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Aprofundamento
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Semana 8
 
 
 
 
1 
Biologia 
 
Análise de gráficos em relações ecológicas e estratégias predador-
presa 
 
Resumo 
 
As diferentes relações ecológicas podem ser representadas em gráficos para melhor compreensão dessas 
interações. 
O gráfico mais comum é o que relaciona predadores e presas. 
 
Gráfico relacionando a densidade de presas e predadores. Disponível em: 
http://beforetests.blogspot.com/2015/08/dinamica-de-populacoes.html 
 
Neste gráfico, a densidade de predadores tenderá sempre a acompanhar a densidade das presas existentes. 
A protocooperação também pode ser representada graficamente, quando duas espécies ficam separadas e 
quando ficam juntas. Note que quando cultivadas juntas, as duas populações acabam aumentando a sua 
densidade populacional. 
 
 
Gráfico mostrando duas espécies cultivadas separadas e duas juntas. Disponível em: 
https://djalmasantos.wordpress.com/2011/05/20/testes-de-associacoes-biologicas-34/ 
 
 
 
 
http://beforetests.blogspot.com/2015/08/dinamica-de-populacoes.html
 
 
 
 
2 
Biologia 
 
Outro gráfico muito comum também mostra a relação de competição entre duas espécies quando cultivadas 
juntas, sempre havendo declínio da espécie menos adaptada. 
 
 
Gráfico mostrando a relação ecológica de competição quando duas espécies são cultivadas juntas. Disponível em: 
https://nossomeioporinteiro.wordpress.com/category/ecologiaorigem-da-vidaevolucao/comunidades/ 
 
O comensalismo ou inquilinismo também podem ser visualizadas graficamente quando duas espécies são 
cultivadas juntas. 
 
Gráfico mostrando a reelação de comensalismo ou inquilinismo entre duas espécies quando cultivadas juntas. 
Como se trata de uma relação em que somente uma espécie possui benefícios na relação, a outra não sofre 
oscilações na densidade. 
A relação ecológica de amensalismo, por ser indiferente para uma espécie e prejudicial para a outra, o gráfico 
pode ser observado da seguinte forma. 
 
Gráfico mostrando duas espécies cultivadas primeiramente juntas e depois separadas. Disponível em: 
https://www.indagacao.com.br/2018/07/45-questoes-relacoes-ecologicas-com-gabarito-e-resolucao.html 
Note que no amensalismo, uma espécie não sofre alterações na sua densidade (espécie C) e a outra sofre 
declínio (espécie D). 
 
 
 
 
3 
Biologia 
 
Da mesma maneira como os predadores têm suas estratégias e adaptações para a caça, as presas também 
possuem suas adaptações para fugir da predação. Dependendo da relação entre predador e presa, esta pode 
tentar se esconder, escapar ou lutar. 
• Plantas: defesa com espinhos e substâncias químicas 
 
espinhos para a proteção contra a predação 
 
• Camuflagem: quando o animal combina sua cor ou forma com a do ambiente onde vive, ficando por 
muitas vezes imperceptível aos olhos do predador. Podem ser classificados como homocromia ou 
homotipia. 
 
Lagarto se camuflando com o ambiente a sua volta. Disponível em: 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Camale%C3%A3o_Brasieiro.jpg 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Camale%C3%A3o_Brasieiro.jpg
 
 
 
 
4 
Biologia 
 
• Homocromia: os organismos apresentam padrões de coloração que são geneticamente fixados: 
possuem cor semelhante a areia, folhas, galhos ou outras estruturas, tornando-os parecidos com o 
meio. 
 
cor do urso polar se assemelhando com o gelo do ambiente 
 
• Homotipia: é a camuflagem pelo chamado “comportamento de decoração”. O organismo é semelhante 
a alguma estrutura do ambiente em que vive. 
 
Formato do animal se assemelhando a um graveto 
 
• Mimetismo: quando animais imitam a coloração de outros animais geralmente venenosos ou 
impalatáveis. 
 
• Mimetismo mulleriano: Duas ou mais espécies impalatáveis (não comestíveis) se imitam, formando um 
grupo de espécies parecidas que reforçam para os predadores que aquele padrão de cor e forma está 
associado a um gosto ruim. 
 
Duas espécies de borboletas monarcas impalatáveis 
 
 
 
 
5 
Biologia 
 
• Mimetismo batesiano: Os animais tentam se parecer com outros de espécies diferentes que têm gosto 
ruim ou são venenosos. 
 
Do lado esquerdo a cobra coral falsa que não é venenosa e do lado direeito a cobra coral verdadeira que é venenosa 
 
• Aposematismo ou coloração de advertência: animais não-palatáveis, tóxicos ou venenosos anunciam 
que possuem gosto ruim através de coloração de alerta, conhecida como coloração aposemática. 
 
 
Rã com uma cor chamativa para avisar aos predadores que é venenosa ou impalatável 
 
• Comportamento deimático: comportamento de intimidação que certos animais adotam, parecendo 
estar maior ou mais forte, como defesa contra seu predador. 
 
Gato tentando parecer maior para intimidar um predador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
Biologia 
 
• Tanatose: quando um animal se finge de morto para evitar ser predado. 
 
 
Perereca se fingindo de morta para evitar a predação 
 
• Autotomia: quando um animal perde parte do corpo para tentar sobreviver ao ataque de algum predador. 
 
Animal perde a cauda propositadamente para evitar a predação 
 
• Retroorientação: quando um animal tem uma parte do corpo mais chamativa para ação do predador, 
evitando que o predador ataque partes vitais da presa. 
 
Borboleta com a parte traseira da asa simulando um animal menor para atrair a atenção do predador 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Biologia 
 
Exercícios 
 
1. Muitos predadores e presas se utilizam de suas cores como uma estratégia de sobrevivência e, desta 
forma, executam com sucesso suas atividades, como nos exemplos a seguir: 
I. O bicho-pau, um inseto encontrado nas regiões tropicais e subtropicais do mundo inteiro, é 
totalmente inofensivo e possui movimentos lentos. Por apresentar forma e cor semelhantes a 
galhos de árvores, pode passar horas paralisado, sem que seja notado. 
II. Uma espécie de aranha (Myrmarachne plataleoides) imita o tamanho, cor, formato e, até mesmo, 
o comportamento de uma formiga agressiva e de gosto ruim, para se proteger e minimizar as 
chances de ser devorada por predadores. 
III. Membros de uma família de anfíbio (Dendrobatidae) apresentam colorido intenso e produzem 
toxinas potentes que se encontram na pele. Algumas tribos indígenas da América do Sul utilizam 
estas toxinas na ponta das flechas para capturar pequenos animais. 
 
Os três exemplos tratam, respectivamente, das seguintes estratégias de defesa: 
a) Mimetismo, mimetismo, camuflagem. 
b) Camuflagem, mimetismo, coloração de advertência. 
c) Camuflagem, camuflagem, mimetismo. 
d) Mimetismo, camuflagem, coloração de advertência. 
 
2. A avoante, também conhecida como arribaçã (Zenaida auriculata noronha) é uma ave migratória que 
se desloca no Nordeste, acompanhando o ritmo das chuvas, encontrando-se ameaçada de extinção, 
em decorrência da caça indiscriminada. A relação do homem com esta ave é: 
a) harmônica, intra-específica e de predação 
b) desarmônica, intra-específica e de comensalismo 
c) harmônica, inter-específica e de parasitismo 
d) desarmônica, inter-específica e de predação 
 
3. O mimetismo a uma característica adaptativa que pode influenciar positivamente nas chances de 
sobrevivência. Nessa condição, uma espécie apresenta uma característica de outra espécie que a não 
comestível e/ou não palatável. Como exemplo de seres que se utilizam dessa estratégia de 
sobrevivência, há 
a) inseto cuja forma e coloração assemelham-se a folhas de arvores em estado de decomposição. 
b) a raposa-do-artico, que apresenta pelagens diferentes para a estação do inverno e estação do 
verso. 
c) o cavalo-marinho, que apresenta projeções no corpo que lembram as algas entre as quais eles 
vivem. 
d) a falsa-coral, que apresenta a coloração similar a da coral-verdadeira apesar de ser pouco 
peçonhenta. 
e) o camaleão, que muda a sua coloração assumindo as cores predominantes do local ondese 
encontra. 
 
 
 
 
 
8 
Biologia 
 
4. Na Califórnia surgiram minúsculos insetos, originários do Oriente Médio, que se tornaram uma praga; 
eles estão destruindo centenas de plantas, causando problemas ambientais que os cientistas 
americanos não conseguem controlar. O que pode explicar a adaptabilidade dos insetos é: 
a) os insetos adquiriram resistência aos inseticidas devido ao uso diário desses produtos. 
b) o ambiente californiano não tem predadores ou parasitas desses insetos e estes são resistentes 
aos inseticidas. 
c) a capacidade reprodutiva dos insetos é baixa, mas eles estão camuflados, o que anula a ação dos 
inseticidas. 
d) os insetos são predadores de outros insetos, o que os torna mais resistentes aos inseticidas. 
e) os insetos ingeriram o inseticida e adquiriram resistência a eles, e por competição, eliminaram os 
outros insetos que buscavam o mesmo alimento. 
 
5. No intervalo da aula de Biologia, um aluno contou a seguinte piada: Dois cervos conversavam e 
passeavam pela mata quando um deles gritou: - Uma onça!!! Vamos correr!!! Ao que o outro 
respondeu: - Não adianta correr, ela é mais veloz que qualquer um de nós. - Eu sei. Mas a mim basta 
ser mais veloz que você. O diálogo entre os cervos exemplifica um caso de 
a) competição interespecífica. 
b) competição intraespecífica. 
c) seleção natural. 
d) irradiação adaptativa. 
e) mimetismo. 
 
 
6. Mimetismo é um termo utilizado em biologia, a partir da metade do século XIX, para designar um tipo 
de adaptação em que uma espécie possui características que evoluíram para se assemelhar com as 
de outra espécie. As observações do naturalista Henry Walter Bates, estudando borboletas na 
Amazônia, levaram ao desenvolvimento do conceito de mimetismo batesiano. 
É correto afirmar que o mimetismo batesiano é uma adaptação em que 
a) a fêmea de algumas espécies de inseto é imitada por flores que se beneficiam da tentativa de 
cópula do macho para sua polinização. 
b) uma espécie apresenta características que a assemelham ao ambiente, dificultando sua 
localização por outras espécies com as quais interage. 
c) um modelo inofensivo é imitado por um predador para se aproximar o suficiente de sua presa a 
ponto de capturá-la. 
d) um modelo tóxico ou perigoso é imitado por espécies igualmente tóxicas ou perigosas. 
e) um modelo tóxico ou perigoso é imitado por espécies palatáveis ou inofensivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
Biologia 
 
7. O bicho-pau, inseto do grupo dos gafanhotos, tem forma semelhante a um graveto. Outros insetos são 
parecidos com folhas devido à sua forma e coloração. Esse fenômeno em que animais apresentam 
grande semelhança com o ambiente onde vivem, o que facilita esconderem-se de predadores ou 
presas, é chamado de 
a) mutualismo. 
b) camuflagem. 
c) protocooperação. 
d) mimetismo. 
e) inquilinismo. 
 
