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PAGE 
20
CURSO DE PEDAGOGIA ANOS INICIAIS
ÊNFASE EM EDUCAÇÃO ESPECIAL
Cleuza Lemes da Silva
RELATÓRIO DE ESTÁGIO I
Santa Cruz do Sul, janeiro de 2010
Cleuza Lemes da Silva
RELATÓRIO DE ESTÁGIO I
Relatório do Estágio I apresentado à Disciplina de Estágio do curso de Pedagogia Anos Iniciais do Ensino Fundamental- Ênfase em Educação Especial da Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC.
Orientadora: Profª. Rosa Maria Schneider
Santa Cruz do Sul, janeiro de 2010
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................04
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃOENTIFICAÇÃO.........................................................05
2 ATESTADO.............................................................................................................06
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................................................07
3.1 Sobre Observação................................................................................................07
3.2 Gestão Democrática.............................................................................................10
3.3 Projeto Pedagógico..............................................................................................10
3.4 Diagnóstico...........................................................................................................14
3.5 Regimento Escolar...............................................................................................17
4 DESCRIÇÃO DAS OBSERVAÇÕES .....................................................................18
4.1 Histórico da Escola...............................................................................................18
4.2 Comunidade.........................................................................................................19
5 ANÁLISE DOS DOCUMENTOS..............................................................................22
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................23
REFERÊNCIAS..........................................................................................................24
ANEXOS.....................................................................................................................25
INTRODUÇÃO
O Estagio se faz necessário a formação profissional e é também um processo de aprendizagem. O Estágio dá oportunidade de compreender a organização da escola,analisar os documentos que uma escola obrigatoriamente necessita ter : Proposta Pedagógica e Regimento Escolar e conhecer a estrutura física da escola e a sua vida cotidiana.
Esta observação foi realizada na Escola Municipal de Ensino Fundamental Bom Jesus situado no bairro com o mesmo nome da escola, da cidade de Santa Cruz do Sul.
Conversei informalmente com a orientadora educacional e direção da escola. E com todos os dados necessários pode-se realizar e concluir o seguinte relatório. O estágio é o momento de rever autores já estudados durante o curso de Pedagogia, observando na prática, in loco, a dinâmica de uma escola, o contato com a direção, professores, alunos e funcionários.
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
1-Instituição: Escola Municipal de Ensino Fundamental Bom Jesus
2-N º de alunos: 567alunos
3-Turno de funcionamento: Manhã, tarde e Noite
4-Endereço:Amazonas, nº 2366 Bairro Bom Jesus- Santa Cruz do Sul RS
5-Telefone: (51) 3751470
6-Nome da Estagiária: Cleuza Lemes da Silva
7-Responsável pela direção da escola: Vera T. M. Fernandes
8-Início do Estágio: outubro de 2009
9-Término do estágio: dezembro de 2009
2 ATESTADO
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A elaboração desse relatório de estágio caracterizado por uma pesquisa documental de caráter qualitativo foi embasada nas observações realizadas e tem como objetivo geral, conhecer a organização do espaço físico da escola; o Projeto Pedagógico, Regimento Escolar.
3.1 Sobre Observação
Para realizar o Estágio I, preciso tecer algumas reflexões, sobre o que é observar a escola. Para realizar este estudo busquei, Antonio Carlos Gil (1999) que trata sobre observação em seu livro Métodos e Técnicas de Pesquisa social. 
A observação é a ferramenta básica na pesquisa documental, dá oportunidade à observação e análise que nos oportunizam vivenciar o cotidiano, conhecer sua realidade.
Segundo Gil (1999, p. 110),
[...] Observação desempenha um papel imprescindível no processo de pesquisa. É, todavia na fase de coleta de dados que seu papel se torna mais evidente. A observação é sempre utilizada nessa etapa. A observação nada mais é que o uso dos sentidos com vistas a adquirir os conhecimentos necessários para o cotidiano.
