Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Taxa de filtração glomerular Aparelho Urogenital Renata Lima E-mail - @renata.lima.fisio ◤ Funções gerais ● O rim produz urina por meio de uma filtração dos sangue que ocorre no glomérulo; ● O filtrado é direcionado para os túbulos onde é absorvido ou excretado; ● Chega a filtrar aproximadamente 180 L por dia; ● Absorvemos 99% e vamos urinar aprox. 1,5L/dia. ● Os capilares glomerulares são perfundidos a alta pressão -> pressão hidrostática; ● Na arteríola aferente há a primeira resistência. A pressão no capilar glomerular é mantida em torno de 45 mmHg - 50 mmHg -> a pressão favorece a filtração. 180L por dia 7,5L por hora 125 ml por minuto ◤ Pressão hidrostática é a pressão que o sangue exerce na parede dos vasos. Ex. PA aumenta no frio, pois ocorre vasoconstrição e então aumenta a pressão em que o sangue passa pelo vaso = pressão hidrostática !! Pressões x filtração glomerular ◤ Pressões x filtração glomerular Pressão coloidosmótica ou oncótica é a pressão que os componentes do sangue exerce sobre o sangue. Osmolaridade -> quando mais osmótico, concentrado, denso for um sangue maior é a sua pressão coloidosmótica. - Solvente do sangue é o plasma - Soluto do sangue são as células Solvente mais soluto = solução (ex. água salgada: quanto mais o solvente evapora, mais eu tenho o soluto na minha solução) A pressão oncótica é a pressão exercida pelas proteínas, é uma pressão osmótica, é exercida principalmente pela albumina. Ela tende a segurar o líquido dentro do vaso , por isso se opõe a filtração . Glomérulo Rede capilar peritubular O volume de urina a ser secretado depende: V. filtrado - V. reabsorvido + V. secretado= quantidade excretada. ● Ultrafiltração ocorre através de uma membrana de poros finíssimos, que permite a separação de partículas microscópicas. ● A filtração glomerular é um exemplo de ultrafiltração. ● A ultrafiltração glomerular permite a filtragem de água e pequenos solutos, mas NÃO de proteínas, vírus ou moléculas grandes. Volume de filtrado produzido -> líquido que sai do vaso e entra na cápsula de Bowman, por unidade de tempo é chamado de Taxa de filtração glomerular = 125ml/min ◤ Taxa de filtração glomerular A TFG é a quantidade de sangue filtrada pelos glomérulos a cada minuto. Parâmetro da função renal e é expressado em mililitros de filtrado glomerular formado por minuto -> mL/min. TFG é dependente: ● Permeabilidade capilar; ● Área de superfície; ● Pressão hidrostática que expulsa o fluido dos capilares; ● Forças osmóticas dentro dos capilares. Autorregulação A tfg permanece em uma ampla faixa de PA média -> 80 - 180mmHg -> devido ao controle das arteríolas aferente e eferente. Em uma situação que ocorre o aumento da PA, a arteríola aferente aumenta a resistência reduzindo a TFG. Se ocorre a redução da PA, as arteríolas eferentes aumentam a resistência, levando a uma aumento da pressão glomerular e consequentemente o aumento da FG, ◤ Resposta miogênica: Se ocorre o aumenta da pressão aferente -> distensão -> e a resposta é a vasoconstrição -> levando ao controle do fluxo sanguíneo dentro do glomérulo Retroalimentação tubuloglomerular: Ocorre a percepção da alteração da concentração de cloreto de sódio (NaCl). ● Aumento da PA -> maior concentração de NaCl no plasma e as células da mácula densa (células epiteliais especializadas no ramo ascendente de Henle) -> resulta em vasoconstrição da arteríola aferente -> diminui a TFG. ● Redução da PA -> menos concentração de NaCl -> nas células da mácula -> resulta em vasoconstrição da arteríola eferente e a vasodilatação da arteríola aferente -> aumento da TFG. ◤ Controle da PA Controle a curto prazo: SNP -> simpático; Controle a longo prazo: Renina - angiotensina - aldosterona -> ocorre em resposta a diminuição da PA. Redução da PA -> resulta na ativação do SNP simpático -> gerando vasoconstrição para regulação da PA; Já no rim -> fibras simpáticas estimulam a liberação de renina das células justaglomerulares; Sistema renina - angiotensina - aldosterona: ● Quando a PA reduz a pressão renal também reduz; ● A redução é percebida nas células justaglomerulares -> estimulam a liberação de renina; ● A renina catalisa a conversão do angiotensinogênio em angiotensina I, no fígado; ● A enzima ECA, é responsável pela conversão da Ang I em Ang II, no pulmão; ● Ang II é um potente vasoconstrictor, e promove o aumento da reabsorção de Na -> sensação de sede e estimulando o hipotálamo para a produção do ADH -> aumenta a ingestão de líquido e reduz a diurese; ● A angiotensina II também atua nas células da zona glomerulosa da glândula supra-renal estimulando a secreção de Aldosterona -> estimula a reabsorção de sódio. ◤ % de filtração A fração de filtração é a proporção do plasma que entra nos rins e que posteriormente é filtrada no glomérulo e passa para os túbulos renais. É calculada a partir da