8. A adaptação que ocorre com determinados tipos de borboletas, cujas espécies palatáveis apresentam 
um padrão de coloração que a disfarça como impalatável, enquanto em outros casos diversas 
espécies impalatáveis convergem na aparência, cada uma ganhando proteção derivada de sua 
similaridade com as outras espécies é denominada de 
a) camuflagem. 
b) mimetismo. 
c) seleção estabilizadora. 
d) seleção artificial. 
 
9. Mimetismo é um termo utilizado em biologia, a partir da metade do século XIX, para designar um tipo 
de adaptação em que uma espécie possui características que evoluíram para se assemelhar com as 
de outra espécie. As observações do naturalista Henry Walter Bates, estudando borboletas na 
Amazônia, levaram ao desenvolvimento do conceito de mimetismo batesiano. 
É correto afirmar que o mimetismo batesiano é uma adaptação em que 
a) a fêmea de algumas espécies de inseto é imitada por flores que se beneficiam da tentativa de 
cópula do macho para sua polinização. 
b) uma espécie apresenta características que a assemelham ao ambiente, dificultando sua 
localização por outras espécies com as quais interage. 
c) um modelo inofensivo é imitado por um predador para se aproximar o suficiente de sua presa a 
ponto de capturá-la. 
d) um modelo tóxico ou perigoso é imitado por espécies igualmente tóxicas ou perigosas. 
e) um modelo tóxico ou perigoso é imitado por espécies palatáveis ou inofensivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
Biologia 
 
10. A foto abaixo mostra o “sapo de chifre” em meio a folhas no chão da Mata Atlântica. 
 
 
 
a) Que nome se dá a esse tipo de adaptação ao substrato de repouso? Cite uma vantagem dessa 
adaptação. 
 
b) Diferentemente do “sapo de chifre”, alguns anfíbios venenosos apresentam coloração chamativa 
e contrastante com o ambiente. O aspecto chamativo da coloração pode beneficiar um predador 
de anfíbios? Explique. 
 
 
 
 
11 
Biologia 
 
Gabarito 
 
1. B 
As características descritas em cada idem estão de acordo com a letra ‘b’. 
 
2. D 
É uma relação desarmônica, uma vez que o homem provocou a caça e ameaça a extinção, interespecífica 
pois os dois organismos são de espécies diferentes e predação: o homem é o predador (caça). 
 
3. D 
A falsa coral é a única que podemos perceber o mimetismo. Os demais animais usam a camuflagem 
para se protegerem. 
 
4. B 
A resposta mais plausível para esse acontecimento é baseada nesses insetos não possuírem 
predadores ou pragas que os afetem e controle sua população e, os abusos de inseticida fez com que, 
através da seleção natural, os indivíduos mais resistentes sobrevivessem e passagem seus genes às 
gerações. 
 
5. C 
O diálogo dos cervos exemplifica um caso de seleção natural, em que os mais adaptados, ou seja, que 
possuem alguma vantagem sobre o outro, no caso dos cervos, é que terá maior chance de sobreviver ao 
ataque de um predador. 
 
6. E 
Esse modelo de mimetismo é caracterizado quando uma espécie imita a outra espécie que é tóxica ou 
intimidadora, para se proteger. 
 
7. B 
A semelhança que um animal possui com o ambiente onde vive é chamada de camuflagem. 
 
8. B 
As características descritas no enunciado dão as características do mimetismo. 
 
9. E 
Mimetismo batesiano ocorre quando uma espécie palatável imita outra que é impalatável ou venenosa. 
 
10. 
a) Camuflagem. Imitar o ambiente em que vive permite ao anfíbio passar despercebido por seus 
predadores. A camuflagem é uma vantagem adaptativa que garante ao animal mais chances de 
sobrevivência e reprodução. 
 
b) A coloração de aviso que aparece em anfíbios venenosos beneficia seus predadores. Ao evitarem 
esses animais, os predadores não correm o risco de perder a vida pelo efeito do veneno presente na 
pele desses animais. 
 
 
 
 
 
 
1 
Biologia 
 
Análise de gráficos em relações ecológicas e estratégias predador-
presa 
 
Resumo 
 
As diferentes relações ecológicas podem ser representadas em gráficos para melhor compreensão dessas 
interações. 
O gráfico mais comum é o que relaciona predadores e presas. 
 
Gráfico relacionando a densidade de presas e predadores. Disponível em: 
http://beforetests.blogspot.com/2015/08/dinamica-de-populacoes.html 
 
Neste gráfico, a densidade de predadores tenderá sempre a acompanhar a densidade das presas existentes. 
A protocooperação também pode ser representada graficamente, quando duas espécies ficam separadas e 
quando ficam juntas. Note que quando cultivadas juntas, as duas populações acabam aumentando a sua 
densidade populacional. 
 
 
Gráfico mostrando duas espécies cultivadas separadas e duas juntas. Disponível em: 
https://djalmasantos.wordpress.com/2011/05/20/testes-de-associacoes-biologicas-34/ 
 
 
 
 
http://beforetests.blogspot.com/2015/08/dinamica-de-populacoes.html
 
 
 
 
2 
Biologia 
 
Outro gráfico muito comum também mostra a relação de competição entre duas espécies quando cultivadas 
juntas, sempre havendo declínio da espécie menos adaptada.Gráfico mostrando a relação ecológica de competição quando duas espécies são cultivadas juntas. Disponível em: 
https://nossomeioporinteiro.wordpress.com/category/ecologiaorigem-da-vidaevolucao/comunidades/ 
 
O comensalismo ou inquilinismo também podem ser visualizadas graficamente quando duas espécies são 
cultivadas juntas. 
 
Gráfico mostrando a reelação de comensalismo ou inquilinismo entre duas espécies quando cultivadas juntas. 
Como se trata de uma relação em que somente uma espécie possui benefícios na relação, a outra não sofre 
oscilações na densidade. 
A relação ecológica de amensalismo, por ser indiferente para uma espécie e prejudicial para a outra, o gráfico 
pode ser observado da seguinte forma. 
 
Gráfico mostrando duas espécies cultivadas primeiramente juntas e depois separadas. Disponível em: 
https://www.indagacao.com.br/2018/07/45-questoes-relacoes-ecologicas-com-gabarito-e-resolucao.html 
Note que no amensalismo, uma espécie não sofre alterações na sua densidade (espécie C) e a outra sofre 
declínio (espécie D). 
 
 
 
 
3 
Biologia 
 
Da mesma maneira como os predadores têm suas estratégias e adaptações para a caça, as presas também 
possuem suas adaptações para fugir da predação. Dependendo da relação entre predador e presa, esta pode 
tentar se esconder, escapar ou lutar. 
• Plantas: defesa com espinhos e substâncias químicas 
 
espinhos para a proteção contra a predação 
 
• Camuflagem: quando o animal combina sua cor ou forma com a do ambiente onde vive, ficando por 
muitas vezes imperceptível aos olhos do predador. Podem ser classificados como homocromia ou 
homotipia. 
 
Lagarto se camuflando com o ambiente a sua volta. Disponível em: 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Camale%C3%A3o_Brasieiro.jpg 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Camale%C3%A3o_Brasieiro.jpg
 
 
 
 
4 
Biologia 
 
• Homocromia: os organismos apresentam padrões de coloração que são geneticamente fixados: 
possuem cor semelhante a areia, folhas, galhos ou outras estruturas, tornando-os parecidos com o 
meio. 
 
cor do urso polar se assemelhando com o gelo do ambiente 
 
• Homotipia: é a camuflagem pelo chamado “comportamento de decoração”. O organismo é semelhante 
a alguma estrutura do ambiente em que vive. 
 
Formato do animal se assemelhando a um graveto 
 
• Mimetismo: quando animais imitam a coloração de outros animais geralmente venenosos ou 
impalatáveis. 
 
• Mimetismo mulleriano: Duas ou mais espécies impalatáveis (não comestíveis) se imitam, formando um 
grupo de espécies parecidas que reforçam para os predadores que aquele padrão de cor e forma está 
associado a um gosto ruim. 
 
Duas espécies de borboletas monarcas impalatáveis 
 
 
 
 
5 
Biologia 
 
• Mimetismo batesiano: Os animais tentam se parecer com outros de espécies diferentes que têm gosto 
ruim ou são venenosos. 
 
Do lado esquerdo a cobra coral falsa que não é venenosa e do lado direeito a cobra coral verdadeira que é venenosa 
 
• Aposematismo ou coloração de advertência: animais não-palatáveis, tóxicos ou venenosos anunciam 
que possuem gosto ruim através de coloração de alerta, conhecida como coloração aposemática. 
 
 
Rã com uma cor chamativa para avisar aos predadores que é venenosa ou impalatável 
 
• Comportamento deimático: comportamento de intimidação que certos animais adotam, parecendo 
estar maior ou mais forte, como defesa contra seu predador. 
 
Gato tentando parecer maior para intimidar um predador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
Biologia 
 
• Tanatose: quando um animal se finge de morto para evitar ser predado. 
 
 
Perereca se fingindo de morta para evitar a predação 
 
• Autotomia: quando um animal perde parte do corpo para tentar sobreviver ao ataque de algum predador. 
 
Animal perde a cauda propositadamente para evitar a predação 
 
• Retroorientação: quando um animal tem uma parte do corpo mais chamativa para ação do predador, 
evitando que o predador ataque partes vitais da presa. 
 
