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Aprofundamento
Todas as carreiras
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Semana 12
 
 
 
 
1 
Biologia 
 
Evolução das estruturas celulares 
 
Resumo 
 
As diferentes células e suas estruturas, assim como os seres vivos, também sofrem processos evolutivos, o 
que fez com que elas tivessem diversas formas, desde quando surgiram na Terra há 3,5 milhões de anos, até 
serem como as estruturas que conhecemos atualmente. De acordo com as teorias da origem da vida, a 
primeira célula a surgir teria sido uma célula procarionte, sem núcleo ou organelas, e ao longo da evolução 
da vida, diferentes estruturas e processos ocorreram para formação dos diferentes tipos de células 
eucariontes. 
Todas as células, procariontes ou eucariontes, apresentam uma membrana celular, formada principalmente 
por uma bicamada fosfolipídica, podendo ter proteínas e outras estruturas associadas a ela. Já a célula 
eucarionte apresenta uma maior especialização: além da membrana celular e organelas não membranosas, 
como o ribossomo, possui organelas membranosas, carioteca, uma ampla diversidade de proteínas 
citoplasmáticas e até mesmo estruturas capazes de produzir nutrientes e energia (cloroplastos e 
mitocôndrias). 
 
Imagem representando a evolução das células 
 
Existem duas principais hipóteses para essa diferenciação celular: 
• Hipótese Autogênica: Invaginações da membrana formaram as estruturas internas da célula (carioteca 
e organelas), e a miticôndria e cloroplasto teriam sido formados após parte do material genético 
principal ter se “soltado” e sido incorporado por estas duas organelas. Isso explicaria a continuidade e 
composição igual das membranas celulares, internas e externas. Porém as mitocondrias e cloroplastos 
apresentam muitas características semelhantes a procariontes, o que leva a próxima hipótese; 
• Hipótese endossimbiótica: Mitocôndrias e cloroplastos seriam organismos procariontes independentes 
que, em algum momento, teriam sido fagocitados por um organismo eucarionte e passaram a viver em 
mutualismo, com a vanagem de energia e nutrientes para célula hospedeira, e vantagem de oxigenio e 
proteção para os seres procariontes. Um ponto contra essa teoria é que ela não explica como teriam 
sido formadas as outras organelas e estruturas eucariontes. 
 
 
 
 
2 
Biologia 
 
 
Atualmente a maioria dos pesquisadores considera as duas hipóteses corretas, sendo que a primeira 
explicaria o surgimento da carioteca e outras organelas membranosas, enquanto a segunda explicaria a 
origem da mitocôndria e cloroplasto. 
 
 
Membrana celular 
A membrana celular teria surgido de moléculas simples que se uniram, porém deixando um espaço no 
interior. Existem diversas hipóteses acerca de quais moléculas teriam sido essas: se desde sempre foram 
moléculas lipídicas, ou se eram alcoóis simples, ou mesmo se eram formadas por sais minerais. Apesar 
disso, estudos mais recentes mostram que provavelmente a membrana sempre teve uma composição 
fosfolipídica, podendo apresentar dois tipos de fosfolipídios: G1P, presente em archeobactérias, e G3P, 
presente em bactérias e eucariontes. 
 
Imagem representando a membrana celular e sua formação 
 
Citoplasma e citoesqueleto 
Em todas as células, o citoplasma possui água, proteínas, sais minerais, aminoácidos e açúcares. O 
citoesqueleto é formado principalmente por microfilamentos de actina, filamentos intermediários e 
microtúbulos. Por muito tempo achava-se que os eucariontes eram os únicos com citoesqueleto, mas 
estudos recentes mostraram que procariontes também apresentam estruturas homólogas (com mesma 
origem) compondo um citoesqueleto. O citoesqueleto de procarionte é bastante dinâmico, porém as 
diferentes linhagens de bactérias apresentam diferentes funções à estes citoesqueletos. Ainda são 
necessarios mais estudos para entender as relações evolutivas e funcionais das estruturas proteicas 
presentes em procariontes. 
 
 
Núcleo 
A carioteca é também conhecida como membrana nuclear, e está presente apenas nos eucariontes, 
delimitando o espaço do núcleo e cisculando o material genético. Atualmente, sabemos que a membrana 
nuclear é sintetizada pelo retículo endoplasmático durante a divisão celular para formar a carioteca das 
células filhas. Seguindo a hipótese autogênica, essa carioteca, inicialmente, eram apenas invaginações da 
membrana plasmática, que desenvolveram endomembranas e uma destas, ao envolver o núcleo, formou a 
carioteca. 
 
 
 
 
3 
Biologia 
 
 
 
Imagem representando o núcleo e alguns componentes celulares 
 
Porém ainda existem outras quatro hipóteses sobre o aparecimento do núcleo: 
1. O modelo sintrófico diz que o nucleo foi de que uma archeobactéria que foi fagocitada e passou a viver 
em endossimbiose, e após um tempo sua membrana sofreu modificações, isso seria corroborado 
pelostipos de proteínas (histonas) presentes tanto em eucariontes quanto em archeobactérias. 
2. Existe um grupo de bactérias cujo citoplasma apresenta divisões por invagiações da membrana celular. 
Esse grupo, conhecido como planctomicetes dividiriam um ancestral em comum com as células 
semelhantes que se desenvolveram em eucariontes, sendo essas invaginações da membrana as 
primeiras a formarem o núcleo celular. 
3. O núcleo teria sido formado em um momento de infecção viral, que acabou assimilando o material 
genético dele e formando a carioteca também pela invaginação da membrana. Isso seria corroborado 
pelas similaridades entre o DNA eucarioto e viral, além das enzimas DNA polimerase. 
4. A hipótese da exomembrana, que diz que surgiu uma nova membrana acima da membrana celular 
original da célula, essa membrana nova se tornando a membrana celular e a membrana antiga se 
diferenciando em carioteca. 
Essas quatro teorias apresentam diversospontos a favor e contra, porém ainda não se tem nenhuma 
conclusão científica acerca delas. 
 
 
Material genético 
O material genético, o DNA, dos procariontes é circular, e se localiza na região de nucleóide, e pode apresentar 
fragmentos soltos chamados plasmídeos. Já o DNA dos eucariontes se apresenta de forma linear, formando 
as cromatinas (também chamadas de cromossomos em seu estado de condensação). A forma linear e de 
fita dupla que o DNA apresenta dá maior estabilidade e facilidade de emparelhamento de enzimas (para os 
processos de autoduplicação e transcrição), além de facilitar a divisão celular e aumentar a capacidade de 
manter o número de cromossomos nas células. Essa forma linear teria surgido, de acordo com a hipótese 
do pesquisador Koosin, pela invasão de uma archeobactéria que apresentavam íntrons catalíticos (pequenas 
sequências de RNA com função enzimática - ribozima). Esses íntrons teriam cortado o DNA circular em 
pontos específicos, e outras proteínas e enzimas disponíveis na célula teriam formado estruturas que se 
desenvolveram para os telômeros nas extremidades do DNA, mantendo sua estrutura linear. 
 
 
 
 
 
4 
Biologia 
 
 
 
Ribossomos 
Os ribossomos estão presentes em todos os tipos de célula, apenas com uma variação de tamanho, sendo 
70s em procariontes e 80s em eucariontes. Eles são estruturas formadas po RNA ribossomal e em todos os 
organismos é possível ver uma estrutura principal única, apenas com camadas e estruturas distintas 
adicionadas a este “núcleo”. 
 
Imagem representando o ribossomo 
 
Organelas 
A teoria mais aceita é a de que as organelas membranosas teriam surgido pelo pressuposto da hipótese 
autogênica. No caso do retículo endoplasmático, ele teria sido uma evaginação da carioteca, levando em 
conta que ele apresenta uma grande participação na formação desta no momento da divisão celular. O 
 
 
 
 
5 
Biologia 
 
complexo de Golgi teoria surgido a partir de invaginações da membrana celular externa, e após ser 
internalizado, desenvolveu o sistemas de vesículas para armazenamento. 
 
1-7: Invaginação da membrana para formação do núcleo.8-10: Projeções da carioteca para formação do retículo endoplasmático. 
10-11: Início da formação do complexo de Golgi 
 
Não há uma teoria única para o aparecimento dos peroxissomos, mas elas podem ser resumidas em: origem 
por endossimbiose de procarionte ou de um fragmento de procarionte, origem por invaginação da membrana 
celular ou origem por evaginação do retículo. Para os vacúolos, a teoria mais aceita é de que foram formados 
a partir de expansões do retículo endoplasmático, a discussão gira mais em torno se surgiu como um único 
grande vacúolo ou se eram vários pequenos vacúolos que se fundiram, formando um único. 
 
Mitocôndria e cloroplasto 
Essas duas organelas são resultado de endossimbiose. Neste caso, anteriormente elas eram bactéria 
(procarionte heterotrófico) e cianobactéria (procarioto fotossintetizante), respectivamente, que foram 
fagocitadas, porém não foram digeridas. Ao viver dentro das células hospedeiras, passaram a conferir 
vantagens a estas, enquanto as células davam-lhe proteção. Conforme o tempo passou, tanto essas células 
fagocitárias quanto esses procariotos que viviam dentro delas passaram a ter uma interdependência 
tamanha que não puderam mais viver separadamente. Nesta última fase, elas não são mais consideradas 
procariotos (ou seja, bactéria e cianobactéria) e sim organelas. Elas funcionam em vias opostas. Enquanto 
a mitocôndria realiza a quebra da molécula de glicose, através da respiração celular, para que haja o 
fornecimento de energia para a célula, o cloroplasto forma a molécula de glicose através da fotossíntese. 
 
 
 
 
 
 
 
6 
Biologia 
 
Centríolos 
Os únicos eucariontes que não possuem centríolos são as fanerógamas, os vegetais superiores 
(gimnospermas e angiospermas). Esta estrutura também está ausente em organismos procariontes, 
indicando que o aparecimento das proteínas que compõe o centríolo tenha aparecido no ancestral comum 
a todos os eucariontes, e não nos procariontes. Como eles são capazes de se auto-montar a partir de 
proteínas disponíveis, um único proto-centríolo teria sido necessário para que a estrutura com a forma que 
conhecemos atualmente tenha sido formada. 
 
