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DOENÇAS GENÉTICAS- IMUNOLOGIA

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Patologia Genética e Imunologia Marcos Victor Teixeira Rauth 1 
 
DOENÇAS GENÉTICAS- Mecanismos gerais para o desenvolvimento de doenças 
Fatores que influenciam: 
• Ambientais, temperatura, agentes físicos, agentes químicos, radiação ionizante, 
• Falta de oxigênio, como em uma isquemia por uma artéria ocluída ou em um choque, de um colapso 
cardiovascular, falta de perfusão. O desencadeamento de lesões em tecidos. 
Causas genéticas: Dano genético em células somáticas ou dano genético em células germinativas. 
ocorrem por alterações genéticas 
Genes e doenças: 
• Doenças genéticas “clássicas”; 
• Doenças cardiovasculares como aterosclerose, HAS (hipertensão arterial), DM (diabete mellitus), esquizofrenia, etc. 
São doenças habituais que tem componente genético relativo; 
• Câncer: Pode ter componente genético; 
• 50% dos abortos espontâneos têm anomalias genéticas demonstráveis; 10 a 20% no 1º trimestre da gestação 
• 1% dos RNs possuem anormalidade cromossômica; 
• 5% de pessoas < 25 anos apresentam doença com componente genético importante. Ex.:Dislepidemia familiar 
• 670/1000 risco de doenças genética ao longo da vida 
 
Definições: 
• HEREDITÁRIA ou FAMILIAR: provêm dos genitores. Transmitidas pela linhagem germinativa (gametas: óvulos e 
espermatozóides). 
• CONGÊNITA: presente no nascimento. Ex.: sífilis congênita, toxoplasmose congênita. 
 
Doenças genéticas: 
• Mutações pontuais: simples substituições de uma par de base numa cadeia de ácido nucleico; 
• Alterações cromossômicas estruturais ou numéricas: 
- Alterações cromossômicas estruturais: translocações, deleções (levam embora sequências inteiras de genes) 
- Alterações cromossômicas numéricas: trissomias, tetrassomias, monossomias. 
• Doenças multigênicas ou poligênicas: 
 Há o componente genético associado a componente ambiental necessários para desencadear a doença. 
São os casos mais comuns de doenças genéticas, diabetes, dislipidemias. 
Alteração genética pode ocorrer: 
 - Em uma célula germinativa 
 - Em uma célula somática. 
 Se acontecer na célula somática é mais provável que ela desenvolva uma neoplasia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Patologia Genética e Imunologia Marcos Victor Teixeira Rauth 2 
 
 MUTAÇÕES PONTUAIS Em sequências codificadoras versus não codificadoras 
- Sequência codificadoras: sequência do gene que vai ser traduzida em proteína. 
 Alteração na função bioquímica, stop códon, etc. 
• MUTAÇÕES PONTUAIS em SEQUÊNCIAS CODIFICADORAS: 
Uma mutação pontual é uma mudança de uma única base que é substituída por uma base diferente. 
Uma mutação pontual pode alterar o código da trinca de nucleotídeos e causar a substituição de um aminoácido 
por outro no produto gênico. Como essas mutações alteram a sequência das proteínas codificadas. 
Se o aminoácido substituído for bioquimicamente semelhante ao original, tipicamente haverá uma pequena 
mudança na função da proteína, e a mutação é chamada de mutação com troca de sentido “CONSERVADORA”. 
- Sequência não codificadoras: 
• MUTAÇÕES PONTUAIS em SEQUÊNCIAS NÃO CODIFICADORAS: sequência reguladora, splicing defeituoso, etc 
Na mutação com troca de sentido “não conservadora”, ocorre a substituição de um aminoácido por outro 
bioquimicamente diferente. 
Um exemplo: é a MUTAÇÃO FALCIFORME afetando a cadeia globina β da hemoglobina. 
 