A observação é o primeiro passo dado na aquisição do conhecimento. É observando e analisando que conseguiremos dados e hipóteses significativas para a nossa pesquisa. Gil ao tratar de observação cita Selltiz:
Observação nada mais é que o uso dos sentidos com vistas a adquirir os conhecimentos necessários para o cotidiano. Pode, porém ser utilizada como procedimento científico, à medida que:
1. Serve a um objetivo formulado de pesquisa;
2. É sistematicamente planejada;
3. É submetida à verificação e controles de validade e precisão. (SELLTIZ apud GIL, 1967, p.225).
O inconveniente da observação está quando a presença do observador alterar o comportamento do observado, causando assim um resultado ruim para a pesquisa.
As relações das pessoas à observação por parte de terceiros devem ser levadas em conta no processo de investigação. Por essa razão é que a observação enquanto técnica de pesquisa pode adotar modalidades diversas, sobretudo sem função dos meios utilizados e do grau da participação do pesquisador.
(...) a observação pode ser estruturada ou não estruturada ou não estruturada. 
(...) pode ser participante ou não participante. Com a observação participante, por sua própria natureza, tende a adotar formas não estruturadas, pode-se adotar a seguinte classificação, que combina com os dois critérios considerados:
a) observação simples;
b) observação participante; e
c) observação sistemática. (GIL, 1986 p. 111)
A observação simples é quando o observador de forma natural observa os fatos, também chamada de observação-reportagem. Esta observação exige atenção, análise e interpretação de dados, o que lhe confere controle dos procedimentos científicos.
É preciso salientar que na observação simples encontramos vantagens e desvantagens, como vantagem pode-se dizer que:
a) Possibilita a obtenção de elementos para a definição de problemas de pesquisa.
b) Favorece a construção de hipótese acerca do problema pesquisado.
c) Facilita a obtenção de dados sem produzir querelas ou suspeitas nos membros das comunidades, grupos ou instituições que estão sendo estudadas. (GIL, 1986, p. 111 e 112)
As desvantagens são:
a) É canalizada pelos gostos e afeições do pesquisador. Muitas vezes sua atenção é desviada para o lado pitoresco, exótico ou raro do fenômeno.
b) O registro das observações depende, frequentemente, da memória do investigador.
c) Dá ampla margem à interpretação subjetiva ou parcial do fenômeno estudado. (GIL, 1986 p. 112)
A observação simples é indicada em situações públicas, nas manifestações das pessoas, e não é adequado descrever com exatidão características dos observados.
Como a observação simples é usada frequentemente em estudos exploratórios, onde os objetivos são claramente específicos, pode ocorrer que o observador sinta a necessidade de redefinir seus objetivos ao longo do processo (GIL, 1986, p. 112).
É muito importante que o observador conheça a origem e costumes do que irá observar para que haja uma interpretação correta do que se está observando. Também se pode usar durante a pesquisa outros meios como: filmadoras, câmeras fotográficas, gravadores, etc. se autorizado pela parte observada.
Dentro deste modo de observação encontram-se duas formas distintas:
a) Natural; quando o pesquisador já faz parte da comunidade investigada.b) Artificial; quando o investigador integra-se a esta comunidade.
Com base nas ponderações do antropólogo Florence Kluckhon (1946, p.103-108) apresentaremos as vantagens e desvantagens da observação participante.
As principais vantagens são:
- Facilitam o rápido acesso à dados sobre situações habituais em que os membros das comunidades se encontram envolvidos;
- Possibilita o acesso a dados que a comunidade ou grupo considera de domínio privado;
- Possibilita captar as palavras de esclarecimento que acompanham o comportamento dos observados;
- As desvantagens referem-se às restrições determinadas pela assunção de papéis pelo pesquisador. Este pode ter sua observação restrita a um retrato da população pesquisada. (GIL, 1986 p.114)
Por fim, na observação sistemática é elaborado um plano de observação, pois já se sabe com precisão quais os objetivos a serem alcançados e pode ser realizada em situações de campo ou laboratório.