Imagem representando o centríolo 
 
Cílios e flagelos 
Os cílios e flagelos em eucariontes apresentam todos uma mesma origem ancestral, sendo formados pro 
projeções de estruturas do citoplasma pela membrana. Já nos procariontes, essas estruturas são formadas 
pela adição em sequência de proteínas, como a flagelina para formação de flagelos. É importante destacar 
que a flagelina de eubactéria e de archeobactéria são constituídas de maneiras diferentes, o que indica que 
provavelmente essas estruturas não vieram de um mesmo ancestral comum entre esses dois procariontes. 
 
Imagem representando os cílios e flagelos 
 
 
 
 
 
7 
Biologia 
 
Exercícios 
 
1. Qual das afirmações abaixo não está de acordo com os pressupostos da Teoria Celular, baseada nos 
estudos de Schleiden (1838) e de Schwann (1839)? 
a) Os seres vivos, animais, vegetais ou protozoários, são compostos sem exceção por células ou 
produtos celulares. 
b) Cada célula se forma por divisão de outra célula. 
c) O funcionamento de um organismo como um todo não depende do resultado do funcionamento 
das unidades celulares, exceto os vírus. 
d) O funcionamento de um organismo como uma unidade é o resultado da soma das atividades e 
interações das unidades celulares 
e) Todos os organismos, exceto os vírus, são formados por células. 
 
 
2. A teoria endossimbiótica é a mais aceita para explicar a origem dos cloroplastos, uma organela 
relacionada com a fotossíntese. Segundo essa teoria, os cloroplastos são ancestrais de: 
a) procariontes heterotróficos que foram capturados por um organismo multicelular. 
b) eucariontes heterotróficos que foram capturados por outra célula. 
c) procariontes autotróficos que foram capturados por um organismo multicelular. 
d) procariontes autotróficos que foram capturados por outra célula. 
e) eucariontes autotróficos que foram capturados por outra célula. 
 
 
3. Durante o processo evolutivo, algumas organelas de células eucariotas se formaram por 
endossimbiose com procariotos. Tais organelas mantiveram o mesmo mecanismo de síntese proteica 
encontrado nesses procariotos. 
Considere as seguintes organelas celulares, existentes em eucariotos: 
1. Mitocôndrias 
2. Aparelho golgiense 
3. Lisossomas 
4. Cloroplastos 
5. Vesículas secretoras 
6. Peroxissomas 
Nas células das plantas, as organelas que apresentam o mecanismo de síntese proteica igual ao dos 
procariotos correspondem às de números: 
a) 1 e 4 
b) 2 e 3 
c) 3 e 6 
d) 4 e 5 
e) 1 e 6 
 
 
 
 
 
8 
Biologia 
 
4. Teorias a respeito da evolução celular indicam que as primeiras células surgiram em um ambiente 
inóspito, pobre em oxigênio, conhecido como sopa pré-biótica, onde ocorria síntese espontânea de 
biomoléculas complexas. Considerando a baixa complexidade das primeiras células, é correto afirmar 
que elas caracterizavam-se como: 
a) Procariontes autotróficas, por serem capazes de produzir seu próprio alimento. 
b) Eucariontes heterotróficas, por se alimentarem de compostos orgânicos do meio. 
c) Eucariontes autotróficas, por conseguirem energia do Sol por meio da fotossíntese. 
d) Procariontes heterotróficas, por se alimentarem de compostos orgânicos do meio. 
e) Procariontes heterotróficas, por se alimentarem de outros organismos. 
 
5. Na solução aquosa das substâncias orgânicas prebióticas (antes da vida), a catálise produziu a 
síntese de moléculas complexas de toda classe, inclusive proteínas e ácidos nucléicos. A natureza 
dos catalisadores primitivos que agiam antes não é conhecida. É quase certo que as argilas 
desempenharam papel importante: cadeias de aminoácidos podem ser produzidas no tubo de ensaio 
mediante a presença de certos tipos de argila. (...) Mas o avanço verdadeiramente criativo que pode, 
na realidade, ter ocorrido apenas uma vez ocorreu quando uma molécula de ácido nucléico aprendeu 
a orientar a reunião de uma proteína, que, por sua vez, ajudou a copiar o próprio ácido nucléico. Em 
outros termos, um ácido nucléico serviu como modelo para a reunião de uma enzima que poderia 
então auxiliar na produção de mais ácido nucleico. Com este desenvolvimento apareceu o primeiro 
mecanismo potente de realização. A vida tinha começado. 
 
Adaptado de: LURIA, S.E. Vida: experiência inacabada. Belo Horizonte: Editora Itatiaia; São Paulo: EDUSP, 1979. 
O "avanço verdadeiramente criativo" citado no texto deve ter ocorrido no período (em bilhões de anos) 
compreendido aproximadamente entre 
a) 5,0 e 4,5. 
b) 4,5 e 3,5. 
c) 3,5 e 2,0. 
d) 2,0 e 1,5. 
e) 1,0 e 0,5. 
 
 
 
 
9 
Biologia 
 
6. Ao Companheira viajante 
Suavemente revelada? Bem no interior de nossas células, uma clandestina e estranha alma existe. 
Silenciosamente, ela trama e aparece cumprindo seus afazeres domésticos cotidianos, descobrindo 
seu nicho especial em nossa fogosa cozinha metabólica, mantendo entropia em apuros, em ciclos 
variáveis noturnos e diurnos. Contudo, raramente ela nos acende, apesar de sua fornalha consumi-la. 
Sua origem? Microbiana, supomos. Julga-se adaptada às células eucariontes, considerando-se como 
escrava – uma serva a serviço de nossa verdadeira evolução. 
McMurray, W. C. The traveler. Trends in Biochemical Sciences, 1994 (adaptado). 
A organela celular descrita de forma poética no texto é o(a) 
a) centríolo. 
b) lisossomo. 
c) mitocôndria. 
d) complexo golgiense. 
e) retículo endoplasmático liso. 
 
 
7. A teoria endossimbiótica sugere que algumas organelas são descendentes de organismos 
procariontes que foram fagocitados por outras células e passaram a viver em simbiose. De acordo 
com essa teoria, além das mitocôndrias, que outra organela surgiu desse modo na célula eucariótica? 
a) ribossomo. 
b) núcleo. 
c) peroxissomo. 
d) vacúolo. 
e) cloroplasto.8. Uma das hipóteses mais aceitas para explicar a origem das mitocôndrias sugere que estas organelas 
se originaram de bactérias aeróbicas primitivas, que estabeleceram uma relação de simbiose com 
uma célula eucarionte anaeróbica primitiva. 
a) Dê uma característica comum a bactérias e mitocôndrias que apóie a hipótese acima. 
b) Qual seria a vantagem dessa simbiose para a bactéria? E para a célula hospedeira? 
c) Que outra organela é considerada também de origem simbiótica? 
 
 
9. A hipótese sobre a origem das células eucarióticas com maior número de adeptos é a hipótese da 
endossimbiose sequencial proposta pela bioquímica Lynn Margulis. De acordo com essa hipótese, 
podemos dizer que as células dos animais têm dois genomas e as das plantas têm três; nos dois 
casos, os genomas funcionam de forma integrada. Identifique em quais organelas das células dos 
animais e das plantas estão localizados esses genomas. 
 
 
 
 
 
 
10 
Biologia 
 
Gabarito 
 
1. C 
O funcionamento de um organismo depende da ação das células, uma vez que elas são as unidades 
funcionais e estruturais dos seres vivos. 
 
2. D 
Segundo a teoria endossimbiótica, os cloroplastos são descendentes de organismos procariontes 
autotróficos que foram fagocitados por outra célula, provavelmente, uma espécie heterotrófica. 
 
3. A 
Os cloroplastos e mitocôndria possuem material genético diferente das células eucariontes, estando 
mais próximo das células procariontes, o que vai de encontro a teoria da endossimbiose. 
 
4. D 
De acordo com a teoria de Opatin, as primeiras células existentes eram heterotróficas, pois não havia luz 
na atmosfera primitiva para a realização a fotossíntese. 
 
5. B 
Após o surgimento do primeiro ácido nucléico, gerou-se capacidade de autoduplicação e reprodução, 
dando origem à vida. Já em 3,5 bilhões de anos, o surgimento das primeiras células originou os 
ancestrais dos organismos que compões todos os domínios existentes. 
 
6. C 
A mitocôndria possui material genético próprio o qual fornece ATP para a célula eucarionte, participando 
do seu metabolismo. 
 
7. E 
Muitos pesquisadores acreditam que o cloroplasto, assim como as mitocôndrias, surgiu graças a uma 
associação simbiótica. 
 
8. 
a) A capacidade de se autoduplicar, ribossomos 70s, DNA circular, cadeia respiratória ocorrendo na 
membrana interna. 
b) A bactéria ganha abrigo e proteção, além de nutrientes, enquanto a célula hospedeira ganha energia. 
c) A outra organela é o cloroplasto. 
 
9. Nas células animais observamos o genoma no núcleo celular (carioteca) e outro nas mitocôndrias. Já 
nos vegetais, vemos três genomas, um no núcleo, outro nas mitocôndrias e por fim, nos cloroplastos. 
 
