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SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE SUÍNOS Marcela C.A.C. Silveira1 1. INTRODUÇÃO O Brasil é um país tropical que possui amplas vantagens para produção animal, principalmente devido às condições disponíveis para a transformação de energia solar pela fotossíntese em matéria verde disponível para a produção animal. Por essas vantagens tem sido destaque na produção e exportação de carnes de bovinos, aves e suínos. Segundo a FAO, o crescimento anual de consumo de carnes no mundo até o ano 2015 deve ficar em torno de 2%. Considerando ser a carne suína a mais produzida no mundo, uma parcela significativa deste percentual deverá ser atendida via expansão da produção de suínos. A posição dos principais países produtores de carne suína, (China, União Européia e Estados Unidos) não deve ser alterada pelo menos no curto e médio prazos. O Brasil ocupa atualmente a 4ª posição com 2.240 mil t. e concorre diretamente com o Canadá para manter essa classificação. As previsões indicam que a produção brasileira deverá crescer cerca de 6% enquanto a produção de carne suína em outros países crescerá menos que 2%. Tais níveis de produção solidificam a posição brasileira no ranking mundial (FÁVERO, 2003). Com base na análise dos problemas e potencialidades dos grandes produtores mundiais, fica claro que o Brasil apresenta ampla possibilidade de se firmar como grande fornecedor de proteína animal. Estudos recentes mostram que o Brasil apresenta o menor custo de produção mundial, cerca de US$0,55/kg, e produz carcaças de qualidade comparada a dos grandes exportadores. Dessa forma, pode-se dizer que o mercado internacional sinaliza para o crescimento das exportações brasileiras, com possibilidades de abertura de novos mercados como da China, África do Sul, Chile e Taiwan. A abertura do Mercado Europeu para a carne suína brasileira deverá merecer atenção especial, assim como também o ingresso no Japão que é o maior importador mundial (FÁVERO, 2003). Além da exportação a produção de carne suína vem atendendo ao crescimento do consumo interno. Segundo Nogueira (1998) e Associação Brasileira de Criadores de 1 Médica Veterinária, Mestre em Agroecossistemas. 1 Suínos (2007) o consumo de carne suína no Brasil aumentou 34% da década de 80 para 2006 (de 8,2 kg/per capta/ano para 12,5 kg/per capta/ano). A produção de suínos no Brasil está concentrada na região sul, mas tem se expandido para as regiões sudeste e centro oeste, principalmente devido a proximidade com as áreas de produção de grãos. Os sistemas produtivos têm sido estudados, adaptados e intensificados cada vez mais para atender a demanda de exportação e aumento de consumo interno. Na seqüência do texto está a caracterização dos diferentes sistemas de produção de suínos no Brasil. 2. CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO Os sistemas de produção de suínos adotados no Brasil podem ser caracterizados como intensivo, semi-intensivo e extensivo. Dentro dessa classificação no intensivo encontra-se o sistema de criação intensivo confinado (SISCON), sistema de criação intensiva ao ar livre (SISCAL) e variações dos dois, como a criação de determinadas fases em cama sobreposta. O sistema de criação agroecológico e o orgânico estarão separados em função da especificidade dessas criações, embora estejam incluídos como intensivo. 2.1 SISTEMA DE PRODUÇÃO EXTENSIVO O sistema extensivo é caracterizado pela manutenção permanente dos animais a campo, durante todo o período produtivo, isto é, cobertura, gestação, lactação, crescimento e terminação; pelo uso de pouca tecnologia; pelos baixos índices de produtividade; pelo baixo uso de capital e força de trabalho e baseado no aproveitamento de recursos naturais e pelo material genético nativo. As vantagens desse sistema são: economia em instalações, mão de obra e alimentos e as desvantagens são a exigência de grandes áreas, resulta em baixa produtividade e maior mortalidade na parição. Essa caracterização foi apresentada pelo Instituto Centro de Ensino Tecnológico - CENTEC, (2004). O sistema extensivo é utilizado geralmente por produtores que tem relação extrativista e de subsistência com a criação, o que é comum nas regiões norte e nordeste do país. Até porque no Brasil a criação de suínos tem na Região Sul 43,70% dos