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PRODUÇÃO E SANIDADE DE ANIMAIS DE GRANJA A1 - 28/04: vale 10 A2 - 23/06: vale 9,0 + 1,0 do APS A3 - 30/06 APS: atividades ao longo do semestre Programa de biosseguridade A rotina do veterinário que trabalha nas unidades de produção animal tem como rotina fazer um check list de biosseguridade avaliando todos os parâmetros dentro da granja esperando que seja corrigido o que acontece caso apareça algo fora do que a legislação sugere. O diagrama que representa o programa de biosseguridade apresenta um conjunto de informações que estão atreladas na forma de um elo e isso tem o seu significado uma vez que qualquer uma dessas etapas sofram uma falha, significa que o elo foi quebrado e assim o programa de biosseguridade deixa de ser na conformidade, então a busca pela qualidade é que esses eles estejam sempre em perfeita harmonia. Biosseguridade x biossegurança ● Biosseguridade é tudo, todas as técnicas que se aplicam para a produção animal envolvido com o animal. ● Biossegurança método ou técnica relacionada com o homem Antigamente as pessoas olhavam para a produção animal como se fosse simplesmente criar animais sem nenhum tipo de rigor, não se preocupando com genética. Até que começaram a perceber que existia o aumento da transmissão das doenças transmitidas por alimentos. Então foram pesquisar o que permitia que estas doenças acontecessem com tanta frequência e uma das coisas que permitia essa transmissão é a forma como se cria esse animal. Começaram a se traçar metas para poder reduzir a frequência do aparecimento dessas doenças: ● Localização: parte da escolha do local se faz em detrimento da cadeia produtiva. Quanto a localização deve-se pensar: ○ Disponibilidade e custo da terra; ○ Malha de transporte que permita que o alimento chegue de 3 em 3 dias na unidade para que não haja proliferação de fungos se o alimento ficar guardado por muito tempo. ○ Microclima: o produto final da avicultura são os ovos e os cortes de ave ou a produção de linhagens e na suinocultura o produto final é o corte nobre; fisiologicamente uma ave criada para postura e uma ave criada para corte têm padrões corporais distintos, temperaturas corporais distintas, níveis de estresse calórico diferente, portanto o clima deve ser satisfatório de acordo com a necessidade térmica desse animal. Dentro dos galpões deve-se colocar termômetros para avaliar a temperatura do microclima e a umidade desse ambiente que deve ser satisfatória para essa unidade produtora. Deve colocar ventilador na unidade e se houver necessidade, até mesmo um aspersor para refrescar o ambiente. Deve ter o menor tempo de sol sobre o galpão. ○ Suprimentos de água e energia elétrica: se tiver em um local muito quente pode ter que colocar sistema de aspersão e se tiver em um local muito frio um aquecedor dependendo da quantidade de animal, o que necessita de um local que tenha energia elétrica. E com o animal necessita de água, é importante estar próximo a suprimentos de água. ○ Localização de fábricas de ração, incubatórios, abatedouros e frigoríficos — normalmente as unidades produtoras ficam mais próximas de onde tem grande produção de grão; quanto mais próximo dos insumos, menos custo com transporte. ○ Distância mínimas entre unidades produtoras; deve-se tomar cuidado com o número de unidades que estão localizada dentro de uma mesma região, pois se entrar um agente etiológico nessa região, quanto mais unidade produtora, mais fácil esse agente vai se disseminar. ○ Posicionamento das instalações; o tipo de localização pode aproximar espécies animais e quando outras espécies animais se aproximam, eles transportam patógenos que vai entrar em contato com os animais da unidade produtora. A corrente de ar e posicionamento do solo devem garantir a condição de temperatura de microclima. ○ Delimitações: Limitações Físicas — barreiras naturais para evitar o acesso à unidade de produção. A presença de muitos e telas também são necessárias. ● Controle de tráfego: ○ O acesso da malha rodoviária só deve possibilitar a passagem de veículos de extrema necessidade, como os veículos que transportam alimento, água, veículos técnicos (veterinários), veículos que fazem o recolhimento das camas de maravalha quando a unidade produtora é esvaziada. Todo e qualquer transporte que vier do lado de fora para dentro do galpão, deve passar por um processo de desinfecção tanto para entrar como para sair da granja; existe uma cortina de aspersão com substâncias desinfectantes por onde esse veículo passa. ■ O abastecimento dos armazéns onde são colocados os alimentos (silos) deve ser controlado, pois o veículo que transporta pode carrear para dentro do silo algum tipo de microorganismo. ■ Cuidado também com o transporte das aves de 1 dia vindo de incubatório do lado de fora; deve-se comprovar a sanidade desses animais ■ Cuidado na retirada dos animais para abate, pois a entrada para fazer o apanho do animal causa estresse; além de o funcionário entrar na área limpa vindo de uma área suja pode carrear um patógeno. ○ O trânsito de também é controlado, nem todo mundo pode entrar na unidade produtora; do faz parte dessa unidade de produção os granjeiros, os funcionários e a parte técnica (veterinários) — o veterinário deve programar as visitas, ele não pode simplesmente ir lá. O funcionário deve passar também pode uma solução com iodo para se desinfectar. Além da questão física preocupa-se com o comportamento e a vida dos funcionários; essas pessoas não podem ter contato com reservatórios, se preconiza que elas não tinham nenhum tipo de ave em casa. Higienização O galpão deve ser desinfectado a cada vazio (cada desocupação do galpão) com uma aspersão para reduzir ao máximo a presença de microorganismo que estariam presentes naquela instalação. Essa higienização pode ser feita de forma seca ou de forma úmida, mas geralmente faz o processo de varrição (seca), depois o processo de lavagem e depois aplica um sanitizante. Os produtos e equipamentos devem ser esterilizados. Quando a pessoa chega para trabalhar ela toma banho, troca de roupa e vai para o setor dela de trabalho; quando ela termina aquele procedimento, troca a roupa de novo para ir embora e a roupa fica, onde será lavada e esterilizada. As instrumentações que os veterinários possam utilizar também devem ser esterilizados. Em situações de morte deve ser feita a desinfecção da carcaça. Normalmente há uma porcentagem de mortalidade das aves quando recebe um lote e quando o animal morre deve-se fazer a necropsia para identificar o motivo do óbito; após a necropsia essa carcaça deve ser descartada em um forno crematório ou em digestores. Adoção de protocolos sistematizados de limpeza e desinfecção das unidades — desde os instrumentos até as instalações ● Varrição — limpeza seca ● Lavagem — limpeza úmida ● Sanitizante — existem normas para estabelecer o tipo de desinfetante que vai utilizar dependendo do tipo de criação porque alguns desinfetante tem muito cheiro, o que acaba interferindo na saúde da ave Higienização das pessoas que entram em contato com os animais, elas devem usar uniforme, bota, máscara e gorro. As gaiolas onde as aves de postura ficam em gaiolas suspensas para evitar o contato com sujidades e o ovo vai cair e correta para a extremidade da gaiola, onde os funcionários farão a coleta dos ovos evitando que suje a casca dos ovos, pois quanto mais limpa estiver a casca melhor, já que ela não pode sofrer processo de higienização porque a casca é porosa e higienizar a casca pode interferir na qualidade do produto, facilitando a entrada de microorganismos no ovo. O vazio sanitário deve durar 10 dias. A maravalha será recolhida e reutilizada, podendo ser reutilizada 3 vezes. O dejeto das aves tem muito atrativo para mosca, então as moscas compreendem um dos vetores principais na criação de aves, devendo ser feito um controle. O controle de roedores também deveser feito, pois a ração é um grande atrativo para ratos que podem trazer muitas doenças. Quarentena, medicações e vacinação A quarentena está relacionada com a medida preventiva; é bastante empregada em unidades de produção que trabalha com matrizes. A linhagem recebida vai passar por um galpão quarentena, onde serão observados por um tempo para ver se vai ter algum transtorno de comportamento. A quarentena é um método preventivo, não faz quarentena se o animal estiver doente, se o animal estiver doente ele é extraído do lote e isolado. A utilização de medicamentos que façam a redução ou inibição do desenvolvimento microbiano para que o animal não desenvolva a doença (não é antibiótico) é permitido. Medicamentos produzem resíduos que podem ficar no produto; não se pode comercializar uma ave que tenha resíduo de antibiótico, por exemplo. Quando tem um problema maior, faz um sacrifício em massa. Por isso é muito importante a prevenção. Os protocolos vacinais devem ser obedecidos: quantas animais devem ser vacinados, para qual doença, qual tipo de vacinação deve ser usada. O veterinário deve planejar o dia da vacinação para vacinar os animais de acordo com o número de doses contidas no frasco, pois se sobrar doses, elas são descartadas; se for guardada pode receber contaminantes externos. O monitoramento deve ser feito para monitorar a sanidade dos animais e isso é feito de forma laboratorial para se certificar que o animal que ela produz é livre de patógenos. Trabalha-se com uma amostra recolhida desses animais, fazendo a coleta do soro e faz testes sorológicos para detectar reação de microorganismos. A unidade produtora guarda o resultado desse teste e se passar auditoria, ela deve ver esse resultado garantindo que não tem a circulação de microorganismos nessa unidade. Isso permite identificar qualquer movimento que não seja esperado na produção. Esse monitoramento também