DOENÇAS MONOGÊNICAS: envolvem 1 gene alterado que resulta na doença. 
- DEFEITOS ENZIMÁTICOS e suas consequências. 
- DEFEITOS dos RECEPTORES DE MEMBRANAS E SISTEMAS DE TRANSPORTE:. 
- Alterações da estrutura, na função ou quantidade de proteínas não enzimáticas. 
- Mutações que resultam em reações incomuns a drogas. 
➢ DEFEITOS ENZIMÁTICOS E SUAS CONSEQUÊNCIAS: 
uma doença que envolve UM GENE que CODIFICA uma ENZIMA que pode resultar no ACÚMULO do SUBSTRATO desta 
enzima ou na DEFICIÊNCIA do RESULTADO da ação desta enzima. 
- Acúmulo de substratos. Ex.: depósito lisossomal. 
- Quantidade reduzida do produto final. Ex.: albinismo. 
- Incapacidade de inativar um substrato nocivo. Ex.: deficiência de α1-antripsina 
➢ DEFEITOS DOS RECEPTORES DE MEMBRANAS E SISTEMAS DE TRANSPORTE: Resultam em alterações fisiológicas 
das células que podem ter repercussões no órgão (locais) ou no organismo inteiro (sistêmicas). 
- HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR: redução da produção ou da função de receptores de LDL. 
É uma doença genética relacionada a defeitos nos receptores de membrana, da superfície do hepatócito, que é 
responsável por internalizar o LDL. Se não internaliza, a célula produz o VLDL endógeno e lança para fora. 
- FIBROSE CÍSTICA: resulta do transporte deficiente de cloreto nas glândulas exócrinas (sudoríparas, pulmões e pâncreas) 
e resulta numa alteração osmótica do muco que o torna viscoso que obstrui os ductos. 
➢ ALTERAÇÕES DA ESTRUTURA, FUNÇÃO OU QUANTIDADE DE PROTEÍNAS NÃO ENZIMÁTICA: 
- Ex.: fibras de contração em moléculas do citoesqueleto. 
- ANEMIA FALCIFORME: hemoglobina S. É relacionada com a alterações na estrutura da hemoglobina. Em forma de FOICE 
- TALASSEMIA: quantidade reduzidas de α -globina ou β –globina. O gene da globina β, uma mutação pontual que afeta o 
códon para glutamina (CAG) cria um códon de terminação (UAG) se U for substituído por C . A deficiência das cadeias de 
globinas β pode causar uma forma grave de anemia, chamada de β0‑Talassemia. 
- OSTEOGÊNESE IMPERFEITA: defeitos no colágeno. Resulta em ossos frágeis, fraturam facilmente 
- SÍNDROME de MARFAN: defeitos no colágeno. É uma doença genética do tecido conjuntivo. 
- SÍNDROME de Ehlers-Danlos defeitos no colágeno. É um grupo de doenças hereditárias do tecido conjuntivo, causada 
por um defeito na síntese de colágeno 
- ESFEROCITOSE HEREDITÁRIA: deficiência de anquirina ou espectrina. É uma anemia de transmissão hereditária com hemácias 
microcíticas (pequenas) e com alta concentração de hemoglobina (normocrômicas), de forma esférica e sem palidez central. É uma anemia 
hemolítica por defeitos de membrana. Ocorre devido às alterações heterogêneas em um de seis genes (na maioria das vezes o gene anquirina, 
podendo ainda ser o da actina ou da espectrina) que codificam as proteínas envolvidas na ligação do esqueleto da membrana de bicamada 
lipídica dos eritrócitos. 
- DISTROFIA MUSCULAR: A distrofina é uma proteína do complexo distrofina-glicoproteínas que liga o citoesqueleto da fibra muscular à 
matriz extracelular, através da membrana celular. A deficiência nesta proteína é a causa primária de um dos mais graves tipos de distrofia 
muscular. 
Patologia Genética e Imunologia Marcos Victor Teixeira Rauth 3 
 
Mutações pontuais em sequências codificadoras. Uma mutação pontual é uma mudança de uma única base que é 
substituída por uma base diferente. Uma mutação pontual pode alterar o código da trinca de nucleotídeos e causar a 
substituição de um aminoácido por outro no produto gênico. Como essas mutações alteram a sequência das proteínas 
codificadas. Se o aminoácido substituído for bioquimicamente semelhante ao original, tipicamente haverá uma pequena 
mudança na funçãoda proteína, e a mutação é chamada de mutação com troca de sentido “conservadora”. 
Por outro lado, na mutação com troca de sentido “não conservadora”, ocorre a substituição de um aminoácido por outro 
bioquimicamente diferente. Um exemplo excelente desse tipo é a mutação falciforme afetando a cadeia globina β da 
hemoglobina. 
Nesse caso, a trinca de nucleotídeos CTC (ou GAG no mRNA), que codifica o ácido glutâmico, é 
substituída por CAC (ou GUG no mRNA), que codifica valina. Essa substituição de um único aminoácido altera as 
propriedades físico‑químicas da hemoglobina, originando a anemia falciforme. Além de substituir um aminoácido, uma 
mutação pontual pode alterar um códon de um aminoácido que sinaliza o término de uma cadeia polipeptídica, 
conhecido como códon de terminação (mutação sem sentido). 
MUTAÇÕES QUE RESULTAM EM REAÇÕES INCOMUNS A DROGAS: Que permitem metabolismo, polimorfismo 
- Mutações que resultam em reações incomuns a drogas: 
• Deficiência da Glucose-6- fosfato desidrogenase (G6PD): doença ligada ao X 
Essa enzima (Glucose-6- fosfato desidrogenase) reduz a molécula de glutationa, que elimina radicais livres oxidantes. 
Sua deficiência mantém esses radicais livres oxidantes e pode causar HEMÓLISE. 
Resulta em algumas infecções 
Cloroquina (usada no tratamento da malária) pode levar à anemia hemolítica pela deficiência da Glucose-6- fosfato 
desidrogenase 
Primaquina, pamaquina, 
Sulfonamida: sulfametoxazol, sulfanilamina 
Triazol, naftaleno 
Fava (é um alimento) 
DOENÇAS MONOGÊNICAS 
As doenças monogênicas podem ocorrer em genes que estão presentes em cromossomas autossômicos e em 
cromossomas sexuais. Podem ter caráter de dominância ou um caráter de regressão. 
AUTOSSÔMICAS DOMINANTES: 
• Doença renal policística do adulto; 
• Hipercolesterolemia familiar; 
• Teleangectasia hemorrágica hereditária; 
- Síndrome de Osler-Weber-Rendu; 
• Esferocitose hereditária; 
• Doença de Huntington; 
• Síndrome de Marfan; 
• Neurofibromatose (Doença de Reckinghausen); 
• Esclerose tuberosa 
• Doença de Von Hippel-Lindau. 
 