O registro da observação sistemática é feita frequentemente mediante a utilização de folhas de papel com a lista de categorias a serem consideradas, e os espaços que devem ser marcados gravações de som e de imagem também são utilizados quando se pretende descrever determinado acontecimento com maior precisão. (GIL, 1986 p. 116).
3.2 Gestão Democrática
É na LDB número 9394/96 que encontramos os artigos seguintes que tratam sobre Gestão Democrática.
Art. 1° - A gestão democrática do ensino público, princípio escrito no artigo 206, inciso VI da Constituição Federal e no artigo 197, inciso VI da Constituição do Estado. Será exercida na forma desta lei, com vista à observância dos seguintes preceitos:
I – autonomia dos estabelecimentos de ensino na gestão administrativa, financeira e pedagógica;
II – livre organização dos segmentos da comunidade escolar;
III – participação dos segmentos da comunidade escolar nos processos decisórios e em órgãos colegiados;
IV – transparência dos mecanismos administrativos, financeiros e pedagógicos;
V – garantia da descentralização do processo educacional;
VI – valorização dos profissionais da educação;
VII – eficiência no uso dos recursos;
Quanto à gestão democrática, a LDB n° 9394/96 determina o seguinte:
Art. 3°
O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – liberdade de aprende, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V – coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII – valorização do profissional da educação escolar; 
VIII – gestão democrática do ensino público, da forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
IX – garantia de padrão de qualidade;
X – valorização da experiência extra-escolar;
XI – vinculação entre a educação, o trabalho e as práticas sociais.
Art. 14° 
Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino publico na educação básica
I – participação dos professores da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;
II – participação das comunidades escolares e locais em conselhos escolares ou equivalentes (LDB 9394/96).
3.3 Projeto Pedagógico
Um dos documentos mais importantes da escola é o projeto pedagógico, conforme a LDB (lei nº 9394/96) em seus artigos 12 e 13, o Projeto Pedagógico tem como objetivo organizar a instituição. E importante que os professores participem da sua construção para que o projeto seja feito com eles e não para eles. Como cita Gandin: “entre as “incumbências” de todas as escolas está a de “elaborar” e executar sua proposta pedagógica. E que os professores devem “participar” da elaboração desta proposta. (1999, p.13)”.
E importante que o Projeto seja feito pela necessidade que surge na escola de se ter uma orientação e não apenas porque o MEC exige, pois como comenta Vasconcellos (1995, p.143), o projeto pedagógico é um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e, o que é essencial, participativa. E uma metodologia de trabalho que possibilita resignificar a ação de todos os agentes da instituição.
O autor Celso dos Santos Vasconcellos (2000, p. 168) define Projeto Pedagógico como: 
Plano global da instituição. Pode ser entendido como a sistematização, nunca definitiva, de um processo de Planejamento Participativo, que se aperfeiçoa e se concretiza na caminhada, que define claramente o tipo de ação educativa que se quer realizar. É um instrumento teórico-metodológico para a intervenção e mudança da realidade. É um elemento de organização e integração da atividade prática da instituição neste processo de transformação.
Para a autora Ilma Passos Alencastro Veiga (2006, p. 9), o Projeto Pedagógico é em suma, um convite à reflexão:
O Projeto Pedagógico exige profunda reflexão sobre as finalidades da escola, assim como a explicação de seu papel social e a clara definição de caminhos, formas operacionais e ações a serem empreendidas por todos os envolvidos com o processo educativo. Seu processo de construção aglutinará crenças, convicções, conhecimentos da comunidade escolar, do contexto social e científico, constituindo-se em compromisso político e pedagógico coletivo. Ele precisa ser concebido com base nas diferenças existentes entre seus autores, sejam eles professores, equipe técnico-administrativa, pais, alunos e representantes da comunidade local. É, portanto, fruto de reflexão e investigação.
