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Mod II - Atividades - ESAB - Educação Religiosa no contexto escolar

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1 - Libânio - Unidade 2 sobre o diálogo da teologia com a modernidade - afirma: Na evolução interna da teologia exprime se o deslocamento da transcendência para a encarnarão, da infimitude para a finitude, da vida interna de Deus para o agir de Deus na história. Até então a teologia, fazendo jus a seu próprio nome, restringia se basicamente à esfera da transcendência, que, de sua altura, enviava sua luz sobre as realidades terrestres. O movimento vinha de cima. Descobre se com enorme vigor o mistério da Encarnação, com acento na humanidade bem humana do Verbo feito carne. O processo inverte-se, portanto. O teólogo se refere ao quê nestas linhas?
	A) 
	A viragem encarnatória, antropológica.
	B) 
	A perspectiva teológica da fé.
	C) 
	Ao mistério da trindade.
	D) 
	A perspectiva do nascimento da religião cristã.
	2 -Referindo-se a concepção da viragem antropológica de Libânio podemos afirmar acerca da relação teocentrismo X antropocentrismo:
	A) 
	Que são contrários - visto as formulações dadas na modernidade iluminista.
	B) 
	Que são complementares.
	C) 
	Que são estritamente a mesma coisa (enunciada de dois lados diferentes).
	D) 
	Que são antagônicos visto que o teocentrismo anula a permanência do antropocentrismo.
	3 -Libânio (Unidade 2) traz um conceito de formulação teórica no mínimo curioso. Sobre que tipo de teologia ele versa no parágrafo abaixo? Outra expressão da virada para a imanência e para o antropocentrismo é a teologia da secularização. Pode parecer pleonasmo dizer que a teologia é, por excelência, sagrada. E toda teologia só pode ser sagrada. Entretanto, cultiva se no final da década de 60 e inícios da de 70 uma teologia secular. Os teólogos radicais ingleses e americanos elaboram uma teologia de significado secular. De tal movimento, fica uma herança definitiva. Sem entrar na oposição sagrado/religioso, a teologia sofre mudança interna no sentido de que as realidades seculares merecem sua atenção.
	A) 
	Libertação.
	B) 
	Secularização.
	C) 
	Prosperidade.
	D) 
	Aliança.
	4 -Qual das afirmativas abaixo é verdadeira - segundo o texto sobre as relações entre "Teologia e Ciências Sociais" (unidade 3) de Orivaldo Pimentel Lopes Júnior?
	A) 
	Apesar dessas eventuais aproximações, ilustradas acima, entre Teologia e Ciência, a efetiva aproximação é, geralmente, marcada por convergências de ambas as partes.
	B) 
	Existem cientistas que, geralmente, trabalhando num registro positivista, aceitam tudo que receba o título de Teologia.
	C) 
	O Positivismo Comteano minou de forma daninha a Teologia norte-americana através da sociologia funcionalista.
	D) 
	O marxismo sempre teve um forte apelo teológico, influenciando correntes teológicas de destaque, como o Evangelho Social e a Teologia da Libertação.
	5 -Qual das afirmativas acerca das relações entre "Teologia e Ciências Sociais" (Unidade 3) de Orivaldo Pimentel Lopes Júnior é FALSA - no que tange a dimensão da investigação teológica inserida no contexto cientifico?
	A) 
	Cientistas receiam de que a ciência praticada por teólogos seria demasiadamente elementar e amadorística, levando, consequentemente, a distorções. Este é um risco que toda transdisciplinaridade carrega, e não um privilégio da Teologia.
	B) 
	A distorção por conta da interdisciplinaridade também pode estar presente na teologia. Esta crítica poderia ser feita também ao cientista social que tentasse fazer teologia amadoristicamente. Isso, no entanto, não pode ser motivação para a especialização exagerada que tem produzido o paradoxo do desconhecimento no acúmulo dos detalhes e na pobreza das trocas transdisciplinares.
	C) 
	Alguns teólogos, de perfil fundamentalista, por incrível que pareça, aceitam por completo tal aproximação, embora, na prática, isso seja muito difícil, pois qualquer teologia é feita num ambiente cultural e praticamente não há ambiente cultural contemporâneo que não tenha sido influenciado pela ciência e pela racionalidade moderna.