animais, 2 21,31% no Nordeste, 17,31% no Sudeste, 11,39% no Centro-Oeste e 6,30% no Norte (IBGE, 2004). Há poucos trabalhos destinados a caracterização desse tipo de sistema produtivo, devido inclusive a sua pouca eficiência, entretanto como podem estar sendo usados com material genético rústico que pode ser usado em cruzamentos para desenvolvimento de raças mais adaptadas às variadas condições nacionais, alguns pesquisadores tem se dedicado a estudá-los. Um exemplo de sistema extensivo visualizado no Nordeste foi feito num estudo de caracterização na Paraíba, cuja motivação foi o estímulo ao cuidado com material genético rústico e potencial para melhoramento. Observou-se que 63,8% das unidades de produção agrária familiar visitadas tinham menos de um hectare, 94% dos criadores forneciam restos de comida aos suínos, 56,9% capim no cocho, 53,5% forneciam farelo de milho e apenas 34,5% fornecia milho e 46% não realizava manejo sanitário. A maioria não recebe assistência técnica nem inspeção de qualquer órgão. Mesmo assim, em 96% das unidades os animais eram confinados muitas vezes alterando entre áreas fechadas e presos com cordas ao pé de árvores para pastoreio. Em 31% das propriedades o confinamento é restrito a terminação. A maioria dos produtores não separava os animais o que dificulta o manejo reprodutivo e sanitário (SILVA FILHA et al, 2005). 2.2 SISTEMA DE PRODUÇÃO SEMI CONFINADO O sistema semi-confinado tradicional (misto) é caracterizado por animais criados separados, por categoria e por idade, com instalações por categoria e com acesso a piquetes; realização de monta controlada; ocorrência de partos assistidos; uso de pastos para animais de reprodução, crescimento e terminação totalmente confinados. É um sistema misto entre o confinado e o extensivo (CAVALCANTI, 1996; CENTEC, 2004). Embora haja o confinamento das fases finais antes do abate, o sistema semi- confinado é caracterizado pelo baixo investimento em instalações e alimentação das fases com acesso aos piquetes. Também são característicos em produções no norte e nordeste do país. Os sistemas de produção como o SISCAL, o agroecológico e orgânico são semi- confinamentos, entretanto como tem características próprias serão abordados em item específico. 3 2.3 SISTEMA DE PRODUÇÃO CONFINADO O sistema intensivo confinado é caracterizado pela produção realizada em galpões especializados; pelo confinamento total de todas as fases animais. As vantagens de sua utilização são: uso de pequenas áreas, uso de animais de alto padrão genético e controle sobre todos os aspectos do manejo. As limitações são: a exigência de mão de obra especializada, custo elevado de construções e alimentação (FÁVERO, 2003; CAVALCANTI, 1996). Os produtores de suínos no Brasil, na sua maioria, utilizam o sistema confinado dividido em três fases, reprodução, recria e engorda, podendo ocorrer todas as fases na mesma granja, como cada fase em uma granja separada, isto é, uma granja somente com produção de leitão (UPL), outra somente com recria (Creche) e outra somente com engorda (Terminadores). No passado, o sistema mais comum era o de ciclo completo com produção de alimentos na própria unidade de produção. Nos sistemas especializados muitos produtores adquirem todos os ingredientes para o fabrico da ração, tornando a atividade uma monocultura sem possibilidade de reciclaros nutrientes (FIGUEIREDO, 2002) As características desse sistema estão sintetizadas na tabela 10. No sistema intensivo os índices zootécnicos críticos e a meta a ser alcançada estão descritos na tabela 1: Tabela 1 índices zootécnicos da produção intensiva de suínos Indicador Valor Crítico(1) Meta Nº leitões nascidos vivos/parto <10,0 >10,8 Peso médio dos leitões ao nascer (kg) <1,4 >1,5 Taxa de leitões nascidos mortos (%) >5,0 <3,0 Taxa de mortalidade de leitões (%) >8,0 <7,0 Leitões desmamados/parto <9,2 >10,0 Média leitões desmamados/porca/ano <19,3 >23,0 Ganho médio de peso diário dos leitões (g) <200 >250 Peso dos leitões aos 21 dias (kg) <5,6 >6,7 Fonte: Fávero (2003) 2.4 MOTIVAÇÕES PARA MODIFICAÇÃO NO SISTEMA DE PRODUÇÃO DE SUÍNOS 4 As adaptações dos sistemas de produção surgiram em função de problemas ambientais e pressão da sociedade (principalmente de mercados externos) para a aquisição da carne brasileira. Embora tenha sido citado na introdução deste trabalho