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Atividade 02

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1 - Segundo o texto de Jaci Maraschin "A face sagrada de Eros: religião e corpo" (unidade 15) o que é que NÃO pode ser alcançado por nossas faculdades potenciais, mas que, como o perfume e os sons deixam traços de sua proximidade e encanto?
A. 	O "sagrado".
B. 	A "vida".
C. 	A "morte".
D. 	O "finito".
2 - Sobre o que é o sagrado - segundo o texto de Jaci Maraschin "A face sagrada de Eros: religião e corpo" (unidade 15) falado de Aristóteles. Identifique a afirmativa que é FALSA?
A. 	Aristóteles estava interessado em resolver a questão do ser em si e do ser enquanto existente. Para esse fim, desenvolveu a doutrina dos modos do ser. Um desses modos era precisamente a passagem da potência (possibilidade) para o ato (experiência).
B. 	Aristóteles estava tentando resolver o enigma deixado por seus antecessores, Parmênides e Heráclito. Se a realidade está em constante transformação ela deveria ser transformada por alguma força anterior a ela que não poderia ser transformada. Transformação é movimento. Era preciso que existisse alguma coisa que não se movesse. A ideia do primeiro motor imóvel vem desse tipo de raciocínio.
C. 	A existência humana era vista, por Aristóteles, como o fluxo constante entre a potência e o ato. Segundo esse ponto de vista, estaríamos sempre nos transformando, sem contudo, alcançar o que deveríamos ser. Para nos ajudar a entender esse esquema criou também o modo de transição da essência para a existência e da forma para a matéria.
D. 	NDA.
3 - É fácil perceber como esses arrazoados influenciaram a história da doutrina e do dogma cristãos. Se estamos sempre em transição da potência para o ato, nunca chegamos a atualizar nossas potencialidades. Essa falha na possibilidade de nossas realizações recebeu o nome de pecado na religião cristã. Mas as coisas não terminaram aí. Parece que os quatro modos de ser agem em conjunto e de comum acordo. Estou querendo dizer que essência, matéria, ato e substância pertenceriam ao lado da realidade suprema ou absoluta (diríamos, divina) e, por outro lado, existência, matéria, ato e acidentes marcariam a nossa experiência carnal, terrena e pecaminosa.
Sobre que arrazoamentos o texto de Jaci Maraschin "A face sagrada de Eros: religião e corpo" (unidade 15 ) comenta?
A. 	Sobre os arrazoamentos de Aristóteles.
B. 	Sobre os arrazoamentos de Platão.
C. 	Sobre os arrazoamentos de Levinás.
D. 	Sobre os arrazoamentos de Habermas.
4 - Complete - segundo o texto de Jaci Maraschin "A face sagrada de Eros: religião e corpo" (unidade 15). A modernidade foi construída e desenvolvida a partir da __________e nossos modos de pensar e agir têm sido moldados por ela. Mas novos ventos começam a soprar e descobrimos novas maneiras de pensar que não precisam mais necessariamente ser gregas. Jean-Paul Sartre, por exemplo, no começo de sua celebrada obra, L'être et le néant, desafia o pensamento aristotélico e propõe nova maneira de encarar a realidade. Diz ele: "As aparições que manifestam o existente não são interiores nem exteriores; eqüivalem-se entre si, remetem todas às outras aparições e nenhuma é privilegiada" [6] . Significa, consequentemente, que " a aparência não esconde a essência, mas a revela: ela é a essência" [7]. Para Sartre, então, " tudo está em ato" [8]. Se levarmos Tomás de Aquino seriamente teríamos que dizer somos todos como Deus: atos puros. Agora, como relacionamos estas afirmações com nossa noção do sagrado enquanto "impossibilidade"? Na época do iluminismo as pessoas podiam ainda acreditar que Deus era puro ato e que nós, seres humanos, não passávamos da constante transição de determinado modo de ser para outro. Naquele esquema, o sagrado, que na nossa tradição cristã tem o nome de "Deus", seria considerado a transcendência das contingências e a atualização de suas possibilidades. Pelo menos no seu ser. Tal argumentação tornava Deus possível. Mas qualquer Deus possível não poderia ser Deus. Deus só poderia ser Deus se ele pudesse se tornar impossível. Para se tornar impossível Deus precisava ser concebido a partir de outro ponto de vista. O Deus impossível não podia aparecer. O sagrado, que é o nome geral que damos a imagens como "Deus", "Alá" e " Zeus" não pertence à categoria dos fenômenos. Não obstante isso, ainda insistimos em adorá-lo, louvá-lo, dançar na sua presença e cantar louvores a seu nome. Será que esse "Deus" cultuado dessa maneira poderia ainda ser o mesmo "sagrado"?
