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Educomunicação e TIC na Escola

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03/07/2020 Livro Digital
moodle.educacao.rs.gov.br/mod/book/tool/print/index.php?id=7294 1/55
Livro Digital
Livro
Site: Moodle
Curso: EDUCOMUNICAÇÃO E TIC NA ESCOLA PARA PROFESSORES (AS)
Livro: Livro Digital
Impresso por: Usuário visitante
Data: sexta, 3 Jul 2020, 17:32
Sumário
1. Capa
1.1. Informações
2. O QUE É EDUCOMUNICAÇÃO?
2.1. Perfil do Educomunicador (a)
2.2. Áreas da Educomunicação
3. GESTÃO ESCOLAR E TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO
3.1. Gestão Educacional: sistemas informatizados na escola articulados com políticas educacionais
3.2. Gestão Escolar e diretrizes educacionais
4. GESTÃO DAS MÍDIAS NA EDUCAÇÃO
4.1. O jornal no contexto escolar
4.2. O rádio na educação
4.3. O vídeo na educação
4.4. Mídias digitais
5. EDUCAÇÃO INTEGRAL: CONCEPÇÕES E EXPERIÊNCIAS NO BRASIL
6. TRANSFORMAÇÃO DO CONFLITO E RESPEITO ÀS DIFERENÇAS NA ESCOLA
7. EDUCAÇÃO NO PPP DA ESCOLA
7.1. Desenvolvimento
7.2. Estabelecimento de diretrizes pedagógicas
8. REFERÊNCIAS
1. Capa
http://moodle.educacao.rs.gov.br/
03/07/2020 Livro Digital
moodle.educacao.rs.gov.br/mod/book/tool/print/index.php?id=7294 2/55
LIVRO DIGITAL
EDUCOMUNICAÇÃO E TIC NA ESCOLA
1.1. Informações
EDUCOMUNICAÇÃO E TIC NAS ESCOLAS PARA PROFESSORES
ANO: 2015
Secretário de Educação 
Carlos Eduardo Vieira da Cunha
Secretário Adjunto
Luis Antônio Alcoba de Freitas
Departamento Pedagógico
Diretora -  Leila Schaan
Diretora Adjunta  - Marcia Coiro
03/07/2020 Livro Digital
moodle.educacao.rs.gov.br/mod/book/tool/print/index.php?id=7294 3/55
2. O QUE É EDUCOMUNICAÇÃO?
Coordenação de Gestão da Aprendizagem
Coordenadora Nelnie Viale Lorenzoni
Coordenação Executiva de Projetos de Educomunicação - SEDUC
Professora Sátira Machado
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
O QUE É EDUCOMUNICAÇÃO?
O mundo esta cada vez mais conectado, no contexto atual não há como negar que as mídias têm desempenhado um papel de destaque na sociedade, influenciando nos modos de ser,
pensar e agir. A comunicação atua de forma transversal a todos os processos de nosso dia a dia, desta forma podemos entender que as mídias tem participação significativa na construção
da cultura e educação.   
No âmbito educacional não há como dissociar educação de comunicação. A presença das mídias se da de forma interdisciplinar, surge então à necessidade de uma educação integrada
na perspectiva da Educomunicação.
SOARES (2011) revela em sua obras o conceito: por Educomunicação, entende-se um conjunto articulado de iniciativas voltadas a facilitar o diálogo social, por meio do uso consciente de
tecnologias da informação. O desenvolvimento de ecossistemas comunicativos permitiria a educação para a Educomunicação propondo estratégias para melhorar as relações de
comunicação entre os indivíduos, em direção a uma educação de melhor qualidade e mais próxima das aspirações dos jovens de hoje.
A Educomunicação surge a partir da necessidade da educação se unir a comunicação, considerando que o diálogo entre as duas áreas favorece a elaboração de ações pedagógicas
enriquecedoras.
A Educomunicação surge como uma nova forma de ensino que consiste na adoção de técnicas utilizadas pelos meios de comunicação e tecnologia, encontradas principalmente nas mídias
(Rádio, TV, internet) juntamente com a área da Educação (2011 p.47).
03/07/2020 Livro Digital
moodle.educacao.rs.gov.br/mod/book/tool/print/index.php?id=7294 4/55
O educador Paulo Freire, em suas obras ressalta a necessidade de considerar a comunicação como componente fundamental no processo educativo, pois é ela que transforma seres
humanos em sujeitos. Para Freire (1979), a educação é um processo da comunicação, pois a construção partilhada do conhecimento só ocorre mediada por relações dialéticas entre os
homens e o mundo.
Segundo Soares (2011), Paulo Freire sistematizou uma teoria educacional centrada na comunicação dialógica e participativa, sendo, hoje, conhecido internacionalmente como um autor
que melhor percorre entre o campo da educação e da comunicação.
  
Não há educação sem comunicação. Assista o vídeo abaixo que foi uma criação de alunos de uma turma de pós-graduação em Educom da USP (2013.
  
 
0:00
03/07/2020 Livro Digital
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2.1. Perfil do Educomunicador (a)
E então, o que você achou deste primeiro capítulo do livro? 
Avance para a próxima página clicando no botão > abaixo e não se esqueça de comentar com seus colegas e tutores (as) suas opiniões e conhecimentos.
Bons estudos!
01
 
Neste texto vamos discutir o perfil do educomunicador. Você já pensou sobre isto?
   