	D) 
	Há teólogos com receio de que a aproximação com as Ciências Sociais faça com que a Teologia perca o seu lugar diante de explicações que se chocam, como, por exemplo, a Sociologia do Conhecimento com sua explicação imanentista da formação do "dossel sagrado" como um processo puramente ideológico.
	6 -O que NÃO caracteriza a dinâmica da teologia plural?
	A) 
	Uma teologia pluralista é, por definição, também mais inquieta, em movimento, em oposição à teologia tradicional que se caracteriza pela segurança, pela tranquilidade do domínio dos problemas e suas soluções.
	B) 
	O teólogo hoje é mais cauteloso por saber que suas posições não têm a firmeza e segurança que antes se imaginava possuir.
	C) 
	O teólogo encontra se diante de teologia que deixou de ser tranquila, pacífica, inquestionável para submeter se à crítica moderna. Passa se de uma teologia da ordem para uma da mudança.
	D) 
	A teologia ganha caráter imperativo, autoritário, mediadora de autoridade instituidora e regedora da sociedade.
	7 -Sobre dinâmica da autoridade dentro da conjuntura de se pensar a teologia plural, é INCORRETO dizer que:
	A) 
	A teologia clássica se pusera ao puro serviço da autoridade hierárquica, com certa aura oficial, atribuindo se a qualidade de católica no sentido de ser única, universal e obrigatória para todos.
	B) 
	A virada atual da teologia leva a pensar se como ecumênica, dialógica, diacrônica, a serviço não tanto da autoridade como de todo o povo de Deus.
	C) 
	Do pólo do ensino, do mando, do autoritativo, da Contra Reforma, desloca se para o pólo do diálogo, do serviço, do persuasivo, do ecumenismo.
	D) 
	Em termos políticos, pode se falar de uma teologia culturalmente aristocrática e monárquica. Que se alimenta de uma única filosofia escolástica.
	8 - Fátima Tardelli no artigo "Religião - Teologia comparada - Mitos religiosos" (unidade 5) justifica o sentido do mito. O que NÃO pertence à esfera de justificativa desenvolvida no referido texto?
	A) 
	É tarefa relativamente fácil imaginar como foi o quotidiano dos primeiros homens: antes que dominasse a tecnologia de agricultura (mesmo que forma rudimentar), a terra se mostrava inóspita e pouco propensa a fornecer o quanto necessário à sobrevivência humana; por carecerem de explicações plausíveis, as forças da natureza (trovões, chuvas, p.ex) causavam-lhes verdadeiro terror; a morte (realidade natural), envolta em mistérios; tudo contribuindo para a criação de uma atmosfera "mágica" onde o desconhecido travestia-se de "divino".
	B) 
	Atendendo à necessidade de fornecimento de explicações a tais fenômenos, o animal humano criou uma série de "mitos" e assim foi com todas as civilizações existentes; todos os agrupamentos humanos, de uma forma ou outra, criaram mitos que explicavam tanto os fenômenos naturais quanto a criação do homem.
	C) 
	Uma sumária análise de tais mitologias proporciona ao leitor a percepção da existência de elementos similares (de "mitos") nos mais díspares ou distantes grupos humanos.
	D) 
	Todas as justificativas são inerentes ao texto de Fátima Tardelli.
	9 - Fátima Tardelli no artigo "Religião - Teologia comparada - Mitos religiosos" (unidade 5) afirma: Em geral as religiões são _________, ____________ou a soma de ambas; as _________, buscam estabelecer valores nos quais as ações humanas têm de se pautar, enquanto que as __________buscam a manipulação do sobrenatural para modificação da natureza das coisas. Complete:
	A) 
	sagradas, mágicas; sagradas, mágicas.
	B) 
	éticas, mágicas. éticas, mágicas.
	C) 
	políticas, mágicas, políticas, mágicas.
	D) 
	ideológicas, mágicas; ideológicas, mágicas.
	1 - Segundo o texto de Jaci Maraschin "A face sagrada de Eros: religião e corpo" (unidade 15) o que é que NÃO pode ser alcançado por nossas faculdades potenciais, mas que, como o perfume e os sons deixam traços de sua proximidade e encanto?
	A) 
	O "sagrado".
	B) 
	A "vida".
	C) 
	A "morte".
	D) 
	O "finito".