 
 
 
 
 
1 
Filosofia 
 
Filosofia Medieval 
 
Resumo 
 
O pensamento cristão 
Filosofia Medieval é predominantemente cristã. Se caracteriza por formar um sistema de pensamento distinto 
do modelo greco-romano e das correntes filosóficas orientais. É baseada na revelação divina através de Jesus 
Cristo e se contrapõe ao pensamento cristão da época que afirmava a impossibilidade de conciliação entre 
fé e razão. Ou seja, em vez de negar uma postura racional frente ao divino, a Filosofia Medieval procura 
articular os dois modos de pensamento. 
O objeto de estudo da Filosofia Medieval começou antes do próprio período medieval em si, já que o 
pensamento cristão surge com a figura histórica de Cristo, enquanto o Medieval surge com a queda do 
Império Romano ocidental e ascensão da Igreja Católica como instituição social principal. 
A centralidade da Igreja em meio a tantas transformações sociais permitiu que a doutrina católica se 
consolidasse como principal arcabouço moral da época. A instituição passou a ser a responsável pela 
produção cultural e de conhecimento. O catolicismo se tornou a base da vida espiritual e das relações sociais. 
A Igreja Católica também conseguiu reunir grande importância política como instituição supranacional, além 
de se especular que a Igreja chegou a acumular um terço das terras cultiváveis de Europa, principal base de 
riqueza da época. 
Para promover a disseminação da fé cristã, a Igreja, através de seus 
pensadores, se aproximou do pensamento e cultura grega, de 
grande alcance entre as elites intelectuais de Roma e províncias. 
Entretanto, a fé e a verdade revelada nunca poderia ser contrariada, 
o que levou os defensores da fé cristã a utilizar o pensamento grego 
como ferramenta e apoio da fé e não o contrário. Ou seja, na 
conciliação entre fé e razão, a primeira é preponderante. 
As correntes mais importantes do período de surgimento do 
cristianismo são as éticas helenísticas, já que o pensamento dos 
filósofos sistemáticos não estava em voga porque suas obras 
estavam desaparecidas. Com o advento do neoplatonismo um 
apoio mais sólido é concedido ao pensamento cristão, fortalecendo 
a capacidade de defesa e disseminação da religião. 
Como é a relação entre a fé e a razão? 
Quando falamos de filosofia cristã é indispensável considerar uma característica das religiões, talvez a 
principal. Elas se baseiam na crença, na acreditação incondicional das verdades do interior de suas 
cosmologias. No caso do cristianismo, a verdade é revelada por textos sagrados compilados na Bíblia. Sendo 
assim, o que está escrito neste texto não pode ser questionado e deve ser admitido como verdade absoluta. 
Ocorre que esses textos estão expostos a interpretação. Quem controla essa interpretação é a autoridade 
dessa religião – a Igreja Católica no caso do cristianismo. A Filosofia entra aqui. Como a verdade já é revelada 
por Deus pelo texto sagrado, a interpretação desse texto cabe aos pensadores e autoridades cristãs. 
Eles se valem do uso da lógica para fazer demonstrações racionais de uma verdade já determinada. Motivo 
pelo qual, inclusive, muitos pensadores modernos não consideram o pensamento cristão como filosófico. 
O Sermão da Montanha por Carl Heinrich Bloch, 
pintor dinamarquês, d. 1890 
 
 
 
 
2 
Filosofia 
 
Outro ponto importante é que, na formação da religião cristã, muito desses disseminadores (apologistas e 
padres da igreja) discordavam com a abordagem racional, apontando o modelo de pensamento pagão como 
caminho para afastamento de Deus, única verdade possível. Por isso, a defesa feita pelos filósofos do 
medieval objetiva não só ampliar o cristianismo, como disputar sua definição e constituição. 
Essas disputas do cristianismo são observáveis cronologicamente, como vemos a seguir: 
Cristianismo primitivo 
• Séc. I e II – período dos primeiros padres, os apóstolos: Tendo como sua principal figura Paulo de 
Tarso, esse período é o período de disseminação da fé cristã, dedicado a pregação e conversão, quando 
esses padres discursavam sobre temas comportamentais; 
• Séc. III e IV – período dos apologistas: O cristianismo alcança relativa importância e entra em choque 
com outras formas de pensamento da época, como religiões orientais e a filosofia grega. Tertuliano é 
seu principal nome. 
Filosofia cristã no Medieval 
• Séc. IV – VIII – Patrística: Santo Agostinho entra em contato com o pensamento platônico e o 
cristianiza, produzindo um pilar de sustentação para a fé cristã que não se opõe ao pensamento 
grego, mas o subjuga como um pedaço da revelação divina (o pensamento grego alcançou aquilo 
que lhe foi permitido pela iluminação divina); 
• Séc. IX – XV – Escolástica: Com a religião já consolidada, São Tomás de Aquino sistematiza o 
pensamento cristão a partir da filosofia aristotélica. Com mais espaço para a razão, Aquino aprofunda 
as questões colocadas para o cristianismo oferecendo uma explicação racional para a existência de 
Deus. 
Se a filosofia cristã não buscava a verdade, o que buscava então? 
O tema central do pensamento cristão é Deus. No seu interior se buscou compreender como Deus existia, 
como os seres humanos poderiam alcançar salvação, como era a relação entre oshumanos e Deus, porque 
somos livres para pecar, as condições de existência da alma etc. 
Se prestarmos atenção, todos esses temas já eram discutidos por outros pensadores. Platão e Aristóteles 
trazem definições para a alma. Os estoicos falam de uma razão que governa a existência, as correntes 
helenísticas falam de desapego aos desejos e paixões de maneira geral e discutem a conduta para alcançar 
a felicidade. Quando observamos o pensamento cristão, vemos então que as palavras de Jesus podem, assim 
como toda produção filosófica, ser interpretada a partir das questões de seu tempo. Os pensadores cristãos 
(principalmente os do início do cristianismo) não produzem uma adaptação forçada do pensamento greco-
romano às verdades reveladas, mas também buscam responder as questões típicas de sua época, como 
felicidade e sofrimento (ou salvação e danação) bem e mal, corpo e alma etc. O que os diferencia é método 
que usam para tal, a crença em vez do questionamento, a fé em vez da razão. Já na Patrística e na Escolástica 
(períodos mais importantes da filosofia cristã) vemos um empréstimo da metafísica clássica para 
interpretação dos textos sagrados. Com acesso às doutrinas platônica e aristotélica, esses pensadores 
oferecem respostas complexas a partir de sua fé para problemas difíceis de responder. Vejamos no que 
consistem essas respostas. 
Patrística 
A Patrística tem esse nome pela sua origem. Ela é atribuída a atividades dos primeiros grandes padres da 
Igreja (pater = pai, em latim). De grande inspiração na filosofia grega, a corrente instrumentalizou a razão 
como subsídio para a defesa da fé, pela necessidade de dar ao cristianismo maior penetração. 
 
 
 
 
3 
Filosofia 
 
Como a cultura e o pensamento grego já estavam bastante 
consolidados, uma atitude conciliatória entre a revelação 
divina o pensamento filosófico logrou sucesso na 
disseminação da fé cristã.O principal nome da Patrística foi 
Aureliano Agostinho, ou Santo Agostinho. Estudioso, 
Agostinho lecionava retórica. A partir de sua prática 
intelectual teve contato com diversas doutrinas do 
pensamento como o ecletismo, o maniqueísmo, o estoicismo, 
o ceticismo e o neoplatonismo. Santo Agostinho não encontra 
plenitude na sabedoria que adquire e acaba se convertendo 
ao cristianismo, tocado pelas pregações de Santo Ambrósio. 
Agora convertido, Agostinho mobiliza todo o conhecimento 
que adquiriu na defesa da fé que o completou. 
 
Influências 
No pensamento filosófico de Agostinho podemos identificar componentes das várias correntes com as quais 
o autor teve contato. A mais importante delas é o pensamento platônico, majoritária nas concepções 
agostinianas. Podemos citar, por exemplo, a primazia da ideia sobre a matéria, que aparece no dualismo alma 
x corpo, sendo a alma o caminho para se alcançar a iluminação divina que permite o conhecimento verdadeiro 
e o corpo imperfeito tal qual o mundo sensível de Platão. Agostinho também afirma haver uma existência 
dual, onde há uma cidade perfeita, a cidade de Deus, e a cidade dos homens, o que remete a separação entre 
mundo inteligível e mundo sensível. Para Agostinho na cidade dos homens reina o pecado, a injustiça e a 
morte; na cidade de Deus abunda a justiça, a felicidade e a paz. Os santos e aqueles que vivem na fidelidade 
da fé estão destinados à pátria celeste, já os pecadores ficam sob o jugo do Diabo na cidade mundana. 
Sobre a influência maniqueísta, a princípio Santo Agostinho o 
critica, afirmando que era falso e que o mal não existia. Não 
havia um ser, uma entidade que pudéssemos chamar de "o 
mal". O que existia era um afastamento do bem. Ou seja, o mal 
não existe em realidade, mas, antes, é uma ausência, a ausência 
do bem pelo afastamento de Deus. 
Apesar de combater o maniqueísmo em âmbito ontológico (na 
questão da existência do bem e do mal) Agostinho demonstra 
a reverberação desse pensamento na sua dualidade moral. 
Novamente a alma e o corpo são mobilizados, a alma sendo o 
caminho para o bem – proximidade com Deus – e o corpo tendo 
uma inclinação natural para o pecado e o mal – afastamento de 
Deus. Como o mal é uma inclinação natural do homem, é 
preciso usar nossa razão para superar o desvio do caminho do 
bem. 
O ceticismo se revela na desconfiança daquilo que sentimos e 
sabemos. A superioridade da fé se mostra quando tudo que 
sabemos é questionável, menos a verdade revelada por Deus. 
Já o estoicismo se revela na submissão à ordem divina, à 
hierarquia entre Deus e os homens e para interpretar a questão 
dos desejos e paixões como caminho para o sofrimento. 
 
Vitral de Santo Agostinho Louis Comfort Tiffany (1848–
1933). the Lightner Museum, St. Augustine, Florida. 
Gravura do séc.; XV representando a Cidade de Deus e 
Cidade dos Homens de Santo Agostinho 
 
 
 