A. 	Racionalidade Cristã.
B. 	Racionalidade Egípcia.
C. 	Racionalidade Grega.
D. 	Racionalidade Moderna.
5 - A que pertence as ideias citadas no tópico que segue (extraído da unidade 15) Se o sagrado nos leva à impossibilidade, a "face" se abre como o possível. Na verdade, enquanto o único possível. A face é o que aparece. É fenômeno. Mas não se trata de possibilidade ainda não realizada. Para Aristóteles, o possível é o "ainda-não". Segundo o ponto de vista sartreano o possível já está realizado como ato. A face também significa superfície. Estamos acostumados a pensar em superfície como se fosse a camada fina destinada sempre a ocultar de nossa sensibilidade o mundo real escondido debaixo dela. Mas a face é revelação. Ela não esconde porque é tudo o que quer mostrar. Afirmava _____________: " A aparição não remete ao ser tal como o fenômeno kantiano ao número. Já que nada tem por trás e só indica a si mesma... a aparição não pode ser sustentada por outro ser além do seu, nem poderia ser a tênua película do nada que separa o ser-sujeito do ser-absoluto" [11] A face revela a face. E a face revelada não é nenhuma outra coisa senão a face revelada. Certamente, há inúmeras faces. A face que vemos é apenas um aspecto da coisa que aparece. É esse aparecimento. Vamos citar ____________ mais uma vez: " O que aparece, de fato, é somente um aspecto do objeto e o objeto acha-se totalmente neste aspecto e totalmente fora dele" [12] . A face singular é completa no seu aparecimento e sua superfície é aquilo que ela é. Concluímos, portanto, que a face é superfície. Ela não tem profundidade. Como existem muitas faces, podemos, naturalmente, falar de "face sagrada". De que maneira e em que sentido uma face poderia ser considerada "sagrada"? Já vimos que o sagrado não é algo capaz de ser acrescentado a algum fenômeno. Quando dizemos "face sagrada", este conceito deveria ser lido como se fosse uma única palavra. A conjunção de "sagrada" e "face' não é mais "sagrada" do que os termos da expressão. Assim, convém manter as duas palavras juntas.
A. 	Kant.
B. 	Aristóteles.
C. 	Sarte.
D. 	Rorty.
6 - Qual das afirmações sobre Eros está ERRADA?
A. 	Eros é construção mitológica com diversas versões.
B. 	Eros não era poder gerador. As coisas haviam sido criadas por Abismo e Terra. Homero, outro conhecido poeta grego, não menciona Eros, mas Filia, palavra que em nossos tempos tem sido traduzida por "amizade". Assinala a beleza desse sentimento e a possibilidade que ele tem de fomentar atitudes heróicas e grandeza de coração. A lenda mais popular a respeito do nascimento de Eros considera-o filho de Pênia (pobreza) e Poros (riqueza). Esse fato terá reflexos na constituição da personalidade de Eros. Plutarco descrevia Pênia como hyle (matéria sem forma e cega). Ela seria como a jarra vazia. Poderia ser interpretada como puro desejo. Poros, por sua vez, era rico e vinha de nobre genealogia. Ninguém conhecia a origem de Pênia. Poros era filho de Wile e Metis. Tinha, portanto, pedigree. Eros teria nascido de pais assim tão diferentes entre si e contraditórios. Platão, no Banquete, emprega para Pênia a condição de falta para atribuir a Eros a herançca do desejo.
C. 	Julia Kristeva observa que o caminho de Eros era "caminho completude, de desejo no fim da caminhada. Caminho com essência" .
D. 	Eros representava, portanto, a busca constante do impossível que é, naturalmente, aquilo que nunca temos. Foi considerado o deus do amor precisamente porque o amor é um não-objeto. Por outro lado, não sendo objeto, é movimento. Movimento numa determinada direção. Esse é o tema dos diálogos, O banquete, Fedroe Lísias, de Platão. Contudo, será em O banquete que o filósofo fará não apenas o elogio do amor mas elaborará por meio de cinco discursos sua filosofia do amor em diálogo com Sócrates e deste com Diotima.
7 - Qual dos comentários sobre Eros na Bíblia é FALDO (unidade 15)?
A. 	Em Cântico dos cânticos (...) O poema começa com estes belíssimos versos: " Cântico dos cânticos de Salomão. Que ele me beije com boca ardorosa! Pois tuas carícias são melhores do que o vinho, melhores que as fragrâncias de teus perfumes. Teu nome é um perfume refinado. Por isso as jovens se enamoram de ti." (1,1-3) Julia Kristeva comenta esse poema da seguinte maneira: "Trata-se de um rei tríplice: poeta, amante e receptor de paixões amorosas, posto aí desde o começo sem hesitação. Ele existe e ele ama, pois é dele que as palavras de amor emanam".
B. 	É possível aplicarmos a metáfora de Pênia e Poros, pais de Eros, ao constante diálogo e falas ao longo do poema. Aí encontramos a riqueza de Poros e o desejo de Pênia. Julia Kristeva observa que " a presença do amado é sempre fugidia, não mais do que expectativa, e no final do cântico (que alguns críticos acham ter sido deslocado), a amante vai ao ponto de adotar a errância, sua perpétua fuga, sugerindo essa situação ("Foge, meu querido, e sê parecido tu, a uma gazela ou a um filhote de corça por sobre os montes de bálsamo", 8,14), como se ele pudesse estar fora dele e se mantivesse desde o começo do texto em constante peregrinação...
