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Produção e Sanidade de animais de granja

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PRODUÇÃO E SANIDADE DE ANIMAIS DE 
GRANJA 
A1 - 28/04: ​vale 10 
A2 - 23/06: ​vale 9,0 + 1,0 do APS 
A3 - 30/06 
APS: ​atividades ao longo do semestre 
 
Programa de biosseguridade 
 
A rotina do veterinário que trabalha nas unidades de produção animal tem como rotina fazer 
um check list de biosseguridade avaliando todos os parâmetros dentro da granja esperando 
que seja corrigido o que acontece caso apareça algo fora do que a legislação sugere. 
O diagrama que representa o programa de biosseguridade apresenta um conjunto de 
informações que estão atreladas na forma de um elo e isso tem o seu significado uma vez 
que qualquer uma dessas etapas sofram uma falha, significa que o elo foi quebrado e assim 
o programa de biosseguridade deixa de ser na conformidade, então a busca pela qualidade 
é que esses eles estejam sempre em perfeita harmonia. 
Biosseguridade x biossegurança 
● Biosseguridade é tudo, todas as técnicas que se aplicam para a produção animal 
envolvido com o animal. 
● Biossegurança método ou técnica relacionada com o homem 
Antigamente as pessoas olhavam para a produção animal como se fosse simplesmente 
criar animais sem nenhum tipo de rigor, não se preocupando com genética. Até que 
começaram a perceber que existia o aumento da transmissão das doenças transmitidas por 
alimentos. Então foram pesquisar o que permitia que estas doenças acontecessem com 
tanta frequência e uma das coisas que permitia essa transmissão é a forma como se cria 
esse animal. Começaram a se traçar metas para poder reduzir a frequência do 
aparecimento dessas doenças: 
● Localização: parte da escolha do local se faz em detrimento da cadeia produtiva. 
Quanto a localização deve-se pensar: 
○ Disponibilidade e custo da terra; 
○ Malha de transporte que permita que o alimento chegue de 3 em 3 dias na 
unidade para que não haja proliferação de fungos se o alimento ficar 
guardado por muito tempo. 
○ Microclima: o produto final da avicultura são os ovos e os cortes de ave ou a 
produção de linhagens e na suinocultura o produto final é o corte nobre; 
fisiologicamente uma ave criada para postura e uma ave criada para corte 
têm padrões corporais distintos, temperaturas corporais distintas, níveis de 
estresse calórico diferente, portanto o clima deve ser satisfatório de acordo 
com a necessidade térmica desse animal. Dentro dos galpões deve-se 
colocar termômetros para avaliar a temperatura do microclima e a umidade 
desse ambiente que deve ser satisfatória para essa unidade produtora. Deve 
colocar ventilador na unidade e se houver necessidade, até mesmo um 
aspersor para refrescar o ambiente. Deve ter o menor tempo de sol sobre o 
galpão. 
○ Suprimentos de água e energia elétrica: se tiver em um local muito quente 
pode ter que colocar sistema de aspersão e se tiver em um local muito frio 
um aquecedor dependendo da quantidade de animal, o que necessita de um 
local que tenha energia elétrica. E com o animal necessita de água, é 
importante estar próximo a suprimentos de água. 
○ Localização de fábricas de ração, incubatórios, abatedouros e frigoríficos — 
normalmente as unidades produtoras ficam mais próximas de onde tem 
grande produção de grão; quanto mais próximo dos insumos, menos custo 
com transporte. 
○ Distância mínimas entre unidades produtoras; deve-se tomar cuidado com o 
número de unidades que estão localizada dentro de uma mesma região, pois 
se entrar um agente etiológico nessa região, quanto mais unidade produtora, 
mais fácil esse agente vai se disseminar. 
○ Posicionamento das instalações; o tipo de localização pode aproximar 
espécies animais e quando outras espécies animais se aproximam, eles 
transportam patógenos que vai entrar em contato com os animais da unidade 
produtora. A corrente de ar e posicionamento do solo devem garantir a 
condição de temperatura de microclima. 
○ Delimitações: Limitações Físicas — barreiras naturais para evitar o acesso à 
unidade de produção. A presença de muitos e telas também são 
necessárias. 
● Controle de tráfego: 
○ O acesso da malha rodoviária só deve possibilitar a passagem de veículos 
de extrema necessidade, como os veículos que transportam alimento, água, 
veículos técnicos (veterinários), veículos que fazem o recolhimento das 
camas de maravalha quando a unidade produtora é esvaziada. Todo e 
qualquer transporte que vier do lado de fora para dentro do galpão, deve 
passar por um processo de desinfecção tanto para entrar como para sair da 
granja; existe uma cortina de aspersão com substâncias desinfectantes por 
onde esse veículo passa. 
■ O abastecimento dos armazéns onde são colocados os alimentos 
(silos) deve ser controlado, pois o veículo que transporta pode carrear 
para dentro do silo algum tipo de microorganismo. 
■ Cuidado também com o transporte das aves de 1 dia vindo de 
incubatório do lado de fora; deve-se comprovar a sanidade desses 
animais 
■ Cuidado na retirada dos animais para abate, pois a entrada para fazer 
o apanho do animal causa estresse; além de o funcionário entrar na 
área limpa vindo de uma área suja pode carrear um patógeno. 
○ O trânsito de também é controlado, nem todo mundo pode entrar na unidade 
produtora; do faz parte dessa unidade de produção os granjeiros, os 
funcionários e a parte técnica (veterinários) — o veterinário deve programar 
as visitas, ele não pode simplesmente ir lá. O funcionário deve passar 
também pode uma solução com iodo para se desinfectar. Além da questão 
física preocupa-se com o comportamento e a vida dos funcionários; essas 
pessoas não podem ter contato com reservatórios, se preconiza que elas não 
tinham nenhum tipo de ave em casa. 
 
 
Higienização 
O galpão deve ser desinfectado a cada vazio (cada desocupação do galpão) com uma 
aspersão para reduzir ao máximo a presença de microorganismo que estariam presentes 
naquela instalação. Essa higienização pode ser feita de forma seca ou de forma úmida, mas 
geralmente faz o processo de varrição (seca), depois o processo de lavagem e depois 
aplica um sanitizante. 
Os produtos e equipamentos devem ser esterilizados. Quando a pessoa chega para 
trabalhar ela toma banho, troca de roupa e vai para o setor dela de trabalho; quando ela 
termina aquele procedimento, troca a roupa de novo para ir embora e a roupa fica, onde 
será lavada e esterilizada. 
As instrumentações que os veterinários possam utilizar também devem ser esterilizados. 
Em situações de morte deve ser feita a desinfecção da carcaça. Normalmente há uma 
porcentagem de mortalidade das aves quando recebe um lote e quando o animal morre 
deve-se fazer a necropsia para identificar o motivo do óbito; após a necropsia essa carcaça 
deve ser descartada em um forno crematório ou em digestores. 
Adoção de protocolos sistematizados de limpeza e desinfecção das unidades — desde os 
instrumentos até as instalações 
● Varrição — limpeza seca 
● Lavagem — limpeza úmida 
● Sanitizante — existem normas para estabelecer o tipo de desinfetante que vai 
utilizar dependendo do tipo de criação porque alguns desinfetante tem muito cheiro, 
o que acaba interferindo na saúde da ave 
Higienização das pessoas que entram em contato com os animais, elas devem usar 
uniforme, bota, máscara e gorro. 
As gaiolas onde as aves de postura ficam em gaiolas suspensas para evitar o contato com 
sujidades e o ovo vai cair e correta para a extremidade da gaiola, onde os funcionários farão 
a coleta dos ovos evitando que suje a casca dos ovos, pois quanto mais limpa estiver a 
casca melhor, já que ela não pode sofrer processo de higienização porque a casca é porosa 
e higienizar a casca pode interferir na qualidade do produto, facilitando a entrada de 
microorganismos no ovo. 
O vazio sanitário deve durar 10 dias. A maravalha será recolhida e reutilizada, podendo ser 
reutilizada 3 vezes. 
O dejeto das aves tem muito atrativo para mosca, então as moscas compreendem um dos 
vetores principais na criação de aves, devendo ser feito um controle. 
O controle de roedores também deveser feito, pois a ração é um grande atrativo para ratos 
que podem trazer muitas doenças. 
 
Quarentena, medicações e vacinação 
A quarentena está relacionada com a medida preventiva; é bastante empregada em 
unidades de produção que trabalha com matrizes. A linhagem recebida vai passar por um 
galpão quarentena, onde serão observados por um tempo para ver se vai ter algum 
transtorno de comportamento. A quarentena é um método preventivo, não faz quarentena 
se o animal estiver doente, se o animal estiver doente ele é extraído do lote e isolado. 
A utilização de medicamentos que façam a redução ou inibição do desenvolvimento 
microbiano para que o animal não desenvolva a doença (não é antibiótico) é permitido. 
Medicamentos produzem resíduos que podem ficar no produto; não se pode comercializar 
uma ave que tenha resíduo de antibiótico, por exemplo. Quando tem um problema maior, 
faz um sacrifício em massa. Por isso é muito importante a prevenção. 
Os protocolos vacinais devem ser obedecidos: quantas animais devem ser vacinados, para 
qual doença, qual tipo de vacinação deve ser usada. 
O veterinário deve planejar o dia da vacinação para vacinar os animais de acordo com o 
número de doses contidas no frasco, pois se sobrar doses, elas são descartadas; se for 
guardada pode receber contaminantes externos. 
O monitoramento deve ser feito para monitorar a sanidade dos animais e isso é feito de 
forma laboratorial para se certificar que o animal que ela produz é livre de patógenos. 
Trabalha-se com uma amostra recolhida desses animais, fazendo a coleta do soro e faz 
testes sorológicos para detectar reação de microorganismos. A unidade produtora guarda o 
resultado desse teste e se passar auditoria, ela deve ver esse resultado garantindo que não 
tem a circulação de microorganismos nessa unidade. Isso permite identificar qualquer 
movimento que não seja esperado na produção. 
Esse monitoramento também deve ser feito com os insumos oferecidos aos animais: 
qualidade da água que seja a essa unidade. 
 