 
DOENÇAS MONOGÊNICAS 
A doença que acontece depende da enzima em que ela está relacionada, se é uma enzima que converte um 
aminoácido pode resultar em doença de metabolismo de aminoácidos, por exemplo. 
• Doenças de depósito lisossomial 
• Doenças de depósito glicogênico 
• Doenças de metabolismo de carboidratos 
• Doenças de metabolismo de aminoácidos 
• 
Patologia Genética e Imunologia Marcos Victor Teixeira Rauth 4 
 
DOENÇA DE FABRY: 
 Na doença de Fabry é uma doença de depósito 
• Deficiência da α-Gal A (α- galactosidade A). É uma enzima presente no lisossomo. 
Sem essa enzima galactosidase ocorre acúmulo do Glicolipídeo Gb3 (globotrialosilceramida) e, assim, esse 
glicolipídeo fica acumulado dentro do lisossoma, pois ele não é metabolizado, causando lesões em células, 
levando a morte celular e reações inflamatórias observadas na pele, nos rins e em vários órgãos. 
Doença de depósito lisossomal. Ao microscópio eletrônico: Corpos zebroides 
 
ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS NO NÚMERO OU ESTRUTURA: 
ALTERAÇÕES NUMÉRICAS 
• Poliplodia: geralmente incompatível com vida, resulta em aborto. Cópias inteiras de material genético acrescentado. 
Ao invés de 2n (que é o normal do pai e mãe), ocorre 3n (triploide) 4n (tetraplóide); PLOIDIA 
• Aneuploidia: adição ou perda de cromossomos. Alteração de cromossomos inteiros. SSOMIA 
• Não disjunção meiótica (trissomias) 
• Arrasto da anáfase: perda de um cromossomo na divisão meiótica ou mitótica. 
 Se ocorrer na vida embrionária, resulta em mosaicismo. 
O mosaicismo algumas células do embrião apresentam trissomia e outras não. Pode se relacionar com o grau da 
doença, ou seja, quanto mais cedo ocorrer na vida embrionária, maior quantidade de células aneuplóides podendo 
resultar em doenças mais graves do que com menos células aneuplóides. 
As aneuploidias ocorrem sempre quando há um aumento ou diminuição de cromossomos, no entanto esta alteração acontece só em uma 
parte dos cromossomos. A origem das aneuploidias pode ser de anormalidades que ocorreram na meiose I, na meiose II, ou até mesmo na 
mitose, este erro é conhecido como não-disjunção. 
ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS 
Não há alteração em número (numéricas). Mas há quebra inteiras de cromossomos, com deleções de segmentos inteiros 
(por ex.: um braço curto inteiro ou braço longo inteiro ou uma deleção de um segmento de um braço longo de um 
cromossomo) 
• Deleção: Pequenas deleções que envolvem a sequência de codificação podem ter dois efeitos sobre a proteína codificada. Se o número 
de pares de bases envolvido for igual a três ou múltiplo de três, a fase de leitura permanecerá intacta e uma proteína anormal, faltando 
ou ganhando um ou mais aminoácidos, será sintetizada. Se o número de bases codificantes afetadas não for um múltiplo de três, isso 
resultará na alteração da fase de leitura da fita de DNA, produzindo o que é referido como uma mutação de alteração de fase de leitura. 
O resultado é a incorporação de um número variável de aminoácidos incorretos, seguida por truncamento resultante de um códon de 
terminação prematuro. 
• Inversão: quando se inverte. As inversões são rearranjos que envolvem duas quebras em um mesmo cromossomo com 
reincorporação do segmento interveniente invertido. Uma inversão envolvendo somente um braço do cromossomo é conhecida como 
paracêntrica. Se as quebras são em lados opostos do centrômero, é chamada de pericêntrica. As inversões são, com frequência, 
plenamente compatíveis com o desenvolvimento normal. 
• Translocação: quando vão para outros cromossomos. 
• Recíproca: quando um pedaço de um cromossomo é inserido em um outro cromossomo de maneira recíproca. 
Em uma translocação, um segmento de um cromossomo é transferido para outro. 
Na translocação recíproca, há uma quebra em cada um dos dois cromossomos, com troca de material entre eles. 
 Como não houve perda de material genético, o indivíduo provavelmente será fenotipicamente normal. 
• Robertsoniana: dois braços longos de cromossomos acrocêntricos são unidos por um centrômero. 
• Isocromossomo: divisão transversa do cromossomo. A formação de um isocromossomo ocorre quando um braço do cromossomo 
é perdido e o braço remanescente é duplicado, gerando um cromossomo formado somente por dois braços curtos ou dois braços longos. 
Um isocromossomo tem informação genética morfologicamente idêntica em ambos os braços. O isocromossomo mais comum presente 
em nativivos envolve o braço longo do X e é designado i(X)(q10). O isocromossomo Xq está associado com monossomia para os genes no 
braço curto do X e com trissomia para os genes do braço longo do X. 
 
 
 
Patologia Genética e Imunologia Marcos Victor Teixeira Rauth 5 
 
Nas alterações estruturais as mutações ocorrem: 
 Mutações ocorrem: 
• Espontaneamente na replicação do DNA, ou seja, em todas as pessoas, em todas as fases, pode ocorrer ao longo da 
vida. 
• Induzida por fatores ambientais: radiação ionizante, agentes químicos, medicamentos ou 
por influência de agentes infecciosos como vírus de hepatite, HIV, Papilovírus. 
Mutações espontâneas: 
Óvulo fecundado, 6x109 pares de base, taxa de mutação 10-8 → 400 mitoses→ célula germinativa 
O zigoto inicia-se com 64 mutações. 
 