 
4 
Filosofia 
 
Fé 
A proposta de Agostinho para a relação entre fé e razão é conciliatória, como sabemos. Para ele, a fé nos 
permite crer naquilo que não está ao alcance da compreensão humana. A fé é como um facho de luz que guia 
nossa compreensão. As verdades reveladas pela fé são diretas. A razão, por sua vez, esclarece e explica 
aquilo que, anteriormente, foi revelado pela fé. Ou seja, a razão está sempre subordinada a fé. 
O livre-arbítrio 
Problema central no pensamento agostiniano, a questão da liberdade surge articulada com a questão da 
vontade. Para ele a vontade não é racional. A vontade está ligada a natureza humana que é pecaminosa. A 
liberdade humana está submetida a vontade que nos afasta de Deus na medida que nos aproxima do pecado. 
A defesa feita pelos pensadores clássicos da racionalidade como caminho para se alcançar a virtude, o bem 
e a felicidade não encontra respaldo no pensamento agostiniano. Como autônomo, o julgamento humano é 
falho e sempre estará inclinado ao mal. Devemos buscar, através da racionalidade, a graça divina. 
A liberdade se manifesta então no caminho em direção a Deus, pois servir e obedecer ao Senhor não é não 
ter livre-arbítrio, mas usar a racionalidade para ser abençoado pela graça. Pecar não é ser livre, pois o pecado 
escraviza a alma. 
A alma participa do divino 
Se é da natureza humana pecar, essa natureza está materializada no corpo. A alma, que recebe a iluminação 
divina, deve reinar sobre o corpo, que tende à vontade e ao pecado. Sendo assim, a alma é superior ao corpo. 
Todo o conhecimento humano só é possível pela alma, exatamente pela sua participação na iluminação. 
Como o sol ilumina a terra, Deus ilumina a mente humana para que ela alcance a verdade. Para Agostinho, 
todo conhecimento é por graça de Deus, mesmo um ateu só pode alcançar a verdade pela graça. 
O pecador, entretanto, utilizando-se do livre-arbítrio (conceito que veremos adiante), costumaria inverter essa 
relação, fazendo o corpo assumir o governo da alma. Provocaria, com isso, a submissão do espírito à matéria, 
o que seria, para agostinho, equivalente à subordinação do eterno ao transitório, da essência à aparência. 
Predestinação 
O homem, pecador por natureza, de se esforçar e suar sua 
razão para se aproximar de Deus. Apesar disso, seu esforço 
não é suficiente. No pensamento agostiniano, todo poder está 
em Deus e o homem não é capaz de, sozinho, dar resolução a 
nenhum problema. A salvação só pode ser alcançada 
mediante a graça divina. Só que, segundo o autor, nem todos 
foram escolhidos por Deus para serem salvos. Os que serão 
salvos foram selecionados previamente, ou seja, foram 
predestinados a salvação. Isso só é possível porque Deus 
existe fora do tempo humano. Seria impossível para nós 
sermos livres caso Deus soubesse tudo que aconteceu e 
acontecerá e interviesse no curso das escolhas humanas. 
Mas, como Deus vive na Eternidade, ele não precisa esperar 
para fazer seus julgamentos, o que permite predestinar os 
salvos sem interferir no livre-arbítrio. 
 
Cursu de filosofía en París, ilustração de Grandes cróniquesde Francia. Durante o século XII na Europa as primeiras 
escolas surgiram. Nelas as crianças eram ensinadas a ler, 
escrever, contar e principalmente eram catequizadas. 
 
 
 
 
5 
Filosofia 
 
Escolástica 
Para Aristóteles chegar a ser a base do pensamento cristão 
muita coisa precisou acontecer. Isso porque, inicialmente, a 
doutrina aristotélica era considerada incompatível com a 
religião cristã. Mas, durante o séc. VIII ocorreu a Renascença 
Carolíngia, promovida por Carlos Magno. Nesse movimento a 
produção de conhecimento recebeu grande incentivo, sendo 
estruturado um sistema de educação ligado à Igreja Católica 
com um modelo herdado greco-romano herdado pela 
instituição. Matérias como o trivium (gramática, retórica e 
dialética) e o quadrivium (geometria, aritmética, astronomia e 
música) passaram a ser ensinadas nessas instituições, 
mesmo que submetidas à teologia. Esse ambiente de 
renovação cultural culminou no surgimento das primeiras 
universidades, onde a Escolástica encontrou maior apoio para 
seu desenvolvimento. A corrente deve, inclusive, seu nome às 
instituições que propiciaram seu surgimento (escola – 
escolástica). 
A matriz platônica continuou tendo importância na filosofia 
cristã e a introdução de Aristóteles não foi um momento de 
ruptura. Mas, com a descoberta e tradução de diversas obras 
do pensador para o latim, o impacto de sua doutrina foi 
inevitável. Vejamos as contribuições do principal pensador do 
período. 
São Tomás De Aquino 
Aristóteles é um pensador extremamente racional. Proeminente 
em diversos ramos do conhecimento, sendo o fundador de vários 
no pensamento filosófico ocidental, ele de dedicou ao estudo da 
lógica e da construção do conhecimento de maneira profunda, 
tendo feito contribuições que resistiram o passar dos milênios. 
Parece inevitável então que a adoção do pensador como base 
exigisse uma mudança na relação entre fé e razão e na abordagem 
geral do conhecimento. Na Escolástica vemos a razão conquistar 
um pouco mais de espaço, mesmo que ainda subordinada a fé. 
Alguns pensadores afirmam que, durante um período houve um 
equilíbrio entre as duas, mas não é o que observamos em Tomás 
de Aquino. Mesmo assim o pensador defende a razão como forma 
de conhecer a verdade e a criação divina, sendo guiada, 
aperfeiçoada e completada pela fé nos seus limites de 
compreensão. 
A influência aristotélica fica clara quando Tomás defende um 
pensamento teleológico. Segundo ele, o homem não tem uma 
existência casual. Antes, tem um propósito existencial que é ser 
feliz. Mas, para alcançar tal propósito é preciso conhecer o 
caminho. Bens e riquezas materiais trazem uma falsa felicidade. A 
felicidade se encontra por uma prática virtuosa e pela reflexão. 
Representação do trivium e do quadrivium, que 
formavam as sete artes liberais no quadro Septem artes 
liberales de "Hortus deliciarum" por Herrad von 
Landsberg (cerca de 1180) 
 
Fragmento da Pintura "O Triunfo de Santo Tomás 
de Aquino", de 1471 (atualmente está no Museu do 
Louvre - Paris). Nesta imagem, Averróis, de quem 
Santo Tomás refutou vários erros, está vencido 
sob os pés do Santo, que é assistido por 
Aristóteles e Platão (à sua esquerda e direita) 
https://en.wikipedia.org/wiki/pt:Artes_Liberais
https://en.wikipedia.org/wiki/pt:Artes_Liberais
https://en.wikipedia.org/wiki/Hortus_Deliciarum
https://en.wikipedia.org/wiki/Herrad_von_Landsberg
https://en.wikipedia.org/wiki/Herrad_von_Landsberg
 
 
 
 
6 
Filosofia 
 
O tomismo sistematizou a fé cristã oferecendo respostas a questões difíceis, como a natureza da existência 
de Deus e porque o ser humano existem e em que condições, dentre outros temas. Não se trata de uma 
negação do pensamento cristão anterior, mas da construção de argumentos lógico-racionais para os 
problemas teológicos suscitados por esses dogmas. 
Metafísica cristã 
Para explicar a existência em si, Tomas de Aquino retoma a metafísica aristotélica. São mobilizados os 
conceitos de substância, essência, acidente, ato e potência. Como já estudamos esses conceitos vamos 
rememorá-los rapidamente. A substância é o ser em si, o que existe. Essência e sua característica primordial, 
sem a qual o ser não poderia ser definido. Acidente é qualquer característica que esse ser carregue, mas que 
não seja essencial para sua definição. Ato é a dimensão existencial atual do ser, como ele se apresenta. Já a 
potência é aquilo que o ser pode vir a ser, dentro de suas possibilidades de transformação. 
Como já se esperava, em Tomas de Aquino essas características estão submetidas à fé cristã. Ou seja, a 
passagem do ato para a potência, por exemplo, depende da vontade divina. Outro ponto importante é a 
diferenciação entre os seres que existem de maneira contingente e a existência divina. Deus é completo, 
sendo assim, seu ser coincide com sua essência, sua existência é plena (Deus é Deus). Já o ser humano existe 
enquanto participa de sua essência, que desaparece quando esse ser humano deixa de existir. Nessa 
diferenciação percebemos que, enquanto Deus é, o mundo está. Ou seja, a existência mundana é transitória 
e separada de sua essência, que só vem a existir pela permissão divina. 
Como provar que Deus existe? 
A partir das concepções metafísicas de Aristóteles como o primeiro motor, as quatro causas e os conceitos 
tratados acima, Tomás de Aquino formula uma justificação racional que considera provas da existência de 
Deus. Elas ficaram conhecidas como as cinco vias e se baseiam na proposta lógica de uma relação causal 
entre o mundo e Deus (o mundo existe como efeito, precisando de uma causa que é Deus). São elas: 
1ª prova ou via – Primeiro motor: O movimento de um ser é sempre causado por outro ser. Numa cadeia de 
eventos, sucessivamente, tudo o que está em movimento necessitaria de algo que lhe moveu. Ocorre que, se 
o movimento não pode ser espontâneo, como ele começou? Tomás de Aquino defende que um ser que produz 
movimento, mas não se move, deu início a esse processo e esse ser só pode ser Deus; 
2ª prova ou via – Causa eficiente: Nesse caso também temos a impossibilidade de retornar a cadeia de 
eventos. Tudo que existe é efeito produzido por uma causa. Mas qual foi a primeira causa? Tomás de Aquino 
afirma que Deus é a primeira causa que origina essa cadeia. 
3ª prova ou via – Necessário e Contingente: Tudo que existe pode deixar de existir. A existência está ligada 
ao espaço e ao tempo. Dessa forma, assim como tudo existe de maneira contingente, em algum momento o 
tudo foi nada. Mas a existência só é possível em função de algo que já existia. Isso nos leva a crer que existe 
algo que é sua própria causa, que existe em si mesmo e não é contingente, mas necessário. Esse ser é Deus. 
4ª prova ou via – Graus de perfeição: Algo é definido como bom ou mal em comparação. Um lápis é bom 
quando escreve bem, um copo é mal se está furado e não retém o líquido. Assim as coisas variam em graus 
de perfeição. Mas, para estabelecermos a comparação é preciso um parâmetro, algo que reúna em si o grau 
máximo de qualidade. Algo perfeito. Para saber se algo é mais ou menos belo é preciso admitir que algo 
plenamente belo, assim como plenamente poderoso, bondoso, verdadeiro etc. Ou seja, aquilo que 
observamos como gradual precisa de ter uma representação de seu grau máximo. Esse ser perfeito, pleno e 
máximo é Deus; 
5ª prova ou via – Finalidade do ser: Tudo tem uma função. Tudo segue uma ordem. Na natureza, mesmo 
seres sem vida ou inteligência cumprem seus papeis. Como eles conseguem alcançar suas finalidades e 
quem rege essa ordem? Deus. 
 
 
 
 
 
7 
Filosofia 
 
Exercícios 
 
1. Segundo Chauí (2000), 
[...] na Idade Média o pensamento estava subordinado ao princípio da autoridade, isto é, uma ideia é 
considerada verdadeira se for baseada nos argumentos de uma autoridade reconhecida [...] 
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000,p. 45. 
 
Sobre a filosofia da Idade Média é INCORRETO afirmar que 
a) O tema principal de que se ocupou a filosofia na Idade Média foi o das relações entre a razão e a 
fé. 
b) A filosofia se tornou serva do cristianismo e, com isso, rejeitou a filosofia pagã, Platão e Aristóteles. 
c) Para essa filosofia, a fé na revelação proporciona o conhecimento mais elevado, superior àquele 
da razão. 
d) A doutrina da iluminação divina explica como a filosofia pagã provém das mesmas fontes das 
verdades cristãs. 
 
