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CIRURGIA - acidentes e complicações


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CIRURGIA
Acidentes e complicações
Acidente - é a quebra do planejamento do ato operatório que ocorre durante o transoperatório
Complicação - é quebra do planejamento do ato operatório que ocorre já no pós-operatório
Podem ser prevenidos, como:
· Planejamento adequado
· Avaliação minuciosa
· Cuidadosa e correta execução do procedimento
· Avaliar os exames imaginológicos
 ACIDENTES
1. Fratura radicular
Acontecem mais por: raízes longas, dilaceradas e convergentes, áreas de osso compacto.
Prevenção: realizar técnica aberta com osteotomia e odontosecção
2. Hemorragia
Sangramento continuo, acometendo mais molares, que aos poucos vai formando grandes coágulos. 
Pode ser ocasionada por: falta de cuidado, discrasia sanguínea, trauma.
Tratamento: remover coágulos e limpar a cavidade, detectar a origem do sangramento, controlar a hemorragia com compressão, pinçamento, suturando ou com agentes hemostáticos (esponjas de fibrina)
3. Introdução do dente ou da raíz no seio maxilar
Pode acontecer acidentalmente, principalmente em molares.
Prevenção: bom diagnostico por exames de imagem + visualização e acesso cirúrgico + bom planejamento.
Tratamento: determinar o tamanho do dente/raíz, se for pequeno irriga e aspira o seio com intuito de remove-lo na aspiração. Se o fragmento for grande deverá ser feita uma janela óssea circular para a sua remoção (em região posterior ao tuber da maxila). Depois deve tratar a comunicação, “fechando” ela. ANTIBIOTICOTERAPIA POR 15 DIAS se tiver pus.
4. Fratura óssea
Fratura do Rebordo Alveolar: Quando a resistência a avulsão do elemento dentário é muito grande, como por exemplo, em dentes com dilaceração radicular, com hipercementose, com anomalia de forma e número de suas raízes e com alvéolo ósseo calcificado. O ideal seria utilizar a técnica de osteotomia e odontossecção, que permite desalojar o dente sem risco de fratura óssea. 
Fratura de Túber: ocorre principalmente por erro no planejamento da técnica de exodontia a ser aplicada, levando em consideração anomalias de forma, de raízes, hipercementose e anquilose alveolodentárias. Pode ocorrer em exodontias de terceiros molares inclusos ou com coroa dentária volumosa em que foi empregado rotação dentária.
Fratura de Mandíbula: pode ocorrer durante a avulsão de dentes não-irrompidos ou por excesso de força aplicada nos elevadores na tentativa de efetuar rotação do dente. São mais suscetíveis pacientes idosos.
5. Comunicação buco sinusal
Só ocorre quando rompe a mucosa sinusal + o osso maxilar + mucosa bucal
Pode ser ocasionada por: acidentes, traumas, patologias, enfermidades infecciosas. Localizados no alvéolo, palato ou pela vestibular
Diagnostico: sondagem na comunicação, refluxo de líquidos, transtorno na deglutição, passagem de ar, dor local, ingestão nasal.
Tratamento: não cirúrgico – próteses obturadora, sistema adesivo de fibrina, cicatrização por segunda intenção. Cirúrgico – alveolotomia com sutura, rotação de retalhos, deslizamento de retalhos.
6. Fratura de instrumental
Pode ocorrer: fratura da ponta ativa do instrumental, fratura de brocas, fratura de agulhas.
Fratura de agulha – mais causado por: dobrar a agulha, movimentos súbitos, agulha muito fina.
Tratamento: ficar calmo, não deixar o paciente fechar a boca, se a agulha estiver visível fazer a remoção, se ela não estiver visível encaminhar pra um BMF e tranquilizar o paciente.
7. Lesão de tecido mole
Pode ser ocasionado:
Laceração de retalho – por manuseio inadequado
Perfuração de tecido mole – por instrumentais cortantes
Feridas por abrasão – por instrumentos rotatórios e afastadores 
8. Enfisema
É a introdução de ar no interior dos tecidos
Tratamento: massagens, calor úmido 
9. Luxação da ATM
Deslocamento do côndilo da mandíbula pra fora da cavidade glenóide, deixando a boca aberta.
Prevenção: não usar muita força, não deixar a boca aberta por muito tempo.
Tratamento: reposicionar a mandíbula 
10. Paralisia facial
Causada pela introdução da agulha no local incorreto, anestesiando o lugar errado, será transitória.
 COMPLICAÇÕES 
1. Dor
Ela pode estar relacionada ao estado emocional do paciente, ao tipo de exodontia realizada ou até mesmo das condições locais. 
Prevenção: técnica cirúrgica menos traumática, demonstrar confiança do procedimento, em alguns casos pode-se fazer uma prescrição de analgésicos, ou realizar a crioterapia para que ocorra a vaso constrição do sangue diminuindo assim a dor.
Tratamento: faz o uso de posologia terapêutica, com uma boa orientação do pós-operatório e se a dor persistir se faz uma avaliação para avaliar se é caso de infecção ou até mesmo o estado emocional do paciente.
2. Edema
O edema está relacionado com o traumatismo cirúrgico ocasionado por um mal planejamento e consequentemente um alto tempo cirúrgico gerando uma reação inflamatória. A amplitude do edema pode ser controlada pelo uso de drogas antiinflamatórias, crioterapia no pós-operatório causando uma vasoconstrição nos tecidos e depois associa-se a termoterapia, aplicação do calor causando vasodilatação dos vasos drenando a região mais rapidamente.
3. Trismo
Dificuldade de o paciente abrir a boca, podendo ser causado por: trauma, edema, infecções, fraturas.
Tratamento: anti-inflamatórios, relaxante muscular, fisioterapia
4. Hematomas e equimoses
Área arroxeada/amarelada em pele e lábios
Tratamento: tempo
5. Alveolite
Infecção alveolar com dor forte 3 a 4 dias após a exodontia.
Tratamento: deve-se irrigar com solução anti-séptica morna, secar o alvéolo com gaze e colocar um tampão contendo medicação com atividade anti-séptica, analgésica e de estímulo a granulaçåo, impedindo a entrada de alimentos podendo levar o alvéolo a necrose.