que o Brasil tem potencial para se estabelecer como exportador de carne suína, o complexo agroindustrial tem enfrentado nos últimos anos barreiras que estão dificultando ou restringindo um maior incremento no comercio exterior. O principal entrave com respaldo legal por parte da Organização Mundial do Comércio e que atualmente impede maior exportação, são as alegações de ordem sanitária. Vencidas essas barreiras sanitárias através de negociações justas com os grandes importadores internacionais de carnes a restrição às exportações ocorre através de novas barreiras tais como meio ambiente, segurança alimentar via questão de resíduos e exigência de rastreabilidade total e o bem-estar animal (DALLA COSTA et al, 2005). Dentre as barreiras relacionadas ao bem estar animal está a legislação de alguns países importadores, descritas no quadro 1. Quadro 1 - Comparação entre legislação na União Européia (UE) e Reino Unido (RU) e o comumente praticado em granjas brasileiras tecnificadas. Para a UE, se não de outro modo especificado, trata-se de exigência a partir de 01-jan-2013 5 (a) Se em grupos de 6 ou menos, área deve ser aumentada em 10%; se em grupos de 40 ou mais, área pode ser diminuída em 10%. (b) Se cobrição é feita na baia do macho, mínimo de 10m2. Fonte: DALLA COSTA et al (2005) O interesse da sociedade e, no caso do Brasil, as barreiras impostas, estimularam os pesquisadores a adaptarem os sistemas de produção adotados até então para sistemas com menor impacto ambiental, melhores condições de bem estar animal e de menor custo de produção total (computando-se a produtividade e externalidades ambientais). O bem estar animal surge não só pelo interesse da sociedade no consumo de carne produzida de forma a não causar sofrimento aos animais, mas também por uma questão econômica. Segundo Machado Filho e Hotzel (2000), animais selecionados geneticamente para alta especialização e colocados em ambientes pressionados para alta produtividade podem experimentar grande sofrimento. Porcas selecionadas para alta prolificidade, parindo em jaulas parideira, podem produzir facilmente 25 leitões desmamados por ano, e ainda apresentar comportamentos estereotipados e anômalos - o que é evidência de sofrimento psicológico; e sérios problemas físicos - nas articulações, contusões nas juntas, problemas respiratórios, úlceras gástricas - a tal ponto que as matrizes têm sido descartadas cada vez mais jovens. A falta de bem estar afeta economicamente todas as fases da produção. Leitões em sistema confinado em baias de piso ripado têm menor ganho de peso, maior mortalidade e pior conversão alimentar se comparados com os criados em cama sobreposta (HIGARASHI et al, 2005). A falta de bem estar no transporte e abate causa lesões ou modificações fisiológicas que alteram as características organolépticas da carne e diminuem o tempo de prateleira (SOUZA, 2005). Um dos resultados da demanda por sistemas menos agressivos, mas produtivos, foi o surgimento na década de 70 do plain air e na década de 80 a adaptação para o sistema intensivo de criação ao ar livre – Siscal. 2.5 SISTEMA DE PRODUÇÃO DE SUÍNOS AO AR LIVRE 6 O Siscal é caracterizado pela manutenção dos animais de reprodução, maternidade e creche em piquetes; pelo confinamento nas fases de crescimento e terminação e pelo uso de rotação da área de pasto ocupada. Embora haja o uso de pastagem e que essa seja aproveitada pelos animais na alimentação são utilizadas as mesmas rações balanceadas do confinado. Recomenda-se que o SISCAL não seja instalado em terrenos com declividade superior a 20%, dando-se preferência a solos com boa capacidade de drenagem e poucas pedras; os piquetes sejam equipados com comedouros, bebedouros, cabanas e sombreadores. A área utilizada por cachaço será de 800 m2. A área utilizada para as porcas será de 800 m2 /animal. Na fase de creche será utilizado 50 m2/ leitão. Embora o sistema seja aparentemente mais confortável para os animais Abreu, Abreu e Dalla Costa (2001) não identificaram diferença na temperatura das cabanas quando compararam 1) cabana de maternidade coberta com fécula de isopor 2) cabana de maternidade coberta com isolamento de alumínio 3) cabana de maternidade coberta com tela e capim na cobertura 4) cabana de maternidade coberta com lona e capim na cobertura 5) ambiente ao ar livre e 6) à sombra da