	2 -Sobre o que é o sagrado - segundo o texto de Jaci Maraschin "A face sagrada de Eros: religião e corpo" (unidade15) falado de Aristóteles. Identifique a afirmativa que é FALSA?
	A) 
	Aristóteles estava interessado em resolver a questão do ser em si e do ser enquanto existente. Para esse fim, desenvolveu a doutrina dos modos do ser. Um desses modos era precisamente a passagem da potência (possibilidade) para o ato (experiência).
	B) 
	Aristóteles estava tentando resolver o enigma deixado por seus antecessores, Parmênides e Heráclito. Se a realidade está em constante transformação ela deveria ser transformada por alguma força anterior a ela que não poderia ser transformada. Transformação é movimento. Era preciso que existisse alguma coisa que não se movesse. A ideia do primeiro motor imóvel vem desse tipo de raciocínio.
	C) 
	A existência humana era vista, por Aristóteles, como o fluxo constante entre a potência e o ato. Segundo esse ponto de vista, estaríamos sempre nos transformando, sem contudo, alcançar o que deveríamos ser. Para nos ajudar a entender esse esquema criou também o modo de transição da essência para a existência e da forma para a matéria.
	D) 
	NDA.
	3 -É fácil perceber como esses arrazoados influenciaram a história da doutrina e do dogma cristãos. Se estamos sempre em transição da potência para o ato, nunca chegamos a atualizar nossas potencialidades. Essa falha na possibilidade de nossas realizações recebeu o nome de pecado na religião cristã. Mas as coisas não terminaram aí. Parece que os quatro modos de ser agem em conjunto e de comum acordo. Estou querendo dizer que essência, matéria, ato e substância pertenceriam ao lado da realidade suprema ou absoluta (diríamos, divina) e, por outro lado, existência, matéria, ato e acidentes marcariam a nossa experiência carnal, terrena e pecaminosa.
Sobre que arrazoamentos o texto de Jaci Maraschin "A face sagrada de Eros: religião e corpo" (unidade 15 ) comenta?
	A) 
	Sobre os arrazoamentos de Aristóteles.
	B) 
	Sobre os arrazoamentos de Platão.
	C) 
	Sobre os arrazoamentos de Levinás.
	D) 
	Sobre os arrazoamentos de Habermas.
	4 -Complete - segundo o texto de Jaci Maraschin "A face sagrada de Eros: religião e corpo" (unidade 15). A modernidade foi construída e desenvolvida a partir da __________e nossos modos de pensar e agir têm sido moldados por ela. Mas novos ventos começam a soprar e descobrimos novas maneiras de pensar que não precisam mais necessariamente ser gregas. Jean-Paul Sartre, por exemplo, no começo de sua celebrada obra, L'être et le néant, desafia o pensamento aristotélico e propõe nova maneira de encarar a realidade. Diz ele: "As aparições que manifestam o existente não são interiores nem exteriores; eqüivalem-se entre si, remetem todas às outras aparições e nenhuma é privilegiada" [6] . Significa, consequentemente, que " a aparência não esconde a essência, mas a revela: ela é a essência" [7]. Para Sartre, então, " tudo está em ato" [8]. Se levarmos Tomás de Aquino seriamente teríamos que dizer somos todos como Deus: atos puros. Agora, como relacionamos estas afirmações com nossa noção do sagrado enquanto "impossibilidade"? Na época do iluminismo as pessoas podiam ainda acreditar que Deus era puro ato e que nós, seres humanos, não passávamos da constante transição de determinado modo de ser para outro. Naquele esquema, o sagrado, que na nossa tradição cristã tem o nome de "Deus", seria considerado a transcendência das contingências e a atualização de suas possibilidades. Pelo menos no seu ser. Tal argumentação tornava Deus possível. Mas qualquer Deus possível não poderia ser Deus. Deus só poderia ser Deus se ele pudesse se tornar impossível. Para se tornar impossível Deus precisava ser concebido a partir de outro ponto de vista. O Deus impossível não podia aparecer. O sagrado, que é o nome geral que damos a imagens como "Deus", "Alá" e " Zeus" não pertence à categoria dos fenômenos. Não obstante isso, ainda insistimos em adorá-lo, louvá-lo, dançar na sua presença e cantar louvores a seu nome. Será que esse "Deus" cultuado dessa maneira poderia ainda ser o mesmo "sagrado"?