Segundo Vasconcellos o Projeto Político-Pedagógico é composto, basicamente de três grandes partes articuladas entre si: Marco Referencial, Diagnóstico e Programação. 
A) Marco Referencial
O Marco Referencial é o que queremos alcançar, é a busca de uma posicionamento, da visão de uma sociedade e de homem, é a definição sobre a ação educativa e sobre as características que deve ter a instituição que planeja. Indica o 'rumo', o horizonte, a direção que a instituição escolheu, fundamentado em elementos teóricos da filosofia, das ciências, apoia-se em crenças, na cultura da coletividade envolvida. Implica, portanto, opção e fundamentação.
A autora Veiga (1957, p.24) também segue Vasconcellos com terminologia diferente, mas significando a mesma coisa. O marco referencial para Veiga assim se divide e denomina:
* O Marco Situacional (onde estamos como vemos a realidade)
* O Marco Doutrinal ou Filosófico (para onde queremos ir)
* O Marco Operativo (que horizonte quer para nossa ação) 
- Ato situacional – é a realidade sociopolítica, econômica, ocupacional educacional. Questões a serem levantadas:
- como compreendemos a sociedade atual?
- qual é a realidade de nossa escola em termos: legais, históricos, pedagógicos, financeiros, administrativos, físicos e materiais e recursos humanos?
- quais são os dados demográficos da região em que se situa a escola?
- qual é a população alvo da escola?
- quais suas características em termos de nível socioeconômico, cultural e educacional?
- qual o papel da educação/escola nessa realidade?
- qual a relação entre a escola e o mundo de trabalho?
- quais as principais questões apresentadas pela prática pedagógica?
- o que é prioritário para a escola?
- quais alternativas de superação das dificuldades detectadas? (VEIGA, 1997 p.24)
Contudo, ato situacional, significa ir a fundo ao problema, e constituí-la, fazendo que esta se fortaleça.
- ato conceitual – é a concepção de aprendizagem da sociedade, e dentro dela, cabem as seguintes indagações:
- que referencial teórico, ou seja, que concepções se fazem necessárias para a transformação da realidade?
- que tipo de alunos queremos formar?
- para qual sociedade?
- o que significa ser uma escola voltada para a educação básica?
- que experiências queremos que nosso aluno vivencie no dia-a-dia de nossa escola?
- quais as decisõesbásicas referentes ao que, para que, e a como ensinar, articulados ao para quem?
- o que significa construir o projeto pedagógico como prática social coletiva?
(VEIGA, 1997, p. 24- 25)
Estas questões farão com que a escola veja o que deve ser reforçado e priorizado no contexto escolar, possibilitando alterações no trabalho pedagógico.
A escola tem que pensar o que pretende do ponto de vista político e pedagógico. Há um alvo por ser atingido pela escola: a produção e a socialização do conhecimento, das técnicas, das letras, das artes, da política e da tecnologia, para que o aluno possa compreender a realidade socioeconômica, política e cultural, tornando-se capaz de participar do processo de construção da sociedade. (VEIGA, 1997 p. 25)
- Ato operacional – é o momento de posicionarmos frente à escola, de agir e alcançar nossas finalidades, de ver onde erramos e acertamos, e o que precisa ser retomado. É preciso ter presente algumas indagações:
- quais as decisões necessárias para a operacionalização?
- como redimensionar a organização do trabalho pedagógico?
- qual o tipo de gestão?
- quais as ações prioritárias? São exeqüíveis?
- qual o papel específico de cada membro da comunidade escolar?
- de que recursos a escola dispõe para realizar seu projeto?
- quais os critérios gerias para a elaboração do calendário escola,
horários letivos e não-letivos (incluindo os de capacitação)?
- quais as necessidades de formação inicial e continuada dos diferentes profissionais que trabalham na escola?
- quais os critérios para a organização e utilização dos espaços educativos (internos e externos à própria escola)?
- como será feita a organização de turmas por professores, em virtude da especificidade das situações diversificadas inerentes à própria estrutura curricular dos cursos desenvolvidos pela escola?