Borboleta com a parte traseira da asa simulando um animal menor para atrair a atenção do predador 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Biologia 
 
Exercícios 
 
1. Muitos predadores e presas se utilizam de suas cores como uma estratégia de sobrevivência e, desta 
forma, executam com sucesso suas atividades, como nos exemplos a seguir: 
I. O bicho-pau, um inseto encontrado nas regiões tropicais e subtropicais do mundo inteiro, é 
totalmente inofensivo e possui movimentos lentos. Por apresentar forma e cor semelhantes a 
galhos de árvores, pode passar horas paralisado, sem que seja notado. 
II. Uma espécie de aranha (Myrmarachne plataleoides) imita o tamanho, cor, formato e, até mesmo, 
o comportamento de uma formiga agressiva e de gosto ruim, para se proteger e minimizar as 
chances de ser devorada por predadores. 
III. Membros de uma família de anfíbio (Dendrobatidae) apresentam colorido intenso e produzem 
toxinas potentes que se encontram na pele. Algumas tribos indígenas da América do Sul utilizam 
estas toxinas na ponta das flechas para capturar pequenos animais. 
 
Os três exemplos tratam, respectivamente, das seguintes estratégias de defesa: 
a) Mimetismo, mimetismo, camuflagem. 
b) Camuflagem, mimetismo, coloração de advertência. 
c) Camuflagem, camuflagem, mimetismo. 
d) Mimetismo, camuflagem, coloração de advertência. 
 
 
2. Considere os gráficos. 
 
 
 
 
 
8 
Biologia 
 
Após uma aula sobre relações ecológicas, um professor propôs aos seus alunos a identificação de 
três dessas relações interespecíficas. Espécies diferentes de seres vivos (A, B, C, D, E e F) estão 
relacionadas nos gráficos. Pode-se concluir que as relações I, II e III correspondem, respectivamente, 
a) mutualismo, antibiose e competição. 
b) inquilinismo, protocooperação e mutualismo. 
c) comensalismo, antibiose e mutualismo. 
d) antibiose, comensalismo e mutualismo. 
e) parasitismo, predatismo e competição. 
 
 
3. Um exemplo clássico de relação ecológica, que envolve predador x presa, é ilustrado na figura abaixo, 
tomando por base observações feitas durante quase 90 anos sobre o comportamento de linces e 
lebres que vivem em regiões frias do Canadá. A partir desses dados, pode-se concluir que é incorreta 
a descrição apresentada na alternativa: 
 
a) A relação entre esses seres vivos na natureza, sem interferência negativa do homem, é importante 
no controle populacional, tanto do predador quanto da presa. 
b) À medida que aumenta o número de lebres, aumenta o número de linces, que passam a ter mais 
alimento. 
c) O aumento do número de linces reduz o número de lebres, pois essas serão mais predadas. 
d) Quando a população de lebres diminui, a população de linces também diminui. 
e) Quando diminui a população de linces, diminui também a população de lebres, para que possa 
ser iniciado novo ciclo natural. 
 
 
 
 
 
 
9 
Biologia 
 
4. A foto abaixo mostra o “sapo de chifre” em meio a folhas no chão da Mata Atlântica. 
 
 
a) Que nome se dá a esse tipo de adaptação ao substrato de repouso? Cite uma vantagem dessa 
adaptação. 
b) Diferentemente do “sapo de chifre”, alguns anfíbios venenosos apresentam coloração chamativa 
e contrastante com o ambiente. O aspecto chamativo da coloração pode beneficiar um predador 
de anfíbios? Explique. 
 
 
5. Um pesquisador cultivou quatro espécies de protozoários A, B, C e D, separadamente (gráfico I) e 
depois reunidas duas a duas (gráficos II, III e IV), fornecendo-lhes diariamente quantidades constantes 
de alimento. 
 
Os gráficos mostram as curvas de crescimento populacional das espécies nas diferentes situações. 
a) Que tipo de relação ecológica existe entre as espécies: 
1. A e B? 
2. C e D? 
 
b) Que correlação existe entre os nichos ecológicos das espécies: 
1. A e B? 
2. A e C? 
 
 
 
 
10 
Biologia 
 
6. Considere a figura 
 
A análise da figura leva à hipótese de que a espécie 
a) 1 é umpredador que, após a introdução da espécie 2, sua única presa, pode experimentar um 
significativo aumento populacional. 
b) 1 é uma planta nativa que se tornou praga após a introdução da espécie 2, um polinizador 
eficiente. 
c) 1 foi introduzida na área e reduziu a população da espécie 2 por competição. 
d) 2 foi introduzida na área e passou a competir com a espécie 1 por recursos. 
e) 2 é um parasita que mantém a população de seu hospedeiro, a espécie 1, sob controle. 
 
 
7. A espécie A é um ácaro comum em plantações de morango na Califórnia que causa danos quando 
atinge a densidade de 20 indivíduos por lote de morango. Pesquisadores observaram que, nos lotes 
de morango em que ocorria a espécie A, ocorria também outra espécie de ácaro (espécie B). Visando 
compreender a interação entre essas espécies, realizou- se um experimento em laboratório, no qual 
se introduziu a espécie B em uma criação da espécie A. Após algum tempo, os pesquisadores 
aplicaram um defensivo agrícola (D) na criação. Os resultados obtidos estão mostrados no gráfico 
abaixo 
 
a) Tendo em vista os resultados obtidos, explique qual é a interação entre as duas espécies na 
natureza. 
b) A que se deve o aumento da densidade populacional da espécie A após a primeira aplicação do 
defensivo agrícola? 
c) Como esses resultados podem ser úteis à agricultura? 
 
 
 
 
 
11 
Biologia 
 
8. As curvas da figura representam, uma, a relação existente entre a probabilidade de encontro de uma 
planta jovem em diferentes distâncias a partir da árvore-mãe e, outra, a probabilidade de sobrevivência 
dessas plantas jovens. 
 
Considerando esta figura, responda. 
a) Que curva deve representar a probabilidade de sobrevivência das plantas jovens em relação à 
distância da árvore-mãe? Cite duas relações interespecíficas que podem ser responsáveis pela 
tendência observada nessa curva. 
b) Cite um exemplo de mutualismo entre a árvore-mãe e animais que pode contribuir para o 
estabelecimento de plantas jovens em pontos distantes dessa árvore 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
Biologia 
 
9. Duas espécies de plantas fanerógamas, X e Y, de porte semelhante, foram cultivadas em duas 
situações experimentais: 
I. independentemente - cada planta em um vaso; 
II. em conjunto - as duas plantas em um mesmo vaso. 
 
Em ambas as situações, todas as demais condições ambientais foram mantidas idênticas. 
Ao final de algum tempo de cultivo, mediu-se o comprimento da parte aérea desses vegetais. Os 
resultados estão apresentados no gráfico abaixo. 
 
a) Identifique a provável relação ecológica presente na situação experimental II e justifique a 
diferença de comprimento da parte aérea dos vegetais verificada nesta situação. 
b) Cite duas características exclusivas das fanerógamas e os dois principais grupos em que esses 
vegetais são divididos. 
 
 
 
 
13 
Biologia 
 
Gabarito 
 
 
1. B 
Na situação I, um animal se assemelha com o meio, se trratando de camuflagem. Já na situação II um 
animal imita outro animal não palatável, se tratando de mimetismo. Por fim, na situação III um animal 
possui uma coloração chamativa para advertir um predador que é venenoso, se tratandod e coloração 
de advertência. 
 
2. C 
No primeiro gráfico, somente a espécie B se beneficia estando junto com a A (relação +/0), se 
enquadrando no comensalismo. No segundo gráfico, a espécie D declina quando cultivada junta de C 
(relação -/0), se enquadrando de amensalismo. Por fim, no terceiro gráfico, as espécies E e F só 
conseguem tem um aumento populacional quando cultivadas juntas (relação +/+ de caráter 
obrigatório), se tratando de mutualismo. 
 
3. E 
Na relação de predação, quando a população de presas diminui, a de predadores também diminuirá, 
pois não haverá comida suficienta para a quantidade de predadores. 
 
4. 
a) Camuflagem. Imitar o ambiente em que vive permite ao anfíbio passar despercebido por seus 
predadores. A camuflagem é uma vantagem adaptativa que garante ao animal mais chances de 
sobrevivência e reprodução. 
 
b) A coloração de aviso que aparece em anfíbios venenosos beneficia seus predadores. Ao evitarem 
esses animais, os predadores não correm o risco de perder a vida pelo efeito do veneno presente na 
pele desses animais. 
 
5. 
a) 1. A relação entre as espécies A e B é de competição interespecífica (uma vez que ambas são 
prejudicadas ao serem cultivadas juntas). 
2. Entre as espécies C e D ocorre predatismo (de C sobre D, uma vez que a população de C aumenta, 
beneficiando-se à custa da de D, que diminui — comportamento típico da relação predador-presa 
num certo intervalo de tempo). 
 
b) 1. Os nichos ecológicos das espécies A e B coincidem, o que é demonstrado pelo fato de que ambas 
competem. 
2. Os nichos das espécies A e C são diferentes, uma vez que, sendo elas cultivadas juntas, suas 
densidades populacionais permanecem as mesmas de quando são cultivadas separadamente. 
 
6. B 
Se houvesse alguma relação desarmônica, como predação, competição ou parasitismo, alguma das 
populações, 1 ou 2, iria cair. Como as espécies 1 e 2 aumentam depois da chegada de 2, elas possuem 
uma relação harmônica, e o crescimento exagerado desta população pode ser significativo de que ela 
virou uma praga. 
 
 
 
 
 
 
 
14 
Biologia 
 
7. 
a) Predação ou Competição. 
b) Predação: O defensivo agrícola matou todos os indivíduos da espécie B. A espécie A é resistente 
ao defensivo e conseguiu se reproduzir várias vezes, ou, competição: O defensivo agrícola matou 
todos os indivíduos da espécie B. Ocorreu maior disponibilidade de recursos (alimento) e assim 
aumentou a sua densidade populacional. 
c) Predação ou Competição: Pode servir para mostrar a importância do controle biológico e manejo 
integrado. É melhor usar o controle biológico (ou predador ou competidor) pois ele mantém a 
população da espécie abaixo de 20 indivíduos por lote, enquanto que o defensivo agrícola tem 
que ser aplicado continuamente. Ou, competição: Escolher defensivo agrícola que controle as duas 
espécies. 
 
8. 
a) É a curva 1. Quanto maior a distância entre as plantas jovens e a árvore-mãe, menor será a 
competição entre elas. Duas relações interespecíficas que podem ser responsáveis pela tendência 
dessa curva são a predação e parasitismo. 
b) Animais que possibilitam a dispersão das sementes ao se alimentarem dos frutos produzidos pela 
árvore-mãe 
 
9. 
a) Competição interespecífica. Quando colocadas em um mesmo vaso, as duas espécies competem 
por nutrientes limitados, sendo que a espécie X é mais eficiente na captação desses recursos, 
conseguindo um melhor desenvolvimento. 
b) Apresentar sementes e órgãos reprodutivos evidentes. Gimnospermas e angiospermas. 
 