deve ser feito com os insumos oferecidos aos animais: qualidade da água que seja a essa unidade. Erradicação de doenças ● Manejo de biosseguridade ● Controle de vetor ● Aquisição de animais de uma unidade produtora que não tenha agente biológico. ● Avaliar a presença de animais reservatórios no entorno da criação ● Trabalhar com registro de doenças de notificação obrigatória Auditorias São feita internamente, fazendo check list para ver se está tudo dentro da normalidade ● Análise sistemática desses procedimentos dentro da unidade de produção para manter a eficiência da produção ● Feita em até 3 vezes ao ano ● A cada dois anos a unidade recebe a certificação ● Planilhas de check list atualizadas frequentemente Plano de contingência Feito quando se encontra falhas nas auditorias. Um conjunto de procedimentos e decisões emergenciais a serem tomadas quando ocorre um evento inesperado (ou suspeita de ocorrência) que pode afetar o programa de biosseguridade e/ou a saúde animal. É um plano de ação onde se estabelece a medida a ser adotada, quem vai executar a medida, quanto tempo tem para executar a medida, de que maneira ela vai ser avaliada e posteriormente observar se essa medida foi efetiva. Educação continuada A pessoa que trabalha dentro de uma unidade produtora precisa saber a importância dela dentro da unidade ● Constante treinamento de todos os colaboradores envolvidos no sistema de produção e consequentemente no programa de biosseguridade; ● A periodicidade dos programas de treinamento é variável . ● Os treinamentos devem abranger os seguintes assuntos: conceitos e filosofia de biosseguridade; razões da importância da biosseguridade como saúde animal e saúde pública; os componentes do programa; os procedimentos operacionais e os objetivos de cada um; a realização de auditorias internas permanente por todos os envolvidos do programa e as auditorias externas. Diagnóstico e monitoramento laboratorial O diagnóstico realizado pelo profissional na unidade de produção consegue avaliar a presença de doenças, identificar patógenos que causam prejuízo, etc. Esse programa diagnóstico não é uma prática curativa, é uma prática preventiva. Isso vai dar à unidade de produção um selo de que é uma produção segura. Esse diagnóstico de patógenos é feito para monitorar o risco de a produção conter determinado patógeno. Seleciona-se uma amostragem de animais e nessa amostragem identifica a presença ou ausência de patógenos. Esse diagnóstico é feito por necropsia Deve-se atentar para cuidados antes da necropsia, durante a necropsia e depois da necropsia; e esses cuidados englobam o ambiente, o funcionário e o animal. Entre os cuidados que vai se fazer antes da prática de necropsia são: ● Quantidade de mesas satisfatórias ● Tipos de material que será recolhido de acordo com o que se vai pesquisar ● A amostragem deve ser homogênea — os animais devem estar na mesma faixa etária, mesma faixa de peso, mesmo lote — isso dá uma maior confiabilidade ao processo. ● Evitar aves que já estavam mortas — pois isso já seria um procedimento emergencial e não preventivo ● A quantidade de amostras é importante para uma maior confiabilidade. ● Considerar a forma como será feito o sacrifício do animal para ser utilizado para fazer o monitoramento que deve oferecer sempre o protocolo de bem estar animal. Durante o procedimento de necropsia deve-se: ● Observar a estrutura corporal do animal e dos órgãos em relação a tamanho e coloração dos órgãos, se há ou não a presença de adesões ● Sistemas que tem maior volume de contaminação, deve-se evitar a contaminação de outras áreas que poderia ocasionar erros ● Utilizar embalagens separas para cada material para que não haja contaminação entre ambos o que influenciaria no diagnóstico ● Não utilizar embalagens reutilizadas ou inadequadas ● Utilizar luvas Após o procedimento de necropsia deve-se destinar corretamente o material oriundo da mesma, incluindo luvas e demais materiais que por ventura tenham entrado em contato com a carcaça. Podendo descartar na composteira, pois esse é um procedimento preventivo, portanto, a carcaça não é foco de contaminação. Após a necropsia deve: ● Identificar corretamente o material para enviar para o laboratório ● O veterinário deve preencher uma requisição solicitando o tipo de teste que se deseja. ● O veterinário que realizou o procedimento precisa se higienizar e colocar uma roupa de visita para visitar algum lote da unidade de produção para evitar possíveis contaminações. ● O veterinário que fez a necropsia é responsável pelo envio e por informações adicionais para o laboratório. ● O profissional deve ter agilidade na tomada de decisões. Em situações de necropsia realizada para monitoramento, a amostragem é feita de maneira aleatória levando em consideração o peso e o tamanho. O padrão de escolha é feito em cima do número de aves no lote e o grau de significância para o procedimento; quanto maior o volume de animais, maior o tamanho da amostra. Quando é uma necropsia emergencial deve-se saber escolher as aves que devem participar do processo de diagnóstico: deve-se selecionar aves mortas, aves com sinais clínicos e aves sadias. O que pode gerar falhas ou não realização da análise laboratorial ● O material que é enviado sem identificação o laboratório não realiza o procedimento. A identificação deve ser feita na hora ● Ausência de histórico e anamnese da evolução clínica quando for um procedimento emergencial ● Material mal condicionado — frasco inadequado, material que deve ser seco e deixa ser molhado, material que deve ser colado em líquido preservante e não é, material que deve ser refrigerado e não é ● Quantidade insuficiente de material não podendo observar ● Soros hemolisados e vísceras em putrefação devido ao armazenamento incorreto. ● Materiais para exames microbiológicos fixados com formol ● Erro na concentração da solução — alta concentração de formol resseca a peça. ● Remessa de vísceras não relacionadascom locais de atividade biológica do patógeno para tal diagnóstico ● Atraso na remessa ou atraso no transporte não permitindo o diagnóstico Materiais utilizados na coleta de amostras ● O propé é utilizado para fazer avaliação de crescimento microbiano do local. O funcionário anda pelo lote com o propé, quando daí coloca numa embalagem prática e estéril e leva para o laboratório para fazer avaliação de crescimento microbiano. Quando se faz o vazio sanitário, ocorre o processo de limpeza seca, limpeza uma e desinfecção das camas e antes de entrar um novo lote, o supervisor vai entrar com o propé, vai caminhar da porta de entrada até a porta de saída em zig zag e depois faz-se a avaliação do propé para ver se a desinfecção foi feita corretamente. Pode haver microorganismos próprios do ambiente no local, o que não pode ser encontrado é microorganismos patogênicos como mycoplasma, coccidios, salmonela, etc. ● Palitos e espátulas esteril são usadas para coleta de amostras fecais que estejam dentro da cama para análise de parasitos para esse tipo de meio, podendo visualizar a eliminação de Salmonella, Eimeria e outros parasitas nas fezes. Faz-se a coleta da amostra fecal e coloca a espátula ou palito em um saco estéril e leva para o laboratório. ● Gaze e esponjas são usados para fazer coleta de resíduos em superfícies e encaminha para diagnóstico bacteriológico. ● Gaze é utilizada como suave de arrasto da mesma maneira que usa o propé, mas pegando microorganismos no ar. ● Frasco para coleta de material histopatológico com formol ● Agulhas e seringas para coleta de sangue ● Microtubos para armazenamento de soro para envio ao laboratório ● Pipeta pasteur para armazenamento do soro para envio ao laboratório ● Bolsa plástica para embalar material ● Frasco coletor estéril para coleta de água para examinar a água e garantir que a água que chega na propriedade é de boa qualidade ● Suabe para fazer coleta de cavidade oronasal ● Bolsa de amostra ou frasco com água peptonada para fazer transporte ou isolamento de Salmonella. ● FTA Card Elute usado para fazer coleta e envio para PCR O material deve ser identificado e essa identificação é colocada tanto na embalagem como na sacola utilizada para envio. As amostras devem ser refrigeradas. As embalagens são lacradas e só podem ser abertas no laboratório; se chegar no laboratório e o lacre estiver violado, o laboratório não realiza o procedimento, por isso é importante a identificação, para evitar que alguém abre a embalagem devido a falta de identificação. Amostras para diagnóstico laboratorial Sangue/soro A amostragem deve ser feita genuinamente com 25 animais de pontos distintos do galpão, incluindo navios e fêmeas. A placa utilizada para fazer aglutinação possui 25 testes, portanto tem que ter 25 amostras de soro. O soro é colocado na placa com reagente e faz-se a análise. A coleta de sangue para utilização dos soros é feita da seguinte maneira: ● Em aves adultas faz a coleta pela veia braquial (veia da asa) fazendo o decúbito lateral da ave. Normalmente recolhe um volume de 2,5 a 3 ml de sangue, o que permite a extração de 0,5 ml de soro. Ser colher menos sangue que isso não vai ter um volume de soro suficiente para realizar o teste. ● Pintinhos de 1 dia: uma unidade produtora para ser certificada precisa ter o teste de Mycoplasma. Para isso se pega uma amostragem de pintinhos, faz a decapitação dos pintinhos e faz a coleta do sangue a partir da vértebra. Todo procedimento é feito respeitando a norma de bem estar animal. ● Aves adultas e aves de 1 dia: através da punção cardíaca — exige mais prática —, precisa usar uma agulha adequada e através da punção do esterno precisa chegar até o coração e por pressão o sangue verte para dentro do tubo. Procedimento mal feito coloca a vida da ave em risco. Realizar a contenção da ave com a imobilização das pernas e asas com