Erradicação de doenças 
● Manejo de biosseguridade 
● Controle de vetor 
● Aquisição de animais de uma unidade produtora que não tenha agente biológico. 
● Avaliar a presença de animais reservatórios no entorno da criação 
● Trabalhar com registro de doenças de notificação obrigatória 
Auditorias 
São feita internamente, fazendo check list para ver se está tudo dentro da normalidade 
● Análise sistemática desses procedimentos dentro da unidade de produção para 
manter a eficiência da produção 
● Feita em até 3 vezes ao ano 
● A cada dois anos a unidade recebe a certificação 
● Planilhas de check list atualizadas frequentemente 
Plano de contingência 
Feito quando se encontra falhas nas auditorias. Um conjunto de procedimentos e decisões 
emergenciais a serem tomadas quando ocorre um evento inesperado (ou suspeita de 
ocorrência) que pode afetar o programa de biosseguridade e/ou a saúde animal. 
É um plano de ação onde se estabelece a medida a ser adotada, quem vai executar a 
medida, quanto tempo tem para executar a medida, de que maneira ela vai ser avaliada e 
posteriormente observar se essa medida foi efetiva. 
Educação continuada 
A pessoa que trabalha dentro de uma unidade produtora precisa saber a importância dela 
dentro da unidade 
● Constante treinamento de todos os colaboradores envolvidos no sistema de 
produção e consequentemente no programa de biosseguridade; 
● A periodicidade dos programas de treinamento é variável . 
● Os treinamentos devem abranger os seguintes assuntos: conceitos e filosofia de 
biosseguridade; razões da importância da biosseguridade como saúde animal e 
saúde pública; os componentes do programa; os procedimentos operacionais e os 
objetivos de cada um; a realização de auditorias internas permanente por todos os 
envolvidos do programa e as auditorias externas. 
 
 
 
Diagnóstico e monitoramento 
laboratorial 
O diagnóstico realizado pelo profissional na unidade de produção consegue avaliar a 
presença de doenças, identificar patógenos que causam prejuízo, etc. Esse programa 
diagnóstico não é uma prática curativa, é uma prática preventiva. Isso vai dar à unidade de 
produção um selo de que é uma produção segura. Esse diagnóstico de patógenos é feito 
para monitorar o risco de a produção conter determinado patógeno. 
Seleciona-se uma amostragem de animais e nessa amostragem identifica a presença ou 
ausência de patógenos. Esse diagnóstico é feito por necropsia 
Deve-se atentar para cuidados antes da necropsia, durante a necropsia e depois da 
necropsia; e esses cuidados englobam o ambiente, o funcionário e o animal. 
Entre os cuidados que vai se fazer antes da prática de necropsia são: 
● Quantidade de mesas satisfatórias 
● Tipos de material que será recolhido de acordo com o que se vai pesquisar 
● A amostragem deve ser homogênea — os animais devem estar na mesma faixa 
etária, mesma faixa de peso, mesmo lote — isso dá uma maior confiabilidade ao 
processo. 
● Evitar aves que já estavam mortas — pois isso já seria um procedimento 
emergencial e não preventivo 
● A quantidade de amostras é importante para uma maior confiabilidade. 
● Considerar a forma como será feito o sacrifício do animal para ser utilizado para 
fazer o monitoramento que deve oferecer sempre o protocolo de bem estar animal. 
Durante o procedimento de necropsia deve-se: 
● Observar a estrutura corporal do animal e dos órgãos em relação a tamanho e 
coloração dos órgãos, se há ou não a presença de adesões 
● Sistemas que tem maior volume de contaminação, deve-se evitar a contaminação de 
outras áreas que poderia ocasionar erros 
● Utilizar embalagens separas para cada material para que não haja contaminação 
entre ambos o que influenciaria no diagnóstico 
● Não utilizar embalagens reutilizadas ou inadequadas 
● Utilizar luvas 
Após o procedimento de necropsia deve-se destinar corretamente o material oriundo da 
mesma, incluindo luvas e demais materiais que por ventura tenham entrado em contato com 
a carcaça. Podendo descartar na composteira, pois esse é um procedimento preventivo, 
portanto, a carcaça não é foco de contaminação. 
Após a necropsia deve: 
● Identificar corretamente o material para enviar para o laboratório 
● O veterinário deve preencher uma requisição solicitando o tipo de teste que se 
deseja. 
● O veterinário que realizou o procedimento precisa se higienizar e colocar uma roupa 
de visita para visitar algum lote da unidade de produção para evitar possíveis 
contaminações. 
● O veterinário que fez a necropsia é responsável pelo envio e por informações 
adicionais para o laboratório. 
● O profissional deve ter agilidade na tomada de decisões. 
 
Em situações de necropsia realizada para monitoramento, a amostragem é feita de maneira 
aleatória levando em consideração o peso e o tamanho. O padrão de escolha é feito em 
cima do número de aves no lote e o grau de significância para o procedimento; quanto 
maior o volume de animais, maior o tamanho da amostra. 
Quando é uma necropsia emergencial deve-se saber escolher as aves que devem participar 
do processo de diagnóstico: deve-se selecionar aves mortas, aves com sinais clínicos e 
aves sadias. 
 
O que pode gerar falhas ou não realização da análise laboratorial 
● O material que é enviado sem identificação o laboratório não realiza o procedimento. 
A identificação deve ser feita na hora 
● Ausência de histórico e anamnese da evolução clínica quando for um procedimento 
emergencial 
● Material mal condicionado — frasco inadequado, material que deve ser seco e deixa 
ser molhado, material que deve ser colado em líquido preservante e não é, material 
que deve ser refrigerado e não é 
● Quantidade insuficiente de material não podendo observar 
● Soros hemolisados e vísceras em putrefação devido ao armazenamento incorreto. 
● Materiais para exames microbiológicos fixados com formol 
● Erro na concentração da solução — alta concentração de formol resseca a peça. 
● Remessa de vísceras não relacionadascom locais de atividade biológica do 
patógeno para tal diagnóstico 
● Atraso na remessa ou atraso no transporte não permitindo o diagnóstico 
 
Materiais utilizados na coleta de amostras 
● O propé é utilizado para fazer avaliação de crescimento microbiano do local. O 
funcionário anda pelo lote com o propé, quando daí coloca numa embalagem prática 
e estéril e leva para o laboratório para fazer avaliação de crescimento microbiano. 
Quando se faz o vazio sanitário, ocorre o processo de limpeza seca, limpeza uma e 
desinfecção das camas e antes de entrar um novo lote, o supervisor vai entrar com o 
propé, vai caminhar da porta de entrada até a porta de saída em zig zag e depois 
faz-se a avaliação do propé para ver se a desinfecção foi feita corretamente. Pode 
haver microorganismos próprios do ambiente no local, o que não pode ser 
encontrado é microorganismos patogênicos como mycoplasma, coccidios, 
salmonela, etc. 
● Palitos e espátulas esteril são usadas para coleta de amostras fecais que estejam 
dentro da cama para análise de parasitos para esse tipo de meio, podendo visualizar 
a eliminação de Salmonella, Eimeria e outros parasitas nas fezes. Faz-se a coleta da 
amostra fecal e coloca a espátula ou palito em um saco estéril e leva para o 
laboratório. 
● Gaze e esponjas são usados para fazer coleta de resíduos em superfícies e 
encaminha para diagnóstico bacteriológico. 
● Gaze é utilizada como suave de arrasto da mesma maneira que usa o propé, mas 
pegando microorganismos no ar. 
● Frasco para coleta de material histopatológico com formol 
● Agulhas e seringas para coleta de sangue 
● Microtubos para armazenamento de soro para envio ao laboratório 
● Pipeta pasteur para armazenamento do soro para envio ao laboratório 
● Bolsa plástica para embalar material 
● Frasco coletor estéril para coleta de água para examinar a água e garantir que a 
água que chega na propriedade é de boa qualidade 
● Suabe para fazer coleta de cavidade oronasal 
● Bolsa de amostra ou frasco com água peptonada para fazer transporte ou 
isolamento de Salmonella. 
● FTA Card Elute usado para fazer coleta e envio para PCR 
 
O material deve ser identificado e essa identificação é colocada tanto na embalagem como 
na sacola utilizada para envio. As amostras devem ser refrigeradas. As embalagens são 
lacradas e só podem ser abertas no laboratório; se chegar no laboratório e o lacre estiver 
violado, o laboratório não realiza o procedimento, por isso é importante a identificação, para 
evitar que alguém abre a embalagem devido a falta de identificação. 
 
Amostras para diagnóstico laboratorial 
Sangue/soro 
A amostragem deve ser feita genuinamente com 25 animais de pontos distintos do galpão, 
incluindo navios e fêmeas. A placa utilizada para fazer aglutinação possui 25 testes, 
portanto tem que ter 25 amostras de soro. O soro é colocado na placa com reagente e 
faz-se a análise. 
A coleta de sangue para utilização dos soros é feita da seguinte maneira: 
● Em aves adultas faz a coleta pela veia braquial (veia da asa) fazendo o decúbito 
lateral da ave. Normalmente recolhe um volume de 2,5 a 3 ml de sangue, o que 
permite a extração de 0,5 ml de soro. Ser colher menos sangue que isso não vai ter 
um volume de soro suficiente para realizar o teste. 
● Pintinhos de 1 dia: uma unidade produtora para ser certificada precisa ter o teste de 
Mycoplasma. Para isso se pega uma amostragem de pintinhos, faz a decapitação 
dos pintinhos e faz a coleta do sangue a partir da vértebra. Todo procedimento é 
feito respeitando a norma de bem estar animal. 
● Aves adultas e aves de 1 dia: através da punção cardíaca — exige mais prática —, 
precisa usar uma agulha adequada e através da punção do esterno precisa chegar 
até o coração e por pressão o sangue verte para dentro do tubo. Procedimento mal 
feito coloca a vida da ave em risco. Realizar a contenção da ave com a imobilização 
das pernas e asas com uma das mãos e puncionar no meio da “região da quilha” 
(base do esterno), onde há um “vazio”, tendo o cuidado para não atingir o pulmão. 
Inserir a agulha (40X12 aves adultas, 25X6 ou 25X7 pintos) no peito da ave de 
maneira perpendicular ao ponto de entrada e paralelo à coluna vertebral, até atingir 
o coração. Puxar lentamente o êmbolo até obter a quantidade desejada. 
O uso do soro é importante para monitoramento do programa vacinal, para saber a 
efeitividade da vacinação através da coleta do soro para fazer a titulação do anticorpo. 
Nesse caso deve-se enviar junto o formulário de pedido dos exames contendo dados do 
lote (idade, tipo de criação, linhagem, data de coleta) e do programa de vacinação (número 
de doses, tipo de vacina, via de inoculação, fabricante da vacina, datas na qual as aves 
foram vacinadas antes do envio do soro), para que auxilie na interpretação dos resultados. 
É usado também para diagnóstico de doenças. Nesse caso deve-se enviar junto o 
formulário de pedido dos exames contendo dados do lote (idade, tipo de criação, linhagem, 
data de coleta, sinais clínicos, achados de necropsia, suspeita clínica e programa de 
vacinação utilizado), para que auxilie na interpretação dos resultados. Normalmente em 
caso de suspeita de um desafio sanitário é recomendado a sorologia pareada, onde duas 
colheitas de soro devem ser feitas, uma durante o curso clínico da doença e 2 semanas 
após a primeira colheita. A comparação destes dois resultados permite inferir se houve ou 
não contato com o agente infeccioso suspeito. 
A amostra de sangue deve ser encaminhado refrigerada ou congelada, dependendo da 
situação. Quando não estiver congelado, o tempo limite para chegar no laboratório é de 
24h, se for congelado tem até 48h após sair do congelamento para chegar no laboratório. A 
refrigeração deve ser feita entre 2 e 8 graus Celcius. 
 