- quais as diretrizes para a avaliação de desempenho do pessoal docente e não docente, do currículo, dos projetos não curriculares e do próprio projeto pedagógico da escola?
- qual a relação entre o pedagógico e o administrativo, no processo de gestão?
- qual o papel das instâncias colegiais da escola, tais como: Conselho Escolar, Conselho de Classe, Grêmio Estudantil, Associação de Pais e Mestres, clube diversos e outros?
- como se afetiva o acompanhamento de agressos?
(VEIGA, 1997 p. 26).
- Momentos avaliativos:
A avaliação se faz indispensável para a escola quanto ao projeto pedagógico, é onde aparecerá os méritos alcançados, ou do contrário, quais novos caminhos tomar. “Precisamos reconstruir a utopia e, como profissionais da educação, refletir e questionar profundamente o trabalho pedagógico que realizaremos até hoje em nossas escolas” (VEIGA, 1997 p. 31).
Para concluir o que diz respeito à Projeto Pedagógico pode-se afirmar que este é um documento que relata todas as preocupações, anseios e vontades de uma comunidade escolar, e, portanto não deve ser guardado dentro de gavetas acumulando pó, e sim visto e revisto e discutido sempre que necessário por professores, alunos, pais e profissionais da educação.
3.4 Diagnóstico
Diagnóstico é o levantamento das dificuldades e a localização das necessidades da instituição, a partir da análise da realidade.
O diagnóstico corresponde às seguintes tarefas:
- conhecer a realidade: que visa à pesquisa e a análise da instituição;
- julgar a realidade: fazendo um balanço do coletivo, do ideal com o real, o que temos e o que queremos, qual é o nosso apoio.
- localizar as necessidades: ver o que está faltando na escola, as necessidades coletivas, considerando as individuais sem que uma sobressaia a outra;
A que distância estamos daquilo que buscamos?
Diagnóstico não é apontar apenas a realidade ou dificuldades, e sim as necessidades. Se os problemas forem resolvidos, obviamente se terá uma qualidade melhor de comunidade.
- Compreender a realidade não é fácil
Diagnóstico significa ir além da concepção imediata, da mera opinião ou descrição, e problematizar a realidade, procurar aprender suas contradições, seu movimento interno, de tal forma que se possa superá-la por uma nova prática, fertilizada pela reflexão teórico-crítica. (VASCONCELLOS, 1956 p.190).
Não ter os dados certos, ou não entendê-los, insegurança em dizer a verdade, ou não admitir ou perceber os problemas, são alguns fatores que interferem na construção do diagnóstico.
- Programação
E o conjunto de ações, o que a escola propõe fazer para diminuir a distancia da realidade da escola, do que a escola proporciona e o que foi estabelecido no Marco Operativo do Projeto Pedagógico como metas. Como coloca Gandin (1994, p. 103),
A Programação dento de um plano, é uma proposta de ação para diminuir a distancia entre a realidade da instituição que planeja e o que estabelece o Marco Operativo. Dito de outra forma, é a proposta de ação para sanar (satisfazer) as necessidades apresentadas pelo Diagnóstico.
Observações metodológicas
- o que aparece no plano é para ser cumprido. As necessidades já aparecem no diagnóstico, a partir delas se fará as propostas de ação. 
Muitas vezes, é preciso ser relevante em relação às necessidades, para não deixar de cumpri-las, frustrando o grupo por não realizar o plano de ação. Mesmo não tendo certeza que conseguiremos atender a essas necessidades, devemos nos aproximar ao máximo do seu êxito.
- articulação M.R. – D - P 
A programação deve atender as necessidades reais da instituição, no coletivo, não individuais.
É através de um ótimo marco referencial que se dará o ponto de partida da realidade, possibilitando um bom diagnóstico, satisfazendo a Programação.