	A) 
	Racionalidade Cristã.
	B) 
	Racionalidade Egípcia.
	C) 
	Racionalidade Grega.
	D) 
	Racionalidade Moderna.
	5 -A que pertence as ideias citadas no tópico que segue (extraído da unidade 15) Se o sagrado nos leva à impossibilidade, a "face" se abre como o possível. Na verdade, enquanto o único possível. A face é o que aparece. É fenômeno. Mas não se trata de possibilidade ainda não realizada. Para Aristóteles, o possível é o "ainda-não". Segundo o ponto de vista sartreano o possível já está realizado como ato. A face também significa superfície. Estamos acostumados a pensar em superfície como se fosse a camada fina destinada sempre a ocultar de nossa sensibilidade o mundo real escondido debaixo dela. Mas a face é revelação. Ela não esconde porque é tudo o que quer mostrar. Afirmava _____________: " A aparição não remete ao ser tal como o fenômeno kantiano ao número. Já que nada tem por trás e só indica a si mesma... a aparição não pode ser sustentada por outro ser além do seu, nem poderia ser a tênua película do nada que separa o ser-sujeito do ser-absoluto" [11] A face revela a face. E a face revelada não é nenhuma outra coisa senão a face revelada. Certamente, há inúmeras faces. A face que vemos é apenas um aspecto da coisa que aparece. É esse aparecimento. Vamos citar ____________ mais uma vez: " O que aparece, de fato, é somente um aspecto do objeto e o objeto acha-se totalmente neste aspecto e totalmente fora dele" [12] . A face singular é completa no seu aparecimento e sua superfície é aquilo que ela é. Concluímos, portanto, que a face é superfície. Ela não tem profundidade. Como existem muitas faces, podemos, naturalmente, falar de "face sagrada". De que maneira e em que sentido uma face poderia ser considerada "sagrada"? Já vimos que o sagrado não é algo capaz de ser acrescentado a algum fenômeno. Quando dizemos "face sagrada", este conceito deveria ser lido como se fosse uma única palavra. A conjunção de "sagrada" e "face' não é mais "sagrada" do que os termos da expressão. Assim, convém manter as duas palavras juntas.
	A) 
	Kant.
	B) 
	Aristóteles.
	C) 
	Sarte.
	D) 
	Rorty.
	6 -Qual das afirmações sobre Eros está ERRADA?
	A) 
	Eros é construção mitológica com diversas versões.
	B) 
	Eros não era poder gerador. As coisas haviam sido criadas por Abismo e Terra. Homero, outro conhecido poeta grego, não menciona Eros, mas Filia, palavra que em nossos tempos tem sido traduzida por "amizade". Assinala a beleza desse sentimento e a possibilidade que ele tem de fomentar atitudes heróicas e grandeza de coração. A lenda mais popular a respeito do nascimento de Eros considera-o filho de Pênia (pobreza) e Poros (riqueza). Esse fato terá reflexos na constituição da personalidade de Eros. Plutarco descrevia Pênia como hyle (matéria sem forma e cega). Ela seria como a jarra vazia. Poderia ser interpretada como puro desejo. Poros, por sua vez, era rico e vinha de nobre genealogia. Ninguém conhecia a origem de Pênia. Poros era filho de Wile e Metis. Tinha, portanto, pedigree. Eros teria nascido de pais assim tão diferentes entre si e contraditórios. Platão, no Banquete, emprega para Pênia a condição de falta para atribuir a Eros a herançca do desejo.
	C) 
	Julia Kristeva observa que o caminho de Eros era "caminho completude, de desejo no fim da caminhada. Caminho com essência" .
	D) 
	Eros representava, portanto, a busca constante do impossível que é, naturalmente, aquilo que nunca temos. Foi considerado o deus do amor precisamente porque o amor é um não-objeto. Por outro lado, não sendo objeto, é movimento. Movimento numa determinada direção. Esse é o tema dos diálogos, O banquete, Fedro e Lísias, de Platão. Contudo, será em O banquete que o filósofo fará não apenas o elogio do amor mas elaborará por meio de cinco discursos sua filosofia do amor em diálogo com Sócrates e deste com Diotima.
