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EDEMA AGUDO PULMONAR CARDIOGÊNICO - FISIOTERAPIA

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Acadêmicas: Andressa Lemos, Suelen Feron
Proª Msc. Ana Carolina Zanchet Cavalli
EDEMA AGUDO PULMONAR CARDIOGÊNICO (EAPC)
CASO CLÍNICO
Paciente 64 anos, sexo feminino, costureira, casada, 2 filhos, da entrada na emergência hospitalar sonolenta, cianótica, apresentando taquidispneia, sudorese fria, com queixa de dor nas pernas. Relata que há 2 dias vem apresentando tosse de início seca que evoluiu para produtiva e de coloração rósea, dificuldade para respirar ao deitar-se, apresenta ainda episódios de coloração arroxeada em extremidades de membros inferiores. Ao ser questionada sobre patologias prévias, refere hipertensão arterial sistêmica há 6 anos. Paciente obesa, nega outras comorbidades e alergias.
Ao exame físico apresentou:
FC: 100 bpm;
PA: 140X90 mmHg;
FR: 75 ipm;
SatO2: 86%;
Respiratória:
Ortopnéia, cianose em extremidades distais inferiores; tiragem intercostal, uso de musculatura acessória. 
Ausculta pulmonar:
Presença de estertores crepitantes e subcrepitantes desde a base até o ápice pulmonar bilateralmente. 
Exame cardiovascular:
Demonstrou desvio de ictus cordis para a esquerda, turgência jugular e presença de terceira bulha no foco mitral.
Ausculta cardíaca: 
Presença de terceira bulha;
Avaliação neurológica:
Sonolenta, porem orientada - Glasgow 15. 
Hemodinâmica:
Edema dos membros inferiores, palidez, sudorese e turgescência venosa jugular aumentada.
Utilização de escala de funcionalidade:
Perme ICU.
Avaliação de força muscular:
MMII global 3, MMSS global 4.
Exames laboratoriais: 
Péptido natriurético tipo B > 500 pg/mL
Hemograma completo dentro da normalidade.
Gasometria Arterial: pH/ 7,2;
pCO2/ 57mmHg (acidose respiratória);
HCO3/26mEq/L; Po2 75%
Exames de imagem:
Ultrassom com presença de linhas B de Kerley, infiltrado peri-hilar bilateral. 
Medicações: 
O tratamento do EAPC é dividido em duas partes. A primeira é utilizada na maioria dos pacientes e consiste na administração de morfina associado a diurético:
Morfina: diluição de 10 mg (1 mL da ampola) em 9 mL de solução salina ou água destilada e infusão de 2 a 3 mg a cada 5 minutos. Reduz o retorno venoso e a hiperreatividade adrenérgica, com melhora da ansiedade e sensação de morte iminente comum no edema agudo pulmonar. Cuidado com hipotensão, náuseas/vômitos e depressão respiratória; 
Oxigênio: iniciar com máscara de oxigênio 5 L/minuto ou Venturi a 50% até o preparo da máscara de CPAP ou de BiPAP; 
Nitrato: inicialmente administrar 5 mg de dinitrato de isossorbida, repetindo a cada 5 minutos até a dose de 15 mg ou ocorrer efeito colateral (principalmente hipotensão (queda da PA sistólica abaixo de 90 mmHg). Logo que possível, instalar nitroglicerina endovenosa (nitroglicerina 50 mg diluída em 500 mL de SF 0,9% ou SG 5%) na dose inicial de 5 mcg/min (em geral, 5 mL/min em bomba de infusão e aumentamos 3 a 5 mL a cada 5 minutos até haver melhora clínica ou queda da pressão sistólica até 90 a 100 mmHg).
Cuidado com hipotensão excessiva, principalmente em pacientes idosos, ou com PA sistólica inicial mais elevada, pelo risco de acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico. A nitroglicerina é um vasodilatador venoso preferencial, mas, também, melhora a perfusão coronariana e reduz a congestão pulmonar;
Ácido acetilsalicílico é importante e utilizado em todo paciente com suspeita de isquemia miocárdica associada ou como causa do edema agudo pulmonar. Sua administração não deverá ser retardada, pois reduz o risco de morte em portadores de IAM; 
Diurético: a administração de furosemida 0,5 a 1,0 mg/kg é um dos pilares no atendimento do EAPC. A dose inicial é 20 a 40 mg (uma a duas ampolas) de furosemida endovenosas. Repete-se a dose em até 10 minutos caso não haja resposta terapêutica;
O paciente com insuficiência renal oligoanúrica poderá receber doses muito maiores até 100 a 200 mg lentamente. A furosemida tem efeito benéfico imediato de vasodilatação, seguida de estímulo à diurese com redução da congestão pulmonar.
Suporte ventilatório não invasivo