uma das mãos e puncionar no meio da “região da quilha” (base do esterno), onde há um “vazio”, tendo o cuidado para não atingir o pulmão. Inserir a agulha (40X12 aves adultas, 25X6 ou 25X7 pintos) no peito da ave de maneira perpendicular ao ponto de entrada e paralelo à coluna vertebral, até atingir o coração. Puxar lentamente o êmbolo até obter a quantidade desejada. O uso do soro é importante para monitoramento do programa vacinal, para saber a efeitividade da vacinação através da coleta do soro para fazer a titulação do anticorpo. Nesse caso deve-se enviar junto o formulário de pedido dos exames contendo dados do lote (idade, tipo de criação, linhagem, data de coleta) e do programa de vacinação (número de doses, tipo de vacina, via de inoculação, fabricante da vacina, datas na qual as aves foram vacinadas antes do envio do soro), para que auxilie na interpretação dos resultados. É usado também para diagnóstico de doenças. Nesse caso deve-se enviar junto o formulário de pedido dos exames contendo dados do lote (idade, tipo de criação, linhagem, data de coleta, sinais clínicos, achados de necropsia, suspeita clínica e programa de vacinação utilizado), para que auxilie na interpretação dos resultados. Normalmente em caso de suspeita de um desafio sanitário é recomendado a sorologia pareada, onde duas colheitas de soro devem ser feitas, uma durante o curso clínico da doença e 2 semanas após a primeira colheita. A comparação destes dois resultados permite inferir se houve ou não contato com o agente infeccioso suspeito. A amostra de sangue deve ser encaminhado refrigerada ou congelada, dependendo da situação. Quando não estiver congelado, o tempo limite para chegar no laboratório é de 24h, se for congelado tem até 48h após sair do congelamento para chegar no laboratório. A refrigeração deve ser feita entre 2 e 8 graus Celcius. Órgãos Pode-se colher traquéia, pulmão, orofaringe, coração, fígado, baço, rins, bolsa cloacal, cérebro, cerebelo, nervo ciático e seus plexos, proventrículo, moela, pâncreas, tonsilas cecais, duodeno, jejuno, íleo, ceco. Os exames utilizados com esse órgãos são: ● Exame microbiológico para detectar bactéria ou fungos e nesse caso encaminha sem o preservante para desenvolver o crescimento do microorganismo. ● Isolamento viral em cultura de célula e/ou biologia molecular (PCR) para doenças específicas ● Histopatologia No exame microbiológico e no viral vai ter um diagnóstico conclusivo, dizendo qual o vírus, bactéria ou fungos. Já a histopatologia normalmente é um teste para avaliar tipo de alteração, por isso, as vezes tem que realizar o histopatologico associado com o bacteriológico, micológico ou PCR. Como o histopatologico trabalha com corte tecidual tem que ser enviado com preservante (normalmente formol 10%). Normalmente no microbiológico faz a coleta do órgão inteiro, é colocado dentro da embalagem e mantém sobre refrigeração entre 2 e 8 graus e deve ser encaminhado em até 24h. Se for realizado o isolamento viral pode congelar a amostra e o prazo para envio é de 24h. Órgãos que têm material contaminante (como intestino) devem ser fechados com linha de sutura ou barbante para que o material interno não tenha contato com o meio preservante e não tenha contaminação. O histopatologico trabalha com fragmentos, normalmente a espessura máxima é de 3 cm, num fragmento maior não consegue atingir o poder de preservação no meio do fragmento e pode ter alterações que começa de dentro pra fora. Com exceção da bolsa cloacal que vai inteira preservada dentro do frasco com formol. ● A traqueia deve ser enviada sem abrir ● O intestino pode fazer um fragmento de até 5 cm sem abrir a alça intestinal. ● Pulmão, baço e medula devem ser enviados dentro do formol e coberto com gaze ou algodão embebidos para permitir a manutenção do contato do forno com todo o órgão, evitando que o mesmo flutue Meios de transporte: ● Microbiológico: vai depender do patógenos, existem meios que são seletivos para que apenas o microorganismo desejado consiga crescernesse meio. ● Isolamento viral: usa um meio específico para o isolamento, assim como para biologia molecular ● Histopatologia: formol a 10% Recipiente ● Microbiológico e isolamento viral: frasco coletor esteril ou tubos tipo Falcon ● Frasco coletor para histopatologia embalado Tempo crítico para chegada ao laboratório; ● Microbiológico: Até 24 horas;, pois só pode ser refrigerado ● Isolamento Viral e Biologia Molecular: pode congelar o material, podendo ser enviado em até 48 horas após descongelamento. ● Histopatologia: a amostra nunca deve ser congelada, pois já perde toda a característica da amostra. Deve ser enviado o mais rápido possível. Articulações Para Salmonella faz análise com articulação. Coleta-se a perna inteira da ave com o pé e o material é colocado em embalagem plástica estéril e enviada para o laboratório. O transporte é feita refrigerada, obedecendo 24h, porque o procedimento realizado é bacteriológico. Barbela/cabeça inchada Coletar a cabeça e o pescoço inteiros, sem abrir e colocar na embalagem plástica estéril. Como também é para avaliar desenvolvimento bacteriano coloca-se em refrigeração devendo ser encaminhado por até 24h até o laboratório. Aves mortas Por vezes, pode não realizar a necropsia e encaminhar a ave mostra para fazer a necrópsia no laboratório. As aves devem ser encaminhadas sob refrigeração. Normalmente trabalha-se com limite mínimo de 5 aves e dessas 5 deve ser enviadas as aves mortas e aves que estejam no processo de evolução da doença (quebrando prostração). Se o procedimento a ser feito for exclusivamente bacteriológico, a ave deve ser refrigerada e o prazo de envio é de até 24h. Se for caso de fazer biologia molecular o material pode ser congelado, podendo ser enviado por até 48h. Se for o caso de fazer histopatologia, pode refrigerar a ave. Aves vivas Podem ser realizados os mesmos exames nestas aves, elas equivalem ao procedimento anterior das aves que estão no processo de evolução da doença e são realizados os mesmos procedimentos. Como a ave está viva só deve ser respeitado o tipo de transporte para que a ave não sofra estresse, que poderia máscara o diagnóstico. Suabe de traqueia/fenda palatina Usa-se um suabe por ave e normalmente esse suave vem em embalagens com tubo coletor. Depois de utilizado o suabe, como tem o contaminante da mão, quando vai colocar no frasco, corta o suabe e deixa só a parte que foi utilizada para coleta. Quase sempre o meio que vem no tubo coletor é um meio seletivo próprio para o crescimento do microorganismo desejado. Para fazer isolamento viral, tem que ter no mínimo 30 suabes para realizar o procedimento e para a biologia molecular tem o limite mínimo de 20 suabes. Se for feito para exame bacteriológico deve ser feito o transporte refrigerado e se for um para biologia molecular ou isolamento viral, pode conversar; respeitando os respectivos tempos de transporte. Cuidados: ● Quantidade de suabes por lote ● Normalmente usado para teste de Mycoplasma, então não pode ser utilizado qualquer tipo de meio. ● Os suabes não podem ser expostos a luz solar ou em temperaturas elevadas ● No caso de suspeita de doenças respiratórias informar no formulário de pedido de exames condições do aviário (ambiência) e do ar, para auxiliar na interpretação dos resultados. Suabe de cloaca Normalmente utilizado para Gumboro e para identificar se tem contaminação com Salmonella. O procedimento realizado é o mesmo. ● Exames bacteriológicos (Salmonella); Refrigerada ● PCR e demais técnicas de biologia molecular; Refrigerada ou Congelada ● Isolamento viral; Refrigerada ou Congelada ● ELISA para leucose aviária. Refrigerada ou Congelada Meio: ● Exames bacteriológicos: Água peptonada tamponada esterilizada; ● Biologia Molecular: Meio de transporte para PCR ● Isolamento viral: Solução salina adicionada de soluções antimicrobianas que impede o crescimento de bactérias e fungos Suabe de arrasto Normalmente utilizado para exames bacteriológicos. Usa-se um suabe de arrasto por galpão e quando técnica o procedimento coloca numa bolsa de amostra ou em um frasco e encaminha para o laboratório. Como é feito para testes bacteriológicos, vai usar a refrigeração, não podendo congelar. Tanto no suabe como no propé, o procedimento pode ser realizado das seguintes formas: a) aves de engorda b) aves de postura Isso normalmente é feito após o período de vazio, antes de entrar um novo lote para ver se o galpão foi bem higienizado. Pode ser feito nas caixas de transporte quando chegam os pintinhos de 1 dia, passando o suabe por toda a superfície interna da caixa e encaminha numa sacola plástica estéril para o laboratório. Pode utilizar também o fundo da caixa: usando luvas descartáveis, dobrar o fundo das caixas, de modo que o lado sujo com fezes fique para dentro, e colocá-lo depois em recipiente adequado. Meio: ● Suabes: Água peptonada tamponada esterilizada. ● Fundo de caixa: nenhum. Recipiente: ● Suabes: Bolsa de amostra ou frasco estéril; b) Fundo de caixa: Sacos plásticos resistentes e limpos. Temperatura da amostra para transporte: ● Suabes: Refrigerados (+ 2°C a + 8°C); ● Fundo de caixa: Refrigerado (+ 2°C a + 8°C) ou Temperatura ambiente. Tempo crítico para chegada ao laboratório: Até 24 horas. Exames: Bacteriológico e Micológico. Fezes Coleta de fezes de todo o aviário usando uma espátula e recolhe o material colocando no frasco coletor e leva para o laboratório. O material deve ser envolvido por uma sacola plástica ou uma bolsa de transporte e encaminhada para o laboratório. Se for realizar teste parasitológico, o material pode ser refrigerado e o prazo de chegada no laboratório é de até 24h. O primeiro material fecal dos pintinhos normalmente é feito utilizando o material do incubatório, fazendo exame do fundo ou pode coletar o próprio mecônio para a