 
 
 
 
1 
Filosofia 
 
Aristóteles 
 
Resumo 
 
Aristóteles foi um filósofo nascido na Macedônia, na cidade de Estagira. Ele fecha o trio de pensadores que 
sistematizou a filosofia grega conhecidos como filósofos clássicos (junto à Sócrates e Platão). Atribui-se a 
ele a produção de mais de cem obras sobre diversos temas, restando apenas 47 de sua autoria. O impacto 
de Aristóteles no pensamento e cultura ocidentais é sentido até hoje. 
Líder dos peripatéticos (os que passeiam) pelo hábito de filosofar ao ar livre e muitas vezes caminhando, 
Aristóteles era filho de Nicômaco, médico do rei da Macedônia. Ingressou na Academia de Platão aos 18 
anos, permanecendo lá por aproximadamente 20. Segundo Platão, sua academia era formada “pelos corpos 
de seus alunos e pela mente de Aristóteles”. 
Da ocasião da morte de Platão, Aristóteles não pôde assumir a direção da Academia, mesmo sendo o mais 
qualificado, pois era estrangeiro em Atenas. Com isso, deixou Atenas em direção à Ásia menor. Em pouco 
tempo foi chamado por Felipe II para ser professor de seu filho Alexandre, que viria a ser o imperador da 
Macedôniaem 340 a.C. quando a relação entre mestre e discípulo foi interrompida. 
Em 335 a.C. Aristóteles voltou para Atenas para fundar o Liceu. Onde ensinou por 12 anos. Após a morte de 
Alexandre, Aristóteles teve que deixar Atenas pela sua proximidade com a corte macedônica, já que o 
sentimento antimacedônico era grande. Saiu afirmando querer evitar que os atenienses pecassem duas 
vezes contra a filosofia (Sócrates foi a primeira). 
Os campos de estudo de Aristóteles incluem (tendo praticamente fundado a maioria deles), Metafísica, 
Física, Óptica, Astronomia, Lógica, Ética, Política, Biologia, Química, Retórica, Psicologia, Artes. Esses 
campos, apesar de estudados “individualmente” não eram ramos tão especializados como no contexto atual 
da ciência e filosofia. A metafísica, por exemplo, é chamada por Aristóteles de filosofia primeira, uma ciência 
geral que não se dedica a questão particular nenhuma, mas a tudo. Todos os campos estavam integrados 
numa grande “árvore” do conhecimento, visão que perdura até o fim da Idade Medieval, quando o 
Renascimento refunda a ciência e derruba muitas das concepções científicas aristotélicas. 
 
A Metafísica de Aristóteles 
Para Aristóteles, as ciências deveriam encontrar o que define os seres, o que os constituí em termos reais. 
Por isso, rejeitou a ideia de Platão de que a realidade estaria em outro mundo, compreendendo essa 
percepção como uma extravagância. Aristóteles acreditava que conhecer as coisas era conhecer como as 
coisas são no mundo em que estamos e perceber a essência era o objetivo da metafísica. A filosofia de 
Aristóteles reconhece a mudança e a transformação como parte do real, parte daquilo que compõe as coisas. 
Fica claro para nós que o pensador estava muito mais interessado na natureza e da vida que seu mestre, o 
pensamento aristotélico tem grande impacto nas ciências naturais. Relacionando suas concepções sobre 
física e metafísica podemos compreender melhor essa dinâmica. 
Para Aristóteles a natureza tem ciclos regulares, a vida nasce, cresce e morre. Estamos integrados num todo 
coeso e lógico. As mudanças e transformações fazem parte da ordem que guia a sucessão de 
acontecimentos. O inteligível e o sensível estão juntos nessa realidade dinâmica. A separação entre sensível 
e inteligível é possível apenas conceitualmente, já que formam um todo existencial. As coisas são o que são. 
Assim o filósofo propõe dois princípios que regem a existência: matéria (hylé) – daquilo que a coisa é feita; 
e forma (morphé) o que determina como a matéria se apresenta. 
 
 
 
 
2 
Filosofia 
 
Essa proposta ficou conhecida como hilemorfismo. Enquanto a matéria é, digamos, a composição da coisa, 
a forma permite que esse objeto seja distinguível e apresente características distintas que o tornam o que é. 
Aristóteles não abandona completamente as concepções de Platão, mas as situam no nosso mundo, numa 
camada de existência que requer reflexão e depuração para observar. Aristóteles não aceita que o mundo 
que experimentamos seja ilusão, como se não existisse. A partir da doutrina platônica, organiza os 
fenômenos sensíveis de maneira compreensível. 
Para tal, Aristóteles teve que enfrentar outro problema: o que faz as coisas permanecerem ou mudarem? 
Essa polêmica clássica, iniciada com Heráclito e Parmênides, também guia a doutrina aristotélica. 
Deslocando a questão da mudança em si para a realidade que sofre a mudança, o pensador torna o 
movimento heraclitiano ontológico. Para Aristóteles, uma semente não é uma planta, mas pode vir a ser, ao 
passo que um livro, não. A mudança não uma conversão aleatória daquilo que compõe as coisas, mas uma 
transformação possível, que segue uma ordem já presente na coisa antes de sua mudança. Assim, temos o 
ato, que representa a situação atual do ser, o que ele é; e a potência, o vir a ser aristotélico, contido nas 
possibilidades de cada coisa. 
Segundo Aristóteles, toda coisa é uma substância, ou seja, é uma realidade que subsiste em si mesma. Isto, 
inclusive, é o que diferencia as coisas de suas características. Enquanto a característica subsiste apenas na 
coisa, a coisa subsiste por si mesma. Por exemplo, Pedro subsiste em si mesmo, mas a sua cor de pele só 
subsiste através dele e não em si mesma. Toda a filosofia de Aristóteles parte da análise que ele faz dos 
elementos que constituem as substâncias. 
Tudo na natureza é ato e potência, seguindo o ciclo observado pelo filósofo. Encontrando as condições 
necessárias para tal, um bebê nasce, cresce e morre, assim como uma semente que se transforma numa 
grande árvore que pode vir a dar flores e frutos. Podemos ainda relacionar a matéria à potência, o substrato 
que ainda não é, assim como a forma ao ato, o que define o ser, como se manifesta. 
Além desses princípios, é crucial observar que Aristóteles afirma que o ser é substância. A substância possui 
predicados, características que são os acidentes, atributos não essenciais, circunstanciais do ser. Além dos 
acidentes, a substância e composta pela essência, que é o atributo estrutural, ligado intimamente ao ser, 
aquilo que o define. 
 
Quatro Causas 
Aristóteles aponta para uma diferença fundamental entre os seres, uma classe de seres naturais e outra de 
seres artificiais. Para ele, na primeira classe, a transformação está contida no interior do ser. Na segunda 
classe, o movimento é causado por algo externo, um princípio exterior. Isso significa dizer que a mudança 
observada no que é natural também é natural, já que interna às condições da natureza, enquanto o que é 
artificial depende da ação externa, muitas vezes manifestada na vontade e intenção de causar essa 
mudança. Assim temos a transformação de origem interna e externa, dependendo da situação do ser, que 
faz da potência, ato. Esses princípios são chamados de causas, sendo quatro as causas fundamentais. 
A causa material se refere à matéria que compõe a coisa. Uma espada pode ser confeccionada de metal, um 
banco de madeira etc. Já a causa formal está ligada à característica que torna o ser distinto. Um pneu tem 
forma de pneu, uma taça tem forma de taça e por aí vai. A causa eficiente, por sua vez, refere-se a ação (e 
agente) gerador da coisa. O que transformou a matéria em forma? O que produziu aquela existência? É para 
essa direção que essa causa aponta. E, por último, a causa final, no sentido de objetivo, finalidade, razão, 
motivo. É a causa ligada a justificação daquele ser. A causa final, para Aristóteles, era a mais importante, 
pois é ela que dá o sentido para o ser. 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Filosofia 
 
Primeiro motor 
Por refletir numa perspectiva que envolve ação e finalidade, Aristóteles esbarrou na questão da origem do 
mundo. Se o que existe foi feito e tem um fim, o que fez o mundo e por quê? O filósofo conclui que, na verdade, 
o mundo é eterno, sem início e sem fim. Partindo da proposta de movimento, seria contraditório pensar que 
algo dá origem ao mundo, pois não há onde o mundo se apoiar para seu surgimento, não há uma existência 
que seja ato e possa potencialmente se tornar o mundo. 
Além disso, não faz sentido pensar no término do mundo, o mundo como ato sendo potencialmente outra 
coisa. Assim o pensador conclui que o próprio mundo é seu movimento, desempenhado eternamente, sem 
início nem fim. 
Essa conclusão é bastante lógica, porém ainda incompatível com o pensamento aristotélico. Tudo que está 
em movimento é colocado em movimento por algo. Isso leva Aristóteles e especular intuitivamente que deve 
haver algo que pôs o mundo em movimento, o primeiro motor (ou motor imóvel), um agente iniciador, mas 
que não foi iniciado por nada e que é a primeira causa do movimento. 
Esse primeiro motor precisa ser imóvel para interromper a cadeia de movimento ao infinito. Aristóteles 
pondera que esse motor é ato bom, puro, perfeito e eterno e, por isso, é capaz de produzir movimento sem 
ter sido movimentado. É que o filósofotem uma concepção teleológica da realidade, tudo tem uma função e 
uma finalidade. Sendo assim, como tudo tende ao que é bom, a atração produzida pelo primeiro motor produz 
o movimento. 
 
Ética 
A ética aristotélica, assim como suas outras teorias, é grande devedora de seu mestre Platão. Mas, assim 
como em suas outras doutrinas, Aristóteles se afasta de seu mentor incluindo a prática e a experiência como 
parte crucial da existência, do conhecimento e da virtude. 
A proposta da ética aristotélica também é teleológica. Como já comentamos, para Aristóteles a existência 
era um todo integrado e analisado como uma grande árvore, o que significa dizer que sua concepção 
teleológica permeará todas as suas teorias. 
Na ética o pensador afirma que tudo é bom quando alcança seu fim. Sendo assim, aquilo que cumpre o que 
lhe é próprio pode ser chamado de bom. Um exemplo comum é o do lápis. Não importa quais características 
um lápis carregue, que seja belo ou inquebrável, se ele não permitir que escrevamos então ele não é bom, 
pois o fim do lápis e a escrita ou, por extensão, a grafia. Mas como definir que um ser humano é bom? 
 