No edema pulmonar agudo, a rápida instalação de suporte ventilatório não invasivo, ou seja, ventilação por pressão contínua (CPAP) ou por pressão positiva diferenciada nas fases inspiratória e expiratória (BiPAP, ou ventilação com binível pressórico) mostrou ser mais benéfico. Tanto o CPAP quanto o BiPAP pressurizam a via aérea, melhorando o recrutamento dos alvéolos e facilitando a troca gasosa. O CPAP é iniciado com pressão de 5 a 10 cm H2 O até o máximo de 12 cm H2 O ou melhora clínica. No BiPAP a pressão inspiratória inicial é de 8 a 10 cm H2 O até o máximo de 12 cm H2O.
Suporte ventilatório invasivo
Nos pacientes em que não há melhora do padrão respiratório com as medidas não invasivas, podem ocorrer hipercapnia, rebaixamento do nível de consciência ou, ao contrário, excessiva agitação, que impede a administração dos medicamentos. Nesses casos, é melhor administrar sedativos seguido de intubação orotraqueal e suporte com ventilação mecânica. A utilização rotineira de suporte ventilatório não invasivo tem reduzido substancialmente o número de pacientes que necessitam de suporte com ventilação mecânica.
EDEMA AGUDO PULMONAR CARDIOGÊNICO (EAPC)
	Fisiopatologia
O edema agudo de pulmão (EAP) tem como mecanismo básico de formação uma insuficiência cardíaca esquerda que gera um aumento na pressão hidrostática no interior dos capilares pulmonares. Seguindo a lei de Starling, esse aumento pressórico promove um extravasamento líquido para o interstício intravascular, que por sua vez flui passando para o interior dos vasos linfáticos, contudo quando o extravasamento líquido é muito intenso ultrapassando a capacidade de drenagem dos vasos linfáticos, a circulação linfática é incapaz de drenar todo o excesso de fluidos, consequentemente, há passagem de líquido através da membrana alveolar, gerando o EAPC.
PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES
Causas tóxicas
· Complicação secundária observada nas intoxicações que causam:
· Arritmias (bradicardias, taquicardia supraventricular, taquicardia ventricular)
· Depressão miocárdica (choque)
· Isquemia miocárdica
· Hipertensão grave.
Causas não tóxicas
· Hipervolemia aguda
· Arritmias cardíacas
· Drogas depressoras cardíacas
· Hipertensão
· Doença valvular esquerda
· Infarto do miocárdio
· Miocardite
· Isquemia miocárdica grave
COMPLICAÇÕES TARDIAS
O potencial para complicações tardias depende da duração e gravidade da hipóxia e hipotensão, das medidas diagnósticas e terapêuticas instituídas. Podem ocorrer lesões cerebrais e renais causadas pela hipóxia.
DIAGNÓSTICO 
Paciente apresenta-se agitada, taquidispneica, pálida, cianótica de extremidades e sudorese fria. Apresenta quadro álgico grau 6 segundo a EVA nos membros inferiores, apresenta ainda tosse produtiva de coloração rósea, e refere dispnéia ao deitar-se. Paciente hipertensa há 6 anos, obesa e sem outras comorbidades ou alergias.
CONDUTAS
Elevação da cabeceira entre 35-45º, Posicionamento adequado no leito, administração do oxigênio, higiene brônquica, vasodilatadores, diuréticos e VNI (CPAP/BIPAP).
REFERÊNCIAS
GUILHERME, F. R. de L. A.; BARBOSA, K. H.; VIEIRA, V. Caso Clínico: Edema agudo de pulmão. SANARMED, 2020. Disponível em: < https://www.sanarmed.com/caso-clinico-edema-agudo-de-pulmao-ligas>. Acesso em: 08 abr. 2020.
JUNIOR, P. A. R. VENTILAÇÃO MECANICA NÃO INVASIVA (VNI) NO EDEMA AGUDO DE PULMÃO DE ORIGEM CARGIOGÊNICO. Disponível em: <https://studylibpt.com/doc/375222/paulo-afonso-ruas-junior>.
RIBEIRO, F. G. F.; MONTEIRO, P. de N. S.; BARROZO, A. F. TRATAMENTO DE EDEMA AGUDO DE PULMÃO CARDIOGÊNICO DE UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM CARDIOLOGIA DE BELÉM DO PARÁ. Braz. J. Surg. Clin. Res. V.7,n.2,pp.14-18 (Jun - Ago 2014). Disponível em: < https://www.mastereditora.com.br/periodico/20140701_143459.pdf>. Acesso em: 08 abr. 2020.
SAMPAIO, R. O.; RASSLAN, Z.; AKAMINE, N. Medicina de urgência e emergência. Educ Contin Saúde einstein. 2012;10(1):19-22. Disponível em: < http://apps.einstein.br/revista/arquivos/PDF/2361-19-22.pdf>. Acesso em: 08 abr.2020.
 
ANEXOS:
Fonte:http://apps.einstein.br/revista/arquivos/PDF/2361-19-22.pdf
Fonte: https://www.sanarmed.com/caso-clinico-edema-agudo-de-pulmao-ligas
Fonte: https://www.sanarmed.com/caso-clinico-edema-agudo-de-pulmao-ligas

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