análise. Normalmente é feito para análise de Salmonella. As fezes são refrigeradas e o mecônio pode ser refrigerado ou congelado. Ovos bicados/ferteis Normalmente colhe os ovos e encaminha uma parte desses ovos para fazer diagnóstico. Normalmente os exames realizados são bacteriológicos, pois a infertilidade pode estar relacionada a infecção bacteriana; algumas aves conseguem fazer postura, mas durante o processo de incubação pode acontecer uma contaminação na casca do ovo. Normalmente não são enviados em meios, são embalados em sacos plásticos estéreis e mantidos sobre refrigeração se for fazer exame de ovos bicados. E se for fazer exame de ovos férteis, normalmente congela para fazer exame do embrião. Penugem Alguns vírus como da doença de Newcastle, o vírus vai desenvolvendo em alguns sistemas e o último sistema que ele se desenvolve é no folículo penoso. Então pode-se tirar a pena da ave e ver se ela está infectada. Às vezes a ave não tem sintomatologia nenhuma, mas é reservatório e o vírus sai pela pena, se dispersando. As penas são colhidas e mantidas em embalagens estéreis. Ao trabalhar com pena, trabalha com peso; sendo enviado no mínimo 25g por lote de exame, mas aproximadamente se manda 100g. A amostra é mantida refrigerada, devendo chegar ao laboratório em até 24h. Pode ser usado para teste bacteriológico ou para PCR. Poeira Onde colher: Instalações como aviário, fábrica de rações e incubatório para avaliar presença de fungo e bactérias. Como colher: Usando luvas descartáveis e com auxílio de uma espátula estéril, gaze ou lenços umedecidos. Coloca numa embalagem plástica estéril. Quantidade: Coletar 10 pontos equidistantes de pó aviário da área (aproximadamente 25 g) Temperatura da amostra para transporte: Refrigerada — principalmente quando vai fazer o teste para Salmonella. Tempo crítico para chegada ao laboratório: Até 24 horas Exames: Microbiológico (ênfase em bacteriológico para Salmonella) Placas de exposição Onde colher: Incubatório Como colher:De preferência manipular a placa de exposição comluvas. Abrir a placa de cultivo no ambiente que se deseja testar por 10 minutos. Fechar a placa e enviar ao laboratório refrigerada Quantidade: Mínimo de um conjunto de placa por ambiente. Temperatura da amostra para transporte: Refrigerada (+2°C a +8°C); Tempo crítico para chegada ao laboratório: Até 24 horas Exames: Avaliação de contaminação ambiental: Microbiológico (bacteriológico e/ ou micrológico. Contagem de microorganismos e caracterização). Em algumas situações tem um protocolo aceitável de número de partículas de microorganismos encontrados no meio, se tiver mais do que o aceitável, significa que a desinfecção do local foi mal feita. Desinfetantes Onde colher: Incubatório/ Granja Exames: Teste de eficiência de desinfetantes a serem utilizados nas granjas Quantidade: Um frasco lacrado. NOTA: Enviar junto com o desinfetante a ser avaliado sua bula ou recomendações do fabricante quanto a diluição a ser usada, partida, data de validade. Temperatura da amostra para transporte: Ambiente Água Normalmente coleta-se no mínimo 100 ml de água de dentro do reservatório, podendo também ser do bebedouro, mas normalmente faz os dois juntos porque a contaminação do bebedouro seja uma contaminação do próprio meio e não do reservatório — quando o bebedouro é do suspenso. Para fazer diagnóstico bacteriológico precisa refrigerar. Para outras análises que não de microorganismos, como para avaliar concentração de cloro, mantém em temperatura ambiente. Uma concentração elevada de cloro pode configurar patologia para a ave. Isso pode influenciar também no açúcar adicionado para quando as aves estão chegando. Cama A cama recolhida para limpeza no vazio só pode ser reaproveitada depois de ser feito esse exame. A amostra deve ser refrigerada para exame bacteriológico. Ração Normalmente para investigar a presença de micotoxinas. O alimento fica reservado no silo que é um ambiente fechado, isso permite a proliferação de fungos. Então corriqueiramente deve ser feita a análise. É avaliado o saco quando chega e o que fica armazenado. Deverão ser coletadas amostras de até 20 sacos, ou de 20% do total de sacos de ração, misturados em um saco plástico. Deverão ser enviados 500 g e guardar outros 500 g para a contra-prova. Deve ser armazenado em temperatura ambiente e enviado por até 24h. Diluentes de vacinas A vacina às vezes precisa ser diluída. O frasco de diluente normalmente fica dentro da geladeira e se não tiver cuidado, a geladeira pode ser utilizada para outras coisas, podendo ter uma contaminação cruzada. Um diluente não estéril influência na respiração vacinal da ave, por isso é importante realizar esse procedimento de forma corriqueira. A amostra deve ser refrigerada. Parasitológico É feita a coleta de fezes de aves vivas ou coleta de material intestinal quando faz necropsia, fazendo raspagem do conteúdo intestinal. O material é examinado para ver se tem presença de ovos liberados. O material coletado deve ser armazenado em frasco ou saco limpos. Deve ser colhido aproximadamente 25g de fezes frescas de pelo menos 10 pontos do galpão. Além da amostra fecal pode recolher a cama e no laboratório a cama é lavada no laboratório e faz o exame da amostra da limpeza da cama. Normalmente mantém refrigerada respeitando o limite de 24h para chegar no laboratório. Vacinação de aves A vacina é uma prevenção específica, cada vacina tem proteção específica para cada patógeno. A vacinação é uma medida preventiva e não curativa. Quando se realiza o protocolo de vacinação dentro da granja tem em vista evitar a circulação do patógeno. Pensa-se individualmente na proteção do animal, mas vai pensar coletivamente em interromper a circulação do agente. Quanto mais controle de tem sobre isso, mais se afasta o agente da localidade a ponto de conseguir erradicar aquele patógeno. O objetivo de vacinar um animal de produção é inibir a circulação de patógenos nesses animais e promover a imunização da ave contra os diferentes patógenos. O animal é usado para impedir a circulação do agente — biosseguridade. As vacinas são aplicadas dentro e de um protocolo chamado programa de vacinação e esse próstata de vacinação respeita o tipo de criação que tem porque, por exemplo, na avicultura de corte, tem um período muito curto de vida do animal, portanto ele é vacinação para alguma das enfermidades e não para todas; basicamente a vacinação deles é feita no primeiro dia de vida do animal; algumas vacinas existem reforço, mas no momento do reforço o animal está sendo abatido. Dentro da avicultura de postura algumas doenças são muito preconizados a vacinação, não pelo aspecto de doença, mas por interferir no processo de produção do ovo. No matrizeiro também devem ser dadas essas vacinas. Ex: ● Bronquite infecciosa: doença infecciosa que acomete o trato reprodutor e interfere na produção de ovos do animal. Portanto, quando vacina o animal, está garantindo que ele vai conseguir produzir ovos de forma constante e de qualidade, então obrigatoriamente essa vacina deve ser dada ● Doença de Newboro: lesão na bolsa cloacal, reduzindo a produção de ovos e pode configurar risco para a postura. O volume da criação também é levado em consideração, pois se tem muito animais, as vacinas massais são mais utilizadas porque vai diminuir custo. Quando tem um número menor de galinhas vai fazer a vacinação individual. Aves criadas de maneira confinada, não tem contato com o ambiente externo, portanto, não se vacina para todas as doenças. Aves criadas de forma extensiva (tem acesso a pasto), precisam de um reforço na vacinação, pois vão se expor mais ao patógeno fazendo o processo de ciscar. Existem programas vacinais que são padrões criados para sanidade e os emergenciais que são utilizados quando tem a ocorrência de um patógeno que não estava previsto naquele local. Existem regiões com tipos de circulação de patógenos diferentes de outras, então as vacinas são diferentes. As vacinas podem ser administrada sob forma sintetizada, onde pega uma fração do antígeno e prepara isso para aplicar no animal e existem situações em que faz o fornecimento do próprio microorganismo; isso deve ser feito sob controle para não fazer a disseminação do agente. Escolha da vacina ● Todas as vacinas devem ser licenciadas pelo ministério da agricultura pecuária e abastecimento. ● Elas devem proteger o plantel e o animal, inibindo a circulação do agente no plantes. ● Deve atender as recomendações estabelecidas pelo Serviço Oficial de Sanidade Animal de cada estado ● Ser administrada de forma compatível com as condições de criação da granja; respeitando o número de animais, o tipo de criação ● Obedecer sempre a apresentação da vacina a ser administrada, se é por via massal ou via individual. Doenças prevenidas por vacinação ● Doença de Marek; ● Doença de Gumboro; ● Varíola aviária; ● Bronquite Infecciosa das Galinhas; ● Doença de Newcastle; ● Coccidiose Apresentação das vacinas Vacinas replicativas São vacinas que se comportam como o vírus, bactéria ou protozoário, em infecções naturais, contendo estes microrganismos e habilitando-os para a replicação do agente no hospedeiro. Estas possuem diversas apresentações podendo ser: vírus patogênico; vírus heterólogos; vírus atenuado. Vacinas não replicativas Não contém o agente viável, sendo compostas por partículas víricas integras. É importante que elas mantenham antigenicidade semelhante aos organismos vivos, ou seja, inertes e sem capacidade replicativa. Estas não oferecem a possibilidade de reversão à virulência e possuem estabilidade térmica, podendo ser consideradas mais seguras, entretanto não resultam em amplificação do antígeno, o que torna sua efetividade inferior à vacina replicativa. Cuidados gerais ● Planejar a vacinação com antecedência e respeitar o cronograma; ● Transportar as vacinas