 PRÓFASE METÁFASE ANÁFASE TELÓFASE 
 
MICROSCOPIA ELETRÔNICA: mostrando uma divisão celular: mitose 
Mutações podem ocorrer mais facilmentena presença de situações que agridam o DNA, 
como moléculas ionizadas, por radiação ionizante resultando em dano de DNA. 
A radiação pode de maneira direta causar dano ao DNA. 
 
 Maneiras pelas quais doenças infecciosas podem resultar em danos genéticos: 
Agentes infecciosos (VÍRUS) que eventualmente é internalizado na célula e insere seu material genético junto ao material 
genético da célula e podem causar dano ao DNA. Após libera outros vírus que vão para o ambiente e infectam outras 
células. Esse vírus podem carregar fragmentos ou sequencias de vírus da pessoa e vão inocular novas sequencias de vírus 
em outras pessoas. 
 
ANORMALIDADES EM CROMOSSOMOS AUTOSSÔMICOS: 
Anormalidade em cromossomos autossômicos (numéricas) 
Síndrome de Down: 
Trissomia do 21 (95%), podendo ser causada por mecanismo de não disjunção materna (relacionada com a idade 
materna) ou paterna. 
Em alguns casos são: Translocação (3 a 5%) entre o cromossomo 21 e outro cromossomo. Não relacionada com a idade 
materna. 
Estigmas: Olhos com manchas de Bruschfield (não são são específicas da S. de Down); baixa estatura, dedos curtos, 
desproporção entre os dedos (5º dedo com a falange média menor), prega palmar única, crânio pouco achatado 
(achatamento da região occiptal), implantação baixa de orelhas; Olhos amendoados, devido às pregas palpebrais 
inclinadas. 
Olhos menores em tamanho. Membros mais curtos. 
Tônus muscular mais fraco; Língua protrusa, maior do que o normal. 
Complicações na Síndrome de Down: 
Cardiopatias congênitas: defeito no septo ventricular 
Leucemia aguda (risco 20 x aumentado), linfoblástica; 
Suscetibilidade a infecções; 
Na meia idade, alterações cerebrais morfológicas similares a doença de Alzheimer. Quadros de demência. 
 
 
 
 
 
Patologia Genética e Imunologia Marcos Victor Teixeira Rauth 6 
 
Síndrome de Patau: 
Trissomia do 13 
Retardo mental, microcefalia, microftalmia, anormalidades cerebrais (holoprosencefalia), fenda labial e palatina, 
polidactilia, plantas dos pés convexas, cardiopatias congênitas. 
 
Anormalidade em cromossomos sexuais (numéricas): Síndrome de Klinefelter e Síndrome de Turner 
ANORMALIDADES EM CROMOSSOMAS SEXUAIS: 
Síndrome de Klinefelter: 
Dois ou mais cromossomas X e um ou mais Y XY XXY XXXY 
Diagnosticada na puberdade. 
Compleição física distinta: pernas alongadas, quadril largo, testículos atróficos, ausência de voz grave, barba e pelos. 
 
Síndrome de Turner: Fenótipo X0 
Monossomia completa ou parcial do X. 
Falta de um cromossoma X (monossomia) 
 57% ausência completa do X 
 14% anormalidades cromossômicas (não há ausência de um X) 
 29% mosaicismo 
Estatura baixa, implantação baixa dos cabelos na linha posterior, pescoço alado (+ alargado), tórax alargado, cotovelo 
valgo, ovários em fita (infertilidade e amenorréia), cardiopatias congênitas (coarctação da aorta) 
 
DOENÇAS POLIGÊNICAS: 
• As doenças poligênicas mais comuns que as monogênicas; 
• Anormalidades envolvendo processos complexos, regulados por dois ou mais genes; 
• Polimorfismos: fórmula de enzima, formas semelhantes da enzima 
• Baixa penetrância 
Fatores ambientais podem exercer papel modulador. 
Doenças poligênicas: 
• Hipertensão; 
• Diabetes tipo II; 
• Asma; 
• Gota; 
• Doenças autoimunes (esclerose múltipla); 
• Alguns tipos de câncer; 
• Cardiopatias; 
• Doença inflamatória intestinal; 
• Deficiência mentais; 
• Transtornos do humor; 
• Erros de refração; 
• Infertilidade 
• Defeitos do tubo neural. 
 