Órgãos 
Pode-se colher traquéia, pulmão, orofaringe, coração, fígado, baço, rins, bolsa cloacal, 
cérebro, cerebelo, nervo ciático e seus plexos, proventrículo, moela, pâncreas, tonsilas 
cecais, duodeno, jejuno, íleo, ceco. 
Os exames utilizados com esse órgãos são: 
● Exame microbiológico para detectar bactéria ou fungos e nesse caso encaminha 
sem o preservante para desenvolver o crescimento do microorganismo. 
● Isolamento viral em cultura de célula e/ou biologia molecular (PCR) para doenças 
específicas 
● Histopatologia 
No exame microbiológico e no viral vai ter um diagnóstico conclusivo, dizendo qual o vírus, 
bactéria ou fungos. Já a histopatologia normalmente é um teste para avaliar tipo de 
alteração, por isso, as vezes tem que realizar o histopatologico associado com o 
bacteriológico, micológico ou PCR. Como o histopatologico trabalha com corte tecidual tem 
que ser enviado com preservante (normalmente formol 10%). 
Normalmente no microbiológico faz a coleta do órgão inteiro, é colocado dentro da 
embalagem e mantém sobre refrigeração entre 2 e 8 graus e deve ser encaminhado em até 
24h. Se for realizado o isolamento viral pode congelar a amostra e o prazo para envio é de 
24h. 
Órgãos que têm material contaminante (como intestino) devem ser fechados com linha de 
sutura ou barbante para que o material interno não tenha contato com o meio preservante e 
não tenha contaminação. 
O histopatologico trabalha com fragmentos, normalmente a espessura máxima é de 3 cm, 
num fragmento maior não consegue atingir o poder de preservação no meio do fragmento e 
pode ter alterações que começa de dentro pra fora. Com exceção da bolsa cloacal que vai 
inteira preservada dentro do frasco com formol. 
● A traqueia deve ser enviada sem abrir 
● O intestino pode fazer um fragmento de até 5 cm sem abrir a alça intestinal. 
● Pulmão, baço e medula devem ser enviados dentro do formol e coberto com gaze ou 
algodão embebidos para permitir a manutenção do contato do forno com todo o 
órgão, evitando que o mesmo flutue 
Meios de transporte: 
● Microbiológico: vai depender do patógenos, existem meios que são seletivos para 
que apenas o microorganismo desejado consiga crescernesse meio. 
● Isolamento viral: usa um meio específico para o isolamento, assim como para 
biologia molecular 
● Histopatologia: formol a 10% 
Recipiente 
● Microbiológico e isolamento viral: frasco coletor esteril ou tubos tipo Falcon 
● Frasco coletor para histopatologia embalado 
Tempo crítico para chegada ao laboratório; 
● Microbiológico: Até 24 horas;, pois só pode ser refrigerado 
● Isolamento Viral e Biologia Molecular: pode congelar o material, podendo ser 
enviado em até 48 horas após descongelamento. 
● Histopatologia: a amostra nunca deve ser congelada, pois já perde toda a 
característica da amostra. Deve ser enviado o mais rápido possível. 
 
Articulações 
Para Salmonella faz análise com articulação. Coleta-se a perna inteira da ave com o pé e o 
material é colocado em embalagem plástica estéril e enviada para o laboratório. 
O transporte é feita refrigerada, obedecendo 24h, porque o procedimento realizado é 
bacteriológico. 
 
Barbela/cabeça inchada 
Coletar a cabeça e o pescoço inteiros, sem abrir e colocar na embalagem plástica estéril. 
Como também é para avaliar desenvolvimento bacteriano coloca-se em refrigeração 
devendo ser encaminhado por até 24h até o laboratório. 
 
Aves mortas 
Por vezes, pode não realizar a necropsia e encaminhar a ave mostra para fazer a necrópsia 
no laboratório. As aves devem ser encaminhadas sob refrigeração. Normalmente 
trabalha-se com limite mínimo de 5 aves e dessas 5 deve ser enviadas as aves mortas e 
aves que estejam no processo de evolução da doença (quebrando prostração). 
Se o procedimento a ser feito for exclusivamente bacteriológico, a ave deve ser refrigerada 
e o prazo de envio é de até 24h. 
Se for caso de fazer biologia molecular o material pode ser congelado, podendo ser enviado 
por até 48h. 
Se for o caso de fazer histopatologia, pode refrigerar a ave. 
 
Aves vivas 
Podem ser realizados os mesmos exames nestas aves, elas equivalem ao procedimento 
anterior das aves que estão no processo de evolução da doença e são realizados os 
mesmos procedimentos. Como a ave está viva só deve ser respeitado o tipo de transporte 
para que a ave não sofra estresse, que poderia máscara o diagnóstico. 
 
Suabe de traqueia/fenda palatina 
Usa-se um suabe por ave e normalmente esse suave vem em embalagens com tubo 
coletor. Depois de utilizado o suabe, como tem o contaminante da mão, quando vai colocar 
no frasco, corta o suabe e deixa só a parte que foi utilizada para coleta. 
Quase sempre o meio que vem no tubo coletor é um meio seletivo próprio para o 
crescimento do microorganismo desejado. 
Para fazer isolamento viral, tem que ter no mínimo 30 suabes para realizar o procedimento 
e para a biologia molecular tem o limite mínimo de 20 suabes. 
Se for feito para exame bacteriológico deve ser feito o transporte refrigerado e se for um 
para biologia molecular ou isolamento viral, pode conversar; respeitando os respectivos 
tempos de transporte. 
Cuidados: 
● Quantidade de suabes por lote 
● Normalmente usado para teste de Mycoplasma, então não pode ser utilizado 
qualquer tipo de meio. 
● Os suabes não podem ser expostos a luz solar ou em temperaturas elevadas 
● No caso de suspeita de doenças respiratórias informar no formulário de pedido de 
exames condições do aviário (ambiência) e do ar, para auxiliar na interpretação dos 
resultados. 
 
Suabe de cloaca 
Normalmente utilizado para Gumboro e para identificar se tem contaminação com 
Salmonella. O procedimento realizado é o mesmo. 
● Exames bacteriológicos (Salmonella); Refrigerada 
● PCR e demais técnicas de biologia molecular; Refrigerada ou Congelada 
● Isolamento viral; Refrigerada ou Congelada 
● ELISA para leucose aviária. Refrigerada ou Congelada 
Meio: 
● Exames bacteriológicos: Água peptonada tamponada esterilizada; 
● Biologia Molecular: Meio de transporte para PCR 
● Isolamento viral: Solução salina adicionada de soluções antimicrobianas que impede 
o crescimento de bactérias e fungos 
 
Suabe de arrasto 
Normalmente utilizado para exames bacteriológicos. Usa-se um suabe de arrasto por 
galpão e quando técnica o procedimento coloca numa bolsa de amostra ou em um frasco e 
encaminha para o laboratório. 
Como é feito para testes bacteriológicos, vai usar a refrigeração, não podendo congelar. 
Tanto no suabe como no propé, o procedimento pode ser realizado das seguintes formas: 
 
a) aves de engorda 
b) aves de postura 
Isso normalmente é feito após o período de vazio, antes de entrar um novo lote para ver se 
o galpão foi bem higienizado. Pode ser feito nas caixas de transporte quando chegam os 
pintinhos de 1 dia, passando o suabe por toda a superfície interna da caixa e encaminha 
numa sacola plástica estéril para o laboratório. 
Pode utilizar também o fundo da caixa: usando luvas descartáveis, dobrar o fundo das 
caixas, de modo que o lado sujo com fezes fique para dentro, e colocá-lo depois em 
recipiente adequado. 
Meio: 
● Suabes: Água peptonada tamponada esterilizada. 
● Fundo de caixa: nenhum. 
Recipiente: 
● Suabes: Bolsa de amostra ou frasco estéril; b) Fundo de caixa: Sacos plásticos 
resistentes e limpos. 
Temperatura da amostra para transporte: 
● Suabes: Refrigerados (+ 2°C a + 8°C); 
● Fundo de caixa: Refrigerado (+ 2°C a + 8°C) ou Temperatura ambiente. 
Tempo crítico para chegada ao laboratório: Até 24 horas. 
Exames: Bacteriológico e Micológico. 
 
Fezes 
Coleta de fezes de todo o aviário usando uma espátula e recolhe o material colocando no 
frasco coletor e leva para o laboratório. 
O material deve ser envolvido por uma sacola plástica ou uma bolsa de transporte e 
encaminhada para o laboratório. 
Se for realizar teste parasitológico, o material pode ser refrigerado e o prazo de chegada no 
laboratório é de até 24h. 
O primeiro material fecal dos pintinhos normalmente é feito utilizando o material do 
incubatório, fazendo exame do fundo ou pode coletar o próprio mecônio para a análise. 
Normalmente é feito para análise de Salmonella. 
As fezes são refrigeradas e o mecônio pode ser refrigerado ou congelado. 
 