C. 	O Antigo Testamento fala também do Eros divino representado pelo incessante amor de Javé por seu povo. Estamos acostumados a chamar esse tipo de amor (o amor de Deus) de "agape". Por que sentiria Deus atração por seu povo? Tudo indica que sentia prazer em conviver com ele. Seu amor baseia-se em escolha mas também exige reciprocidade. Jeremias entendeu que "Israel era santo, reservado ao Senhor" (2,3).
D. 	Deus escolástico seria capaz de amar porque era "ato puro". Não precisava de nada. Era sem paixões. Mas o Deus bíblico não estava cheio de paixão.
8 - Qual dos comentários sobre Eros na conjuntura dos filósofos citados é FALSO (unidade 15)?
A. 	Eros, mesmo não sendo um deus, tem uma face sagrada. Essa sacralidade aparece nas relações entre religião e corpo. Os corpos humanos são eróticos no sentido em que são corpos sempre se atraindo entre si. Segundo Maurice Merleau-Ponty, somos corpos carnais. Os corpos são como "feridas abertas na forma de intervalo". Nunca estarão completos. São realidades abertas. São, na verdade, como obras de arte.
B. 	Todos nós carregamos certa tendência carnal na direção dos outros revelada nos olhares, nos desejos de tocar a sua pele, de acariciar seus cabelos, de abraçá-los e de beijá-los. Esse desejo só é possível por causa do vazio dos corpos. Tal nadificação é descrita pelo mesmo Merleau-Ponty como "porosidade" . É como um túnel escuro, cheio dessa escuridão impossível de ser entendida pelos filósofos. Eles são incapazes de revelar o seu mistério porque não podem entender a sua obscuridade. Mas, apesar disso, os corpos podem ser apreendidos, agarrados, acariciados e contemplados, da mesma maneira como podemos nos aproximar dos abismos.
C. 	Retornando ao entendimento fenomenológico de Sartre a respeito dos seres humanos devemos concluir que não há fundamento para os corpos porque eles são seu próprio fundamento. Mark C. Taylor, na mesma linha de Sartre, recusa os esquemas binários a que estamos acostumados como, por exemplo, superfície/ profundidade, aparência/realidade e pretexto/texto. A essência do corpo é o próprio corpo. Esse misterioso corpo carnal assemelha-se à Pênia, sempre procurando a sua realização (ou completação) e nunca a alcançando.
D. 	A filosofia grega, por sua vez, sempre esteve em busca do possível. Eros esteve nunca oscilou entre os extremos do desejo e da satisfação. Para tentar resolver essa trágica tensão Eros teve que fugir para um outro mundo, o mundo das ideias onde a contemplação da beleza (beleza abstrata) era prometida como possível. A possibilidade da realização, contudo, acabou sacrificando o corpo em favor do espírito desencarnado. É por isso que muitas religiões espiritualistas vão buscar a felicidade neste mundo e condenam o corpo à execração.
9 - Qual das assertivas sobre o texto "A construção do corpo feminino (identidade corporal) medieval mediado pela experiência religiosa" de autoria de André Renato de Barros Navarro é FALSA (unidade 15)?
A. 	Uma das demandas da idade media foi à subjugação do corpo pela religião, pois este transitava entre pólos opostos.
B. 	O interesse [da religião] pelo corpo era redimí-lo para que a alma contida ali pudesse encontrar sua redenção. Independente de ser homem ou mulher, a luta era igual tanto para o homem como para a mulher, a diferença é que a mulher se achava em plena desvantagem por ser vista mais como mercadoria agregada de valores como herança e dotes a serem reunido aos bens de seu senhor; a mulher ideal concebida pelo mundo medieval estava simbolizada na Virgem Maria, uma figura humano-divina que concebeu sem nunca ter tido uma relação sexual, mantendo se pura sujeita aos desígnios de Deus e reconhecida como sua colaboradora, diferentemente de Eva, mulher que não soube conservar sua posição na ordem estabelecida pelo Criador se rebelando, desejando ser o que não podia, um entrave a ordem estabelecida até então.
C. 	O cristianismo medieval recebeu influencias dos pais da igreja que calcados nos ensino do apóstolo Paulo era melhor viver em castidade do que se casar, "pois, quando os seus desejos sensuais superam a sua dedicação a Cristo, querem ser como os anjos". No contexto paulino a mulher é tida como representação da serpente que levou o homem a conhecer o pecado e como consequência a expulsão do paraíso é a mulher como a desencadeadora deste imaginário que precisa ser dominada como parte fraca daí a falta da memória e do desejo lhe serem negada.
D. 	Na visão de Paulo o casamento é algo a ser tolerado, pois o solteiro pode usar melhor seu tempo e energia em agradar a Deus, "já que os casados preocupam-se com as coisas deste mundo, em como agradar sua mulher, e está dividido". Isto veio a impactar o modo como o casamento foi visto assim como a procriação - permitindo a atividade sexual meramente para fins de procriação.