 
 
 
 
 
Patologia Genética e Imunologia Marcos Victor Teixeira Rauth 7 
 
 – DISFUNÇÕES IMUNES- 
MECANISMOS DE LESÃO IMUNOLÓGICA: se relacionam com inflamação. 
Reações de hipersensibilidade: 
• Hipersensibilidade tipo I - anafilática 
• Hipersensibilidade tipo II – citotóxica 3 mecanismos mediados por anticorpos 
• Hipersensibilidade tipo III - imunocomplexos 
• Hipersensibilidade tipo IV: mediada por células 
Tipos I, II e III requerem a produção ativa de anticorpos. 
Tipo IV é mediada pela interação entre as células T e macrófagos. (no tipo IV NÃO HÁ PARTICIPAÇÃO DOS ANTICORPOS) 
 Hipersensibilidade tipo I anafilática: 
 Mecanismos que envolvem alergias: 
 ANAFILAXIA: começa com uma sensibilização de um antígeno, este provoca a produção de anticorpos 
que vai nas mucosas, principalmente, e se depositam também em outros tecidos, as do tipo IgE e se 
ligam na porção Fc em células, leucócitos que estão nos tecidos, principalmente os mastócitos. E, 
quando o antígeno aparece novamente e se liga a esses anticorpos presentes nos mastócitos, a reação 
desencadeada provoca degranulação dos mastócitos com aminas vasoativas e outras citocinas 
inflamatórias, como a histamina, fatores quimiotáxicos, derivados do ácido aracdônico. 
Pode ter a característica de ser local, ou sistêmica. 
- Local, dependente do tecido que entrou em contato com o antígeno que desencadeia a reação, por ex. 
se for na pele será urticária, ou de alergia cutânea; se for na mucosa do olho, ou da pálpebra, 
(conjuntiva) será conjuntivite; na mucosa nasal , será chamada de rinite; nos brônquios, será bronquite; 
no trato GI: gastroenterite alérgica ou proctocolite alérgica. 
Novembro, dezembro, flores na serra do mar, liberam pólen no ar, e ingere com alimentos: 
gastroenterite alérgica. Na biópsia na endoscopia de mucosa de duodeno, gástrica, mas, principalmente, 
de intestino grosso, intestino delgado: mais eosinófilos 
-Sistêmica: com o antígeno circulante: choque, colapso. 
RESPOSTA INICIAL: Nos primeiros 5 minutos a 30 minutos. 
E com a migração de células, a resposta se perpetua por mais horas ou dias. NÃO DEPENDE de mais 
exposições adicionais, ou seja, uma vez que foi sensibilizado a reação inflamatória começa e a cascata 
em uma fase tardia que se prolonga e se for removida a causa, vai melhorando, a cascata alivia e a 
reação inflamatória some. 
Ex: urticária, rinite, bronquite com espessamento dos brônquios (histologia: brônquio espessado, repleto de muco, mucosa dobrada, de 
contração de músculo liso), no trato gastrointestinal: esofagite alérgica, esofagite eosinofílica com os eosinófilos na mucosa; na mucosa do 
duodeno com as vilosidades e criptas com eosinófilos; na proctocolite alérgica (criança alimentada com leite com fórmula, ou com 
antígeno que a mãe se alimenta com leite e passa com o leite materno. Quadro de ENTERORRAGIA, e a mucosa toda inflamada, às custas 
de eosinófilos subindo no epitélio, na mucosa ou desce permeando o músculo) 
• Anafilaxia ocorre quando um antígeno estimula a produção de uma imunoglobulina do tipo IgE por plasmócitos 
e esses IgE se ligam a receptores de basófilos ou mastócitos presentes no tecido. 
 A reação de anafilaxia ou de hipersensibilidade vai ser desencadeada quando já houve uma sensibilização prévia pelo 
antígeno, então os anticorpos já estão ligados aos mastócitos e eosinófilos. Daí, quando houver uma exposição posterior 
ao contatocom o antígeno (alergeno), haverá a reação deste antígeno com o IgE ligado ao anticorpo (sem envolvimento 
do complemento), resultando em degranulação do basófilo ou mastócito. O mastócito libera de histamina, que aumenta a 
permeabilidade vascular. O mastócito também produzi outras substâncias vasoativas, indutoras de espasmo de músculo 
liso e quimiotáticas e ocorre a reação inflamatória. 
 
 
 
 
Patologia Genética e Imunologia Marcos Victor Teixeira Rauth 8 
 
 
O diagrama mostra uma célula inflamatória, por exemplo o mastócito que ligado a ele estão os anticorpos ligados à sua 
superfície, portanto, já foi sensibilizado com a imunoglobulina e quando apareceu o antígeno foi desencadeado 
sensibilizações nas células que provocam a degranulação deste mastócito. A degranulação dos mastócitos contém: 
HISTAMINA, proteases, fatores quimiotáticos; 
Aminovasoativas 
 Derivados de ácido araquidônicos como leucotrienos e prostaglandinas que vão resultar os mediadores químicos da 
inflamação. 
• Locais: em um tecido exposto ao antígeno 
• Alergia cutânea ou urticária 
• Inflamação nas conjuntivas oculares: conjuntivite 
• Rinite alérgica ou quando mais intenso: Febre do feno 
• Asma brônquica (alérgica) 
• Gastroenterite alérgica 
• Proctocolite alérgica 
• Sistêmico: uma anafilaxia com consequências sistêmicas, quando há colapso 
• Choque anafilático: 
 Desenvolvimento rápido e potencialmente fatal. 
 Começa com uma urticária, logo após ocorre o broncoespasmo, edema laríngeo e choque. 
• Locais: 
• Alergia cutânea ou urticária 
• Conjuntivite 
• Rinite alérgica ou Febre do feno 
• Asma brônquica (alérgica) 
• Gastroenterite alérgica 
• Proctocolite alérgica 
 