Ovos bicados/ferteis 
Normalmente colhe os ovos e encaminha uma parte desses ovos para fazer diagnóstico. 
Normalmente os exames realizados são bacteriológicos, pois a infertilidade pode estar 
relacionada a infecção bacteriana; algumas aves conseguem fazer postura, mas durante o 
processo de incubação pode acontecer uma contaminação na casca do ovo. 
Normalmente não são enviados em meios, são embalados em sacos plásticos estéreis e 
mantidos sobre refrigeração se for fazer exame de ovos bicados. E se for fazer exame de 
ovos férteis, normalmente congela para fazer exame do embrião. 
 
Penugem 
Alguns vírus como da doença de Newcastle, o vírus vai desenvolvendo em alguns sistemas 
e o último sistema que ele se desenvolve é no folículo penoso. Então pode-se tirar a pena 
da ave e ver se ela está infectada. Às vezes a ave não tem sintomatologia nenhuma, mas é 
reservatório e o vírus sai pela pena, se dispersando. 
As penas são colhidas e mantidas em embalagens estéreis. Ao trabalhar com pena, 
trabalha com peso; sendo enviado no mínimo 25g por lote de exame, mas 
aproximadamente se manda 100g. 
A amostra é mantida refrigerada, devendo chegar ao laboratório em até 24h. 
Pode ser usado para teste bacteriológico ou para PCR. 
 
Poeira 
Onde colher: Instalações como aviário, fábrica de rações e incubatório para avaliar 
presença de fungo e bactérias. 
Como colher: Usando luvas descartáveis e com auxílio de uma espátula estéril, gaze ou 
lenços umedecidos. Coloca numa embalagem plástica estéril. 
Quantidade: Coletar 10 pontos equidistantes de pó aviário da área (aproximadamente 25 g) 
Temperatura da amostra para transporte: Refrigerada — principalmente quando vai fazer o 
teste para Salmonella. 
Tempo crítico para chegada ao laboratório: Até 24 horas 
Exames: Microbiológico (ênfase em bacteriológico para Salmonella) 
 
Placas​ ​de exposição 
Onde colher: Incubatório 
Como colher:De preferência manipular a placa de exposição comluvas. Abrir a placa de 
cultivo no ambiente que se deseja testar por 10 minutos. Fechar a placa e enviar ao 
laboratório refrigerada 
Quantidade: Mínimo de um conjunto de placa por ambiente. 
Temperatura da amostra para transporte: Refrigerada (+2°C a +8°C); 
Tempo crítico para chegada ao laboratório: Até 24 horas 
Exames: 
Avaliação de contaminação ambiental: Microbiológico (bacteriológico e/ ou micrológico. 
Contagem de microorganismos e caracterização). Em algumas situações tem um protocolo 
aceitável de número de partículas de microorganismos encontrados no meio, se tiver mais 
do que o aceitável, significa que a desinfecção do local foi mal feita. 
 
Desinfetantes 
Onde colher: Incubatório/ Granja 
Exames: Teste de eficiência de desinfetantes a serem utilizados nas granjas 
Quantidade: Um frasco lacrado. 
NOTA: Enviar junto com o desinfetante a ser avaliado sua bula ou recomendações do 
fabricante quanto a diluição a ser usada, partida, data de validade. Temperatura da amostra 
para transporte: Ambiente 
 
Água 
Normalmente coleta-se no mínimo 100 ml de água de dentro do reservatório, podendo 
também ser do bebedouro, mas normalmente faz os dois juntos porque a contaminação do 
bebedouro seja uma contaminação do próprio meio e não do reservatório — quando o 
bebedouro é do suspenso. 
Para fazer diagnóstico bacteriológico precisa refrigerar. Para outras análises que não de 
microorganismos, como para avaliar concentração de cloro, mantém em temperatura 
ambiente. 
Uma concentração elevada de cloro pode configurar patologia para a ave. Isso pode 
influenciar também no açúcar adicionado para quando as aves estão chegando. 
 
Cama 
A cama recolhida para limpeza no vazio só pode ser reaproveitada depois de ser feito esse 
exame. 
A amostra deve ser refrigerada para exame bacteriológico. 
 
Ração 
Normalmente para investigar a presença de micotoxinas. O alimento fica reservado no silo 
que é um ambiente fechado, isso permite a proliferação de fungos. Então corriqueiramente 
deve ser feita a análise. 
É avaliado o saco quando chega e o que fica armazenado. 
Deverão ser coletadas amostras de até 20 sacos, ou de 20% do total de sacos de ração, 
misturados em um saco plástico. Deverão ser enviados 500 g e guardar outros 500 g para a 
contra-prova. 
Deve ser armazenado em temperatura ambiente e enviado por até 24h. 
 
Diluentes de vacinas 
A vacina às vezes precisa ser diluída. O frasco de diluente normalmente fica dentro da 
geladeira e se não tiver cuidado, a geladeira pode ser utilizada para outras coisas, podendo 
ter uma contaminação cruzada. Um diluente não estéril influência na respiração vacinal da 
ave, por isso é importante realizar esse procedimento de forma corriqueira. 
A amostra deve ser refrigerada. 
 
Parasitológico 
É feita a coleta de fezes de aves vivas ou coleta de material intestinal quando faz necropsia, 
fazendo raspagem do conteúdo intestinal. O material é examinado para ver se tem 
presença de ovos liberados. 
O material coletado deve ser armazenado em frasco ou saco limpos. 
Deve ser colhido aproximadamente 25g de fezes frescas de pelo menos 10 pontos do 
galpão. 
Além da amostra fecal pode recolher a cama e no laboratório a cama é lavada no 
laboratório e faz o exame da amostra da limpeza da cama. 
Normalmente mantém refrigerada respeitando o limite de 24h para chegar no laboratório. 
 
 
 Vacinação de aves 
A vacina é uma prevenção específica, cada vacina tem proteção específica para cada 
patógeno. A vacinação é uma medida preventiva e não curativa. 
Quando se realiza o protocolo de vacinação dentro da granja tem em vista evitar a 
circulação do patógeno. Pensa-se individualmente na proteção do animal, mas vai pensar 
coletivamente em interromper a circulação do agente. Quanto mais controle de tem sobre 
isso, mais se afasta o agente da localidade a ponto de conseguir erradicar aquele patógeno. 
O objetivo de vacinar um animal de produção é inibir a circulação de patógenos nesses 
animais e promover a imunização da ave contra os diferentes patógenos. O animal é usado 
para impedir a circulação do agente — biosseguridade. 
As vacinas são aplicadas dentro e de um protocolo chamado programa de vacinação e esse 
próstata de vacinação respeita o tipo de criação que tem porque, por exemplo, na avicultura 
de corte, tem um período muito curto de vida do animal, portanto ele é vacinação para 
alguma das enfermidades e não para todas; basicamente a vacinação deles é feita no 
primeiro dia de vida do animal; algumas vacinas existem reforço, mas no momento do 
reforço o animal está sendo abatido. 
Dentro da avicultura de postura algumas doenças são muito preconizados a vacinação, não 
pelo aspecto de doença, mas por interferir no processo de produção do ovo. No matrizeiro 
também devem ser dadas essas vacinas. Ex: 
● Bronquite infecciosa: doença infecciosa que acomete o trato reprodutor e interfere 
na produção de ovos do animal. Portanto, quando vacina o animal, está garantindo 
que ele vai conseguir produzir ovos de forma constante e de qualidade, então 
obrigatoriamente essa vacina deve ser dada 
● Doença de Newboro: lesão na bolsa cloacal, reduzindo a produção de ovos e pode 
configurar risco para a postura. 
O volume da criação também é levado em consideração, pois se tem muito animais, as 
vacinas massais são mais utilizadas porque vai diminuir custo. Quando tem um número 
menor de galinhas vai fazer a vacinação individual. 
Aves criadas de maneira confinada, não tem contato com o ambiente externo, portanto, não 
se vacina para todas as doenças. Aves criadas de forma extensiva (tem acesso a pasto), 
precisam de um reforço na vacinação, pois vão se expor mais ao patógeno fazendo o 
processo de ciscar. 
Existem programas vacinais que são padrões criados para sanidade e os emergenciais que 
são utilizados quando tem a ocorrência de um patógeno que não estava previsto naquele 
local. 
Existem regiões com tipos de circulação de patógenos diferentes de outras, então as 
vacinas são diferentes. 
As vacinas podem ser administrada sob forma sintetizada, onde pega uma fração do 
antígeno e prepara isso para aplicar no animal e existem situações em que faz o 
fornecimento do próprio microorganismo; isso deve ser feito sob controle para não fazer a 
disseminação do agente. 
Escolha da vacina 
● Todas as vacinas devem ser licenciadas pelo ministério da agricultura pecuária e 
abastecimento. 
● Elas devem proteger o plantel e o animal, inibindo a circulação do agente no plantes. 
● Deve atender as recomendações estabelecidas pelo Serviço Oficial de Sanidade 
Animal de cada estado 
● Ser administrada de forma compatível com as condições de criação da granja; 
respeitando o número de animais, o tipo de criação 
● Obedecer sempre a apresentação da vacina a ser administrada, se é por via massal 
ou via individual. 
 
Doenças prevenidas por vacinação 
● Doença de Marek; 
● Doença de Gumboro; 
● Varíola aviária; 
● Bronquite Infecciosa das Galinhas; 
● Doença de Newcastle; 
● Coccidiose 
Apresentação das vacinas 
Vacinas replicativas 
São vacinas que se comportam como o vírus, bactéria ou protozoário, em infecções 
naturais, contendo estes microrganismos e habilitando-os para a replicação do agente no 
hospedeiro. 
Estas possuem diversas apresentações podendo ser: vírus patogênico; vírus heterólogos; 
vírus atenuado. 
 
Vacinas não replicativas 
Não contém o agente viável, sendo compostas por partículas víricas integras. 
 É importante que elas mantenham antigenicidade semelhante aos organismos vivos, ou 
seja, inertes e sem capacidade replicativa. 
Estas não oferecem a possibilidade de reversão à virulência e possuem estabilidade 
térmica, podendo ser consideradas mais seguras, entretanto não resultam em amplificação 
do antígeno, o que torna sua efetividade inferior à vacina replicativa. 
 
Cuidados gerais 
● Planejar a vacinação com antecedência e respeitar o cronograma; 
● Transportar as vacinas sob refrigeração (2-8 graus Celsius); 
● Observar o prazode validade, o manejo da diluição, via de administração e 
conservação; 
● Abrigo de luz e calor; 
● Vacinar apenas aves sãs e evitar o estresse das mesmas; 
● Não armazenar a vacina após os frascos terem sido abertos; 
● Após a vacinação proceder a destruição adequada do frasco (incineração); 
● Observar período de carência; 
● Ficha de acompanhamento técnico. 
 