Corremos o risco de simplesmente justapor as três partes do Projeto Pedagógico: fazendo uma bela filosofia, colocamos ao lado uma leitura de realidade e ao lado uma proposta de ação (M.R.,D. e Programação), sem que haja interações entre elas. (VASCONCELLOS, 1956, p. 196)
Ressalta-se que cada etapa depende do desempenho da anterior. É quase impossível que haja um acordo de todos os pontos de vista do grupo. Mas normalmente, os que não estão dispostos a mudar, acabam contribuindo, pois vêem que não encontrarão saídas, ou seja, é uma bela estratégia.
A educação, como em qualquer outro campo social, existe uma luta sendo travada, onde estão em jogo diferentes posturas e concepções, que, em última análise, refletem os diferentes compromissos dos sujeitos.
Entendemos que o consenso é uma meta, mas não sendo possível, deve-se trabalhar por hegemonia. (VASCONCELLOS, 1956 p. 196)
Quanto à avaliação e reelaboração do projeto,
A avaliação de conjunto do Projeto é feita ao término de um período previsto e pode começar pela análise da concretização da Programação feita.
· Ações concretas: foram executadas todas as ações concretas propostas pelo plano? (o que foi e o que não foi realizado, o que está em andamento, o que vai ser ainda, o que não foi programado, mas foi realizado);
· Atividades permanentes: foram realizadas? Estavam de acordo com as necessidades do grupo?
· Linhas de ação: ajudaram a caminhada? Até que ponto foram vivenciadas?
· Determinação: foram cumpridas? Ajudaram a construir uma prática transformadora?
Após isto é preciso analisar os prós e contras referente ás necessidades, o que precisa ser revisto, reelaborado e o que pode ser reaproveitado. Pode-se fazer uma retrospectiva do Marco Referencial e por fim, a próxima programação já pode ser encaminhada.
Concluindo, a programação é por tanto, peça fundamental no desbloqueio de complexibilidade, tornando a educação do sujeito mais significativa e duradoura, ajudando a formar um bom cidadão.
3.5 Regimento Escolar
Dando seqüência a este relatório, faremos uma ligação do projeto pedagógico com o regimento escolar, onde um interliga o outro. A Referência Legal é a Resolução n° 236, de 21 de janeiro de 1998 do CEED – RS. Que trata no art. 1° e 4° sobre Regimento Escolar.
Art.1° - O Regimento Escolar é o documento que define a organização e o funcionamento do estabelecimento de ensino, quanto aos aspectos pedagógicos com base na legislaçãodo ensino em vigor.
(...)
Art.4° - O Regimento Escolar será construído de uma folha de identificação, conforme modelo anexo à presente Resolução (Anexo 1) e do corpo do documento, cuja organização é de livre escolha da instituição de ensino, obedecendo os princípios de ordenação e agrupamento dos assuntos.
Parágrafo único – O corpo do regimento Escolar, ater-se-á à disciplinação dos elementos de caráter pedagógico, para o que servirá de orientação o roteiro descritivo.
(CALDIERO, 2006 p. 29)
Dentro de um Regimento Escolar é importante que apareça:
- atos legais da escola
- filosofia da escola
- finalidades
- objetivos
- organização pedagógica
- organização curricular
- avaliação
- expressões dos resultados
- transferência escolar
- certificação
- calendário escolar
- plano global, plano de estudos e projeto pedagógico
Entende-se então que é no regimento escolar que encontramos do que se constitui uma escola, o que há dentro dela acontece, bem como dados de identificação.
4 DESCRIÇÃO DAS OBSERVAÇÕES
4.1 Histórico da escola
A Escola Municipal de Ensino Fundamental Bom Jesus é mantedora pela Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Sul, situada na Rua Amazonas n°2366, bairro Bom Jesus, zona urbana da cidade. 
A escola possui 567 alunos, seu nível de ensino é de ensino fundamental, e funciona nos três turnos:
Diurno: Fundamental de 8 anos – Desativação gradativa – 2008 = 2º série
 Fundamental de 9 anos – Implantação gradativa – 2008 = 3º ano
Noturno: Etapas – regime Semestral/ Matrícula por Área de Conhecimento.