	7 -Qual dos comentários sobre Eros na Bíblia é FALDO (unidade 15)?
	A) 
	Em Cântico dos cânticos (...) O poema começa com estes belíssimos versos:" Cântico dos cânticos de Salomão. Que ele me beije com boca ardorosa! Pois tuas carícias são melhores do que o vinho, melhores que as fragrâncias de teus perfumes. Teu nome é um perfume refinado. Por isso as jovens se enamoram de ti." (1,1-3) Julia Kristeva comenta esse poema da seguinte maneira: "Trata-se de um rei tríplice: poeta, amante e receptor de paixões amorosas, posto aí desde o começo sem hesitação. Ele existe e ele ama, pois é dele que as palavras de amor emanam".
	B) 
	É possível aplicarmos a metáfora de Pênia e Poros, pais de Eros, ao constante diálogo e falas ao longo do poema. Aí encontramos a riqueza de Poros e o desejo de Pênia. Julia Kristeva observa que " a presença do amado é sempre fugidia, não mais do que expectativa, e no final do cântico (que alguns críticos acham ter sido deslocado), a amante vai ao ponto de adotar a errância, sua perpétua fuga, sugerindo essa situação ("Foge, meu querido, e sê parecido tu, a uma gazela ou a um filhote de corça por sobre os montes de bálsamo", 8,14), como se ele pudesse estar fora dele e se mantivesse desde o começo do texto em constante peregrinação...
	C) 
	O Antigo Testamento fala também do Eros divino representado pelo incessante amor de Javé por seu povo. Estamos acostumados a chamar esse tipo de amor (o amor de Deus) de "agape". Por que sentiria Deus atração por seu povo? Tudo indica que sentia prazer em conviver com ele. Seu amor baseia-se em escolha mas também exige reciprocidade. Jeremias entendeu que "Israel era santo, reservado ao Senhor" (2,3).
	D) 
	Deus escolástico seria capaz de amar porque era "ato puro". Não precisava de nada. Era sem paixões. Mas o Deus bíblico não estava cheio de paixão.
	8 -Qual dos comentários sobre Eros na conjuntura dos filósofos citados é FALSO (unidade 15)?
	A) 
	Eros, mesmo não sendo um deus, tem uma face sagrada. Essa sacralidade aparece nas relações entre religião e corpo. Os corpos humanos são eróticos no sentido em que são corpos sempre se atraindo entre si. Segundo Maurice Merleau-Ponty, somos corpos carnais. Os corpos são como "feridas abertas na forma de intervalo". Nunca estarão completos. São realidades abertas. São, na verdade, como obras de arte.
	B) 
	Todos nós carregamos certa tendência carnal na direção dos outros revelada nos olhares, nos desejos de tocar a sua pele, de acariciar seus cabelos, de abraçá-los e de beijá-los. Esse desejo só é possível por causa do vazio dos corpos. Tal nadificação é descrita pelo mesmo Merleau-Ponty como "porosidade" . É como um túnel escuro, cheio dessa escuridão impossível de ser entendida pelos filósofos. Eles são incapazes de revelar o seu mistério porque não podem entender a sua obscuridade. Mas, apesar disso, os corpos podem ser apreendidos, agarrados, acariciados e contemplados, da mesma maneira como podemos nos aproximar dos abismos.
	C) 
	Retornando ao entendimento fenomenológico de Sartre a respeito dos seres humanos devemos concluir que não há fundamento para os corpos porque eles são seu próprio fundamento. Mark C. Taylor, na mesma linha de Sartre, recusa os esquemas binários a que estamos acostumados como, por exemplo, superfície/ profundidade, aparência/realidade e pretexto/texto. A essência do corpo é o próprio corpo. Esse misterioso corpo carnal assemelha-se à Pênia, sempre procurando a sua realização (ou completação) e nunca a alcançando.
	D) 
	A filosofia grega, por sua vez, sempre esteve em busca do possível. Eros esteve nunca oscilou entre os extremos do desejo e da satisfação. Para tentar resolver essa trágica tensão Eros teve que fugir para um outro mundo, o mundo das ideias onde a contemplação da beleza (beleza abstrata) era prometida como possível. A possibilidade da realização, contudo, acabou sacrificando o corpo em favor do espírito desencarnado. É por isso que muitas religiões espiritualistas vão buscar a felicidade neste mundo e condenam o corpo à execração.