árvore. Todos os tratamentos obtiveram valores médios de temperatura acima da zona de conforto térmico, recomendada por PERDOMO et al. (1985) para porcas em lactação (12 a 16C). Isso demonstra que é necessário mais pesquisas com relação a estrutura de cobertura das cabanas para que o sistema seja adotado com eficiência em regiões tropicais. Uma das vantagens do sistema é o custo de implantação. A tabela 2 resume os resultados econômicos do estudo dos pesquisadores da Embrapa Suínos e Aves, e mostra que o custo de implantação do sistema ao ar livre representou cerca de 44% do custo do sistema confinado. Para se ter uma idéia o custo total por quilo de suíno produzido ao desmame (~10,0 Kg) foi aproximadamente 33% menor no sistema ao ar livre. Enquanto ao ar livre o sistema teve uma rentabilidade anual de aproximadamente U$ 2.067,00, no sistema confinado a rentabilidade variou de U$ 342,00 a U$ 469. Tabela 2 - indicadores econômicos para sistemas de criação de suínos ao ar livre (SISCAL) e confinado (SISCON) ITENS SISCAL (U$) SISCON (U$) custos fixos médios (/Kg) 0.120 0.325 Custo variável médio (/Kg) 0.964 1.320 custo total médio (/Kg) 1.103 1.645 7 Custo total das instalações 4990,83 11160,15 custo por matriz alojada 311,93 697,51 lucratividade anual 2067,00 342,00 – 469,00 Fonte: DALLA COSTA el. al. (1995) Em outro trabalho foi verificado o baixo custo de implantação do sistema. O custo total de implantação do SISCAL, excluindo o valor da terra, foi de US$ 6862,80, ou seja, US$ 490,20 por matriz instalada, em julho de 1997. A construção e os equipamentos da fábrica de ração foram os itens mais caros do custo de implantação. O custo total de produção por kg de leitão desmamado produzido foi US$ 0,617, em junho de 1999 (LEITE, et al, 2000). Tabela 3 - Comparação entre o desempenho de porcas confinadas e ao ar livre em sistemas criatórios na Inglaterra Ao ar livre Confinadas Média nº porcas/rebanho 466 218 Parto/porca/ano 2,23 2,26 Intervalo 42 35 Nº de leitões nascidos/parto 11,72 11,82 Nº leitões criados/parto 9,58 9,59 Leitões criados/porca/ano 21,4 21,7 Fonte: McMahon, 1997, citado por Machado Filho e Hötzel (2005). Segundo Machado Filho e Hötzel (2005) esse sistema de produção de suínos quando bem implantados emanejados adequadamente os suínos terão as “cinco liberdade” proposta pelo Conselho de Bem-Estar Animal da Fazenda da Comunidade Européia (FAWC) aprovada em 1992: • Liberdade psicológica (de não sentir medo, ansiedade ou estresse), • Liberdade comportamental (de expressar seu comportamento de normal), • Liberdade fisiológica (de não sentir fome ou sede), • Liberdade sanitária (de não estar exposto a doenças, injúrias ou dor), • Liberdade ambiental (de viver em ambiente adequado com conforto). Contudo esse sistema ainda apresenta índices de produção abaixo dos desejáveis (alta taxa de retorno ao cio, baixa número de leitões desmamados porca ano 8 associados a altas taxas de mortalidade dos leitões do nascimento do desmame devido ao esmagamento dos leitões pela porca em lactação) (DALLA COSTA; LUDKE; PARANHOS DA COSTA, 2005). A cadeia produtiva de suínos está alicerçada no sistema de confinamento intensivo, onde pouco se valoriza o bem-estar dos suínos e sim os índices de produtividade. Entretanto se o Brasil quiser manter ou incrementar os volumes de carne exportado terá que rever os seus sistemas de produção com uma maior ênfase ao bem- estar dos suínos através dos “enriquecimentos ambientais” dos sistemas de produção que consiste em introduzir melhorias no próprio sistema confinado, com o objetivo de tomar o ambiente mais adequado ás necessidades comportamentais dos animais. (DALLA COSTA; LUDKE; PARANHOS DA COSTA, 2005). Os índices zootécnicos obtidos com sistema no norte do país, estado do Tocantins especificamente, ainda não foi publicado. Projeto com esse objetivo está sendo realizado pela UFT de Araguaína (SILVA, 2007). Outra alteração no sistema de produção é o uso da cama sobreposta nas fases de crescimento e terminação. 