Os horários de funcionamento são os seguintes: 
- No turno da manhã: das 7h e 30min às 11h e 30min;
- No turno da tarde: das 13h e 15min às 17h e 15min;
- No turno da noite> das 18h e 45min às 22h e 30min.
A escola possui uma turma de classe especial que atende no turno da manhã e tarde.
A direção da escola é composta por uma diretora dois vices-diretores, sendo um diurno e outro noturno. Possuem duas supervisoras pedagógicas, três orientadoras educacional. A escola dispõe de cinqüenta e um a maioria e habilitação a maioria tem ensino superior com licenciatura completa e um com pós- graduação. E conta também com dez funcionários atuando na parte administrativa da escola,e um bibliotecário.
As dependências da escola é composta por uma diretoria, uma secretaria, uma sala de professores, a escola não possui sala de coordenação e de orientação educacional, uma biblioteca com 4.600 livros (não há contagem específica por categorias de livros), uma sala de TV e vídeo (não funciona à noite), uma sala de informática, um Almoxarifado,um depósito de material de limpeza, uma despensa, um refeitório, recreio em área aberta e fechada, uma quadra de esportes coberta uma quadra de esportes descobertas, possui quatro circulações internas e corredores, uma cozinha, uma área de serviço, dois sanitário para funcionários, quatro sanitário feminino e masculino com chuveiros, mas sem vasos adaptados para a educação infantil, e um sanitário adaptado para cadeirante.
4.2 Comunidade
A maioria dos alunos é proveniente de famílias de baixa renda e todos eles residem no bairro onde esta localizada a escola, a maioria das famílias são constituídas por mais de três dependentes e possui casa própria tem casa própria, muitas deles com um cômodo e banheiro separado do cômodos, a escolarização dos pais, predominante vai até a 3° série, e a maioria dos pais dos alunos não trabalham fora.
- Recursos da Comunidade
No bairro há dois postos de saúde próximo,para lazer há um gramado de futebol aberto à comunidade, e pracinha ( pequena que foi construída ano passado).e um centro ocupacional que as crianças freqüentam em horário inverso a escola.
- Igrejas
Há duas igrejas católicas, com pavilhão de festa, cinco igrejas evangélicas e muitos centros de umbanda.
- Comércio
Encontram-se muitos mini-mercados, padaria e lojas de roupas, bazares, Livraria como também salão de belezas e muitos bares. O bairro provém de serviços de ônibus urbano da linha Stadbus, e alguns pontos de táxi.
- Conselho Escolar
 É atuante, e é um órgão deliberativo, consultivo e fiscalizador nos assuntos referentes à gestão pedagógica, administrativa e financeira da escola, e faz suas reuniões sempre que necessário.
- CPM (círculo de Pais e Mestre)
Também é atuante, e tem suas reuniões junto com as do Conselho Escolar, sua contribuição é espontânea, mas a escola não tem muito retorno da mesma.
- Financiamento
A verba da escola é bimestral PDDE
50% desta verba são destinadas para o consumo da escola
20% para uso permanente
30% para serviços de manutenção
FNDE – MEC é uma verba que a escola recebe anualmente, correspondente ao número de alunos da instituição. Este valor é dividido em recursos de capital e recursos de custeio (consumos-serviços).
- Escolha do diretor
A direção da escola é assessorada pelo Conselho Escolar, que é eleita pela comunidade escolar.
- Formação docente
As especificações, a investidura no cargo a as atribuições constam no Plano de Carreira e Remuneração do Magistério Público Municipal.
- Avaliação do aluno (conforme Regimento Escolar)
No Ensino Fundamental diurno é expresso em notas trimestrais numa escala de 0 á 100.
Na 1º, 2º e 3 séries – nota única e parecer descritivo
De3°, 4º à 8º séries – professor de cada área do conhecimento avalia junto com o Conselho de Classe.