	9 -Qual das assertivas sobre o texto "A construção do corpo feminino (identidade corporal) medieval mediado pela experiência religiosa" de autoria de André Renato de Barros Navarro é FALSA (unidade 15)?
	A) 
	Uma das demandas da idade media foi à subjugação do corpo pela religião, pois este transitava entre pólos opostos.
	B) 
	O interesse [da religião] pelo corpo era redimí-lo para que a alma contida ali pudesse encontrar sua redenção. Independente de ser homem ou mulher, a luta era igual tanto para o homem como para a mulher, a diferença é que a mulher se achava em plena desvantagem por ser vista mais como mercadoria agregada de valores como herança e dotes a serem reunido aos bens de seu senhor; a mulher ideal concebida pelo mundo medieval estava simbolizada na Virgem Maria, uma figura humano-divina que concebeu sem nunca ter tido uma relação sexual, mantendo se pura sujeita aos desígnios de Deus e reconhecida como sua colaboradora, diferentemente de Eva, mulher que não soube conservar sua posição na ordem estabelecida pelo Criador se rebelando, desejando ser o que não podia, um entrave a ordem estabelecida até então.
	C) 
	O cristianismo medieval recebeu influencias dos pais da igreja que calcados nos ensino do apóstolo Paulo era melhor viver em castidade do que se casar, "pois, quando os seus desejos sensuais superam a sua dedicação a Cristo, querem ser como os anjos". No contexto paulino a mulher é tida como representação da serpente que levou o homem a conhecer o pecado e como consequência a expulsão do paraíso é a mulher como a desencadeadora deste imaginário que precisa ser dominada como parte fraca daí a falta da memória e do desejo lhe serem negada.
	D) 
	Na visão de Paulo o casamento é algo a ser tolerado, pois o solteiro pode usar melhor seu tempo e energia em agradar a Deus, "já que os casados preocupam-se com as coisas deste mundo, em como agradar sua mulher, e está dividido". Isto veio a impactar o modo como o casamento foi visto assim como a procriação - permitindo a atividade sexual meramente para fins de procriação.
	1 -Complete a partir do texto de B. Domingues (unidade 21): No séc. XIX passou-se pelo culto____________. E. Renan pensava que seria ela a religião do futuro. Pertencia-lhe ditar o fim das outras religiões. O séc. XX conheceu um desenvolvimento espetacular da investigação_________, mas o, embora sempre renascente, é hoje uma crença débil.
	A) 
	Da ciência; científica; "cientismo".
	B) 
	Da teologia secular; secular; "secularismo".
	C) 
	Da antropologia, antropológica; "antropologismo".
	D) 
	Da sociologia, sociológica; "sociologismo".
	2 -Da trajetória sobre a relação entre religião e ciência (no texto de B. Domingues - unidade 21) qual é FALSA?
	A) 
	A partir dos anos 70 do séc. XX, foi-se tornando claro que era inútil esperar pela morte da religião. Todas as "suspeitas" que desde o séc. XIX se tinham abatido sobre ela, embora pertinentes sob vários aspectos, eram incapazes de a anular. E se o diálogo entre crentes e ateus não se tornara obsoleto, havia outro diálogo que tinha sido adiado e agora se impunha.
	B) 
	Nos anos 60, o Conselho Ecumênico das Igrejas recebeu novos impulsos. Por inspiração de João XXIII, aconteceu o extraordinário "aggiornamento" da Igreja Católica através do Concílio Vaticano II (1962-1965). Estas duas expressões cimeiras do cristianismo abrem-se ao diálogo com as religiões não cristãs. O que até aí era prática só de alguns pioneiros recebe doravante consagração oficial.
	C) 
	Depois, em 1970, por iniciativa dos EUA, da Índia e do Japão, realizou-se em Quioto a primeira Conferência Mundial das Religiões pela paz.
	D) 
	Em 1986, o inesperado e místico encontro de Assis - na terra de S. Francisco, homem da paz com Deus, com a natureza e com toda a família humana - marca um retrocesso no processo de diálogo religioso - visto que a iniciativa era católica romana e inviabilizou a sensibilidade religiosa dos povos.