Telos, eudaimonia e razão 
Já vimos que telos é fim, objetivo. Para Aristóteles, tudo que alcança seu fim é bom. Então, para uma pessoa, 
ser boa significa alcançar seu fim. Mas não se trata de objetivos individuais, não estamos falando de metas 
ou sonhos pessoais. Aristóteles está pensando no ser humano como uma categoria e, para categorizar o ser 
humano, precisamos identificar o que há de geral nas pessoas e o que as diferencia dos outros seres. 
Antes de partir para a definição do ser humano e sua finalidade, vamos pensar na virtude. A virtude é a 
propriedade mais essencial de um ser, ela que distinguirá esse ser dos outros. Essa virtude aponta para o 
perfeito exercício e atuação desse ser. Ou seja, a virtude está ligada à finalidade. Uma faca é virtuosa quando 
corta bem, assim como um dentista é virtuoso quando cuida bem de seus doentes. 
O ser humano possui uma ampla gama de habilidades, capacidades e competências. Podemos fazer 
inúmeras coisas que, inclusive, nos aproximam de outros seres (como correr, morder, dormir etc.) Mas o que 
nos distingue, nossa virtude, é a razão. Para Aristóteles, o fim do ser humano é a felicidade, a manifestação 
do bem nas pessoas. Para alcançar esse fim, o caminho é a virtude, a racionalidade. 
 
 
 
 
4 
Filosofia 
 
Ter racionalidade não é o suficiente. Já falamos que Aristóteles dá grande relevância para a experiência e a 
prática. A virtude precisa ser então praticada, exercitada. É preciso se esforçar para transformar em ato aqui 
que nos é dado como potência. Era necessário praticar a reflexão e a contemplação, com o fim de alcançar 
a virtude. Não se é virtuoso de um dia para o outro, muito menos feliz. 
 
Várias virtudes 
Apesar de assumir a racionalidade como a essência do ser humano, Aristóteles reconhece que somos 
capazes de realizar muitas coisas. Quer dize então que podemos desenvolver várias virtudes? Sim! Para o 
pensador a felicidade é alcançada pelo exercício dessas várias virtudes e não só da racionalidade. A própria 
contemplação só é possível com bem estar social, boas companhias, condições materiais e paz. Para gozar 
de uma vida que proporciona as condições ideais para o exercício da contemplação é preciso exercitar outras 
virtudes, como generosidade, coragem, cortesia e justiça. Não basta refletir, contemplar, enfim, não basta 
ser um filósofo. 
 
Felicidade racional 
Como a racionalidade é a base fundamental da ética aristotélica e é por ela que alcançamos a felicidade, 
uma busca de prazer desequilibrada conduz no sentido contrário à realização da finalidade do ser humano. 
O que faz o homem ser bom, sua felicidade, não é fruto de exuberâncias e exageros, mas do equilíbrio e da 
ponderação. 
A partir do exercício da reflexão e contemplação o indivíduo compreende a essência da felicidade, que não 
reside na superficialidade de prazeres efêmeros e exagerados, mas numa conduta racional, a essência do 
ser humano. A partir dessa reflexão o indivíduo guia sua conduta. Mas e as pessoas comuns, que não 
desfrutam das condições ideais para praticar essa reflexão? Bom, aí entra a prática mais uma vez. O exercício 
continuado de boas práticas leva a bons hábitos, uma conduta boa que também levará a felicidade. 
A excelência moral para Aristóteles está no exercício de virtudes que se configuram por ser um estado 
intermediário, o excesso ou a falta do que é conveniente deteriora a conduta. A virtude está no meio-termo, 
o que chamamos de mediania. Esse ponto de equilíbrio não é fixo. Ele varia conforme a circunstância. 
 
Política 
Do pensamento de Aristóteles sobre política vem a famosa frase “o homem é um animal político”. Ela 
representa a noção do filósofo de que somos seres sociais por natureza, já que nossas condições de 
sobrevivência dependem da nossa capacidade de organização. Para Aristóteles a organização em sociedade 
é um impulso natural e, por isso, a própria sociedade deve ser organizada conforme a natureza humana. 
Mais uma vez a questão teleológica entra na jogada. Se a finalidade do ser humano é ser feliz, a finalidade 
da sociedade é produzir o bem comum. Aqui observamos uma aproximação entre a ética e a política, uma 
tratando do bem na esfera individual e outra tratando do assunto na coletividade. A política e a ética são 
então complementares, ambas necessárias para produzir as condições de alcance da felicidade. 
A pólis seria a forma de organização por excelência, sendo considerada um fenômeno natural. Na concepção 
do pensador, todo o gênero humano deveria se organizar nesse formato. Como é ela que oferece as 
condições para que estejamos vivos, a cidade precede o indivíduo. Sem a cidade o indivíduo está perdido, 
sem um indivíduo a cidade continua. 
Além de tratar da organização do Estado (em cidade-Estado ou pólis) e dos objetivos da política, Aristóteles 
se notabilizou pelo estudo das organizações políticas de diversas sociedades diferentes. O resultado desse 
estudo se manifesta na consolidação de formas de governo gerais, como seguem: 
• Monarquia – governo realizado por um indivíduo 
 
 
 
 
5 
Filosofia 
 
• Aristocracia – governo realizado por alguns indivíduos 
• Politeia – governos de todos os cidadãos 
Todas essas formas de governo devem objetivar o bem comum. Quando isso não ocorre, ou seja, quando o 
líder (ou líderes) são egoístas, surgem formas degeneradas desses modelos do governo. A monarquia 
degenerada é a tirania, a aristocracia degenerada é a oligarquia e a politeia degenerada é a democracia. 
 
 
 
 
 
6 
Filosofia 
 
Exercícios 
 
1. ''(...) aprendemos executando o que temos que executar. Exemplo: homens se tornam construtores 
construindo e se tornam tocadores de lira tocando lira. É a realização de atos justos que nos torna 
justos, a de atos moderados que nos torna moderados, a de atos corajosos que nos torna corajosos 
(...).'' 
Aristóteles. Ética a Nicômaco. Livro II, cap. I, pág.75. São Paulo: Edipro, 2014. (Adaptado). 
 
Segundo o texto, para Aristóteles, as virtudes são 
a) puramente inatas ao ser humano. 
b) frutos do nascimento nobre. 
c) oriundas da prática e do exercício. 
d) exclusivas dos atenienses. 
e) proibidas aos bárbaros. 
 
2. “Se, pois, para as coisas que fazemos existe um fim que desejamos por ele mesmo e tudo o mais é 
desejado no interesse desse fim; evidentemente tal fim será o bem, ou antes, o sumo bem. Mas não 
terá o conhecimento, porventura, grande influência sobre essa vida? Se assim é, esforcemo-nos por 
determinar, ainda que em linhas gerais apenas, o que seja ele e de qual das ciências ou faculdades 
constitui o objeto. Ninguém duvidará de que o seu estudo pertença à arte mais prestigiosa e que mais 
verdadeiramente se pode chamar a arte mestra. Ora, a política mostra ser dessa natureza, pois é ela 
que determinaquais as ciências que devem ser estudadas num Estado, quais são as que cada cidadão 
deve aprender, e até que ponto; e vemos que até as faculdades tidas em maior apreço, como a 
estratégia, a economia e a retórica, estão sujeitas a ela. Ora, como a política utiliza as demais ciências 
e, por outro lado, legisla sobre o que devemos e o que não devemos fazer, a finalidade dessa ciência 
deve abranger as das outras, de modo que essa finalidade será o bem humano.” 
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. In: Pensadores. São Pauto: Nova Cultural, 1991 (adaptado). 
Para Aristóteles, a relação entre o sumo bem e a organização da pólis pressupõe que 
a) o bem dos indivíduos consiste em cada um perseguir seus interesses. 
b) o sumo bem é dado pela fé de que os deuses são os portadores da verdade. 
c) a política é a ciência que precede todas as demais na organização da cidade. 
d) a educação visa formar a consciência de cada pessoa para agir corretamente. 
e) a democracia protege as atividades políticas necessárias para o bem comum. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Filosofia 
 
3. Aristóteles (384-322 a.C.) afirma em Política: “Diremos que nenhum indivíduo é cidadão só porque 
habita num determinado lugar, pois, tal como os cidadãos, também os metecos (homens livres) e os 
escravos possuem um local para habitar. (...) Ora, não há melhor critério para definir o que é o cidadão, 
em sentido estrito, do que entender a cidadania como capacidade de participar da administração da 
justiça e no governo.” 
(ARISTÓTELES. Política, livro III, cap. 1 1275a6-7 e 22-23). 
 
A partir desse trecho, é correto afirmar que 
(01) a atividade política não é restrita a um pequeno grupo de cidadãos, mas está acessível a todos 
que têm cidadania. 
(02) a cidadania é garantida em função de se habitar um lugar. 
(04) o principal critério para definir um cidadão é a possibilidade de ele participar da vida política da 
cidade. 
(08) a nem todos os habitantes de uma cidade é garantido o direito de ocupar cargos públicos ou 
tomar parte nas decisões judiciais, mas somente àqueles que são considerados cidadãos 
naquela cidade. 
(16) a participação política não é uma questão de escolha para Aristóteles, uma vez que, para ele, 
todos os habitantes da cidade deveriam agir politicamente, independentemente de sua 
condição social ou econômica. 
Soma: ( ) 
 
 
4. “Em primeiro lugar, é claro que, com a expressão “ser segundo a potência e o ato”, indicam-se dois 
modos de ser muito diferentes e, em certo sentido, opostos. Aristóteles, de fato, chama o ser da 
potência até mesmo de não-ser, no sentido de que, com relação ao ser-em-ato, o ser-em-potência é 
não-ser-em-ato.” 
REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga. Vol. II. Trad. de Henrique Cláudio de Lima Vaz e Marcelo Perine. São Paulo: 
Loyola, 1994, p. 349. 
A partir da leitura do trecho acima e em conformidade com a Teoria do Ato e Potência de Aristóteles, 
assinale a alternativa correta. 
a) Para Aristóteles, ser-em-ato é o ser em sua capacidade de se transformar em algo diferente dele 
mesmo, como, por exemplo, o mármore (ser-em-ato) em relação à estátua (ser-em-potência). 
b) Segundo Aristóteles, a teoria do ato e potência explica o movimento percebido no mundo sensível. 
Tudo o que possui matéria possui potencialidade (capacidade de assumir ou receber uma forma 
diferente de si), que tende a se atualizar (assumindo ou recebendo aquela forma). 
c) Para Aristóteles, a bem da verdade, existe apenas o ser-em-ato. Isto ocorre porque o movimento 
verificado no mundo material é apenas ilusório, e o que existe é sempre imutável e imóvel. 
d) Segundo Aristóteles, o ato é próprio do mundo sensível (das coisas materiais) e a potência se 
encontra tão-somente no mundo inteligível, apreendido apenas com o intelecto. 
 