sob refrigeração (2-8 graus Celsius); ● Observar o prazode validade, o manejo da diluição, via de administração e conservação; ● Abrigo de luz e calor; ● Vacinar apenas aves sãs e evitar o estresse das mesmas; ● Não armazenar a vacina após os frascos terem sido abertos; ● Após a vacinação proceder a destruição adequada do frasco (incineração); ● Observar período de carência; ● Ficha de acompanhamento técnico. Vias de administração da vacina Vacinação massal Consegue vacinar um número expressivo de animais com um único método. ● Vantagem: ○ Consegue vacinar um número maior de animais ○ Não precisa fazer a apanha do animal, o que ocasionaria um estresse que pode condicionar um falha na resposta vacinal ● Desvantagem: ○ Necessidade de fazer jejum hídrico, pois se não fizer, o animal não vai consumir o volume de água necessário para de imunizar ○ Diluição: o funcionário falha ao diluir a vacina e a vacina não tem o efeito esperado ○ Higienização dos bebedouros: resíduos de substâncias químicas que utiliza para a higienização, como cloro, pode interferir na estabilidade da vacina, o animal vai consumir a vacina e não vai estar protegido ○ Se estiver muito quente a água pode evaporar, por isso, normalmente se faz no início da manhã ○ Dependendo do teor de nutrientes da reação, alguns deles podiam mais rápido e podem interferir na qualidade da vacina. ○ Pulverização incorreta pode ocasionar a vacinação incorreta do animal. Por isso, normalmente é utilizado para pintinhos de um dia, colocando ele dentro da caixa e pulverizando ou quando o animal sai da incubadora e passa pela estreia tem um pulverizador que vai realizando a vacinação. ○ Não se pode garantir que todos os animais foram um imunizados Vacina via oral Normalmente estimula-se os órgãos linfoides intestinais e o fígado. ● Água: ○ Vantagens: ■ econômico ■ prático ■ rápido ■ pouco estressante para as aves ■ permite boa disseminação horizontal do vírus vacinal. ○ Desvantagens: ■ os problemas causados pela má qualidade da água, ■ o estresse ocasionado pelo jejum hídrico, ■ vacinação incompleta do lote ■ doses não uniformes ● Alimento: Usada especialmente em algumas vacinas contra coccidioses. É realizada a pulverização da vacina sobre o alimento que será consumido em 24 horas. Vacinação por aspersão Quando realizada na idade correta e com as vacinas adequadas é um método de vacinação em massa que promove o estímulo das mucosas conjuntivais, a sensibilização da glândula de Harder (glândula que fica na órbita ocular, e ao usar a vacina por via ocular estimula essa glândula a produzir células da imunidade) e distribui o antígeno vacinal na cavidade nasal e nas passagens do trato respiratório e parte da cavidade oral. Pode ser realizada no incubatório com pintinhos de 1 dia no campo No caso de doenças respiratórias, a glândula de Hander é a primeira a fazer uma resposta. Vacinação individual ● Desvantagem: ○ O estresse gerado no animal pela apanha gera uma possibilidade de não responder adequadamente à vacina ● Vantagem ○ Como as vacinas são acompanhados por um marcador, consegue identificar o animal que recebeu vacina e permite acompanhar de ele teve uma boa resposta Vacinação via ocular e nasal ● Vantagens: certeza de que todas as aves foram vacinadas e também a produção de uma imunidade rápida e uniforme; ● Desvantagens: o estresse das aves e da grande quantidade de funcionários demandados para esta atividade; Obs: Recomenda-se a vacinação das aves pela manhã para evitar o seu estresse calórico. Vacinação via membrana da asa A vacina é aplicada perfurando a face interna da membrana da asa, podendo a agulha ser única ou dupla, ou então um estilete específico. O vacinador é submergido na solução vacinal e assim após a contenção da ave, perfura-se a membrana da asa se atentando para não perfurar o músculo da região Quando a vacina começa a reagir, produz uma resposta inflamatória. Isso é importante, pois significa que a ave foi imunizada. Vacinação via injeção Pode ser subcutânea ou intramuscular e sua recomendação é para vacinas vivas ou inativada; Normalmente a vacina subcutânea é realizada nos primeiros dias das aves e já a intramuscular preferencialmente em matrizes. Como está fazendo subcutânea, tem um número de vacinações por agulha. Se a agulha começa a perder o bisel também tem que trocar a agulha. Preferencialmente é feita no primeiro dia de vida, pois vai ter um maior número de células para responder a vacina; além disso é mais fácil vacinar os animais na incubadora. Vacinação in ovo Vacinação de toda a bandeja de incubação ao mesmo tempo. Método bastante eficiente, utilizado nos matrizeiros. O pintinho já nasce imunizado A vacina é realizada via membrana do ovo Os benefícios da tecnologia in-ovo são: ● indução de resposta imune precoce; ● redução da resposta estressante associada à vacinação pós-eclosão; ● precisão da inoculação e contaminação reduzida devido à desinfecção automatizada das agulhas entre as inoculações ● redução no estresse e lesões por esforço repetitivo dos funcionários utilizados durante a vacinação. Desvantagens: ● Como contra se tem um alto investimento demandado. Sistema imunológico das aves O sistema imunológico tem uma resposta bastante parecida e com as mesmas funções das demais espécies domésticas. Os microorganismo têm uma necessidade, às vezes, de se desenvolver dentro do corpo de um indivíduo, então basicamente eles acessam o corpo pela pele, pela boca, pelo olho, pelas narinas. Como todo corpo estranho, quando ele começa a ser instalar e se reproduzir no organismo, a tendência natural é que as células façam essa primeira linha de defesa. Então essas células inespecíficas começam a agir; mas se elas não conseguem parar a invasão, um outro sistema é ativado para tentar controlar de forma mais efetiva aquele tipo de agressão. Portanto, a principal função do sistema imunológico é reconhecer essa agressão, seja essa agressão imposta de maneira física, química ou biologia; e posteriormente atuar no mecanismo de defesa com uma linguagem mais imediata (inespecífica) e uma segunda linhagem mais específica. Dessa maneira, existem dois tipos de imunidade no corpo de uma ave: ● Imunidade inata: parte mais inespecífica ● Imunidade adquirida: tem um espetinho mais específico de acordo com o agente causador do impacto sobre o corpo do animal A imunidade inata é condicionada por um conjunto de células que formam as primeiras barreiras de acesso de um agente causador de injúrias; essas células estão presentes na pele, nas mucosas, na estrutura digestiva, etc. Elas atuam imediatamente a uma ação de um agravo e tendem a minimizar o impacto produzido por esse tipo de agente e a sua multiplicação. Se essa imunidade não seja suficientemente capaz de controlar essa agressão, ela ativa o sistema de imunidade adquirida. A imunidade adquirida pode se manifestar de duas maneiras: ● Linfócitos B que produzem anticorpos: sistema sensibilizado pela vacina. ● As células de defesa (linfócitos T) começam a agir contra a célula que está infectada. A imunidade inata é sempre a primeira linha de defesa e essas células estão sempre presentes em barreiras físicas e químicas, são elas: células fagocitarias, células natural killer, células dendríticas, proteínas do sangue. Essa defesa é inespecífica, então ela vai agir de acordo com a entrada de um agente agressor, independente da ação de algum imunógeno. Ela é observada se tiver um vírus atingindo a pele de uma ave, se um ácaro causador de sarna estiver se alojando no corpo dessa ave, se a ave receber uma lesão traumática por qualquer motivo. As aves possuem um grupo celular que não está presente nas outras células, que são os heterófilos e essas células são muito importantes no mecanismo de fagocitose dos agentes patogênicos. Esse tipo de célula produz uma resposta do tipo caseosa. Esses heterófilos também pode ativara imunidade adquirida. A imunidade adquirida tem o objetivo de: ● Reconhecer e eliminar seletivamente molécula e microorganismo estranhos que sejam específicos, pois já houve um reconhecimento por parte da imunidade inata, que não conseguiu distruir esse microorganismo e agora essa imunidade adquirida vai ter que tentar destruir; ● Produzir uma especificidade antigênica através da produção de uma memória imunológica que vai deixar o organismo em alerta para que uma vez que aconteça o contato com aqueles agente específicos, ele seja capaz de reconhecer rapidamente e destruir, isso é importante, principalmente, para digerir o que é próprio do organismo e o que não é. ● Os mecanismos de defesa são tanto de caráter humoral (linfócitos B), como de caráter celular (linfócitos T) que é o sistema de destruição. A imunidade adaptativa pode ser adquirida de forma passiva ou de forma ativa: ● Passiva: transferência de anticorpos de uma ave já imunidade para outra ● Ativa: resposta do hospedeiro ao agente que ela teve contato diretamente Componentes do sistema imune das aves: ● Órgãos linfoides: produtores dos linfócitos ● Órgãos não linfoides: produzem as células não específicas A formação das células linfoides podem ser do tipo: ● Primário como é o caso da Bursa de Fabricius, do Timo e a medula óssea (assim como nas outras espécies animais, existe uma diminuição do tamanho do timo com a evolução do crescimento da ave, sendo a produção de linfócitos substituído por outros tecidos linfoides). ○ Timo: produtor de linfócitos T ○ Bursa de Fabricius: produtora de linfócitos B ○ Medula óssea: produtora dos dois linfócitos ● Sistema imune secundário produtor de linfócitos: é o caso da glândula de Hander (que fica perto do olho, por isso, em muitos casos a ave é vacinada por via ocular), baço, tonsilas esofágicas, tonsilas pilóricas, tonsilas cecais, placas de Peyer, divertículo de Meckel e os tecidos linfoides associados as mucosas. Tipos de células