2. No livro Confissões, Santo Agostinho, principal representante da Patrística medieval, trata do seguinte 
problema “É Deus o autor do mal?”. Desse problema advêm as seguintes indagações: “Onde está, 
portanto, o mal? De onde e por onde conseguiu penetrar? Qual é a sua raiz e a sua semente? Porventura 
não existe nenhuma? Por que recear muito, então, o que não existe?” 
(AGOSTINHO, S. Confissões. São Paulo: Nova Cultural, 1999, p. 177 (Col. Os pensadores)). 
 
Com relação ao problema do mal em Confissões analise as afirmativas a seguir: 
I. todas as coisas que existem são boas, e o mal não é uma substância, pois, se fosse substância 
seria um bem. 
II. todas as coisas que se corrompem não são boas, pois são privadas de todo bem. 
III. o mal se não é substância, é a perversão da vontade desviada da substância suprema. 
IV. o mal é a corrupção que afeta diretamente a substância divina que está sujeita a ela. 
Com base nas afirmativas, assinale a alternativa CORRETA. 
a) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. 
b) Apenas as afirmativas I e III estão corretas. 
c) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas. 
d) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas. 
e) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas. 
 
 
 
 
 
8 
Filosofia 
 
3. Em diálogo com Evódio, Santo Agostinho afirma: “parecia a ti, como dizias, que o livre-arbítrio da 
vontade não devia nos ter sido dado, visto que as pessoas se servem dele para pecar. Eu opunha à tua 
opinião que não podemos agir com retidão a não ser pelo livre-arbítrio da vontade. E afirmava que Deus 
no-lo deu, sobretudo em vista desse bem. Tu me respondeste que a vontade livre devia nos ter sido 
dada do mesmo modo como nos foi dada a justiça, da qual ninguém pode se servir a não ser com 
retidão”. 
AGOSTINHO. O livre-arbítrio, Introdução, III, 18, 47. 
 
Com base nessa passagem acerca do livre-arbítrio da vontade, em Agostinho, é correto afirmar que 
a) o livre-arbítrio é o que conduz o homem ao pecado e ao afastamento de Deus. 
b) o poder de decisão ‒ arbítrio ‒ da vontade humana é o que permite a ação moralmente reta. 
c) é da vontade de Deus que o homem não tenha capacidade de decidir pelo pecado, já que o Seu 
amor pelo homem é maior do que o pecado. 
d) a ação justa é aquela que foi praticada com o livre-arbítrio; injusta é aquela que não ocorreu por 
meio do livre-arbítrio. 
 
4. Segundo Tomás de Aquino, o homem é entendido como um composto de corpo e alma, fazendo eco, 
sobretudo, a teorias aristotélicas sobre o ser humano. Por isso, na Suma contra os gentios o filósofo 
afirma que “é impossível que o homem e o animal sejam uma alma servindo-se de um corpo, e não uma 
coisa composta de corpo e alma”. 
TOMÁS DE AQUINO. Suma contra os gentios. Caxias do Sul: Sulina, 1990, p. 264. 
 
Tendo em vista esta citação, assinale a alternativa que NÃO apresenta uma característica que o 
Aquinata utiliza para descrever o homem: 
a) A alma é compreendida como componente essencial a todos os seres vivos, doando a vida aos 
seres animados, como é o caso do homem. 
b) Tomás de Aquino propõe o homem como um ser intermediário, que pertence ao reino imaterial por 
sua alma, que é unida por essência ao corpo físico. 
c) Para Tomás de Aquino, é preciso dedicar cuidados especiais e maiores à alma, em detrimento do 
corpo que a aprisionaria como uma espécie de cárcere. 
d) Conforme o pensamento tomista, o homem, diferentemente dos animais que possuem uma alma 
sensitiva, possui uma alma racional. 
 
5. Uma questão que acompanha todo o pensamento medieval, e é um foco permanente de tensão na 
filosofia cristã durante esse período, constitui o que ficou conhecido por “conflito entre razão e fé”. 
Mesmo os defensores da importância da filosofia grega admitirão que os ensinamentos dos textos 
sagrados têm precedência e, portanto, só podem ser aceitas doutrinas filosóficas compatíveis com 
esses ensinamentos. Podemos dizer que a leitura que os primeiros pensadores cristãos fazem da 
filosofia grega é sempre altamente seletiva, tomando aquilo que consideram compatível com o 
cristianismo enquanto religião revelada. Portanto, o critério de adoção de doutrinas e conceitos 
filosóficos é, em geral, determinado por sua relação com os ensinamentos da religião. Nesse sentido, 
privilegia-se sobretudo a metafísica platônica, com seu dualismo entre mundo espiritual e material. 
(Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia, 2004. Adaptado.) 
a) Qual o nome da teoria dualista formulada por Platão, indicada no texto? Explique essa teoria. 
b) Em que consiste o conflito entre razão e fé, no período medieval, abordado pelo texto? Explique 
como esse conflito contribuiu para a “seleção” do dualismo platônico pelos primeiros pensadores 
cristãos. 
 
 
 
 
9 
Filosofia 
 
Gabarito 
 
1. B 
Muito pelo contrário, apesar da relação entre fé e razão submeter a segunda às verdades reveladas pela 
primeira, o pensamento racional foi intensamente mobilizado na estruturação do pensamento cristão. A 
filosofia grega serviu de apoio teórico para a filosofia medieval. Platão como base da Patrística e 
Aristóteles da escolástica. 
 
2. B 
I. Correta. Como defende Santo Agostinho, o mal não é algo que existe, mas antes a ausência do bem 
pelo afastamento de Deus. 
II. Incorreta. Não se trata de ser ou não boas ontologicamente. Toda a criação divina é boa, mas, pelo 
afastamento de Deus se aproximam do mal. 
III. Correta. Na crítica ao maniqueísmo Santo Agostinho afirma que o mal na verdade não existe, ou seja, 
não é uma substância, mas a perversão dessa substância que ocorre pela ausência do bem. 
IV. Incorreta. O mal não afeta a substância divina diretamente, mas apenas aquilo que se afasta dessa 
substância divina. 
 
3. B 
Só pode tomar uma decisão correta o indivíduo que é capaz de escolher. Caso não tivéssemos o livre-
arbítrio não seríamos capazes escolher o caminho reto com liberdade. O valor da escolha humana na 
retidão está exatamente na possibilidade de escolha do caminho errado. 
 
4. C 
Como Aristóteles discorda de Platão na separação entre sensível e inteligível, Tomás discorda da 
separação entre alma e corpo. A existência é substância em sua totalidade, nas múltiplas camadas 
possíveis de se identificar e classificar, como essência, acidente etc. 
 
5. 
a) Trata-se da metafísica platônica, segundo a qual haveria um mundo de aparências e sombras, 
identificado com o mundo sensível; e outro, original, que seria o mundo das ideias ou inteligível. 
Assim, tal metafísica coloca a realidade última como transcendente e não imanente (o que se 
manifesta no princípio físico da natureza). 
b) A relação entre razão e fé presente na gama de autores da Idade Média se relaciona com duas 
diferentes concepções: a fé como elemento de retomada do caminho da salvação (esta base foi 
vista em Santo Agostinho); já a outra visão contém a união dos elementos razão/fé de forma a 
conferir na racionalidade a “prova” da existência divina (tal afirmação é de São Tomás de Aquino). 
A escolha do dualismo platônico como base para alguns filósofos (Santo Agostinho sendo seu 
grande referencial) se faz de forma a classificar a instância divina como modelo de primor, tal como 
o mundo inteligível, e o mundo humano ligado ao mundo sensível e, portanto, imperfeito. 
 
 
 
 
 
 
1 
Física 
 
Exercícios de Hidrostática 
 
Exercícios 
 
1. O manual que acompanha uma duchahigiênica informa que a pressão mínima de água para o seu 
funcionamento apropriado é de 20 kPa. A figura mostra a instalação hidráulica com a caixa d’água e 
o cano ao qual deve ser conectada a ducha. 
 
 
 
O valor da pressão da água na ducha está associado à altura 
a) h1 
b) h2 
c) h3 
d) h4 
e) h5 
 
 
2. No interior de um pneu de bicicleta a pressão é de aproximadamente 2,5.105 N/m². Para encher o pneu 
até tal pressão é utilizada uma bomba cujo êmbolo possui um diâmetro de 6 cm. 
 
Qual o valor da força mínima, em N, que deve ser aplicada sobre a manivela da bomba para encher o 
pneu da bicicleta? 
(Considere π = 3). 
a) 475 
b) 575 
c) 675 
d) 775 
 
 
 
 
 
2 
Física 
 
3. No manual de uma torneira elétrica são fornecidas instruções básicas de instalação para que o 
produto funcione corretamente: 
− Se a torneira for conectada à caixa-d’água domiciliar, a pressão da água na entrada da torneira 
deve ser no mínimo 18 kPa e no máximo 38 kPa. 
− Para pressões da água entre 38 kPa e 75 kPa ou água proveniente diretamente da rede pública, é 
necessário utilizar o redutor de pressão que acompanha o produto. 
− Essa torneira elétrica pode ser instalada em um prédio ou em uma casa. 
− Considere a massa específica da água 1000 kg/m³ e a aceleração da gravidade 10 m/s². 
 
Para que a torneira funcione corretamente, sem o uso do redutor de pressão, quais deverão ser a 
mínima e a máxima altura entre a torneira e a caixa d’água? 
a) 1,8 m e 3,8 m. 
b) 1,8 m e 7,5 m. 
c) 3,8 m e 7,5 m. 
d) 18 m e 38 m. 
e) 18 m e 75 m. 
 