relação TFG/FPR, e normalmente é de 0,16-0,20. Em outras palavras, 20% do sangue que entra nos rins é filtrado! ◤ Força motriz e oposta Força motriz é o que promove a filtração glomerular. É a pressão hidrostática do capilar glomerular (produto do débito cardíaco), depende: ● Pressão hidrostática que expulsa o fluido dos capilares; ● Forças osmóticas dentro dos capilares. No rim há duas circulações: ● Alta pressão que vai desde a aorta até o capilar glomerular e ● Baixa pressão que inicia no capilar da arteríola eferente -> começa a circulação adaptada para receber o grande volume que vai ser reabsorvido. A pressão da veia renal é aproximadamente a mesma da cava. ◤ Capilares glomerulares - ultrafiltração ● A passagem de substâncias é um processo de seletividade; ● As células endoteliais localizadas na membrana basal glomerular (MBG) -> tem fenestrações -> permitem a filtração/passagem das substâncias contidas no plasma; ● Sob pressão hidrostática, as moléculas atravessam a camada epitelial, a membrana basal, e a camada epitelial (podócitos); ● Tais camadas impedem a passagem de algumas moléculas, como: glóbulos vermelhos e proteínas -> devido ao tamanho e peso; ● A MBG (-) é carregada negativamente -> constituída por polissacarídeos e elementos, como aminoácidos e radicais -> forma a principal barreira à passagem de substâncias também negativas -> repele a maioria das proteínas aniônicas -> a albumina e solutos grandes. ◤ Clearance Clearance (mL/min) é a quantidade de uma substância filtrada por minuto, dividida por sua concentração plasmática. É calculada: dividindo a quantidade de substância excretada por minuto na urina (VU) pela concentração da substância no plasma (P). ● Se a substância é filtrada livremente e não é reabsorvida ou secretada, esta proporção nos permite estimar a taxa em que o fluido é filtrado no glomérulo, ou seja, a TFG. Qt. substância/min (VU) ----------------------------------- Concentração plasmática (P) ◤ Biomarcadores da TFG É utilizado para a estimativa da TFG (eTFG): ● Inulina -> Livremente filtrada no glomérulo; não é reabsorvida nem secretada pelos túbulos; ● Creatinina -> A creatinina é produzida pela degradação do fosfato de creatina, que é encontrado no músculo esquelético. *Os níveis plasmáticos de creatinina frequentemente são elevados após exercícios extenuantes devido a lesões musculares **A eTFG considera idade, sexo e raça. O da fórmulas substituiu em grande parte a coleta de urina de 24 horas para eTFG em IRC. ◤ A insulina é livremente filtrada no glomérulo; Não é reabsorvida nem secretada pelos túbulos; É de fácil medida; A sua concentração pode ser medida com facilidade tanto no sangue como na urina; Quando o equilíbrio é conseguido, a quantidade que você injeta é igual a excretada; A concentração de inulina no plasma multiplicada pela velocidade de FG é a concentração do filtrado. Isso tem que ser igual a quantidade excretada, que é a quantidade de inulinana urina vezes o fluxo urinário. -> eTFG. (P) Insulina x Valores de referência ◤ ◤ Questão Qual a diferença entre a IRA e a IRC? O que é Taxa de filtração glomerular (TFG)? O que pode levar a uma doença renal? Referências ● GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de fisiologia médica. 12ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. (612 G998tr); (612 G998t) ● JUNQUEIRA LCU, CARNEIRO J. Histologia básica - Texto e Atlas. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. (611.018. J94h) ● MOORE, K. L.; DALLEY, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 7ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. E-book:https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2585-9/ ● DOUGLAS, C.R. Tratado de fisiologia aplicada às ciências médicas. ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. ● BERNE, R.; LEVY, M. N.; KOEPEN, B.M. Fisiologia Berne e Levy. 6a. edição. Rio de Janeiro. Elsevier, 2009. ● NETTER, F.H. Atlas de anatomia humana. 6ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. (611 N387at R); (611N387a R) ● SADLER, T.W. Langman Embriologia médica. 9ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. ● KUMAR, V. et al.Robbins e Cotran – Patologia : bases patológicas das doenças. 7ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. ● Diretrizes para infecções urológicas, Sociedade de Urologia, 2010. ● Diretrizes para urolitíase, Sociedade de Urologia, 2010. ● MARQUES, Andréa de Andrade; SILVA, Marcele Ponzio Pinto e; AMARAL, Maria Teresa Pace do (Organizadora). Tratado de Fisioterapia em Saúde da Mulher. São Paulo: Roca, 2011. ● Souza, M. L. et al., Incidência de insuficiência renal aguda e crônica como complicações de pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva. ConScientiae Saúde, 2010;9(3):456-461. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2585-9/ Renata Lima E-mail indisponível - @renata.lima.fisio Obrigada!
Compartilhar