Vias de administração da vacina 
 
Vacinação massal 
Consegue vacinar um número expressivo de animais com um único método. 
● Vantagem: 
○ Consegue vacinar um número maior de animais 
○ Não precisa fazer a apanha do animal, o que ocasionaria um estresse que 
pode condicionar um falha na resposta vacinal 
● Desvantagem: 
○ Necessidade de fazer jejum hídrico, pois se não fizer, o animal não vai 
consumir o volume de água necessário para de imunizar 
○ Diluição: o funcionário falha ao diluir a vacina e a vacina não tem o efeito 
esperado 
○ Higienização dos bebedouros: resíduos de substâncias químicas que utiliza 
para a higienização, como cloro, pode interferir na estabilidade da vacina, o 
animal vai consumir a vacina e não vai estar protegido 
○ Se estiver muito quente a água pode evaporar, por isso, normalmente se faz 
no início da manhã 
○ Dependendo do teor de nutrientes da reação, alguns deles podiam mais 
rápido e podem interferir na qualidade da vacina. 
○ Pulverização incorreta pode ocasionar a vacinação incorreta do animal. Por 
isso, normalmente é utilizado para pintinhos de um dia, colocando ele dentro 
da caixa e pulverizando ou quando o animal sai da incubadora e passa pela 
estreia tem um pulverizador que vai realizando a vacinação. 
○ Não se pode garantir que todos os animais foram um imunizados 
 
Vacina via oral 
Normalmente estimula-se os órgãos linfoides intestinais e o fígado. 
● Água: 
○ Vantagens: 
■ econômico 
■ prático 
■ rápido 
■ pouco estressante para as aves 
■ permite boa disseminação horizontal do vírus vacinal. 
○ Desvantagens: 
■ os problemas causados pela má qualidade da água, 
■ o estresse ocasionado pelo jejum hídrico, 
■ vacinação incompleta do lote 
■ doses não uniformes 
● Alimento: Usada especialmente em algumas vacinas contra coccidioses. É realizada 
a pulverização da vacina sobre o alimento que será consumido em 24 horas. 
 
Vacinação por aspersão 
Quando realizada na idade correta e com as vacinas adequadas é um método de vacinação 
em massa que promove o estímulo das mucosas conjuntivais, a sensibilização da glândula 
de Harder (glândula que fica na órbita ocular, e ao usar a vacina por via ocular estimula 
essa glândula a produzir células da imunidade) e distribui o antígeno vacinal na cavidade 
nasal e nas passagens do trato respiratório e parte da cavidade oral. Pode ser realizada no 
incubatório com pintinhos de 1 dia no campo 
No caso de doenças respiratórias, a glândula de Hander é a primeira a fazer uma resposta. 
 
Vacinação individual 
● Desvantagem: 
○ O estresse gerado no animal pela apanha gera uma possibilidade de não 
responder adequadamente à vacina 
● Vantagem 
○ Como as vacinas são acompanhados por um marcador, consegue identificar 
o animal que recebeu vacina e permite acompanhar de ele teve uma boa 
resposta 
Vacinação via ocular e nasal 
● Vantagens: certeza de que todas as aves foram vacinadas e também a produção de 
uma imunidade rápida e uniforme; 
● Desvantagens: o estresse das aves e da grande quantidade de funcionários 
demandados para esta atividade; 
Obs: Recomenda-se a vacinação das aves pela manhã para evitar o seu estresse calórico. 
 
Vacinação via membrana da asa 
A vacina é aplicada perfurando a face interna da membrana da asa, podendo a agulha ser 
única ou dupla, ou então um estilete específico. 
O vacinador é submergido na solução vacinal e assim após a contenção da ave, perfura-se 
a membrana da asa se atentando para não perfurar o músculo da região 
Quando a vacina começa a reagir, produz uma resposta inflamatória. Isso é importante, pois 
significa que a ave foi imunizada. 
 
Vacinação via injeção 
Pode ser subcutânea ou intramuscular e sua recomendação é para vacinas vivas ou 
inativada; 
Normalmente a vacina subcutânea é realizada nos primeiros dias das aves e já a 
intramuscular preferencialmente em matrizes. 
Como está fazendo subcutânea, tem um número de vacinações por agulha. Se a agulha 
começa a perder o bisel também tem que trocar a agulha. 
Preferencialmente é feita no primeiro dia de vida, pois vai ter um maior número de células 
para responder a vacina; além disso é mais fácil vacinar os animais na incubadora. 
 
 
Vacinação in ovo 
Vacinação de toda a bandeja de incubação ao mesmo tempo. Método bastante eficiente, 
utilizado nos matrizeiros. O pintinho já nasce imunizado 
A vacina é realizada via membrana do ovo 
Os benefícios da tecnologia in-ovo são: 
● indução de resposta imune precoce; 
● redução da resposta estressante associada à vacinação pós-eclosão; 
● precisão da inoculação e contaminação reduzida devido à desinfecção automatizada 
das agulhas entre as inoculações 
● redução no estresse e lesões por esforço repetitivo dos funcionários utilizados 
durante a vacinação. 
Desvantagens: 
● Como contra se tem um alto investimento demandado. 
 
 
 
 
 
Sistema imunológico das aves 
O sistema imunológico tem uma resposta bastante parecida e com as mesmas funções das 
demais espécies domésticas. 
Os microorganismo têm uma necessidade, às vezes, de se desenvolver dentro do corpo de 
um indivíduo, então basicamente eles acessam o corpo pela pele, pela boca, pelo olho, 
pelas narinas. Como todo corpo estranho, quando ele começa a ser instalar e se reproduzir 
no organismo, a tendência natural é que as células façam essa primeira linha de defesa. 
Então essas células inespecíficas começam a agir; mas se elas não conseguem parar a 
invasão, um outro sistema é ativado para tentar controlar de forma mais efetiva aquele tipo 
de agressão. 
Portanto, a principal função do sistema imunológico é reconhecer essa agressão, seja essa 
agressão imposta de maneira física, química ou biologia; e posteriormente atuar no 
mecanismo de defesa com uma linguagem mais imediata (inespecífica) e uma segunda 
linhagem mais específica. 
Dessa maneira, existem dois tipos de imunidade no corpo de uma ave: 
● Imunidade inata: parte mais inespecífica 
● Imunidade adquirida: tem um espetinho mais específico de acordo com o agente 
causador do impacto sobre o corpo do animal 
 
A imunidade inata é condicionada por um conjunto de células que formam as primeiras 
barreiras de acesso de um agente causador de injúrias; essas células estão presentes na 
pele, nas mucosas, na estrutura digestiva, etc. Elas atuam imediatamente a uma ação de 
um agravo e tendem a minimizar o impacto produzido por esse tipo de agente e a sua 
multiplicação. 
Se essa imunidade não seja suficientemente capaz de controlar essa agressão, ela ativa o 
sistema de imunidade adquirida. 
A imunidade adquirida pode se manifestar de duas maneiras: 
● Linfócitos B que produzem anticorpos: sistema sensibilizado pela vacina. 
● As células de defesa (linfócitos T) começam a agir contra a célula que está 
infectada. 
A imunidade inata é sempre a primeira linha de defesa e essas células estão sempre 
presentes em barreiras físicas e químicas, são elas: células fagocitarias, células natural 
killer, células dendríticas, proteínas do sangue. Essa defesa é inespecífica, então ela vai 
agir de acordo com a entrada de um agente agressor, independente da ação de algum 
imunógeno. Ela é observada se tiver um vírus atingindo a pele de uma ave, se um ácaro 
causador de sarna estiver se alojando no corpo dessa ave, se a ave receber uma lesão 
traumática por qualquer motivo. 
As aves possuem um grupo celular que não está presente nas outras células, que são os 
heterófilos e essas células são muito importantes no mecanismo de fagocitose dos agentes 
patogênicos. Esse tipo de célula produz uma resposta do tipo caseosa. Esses heterófilos 
também pode ativara imunidade adquirida. 
A imunidade adquirida tem o objetivo de: 
● Reconhecer e eliminar seletivamente molécula e microorganismo estranhos que 
sejam específicos, pois já houve um reconhecimento por parte da imunidade inata, 
que não conseguiu distruir esse microorganismo e agora essa imunidade adquirida 
vai ter que tentar destruir; 
● Produzir uma especificidade antigênica através da produção de uma memória 
imunológica que vai deixar o organismo em alerta para que uma vez que aconteça o 
contato com aqueles agente específicos, ele seja capaz de reconhecer rapidamente 
e destruir, isso é importante, principalmente, para digerir o que é próprio do 
organismo e o que não é. 
● Os mecanismos de defesa são tanto de caráter humoral (linfócitos B), como de 
caráter celular (linfócitos T) que é o sistema de destruição. 
 
 
A imunidade adaptativa pode ser adquirida de forma passiva ou de forma ativa: 
● Passiva: transferência de anticorpos de uma ave já imunidade para outra 
● Ativa: resposta do hospedeiro ao agente que ela teve contato diretamente 
Componentes do sistema imune das aves: 
● Órgãos linfoides: produtores dos linfócitos 
● Órgãos não linfoides: produzem as células não específicas 
 