	3 -Qual foi o pecado de Sodoma segundo as observaçoes feitas sobre a sexualidade no Mediterraneo pela Reverenda Mona West sobre a bíblia e a homossexualidade (unidade 24)?
	A)Higiene.
	B) 
	Hospitalidade.
	C) 
	Soberba.
	D) 
	Homossexualidade.
	4 -Em Levítico está escrito: "Não te deitarás com homem como se deita com mulher; é uma abominação." (18:22) "Se alguém se deitar com homem como os que se deitam com mulher, os dois cometeram abominação; certamente hão de morrer. Sua culpa de sangue caia sobre eles." (20:13) Estes versículos, parte do Código de Santidade, no livro do Levítico da Escritura hebraica procuram:
I- Refletir as formas em que o povo de Israel atuaria para diferenciar-se de seus vizinhos Mediterrâneos.
II- A luz das já mencionadas práticas sexuais dos vizinhos de Israel, se torna claro que esta proibição no Levítico foi uma tentativa de conservar a harmonia interna da sociedade masculina judaica, ao não lhes permitir participar em cópulas anais como um meio para expressar ou obter superioridade social ou política.
III- Estes versículos não proibiam, de forma alguma, ou nem sequer falam, do amor, das relações amorosas dedicadas entre pessoas do mesmo sexo.
Qual das afirmativas dispostas está de acordo com a reflexão da Reverenda Mona West sobre a bíblia e a homossexualidade (unidade 24).
	A) 
	Os itens I e II estão de acordo com a reflexão da Reverenda Mona West sobre a bíblia e a homossexualidade (unidade 24).
	B) 
	Os itens I e III estão de acordo com a reflexão da Reverenda Mona West sobre a bíblia e a homossexualidade (unidade 24).
	C) 
	Somente o item IV está de acordo com a reflexão da Reverenda Mona West sobre a bíblia e a homossexualidade (unidade 24).
	D) 
	Todos os itens estavam de acordo com a reflexão da Reverenda Mona West sobre a bíblia e a homossexualidade (unidade 24).
	5 -Qual das afirmativas sobre a vida na região do mediterrâneo é FALSA (unidade 24) ao abordar a problemática da homossexualidade?
	A) 
	O mundo Mediterrâneo tinha uma definição da sexualidade baseada na dominação/submissão e em uma desigualdade. A cultura Grega afinou essa definição com respeito ao status de igualdade. As relações sexuais adequadas ocorriam entre pessoas cujo status não era igual.
	B) 
	Havia uma prática na antiga cultura Grega conhecida como pederastia, na qual os adolescentes eram iniciados social e pedagogicamente por um homem mais velho. Estes homens eram os tutores dos rapazes (de 12 ou 13 anos de idade) e, com frequência, seus amantes.
	C) 
	Estas relações eram vistas como algo básico para criar a seguinte geração de líderes da cidade, existindo regras estritas sobre quanto tempo devia durar a relação, e o papel da família dentro destas relações. Evidentemente, houve abusos que se deu nestas relações e os adolescentes foram explorados e dominados por seu tutor, muito depois de que o jovem havia entrado na idade adulta (o qual o convertia em um igual, violando assim o código de sexo só entre não-iguais).
	D) 
	Mesmo em vista da pederastia, o que Paulo condenava mesmo era as relações de amor e cuidado mútuo entre pessoas do mesmo sexo - e não os abusos da pederastia.
	6 -Qual das ideias contidas no artigo (Antropologia teológica da salvação) de Eduardo Rocha Quintella é FALSA?
	A) 
	A vida e ação de Jesus mostram, claramente, que a salvação que Ele realiza em nome de Deus não é tirar-nos de nossa humanidade mas, antes, tirar-nos daquilo que nos impede de sermos humanos.
	B) 
	As curas e os exorcismos operados por Jesus: são gestos salvadores que devolvem às pessoas a plena capacidade de humanidade.
	C) 
	A salvação aponta muito mais para o passado que para o futuro, para o que fomos e não para o que seremos.
	D) 
	A salvação não é apenas conserto da natureza corrompida pelo pecado, mas muito mais que isso, ela é dom, acréscimo, dádiva, graça, excesso, abundância. Não se trata de refazer o que o humano foi, mais de dar realização plena às suas potencialidades, isto é, fazer com que o humano seja aquilo que é chamado a ser.