 
4. A mina naval, ou mina submarina, é um artefato explosivo, em geral, estacionário, que é ativado ao 
toque de uma pessoa, veículo ou embarcação. Geralmente, em forma esférica ou ovalada, as minas 
contêm ar suficiente em seu interior para flutuar. Um cabo ancorado no leito do mar mantém a mina 
submersa até a profundidade desejada. Considere uma mina submarina esférica de volume 4,0 m³ e 
massa 300 kg. A mina foi ancorada verticalmente por meio de um cabo de massa desprezível. 
Determine a intensidade da força de tração aplicada pelo cabo à mina. Considere g = 10 m/s² e a 
densidade absoluta da água como 1000 kg/m³. 
a) 32 kN 
b) 35 kN 
c) 37 kN 
d) 40 kN 
e) 43 kN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Física 
 
5. João estava em seu laboratório, onde grandes cilindros cheios de líquidos usados para se medir 
viscosidade dos mesmos. Para tal, é necessário saber a densidade de cada um deles. Para identificar 
os líquidos, João mediu a pressão absoluta dentro dos cilindros em diferentes profundidades, obtendo 
o gráfico a seguir, para os cilindros A e B. Usando as informações do gráfico, ele calculou as 
densidades de cada líquido, identificando-os. 
 
Marque a alternativa correta que fornece as densidades dos líquidos contidos em A e B, 
respectivamente: 
 
 
 
6. Uma embarcação quando está lastreada, apresenta massa de 10000 kg. Ela possui um formato 
quadrado cujos lados são iguais a 10 m e é utilizada no transporte de 2 veículos pesados por vez, de 
uma margem à outra de um lago de águas tranquilas. Numa determinada travessia, em que ela 
transportava dois caminhões idênticos e carregados com igual quantidade de uma mesma carga, 
verificou-se que a parte submersa dessa embarcação era de 40 cm. Se cada caminhão vazio tem 
massa de 10 toneladas, determine a massa da carga, em kg, transportada por cada um deles. 
 
 
a) 2000 
b) 2500 
c) 4000 
d) 5000 
 
 
 
 
 
 
4 
Física 
 
7. O altímetro é o instrumento usado para medir alturas ou altitudes, em forme de um barômetro aneroide 
destinado a registrar alterações da pressão atmosférica que acompanham as variações de altitude. 
 
Assinale a alternativa correta que indica o comportamento do altímetro quando um avião passa de 
uma região de alta pressão para outra de baixa pressão. 
a) Perda de altitude. 
b) Ganho de altitude. 
c) Altitude em relação ao nível do solo. 
d) Não é afetado. 
 
 
8. Uma criança brincando com uma balança de verdureiro, instrumento utilizado para medição de 
massas, mergulha e tira uma caneca de porcelana de uma bacia cheia de água. Fora da água, a 
balança registra uma massa de 360 g para a caneca e, mergulhada totalmente, uma massa de 320 g. 
 
Com base nessas informações, qual a força de empuxo sobre a caneca quando ela está totalmente 
mergulhada? Considere a aceleração da gravidade igual a 10 m/s². 
a) 0,4 N 
b) 1,2 N 
c) 3,2 N 
d) 3,6 N 
e) 4,0 N 
 
 
9. Um bloco cúbico de madeira com aresta igual a 20,0 cm flutua em um líquido de massa específica 
igual a 1,2 g/cm³. Um pequeno objeto de massa m igual a 200,0 g é colocado sobre o bloco e o sistema 
fica em equilíbrio com o topo do bloco no nível da superfície do líquido. 
 
Nessas condições, conclui-se que a densidade da madeira, em g/cm³, é igual a 
a) 1,037 
b) 1,042 
c) 1,175 
d) 1,213 
e) 1,314 
 
10. Os densímetros instalados nas bombas de combustível permitem averiguar se a quantidade de água 
presente no álcool hidratado está dentro das especificações determinadas pela Agência Nacional do 
Petróleo (ANP). O volume máximo permitido de água no álcool é de 4,9%. A densidade da água e do 
álcool anidro são de 1,00 g/cm³ e 0,80 g/cm³, respectivamente. 
Disponível em: http://nxt.anp.gov.br. Acesso em: 5 dez. 2011 (adaptado). 
 
A leitura no densímetro que corresponderia à fração máxima permitida de água é mais próxima de 
a) 0,20 g/cm³ 
b) 0,81 g/cm³ 
c) 0,90 g/cm³ 
d) 0,99 g/cm³ 
e) 1,80 g/cm³ 
http://nxt.anp.gov.br/
 
 
 
 
5 
Física 
 
Gabarito 
 
1. C 
De acordo com o teorema de Stevin, a pressão de uma coluna líquida é diretamente proporcional à altura 
dessa coluna, que é medida do nível de líquido até o ponto de saída, no caso, h3. 
 
2. C 
p =
F
A
→ F = pA → F = pπr2 = 2,5. 105. 3. (3. 10−2)2 = 675N 
 
3. A 
Do teorema de Stevin: 
 
4. C 
Analisando o enunciado, podemos observar que: 
E = T + P → T = P – E 
T = ρH20Vsubg − mg 
T = 1000.4.10 − 300.10 = 37000N = 37kN 
 
5. B 
A pressão total em função da profundidade de um determinado ponto imerso num determinado líquido 
é dada pela equação: 
p = p0 + ρgh 
Como mostrado para cada líquido no gráfico fornecido. 
Isolando a densidade da equação, temos que: 
ρ =
p − p0
gh
 
Usando os dados do gráfico para os líquidos A e B, transformando as unidades de pressão para Pascal, 
temos que: 
Líquido A: 
 
Líquido B: 
 
6. D 
O equilíbrio do conjunto é dado pela igualdade do peso e do empuxo 
P = E → Mg = μVg 
Onde: 
M = mb + 2mcam + 2mcarga(massa total do conjunto barca e caminhões carregados) 
V = Ah 
Substituindo: 
 
 
 
 
6 
Física 
 
(mb + 2mcam + 2mcarga)g = μAhg 
Isolando a massa da carga de cada caminhão e substituindo os valores: 
 
7. B 
A pressão atmosférica diminui com a altitude, portanto ao passar de uma região de alta pressão para 
uma de baixa pressão, o avião está subindo, logo, ganhando altitude. 
 
8. A 
O módulo do empuxo é a diferença entre o peso medido fora da água e o peso aparente medido para a 
caneca totalmente mergulhada na água. 
E = P − Pap → E = (m − map)g = (0,36 − 0,32). 10 = 0,4N 
 
9. C 
Cálculos preliminares: 
Volume do bloco de madeira: V = a³ = 20³ = 8000 cm³ 
Densidade do líquido: dL = 1,2 g/cm³ 
Massa do objeto: mob = 200 g 
A figura ilustra a situação descrita: 
 
O empuxo no bloco equilibra o peso do bloco e do objeto sobre ele. 
P + Pob = E → dVg + mobg = dLVg → d(8000) + 200 = 1,2.8000 → d =
9600 − 200
8000
= 1,175
g
cm3
 
 
10. B 
Numa amostra de 100 cm³ da mistura contendo o volume máximo permitido de água, temos 4,9 cm³ de 
água e 95,1 cm³ de álcool hidratado. A densidade dessa mistura é: 
d =
màlc + mág
Válc + Vág
=
0,8.95,1 + 1.4,9
100
=
76,08 + 4,9
100
= 0,81
g
cm3
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
Geografia 
 
Índia População e crescimento econômico 
 
Resumo 
 
População 
A Índia foi o segundo país do mundo a atingir uma população de 1 bilhão de habitantes. Segundo estimativas 
do Banco Mundial, são 1,339bilhão de indianos, uma diferença de 50 milhões de pessoas para a China, maior 
população mundial. Estimativas apontam que a Índia deve superar a população chinesa em 10 ou 15 anos. 
Até a década de 2050, deve atingir o valor de 2 bilhões. Atualmente, a população indiana corresponde a 
aproximadamente 18% da população mundial. 
A densidade demográfica é de 328 hab./km², o que coloca o país em categoria rara, de país populoso e 
povoado, isto é, apresenta valores elevados de população absoluta ao mesmo tempo que bem distribuída 
pelo território. 
Conforme é possível observar no mapa, a Planície Indo-
Gangética (cores roxas mais intensas) apresenta as maiores 
densidades demográficas, e é onde está localizada a capital 
indiana, Nova Delhi. Essa região é uma das principais áreas 
úmidas do país. A população indiana privilegia o nascimento 
de filhos, tal como a sociedade chinesa. 
Nesse sentido, o infanticídio de meninas recém-nascidas é um 
grave problema, somado ao fato de que, culturalmente, os 
homens são os únicos passíveis de receber heranças. Assim, 
muitas meninas e mulheres tem péssima qualidade de vida. 
A enorme população significa uma diversidade linguística e 
cultural gigantesca, caracterizando o país por uma grande 
diversidade e miscigenação. São 18 idiomas oficiais, entre 
eles, o hindi, falado por 30% da população, e o inglês, herança 
da colonização pelos britânicos. Essa característica 
possibilitou o país a se destacar na prestação e exportação de 
serviços de informática e call center, uma vez que a língua 
inglesa e a mão de obra extremamente barata atraíram 
diversas empresas do setor para a região. 
Sistema de castas 
O hinduísmo é uma corrente religiosa e filosófica pautada em uma grande variedade de ideias e cultos. 
Aproximadamente 80% da população indiana se diz hindu, seguido por 14% de mulçumanos e 2% de cristãos 
e alguns outros grupos minoritários. Uma das características do hindu é a sua estratificação social, o famoso 
sistema de castas: 
• Brâmanes: são os considerados puros, originados dos lábios ou cabeça de Brahma, geralmente 
sacerdotes ou letrados. 
• Xátrias (guerreiros): são responsáveis por proteger todos contra a maldade, originados dos braços 
de Brahma. 
• Vaícias: são os lavradores, comerciantes, artesãos, originados das pernas de Brahma. 
• Sudras: são servos e escravos, originados dos pés de Brahma. 
Densidade demográfica indiana por regiões administrativas. 
 Institut national d’études démographiques (Paris, France). 
Adaptado. 
 
