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CONTRATO DE NAMORO

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CONTRATO DE NAMORO 
É válido ou não? 
Muitos casais atualmente vivem apreensivos quando o assunto é namoro, desde a mudança legislativa que alterou o antigo prazo mínimo de cinco anos de convivência que constava na Lei nº 8.971/94. 
Mesmo porque não existe na legislação brasileira norma que dispõe prazo mínimo para configurar a união estável. Para se obter o reconhecimento da união estável o Código Civil em seu artigo 1.723 aduz que: 
“É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura, com o objetivo de constituição de família”.
Mas o namoro não engloba esses requisitos? Uma vez que os casais de namorados sempre pensam, planejam em constituir famílias juntos. Fato é que, vários casais expõem a sua vida amora nas redes sociais, o que facilita muito a interpretação errada sobre o relacionamento, podendo configurar assim uma união estável. 
Ademais o reconhecimento da união estável traz para a vida do casal vários efeitos, como patrimoniais, direito a herança, alimentos, dentre outros. Certo é que o contrato de namoro tem como objetivo primordial afastar a comunicabilidade dos patrimônios durante o namoro. 
Ao que tange o namoro, em regra, não gera consequências na ordem jurídica. 
Após a alteração, muitos casais começaram a celebrar o contrato de namoro, para afastar os efeitos da união estável, tais casais tem buscado Cartório de Notas para lavrar o contrato que também passou a ser chamado de Escritura Pública de Contrato de Namoro. 
No entanto, vale ressaltar que as normas que tratam da união estável são consideradas como normas de ordem pública, das quais não é possível o afastamento apenas com a vontade das partes. 
 Este contrato é válido ou não? 
A doutrina muito se discute sobre a validade deste contrato, para alguns doutrinadores o contrato de namoro tem o intuito de prevenir discussões patrimoniais, corroborando com esse entendimento tem o ilustre professor Zeno Veloso. 
No entanto existem vários doutrinadores que afirmam que a celebração do contrato de namoro é um ato ilícito, não tendo nenhum valor, pois é somente uma declaração de carinho em uma relação afetiva. 
Desta feita podemos concordar com o grandioso doutrinador Silvio de Salvo Venosa, quando afirma que, “há de se concluir que nem mesmo as reações afetivas podem mais ser espontâneas”. 
Não obstante, a declaração de afeto é importante verificar a função social do contrato e a boa fé das partes. 
Apesar das mais variadas opiniões quanto a validade do contrato de namoro é passível verificar que tal contrato não tem a capacidade de afastar os efeitos a união estável, eis que, tais normas são inafastáveis pela vontade das partes. 
Isto posto, o contrato escrito seja ele particular ou público não prevalecerá sobe a realidade dos fatos, ou seja, mesmo havendo o contrato de namoro caso seja comprovado que o casal mantinha uma união estável o contrato não terá efeito algum e prevalecerá a união estável com todas as consequências e efeitos legais.

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