Células agranulocíticas Não conseguem fazer a liberação de grânulos no momento da defesa. São eles: ● Linfócitos ○ Pequenos ■ Linfócitos B: grupo produtor da imunoglobulinas, responsáveis pela imunidade humoral ■ Linfócitos T: podem se diferenciar em dois tipos celulares ● Linfócitos T auxiliares: estimula o processo de desenvolvimento dos linfócitos B, aumentando a produção de anticorpos e estimula mais células de defesa para que cheguem no local onde os microorganismos estão se desenvolvendo através de citocinas. ● Linfócitos T citotóxicos: são ativados pelas células infectadas, se multiplica e agr como uma célula para destruir a célula que está infectada ○ Grandes ■ Células NK: também tem a capacidade de fazer a lise de células infectadas e tem um efeito citotóxico e ele depende da produção de anticorpos para que tenha uma ação mais efetiva. Ela não é um linfócitos T, porque é uma célula muito grande e não foi produzida nem pelo Timo e nem pela Bursa; no entanto, ela tem uma ação como a do linfócito T, mas o linfócito T tem dois grupos diferentes, enquanto a natural Killer não faz isso, mas essa ação só acontece depois que tem uma produção humoral, diferente dos linfócitos T ● Macrófagos: células importantes no processo de fagocitose. Eles se distribuem nos fluidos corporais, nos órgãos, nas cavidades, etc. São eles que fazem a apresentação do antígeno, sendo um regulador muito importante. Libera substâncias importantes (interleucinas) para a comunicação celular. ● Monócitos ● Trombócitos: também possuem atividade fagocitose intensa, tendo também uma estrutura interna composta de lisossomas, sendo capazes de produzir a lise dos microorganismo no seu interior Na ave observa-se a formação de dois tipos de imunoglobulinas: ● IgA ● IgM ● IgY Os linfócitos T precisam de uma célula apresentadora de antígeno (células inespecíficas) que apresentam o antígeno para as células T para que comecem a agir. Além disso, precisam de um receptor chamado MHC estejam presentes nessas células; no caso das aves, os tipos de MHC envolvidos são: ● B-F: é o MHC de classe 1 e é responsável por fazer o feedback das respostas da célula T, porque a célula T precisa ter um reconhecimento do que é próprio e do que não é próprio para que ela não comece a destruir o que é próprio. ● B-L: é o MHC de classe 2 e é responsável por fazer o reconhecimento antigênico, estimulando a multiplicação da células T auxiliares ● B-G Os linfócitos T são responsáveis por apresentarem receptores específicos (alfa, beta, ypsilo e gama) e por produzir CD4 e CD8 que são marcadores celulares. Dependendo do tipo de receptor, a célula T pode ser: ● CD4+ (receptores alfa/beta): vai produzir as citocinas (substâncias que fazem regulação do sistema imune para que a célula de defesa não comece a agredir as próprias células) ● CD8+ (receptores alfa/beta): função de citotoxidade, de lise celular As células NK fazem a lise de células infectadas, podendo fazer um conjunto bastante expressivo de células, no entanto, são dependentes da produção de anticorpos. Além disso, elas impedem a replicação viral em conjunto com os interferons. Células granulocíticas Liberam substâncias que são responsáveis por tentar destruir a ação do patógeno. ● Heterófilos: equivalente aos neutrófilos para os mamíferos, sendo muito importante para as aves, por serem células alentadoras de antígeno para os linfócitos T. Podem fagocitar e destruir o microorganismo mesmo antes da resposta pelo linfócito T ou B. ● Eosinófilos: geralmente estão presentes na pele em grande quantidade e estão sempre aumentados em casos de dermatite. ● Basófilos: tem ação semelhante a dos mastócitos, liberando substâncias mediadoras e assumem o papel que os eosinófilos têm nos mamíferos — chegam no local onde tem uma infecção parasitária e liberam as substâncias mediadoras que aumentam a concentração de células de defesa para conseguir bloquear a ação parasitária. ● Mastócitos Mecanismos da resposta imune Imediatamente ao contato de um agente causador de uma injúria com o organismo do hospedeiro, vai acontecer a migração dos heterófilos para essa região para começar o processo de defesa inespecífica. Se os heterófilos não conseguirem adequadamente inibir a invasão, eles fazem um estímulo para a chegada dos macrófagos. Os macrófagos vão ajudar na fagocitose e vão começar a produzir citocinas (interleucinas e interferons) que vão estimular a produção do maior número de células. A imunidade adquirida acontece a longo prazo. Se inicia a produção de anticorpos ou o estímulo das células apresentadoras de antígeno ativando os linfócitos T que vão sofrer um processo de multiplicação, ocorrendo diferenciação entre os linfócitos T citotóxicos (TCD8) e os linfócitos T auxiliares. Fatores que interferem no sistema imune ● Incubação mal feita: ocorre uma diminuição do timo e da bursa, logo, os linfócitos não são bem produzidos. A incubação mal feita pode ser por: ○ Temperatura ○ Ventilação ○ Hidratação ○ Uso não adequado de formaldeído na lavagem dos ovos antes da incubação ● Estresse térmico: faz com que o animal tenha estímulo da produção de células inflamatórias Parasitose em aves Quem do ponto de vista direto pelos prejuízos que o parasito causa na ave, o estudo das parasitose também tem importância do ponto de vista indireto, em relação às parasitoses existem alguns problemas, como por exemplo: boa parte dos parasitas que se desenvolvem no trato digestivo da ave acabam desenvolvendo uma abertura entre a luz do intestino e a parede intestinal; muitos microorganismos acabam aproveitando essa facilidade, podendo estabelecer uma bacteriose de caráter septicêmico. Portanto, controlar parasito significa que se controla a abertura de porta de entrada para outros microorganismos. Além disso, a importância do estudo das parasitoses se faz em decorrência da necessidade do uso de medicamentos; às vezesesses produtos são administrados nas aves de forma inadvertida e alguns deles interferem na produção porque o alimento pode não ser mais consumido enquanto o produto estiver com resíduos do produto, então isso acaba restringindo muito o mercado de consumo desses alimentos. Principais parasitoses ● Helmintoses: produzidas por helmintos da classe trematoda, cestoda e nematoda ● Artropodidoses: produzidas por ectoparasitos ● Protozooses: produzidas por protozoários Helmintoses Nematodioses O ciclo pode acontecer: ● De forma direta: com a ingestão direta do ovo pelo hospedeiro ● De forma indireta: com a participação de outros agentes no mecanismo de transmissão Ascaridiose Muito frequente em galinhas criadas em sistemas semi-intensivos ou extensivo, que costumam ter acesso à pasto. Essa é uma prática muito comum na criação hoje em dia pelo ponto de vista do bem estar animal, onde a ave pode ciscar, ingerir pedras, areia — que facilitam no processo digestivo — e alguns artrópodes que servem de reserva de energia para elas. No entanto, isso dificulta no ponto de vista de sanidade, dificultando o controle das helmintoses. A Ascaridiose é causada pelo Ascaridia galli que é um verme redondo de grande porte que tem a localização a nível de intestino delgado das aves e adiantar algumas situações específicas, como a possibilidade da larva produzir uma lesão a nível de mucosa intestinal. Essa lesão ocorre porque em determinadas circunstâncias, quando a larva chega no intestino depois da ingestão do ovo, ela passa por um processo de quiescência, podendo se alojar dentro de nódulos na parede intestinal aguardando um momento mais efetivo para ela dar continuidade ao ciclo; depois que ela sai do nódulo, o nódulo tende a formar um tecido cicatricial e esse tecido perde um pouco da função e isso acaba sendo prejudicial. Quando essas larvas entram na parede do intestino, formando esse nódulo, elas podem acabar carreando junto com ela bactérias que estão na luz do intestino, podendo falar uma infecção secundária. Portanto, como processo patogênico observa-se: ● Formação de nódulos na parede pelas larvas. A forma adulta é exclusiva de parede do intestino, elas se prendem na mucosa pela boca; portanto, elas não formam nódulos. ● A forma adulta pode produzir quadro de diarreia porque como ficam fixos na parede, eles podem aumentar a frequência do peristaltismo. ● Uma anemia pode ser causada por conta das lesões a nível de mucosa intestinal, não havendo uma absorção por essa parte lesionada. ● Quadro de obstrução condicionado pela presença da forma adulta, pois são parasitos de grande porte. Essa obstrução pode causar um processo de ruptura intestinal, levando à morte da ave. Para que a infecção aconteça, precisa de aves que sejam portadoras da forma adulta. Essas aves vão liberar ovos simples para o ambiente, que vai sofrer processo de embriogênese. Uma outra ave vai ser infectar através da ingestão do ovo larvado. A infecção pode sofrer também através da ingestão de um hospedeiro paratênico (artrópode ou animal invertebrado) com o ovo larvado no seu interior. Dentro dessas criações o produtor costuma usar os dejetos das aves como fertilizante e um dos principais invertebrados que auxilia no processo de fertilização do solo são as minhocas, que conseguem transformar essa matéria orgânica em uma matéria proteica, rica em nitrogênio, que deixa a terra mais fértil; exatamente quando ele ingere a matéria orgânica para transformá-la em um material proteico, ela acaba entrando em contato com o ovo larvado. Quando a ave está ciscando, ela acaba capturando essa minhoca e se infectando. Heteraquiose Causada pelo Heterakis gallinarium. Além deste helminto ser considerado um verme de importância médica veterinária na criação, ele é também um vetor biológico do Histomonas que é um protozoário, então quando a ave se infecta por Heterakis, ela pode se infectar também pode Histomonas. O ciclo biológico também envolve