 
 
 
2 
Geografia 
 
Os Párias não são uma casta, pois não possuem origem na divindade Brahma. Esse sistema foi abolido por 
lei, embora continue sendo praticado. Essa é uma enorme dificuldade para o governo indiano, no aspecto de 
desenvolvimento socioeconômico do país, pois a desigualdade social age como um limitador do potencial do 
seu mercado. O consumo é restrito para algumas castas. A industrialização e a urbanização têm contribuído 
para mudar essa estrutura social. 
Um país rural 
É um país essencialmente rural, com aproximadamente 68% vivendo no campo. A maioria dessa população 
pratica agricultura de subsistência, embora seja possível observar nas melhores terras uma agricultura 
comercial. Essa agricultura modernizada colocou o país como segundo maior produtor mundial de arroz e 
algodão. Porém, essa produção é majoritariamente voltada para a exportação. Como a maior parte da 
população vive em pequenas propriedades e cultiva para a subsistência, utilizando técnicas arcaicas, a 
segurança alimentar indiana acaba se tornando uma dificuldade. Soma-se a isso o risco do esgotamento das 
terras agricultáveis, uma vez que a população cresce em um ritmo mais acelerado. 
Industrialização indiana 
O processo de industrialização indiana é significativo desde a sua independência, em 1947. Isso faz do país 
uma potência industrial e explica o termo emergente. A industrialização foi pautada em um modelo 
nacionalista de planificação econômica, sem apropriação de bens de produção. Nesse sentido, durante a 
Guerra Fria, recebeu grandes investimentos da União Soviética. A indústria de base e de armamentos era o 
destino prioritário desses investimentos. O vale do Rio Damodar, no Planalto de Decã, foi a base desse 
processo, devido à disponibilidade de recursos minerais na região. 
No final da década de 1990 e início do século XXI, foi possível observar uma mudança significativa nesse 
processo, que passou a priorizar a produção industrial de alta tecnologia. Os setores de informática, robótica 
e espacial passaram a ganhar significativos investimentos. As áreas relacionadas à biotecnologia também 
se destacam. Nos últimos anos, tais setores, aliados à mão de obra barata, atraíram o capital estrangeiro e 
colocaram a Índia no mapa das multinacionais. Apresentou crescimento econômico médio de 6,8% nos 
últimos 20 anos, colocando o país como potência emergente e um dos integrantes dos BRICS, grupo formado 
por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. 
Participação dos países do grupo BRICS no PIB mundial: 1980-2020 
 
Fundo Monetário Internacional. Projeções. 2016. Disponível em: https://www.ecodebate.com.br/ 
 
 
 
 
 
3 
Geografia 
 
Clima de monções 
As monções são ventos periódicos cuja variação ocorre de uma estação (verão) para outra (inverno). Todo o 
Sudeste Asiático é afetado por essa dinâmica climática. Esses ventos decorrem da diferença de pressão entre 
o continente e o oceano. Nesse sentido, áreas de alta temperatura formam centros de baixa pressão 
atmosférica, e áreas de baixa temperatura formam centros de alta pressão atmosférica. Os ventos ocorrem 
pelo deslocamento de uma massa de ar de uma zona de alta para baixa pressão. 
Monções de inverno: ventos secos originados do continente (alta pressão) em direção ao mar (baixa pressão), 
pois o continente perde calor durante o inverno, formando uma célula de alta pressão sobre essa região. 
Monções de verão: ventos úmidos originados do oceano (alta pressão) em direção ao continente (baixa 
pressão), pois o continente se aquece mais rapidamente durante o verão, formando uma célula de baixa 
pressão sobre essa região. 
 
 
ALMEIDA, L. M. A. de. Fronteiras da globalização. Adaptado. 
 
 
 
 
 
 
 
4 
Geografia 
 
Exercícios 
 
1. (ESPM 2019) A Índia e o Paquistão, duas potências nucleares, chegaram à beira de um conflito. A crise 
começou após um atentado suicida, ocorrido em 14 de fevereiro, que matou, pelo menos, 40 indianos, 
reivindicado pelo grupo islamita Jaish e Mohammed, com base no Paquistão. Em 26/02, caças da força 
aérea indiana entraram no espaço aéreo paquistanês para um ataque contra o que denunciou como 
um grande campo de treinamento do grupo Jaish e Mohammed em uma área de fronteira. 
(Disponível em: http://www.bol.uol.com.br/noticias/2019/02/28) 
 
A crise tratada no texto ocorreu em território longamente disputado entre os dois países. A região em 
questão é: 
a) Tibet. 
b) Caxemira. 
c) Aksai Chin. 
d) Arunachal Pradesh. 
e) Ilhas Paracelso. 
 
2. (UEM 2015) A Índia é considerada um país emergente, com influência regional, e apresenta projeção 
no mercado mundial. A partir da década de 1990, o governo indiano elaborou projeto para impulsionar 
e incentivar a exportação de produtos de TI (Tecnologia da Informação). Foram criados parques 
tecnológicos de software e, atualmente, a produção de software e hardware e de serviços de 
informática tem sido de grande relevância para o país. 
 
Sobre a Índia é correto afirmar que: 
(01) O crescimento da indústria de TI acabou por incentivar a terceirização dos serviços, processo 
denominado Offshore out sourcing. Muitas empresas, principalmente norte-americanas, mantêm 
na Índia os centros de atendimento ao cliente (caII centers) de software. 
(02) Como país emergente de expressivo crescimento econômico e potência nuclear, a Índia ganhou 
importância no contexto internacional.No entanto, a desigualdade social é muito grande, e cerca 
de 81% da população vive em condições de extrema pobreza. 
(04) O país dispõe de um parque fabril diversificado, cujas maiores concentrações localizam-se na 
região nordeste do país, com destaque para as indústrias siderúrgicas e petroquímicas; na região 
sul, Bangalore concentra as indústrias de alta tecnologia. 
(08) A principal região agrícola do país situa-se no Sul, no Planalto do Decã, destacando-se a produção 
de algodão e de cana-de-açúcar. Esse espaço concentra 70% dos pequenos proprietários, que 
vivem em melhores condições que os agricultores do restante do país. 
(16) A Índia participa do BRICS, grupo que reúne outros países (Brasil, Rússia, China e África do Sul), 
e é o país que mais tem contribuído para o crescimento da população mundial, mas o que possui 
a pior renda per capita, apesar do fortalecimento da classe média (cerca de 15% da população). 
Soma: ( ) 
 
 
 
 
 
5 
Geografia 
 
3. (UPF 2015) Embora a Índia venha, nos últimos anos, demonstrando um expressivo crescimento 
econômico, o país ainda é marcado por uma grande diversidade de povos e culturas e pela disparidade 
socioeconômica entre esses grupos. Analise as afirmações sobre esse país. 
I. Segundo país mais populoso do mundo e o mais poderoso da Ásia Meridional, apresenta grande 
diversidade religiosa, sendo o hinduísmo a religião majoritária entre a população. 
II. As acentuadas industrialização e urbanização recentes fizeram com que o país ingressasse no 
século XXI com uma população predominantemente urbana. 
III. Marcada por grandes contrastes socioeconômicos, a Índia apresentou elevado IDH, conforme 
Pnud/2013 (acima de 0,800), graças ao seu desenvolvimento tecnológico; entretanto, a expectativa 
de vida ao nascer não ultrapassa 50 anos. 
IV. O país é um dos maiores exportadores de produtos da área de tecnologia da informação, cujas 
empresas se concentram em torno do tecnopolo de Bangalore. 
Está correto apenas o que se afirma em: 
a) I e II. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) III e IV. 
 
4. (UNESP 2015) As equipes de resgate trabalham contra o tempo neste domingo [23.06.2013] para salvar 
os milhares de pessoas que permanecem ilhadas no norte da Índia devido aos deslizamentos de terra 
e às inundações provocadas pelas chuvas, que podem ter provocado mil mortes. As pesadas chuvas, 
que atingem o subcontinente de junho a setembro, costumam provocar alagamentos, mas começaram 
mais cedo este ano, pegando muitas pessoas de surpresa e expondo a falta de preparo para prever e 
enfrentar a situação. 
Disponível em: http://noticias.terra.com.br. Adaptado. 
As chuvas torrenciais abordadas pelo texto estão associadas ao fenômeno climático denominado 
a) Monções de verão. 
b) El Niño. 
c) La Niña. 
d) Monções de inverno. 
e) Aquecimento global. 
 
5. (UEPB 2011) O grande crescimento da Índia desde os anos de 1990 coloca este país como um dos 
quatro gigantes emergentes, ao lado da Rússia, China e Brasil. O prognóstico econômico é de que a 
Índia atinja em meados deste século a terceira posição na economia mundial. Este fato se deve 
a) ao extraordinário crescimento de sua indústria cinematográfica, que hoje já ultrapassa a produção 
de Hollywood, sua grande concorrente. 
b) ao crescimento de sua população que é hoje a segunda do mundo, com alto poder de consumo. 
c) à eliminação da sociedade de castas que marcou a milenar história do país e impedia as pessoas 
de castas inferiores de ascender econômica e socialmente. 
d) aos avanços alcançados pela sua indústria nos setores farmacêutico, de fibras ópticas, de satélites 
e informática. 
e) à resolução do conflito com o Paquistão pela Caxemira, o qual obrigava a Índia a desviar imensos 
recursos para a produção de armamentos, inclusive nucleares. 
http://noticias.terra.com.br/
 
 
 
 
6 
Geografia 
 
Gabarito 
 
1. B 
A hegemonia do território da Caxemira é disputada pela Índia e pelo Paquistão. Essa região em disputa 
apresenta uma população de maioria muçulmana sunita. Tal como conhecemos, a Caxemira é um 
território indiano, no qual o Paquistão é acusado de fomentar o separatismo. Tal condição acaba gerando 
periodicamente conflitos na fronteira. 
 
2. 01 + 02 + 04 + 16 = 23 
Apenas o item 08 está incorreto, pois a produção agrícola no Planalto do Decã é caracterizada por ser 
extensiva, e não de pequenos proprietários. 
 
3. B 
A Índia é um país emergente com milhares de habitantes na zona urbana. Todavia, seu gigantesco 
tamanho populacional explica o porquê da maioria dos indianos ainda viverem na zona rural. Assim, o 
item II está incorreto. O item III também está incorreto, pois a Índia apresenta um IDH médio de 0,609, 
apesar dos significativos avanços na qualidade de vida, educação e renda dos indianos. 
 
4. A 
No Sul e Sudeste Asiático, predomina o clima tropical de monções. No inverno, os ventos deslocam-se do 
continente (célula de alta pressão) para o oceano (célula de baixa pressão), provocando uma estiagem. 
No verão, os ventos deslocam-se do oceano (alta pressão) para o continente (baixa pressão), provocando 
chuvas abundantes. 
 