2.6 SISTEMA DE PRODUÇÃO COM USO DE CAMA SOBREPOSTA O sistema de criação de suínos em unidades com cama sobreposta consiste na utilização de um leito profundo composto por um substrato (maravalha, palha, casca de arroz, entre outros) que irá absorver os dejetos produzidos pelos animais, durante o período de permanência desses na unidade. A grande vantagem do sistema se deve ao fato de que o mesmo constitui-se em uma alternativa em que as unidades de produção dispensam a necessidade de instalações destinadas ao manejo do dejeto líquido, tais como canaletas, esterqueiras e/ou lagoas, entre outros, reduzindo os custos na construção das instalações e no transporte de dejetos. Outra importante vantagem do sistema de cama sobreposta é a redução substancial do mau odor e da proliferação de vetores nas unidades produtoras, visto que os dejetos absorvidos e o substrato sofrem uma fermentação aeróbia in situ o que resulta em um material que poderá ser, posteriormente, utilizado ou comercializado como adubo orgânico. (HIGARASHI, et al, 2005). As desvantagens estão associadas ao maior consumo de água no verão, maior cuidado e necessidade de ventilação nas edificações, disponibilidade de maravalha, 9 serragem ou outro tipo de substrato e, principalmente aspectos sanitários relacionados com a ocorrência de infecções por Mycobacterium avium-intracellulare (MAI) (MORÉS, 2000). A Embrapa iniciou pesquisas com cama sobreposta ou deep bredding em 1993 e desde então alguns estudos tem sido feitos para avaliar a possibilidade de adoção do sistema no Brasil. Como resultados de pesquisas realizadas com a implantação desse sistema Higarashi et al (2005) observou que houve maior mortalidade (figura 1), maior ganho de peso (figura 2) e melhor conversão alimentar (figura 3) em animais criados em piso ripado que em cama sobreposta. A figura 4 mostra a dispersão dos animais em cama sobreposta. Figura 1: Mortalidade média de 4 lotes de 70 leitões em fase de creche, criados sobre leito de maravalha (1) e criados sobre piso ripado suspenso (2). Figura 2: Ganho de peso médio de 4 lotes de 70 leitões em fase de creche, criados sobre leito de maravalha (1) e criados sobre piso ripado suspenso (2). 10 Figura 3: Conversão alimentar média de 4 lotes de leitões em fase de creche, criados sobre leito de maravalha (1) e criados sobre piso ripado suspenso (2). Fonte: Higarashi, et al, 2005 Figura 4: Unidade de produção de leitões sobre cama sobreposta de maravalha. Tabela 4 Porcentagem de lesões de almofada plantar/pés e de lesões pulmonares em suínos alojados sobre cama ou concreto ripado. 11 Fonte: Gentry, Miller e McGlone, 2001 Há trabalhos, entretanto mostrando que em termos de ganho de peso o uso da cama sobreposta não difere do piso de concreto. O desempenho animal foi similar entre todos os sistemas de criação nas duas primeiras fases, mas, na terceira fase, foi maior no sistema de criação com piso de concreto e, na quarta fase, foi superior em ambos os sistemas de criação com cama. O desempenho animal final não foi influenciado pelos sistemas de criação. Na fase de 25 a 75 kg, o sistema de criação com cama sobreposta mostrou-se satisfatório como alternativa ao sistema tradicional de piso de concreto (CORDEIRO, et al, 2007). 12 TABELA 5 Consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar de suínos nos sistemas de criação em cama sobreposta de maravalha ou casca de arroz e no sistema de piso de concreto Fonte: Cordeiro, et al (2007) Outros trabalhos citados por Morés (2000) demonstram dificuldades sanitárias relacionadas ao uso da cama sobreposta. 13 Tabela 6 Freqüência de animais condenados por linfadenite no frigorífico criados sob diferentes tipos de piso: nas épocas 1, 2 e 3 são apresentados o número de suínos condenados por linfadenite. Fonte: Corrêa, K.C., (1998) citado por Morés (2000) Tabela 7 Resultados em porcentagem, das contagens de espirro e tosse e o número de contagens (N) em suínos alojados em diferentes tipos de piso. Fonte: Corrêa, K.C., (1998) citado por Morés (2000) 14 Tabela 8 Médias das contagens das lesões nos cornetos nasais, estômagos e pulmão em suínos alojados em diferentes tipos de piso (tratamentos). Fonte: Corrêa, K.C., (1998) citado por Morés (2000) Tabela 9 Comparação das lesões de úlcera no estômago de suínos criados em cama sobreposta e em piso totalmente ripado (freqüência em % em cada graduação). Fonte: de Oliveira, P.A.V. (1999). Citado por Morés 2000 Ainda em estudos relacionados a sanidade, a percentagem de hepatite parasitária em rebanhos estudados na Alemanha, aumentou de 15,8% no primeiro lote para 72,2% no quarto lote nos suínos criados em cama de maravalha sobreposta, enquanto que nos controle mantidos em piso metálico ripado, a incidência de lesões permaneceu estável, com prevalência ao redor de 15,3% (Hoy; Stehmann,1994 citado por Morés, 2000). Morés (2000) também apresentou dados sobre infecção parasitária e maior porcentagem de artrite causada por Mycoplasma hyosynoviae. 