animais infectados que eliminem pelo material fecal os ovos do parasito. O animal infectado elimina ovos, esses ovos têm que encontrar no ambiente condições satisfatórias para a embriogênese e ele pode ser tanto ser ingerido por um hospedeira paratênico como pode ficar livre no ambiente de forma direta, sendo o ovo larvado posteriormente ingerido por uma ave sadia. Uma vez que o ovo é ingerido, sua camada dupla é destruída pelo processo digestivo químico da ave no pró ventrículo, liberando a larva que vai migrar para a parede intestinal, onde também pode formar nódulos, porém, observa-se que a predominância dessas formações nodulares acontecem na parte glandular do ceco; isso é importante porque se houver destruição dessa parte glândula tem um comprometimento a nível de proteção da ave, podendo diminuir a capacidade de resposta imune na região do ceco que é aonde tem uma concentração maior de células de defesa, então essa ave pode não só sofrer com a infecção em si, como ela pode também se tornar mais suscetível a outras enfermidades porque ela tem uma redução na capacidade de resposta inflamatória por conta da agressão imposta pelo parasita. Normalmente o ciclo dura em torno de 1 mês para se completar e as larvas que se encontram na parede do ceco se tornam adultos que podem realizar a cúpula, e a fêmea começar a liberar ovos. Normalmente, os adultos também ficam embebidos na mucosa e a fêmea perfura a parede do intestino em direção à luz para fazer a deposição dos ovos, sendo também um processo muito traumático para a ave, determinando um quadro inflamatório chamado de tiflite. As drogas utilizadas no tratamento são o mebendazol utilizado normalmente na ração, o levamisol e a fenotiazida. Observa-se que a ave vai ter uma dificuldade de defecação devido à diminuição do processo de reabsorção hídrica causada pela presença do parasito e quando presente, as fezes são de coloração escura. Capilariose Agente: Capillaria spp Existem várias espécies desse helminto e cada uma das espécies têm uma ave como hospedeiro de maior sensibilidade e uma localização diferente, podendo envolver ou não a participação de um hospedeiro paratênico. ● C. obsignata: ● C. caudinflata ● C. anatis ● C. annulata ● C. contora Normalmente, os ciclos de patogênese acontecem 20 dias após a infecção e como de toda maneira existe o ambiente servindo como fonte de infecção, observa-se o diagnóstico através da presença de ovos em fezes. Independente do local de parasitismo que o parasita assume no corpo do animal, a vida de eliminação é sempre a fecal, então consegue-se identificar os portadores do parasita pela presença do ovo na fezes. Como forma de tratamento usa-se algumas drogas como levamisol e fenbendazol. Observa-se no intestino o aspecto enegrecido devido a concentração de material fecal, diferenciando o diagnóstico do Heterakis pelo ovo do parasita. O ovo de Capillaria é simples e bioperculado. Percebe-se também a possibilidade da formação de petéquias ao longo da mucosa digestiva, desde o esôfago até o intestino. Distafarinxose Agente: Dispharynx nasuta Espécie que parasita o pró-ventrículo. Envolve a participação de um hospedeiro intermediário — cascudinho. Como a localização é a nível do trato digestivo superior, onde ocorre a digestão química, o parasito começa a interferir na digestão e a ave vai ter dificuldade no processo digestivo, observando-se com frequência uma estase do alimento, o que faz com que a ave deixe de comer. A localização a nível de parede também pode produzir um aumento na secreção fisiologia dentro do pró-ventrículo e pouco alimento vai estar sendo ingerido, isto leva a provocações de úlceras, causando a morte do animal. Singamose Agente: Syngamus trachea Tem localização a nível de traqueia. Normalmente observado em aves jovens, não em aves adultas. A fêmea produz ovos com uma boa estrutura protetiva, podendo durar até 8 meses no ambiente, gerando necessidade dahigienização do ambiente sempre que houver um tratamento anti helmintico. A larva de terceiro estágio pode ficar quiescente no corpo do animal por anos e de repente começar a se desenvolver. A infecção pode ocorrer tanto por ingestão direta do ovo, como por ingestão de hospedeiro paratênico portador. O diagnóstico é feito por necrópsia e exame coproparasitológico. No tratamento utiliza levamisol, tiobendazol, fenbendazol ou nitroxinil. O ovo eliminado é simples e a embriogênese ocorre no ambiente. A larva pode sair do ovo e ser ingerida diretamente pelo hospedeiro ou o hospedeiro paratênico pode ingerir o ovo ou a larva, ou o próprio hospedeiro pode ingerir o ovo. O macho e a fêmea dessa espécies vivem em cópula permanente. A larva também consegue fazer penetração pela mucosa e vai chegar na traqueia pela migração realizada do intestino para o pulmão e do pulmão até a traqueia. Observa-se que a ave tem dificuldade respiratória. Tetramerose Agente: Tetrameres confusa Tem um ciclo indireto, envolvendo a participação de um hospedeiro paratênico. Parasita também o pró-ventrículo, ocasionando dificuldade na alimentação, formação de úlceras gástricas. A ave normalmente vem a óbito porque ela deixa de comer. A fêmea tem o corpo globoso, mas o macho é sempre filariforme. O macho e a fêmea ficam em cópula permanente. Cestodioses Todo cestoda tem ciclo heteroxeno, envolvendo um hospedeiro intermediário que está relacionado com o seu habitat. Aspectos comuns: ● Diarreia de diferentes aspectos ○ Sanguinolenta: Davainea ○ Sem sangue: Railletina ● Dilatação abdominal devido à perda de líquido ● Apatia ● Prostração ● Perda de peso devido ao desvio energético ● Anemia Railetinose Agente: Railletina spp Cestódio de médio porte. O parasita prende-se à parede intestinal, ocasionando um nódulo caseoso em cada local onde o parasita se fixa, que vai também influenciar no processos de absorção do animal. Portanto, observa-se como sintoma: diminuição do ganho de peso, redução da capacidade de postura dos ovos. Essa espécie usa como hospedeiro intermediário alguns caramujos, formigas, moscas. Davaineose Agente: Davainea proglotina É o mais patogênico para a ave porque o processo de fixação desse cestódio provoca um quadro entérico hemorrágico; ele vai lesar a parede intestinal, fazendo com que o sangue saia da parede da mucosa e vá para a luz do intestino. Observa-se também que as fezes da ave vai ser mais líquida (devido ao processo de enterite que diminui a absorção de água) e com presença de sangue. Como uma porta de continuidade é aberta com os vasos sanguíneos, uma bactéria consegue facilmente adentrar, causando um quadro septicêmico. As aves tendem a um quadro de prostração, com as asas caídas, pena arrepiadas, devido ao processo inflamatório. Trematodioses Tiflocelose Agente: Typhlocelum cucumerinum Parasito de traqueia; o parasito de prende na parede de traqueia, o que aumenta a vascularização no local para aumentar a proteção, no entanto, isso pode abrir uma porta para outras enfermidades. A traqueia inflamadas dificulta o mecanismo respiratório e por conta da hiperemia, a ave começa a produzir muito muco, que também dificulta a respiração. Portanto, o quadro patológico é respiratório. O ovo é eliminado junto com o dejeto. Os trematódios são hermafroditas, então ele vai produzir ovos na traqueia e eles vão sair junto com o muco produzido, passando pelo trato digerido com o muco e sendo eliminado pelas fezes, então o diagnóstico é feito por amostra fecal. Filoftalmose Agente: Phylophtalmus gralli É um parasita que usa caramujos aquáticos no seu ciclo e parasita a conjuntiva de aves. Protozooses Histomonose Agente: Histomonas meleagrides Normalmente observa-se o quadro patológico em perus e pavões porque as galinhas e galos são assintomáticos. O Histomonas usa o Heterakis como vetor, então normalmente o diagnóstico é feito com a observação de ovo de Heterakis. A localização natural do Histomonas é o ceco que coincide com a localização da forma adulta de Heterakis e o comportamento do Heterakis de penetrar na mucosa acaba auxiliando a entrada do Histomonas a nível de mucosa intestinal. O grande problema é que o Histomonas consegue, pela circulação, chegar em outros órgãos; predominantemente, acabam do intestino para o fígado, causando lesões necróticas no ceco e no fígado; começa com um abcesso que necrosa e dessa necrose forma uma úlcera; isso acaba determinando para o animal um quadro bastante agressivo e ele acaba vindo a óbito. Há uma modificação na aparência do dejeto que passa a ser mais amarelado. O diagnóstico conclusivo é feito na necropsia, porque não se visualizar Histomonas na amostra fecal; a presença de Heterakis é um diagnóstico sugestivo. Geralmente as drogas utilizadas são o dimetridazol, nitrotiazol e nitiazida; que conseguem atingir parasitose a nível de fígado. Tricomonose Agente: Tricomonas Observa-se a presença de lesões orais que podem evoluir para uma infecção gastrointestinal e também hepática, determinado normalmente processos caseosos a nível de intestino e de fígado. Onde visualiza a presença do parasita, vai estimular um aumento da resposta inflamatório com aspecto caseoso e verifica-se um aumento de secreção também, então a ave fica com saliva vertendo do bico com frequência. Observa-se também a presença de diarista quando há um comprometimento gastrointestinal. Tratamento: metronidazol, dimetridazol e ramidazol que são drogas muito tóxicas que acabam também determinando uma diminuição de ingesta de alimento pela ave. É uma enfermidade comum em criatórios de pombos. Dependendo do tamanho do abscesso pode impedir a passagem de alimento e a ave deixa de se alimentar. Para galinha não se observa com muita frequência. Coccidiose É a parasitose mais importante dentro da criação de aves. É uma enfermidade produzida por um protozoário, sendo o mais importante, o gênero Eimeria. Esse