5. D 
A Índia é um país que faz parte dos BRICS e destaca-se nos setores de tecnologia, como informática e 
aeroespacial, além de possuir um forte setor farmacêutico. Os tecnopolos de Bangalore e Chennai 
destacam-se no país como centros de produção de informação. 
História 
 
 
 
1 
Época Pombalina e o século do Ouro 
 
Resumo 
 
A descoberta do ouro 
Durante o século XVIII, o chamado “ciclo do açúcar” viveu uma grande crise provocada pela expulsão dos 
holandeses do nordeste e pela consequente concorrência no mercado internacional do açúcar holandês 
produzido nas Antilhas, de alta qualidade. Essa conjuntura ocasionou uma queda nas exportações e nos 
lucros da Coroa, que, em 1640, havia restaurado o trono português após anos de dependência da Espanha, na 
União Ibérica. Apesar da restauração em 1640, a administração da economia portuguesa pelos Habsburgo 
havia levado Portugal a uma crise econômica, perdendo sua força comercial, seu poderio marítimo e o 
domínio das riquezas coloniais. Ainda nesse contexto, após 1640, a guerra contra a Espanha para legitimar a 
restauração do trono português também abateu os cofres da metrópole até 1668, quando o Tratado de Lisboa 
foi assinado levando os dois reinos à paz. 
Ainda em 1703, para piorar a situação portuguesa, o embaixador britânico John Methuen garantiu a assinatura 
do chamado Tratado de Methuen entre portugueses e ingleses. O acordo, garantia que os portugueses 
consumiriam os têxteis britânicos, enquanto esses comprariam os vinhos lusitanos. Tendo em vista que o 
consumo de tecidos era muito superior ao de vinhos portugueses e a entrada do produto inglês estagnou a 
indústria têxtil lusitana, o acordo acabou gerando muito mais lucros aos ingleses e o acúmulo das dívidas 
portuguesas, dificultando a saída da crise. 
Tendo em vista essa conjuntura de negligência da metrópole, buscando novas 
formas de riqueza e aproveitando o afrouxamento dos limites territoriais entre a 
colônia portuguesa e a espanhola, os bandeirantes avançaram pelo interior do 
Brasil e pelos territórios espanhóis conquistando espaço e enriquecendo com o 
apresamento de indígenas e negros escravizados. Através dessas atividades, 
esses exploradores ainda garantiram a descoberta de ouro e diamantes no final 
do século XVII na região de Minas Gerais, riqueza essa que era tão cobiçada pelos 
portugueses desde 1500 e poderia enfim resolver seus problemas econômicos. 
Para a maior felicidade dos habitantes da colônia, a quantidade de ouro encontrada nessa região era tão 
abastada que até mesmo o garimpo era facilmente realizado por técnicas como a faiscação. O chamado ouro 
de aluvião podia ser encontrado no barro e na terra dos leitos de rios e garimpado sem muitos investimentos, 
diferente do ouro das lavras, que dependiamde equipamentos sofisticados e mão de obra para a extração. 
Essa simplicidade inicial no garimpo também gerou um natural sentimento de fácil enriquecimento em muitos 
colonos no final do século XVII, que passaram a migrar para a região central do Brasil, assim como imigrantes 
de outras colônias e países. Este fácil enriquecimento se tornou uma ilusão porque a Coroa portuguesa logo 
tratou de investir na administração e fiscalização das regiões auríferas, cobrando grandes taxas e exigindo 
que todo o ouro fosse registrado pela Coroa em forma de barra, caso contrário, não teria valor e poderia ser 
confiscado. Essas medidas, portanto, fizeram com que muitos exploradores morressem de fome, já que o 
enriquecimento se tornou uma ilusão. Enfim, esse grande fluxo populacional gerou um importante processo 
de deslocamento do eixo comercial do Nordeste para o Sudeste, atraindo para o centro-sul novos 
investimentos, escravizados, rotas comerciais e, naturalmente, pessoas. Estima-se que do final do final do 
século XVII para o final do XVIII, a população colonial tenha passado de 300 mil para 3,3 milhões de 
habitantes. 
História 
 
 
 
2 
Urbanização e administração da colônia 
O grande crescimento demográfico na região centro-sul do Brasil, composta agora por pessoas que 
buscavam enriquecer facilmente com o ouro, por administradores coloniais e, obviamente, negros 
escravizados, tornou necessário o investimento em infraestrutura. Visto isso, a capital da colônia foi 
transferida, em 1763 para o Rio de Janeiro, novas estradas e caminhos foram abertos ligando Minas Gerais 
ao Nordeste e à nova capital, o mercado interno foi estimulado, o comércio com outras regiões passou a ser 
realizado pelas chamadas tropas de mula e instituições administrativas surgiram para controlar e fiscalizar a 
economia mineira. 
Diferente da colonização no Nordeste, que dependia muito da relação entre a Casa Grande e a Senzala, e 
possibilitava uma baixa mobilidade social, no centro-sul, a urbanização proporcionou uma sociedade muito 
mais heterogênea, com novas camadas sociais e melhor distribuição das riquezas. Esses os trabalhadores 
livres formaram a base da população local e, além dos que buscavam o ouro, também se encontravam 
comerciantes, artesãos, padres, funcionários públicos, militares e até mesmo negros alforriados. 
Essa formação de uma classe média urbana e ao enriquecimento de 
proprietários de lavras facilitou muito a criação de uma classe intelectual, 
composta por jovens que viajavam para estudar na Europa, trazendo de lá 
certas influências, como o iluminismo. Esses grupos também passaram a 
investir muito na arte local, valorizando principalmente o barroco, que 
marcava a arquitetura e as esculturas das centenas de igrejas construídas 
na região, muitas vezes cobertas de ouro. 
Entre os escravizados, apesar da oportunidade que muitos tiveram de 
conseguir alforria por uma grande quantidade de ouro extraído, a vida entre 
a maioria era penosa. Durante o auge da mineração, cerca de 7.500 
escravizados chegavam por ano na região de Minas Gerais, saindo 
principalmente da Costa da Mina, na região do Golfo da Guiné. Graças ao 
vasto conhecimento desse povo na mineração e fundição de ouro e ferro, 
os chamados “escravos minas” eram cobiçados pela elite colonial. 
Entretanto, apesar de terem um conhecimento maior que os portugueses, esses africanos foram condenados 
as piores condições de trabalho da história da escravidão mercantilista. Presos em túneis, trabalhando em 
péssimas condições de salubridade e sob alta vigilância, esses escravizados não ultrapassavam uma média 
de 12 anos de atividade, com uma baixíssima expectativa de vida. Morriam sufocados em cavernas, afogados, 
esmagados e presos em pedras, assassinados por ladrões e até mesmo por doenças “comuns”. Apesar da 
grande quantidade de escravizados, a propriedade de um ser humano em Minas Gerais se tornou aos poucos 
um grande “luxo”. Essa forma de trabalho tinha uma expectativa de vida baixa, o deslocamento desses 
escravizados do litoral para o interior era alto e a metrópole ainda cobrava, a partir de 1734, altas taxas pela 
quantidade de escravos que cada senhor possuía, em um tributo conhecido como capitação. 
É importante destacar que, para manter o controle sobre a região e a atividade de extração do ouro, a 
metrópole realizava desde o século XVI um esquema de administração e fiscalização na colônia. 
Primeiramente, já por volta de 1600, as primeiras Casas de Fundição foram abertas para ter controle das 
riquezas minerais encontradas na colônia e, em 1702 as Intendências das Minas foram criadas para distribuir 
os lotes a serem explorados. A partir dessas instituições, a logística de administração e fiscalização se tornou 
mais complexa, ampliando a cobrança de impostos e o registro da exploração e das barras que circulavam. 
Assim, todo o ouro encontrado deveria ser levado às Casas de Fundição para ser fundido e transformado em 
barra de ouro registradas pela Coroa (única forma do ouro ter valor). Neste processo, a cobrança do quinto 
era realizada e os 20% do ouro destinados a Coroa já deveriam ser separados. 
História 
 
 
 
3 
Tendo em vista esse processo, muitos mineradores decidiram não pagar as taxas e preferiram contrabandear 
o ouro encontrado para os portos. Para evitar essas atividades a metrópole criou também uma “política dos 
caminhos”, que definia quais passagens entre Minas Gerais, Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro poderia haver 
circulação de ouro. Enquanto os caminhos alternativos eram ilegais e perigosos, as rotas legais eram vigiadas 
(formaram a chamada Estrada Real). 
VICENTINO, Cláudio. História para o ensino médio: história geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2005, p.199. 
Uma outra importante taxa cobrada que também contrariava os colonos foi a chamada derrama, imposta em 
1770, pelo Marquês de Pombal, e uma das principais responsáveis pela movimentação da inconfidência 
Mineira no final do século XIX. A derrama, que visava ampliar ainda mais a arrecadação da Coroa, determinava 
que cada município deveria arrecadar 100 arrobas (1.468,9 Kg) de ouro por ano e, caso não chegasse a esse 
número, os soldados da metrópole (dragões) invadiriam casas para tomar objetos de valor que pudessem 
complementar a taxa estabelecida. 
Enfim, apesar da arrecadação do ouro pela Coroa ter ajudado timidamente a economia portuguesa, a maior 
parte dessa riqueza, contudo, não ficava em Portugal, mas era destinado diretamente para a Inglaterra. Com 
dívidas exorbitantes contraídas por empréstimos e pelo Tratado de Panos e Vinhos, de 1703, Portugal utilizava 
o ouro brasileiro para tentar resolver seus problemas. Consequentemente, esse ouro que tinha como destino 
a Inglaterra influenciou inclusive no processo de Revolução Industrial, pois enriquecia ainda mais banqueiros, 
grandes comerciantes e os novos investidores industriais. 
As reformas pombalinas 
Ainda no século XVIII, seguindo uma tendência de despotismo esclarecido, que crescia entre monarcas e 
ministros europeus, o novo rei de Portugal, D. José I, confiou ao Marquês de Pombal grandes poderes para a 
administração do reino português e para a solução das crises econômicas. Assim, o novo Secretário de 
Estado dos Negócios Interiores desempenhou uma política administrativa para a metrópole e para as colônias 
que defendia uma moderna visão de mundo, inspirada nos ideais iluministas e na noção de razão e progresso, 
mas, apesar desta face mais esclarecida, por outro lado, Pombal ainda agia com uma força absolutista, 
impondo seus ideais através da violência e de perseguições. 
Durante os quase 30 anos da permanência de Pombal no poder, o líder português sofreu uma forte oposição, 
sobretudo da nobreza e do clero, que abominavam as reformas realizadas pelo ministro e combatiam seu 
autoritarismo. Na metrópole, Pombal, reconstruiu a cidade de Lisboa após o terremoto de 1755, realizou

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