15 16 Figura 6: Sistema de Produção de suínos em cama sobreposta Fonte: Oliveira e Diesel (2000). 2.7 SISTEMA DE PRODUÇÃO AGROECOLÓGICO 17 Hoje sugere-se a adaptação de tecnologias que configurem na produção agroecológica de suínos também para atender a demanda crescente por uma agricultura sustentável ou seja, que tenha efeitos negativos mínimos no ambiente, que não cause liberação de substâncias tóxicas, na atmosfera, água, que preserve e recomponha a fertilidade dos solos, que previna a erosão e mantenha a saúde ecológica do solo, que use a água permitindo recarga dos depósitos aqüíferos mesmo satisfazendo a necessidade do ambiente, animais e das pessoas, que dependa cada vez mais de recursos gerados no próprio sistema, que valorize a diversidade biológica e garanta igualdade de acesso a tecnologia pelos produtores (GLIESSMANN, 2000). SegundoAltieri (2001), a agroecologia é uma abordagem que integra os princípios agronômicos, ecológicos e socioeconômicos à compreensão e avaliação do efeito das tecnologias sobre os sistemas agrícolas e a sociedade como um todo, utilizando os agroecossistemas como unidade de estudo, ultrapassando a visão unidimensional – genética, agronomia, edafologia – incluindo dimensões ecológicas, sociais e culturais (FIGUEIREDO, 2002) O sistema de produção agroecológico é semelhante ao orgânico, embora haja diferenças entre dois. A produção orgânica caracteriza-se pela criação animal em que são proibidos antibióticos e promotores de crescimento. Sua dieta, além de não apresentar ingredientes de origem animal, é composta unicamente de grãos e vegetais cultivados em sistema orgânico, ou seja, produzidos sem a utilização de defensivos e fertilizantes químicos. Já no agroecológico não são somente características técnicas que estão embutidas na produção. O conceito de sustentabilidade e aspectos relacionados a valorização da cultura, desenvolvimento social, economia justa, permeiam o sistema de produção. Segundo Machado Filho et al (2001), a produção agroecológica no Brasil está regulamentada pela Instrução Normativa 007 de 17/05/99, que dispõe sobre normas para a produção de produtos orgânicos vegetais e animais. Desde que o clima assim o permita, os animais devem ficar ao ar livre todo o tempo com sombra em todos os piquetes (o que inclusive poderia possibilitar associações com cultivos arbóreos), acesso a chafurdar-se, e evitar a pele branca na seleção de animais para o ar livre. Nem sempre é possível ter-se todas as categorias animais no sistema ao ar livre. Uma alternativa que parece adequada a esse sistema e a realidade de Santa Catarina, é que os animais reprodutores (machos e fêmeas) fiquem ao ar livre, bem como as respectivas leitegadas até, pelo menos, os 70 dias. 18 No caso do sistema orgânico, esse período é de 40 dias conforme Figueiredo (2002). Daí em diante, os animais que serão destinados ao abate poderiam ser criados estabulados em cama sobreposta. Os suínos devem ter acesso a uma área para exercício, e a área mínima por animal estabulado deve variar de 1,4 m2 (50 kg) a 2,3 m2 (110kg). Os suínos não devem permanecer mais do que 20% de sua vida útil no confinamento convencional (MACHADO FILHO et al, 2001). Para evitar a contaminação ambiental, a taxa de ocupação de animais na criação orgânica de suínos (segundo UE) tem como referência o total de dejetos/ha aplicados na granja. Seja no sistema ao ar livre, seja com animais estabulados, o total de dejetos aplicados na granja não pode exceder os 170kg/ha. Isto representa, para as diferentes categorias animais, a seguinte lotação máxima de indivíduos/ha: leitões, 74; porcas 6,5; terminação, 14; outros suínos, 14. Sugere-se o uso da pastagem como complementação da alimentação. A ração do suíno orgânico deve ter origem em lavouras orgânicas, e preferencialmente da própria unidade de produção, que deve ser integrada. Entretanto, tanto a legislação européia quanto a brasileira permite o uso de até 20% da dieta provindo de produtos não orgânicos. A utilização de alimentos oriundos de