É considerado aprovado o aluno que obtêm nota mínima de 60 no último trimestre. O resultado do processo ensino aprendizado no final do ano letivo é expressa através de mansões A (aprovado) ou R(Reprovado).
No Ensino Fundamental noturno- Anos finais a avaliação expressa semestralmente em cada área do conhecimento é aprovado o aluno que obtém a nota mínima 60 no semestre. No final de cada etapa é expressa pelas convenções A (Aprovado) ou R (Reprovado).
O aluno especial é individual de cada aluno com parecer descritivo em cada semestre, o último parecer apresenta o potencial do aluno nas atividades cognitivas. A escola oferece ao aluno de baixo rendimento escolar estudos de recuperação.
5 ANÁLISE DOS DOCUMENTOS
A análise da documentação da Proposta Pedagógica da Escola Municipal de Ensino Fundamental Bom Jesus, ainda é chamada de Projeto Político Pedagógico, sendo que a que se refere a Proposta Pedagógica.
A Proposta Pedagógica da escola foi atualizada no decorrer do ano 2006. O projeto pedagógico da escola não um pode ser considerado projeto Pedagógico, pois não segue nenhum referencial teórico, não tem Diagnostico e nem Programação. Contudo, o maior problema é a ausência do diagnóstico, pois é nele que se coletam as reais necessidades da escola.
O Diagnóstico da Escola, está equivocado segundo Vasconcellos e Gandim, esta parte coleta apenas dados da escola, não a realidade e necessidades da mesma.
O organograma coloca a comunidade escolar além da direção e professores, quando este deveria ser por último. Há também uma mistura de funções pedagógica e administrativa. A Proposta Pedagógica copia parte do Regimento Escolar.
A avaliação faz parte do Regimento Escolar, não pertence a Proposta Pedagógica. Analisando o Regimento Escolar, constata-se que está de acordo com o que é preciso segundo a Resolução n° 236, do CEED. Ele apresenta todos os itens exigidos que forma significativa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tentei descrever a Proposta Pedagógica de acordo com a estrutura que deve ter: Marco referencial e suas partes, Diagnóstico e Programação, mas não consegui encontrar esses dados no Projeto Pedagógico da escola. No final entendi que isso aconteceu porque nem todos participaram da construção dos documentos e alguns nem acesso a eles tiveram.
Com este estágio obtive a oportunidade de conhecer e entender sobre como a escola se organiza. A escola onde foi realizado o estágio, é pública e tem uma realidade bastante difícil,com vários casos de agressão, violência. Atende a alunos que apresentam várias dificuldades, que vão desde nutricionais, econômico-financeira, emocionais, psicológicos, cognitivos, etc. Sabemosque estes são alguns dos fatores para as dificuldades de aprendizagem. 
Contudo, concluo que, mesmo diante das dificuldades, sempre há um meio de alcançar nossos objetivos em busca da construção do conhecimento. Para isto é preciso dedicação, respeito ao tempo e limites do outro, persistência, vontade e acreditar que cada um de nós é uma possibilidade de mudança e esperança de um mundo melhor para todos. 
REFERÊNCIAS
GANDIN, Danilo. A inteligência da ação: o Marco Operativo,1992.
______. Diagnóstico, a ligação teoria/prática. 1992.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
PARO, Vitor Henrique. O principio da gestão escolar democrática no contexto da LDB. In: OLIVEIRA, Reinaldo Portela de; ADRIÃO, Theresa (orgs.) Gestão, financiamento e Direção a Educação. 2. ed. São Paulo: Xamã, 2001.
______. Gestão Democrática na Educação. São Paulo: Ed. Ática, 2002.
VASCONCELLOS, Celso do Santos. Construção do conhecimento em sala de aula. São Paulo: Ed. Libertad, 2002.
______. Escola Fundamental: Currículo e ensino. Campinas: Ed. Papirus, 1991.
ANEXOS

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