	7 -Qual dos pontos disposto acerca da análise da autora Marilena Chaui NÃO corresponde as suas observações (unidade 27) acerca do pensamento de João Paulo II sobre o homem e a mulher?
	A) 
	Existe uma consistência nos ensinamentos de João Paulo II sobre homem e mulher, como esbocei na primeira resposta. João Paulo II não é terrivelmente diferente de seus predecessores, mas é único em seu enfoque sobre sexualidade, como se pode ver em sua Teologia do corpo.
	B) 
	Não acredito que os papas anteriores tenham gasto tanto tempo no tópico "sexualidade" como ele. O que acho problemático nos escritos de João Paulo II é um "essencialismo" que enxerga mulher e homem como tendo qualidades "essenciais" (por isso o nome), originais de seus sexos.
	C) 
	Homens são aqueles que são receptivos, abertos para Deus, e, quando padres, podem esculpir Cristo para a humanidade. Mulheres são ativas, que realizam, e, como Maria, recebem e espalham o amor e a palavra de Deus, enquanto ambas as qualidades podem ser verdadeiras em ambos os sexos (homens podem receber, mulheres podem tomar a iniciativa).
	D) 
	João Paulo II enxerga as qualidades não apenas como o intento de Deus na criação humana, mas também na semelhança de todas as mulheres através do tempo e do espaço: mulheres são, por natureza, ouvintes, receptoras/receptivas, e criadoras/educadoras. Homens são os atores [que são ativos], os iniciadores e líderes. Ele vê as mulheres como "especialistas" em relacionamento, e essas mulheres têm uma "concretude" em seus interesses que salva o homem de ser tão abstrato. Acho que essas ideias reproduzem concepções estereotipadas das mulheres que são reforçadas pelas tradições sociais. Finalmente, essas ideias significam que os homens são mais semelhantes a Deus que as mulheres, o que contradiz o Gênesis 1:27-28 (Deus criou a humanidade a sua imagem e semelhança, homem e mulher). Então os textos de João Paulo II são problemáticos quanto às relações humanas (sugerindo a subordinação das mulheres aos homens) e à teologia (em como pensamos Deus/no que pensamos de Deus).
	8 -Quem é que distingue vícios e virtudes pelo critério do excesso, da falta e da moderação: um vício é um sentimento ou uma conduta excessivos, ou, ao contrário, deficientes; uma virtude, um sentimento ou uma conduta moderados. Segundo o texto de Marilena Chauí acerca da problemática das virtudes (unidade 27)?
	A) 
	Sócrates.
	B) 
	Platão.
	C) 
	Aristóteles.
	D) 
	Santo Agostinho.
	9 -O texto abaixo de Marilena Chauí sobre as virtudes (unidade 27) a que se refere? "(...) concernentes à relação do crente com Deus (virtudes teologais), e da justiça como virtude particular (para Aristóteles, a justiça é o resultado da virtude e não uma das virtudes); a amizade é substituída pela caridade (responsabilidade pela salvação do outro); os vícios são transformados em pecados (portanto, voltados para a relação do crente com a lei divina); e, nas virtudes morais, encontramos um vício aristotélico - a modéstia - além do aparecimento de virtudes ignoradas ou desconhecidas por Aristóteles - humildade, castidade, mansidão."
	A) 
	As virtudes no conexto romano.
	B) 
	As virtudes surgidas no contexto judaico.
	C) 
	As inspirações dadas pelos antigos conceitos de virtude.
	D) 
	Ao aparecimento de virtudes novas.
	10 -A qual filósofo pertence o conceito de virtude e vício que segue? Que é o vício? Submeter-se às paixões, deixando-se governar pelas causas externas. Que é a virtude? Ser causa interna de nossos sentimentos, atos e pensamentos. Ou seja, passar da passividade (submissão a causas externas) à atividade (ser causa interna). A virtude é, pois, passar da paixão à ação, tornar-se causa ativa interna de nossa existência, atos e pensamentos. As paixões e os desejos tristes nos enfraquecem e nos tornam cada vez mais passivos. As paixões e os desejos alegres nos fortalecem e nos preparam para passar da passividade à atividade.
	A) 
	Marliena Chauí.
	B) 
	Aristóteles.
	C) 
	Karl Jarpers.
	D) 
	Spinosa.
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