organismos geneticamente modificados (OGM) e promotores do crescimento são proibidos, a adição de vitaminas e minerais é permitida apenas para cobrir deficiências. Apesar da pressão de infecção ser menor nos sistemas de criação ao ar livre, este ainda é um sistema de confinamento e exige mudanças de manejo que contribuam para o equilíbrio patógeno - animal. A princípio, as vacinas são a melhor forma de prevenção. Medicamentos convencionais são permitidos excepcionalmente e quando a saúde ou a vida dos animais estiver em risco. Nestes casos há que se observar os períodos de carência. Os tratamentos de parasitos e doenças devem se basear em métodos preventivos de manejo ou que não utilizem produtos de síntese química. É, portanto aceito o uso de produtos homeopáticos, fitoterápicos e a prática da acupuntura na criação orgânica. Quanto a raça dos animais, a legislação brasileira proíbe o uso de animais transgênicos. É recomendado que se utilizem raças / cruzamentos "compatíveis com a condição ambiental e com estímulo à biodiversidade". Na Europa se aplica basicamente a mesma recomendação, sendo que a preferência deve ser para raças e linhagens nativas ou locais. 19 20 3. COMPARAÇÃO ENTRE AS CARACTERÍSITCAS DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO Tabela 10 Comparação entre os sistemas de produção quanto a características de área disponível, tipo de instalações, aspectos de manejo relacionados a sanidade, alimentação e reprodução SISTEMA ÁREA DISPONÍVEL PARA OS ANIMAIS (m2) TIPO DE INSTALAÇÕES SANIDADE ALIMENTAÇÃO REPRODUÇÃO EXTENSIVO Objetivo: subsistência Reprodutores Não há área definida. Os animais permanecem juntos. Uso de pastagem sem controle ou rotação e geralmente há um “chiqueiro” ode os animais ficam abrigados (madeira, com ou sem piso). Não se usa vacina e usa vermífugos ou antibióticos eventualmente Baseada no aproveitamento de recursos naturais, lavagem ou mistura de alimentos alternativos, sem controle de qualidade nutricional. Como as fases estão juntas, a reprodução ocorre sem qualquer controle de data de cobrição, parto ou desempenho de machos e fêmeas. Maternidade e creche Crescimento e terminação SEMI INTENSIVO (semi confinado) Objetivo: subsistência e comércio Reprodutores Animais ficam soltos em piquetes Uso de áreas de pastagem separada por sexo Vacinas e antibióticos usados eventualmente Aproveitamento de recursos naturais Uso da monta controlada, já que há necessidade de programar a entrada de leitões para o confinamento. Maternidade e creche Animais fechados para facilitar o manejo dos leitões Área com baia que tem tamanho variável, geralmente não obedece a técnica de produção. Matriz e leitões consomem o mesmo alimento, geralmente inicia- se aqui o fornecimento de grãos ou farelos aos leitões. Crescimento e terminação Fechado, geralmente em baias sem área definida. Animais fechados em lotes que correspondem a poucas leitegadas, portanto não excede 1 m 2/animal. Geralmente é utilizado vermífugo, já que o objetivo é a venda dos leitões. Uso de alimentos energéticos e protéicos, embora nem sempre balanceados. 21 ... continuação da Tabela 10 SISTEMA ÁREA DISPONÍVEL PARA OS ANIMAIS (m2) TIPO DE INSTALAÇÕES SANIDADE ALIMENTAÇÃO REPRODUÇÃO INTENSIVO (confinado) Objetivo: subsistência e comércio Reprodutores Macho – baia de 6 m2 com paredes de 1,10m Gestação coletiva (baia): 3m2/animal – máximo 4 a 6 animais por baia. De preferência de alvenaria, pé direito com 3 a 3,4m, cobertura com telhas de barro. Largura máxima de 12 m para facilitar a ventilação. Se for separar as fases, cada galpão deve ser construído a mais de 5 m do outro. Se for sitio isolado a gestação e maternidade ficarão isoladas da creche, crescimento e terminação. Vacinação de fêmeas contra colibacilose, rinite atrófica e pneumonia enzoótica, micoplasmose e parvovirose, erisipela e leptospirose. Vacinação dos machos contra parvo anual e rinite semestral Uso do sistema todos dentro e todos fora e vazio sanitário (maternidade) Ração com 12% de proteína, 3200 a 3400 kcal, 0,75% de cálcio, 0,6% de fósforo0,45% de sal, 0,43% de lisina, 0,23% de metionina e cistina, 0,09% de triptofano. Consumo de 1,5 a 2kg para cachaço, 2kg para gestantes Dirigida e controlada – fêmea encaminhada a baia do macho e a monta com controle do criador Relação macho x fêmea = 15 a 20 fêmeas. Varrões