A formação das células linfoides podem ser do tipo: 
● Primário como é o caso da Bursa de Fabricius, do Timo e a medula óssea (assim 
como nas outras espécies animais, existe uma diminuição do tamanho do timo com 
a evolução do crescimento da ave, sendo a produção de linfócitos substituído por 
outros tecidos linfoides). 
○ Timo: produtor de linfócitos T 
○ Bursa de Fabricius: produtora de linfócitos B 
○ Medula óssea: produtora dos dois linfócitos 
● Sistema imune secundário produtor de linfócitos: é o caso da glândula de Hander 
(que fica perto do olho, por isso, em muitos casos a ave é vacinada por via ocular), 
baço, tonsilas esofágicas, tonsilas pilóricas, tonsilas cecais, placas de Peyer, 
divertículo de Meckel e os tecidos linfoides associados as mucosas. 
Tipos de células 
Células agranulocíticas 
Não conseguem fazer a liberação de grânulos no momento da defesa. 
São eles: 
● Linfócitos 
○ Pequenos 
■ Linfócitos B: grupo produtor da imunoglobulinas, responsáveis pela 
imunidade humoral 
■ Linfócitos T: podem se diferenciar em dois tipos celulares 
● Linfócitos T auxiliares: estimula o processo de 
desenvolvimento dos linfócitos B, aumentando a produção de 
anticorpos e estimula mais células de defesa para que 
cheguem no local onde os microorganismos estão se 
desenvolvendo através de citocinas. 
● Linfócitos T citotóxicos: são ativados pelas células infectadas, 
se multiplica e agr como uma célula para destruir a célula que 
está infectada 
○ Grandes 
■ Células NK: também tem a capacidade de fazer a lise de células 
infectadas e tem um efeito citotóxico e ele depende da produção de 
anticorpos para que tenha uma ação mais efetiva. Ela não é um 
linfócitos T, porque é uma célula muito grande e não foi produzida 
nem pelo Timo e nem pela Bursa; no entanto, ela tem uma ação 
como a do linfócito T, mas o linfócito T tem dois grupos diferentes, 
enquanto a natural Killer não faz isso, mas essa ação só acontece 
depois que tem uma produção humoral, diferente dos linfócitos T 
● Macrófagos: células importantes no processo de fagocitose. Eles se distribuem nos 
fluidos corporais, nos órgãos, nas cavidades, etc. São eles que fazem a 
apresentação do antígeno, sendo um regulador muito importante. Libera substâncias 
importantes (interleucinas) para a comunicação celular. 
● Monócitos 
● Trombócitos: também possuem atividade fagocitose intensa, tendo também uma 
estrutura interna composta de lisossomas, sendo capazes de produzir a lise dos 
microorganismo no seu interior 
Na ave observa-se a formação de dois tipos de imunoglobulinas: 
● IgA 
● IgM 
● IgY 
Os linfócitos T precisam de uma célula apresentadora de antígeno (células inespecíficas) 
que apresentam o antígeno para as células T para que comecem a agir. Além disso, 
precisam de um receptor chamado MHC estejam presentes nessas células; no caso das 
aves, os tipos de MHC envolvidos são: 
● B-F: é o MHC de classe 1 e é responsável por fazer o feedback das respostas da 
célula T, porque a célula T precisa ter um reconhecimento do que é próprio e do que 
não é próprio para que ela não comece a destruir o que é próprio. 
● B-L: é o MHC de classe 2 e é responsável por fazer o reconhecimento antigênico, 
estimulando a multiplicação da células T auxiliares 
● B-G 
Os linfócitos T são responsáveis por apresentarem receptores específicos (alfa, beta, ypsilo 
e gama) e por produzir CD4 e CD8 que são marcadores celulares. Dependendo do tipo de 
receptor, a célula T pode ser: 
● CD4+ (receptores alfa/beta): vai produzir as citocinas (substâncias que fazem 
regulação do sistema imune para que a célula de defesa não comece a agredir as 
próprias células) 
● CD8+ (receptores alfa/beta): função de citotoxidade, de lise celular 
As células NK fazem a lise de células infectadas, podendo fazer um conjunto bastante 
expressivo de células, no entanto, são dependentes da produção de anticorpos. Além disso, 
elas impedem a replicação viral em conjunto com os interferons. 
Células granulocíticas 
Liberam substâncias que são responsáveis por tentar destruir a ação do patógeno. 
● Heterófilos: equivalente aos neutrófilos para os mamíferos, sendo muito importante 
para as aves, por serem células alentadoras de antígeno para os linfócitos T. Podem 
fagocitar e destruir o microorganismo mesmo antes da resposta pelo linfócito T ou B. 
● Eosinófilos: geralmente estão presentes na pele em grande quantidade e estão 
sempre aumentados em casos de dermatite. 
● Basófilos: tem ação semelhante a dos mastócitos, liberando substâncias mediadoras 
e assumem o papel que os eosinófilos têm nos mamíferos — chegam no local onde 
tem uma infecção parasitária e liberam as substâncias mediadoras que aumentam a 
concentração de células de defesa para conseguir bloquear a ação parasitária. 
● Mastócitos 
 
Mecanismos da resposta imune 
Imediatamente ao contato de um agente causador de uma injúria com o organismo do 
hospedeiro, vai acontecer a migração dos heterófilos para essa região para começar o 
processo de defesa inespecífica. Se os heterófilos não conseguirem adequadamente inibir a 
invasão, eles fazem um estímulo para a chegada dos macrófagos. Os macrófagos vão 
ajudar na fagocitose e vão começar a produzir citocinas (interleucinas e interferons) que vão 
estimular a produção do maior número de células. 
A imunidade adquirida acontece a longo prazo. Se inicia a produção de anticorpos ou o 
estímulo das células apresentadoras de antígeno ativando os linfócitos T que vão sofrer um 
processo de multiplicação, ocorrendo diferenciação entre os linfócitos T citotóxicos (TCD8) 
e os linfócitos T auxiliares. 
Fatores que interferem no sistema imune 
● Incubação mal feita: ocorre uma diminuição do timo e da bursa, logo, os linfócitos 
não são bem produzidos. A incubação mal feita pode ser por: 
○ Temperatura 
○ Ventilação 
○ Hidratação 
○ Uso não adequado de formaldeído na lavagem dos ovos antes da incubação 
● Estresse térmico: faz com que o animal tenha estímulo da produção de células 
inflamatórias 
 
 
 
Parasitose em aves 
Quem do ponto de vista direto pelos prejuízos que o parasito causa na ave, o estudo das 
parasitose também tem importância do ponto de vista indireto, em relação às parasitoses 
existem alguns problemas, como por exemplo: boa parte dos parasitas que se desenvolvem 
no trato digestivo da ave acabam desenvolvendo uma abertura entre a luz do intestino e a 
parede intestinal; muitos microorganismos acabam aproveitando essa facilidade, podendo 
estabelecer uma bacteriose de caráter septicêmico. Portanto, controlar parasito significa 
que se controla a abertura de porta de entrada para outros microorganismos. 
Além disso, a importância do estudo das parasitoses se faz em decorrência da necessidade 
do uso de medicamentos; às vezesesses produtos são administrados nas aves de forma 
inadvertida e alguns deles interferem na produção porque o alimento pode não ser mais 
consumido enquanto o produto estiver com resíduos do produto, então isso acaba 
restringindo muito o mercado de consumo desses alimentos. 
Principais parasitoses 
● Helmintoses: produzidas por helmintos da classe trematoda, cestoda e nematoda 
● Artropodidoses: produzidas por ectoparasitos 
● Protozooses: produzidas por protozoários 
 
Helmintoses 
Nematodioses 
O ciclo pode acontecer: 
● De forma direta: com a ingestão direta do ovo pelo hospedeiro 
● De forma indireta: com a participação de outros agentes no mecanismo de 
transmissão 
 
Ascaridiose 
Muito frequente em galinhas criadas em sistemas semi-intensivos ou extensivo, que 
costumam ter acesso à pasto. Essa é uma prática muito comum na criação hoje em dia pelo 
ponto de vista do bem estar animal, onde a ave pode ciscar, ingerir pedras, areia — que 
facilitam no processo digestivo — e alguns artrópodes que servem de reserva de energia 
para elas. No entanto, isso dificulta no ponto de vista de sanidade, dificultando o controle 
das helmintoses. 
A Ascaridiose é causada pelo Ascaridia galli que é um verme redondo de grande porte que 
tem a localização a nível de intestino delgado das aves e adiantar algumas situações 
específicas, como a possibilidade da larva produzir uma lesão a nível de mucosa intestinal. 
Essa lesão ocorre porque em determinadas circunstâncias, quando a larva chega no 
intestino depois da ingestão do ovo, ela passa por um processo de quiescência, podendo se 
alojar dentro de nódulos na parede intestinal aguardando um momento mais efetivo para ela 
dar continuidade ao ciclo; depois que ela sai do nódulo, o nódulo tende a formar um tecido 
cicatricial e esse tecido perde um pouco da função e isso acaba sendo prejudicial. 
Quando essas larvas entram na parede do intestino, formando esse nódulo, elas podem 
acabar carreando junto com ela bactérias que estão na luz do intestino, podendo falar uma 
infecção secundária. 
Portanto, como processo patogênico observa-se: 
● Formação de nódulos na parede pelas larvas. A forma adulta é exclusiva de parede 
do intestino, elas se prendem na mucosa pela boca; portanto, elas não formam 
nódulos. 
● A forma adulta pode produzir quadro de diarreia porque como ficam fixos na parede, 
eles podem aumentar a frequência do peristaltismo. 
● Uma anemia pode ser causada por conta das lesões a nível de mucosa intestinal, 
não havendo uma absorção por essa parte lesionada. 
● Quadro de obstrução condicionado pela presença da forma adulta, pois são 
parasitos de grande porte. Essa obstrução pode causar um processo de ruptura 
intestinal, levando à morte da ave. 
Para que a infecção aconteça, precisa de aves que sejam portadoras da forma adulta. 
Essas aves vão liberar ovos simples para o ambiente, que vai sofrer processo de 
embriogênese. Uma outra ave vai ser infectar através da ingestão do ovo larvado. 
A infecção pode sofrer também através da ingestão de um hospedeiro paratênico (artrópode 
ou animal invertebrado) com o ovo larvado no seu interior. 
Dentro dessas criações o produtor costuma usar os dejetos das aves como fertilizante e um 
dos principais invertebrados que auxilia no processo de fertilização do solo são as 
minhocas, que conseguem transformar essa matéria orgânica em uma matéria proteica, rica 
em nitrogênio, que deixa a terra mais fértil; exatamente quando ele ingere a matéria 
orgânica para transformá-la em um material proteico, ela acaba entrando em contato com o 
ovo larvado. Quando a ave está ciscando, ela acaba capturando essa minhoca e se 
infectando. 
 