gênero pode apresentar várias espécies e essas espécies têm preferência por determinadas regiões do corpo do animal. Como é um protozoário de desenvolvimento intracelular obrigatório, a necessidade de ele estar na célula e se reproduzir acaba facilitando também a entrada microorganismo. Particularidades ● As aves mais jovens são mais comumente infectadas porque durante o processo reprodutivo do protozoário existe um mecanismo chamado de diapausa que é um mecanismo que o sistema imunológico da ave produz para tentar combater a reprodução do protozoário. Os animais mais jovens, normalmente não tiveram contato com esse agente, não conseguindo produzir esse efeito da diapausa, então o protozoário não é inibido no processo de desenvolvimento. ● Existe no mercado a utilização de medicamentos coccidiostáticas que são empregadas em alguns tipos de granja, no entanto, embora essas drogas reduza a mortalidade, não diminui a morbidade, porque essas drogas têm efeito sobre o processo reprodutivo assexuado, ela precisa que o agente invada o tecido e comece esse ciclo reprodutivo para ela começar a agir; então ao usar essa droga, vai ao interromper a formação de 2º,3º ou 4º gerações, mas o protozoário teve que entrar na célula e essa entrada já causa o quadro mórbido. ● O gênero Eimeria pode ser encontrado nos mais diversos tipos de criação. ● É comum o aparecimento em aves criadas em fundo de quintal porque o contato com o meu favorece muito a infecção. ● Como são muitas espécies, algumas delas se apresentam na forma de surtos, como é o caso da E. tenella e E. acervulina. Ao longo do trato intestinal, o protozoário pode se desenvolver nas diferentes áreas: ● Duodeno: E. acervulina, E. mivati, E. praecox, E. hagani ● Jejuno-íleo: E. maxima, E. necatrix ● Íleo: E. mitis, E. brunetti ● Ceco: E. tenella O desenvolvimento do agente ocorre: ● Ciclo reprodutivo assexuado: esquizogonia ● Ciclo reprodutivo sexuado: gametogonia ● Processo que aconteceno ambiente: esporogonia Uma ave infectada vai desenvolver primeiro o ciclo esquizogônico, posteriormente o ciclo sexuado que vão formar os “ovos” que serão eliminados para o meio onde vai esporular (ganhar infectividade). Cadeia de transmissão ● Ambiente onde está sendo criado o animal infectado e os animais sensíveis. ● O animal infectado vai liberar os oocistos e forma não esporulada. ● Os oocistos precisam de condições ambientais para sofrer o processo de esporulação e posteriormente de um veículo que facilite a chegada dele esporulado ao corpo da ave sensível que vai ingeri-lo. ● Os veículos podem ser: a água, o alimento ou vetores mecanicos. Se quiser fazer controle, obrigatoriamente tem que usar recursos no ambiente que vai impedir o processo de esporulação. Patogenia: ● Como ele tem uma localização a nível de alça intestinal, cada vilosidade que é destruída é recomposta por um tecido cicatricial, então a tendência é que a vilosidade encurte e menor será a área de absorção; isso vai desencadear a curto e médio prazo uma diminuição no processo de absorção de nutrientes, então a ave tem um banho de peso comprometido. ● Destruição das células intestinais ● Perda de fluidos das células ● Pode observar hemorragia dependendo da região onde o protozoário conseguiu se estabelecer e se reproduzir. ● Vai abrir uma porta de entrada para outros microorganismos, principalmente as enterobactérias que tem localização a nível de intestino. ● Contribui para a diminuição na absorção de zinco, cálcio — comprometimento na casca do ovo — e glicose — o animal fica sem energia, fica prostrado Sinais clínicos: ● Diarreia condicionada pelo processo reprodutivo assexuado, podendo ou não ter muco e/ou sangue, dependendo da localização do ciclo. ● Processo de desidratação da ave porque ela perde muito líquido ● A ave busca muita água devido a perda de líquido ● Penas eriçadas ● Perda de apetite ● Perda de peso ● Prostração ● Anemia ● Apatia ● Pode-se observar o óbito do animal Lesões por Eimeria acérvulina Produz lesões a nível de duodeno e jejuno, ocasionando o encurtamento das vilosidades. Lesões por Eimeria maxima ● Presença de petequias ● Afeta a região média dó intestino ● Área de congestão ● Leva a ave a óbito Lesões por Eimeria tenella ● Localização exclusivamente cecal ● Presença de sangue na luz do ceco porque essa espécie provoca lesão a nível de vasos. O diagnóstico é feito: ● Por exame coproparasitológico. ● Pode-se fazer contagem de oocisto na cama ● Exame de raspado da mucosa intestinal na necrópsia de animais doentes ou de animais para caráter amostral. Prevenção e controle ● Manejo: porque tudo o processo de esporulação acontece no ambiente, então intervindo no ambiente, interfere na esporulação e a ave sensível não é infectada porque o oocisto não consegue desenvolver os esporozoítas no seu interior ○ Evitar umidade na cama ○ Evitar estresse ambiental ○ Regulagem de bebedouros e comedouros ● Desinfetantes comuns são pouco efetivos. Geralmente quando faz limpeza da cama tem que usar calor. Dentro do lote, optar por não usar amônia e brometo porque, embora eficazes, são tóxicos para a ave. ● Promover uma resposta imune expondo o animal a doses pequenas de oocistos para que eles promovam diapausa; não é uma vacina, é um imunoestimulante. ● Pode utilizar drogas com efeito coccidicidas ou coccidiostáticas ● As drogas podem ser incorporadas na ração como forma preventiva. Ectoparasitoses Ascaríases Citoditise Agente: Cytodites nudus Ácaro que fica normalmente no saco aéreo e pode ascender até o pulmão e produzir uma pneumonia granulomatosa porque vai produzir um processo caseoso. Pode acometer sacos aéreos, ossos pneumáticos, brônquios, pulmões. Devido ao quadro de pneumonia, a ave tende a ficar com o bico aberto, com dificuldade de respirar. Além disso, observa-se também como sinais clínicos: ● Tosse ● Dificuldade respiratório ● Perda de peso porque ela fica com bico aberto, portanto, não consegue se alimentar adequadamente. ● Pode vir a desenvolver um quadro de peritonite e isso levar a óbito ● Obstrução de viatura aéreas pela produção dessa secreção caseosa ● Aerossaculite (inflamação dos sacos aéreos) ● Pode levar a óbito Ornithonyssus spp É um ácaro comum de ambiente de criação de ave. Passa a maior parte do tempo no sangue e só cai no corpo da ave para se alimentar. São hematófagos. Acontecem frequentemente em criações de pequeno porte e de postura porque o predomínio de localização deles é a nível de ninho e geralmente quando a ave vai chocar ela se aloja no ninho e nesse momento o ácaro consegue se alimentar do sangue dela, precisando a pele e causando lesões na região de cloaca. Pode provocar injúria em pessoas também, o ácaro pode perguntar a pele para se alimentar do sangue, causando dermatite. Sarna podal Agente: Knemidokoptes sp Não são todas as aves que vai apresentar o quadro, deseje da resposta imune do animal. Patologia de evolução lenta e a transmissão ocorre por contato direto de uma ave com a outra. A transmissão entre aves de diferentes espécies também pode ocorrer. Causa lesão caseosa nos pés que causa perda da flexibilidade e, por isso, ela não comuns adequadamente. Embora seja uma lesão externa, pode comprometer a sobrevida da ave e causar inanição. O ácaro pode ser visto através da observação da crista retirada. Pode acontecer também no bico, sendo chamada de sarna do bico. Acaríase Agente: Laminosioptes cisticola Ácaro que vive em tecido subcutâneo, provocando uma resposta caseosa. Pode ser encontrada em diversas espécies animais. Tem importância expressiva na criação de frango de corte porque pode provocar lesões que determinem uma depreciação da carcaça, perdendo o valor de mercado. Infestação por insetos Pupíparos Insetos hematófagos (estresse no corpo do animal) que podem determinar um parasitismo permanente das aves e condicionar a diminuição do ganho de peso e a redução da capacidade produtiva. Na região abdominal da fêmea observa-se a presença das pupas presas. Infestação por piolhos Existem um número bastante expressivo de piolhos malófagos (usam a peça bucal para mastigar a pena e se alimentam dela). Às vezes podem estar alojados na base da pena e produzir uma descamação da pele. Provocam estresse para a ave que acaba determinando uma diminuição no ganho de peso e redução no processo de postura. Além disso, a presença de piolhos no corpo das aves pode estimular um processo de canibalismo; a ave começa a picar as aves parasitadas para tirar o parasito. Observa-se uma formação caseosa na base da pena ocasionada pelo processo inflamatório. O animal começa a ficar sem pena ou a pena pode perder a qualidade e isso pode influenciar na termorregulação. Viroses aviárias Anemia infecciosa das galinhas Provocada por um vírus da família Circoviridae, que é um vírus importante na área de produção Características morfológicas: pequenos (variando de 23-25nm), não envelopado, possui forma icosahédrica e seu genoma é um DNA circular de fita simples negativa. Esse vírus é capaz de codificar 3 proteína chamadas VP1, VP2 e VP3. Essas proteínas são importantes no critério de de desenvolvimento patogênico porque são elas que vão determinar agressões em determinadas situações típicas da infecção. A VP1 tem um raio de ação que está relacionado com o timo, o baço e o fígado. Ela pode induzir a um processo de produção de células de defesa e, consequentemente produzir um quadro de imunossupressão para o animal. A VP2 é uma proteína bastante encontrada durante o processo de replicação e quando essa proteína é detectada, consegue-se determinar o momento exato da infecção; tendo portanto, importância no processo diagnóstico. A VP3 é uma proteína capaz de produzir a apoptose celular e está condicionada a uma redução da produção de células sanguíneas do animal, ocasionando
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