Hipersensibilidade tipo I anafilática: 
• Resposta inicial persiste de 5 a 30 minutos 
• Vasodilatação 
• Extravasamento vascular 
• Espasmos de músculo liso 
• Secreção glandulares 
• Segunda fase é tardia: ocorre de 2 a 8 h, sem exposição adicional ao antígeno e dura dias. 
• Infiltração mais intensa por células inflamatórias: 1º de células de fase aguda eosinófilos, neutrófilos, basófilos e 1 
a 2 d após os mononucleares como os monócitos que vira macrófagos, as células T CD4+ 
• Destruição tecidual com lesão de células epiteliais de mucosas, fica fragilizada com erosão, o nariz sangra um pouco. 
 Acontece 2 fatos após a exposição ao antígeno, bolor, fungos... 
 Muitos espirros e após melhora um pouco, mas toda a reação inflamatória que foi desencadeada, ou seja, a 
aminavasoativa liberada, a histamina degranulada, o início de reação inflamatória que causou dilatação de vaso, edema de 
mucosa não rapidamente, permanece congestionado, sensação de obstrução nasal, há contração de músculo liso e a 
mucosa nasal produz muco pelas células caliciformes. As células inflamatória pemanecem por alguns dias, mesmo 
tomando antihistamínico. 
 Na histologia observa-se: na superfície das coanas há o epitélio respiratório com epitélio ciliado com células caliciformes. 
Na lâmina própria há vários pontos alaranjados que são os eosinófilos, há vários linfócitos. É inflamação crônica. 
 
 No brônquio, a reação é a mesma. Há uma camada de músculo em volta, uma mucosa e uma lâmina própria bem 
pequena e uma grande luz onde o fluxo do ar passa facilmente. 
Patologia Genética e Imunologia Marcos Victor Teixeira Rauth 9 
 
Na asma: pela hipersensibilidade, pela alteração alérgica, há um edema de mucosa, fica bem tumefeita e o músculo liso 
em volta do brônquio se contrai e a luz fica bem apertada, pequena, estreita dificultando a passagem do ar. 
O edema da mucosa a torna tortuosa , cheia de reentrâncias e com secreção de bastante muco. 
Na histologia: Bastante muco na luz, o revestimento epitelial com a mucosa toda tortuosa, a lâmina própria tumefeita e 
espessa e observa-se a fibra muscular contraída e uma reação inflamatória com mais células. 
 
Gastroenterite alérgica 
Enterite: Intestino delgado com vilosidades duodenais que se aprofundam na forma de cripta e na lâmina própria 
numerosos eosinófilos, na cor alaranjada. O duodeno está inflamado. 
Proctolite alérgica: 
Ocorre por hiperensibilidade 
• Primeiros meses de vida, por ingerir fórmulas 
• Enterorragia: sangue nas fezes; diarreia com sangue; 
• Alergia à fórmula ou antígenos presentes no leite materno. 
• O manejo inclui a dieta da mãe, pois através do leite materno, dependendo do que a mãe comeu ou tomou, leite 
ou derivados. 
 
Hipersensibilidade tipo II- CITOTÓXICA: 
Há uma toxicidade para a célula que é mediada por anticorpos 
Reações imunológicas que são tóxicas a uma célula, ou seja, resulta em lesão em uma célula específica. 
• Citotóxica: a reação é em uma célula desencadeados por anticorpos. 
• Os anticorpos reagem diretamente com antígenos de superfície celular. O anticorpo reage na célula e causa uma 
citotoxicidade. 
Pode ser um componente da membrana da célula, uma proteína de membrana, um receptor ou 
pode ser um antígeno exógeno adsorvido na membrana. Por exemplo: a pessoa ingere uma droga, essa droga circula, 
é adsorvida pela membrana e fica na membrana e daí vem o anticorpo e reage contra essa droga adsorvida. 
Pode ser por componentes teciduais, como membrana basal. 
 
A hipersensibilidade tipo II pode ocorrer por 3 mecanismos diferentes: 
• Reações dependentes do complemento: quando o anticorpo se liga, ele pode desencadear uma reação do 
complemento. 
A célula pode ser lesada por reações dependentes de complemento, quando a célula é 
opsonizada e o complemento desencadeia uma reação com complexo de ataque à membrana, 
ou MAC que perfura a membrana da célula e causa a lesão. 
• Citotoxicidade celular dependente de anticorpos (ACs). A célula recebe um anticorpo e vem um linfócito T 
desencadeia uma citotoxicidade em cima desta célula. 
A célula é opsonizada, recebe o anticorpo, mas outra célula efetora vai provocar a 
citotoxicidade. Quando o linfócito se aproxima e consegue reconhecer o anticorpo ligado ao 
antígeno na superfície da célula e desencadeia uma citotoxicidade através de granzimas, de 
mecanismos de fase ligantes..., 
• Disfunção celular mediada por anticorpos (ACs). Onde o anticorpo ocupa o receptor de superfície e causa 
uma disfunção nesse receptor, que pode ser uma disfunção para mais e assim ativa ou uma disfunção para 
menos e bloqueia. 
Ou seja, a disfunção celular mediada por anticorpos é onde o anticorpo ocupa o receptor de superfície 
causando uma disfunção nesse receptor e o ativa ou o bloqueia. 
É quando há uma disfunção celular mediado pelo anticorpo, o anticorpo se liga a um receptor 
de superfície impedindo que o receptor receba o efetor. 
 
