na vida dos alunos, de forma que os bens proporcionados reflitam na vida externa à escola. 
Podemos entender então que a alimentação é um dos primeiros elementos responsáveis pelo desenvolvimento e posteriormente para a interação do sujeito com o meio e com o mundo, pois são elas as quais nos possibilitam energia, disposição e cognição para, a partir delas, desenvolvermos outros aspectos as tomando como suporte inicial de cognição, por isso a sua importância na vida das pessoas e principalmente sua valorização no ambiente escolar.
3.1 - Qualidade da Merenda escolar na formação da escolha alimentar.
É importante salientar que uma alimentação escolar de qualidade é um instrumento fundamental para a recuperação de hábitos alimentares saudáveis e, sobretudo, para a promoção da segurança alimentar das crianças e jovens do Brasil, pois a educação e a alimentação adequadas é um direito previsto tanto na Constituição Federal quanto no ECA.
Acredita-se que promover uma alimentação escolar qualitativa é melhorar a situação educacional no país, por que bons níveis educacionais também são resultado de alunos bem alimentados e aptos a desenvolver todo o seu potencial de aprendizagem sendo que uma merenda nutritiva é a base para o crescimento das gerações que constituirão o futuro do país, visto que uma criança má alimentada tem dificuldades de concentração, falta de interesse e dificuldade no aprendizado.
Uma merenda escolar nutritiva controla alem de fatores cognitivos, fatores sociais dos indivíduos contribuindo significativamente para qualidade de vida colocando todos os educandos em situação igualitária socialmente dentro da escola dando a mesma possibilidade de saúde a todos, impedindo doenças derivadas da alimentação inadequada.
Alguns especialistas afirmam que a desnutrição e anemia ainda são uma das grandes problemáticas de saúde no país.
De acordo com Brasil (1990) “Considera-se, por exemplo, que raramente uma criança morre por sarampo, mas, inúmeras vezes, por complicações decorrentes de sua baixa resistência por desnutrição.”
Essas complicações nutricionais são um risco bastante elevado de sofrer várias doenças prejudicando o desenvolvimento mental refletindo diretamente no rendimento escolar.
 Uma escola que não proporciona uma comida saudável, que não tem uma orientação nutricional, não possui um cardápio adequado, não procura atingir essa meta de promoção de saúde, não deixa visão e nem opção de crescimento e autocuidado para que o aluno como agente ativo desenvolva a capacidade de regular as variações que surgem no seu organismo e nem autonomia para identificar e tomar medidas práticas de autocuidado conforme podemos nos aprofundar nesse aspecto no artigo publicado por Elaine Monteiro Occhialini (2009) que expôs que os resultados estão no aumento do índice infantil de obesidade, hipertensão e colesterol e ainda acrescenta que uma alimentação inadequada na hora do lanche prejudica não só o desenvolvimento da criança, como o próprio desempenho escolar, pois a obesidade é também um grande problema, o qual atinge indivíduos de diversas condições financeiras ou grupos sociais.
A obesidade é tida como uma doença crônica, classificada pela OMS como epidêmica, se não bastasse, a obesidade ainda desencadeia diabetes, hipertensão e dislipidemia.
Essas doenças derivadas da alimentação partem do consumo excessivo ou pela carência de um nutriente em especifico ou em geral, por esta razão torna-se a focar na orientação nutricional, pois muitas famílias não têm informações sobre como se alimentar adequadamente, por esse motivo não conseguem ensinar isso a seus filhos, cabendo à escola como agente ativo transformador e seus professores a possibilidade de trabalhar com interdisciplinaridade abordando sempre a melhoria por uma qualidade de vida transformando os educandos em futuros cidadãos saudáveis e com consciência no que importante para manter uma vida sadia.
É interessanteque o espaço educativo se preocupe na qualidade da sua merenda, tanto por parte das refeições produzidas dentro da escola quando nas cantinas, pois quando a criança é bem nutrida ocorre um aumento na sua imunidade, melhorando seus hábitos de saúde produzindo uma nova consciência social, através dos temas transversais trabalhar a alimentação escolar ampliando a função da escola, pois ela alem de formar precisa informar.
Segundo o Programa Nacional de alimentação escolar (2007):
“Assegurar aos alunos das escolas públicas brasileiras o acesso a uma alimentação suficiente, segura e nutritiva, que vá ao encontro das suas necessidades e preferências alimentares, para promover uma vida saudável e ativa...”
3.1.1- Horta Escolar e sua contribuição para o desenvolvimento sustentável
A questão ambiental tem se intensificado bastante nos últimos anos devido ao grande desequilíbrio em diversos ecossistemas pondo em risco a vida de diversas espécies trazendo-nos enormes prejuízos, dentre eles a qualidade de vida, pois estamos intrinsecamente ligados a esse fato por fazer parte do ambiente no espaço e também na cadeia alimentar e a biodiversidade é fundamental para a nossa sobrevivência e para todas as outras espécies, o solo tem de ser protegido, pois caminhamos sobre ele e nas áreas rurais, são planejados os plantios para a nossa alimentação.