Heteraquiose 
Causada pelo Heterakis gallinarium. 
Além deste helminto ser considerado um verme de importância médica veterinária na 
criação, ele é também um vetor biológico do Histomonas que é um protozoário, então 
quando a ave se infecta por Heterakis, ela pode se infectar também pode Histomonas. 
O ciclo biológico também envolve animais infectados que eliminem pelo material fecal os 
ovos do parasito. 
O animal infectado elimina ovos, esses ovos têm que encontrar no ambiente condições 
satisfatórias para a embriogênese e ele pode ser tanto ser ingerido por um hospedeira 
paratênico como pode ficar livre no ambiente de forma direta, sendo o ovo larvado 
posteriormente ingerido por uma ave sadia. 
Uma vez que o ovo é ingerido, sua camada dupla é destruída pelo processo digestivo 
químico da ave no pró ventrículo, liberando a larva que vai migrar para a parede intestinal, 
onde também pode formar nódulos, porém, observa-se que a predominância dessas 
formações nodulares acontecem na parte glandular do ceco; isso é importante porque se 
houver destruição dessa parte glândula tem um comprometimento a nível de proteção da 
ave, podendo diminuir a capacidade de resposta imune na região do ceco que é aonde tem 
uma concentração maior de células de defesa, então essa ave pode não só sofrer com a 
infecção em si, como ela pode também se tornar mais suscetível a outras enfermidades 
porque ela tem uma redução na capacidade de resposta inflamatória por conta da agressão 
imposta pelo parasita. 
Normalmente o ciclo dura em torno de 1 mês para se completar e as larvas que se 
encontram na parede do ceco se tornam adultos que podem realizar a cúpula, e a fêmea 
começar a liberar ovos. Normalmente, os adultos também ficam embebidos na mucosa e a 
fêmea perfura a parede do intestino em direção à luz para fazer a deposição dos ovos, 
sendo também um processo muito traumático para a ave, determinando um quadro 
inflamatório chamado de tiflite. 
As drogas utilizadas no tratamento são o mebendazol utilizado normalmente na ração, o 
levamisol e a fenotiazida. 
Observa-se que a ave vai ter uma dificuldade de defecação devido à diminuição do 
processo de reabsorção hídrica causada pela presença do parasito e quando presente, as 
fezes são de coloração escura. 
 
Capilariose 
Agente: Capillaria spp 
Existem várias espécies desse helminto e cada uma das espécies têm uma ave como 
hospedeiro de maior sensibilidade e uma localização diferente, podendo envolver ou não a 
participação de um hospedeiro paratênico. 
● C. obsignata: 
● C. caudinflata 
● C. anatis 
● C. annulata 
● C. contora 
Normalmente, os ciclos de patogênese acontecem 20 dias após a infecção e como de toda 
maneira existe o ambiente servindo como fonte de infecção, observa-se o diagnóstico 
através da presença de ovos em fezes. 
Independente do local de parasitismo que o parasita assume no corpo do animal, a vida de 
eliminação é sempre a fecal, então consegue-se identificar os portadores do parasita pela 
presença do ovo na fezes. 
Como forma de tratamento usa-se algumas drogas como levamisol e fenbendazol. 
Observa-se no intestino o aspecto enegrecido devido a concentração de material fecal, 
diferenciando o diagnóstico do Heterakis pelo ovo do parasita. O ovo de Capillaria é simples 
e bioperculado. Percebe-se também a possibilidade da formação de petéquias ao longo da 
mucosa digestiva, desde o esôfago até o intestino. 
 
Distafarinxose 
Agente: Dispharynx nasuta 
Espécie que parasita o pró-ventrículo. Envolve a participação de um hospedeiro 
intermediário — cascudinho. 
Como a localização é a nível do trato digestivo superior, onde ocorre a digestão química, o 
parasito começa a interferir na digestão e a ave vai ter dificuldade no processo digestivo, 
observando-se com frequência uma estase do alimento, o que faz com que a ave deixe de 
comer. 
A localização a nível de parede também pode produzir um aumento na secreção fisiologia 
dentro do pró-ventrículo e pouco alimento vai estar sendo ingerido, isto leva a provocações 
de úlceras, causando a morte do animal. 
 
Singamose 
Agente: Syngamus trachea 
Tem localização a nível de traqueia. Normalmente observado em aves jovens, não em aves 
adultas. A fêmea produz ovos com uma boa estrutura protetiva, podendo durar até 8 meses 
no ambiente, gerando necessidade dahigienização do ambiente sempre que houver um 
tratamento anti helmintico. 
A larva de terceiro estágio pode ficar quiescente no corpo do animal por anos e de repente 
começar a se desenvolver. 
A infecção pode ocorrer tanto por ingestão direta do ovo, como por ingestão de hospedeiro 
paratênico portador. 
O diagnóstico é feito por necrópsia e exame coproparasitológico. 
No tratamento utiliza levamisol, tiobendazol, fenbendazol ou nitroxinil. 
O ovo eliminado é simples e a embriogênese ocorre no ambiente. A larva pode sair do ovo 
e ser ingerida diretamente pelo hospedeiro ou o hospedeiro paratênico pode ingerir o ovo 
ou a larva, ou o próprio hospedeiro pode ingerir o ovo. 
O macho e a fêmea dessa espécies vivem em cópula permanente. 
A larva também consegue fazer penetração pela mucosa e vai chegar na traqueia pela 
migração realizada do intestino para o pulmão e do pulmão até a traqueia. 
Observa-se que a ave tem dificuldade respiratória. 
 
Tetramerose 
Agente: Tetrameres confusa 
Tem um ciclo indireto, envolvendo a participação de um hospedeiro paratênico. 
Parasita também o pró-ventrículo, ocasionando dificuldade na alimentação, formação de 
úlceras gástricas. 
A ave normalmente vem a óbito porque ela deixa de comer. 
A fêmea tem o corpo globoso, mas o macho é sempre filariforme. 
O macho e a fêmea ficam em cópula permanente. 
 
Cestodioses 
Todo cestoda tem ciclo heteroxeno, envolvendo um hospedeiro intermediário que está 
relacionado com o seu habitat. 
Aspectos comuns: 
● Diarreia de diferentes aspectos 
○ Sanguinolenta: Davainea 
○ Sem sangue: Railletina 
● Dilatação abdominal devido à perda de líquido 
● Apatia 
● Prostração 
● Perda de peso devido ao desvio energético 
● Anemia 
 
Railetinose 
Agente: Railletina spp 
Cestódio de médio porte. 
O parasita prende-se à parede intestinal, ocasionando um nódulo caseoso em cada local 
onde o parasita se fixa, que vai também influenciar no processos de absorção do animal. 
Portanto, observa-se como sintoma: diminuição do ganho de peso, redução da capacidade 
de postura dos ovos. 
Essa espécie usa como hospedeiro intermediário alguns caramujos, formigas, moscas. 
 
Davaineose 
Agente: Davainea proglotina 
É o mais patogênico para a ave porque o processo de fixação desse cestódio provoca um 
quadro entérico hemorrágico; ele vai lesar a parede intestinal, fazendo com que o sangue 
saia da parede da mucosa e vá para a luz do intestino. 
Observa-se também que as fezes da ave vai ser mais líquida (devido ao processo de 
enterite que diminui a absorção de água) e com presença de sangue. 
Como uma porta de continuidade é aberta com os vasos sanguíneos, uma bactéria 
consegue facilmente adentrar, causando um quadro septicêmico. 
As aves tendem a um quadro de prostração, com as asas caídas, pena arrepiadas, devido 
ao processo inflamatório. 
 
Trematodioses 
Tiflocelose 
Agente: Typhlocelum cucumerinum 
Parasito de traqueia; o parasito de prende na parede de traqueia, o que aumenta a 
vascularização no local para aumentar a proteção, no entanto, isso pode abrir uma porta 
para outras enfermidades. 
A traqueia inflamadas dificulta o mecanismo respiratório e por conta da hiperemia, a ave 
começa a produzir muito muco, que também dificulta a respiração. Portanto, o quadro 
patológico é respiratório. 
O ovo é eliminado junto com o dejeto. Os trematódios são hermafroditas, então ele vai 
produzir ovos na traqueia e eles vão sair junto com o muco produzido, passando pelo trato 
digerido com o muco e sendo eliminado pelas fezes, então o diagnóstico é feito por amostra 
fecal. 
 
Filoftalmose 
Agente: Phylophtalmus gralli 
É um parasita que usa caramujos aquáticos no seu ciclo e parasita a conjuntiva de aves. 
 
 
Protozooses 
Histomonose 
Agente: Histomonas meleagrides 
Normalmente observa-se o quadro patológico em perus e pavões porque as galinhas e 
galos são assintomáticos. 
O Histomonas usa o Heterakis como vetor, então normalmente o diagnóstico é feito com a 
observação de ovo de Heterakis. 
A localização natural do Histomonas é o ceco que coincide com a localização da forma 
adulta de Heterakis e o comportamento do Heterakis de penetrar na mucosa acaba 
auxiliando a entrada do Histomonas a nível de mucosa intestinal. 
O grande problema é que o Histomonas consegue, pela circulação, chegar em outros 
órgãos; predominantemente, acabam do intestino para o fígado, causando lesões 
necróticas no ceco e no fígado; começa com um abcesso que necrosa e dessa necrose 
forma uma úlcera; isso acaba determinando para o animal um quadro bastante agressivo e 
ele acaba vindo a óbito. 
Há uma modificação na aparência do dejeto que passa a ser mais amarelado. 
O diagnóstico conclusivo é feito na necropsia, porque não se visualizar Histomonas na 
amostra fecal; a presença de Heterakis é um diagnóstico sugestivo. 
Geralmente as drogas utilizadas são o dimetridazol, nitrotiazol e nitiazida; que conseguem 
atingir parasitose a nível de fígado. 
 
Tricomonose 
Agente: Tricomonas 
Observa-se a presença de lesões orais que podem evoluir para uma infecção 
gastrointestinal e também hepática, determinado normalmente processos caseosos a nível 
de intestino e de fígado. 
Onde visualiza a presença do parasita, vai estimular um aumento da resposta inflamatório 
com aspecto caseoso e verifica-se um aumento de secreção também, então a ave fica com 
saliva vertendo do bico com frequência. 
Observa-se também a presença de diarista quando há um comprometimento 
gastrointestinal. 
Tratamento: metronidazol, dimetridazol e ramidazol que são drogas muito tóxicas que 
acabam também determinando uma diminuição de ingesta de alimento pela ave. 
É uma enfermidade comum em criatórios de pombos. 
Dependendo do tamanho do abscesso pode impedir a passagem de alimento e a ave deixa 
de se alimentar. 
Para galinha não se observa com muita frequência. 
 