 
Patologia Genética e Imunologia Marcos Victor Teixeira Rauth 10 
 
 
A hipersensibilidade tipo II: 
 Reações dependentes do complemento: quando o anticorpo se liga, ele pode desencadear uma reação do 
complemento. Ocorre a: 
• Opsonização, através da: 
Fixação de anticorpos ou de uma fração do complemento( C3b )na superfície da célula, facilitando a fagocitose. 
O macrófago consegue fagocitar a célula porque já tem os anticorpos aderidos 
 
• Lise direta: 
 Antígeno reage com a imunoglobulina IgM ou IgG, ativando o complemento e o complexo de ataque à membrana (MAC). 
Resultado formação do PORO.Hipersensibilidade tipo II 
 
1.Reações dependentes do complemento: 
Dirigido: - À células sanguíneas (hemácias, leucócitos, plaquetas (trombócitos)) - reações transfusionais, 
incompatibilidade maternofetal, anemia hemolítica imune, agranulocitose autoimune, trombocitopenia autoimune. 
 - À matriz extracelular (NEFRITE ANTIMEMBRANA BASAL GLOMERULAR) 
 - À desmossomas (PÊNFIGO VULGAR). Moléculas que fazem ligação entre células epiteliais da pele que é o 
pênfigo vulgar (Anticorpos destroem as moléculas de aderência e as células se soltam e há o extravasamento de líquido 
que levam à formação de bolhas. 
 
 - Algumas reações a drogas . 
 
2. Citotoxicidade celular dependente de anticorpos (ACs). 
A célula recebe um anticorpo e vem um linfócito T que desencadeia uma citotoxicidade em cima desta célula. 
A citotoxicidade celular dependente de anticorpos NÃO envolve fixação do complemento. 
As células alvo são fixadas com baixas concentrações de IgG são destruídas por células não sensibilizadas que possuem 
receptores de Fc da imunoglobulina que se liga ao leucócito: monócito, neutrófilo, eosinófilo, célula NK. 
Obs.: lembrar que a imunoglobulina tem uma porção Fas (proteína CD95) e ligante do Faz, que se liga ao antígeno e a porção Fc 
que se liga ao leucócito (monócito, neutrófilo, eosinófilo, célula NK). 
Na citotoxicidade contra parasitos é usado o IgE. 
É útil quando o alvo é grande demais para se fagocitado: 
- Parasitos 
- Células tumorais 
- Rejeição de enxertos 
Anticorpos se ligam aos antígenos Receptores Fc na célula NK Ligação cruzada dos receptores Fc A célula alvo morre 
na superfície de células alvo, reconhece o anticorpo ligado sinaliza a célula NK por apoptose. 
ou seja, a célula alvo é opsonizada para matar a célula alvo. 
por anticorpos. É degranulada 
 
 
 
 
 
 
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As células Natural Killer (NK) fazem parte do sistema imunológico, mais especificamente da resposta inata, sendo 
importantes no reconhecimento de células infectadas por patógenos intracelulares e de células tumorais. 
A resposta da célula natural killer (NK) às células tumorais. 
As células NK matam células tumorais através de mecanismos que envolvem: 
 citotoxicidade celular dependente de anticorpo (Ab) (ADCC), na qual a porção Fc de um anticorpo (Ab) ligado ao antígeno 
(Ag) na superfície da célula tumoral se liga ao receptor Fc (FcR) no Célula NK; Interação Fas (CD95) -Fas ligante (CD95L); e 
liberação de moléculas de perforina e granzima B que causam apoptose / necrose da célula tumoral. 
 
 3. Disfunção celular mediada por anticorpos (ACs): 
Onde o anticorpo ocupa o receptor de superfície e causa uma disfunção nesse receptor, que pode ser uma disfunção para 
mais e assim ativa ou uma disfunção para menos e bloqueia. 
Ou seja, a disfunção celular mediada por anticorpos é onde o anticorpo ocupa o receptor de superfície causando uma 
disfunção nesse receptor e o ativa ou o bloqueia. 
 ACs Anticorpos dirigidos a receptores de superfície debilitam ou desregulam a função celular SEM causar lesão celular ou 
inflamação. NÃO CAUSAM LESÃO CELULAR e sim DISFUNÇÃO CELULAR. 
Exemplos: 
MIASTENIA GRAVIS: anticorpos contra receptores para acetilcolina na fenda sináptica da placa motora prejudicam a 
transmissão neuromuscular. 
DOENÇA DE GRAVES: a células alvo é uma célula do folículo tireoidiano. As células do folículo tireoidiano contém o colóide 
que contém o hormônio tireoidiano. Essas células do folículo tireoideano contém receptores para hormônios 
folículoestimulante (TSH), que é liberado pela hipófise. Os anticorpos se ligam e ativam esses receptores do TSH levando 
ao hiperteireoidismo (neste caso não é o hormônio estimulante que leva ao hipertireoidismo e, sim, a ligação do 
anticorpo). Ou seja, não depende do hormônio estimulante para liberar os hormônios tireoideanos. 
Ao contrário da MIASTENIA GRAVIS há uma ativação desse sistema, um estímulo não pelo hormônio, mas sim pelo 
anticorpo. 
Hipersensibilidade tipo III 
Relacionada a deposição de imunocomplexos (complexo antígeno-anticorpo), ou seja, 
de anticorpos ou imunoglobulinas ligadas aos antígenos (imunocomplexo antígeno-anticorpo: depositados em um 
determinado tecido, como a parede de um vaso, provocando as reações inflamatórias relacionadas ao depósito deste 
imunocomplexo. ) 
Deposição de complexo antígeno-anticorpo. Esses imunocomplexos se formam quando temos uma 
reação imunológica contra algum antígeno. Ex.: Uma pessoa infectada por uma bactéria e essa bactéria 
é fagocitada, destruída e combatida por vários mecanismos e o resultado desta destruição é a 
circulação de vários antígenos da bactéria e, eventualmente, anticorpos contra esses antígenos podem 
se ligar e qualquer tipo de antígeno que a pessoa tenha circulando pelo corpo. Esses imunocomplexos 
habitualmente são removidos da circulação pelo sistema fagocítico mononuclear (macrófagos, células 
do Kupfer no fígado, leucócitos...). Em algumas circunstâncias alguns agregados insolúveis se 
depositam na parede do vaso e provocam uma vasculite. 
 