Toda essa preocupação faz com que a escola intervenha fazendo o possível para reverter esse quadro com um desenvolvimento sustentável consciente para a manutenção equilibrada do ecossistema do planeta melhorando suas condições começando pela construção de uma relação mais harmônica entre a sociedade e a natureza fazendo com que os alunos possam agir de forma responsável conservando os ambientes.
 A escola é um local onde prepara o individuo para ser um cidadão idôneo e com escolhas coerentes para sua interação social e sua individualidade e começar relacionando-se com a natureza de forma respeitosa cultivando o meio ambiente já é um grande passo uma vez que fazemos parte dele.
A horta escolar é aplicada em algumas instituições de ensino pensando no resgate do contato entre homem e meio ambiente e hoje está sendo considerada como um novo recurso didático pedagógico, trabalhando de forma interdisciplinar levando conhecimento aos alunos dos alimentos desde a sua origem onde eles mesmos consigam acompanhar seu desenvolvimento no cotidiano trazendo o debate sobre educação ambiental vivenciado pelo corpo discente na sala de aula de forma dinâmica, sendo assimilado com êxito, pois estão através da ação observando e analisando e com isso criando valores saudáveis de hábitos alimentares, os quais serão benéficos a saúde de todos da comunidade escolar.
Vindo de encontro a esse novo recurso didático podemos temos o professor Dimas de Mello Braga responsável pelo projeto piá na roça, cujo projeto propõe a ocupação dos espaços improdutivos das escolas com a horta e locais ociosos da comunidade escolar, a transformação dos quintais e terrenos ociosos da comunidade em áreas de produção de alimentos. 
Segundo Dimas de Mello Braga (2008): 
“Os alunos estão aprendendo que trabalhar numa horta é produzir alimentos para uma vida mais saudável,que fazer compostagem é reaproveitar restos de alimentos para adubar hortas,jardins e evitar o desperdício, que os restos das próprias hortaliças servem para o composto e as sementes são guardadas para posterior plantio,que eles cuidarão da terra,das outras pessoas e de si mesmos,que fazer uma horta em sua casa é uma atitude para uma vida com mais qualidade,ecologicamente sustentável,economicamente viável e culturalmente aceita”
Ou seja, montar uma horta na escola é um propósito o qual abrange educação ambienta, nutrição escolar e meio ambiente envolve a participação dos alunos, alem de contribuir para a alimentação escolar e a construção de bons hábitos alimentares e o respeito pelo meio ambiente e também possibilita o professor a abordagem de diversas disciplinas.
Ainda ressalta o professor Dimas de Mello Braga (2008) que a horta escolar é uma didática sustentável e eficaz de forma que o aluno adquire um conhecimento sobre essa abordagem e leva para a família que esta dissipa para os demais 
Por essa razão é muito importante o envolvimento das famílias nesse trabalho transformando seu cotidiano, criando uma reeducação alimentar em casa e esta sendo reforçada e incentivada na instituição de ensino, todos juntos cumprindo um papel transformador na formação do sujeito e também das outras partes envolvidas na comunidade escolar, pois a escola pode auxiliar de forma sustentável onde todos possam usufruir com compreensão e conhecimento construindo assim uma realidade mais equilibrada, consciente e saudável e respeitosa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Diante das fundamentações teóricas, estudadas para o presente trabalho acadêmico, considero ter sido de um grande aproveitamento, pois propicia o entendimento de que as conseqüências causadas pela falta de alimentação ou de alimentação inadequada, além de ocasionar diversos problemas de saúde, influi muito no desenvolvimento cognitivo de um individuo.
Apesar de termos um grande problema político e social a respeito de alimentação saudável, temos também um obstáculo grande nessa questão: Problemas de desinformação e de falta de conhecimento de sua importância. Obstáculos esses impedem a minimização dos problemas pertinentes a valores e o cuidado com a saúde e o meio ambiente causando assim um baixíssimo padrão de qualidade de vida, algumas vezes não por falta de recursos e sim por falta de orientação e desinformação.
Pude perceber de forma notória a importância que uma boa nutrição possui e que esta interfere no sistema de desenvolvimento social, motor e cognitivo do individuo, ou seja, um ser com uma boa saúde alimentar reflete em disposição para aprender e rendimento escolar, por que seu organismo está funcionando de forma saudável propiciando a sensação de satisfação.
Acredito que essa questão além de ser um problema social e político e estes acabam por refletir no sistema ambiental, podem ser minimizados se buscarmos informações, ricas em conhecimento onde nos possam dar um alicerce sustentável de habilidades ajudando-nos a combater e minimizar essa carência social de acordo com os recursos básicos que possuímos para que juntos possamos contribuir para uma sociedade igualitária, saudável, sustentável e respeitosa com todos os seres nela inseridos, quebrando o tabu sobre a idéia que só escolas de classe alta podem conter alunos com boa saúde.
A partir desses subsídios teóricos selecionados para o aprofundamento dessa temática espero ter contribuído para processo de pesquisas posteriores sobre essa temática, gerando um conflito cognitivo referente a esse assunto ocasionando uma grande metamorfose social com diversas opções, modificações e grandes melhorias de vida.
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