Coccidiose 
É a parasitose mais importante dentro da criação de aves. É uma enfermidade produzida 
por um protozoário, sendo o mais importante, o gênero Eimeria. Esse gênero pode 
apresentar várias espécies e essas espécies têm preferência por determinadas regiões do 
corpo do animal. 
Como é um protozoário de desenvolvimento intracelular obrigatório, a necessidade de ele 
estar na célula e se reproduzir acaba facilitando também a entrada microorganismo. 
Particularidades 
● As aves mais jovens são mais comumente infectadas porque durante o processo 
reprodutivo do protozoário existe um mecanismo chamado de diapausa que é um 
mecanismo que o sistema imunológico da ave produz para tentar combater a 
reprodução do protozoário. Os animais mais jovens, normalmente não tiveram 
contato com esse agente, não conseguindo produzir esse efeito da diapausa, então 
o protozoário não é inibido no processo de desenvolvimento. 
● Existe no mercado a utilização de medicamentos coccidiostáticas que são 
empregadas em alguns tipos de granja, no entanto, embora essas drogas reduza a 
mortalidade, não diminui a morbidade, porque essas drogas têm efeito sobre o 
processo reprodutivo assexuado, ela precisa que o agente invada o tecido e comece 
esse ciclo reprodutivo para ela começar a agir; então ao usar essa droga, vai ao 
interromper a formação de 2º,3º ou 4º gerações, mas o protozoário teve que entrar 
na célula e essa entrada já causa o quadro mórbido. 
● O gênero Eimeria pode ser encontrado nos mais diversos tipos de criação. 
● É comum o aparecimento em aves criadas em fundo de quintal porque o contato 
com o meu favorece muito a infecção. 
● Como são muitas espécies, algumas delas se apresentam na forma de surtos, como 
é o caso da E. tenella e E. acervulina. 
 
Ao longo do trato intestinal, o protozoário pode se desenvolver nas diferentes áreas: 
● Duodeno: E. acervulina, E. mivati, E. praecox, E. hagani 
● Jejuno-íleo: E. maxima, E. necatrix 
● Íleo: E. mitis, E. brunetti 
● Ceco: E. tenella 
O desenvolvimento do agente ocorre: 
● Ciclo reprodutivo assexuado: esquizogonia 
● Ciclo reprodutivo sexuado: gametogonia 
● Processo que aconteceno ambiente: esporogonia 
Uma ave infectada vai desenvolver primeiro o ciclo esquizogônico, posteriormente o ciclo 
sexuado que vão formar os “ovos” que serão eliminados para o meio onde vai esporular 
(ganhar infectividade). 
Cadeia de transmissão 
● Ambiente onde está sendo criado o animal infectado e os animais sensíveis. 
● O animal infectado vai liberar os oocistos e forma não esporulada. 
● Os oocistos precisam de condições ambientais para sofrer o processo de 
esporulação e posteriormente de um veículo que facilite a chegada dele esporulado 
ao corpo da ave sensível que vai ingeri-lo. 
● Os veículos podem ser: a água, o alimento ou vetores mecanicos. 
Se quiser fazer controle, obrigatoriamente tem que usar recursos no ambiente que vai 
impedir o processo de esporulação. 
Patogenia: 
● Como ele tem uma localização a nível de alça intestinal, cada vilosidade que é 
destruída é recomposta por um tecido cicatricial, então a tendência é que a 
vilosidade encurte e menor será a área de absorção; isso vai desencadear a curto e 
médio prazo uma diminuição no processo de absorção de nutrientes, então a ave 
tem um banho de peso comprometido. 
● Destruição das células intestinais 
● Perda de fluidos das células 
● Pode observar hemorragia dependendo da região onde o protozoário conseguiu se 
estabelecer e se reproduzir. 
● Vai abrir uma porta de entrada para outros microorganismos, principalmente as 
enterobactérias que tem localização a nível de intestino. 
● Contribui para a diminuição na absorção de zinco, cálcio — comprometimento na 
casca do ovo — e glicose — o animal fica sem energia, fica prostrado 
Sinais clínicos: 
● Diarreia condicionada pelo processo reprodutivo assexuado, podendo ou não ter 
muco e/ou sangue, dependendo da localização do ciclo. 
● Processo de desidratação da ave porque ela perde muito líquido 
● A ave busca muita água devido a perda de líquido 
● Penas eriçadas 
● Perda de apetite 
● Perda de peso 
● Prostração 
● Anemia 
● Apatia 
● Pode-se observar o óbito do animal 
Lesões por Eimeria acérvulina 
Produz lesões a nível de duodeno e jejuno, ocasionando o encurtamento das vilosidades. 
 
Lesões por Eimeria maxima 
● Presença de petequias 
● Afeta a região média dó intestino 
● Área de congestão 
● Leva a ave a óbito 
 
Lesões por Eimeria tenella 
● Localização exclusivamente cecal 
● Presença de sangue na luz do ceco porque essa espécie provoca lesão a nível de 
vasos. 
 
O diagnóstico é feito: 
● Por exame coproparasitológico. 
● Pode-se fazer contagem de oocisto na cama 
● Exame de raspado da mucosa intestinal na necrópsia de animais doentes ou de 
animais para caráter amostral. 
 
Prevenção e controle 
● Manejo: porque tudo o processo de esporulação acontece no ambiente, então 
intervindo no ambiente, interfere na esporulação e a ave sensível não é infectada 
porque o oocisto não consegue desenvolver os esporozoítas no seu interior 
○ Evitar umidade na cama 
○ Evitar estresse ambiental 
○ Regulagem de bebedouros e comedouros 
● Desinfetantes comuns são pouco efetivos. Geralmente quando faz limpeza da cama 
tem que usar calor. Dentro do lote, optar por não usar amônia e brometo porque, 
embora eficazes, são tóxicos para a ave. 
● Promover uma resposta imune expondo o animal a doses pequenas de oocistos 
para que eles promovam diapausa; não é uma vacina, é um imunoestimulante. 
● Pode utilizar drogas com efeito coccidicidas ou coccidiostáticas 
● As drogas podem ser incorporadas na ração como forma preventiva. 
 
Ectoparasitoses 
Ascaríases 
Citoditise 
Agente: Cytodites nudus 
Ácaro que fica normalmente no saco aéreo e pode ascender até o pulmão e produzir uma 
pneumonia granulomatosa porque vai produzir um processo caseoso. 
Pode acometer sacos aéreos, ossos pneumáticos, brônquios, pulmões. 
Devido ao quadro de pneumonia, a ave tende a ficar com o bico aberto, com dificuldade de 
respirar. Além disso, observa-se também como sinais clínicos: 
● Tosse 
● Dificuldade respiratório 
● Perda de peso porque ela fica com bico aberto, portanto, não consegue se alimentar 
adequadamente. 
● Pode vir a desenvolver um quadro de peritonite e isso levar a óbito 
● Obstrução de viatura aéreas pela produção dessa secreção caseosa 
● Aerossaculite (inflamação dos sacos aéreos) 
● Pode levar a óbito 
 
Ornithonyssus spp 
É um ácaro comum de ambiente de criação de ave. Passa a maior parte do tempo no 
sangue e só cai no corpo da ave para se alimentar. São hematófagos. 
Acontecem frequentemente em criações de pequeno porte e de postura porque o 
predomínio de localização deles é a nível de ninho e geralmente quando a ave vai chocar 
ela se aloja no ninho e nesse momento o ácaro consegue se alimentar do sangue dela, 
precisando a pele e causando lesões na região de cloaca. 
Pode provocar injúria em pessoas também, o ácaro pode perguntar a pele para se alimentar 
do sangue, causando dermatite. 
 
Sarna podal 
Agente: Knemidokoptes sp 
Não são todas as aves que vai apresentar o quadro, deseje da resposta imune do animal. 
Patologia de evolução lenta e a transmissão ocorre por contato direto de uma ave com a 
outra. 
A transmissão entre aves de diferentes espécies também pode ocorrer. 
Causa lesão caseosa nos pés que causa perda da flexibilidade e, por isso, ela não comuns 
adequadamente. 
Embora seja uma lesão externa, pode comprometer a sobrevida da ave e causar inanição. 
O ácaro pode ser visto através da observação da crista retirada. 
Pode acontecer também no bico, sendo chamada de sarna do bico. 
 
Acaríase 
Agente: Laminosioptes cisticola 
Ácaro que vive em tecido subcutâneo, provocando uma resposta caseosa. 
Pode ser encontrada em diversas espécies animais. 
Tem importância expressiva na criação de frango de corte porque pode provocar lesões que 
determinem uma depreciação da carcaça, perdendo o valor de mercado. 
 
Infestação por insetos 
Pupíparos 
Insetos hematófagos (estresse no corpo do animal) que podem determinar um parasitismo 
permanente das aves e condicionar a diminuição do ganho de peso e a redução da 
capacidade produtiva. 
Na região abdominal da fêmea observa-se a presença das pupas presas. 
 
Infestação por piolhos 
Existem um número bastante expressivo de piolhos malófagos (usam a peça bucal para 
mastigar a pena e se alimentam dela). Às vezes podem estar alojados na base da pena e 
produzir uma descamação da pele. 
Provocam estresse para a ave que acaba determinando uma diminuição no ganho de peso 
e redução no processo de postura. 
Além disso, a presença de piolhos no corpo das aves pode estimular um processo de 
canibalismo; a ave começa a picar as aves parasitadas para tirar o parasito. 
Observa-se uma formação caseosa na base da pena ocasionada pelo processo 
inflamatório. 
O animal começa a ficar sem pena ou a pena pode perder a qualidade e isso pode 
influenciar na termorregulação. 
 
Viroses aviárias 
Anemia infecciosa das galinhas 
Provocada por um vírus da família Circoviridae, que é um vírus importante na área de 
produção 
Características morfológicas: pequenos (variando de 23-25nm), não envelopado, possui 
forma icosahédrica e seu genoma é um DNA circular de fita simples negativa. 
Esse vírus é capaz de codificar 3 proteína chamadas VP1, VP2 e VP3. Essas proteínas são 
importantes no critério de de desenvolvimento patogênico porque são elas que vão 
determinar agressões em determinadas situações típicas da infecção. 
A VP1 tem um raio de ação que está relacionado com o timo, o baço e o fígado. Ela pode 
induzir a um processo de produção de células de defesa e, consequentemente produzir um 
quadro de imunossupressão para o animal. 
A VP2 é uma proteína bastante encontrada durante o processo de replicação e quando 
essa proteína é detectada, consegue-se determinar o momento exato da infecção; tendo 
portanto, importância no processo diagnóstico. 
A VP3 é uma proteína capaz de produzir a apoptose celular e está condicionada a uma 
redução da produção de células sanguíneas do animal, ocasionando

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