- Deposição de imunocomplexos. 
Formação de complexos antígeno-anticorpo circulantes são geralmente removidos pelo sistema fagocítico mononuclear 
sem efeitos adversos. 
Em algumas circunstâncias, agregados insolúveis desses complexos se depositam na parede de vasos ou superfícies 
serosas ou outros locais extravasculares. 
Esses imunocomplexos se ligam ao complemento, que é quimiotático para neutrófilos, que liberam enzimas lisossomais 
resultando em dano tecidual e outras consequências (liberação de PGs, quininas, radicais livres). Fator VII (Hageman) 
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também é ativado, levando a cascata de coagulação, trombose de pequenos vasos adjacentes e ativação do sistema de 
quininas (causando vasodilatação e edema). 
Ocorre agregação plaquetária e degranulação de aminas vasoativas. 
RESULTADO FINAL: 
- VASCULITE NECROTIZANTE AGUDA, com depósito fibrinóide e exsudação neutrofílica. 
- Na microscopia de imunofluorescência é mostrado: depósitos granulares de Ig (imunoglobulinas) e complemento. 
EXEMPLOS: 
- GLOMERULONEFRITE PÓS-ESTREPTOCÓCICA (exposição grande a antígenos), pesquisa-se essa doença em uma biópsia 
renal. 
- REAÇÃO DE ARTHUS: vasculite cutânea por imunocomplexos. Ao aplicar a vacina: REAÇÕES VACINAIS que levam 
à reações cutâneas. A pele é inoculada com antígenos e se a pessoa já tem anticorpos circulantes vai 
haver a reação inflamatória, com neutrófilos, etc. e vai endurar a pele (um NÓDULO avermelhado.). 
Ex.: vacina de Difteria e Tétano. 
Hipersensibilidade tipo IV 
É um mecanismo mediado por células. Difere das outras hipersensibilidades por não usar anticorpos. 
Desencadeado por células T sensibilizadas (especificamente sensibilizadas contra determinado antígeno). 
É o principal padrão de resposta imunológica a uma variedade de agentes intracelulares (Mycobacterium tuberculosis, 
vírus, fungos, protozoários, parasitas). 
Também ocorre na sensibilidade cutânea a agentes químicos e rejeição de enxerto. 
Após a exposição leva de 8 a 12h para ocorrer, pico em 24 a 72h, depois seresolve lentamente. 
Incluem 2 formas: 
 - Hipersensibilidade tardia (células T CD4+). 
 - Citotoxicidade mediada por célula T citotóxica ou LTC ou CD8+ 
 
➢ Hipersensibilidade tardia (células T CD4+). 
• É caracterizada pelo acúmulo de células mononucleares ao redor de pequenas veias e vênulas, 
produzindo um “infiltrado” perivascular (PERIVASCULAR CUFF [cuff: manga, o que recobre, circunda]), 
com predomínio de células T CD4+. Isso acontece nos primeiros dias. 
Persistindo antígenos ocorre um afluxo de macrófagos e mudança do padrão para uma REAÇÃO GRANULOMATOSA em 
2 a 3 semanas. 
 
Exemplo clássico: REAÇÃO TUBERCULÍNICA. 
 
Injetamos na derme do antebraço do paciente os antígenos de tuberculose, com o objetivo de saber se 
está na vigência da tuberculose a reação com o tamanho do diâmetro da enduração na derme será mais 
intensa. Se teve a tuberculose, mas não tem mais, a pessoa é sensibilizada, mas a reação vai ser 
fraquinha, porque a quantidade de células circulando é muito pequena. O diâmetro da enduração da 
derme é o que determina se a pessoa é reativa ou com doença ativa. 
➢ Citotoxicidade mediada por célula T citotóxica ou LTC ou CD8+. 
 
Nesse modelo: as células T CD8+ destroem as células alvo que contém o antígeno. 
Aqui a ação é direta, sem usar o intermediário que é o anticorpo. 
A célula CD8+ se liga diretamente às células alvo com o antígeno. 
São dois mecanismos: 
1. A destruição dependente de perfurina- granzima, onde linfócitos utilizam grânulos semelhantes a lisossomos 
contendo perfurina que danifica a membrana por necrose e as granzimas que ativam a apoptose. 
2. A destruição dependente de Fas-ligante de Fas. 
As células T citotóxicas ativadas expressam um ligante de Fas capaz de se ligar a receptores Fas expressos por 
algumas células, induzindo a apoptose. 
Exemplo: células tumorais, células infectadas por vírus, enxertos.

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