 
 
 
 
 
8 
Filosofia 
 
5. “O filósofo natural e o dialético darão definições diferentes para cada uma dessas afecções. Por 
exemplo, no caso da pergunta “O que é a raiva?”, o dialético dirá que se trata de um desejo de vingança, 
ou algo deste tipo; o filósofo natural dirá que se trata de um aquecimento do sangue ou de fluidos 
quentes do coração. Um explica segundo a matéria, o outro, segundo a forma e a definição. A definição 
é o “o que é” da coisa, mas, para existir, esta precisa da matéria.” 
Aristóteles. Sobre a alma, I,1 403a 25-32. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2010. 
 
Considerando-se o trecho acima, extraído da obra Sobre a Alma, de Aristóteles (384-322 a.C.), assinale 
a alternativa que nomeia corretamente a doutrina aristotélica em questão. 
a) Teoria das categorias. 
b) Teoria do ato-potência. 
c) Teoria das causas. 
d) Teoria do eudaimonismo. 
e) Teoria mimética 
 
 
6. Aristóteles afirma que os indivíduos são compostos de matéria (hyle) e forma (eidos). A matéria é o 
princípio de individuação e a forma a maneira como a matéria se constitui em si. Assim, todos os 
indivíduos de uma mesma espécie teriam a mesma forma, mas difeririam do ponto de vista da 
matéria, já que se trata de indivíduos diferentes, ao menos numericamente. 
(Adaptado de: MARCONDES, D. Iniciação à História da Filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. 2.ed. Rio de Janeiro: 
Zahar, 2007. p.21.) 
Com base na diferenciação entre matéria e forma apresentada no texto, indique o significado dos 
conceitos de essência e de acidente na teoria do conhecimento de Aristóteles. 
 
7. TEXTO I 
“Olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios 
interesses, mas como um inútil; nós, cidadãos atenienses, decidimos as questões públicas por nós 
mesmos na crença de que não é o debate que é empecilho à ação, e sim o fato de não se estar 
esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação.” 
TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasília: UnB, 1987 (adaptado). 
 
TEXTO II 
“Um cidadão integral pode ser definido nada menos que pelo direito de administrar justiça e exercer 
funções públicas; algumas destas, todavia, são limitadas quanto ao tempo de exercício, de tal modo 
que não podem de forma alguma ser exercidas duas vezes pela mesma pessoa, ou somente podem 
sê-lo depois de certos intervalos de tempo prefixados.” 
ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985. 
 
Comparando os textos I e II, tanto para Tucídides (no século V a.C.) quanto para Aristóteles (no século 
IV a.C.), a cidadania era definida pelo(a): 
a) prestígio social. 
b) acúmulo de riqueza. 
c) participação política. 
d) local de nascimento. 
e) grupo de parentesco. 
 
 
 
 
9 
Filosofia 
 
Gabarito 
 
1. C 
Ao afirmar que “aprendemos executando o que temos que executar”, Aristóteles expõe que acredita na 
prática como forma de crescimento e desenvolvimento. As virtudes devem ser exercitadas, praticadas. 
Fazer é parte crucial do processo de aprendizado e aperfeiçoamento. 
 
2. C 
Para Aristóteles, o homem é animal político, naturalmente social. Isto significa que, na visão aristotélica, 
os indivíduos devem sempre viver em função de suas respectivas comunidades, subordinando seus 
interesses particulares ao bem comum. Igualmente, as diversas ciências particulares devem 
subordinar-se à ciência política. 
 
3. 1 + 4 + 8 
Ao definir o cidadão como aquele que participa politicamente da comunidade, Aristóteles faz uma clara 
distinção entre habitante (mero membro da sociedade) e o cidadão (membro da comunidade política). 
Da mesma maneira, reconhece que alguma forma de participação no governo deve ser concedida a todo 
aquele que é identificado como cidadão, mas não a todo habitante. 
 
4. B 
Para Aristóteles, toda mudança é sempre uma passagem da potência (possibilidade de ser, o que não 
existe, mas que não é contraditório que exista, que pode existir) ao ato (aquilo que existe efetivamente). 
Em outras palavras, para que algo mude e se torne real, primeiro necessitava ser possível. 
 
5. C 
Todas as alternativas desta questão remetemà filosofia de Aristóteles. Entretanto, ao atentarmos ao 
texto, percebemos que nele se faz presente algumas palavras chaves como matéria e forma. O texto 
nos mostra a recusa da proposta platônica enquanto fundamento para o entendimento da essência 
(origem) daquilo que está no mundo sensível. Para Platão, a essência está no mundo das ideias. Para 
Aristóteles, pelo fato de não existir o mundo das ideias, temos que encontrar a essência do que existe 
nas próprias coisas que constituem o nosso mundo. Para encontrarmos tal essência, basta-nos 
aplicarmos a teoria das quatro causas. São elas: material, formal, eficiente e final. Ou poderíamos 
também aplicar a definição de essência proposta por Aristóteles: “Essência é a unidade indissolúvel 
entre a matéria (aquilo do que é constituído) e a forma (como ele é) que faz o “ser” ser aquilo que ele é 
com identidade própria e não outra coisa.” 
 
6. Aristóteles considera que toda substância individual é composta de matéria e forma, o que, de certo 
modo, faz com que o dualismo platônico seja contemplado no próprio ser (aquilo que é e que existe). A 
forma associa-se às condições essenciais da coisa (ser), tornando-a naquilo que ela é. É por intermédio 
da forma que o ser se constitui, sendo o que é. Por exemplo: diversos materiais (matéria) podem ser 
utilizados para fabricar mesas e cadeiras. Ambos os seres (cadeiras e mesas) são formados por 
materiais diversos. Então, o que as diferenciam do ponto de vista da essência? O que as tornam 
diferentes, em essência, é a forma que cada porção de matéria recebe. Desse modo, a mesa é mesa não 
em razão da matéria que a constitui, mas em razão da forma que a determina essencialmente. As 
diferenças assinaladas na matéria de cada ser são consideradas acidentes. Logo, os acidentes são as 
características mutáveis e variáveis que estão registradas na matéria e não na forma. Um risco, uma 
 
 
 
 
10 
Filosofia 
 
mancha ou uma trinca que se observa em uma cadeira, por exemplo, a torna singular (individual) em 
relação às demais, sem que isso lhe retire a sua essência (forma) de ser cadeira. 
 
7. C 
Aristóteles foi o autor de um das mais célebres concepções de cidadania da história da filosofia e que 
expressa muito bem a visão clássica a respeito do tema. Para ele, a cidadania consiste essencialmente 
na capacidade de participação política, de doação pela comunidade. Isto significa que ela não é uma 
concessão do governo, nem um direito que se possa usar ou não, mas um dever, que está muito para 
além de eleições e que significa estar sempre disposto a sacrificar-se pelo bem comum. 
 
 
 
 
 
1 
Física 
 
Exercícios de transmissão de movimento 
 
Exercícios 
 
1. A figura apresenta esquematicamente o sistema de transmissão de uma bicicleta convencional. 
 
 
 
Na bicicleta, a coroa A conecta-se à catraca B através da correia P. Por sua vez, B é ligada à roda 
traseira R, girando com ela quando o ciclista está pedalando. 
 
Nesta situação, supondo que a bicicleta se move sem deslizar, as magnitudes das velocidades 
angulares, A B R, e ,ω ω ω são tais que 
a) A B R
.ω ω ω =
 
b) A B R
.ω ω ω= 
 
c) A B R
.ω ω ω= =
 
d) A B R
.ω ω ω 
 
e) A B R
.ω ω ω =
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
Física 
 
2. A engrenagem da figura a seguir é parte do motor de um automóvel. Os discos 1 e 2, de diâmetros 40 
cm e 60 cm, respectivamente, são conectados por uma correia inextensível e giram em movimento 
circular uniforme. Se a correia não desliza sobre os discos, a razão 1 2/ω ω entre as velocidades 
angulares dos discos vale 
 
 
a) 1/3 
b) 2/3 
c) 1 
d) 3/2 
e) 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Física 
 
3. A invenção e o acoplamento entre engrenagens revolucionaram a ciência na época e propiciaram a 
invenção de várias tecnologias, como os relógios. Ao construir um pequeno cronômetro, um relojoeiro 
usa o sistema de engrenagens mostrado. De acordo com a figura, um motor é ligado ao eixo e 
movimenta as engrenagens fazendo o ponteiro girar. A frequência do motor é de 18 rpm, e o número 
de dentes das engrenagens está apresentado no quadro. 
 
Engrenagem Dentes 
A 24 
B 72 
C 36 
D 108 
 
 
A frequência de giro do ponteiro, em rpm, é 
a) 1. 
b) 2. 
c) 4. 
d) 81. 
e) 162. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
Física 
 
4. Em uma bicicleta, a transmissão do movimento das pedaladas se faz através de uma corrente, 
acoplando um disco dentado dianteiro (coroa) a um disco dentado traseiro (catraca), sem que haja 
deslizamento entre a corrente e os discos. A catraca, por sua vez, é acoplada à roda traseira de modo 
que as velocidades angulares da catraca e da roda sejam as mesmas (ver a seguir figura 
representativa de uma bicicleta). 
 
Em uma corrida de bicicleta, o ciclista desloca-se com velocidade escalar constante, mantendo um 
ritmo estável de pedaladas, capaz de imprimir no disco dianteiro uma velocidade angular de 4 rad/s, 
para uma configuração em que o raio da coroa é 4R, o raio da catraca é R e o raio da roda é 0,5 m. Com 
base no exposto, conclui-se que a velocidade escalar do ciclista é: 
a) 2 m/s 
b) 4 m/s 
c) 8 m/s 
d) 12 m/s 
e) 16 m/s 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Física 
 
5. Em um antigo projetor de cinema, o filme a ser projetado deixa o carretel F, seguindo um caminho que 
o leva ao carretel R, onde será rebobinado. Os carretéis são idênticos e se diferenciam apenas pelas 
funções que realizam. 
Pouco depois do início da projeção, os carretéis apresentam-se como mostrado na figura, na qual 
observamos o sentido de rotação que o aparelho imprime ao carretel R. 
 