de 8 a 10 meses podem cobrir 10 fêmeas.Varrões de 10 a 18 meses podem cobrir 15 fêmeas. Varrões de mais de 18 meses podem cobrir 20 fêmeas Tempo médio da fêmea em reprodução = cerca de 6 parições Tempo médio do macho em reprodução = 2,5 anos Maternidade Baia - 6 m2, com protetor do leitão há 0,2m do chão e 0,12m da parede. Escamoteador (0,8x0,8x0,8m) Gaiola – 1,32 m2/animal (0,6x2,2m) 13% de proteína, 3340kcal de energia digestível 0,75% de cálcio, 0,6% de fósforo, 0,6% de lisina, 0,36% de metionina + cistina e 0,12% de triptofano. Consumo de 1,8kg + 0,35 kg por leitão. Creche Piso 2/3 compacto 0,35 m2/animal parede 0,5m – 18 animais/baia. Declividade 5% Vacinação contra Pneumonia, pleuropneumonia e rinite atrófica Uso do sistema todos dentro e todos fora e vazio sanitário 18% de proteína, 3400kcal de energia digestível 0,7% de cálcio, 0,6% de fósforo, 0,45% de sal, 0,95% de lisina, 0,48% de metionina e 0,14% de triptofano. Consumo de 0,8 a 1,3kg Crescimento Peso – 20 a 60 kg Idade – 70 aos 120 dias Piso 2/3 compacto, Área 0,75 m2/animal Até 30 animais/baia Paredes de 1,10m Declividade 5% Uso de “promotores de crescimento” na ração. Antibióticos, antiparaitários e anticoccidianos Uso do sistema todos dentro e todos fora e vazio sanitário 15% de proteína, 3400kcal de energia digestível 0,6% de cálcio, 0,5% de fósforo, 0,45% de sal, 0,75% de lisina, 0,41% de metionina + cistina e 0,12% de triptofano. Consumo de 1,5kg a 2,6 kg por leitão. Terminação Área 1 m2/animal Até 30 animais/baia Paredes de 1,10m Declividade 5% 13% de proteína, 3400kcal de energia digestível 0,5% de cálcio, 0,4% de fósforo, 0,6% de lisina, 0,34% de metionina + cistina e 0,1% de triptofano. Consumo de 2,8kg a 3,5 kg por leitão. 22 ... continuação da tabela 10 SISTEMA ÁREA DISPONÍVEL PARA OS ANIMAIS (m2) TIPO DE INSTALAÇÕES SANIDADE ALIMENTAÇÃO REPRODUÇÃO SISCAL (semi confinado) Objetivo: comércio Reprodutores Macho - 400 m2/animal Fêmeas – de 400 a 800 m2/fêmea Uso de piquetes. Deve-se fazer rotação de parcela (a cada 2 anos?); Topografia: pequena inclinação; Cercas elétricas: 2 a 3 fios – 30cm e 60cm ou 8-10cm, 40cm e 70cm. Distância entre estacas de 6 a 9m. Cabanas de 2,9x3,0x1,10 metros. A área do sombreador deve ser, no mínimo, de 4,5 metros quadrados por matriz na gestação. Sem vazio sanitário, porém com rotação de parcelas. Uso de vermífugos e vacinas como no confinado Mesma do confinado. Embora já existam trabalhos sugerindo a redução de ração em função do pastoreio, os níveis de confiança nutricional dependem da qualidade da pastagem. Dirigida e controlada – fêmea encaminhada ao piquete do macho ou a baia de monta para o controle do criador Maternidade e creche de 400 a 800 m2/fêmea tendo como abrigo cabana individual Cabanas de 1,45x3,0x1,10. A área do sombreador deve ser, no mínimo, de 9 metros quadrados por matriz na lactação. Crescimento e terminação Mesma área do confinado Mesmo tipo do confinado Mesmo do confinado Mesma do confinado CAMA SOBREPOSTA (confinado) Objetivo: comércio Reprodutores Confinado Mesmo do confinado Mesmo do confinado Mesma do confinado Dirigida e controlada. Confinados Maternidade e creche Confinado Crescimento e terminação 1,2 m2/animal. Podem ser usados galpões grandes com mais de 200 animais Nos galpões o piso é coberto por cama de cerca de 35cm de altura de maravalha, casca de arroz ou palhas Problemas sanitários devido ao contato direto com a cama podem advir, portanto o calendário de vacinação deve ser rigoroso Mesma do confinado 23 ... continuação da tabela 10 SISTEMA ÁREA DISPONÍVEL PARA OS ANIMAIS TIPO DE INSTALAÇÕES SANIDADE ALIMENTAÇÃO REPRODUÇÃO AGROECOLÓGICO (semi confinado) Objetivo: subsistência e comércio Reprodutores 6,5 animais/ha Como no SISCAL Uso de vacinas como no confinado, mas outros preventivos somente se forem fototerápicos e homeopáticos Mantém os níveis do confinado, mas todo o alimento deve ser orgânico e produzido na propriedade Dirigida e controlada como no SISCAL Maternidade e creche 74 animais/há Como no SISCAL Crescimento e terminação 14 animais/ha Em cama sobreposta Fonte: Dalla Costa (1999), Centec (2004), Machado Filho et al (2001). 24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, Paulo Giovanni de; ABREU, Valéria Maria Nascimento; COSTA, Osmar Antônio Dalla. 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