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EXPANSÃO E OURO NA AMÉRICA PORTUGUESA CARACTERÍSTICAS A colonização Portuguesa da América era mais restrita ao litoral, até o fim do século XVI, uma vez que havia dificuldade em avançar pelo interior. Febres, animais peçonhentos, mata fechada). Com o passar dos séculos a colonização ganhou o sertão e outras pontos do litoral. Esse avanço está muito associado à ação dos soldados, dos jesuítas, dos bandeirantes e dos criadores de gado. SOLDADOS No início do século XVI, piratas e corsários europeus, assaltava a costa da América, em busca de riquezas. 1580- Atração dos inimigos da Espanha, uma vez a União das Coroas Ibéricas, fez do Brasil um território sob domínio Luso-Espanhol. A reação do governo era enviar grandes expedições e construção de fortes em pontos estratégicos do território colonial. PRINCIPAIS FORTES Forte dos Reis dos Magos (1598) – Possibilitava a observação do Mar e matas vizinhas. A construção do forte está na origem da cidade de Natal, fundada dois anos depois Forte de Filipeia de Nossa Senhora das Neves (1585) – Deu origem ao povoado que fundou a cidade de João Pessoa – Capital da Paraíba PRINCIPAIS FORTES Forte de São Luis (1612) – Fundada por Calvinistas Franceses, interesses no açúcar nordestino, tentavam uma colônia comercial. Contaram com o auxílio dos Tupinambá, inimigos dos Portugueses OS JESUÍTAS Objetivo: difundir o cristianismo nas terras americanas, conversão de indígenas e integralização à civilização ocidental. Fixaram-se inicialmente no litoral, fundaram colégios nas principais vilas e cidades brasileiras. Deslocaram-se aos poucos para o sertão conforme os indígenas eram vencidos no litoral, uma vez que buscavam refúgio no sertão. A comunicação era através da língua Tupi. Indígenas cuidavam da agricultura, artesanato e pecuária. Cultivavam cereais, frutas, erva-mate. Extraíam plantas medicinais, baunilha, guaraná, óleos. Produziam mobílias, objetos em couro e esculturas em madeiras. Produtos eram exportados para a Europa, possibilitando o enriquecimento dos Jesuítas. Os Jesuítas eram contrários a escravidão do indígena, entrando em conflito com os colonos em vários pontos do território. No Maranhão esse atrito foi a principal razão da Revolta de Beckman. A REVOLTA DE BECKMAN Constituído em 1621, estado do Grão Pará e Maranhão, garantia todas as terras situadas entre o Rio Grande do Norte e o Pará. O indígena era a principal força de trabalho: Agricultura Pastoreio Transporte e coleta no sertão: Cacau, baunilha, castanha do pará Plantas aromáticas e medicinais A QUESTÃO DA ESCRAVIDÃO DE INDÍGENAS Em 1680, Jesuítas, liderados pelo padre Antonio Vieira, conseguiram aprovação, pela Coroa Portuguesa, lei que proibia a escravização de indígenas. Os Colonos reagiram contrariados: Qual seria a solução para a mão de obra? E ainda mão de obra barata? Dilema para a Coroa Portuguesa. COMPANHIA DE COMÉRCIO DO MARANHÃO (1682) Governo Português concede monopólio a companhia, desde que, houvesse o comprometimento de trazer 10 mil escravos africanos para a região, e, vende-los a preços reduzidos. Porém, a Companhia além de não cumprir com o acordo ainda: Vendia produtos de péssima qualidade com preços absurdos Usava medidas e pesos falsificados Pagava preços baixos pelos produtos que compravam. A REVOLTA Em 1684, colonos Maranhenses, liderados pelo rico senhor de engenho, Manuel Beckman, destituíram o governador e invadiram o colégio dos Jesuítas e os armazéns da Companhia de Comércio, iniciando a revolta de Beckman. Portugal envia soldados para sufocar o movimento e executam Manuel Beckman. Atendeu os interesses dos colonos e suspende a escravização de indígenas. Para agradar os Jesuítas, o governo Português concede garantias legais para continuarem atuando na região.