Nesse momento, considerando as quantidades de filme que os carretéis contêm e o tempo necessário 
para que o carretel R dê uma volta completa, é correto concluir que o carretel F gira em sentido 
a) anti-horário e dá mais voltas que o carretel R. 
b) anti-horário e dá menos voltas que o carretel R. 
c) horário e dá mais voltas que o carretel R. 
d) horário e dá menos voltas que o carretel R. 
e) horário e dá o mesmo número de voltas que o carretel R. 
 
 
6. Considere um computador que armazena informações em um disco rígido que gira a uma frequência 
de 120 Hz. Cada unidade de informação ocupa um comprimento físico de 0,2 mμ na direção do 
movimento de rotação do disco. Quantas informações magnéticas passam, por segundo, pela cabeça 
de leitura, se ela estiver posicionada a 3 cm do centro de seu eixo, como mostra o esquema 
simplificado apresentado abaixo? 
Considere 3.π 
 
a) 
61,62 10 . 
b) 
61,8 10 . 
c) 
864,8 10 . 
d) 
81,08 10 . 
 
 
 
 
 
6 
Física 
 
7. Para dar o efeito da saia rodada, o figurinista da escola de samba coloca sob as saias das baianas 
uma armação formada por três tubos plásticos, paralelos e em forma de bambolês, com raios 
aproximadamente iguais a r1 = 0,50 m, r2 = 0,75 m e r3 = 1,20 m. 
 
Pode-se afirmar que, quando a baiana roda, a relação entre as velocidades angulares (𝜔) respectivas 
aos bambolês 1, 2 e 3 é 
a) 𝜔1 > 𝜔2 > 𝜔3. 
b) 𝜔1 < 𝜔2 < 𝜔3. 
c) 𝜔1 = 𝜔2 = 𝜔3. 
d) 𝜔1 = 𝜔2 > 𝜔3. 
e) 𝜔1 > 𝜔2 = 𝜔3. 
 
 
8. As duas polias da figura abaixo estão acopladas por meio de uma correia e estão girando em sentido 
anti-horário. Sabendo que o raio da polia 2 é o dobro do raio da polia 1, marque a alternativa que 
mostra a relação correta entre as frequências das polias. 
 
a) f2= 2.f1 
b) f1= 2,5.f2 
c) f1= 4.f2 
d) f2= 8.f1 
e) f1= 2.f2 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Física 
 
9. A imagem a seguir mostra duas polias ligadas por uma correia. Marque a alternativa correta sabendo 
que o raio da polia 1 é o triplo do raio da polia 2 e que não há deslizamento da correia. 
 
a)A polia 1 possui frequência maior que a polia 2. 
b) A velocidade linear da polia 2 é maior que a da polia 1. 
c) A velocidade angular das polias é igual. 
d) A frequência da polia 2 é o triplo da frequência da polia 1. 
e) Os períodos de rotação das polias são exatamente iguais. 
 
 
10. As bicicletas possuem uma corrente que liga uma coroa dentada dianteira, movimentada pelos pedais, 
a uma coroa localizada no eixo da roda traseira, como mostra a figura. 
 
 
O número de voltas dadas pela roda traseira a cada pedalada depende do tamanho relativo destas 
coroas. 
Em que opção a seguir a roda traseira dá o maior número de voltas por pedalada? 
a) c) e) 
b) d) 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
Física 
 
Gabarito 
 
1. A 
Como a catraca B gira juntamente com a roda R, ou seja, ambas completam uma volta no mesmo 
intervalo de tempo, elas possuem a mesma velocidade angular: B Rω ω= . 
Como a coroa A conecta-se à catraca B através de uma correia, os pontos de suas periferias possuem a 
mesma velocidade escalar, ou seja: A BV V= . 
Lembrando que V .rω= : A B A A B BV V .r .rω ω= → = . 
Como: A B A Br r ω ω   . 
 
2. D 
As polias têm a mesma velocidade linear, igual à velocidade linear da correia. 
1 2v v=  R R1 1 2 2ω ω=  
D D1 2
1 22 2
ω ω=  
D1 2
D2 1
ω
ω
=  
601
402
ω
ω
=  
31 .
22
ω
ω
= 
 
3. B 
No acoplamento coaxial as frequências são iguais. No acoplamento tangencial as frequências (f) são 
inversamente proporcionais aos números (N) de dentes; 
Assim: 
A motor
B B A A B B
C B
D D C C D D
f f 18 rpm.
f N f N f 72 18 24 f 6 rpm.
f f 6 rpm.
f N f N f 108 6 36 f 2 rpm.
= =

=   =   =

= =
 =   =   =
 
 
A frequência do ponteiro é igual à da engrenagem D, ou seja: 
f 2 rpm.= 
 
4. C 
Dados: corω = 4 rad/s; Rcor = 4 R; Rcat = R; Rroda = 0,5 m. 
 
A velocidade tangencial (v) da catraca é igual à da coroa: 
( )cat cor cat cat cor cor cat catv v R R R 4 4 R 16 rad / s.
 
ω ω ω ω=  =  =  =
 
A velocidade angular (ω ) da roda é igual à da catraca: 
 
roda roda
roda cat cat roda
roda
bic roda
v v
 16 v 8 m / s 
R 0,5
v v 8 m / s.
 
ω ω ω=  =  =  = 
= = 
 
 
 
 
 
9 
Física 
 
5. D 
A análise da situação permite concluir que o carretel F gira no mesmo sentido que o carretel R, ou seja, 
horário. Como se trata de uma acoplamento tangencial, ambos têm mesma velocidade linear, igual à 
velocidade linear da fita. 
F R
F R F F R R F F R R
R F
f r
v v 2 f r 2 f r f r f r .
f r
π π=  =  =  = 
 
Essa expressão final mostra que a frequência de rotação é inversamente proporcional ao raio. Como o 
carretel F tem maior raio ele gira com menor frequência, ou seja dá menos voltas que o carretel R. 
 
6. D 
- Espaço ocupado por cada informação: 
7L 0,2 m 2 10 m.μ −= =  
 
- Comprimento de uma volta: 
2 2C 2 r 2 3 3 10 18 10 m.π − −= =    =  
 
- Número de informações armazenadas em cada volta: 
2
5
7
C 18 10
n 9 10 .
L 2 10
−
−

= = = 

 
 
- Como são 120 voltas por segundo, o número de informações armazenadas a cada segundo é: 
5 8N n f 9 10 120 N 1,08 10 .= =    =  
 
7. C 
Como foi visto na teoria, os três tubos compartilham o mesmo eixo, logo, possuem a mesma velocidade 
angular. 
 
8. E 
Para o acoplamento por correia, as polias apresentarão as mesmas velocidades angulares, logo: 
v1 = v2 
ω1.R1 = ω1.R1 
 
Como a velocidade angular pode ser dada por ω = 2.π.f, em que f é a frequência de giro, temos: 
2.π.f1.R1 = 2.π.f2.R2 
f1.R1 = f2.R2 
Sabendo que R2 = 2R1, temos: 
f1.R1 = f2. 2R1 
f1= 2.f2 
 
 
 
 
 
 
 
10 
Física 
 
9. D 
O produto da frequência pelo raio da polia é igual para as duas polias. Sabendo que R1 = 3.R2, podemos 
escrever: 
 
10. A 
Observe o esquema abaixo. 
 
 
As velocidades lineares de A e B são iguais. Portanto: 
r
R r
R
ω
Ω ω Ω= → = 
Para que a velocidade angular da roda traseira ser a maior possível é que r seja maior e R menor. 
 
 
 
 
 
1 
Física 
 
Exercícios de Movimento Circular 
 
Exercícios 
 
1. As máquinas cortadeiras e colheitadeiras de cana-de-açúcar podem substituir dezenas de 
trabalhadores rurais, o que pode alterar de forma significativa a relação de trabalho nas lavouras de 
cana-de-açúcar. A pá cortadeira da máquina ilustrada na figura abaixo gira em movimento circular 
uniforme a uma frequência de 300 rpm. A velocidade de um ponto extremo P da pá vale 
Considere 3.π  
 
 
a) 9 m/s. 
b) 15 m/s. 
c) 18 m/s. 
d) 60 m/s. 
 
 
2. Anemômetros são instrumentos usados para medir a velocidade do vento. A sua construção mais 
conhecida é a proposta por Robinson em 1846, que consiste em um rotor com quatro conchas 
hemisféricas presas por hastes, conforme figura abaixo. Em um anemômetro de Robinson ideal, a 
velocidade do vento é dada pela velocidade linear das conchas. Um anemômetro em que a distância 
entre as conchas e o centro de rotação é r 25 cm,= em um dia cuja velocidade do vento é 
v 18 km / h,= teria uma frequência de rotação de 
 
Se necessário, considere 3.π  
a) 3 rpm. 
b) 200 rpm. 
c) 720 rpm. 
d) 1200 rpm. 
 
 
 
 
2 
Física 
 
3. A Lua leva 28 dias para dar uma volta completa ao redor da Terra. Aproximando a órbita como circular, 
sua distância ao centro da Terra é de cerca de 380 mil quilômetros. 
A velocidade aproximada da Lua, em km/s, é: 
a) 13 
b) 0,16 
c) 59 
d) 24 
e) 1,0 
 
4. Uma roda d’água de raio 0,5 m efetua 4 voltas a cada 20 segundos. A velocidade linear dessa roda é 
Considere: 3π = 
a) 0,6 m/s. 
b) 0,8 m/s. 
c) 1,0 m/s. 
d) 1,2 m/s. 
 
5. Levando-se em conta unicamente o movimento de rotação da Terra em torno de seu eixo imaginário, 
qual é aproximadamente a velocidade tangencial de um ponto na superfície da Terra, localizado sobre 
o equador terrestre? 
Considere π =3,14; raio da Terra RT = 6.000 km. 
a) 440 km/h. 
b) 800 km/h. 
c) 880 km/h. 
d) 1.600 km/h. 
e) 3.200 km/h. 
 
 
6. O Brasil prepara-se para construir e lançar um satélite geoestacionário que vai levar banda larga a 
todos os municípios do país. Além de comunicações estratégicas para as Forças Armadas, o satélite 
possibilitará o acesso à banda larga mais barata a todos os municípios brasileiros. O ministro da 
Ciência e Tecnologia está convidando a Índia – que tem experiência neste campo, já tendo lançado 70 
satélites – a entrar na disputa internacional pelo projeto, que trará ganhos para o consumidor nas 
áreas de Internet e telefonia 3G. 
Adaptado de: BERLINCK, D. Brasil vai construir satélite para levar banda larga para todo país. O Globo, Economia, mar. 2012. 
A posição média de um satélite geoestacionário em relação à superfície terrestre se mantém devido à 
a) sua velocidade angular ser igual à velocidade angular da superfície terrestre. 
b) sua velocidade tangencial ser igual à velocidade tangencial da superfície terrestre. 
c) sua aceleração centrípeta ser proporcional ao cubo da velocidade tangencial do satélite. 
d) força gravitacional terrestre ser igual à velocidade angular do satélite. 
e) força gravitacional terrestre ser nula no espaço, local em que a atmosfera é rarefeita. 
 
 
 
 
 
3 
Física 
 
7. Durante os festejos do Círio de Nazaré, em Belém, uma das atrações é o parque de brinquedos situado 
ao lado da Basílica, no qual um dos brinquedos mais cobiçados é a Roda Gigante, que gira com 
velocidade angular ,ω constante. 
 
 
Considerando-se que a velocidade escalar de um ponto qualquer da periferia da Roda é V 1m s= e 
que o raio é de 15 m, pode-se afirmar que a frequência de rotação f, em hertz, e a velocidade angular 
,ω em rad s, são respectivamente iguais a: 
a) 
1
30π
 e 
2
15
 
b) 
1
15π
 e 
2
15
 
c) 
1
30π
 e 
1
15
 
d) 
1
15π
 e 
1
15
 
e) 
1
30π
 e 
1
30π4 
Física 
 
8. O escalpelamento é um grave acidente que ocorre nas pequenas embarcações que fazem transporte 
de ribeirinhos nos rios da Amazônia. O acidente ocorre quando fios de cabelos longos são presos ao 
eixo desprotegido do motor. As vitimas são mulheres e crianças que acabam tendo o couro cabeludo 
arrancado. Um barco típico que trafega nos rios da Amazônia, conhecido como “rabeta”, possui um 
motor com um eixo de 80 mm de diâmetro, e este motor, quando em operação, executa 3000 rpm. 
Considerando que, nesta situação de escalpeamento, há um fio ideal que não estica e não desliza 
preso ao eixo do motor e que o tempo médio da reação humana seja de 0,8 s (necessário para um 
condutor desligar o motor), é correto afirmar que o comprimento deste fio que se enrola sobre o eixo 
do motor, neste intervalo de tempo, é de: 
a) 602,8 m 
b) 96,0 m 
c) 30,0 m 
d) 20,0 m 
e) 10,0 m 
 
 
9. “Nada como um dia após o outro”. Certamente esse dito popular está relacionado de alguma forma 
com a rotação da Terra em torno de seu próprio eixo, realizando uma rotação completa a cada 24 
horas. 
Pode-se, então, dizer que cada hora corresponde a uma rotação de: 
a) 180º 
b) 360º 
c) 15º 
d) 90º 
 
 
10. Durante uma hora o ponteiro dos minutos de um relógio de parede executa um determinado 
deslocamento angular. Nesse intervalo de tempo, sua velocidade angular, em graus minuto, é dada 
por 
a) 360. 
b) 36. 
c) 6. 
d) 1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Física 
 
Gabarito 
 
1. C 
Dados: f = 300 rpm = 5 Hz; π = 3; R = 60 cm = 0,6 m. 
A velocidade linear do ponto P é: 
v R 2 f R 2 3 5 0,6 
v 18 m/s.
ω= =     
=
 
 
2. B 
Dados: v 18 km/h 5 m/s; r 25 cm 0,25 m; 3.π= = = = = 
v 5 5 5
v 2 r f f Hz 60 rpm f 200 rpm.
2 r 2 3 0,25 1,5 1,5
π
π
=  = = = =   =
 
 
 
3. E 
28 dias 28 24 horas 28 24 3600 s.=  =   
2 rS 2 3,14 380.000
V 1,0 km/s.
t T 28 24 3600
 
= = = 
 
πΔ
Δ
 
 
4. A 
( )4 2 rS 4 2 3 0,5
v v 0,6 m/s.
t 20 20
πΔ
Δ
  
= = =  = 
 
5. D 
Dados:  = 3,14 e raio da Terra: RT = 6.000 km. 
O período de rotação da Terra é T = 24 h. Assim: 
v = T
2 R 2 (3,14) (6.000)S
1.570
t T 24

= = =

km/h  
v  1.600 km/h. 
 
6. A 
Se o satélite é geoestacionário, ele está em repouso em relação à Terra. Para que isso ocorra, a 
velocidade angular do satélite deve ser igual à velocidade angular da Terra. 
 
7. C 
V 1 1
V 2 R f f f Hz.
2 R 2 15 30
1 1
2 f 2 rad/s.
30 15
π
π π π
ω π π ω
π
=  = =  =
= =  =
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
Física 
 
8. E 
Dados: f = 3000 rpm = 50 Hz; D = 80 mm = 0,08 m; t 0,8 sΔ = . 
D
S v t S R t S 2 f t 3,14 50 0,08 0,8 
2
S 10 m.
Δ Δ Δ ω Δ Δ π Δ
Δ
=  =  = =    
=
 
 
9. C 
Sabemos que o ângulo de uma volta é 360°, o que a Terra completa em 24 h. Assim, por simples regra 
de três: 
 
 
 
24  = 360°   = 
360
24
  = 15°. 
 
 
10. C 
− - Para uma volta completa, tem-se um deslocamento angular de 2π radianos ou 360 
− - O tempo necessário para o ponteiro dar uma volta completa é de 60 minutos. 
 
Desta forma, 
360
t 60
graus
6
minuto
Δθ
ω
Δ
ω
= =
=
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
Geografia 
 
China: Socialismo de mercado e a guerra comercial 
 
Resumo 
 
A China possui a maior população do mundo é um país de dimensões continentais, contando com uma vasta 
diversidade territorial. De modo geral, é possível afirmar que sua parte oeste é bem menos habitada, pela 
prevalecência de desertos e cordilheiras de montanhas. Apesar disso, existe populações etinicamente 
variadas e modos de vida adaptados a essa realidade. São importantes regiões da China: 
• Xinjiang (Sinkiang): localizada no noroeste chinês, é uma região autônoma preenchida pela paisagem 
do Deserto de Gobi. Dispõe das maiores reservas de petróleo e gás do país, além de uma população 
dividida entre as etnias, Uigures (45%) e Hans (41%). O povo Uigure de origem turcomena segue a religião 
islâmica e manifesta uma vontade separatista em relação à China. 
• Tibet.: localizada no sudoeste chinês, é uma região marcada pelos dobramentos modernos e o 
movimento separatista dos Tibetanos. 
• Manchúria: localizada no nordeste chinês, é uma região riquíssima em carvão mineral. Sendo ocupada 
pelo Japão Imperial antes e durante a Segunda Guerra Mundial. Foi recuperada pelos chineses após a 
rendição do Japão. 
• Planície do Amarelo: corresponde porção ocidental da China, cuja paisagem é composta por planícies e 
grandes rios. Essa área é recortada pelo Rio Amarelo e apresenta um solo muito fértil denominado Loess. 
• Planície do Azul: área recortada pelo Rio Azul que na região de planaltos abriga a hidrelétrica de Três 
Gargantas. Planície do Vermelho: é uma região cortada pelo rio de mesmo nome e que se destaca na 
rizicultura (cultivo de arroz). 
 
 
 
 
 
 
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Geografia 
 
Distribuição demográfica 
Apesar de possuir a maior população absoluta do mundo, com mais de 1,3 bilhões de habitantes, a população 
da China está espacialmente distribuída de uma maneira desigual. O país apresenta uma densidade 
demográfica média de 135 hab./km², a maior entre os países de grande extensão territorial, mas registram 
também locais de baixa ocupação humana nas regiões 
anecúmenas, regiões montanhosas do Tibete e nos 
desertos de Sin-Kiang e da Mongólia Interior, havendo, 
portanto, extensas áreas quase totalmente despovoadas. 
Algumas regiões de bacias demográficas que 
ultrapassam 2000 hab./km². 
A região das planícies orientais e das colinas meridionais, 
que ocupam um quinto do território, abriga cerca de 80% 
da população chinesa. A partir de 1949, as migrações 
promovidas pelo governo socialista para ocupação de 
regiões subpovoadas avançaram para Mongólia e Sin-
Kiang, onde se fixaram em projetos de mineração, 
agricultura irrigada e, mais recentemente, industrialização. 
 
Disponível em: http://wwwblogdoprofalexandre.blogspot.com/2016/08/distribuicao-populacional-da-china.html 
 
Breves antecedentes da formação territorial 
A China, desde o século XVII era governada pela dinastia Manchu. No século XIX, o país vou alvo do 
imperalismo Europeu, e teve seu território disputado por Inglaterra, Alemanha e Japão. Com isso, houve a 
Guerra do Ópio em 1838, uma guerra entre Grã Bretanha e China que durou de 1839 a 1842 e depois de 1856 
a 1860. Essa guerra teve como resultado a perda de territórios da China, a ocupação de Pequim e a abertura 
dos portos para os europeus por meio do Tratado de Tianjin. Em 1842 também houve o Tratado de Nankim 
que entregou Hong Kong para Inglaterra. Esse domínio territórial durou até 1997, porém os efeitos dessa 
política são sentidos até hoje, sobretudo no que tange os conflitos separatistas. Grande parte do território da 
China no entanto seguiu dominada pelos Chineses. Em 1911 a dinastia é derrubada por meio da Revolução 
Nacionalista. Sun Yat-sen funda o partido Kuomintang e se tonra primeiro presidente da China. 
 
Em 1921 porém surge o PCC - Partido Comunista Chinês, influenciado pelo crescente debate comunista no 
mundo à época.Esse partido defendia uma aproximação com a Internacional Comunista, liderada por Lenin, 
assim como da URSS, enquanto os Kuomintang eram nacionalistas e contra a interferência estrangeira. 
http://wwwblogdoprofalexandre.blogspot.com/2016/08/distribuicao-populacional-da-china.html
 
 
 
 
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Geografia 
 
Em 1925 Sun Yat-Sen morre e seu sucessor, Chiang Kai-shek, tinha uma postura muito mais repressiva. Ele 
foi responsável pelo Massacre de Xangai (1927), região já dominada pelo comunismo. Para os comunistas, o 
papel dos camponeses era vital no processo. Com essa repressão, eles realizaram a Longa Marcha (1934), a 
fim de disseminar o comunismo pela China ganhando apoio popular. Foram 12000 km percorridos aos interior 
da China e cerca 100.000 pessoas caminhando junto com Mao

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