O PERFIL DO EDUCOMUNICADOR(A)  
A tecnologia esta presente na sala de aula. Os alunos vêm desbravando este mundo com entusiasmo.O educador fica com o desafio de estudar estratégias como incorporar
pedagogicamente esses recursos em sua prática pedagógica para que seja dinâmica, onde possam ser vivenciadas novas práticas com o uso da tecnologia em sala de aula, é necessário
que ele conheça os benefícios na aprendizagem proporcionados quando são inseridos nas aulas os recursos tecnológicos.
03/07/2020 Livro Digital
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Uma pesquisa desenvolvida pelo NCE - Núcleo de Comunicação e Educação da ECA/USP, junto a um grupo de 178 especialistas de 12 países da América Latina, entre 1997 e 1998,
apontou para a existência de um novo perfil de profissional que se intitula Educomunicador. De acordo com a pesquisa, o Educomunicador é o profissional que demonstra capacidade para
elaborar diagnósticos e de coordenar projetos no campo da relação Educação e Comunicação. Entre as atividades que desenvolve, destacam-se: a implementação de programas de
"educação para a comunicação", favorecendo ações que permitam que grupos de pessoas se relacionem adequadamente com o sistema de meios de comunicação.  O assessoramento a
educadores no adequado uso dos recursos da comunicação, como instrumentos de expressão da cidadania.
03/07/2020 Livro Digital
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2.2. Áreas da Educomunicação
Em geral, todos defendem o uso de comunicação como um meio eficaz para ampliar as ações.
Quando os entrevistados foram perguntados sobre como definiriam o trabalho do Educomunicador, a maioria o viu como um professor em sala de aula quer desenvolvendo trabalhos de
"análise crítica dos meios" quer desenvolvendo "projetos tecnológicos na educação". Isto é, um professor vinculado a uma das áreas integradas do campo da Educomunicação.
Ensinar usando os meios, aquele professor que desenvolve uma prática pedagógica voltada para o uso dos meios, incentivando a produção de mídia. Aproximando a relação da
comunicação com a educação, mesmo não se dando conta já é um Educomunicador.
Nesta perspectiva é notório que os espaços escolares têm a necessidade de se aproximar do movimento do mundo em que o aluno está inserido.   As escolas muitas vezes estão
equipadas com recursos tecnológicos, porém muito mais do que usar a ferramenta é fundamental o estímulo à produção midiática.
Para finalizar o primeiro capítulo, avance para o próximo texto e leia sobre as áreas da educomunicação.
02
ÁREAS DA EDUCOMUNICAÇÃO
Agora que já sabemos o que é Educomunicação e qual o perfil do educomunicador, vamos conversar sobre seus campos e como abrange diferentes áreas.
Observe a imagem a seguir:
03/07/2020 Livro Digital
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3. GESTÃO ESCOLAR E TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO
 
Como observamos, existem 7 grandes áreas na Educomunicação. Reflita sobre cada uma delas lendo o detalhamento a seguir:
Educação para a comunicação/mídia: Estudos e projetos voltados à compreensão do fenômeno da Comunicação e do lugar dos meios na sociedade e seu impacto;
Expressão comunicativa através das artes: práticas que valorizam a autonomia comunicativa das crianças e jovens mediante a expressão artística– arte-educação; 
Mediação tecnológica na educação: Uso das tecnologias para ampliar as formas de expressão; reflexão sobre as tecnologias educativas na comunidade;
Pedagogia da comunicação: Didática; perspectiva participativa e construtivista na formação de docentes através da metodologia de projetos;
Comunicação educativa: Produção midiática destinada a temas educativos. Presença da Educomunicação nas produções da indústria cultural e, mesmo, produções midiáticas
comunitárias;
Gestão comunicativa: Articulação, planejamento e execução de ações, criação e avaliação de ecossistemas comunicacionais no espaço educativo;
Reflexão epistemológica: Pesquisa teórica e prática com foco na sistematização de experiências e no estudo do próprio fenômeno constituído pela inter-relação entre Educação e
Comunicação.
 
03
 
Olá Aluno(a),
Neste módulo do nosso curso de Educomunicação vou te ajudar a compreender a importância da gestão escolar e do uso das tecnologias de informação na sua
escola. 
Leia o texto abaixo com atenção e não deixe de expressar sua opinião nos fóruns, eu e os teus colegas queremos lhe ouvir!
GESTÃO ESCOLAR E TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO
A tecnologia esta inserida no contexto escolar, os alunos tem acesso a informações de forma muito rápida, podendo obter conhecimento em diversas fontes de internet por exemplo.
Podem adaptar com muita facilidade a tradicional cópia do quadro, fazendo registros rápidos apenas capturando uma imagem com seu celular, assim como podem produzir vídeos e
comunicar-se em tempo real com colegas até de outas escolas. O compartilhamento de informações acontece em tempo real.
03/07/2020 Livro Digital
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3.1. Gestão Educacional: sistemas informatizados na escola articulados com políticas educacionais
Frente a este cenário, não há como negar que o uso da internet e das tecnologias de informação e comunicação no âmbito escolar tem relação direta com a aprendizagem. No contexto de
uma sociedade globalizada, entende-se que a escola é parte fundamental na construção desta evolução, nesta perspectiva de conhecimento rápido, cabe aos educadores mediar o uso das
tecnologias no ambiente escolar, permitindo que este processo seja contextualizado e explorado de forma direcionada.    
A tecnologia se faz presente no gerenciamento da escola, otimizando processos e garantindo melhor administração da gestão escolar. O gestor escolar dentre inúmeras
responsabilidades, competências e habilidades exigidas em sua atuação, necessita saber articular os processos pedagógicos e administrativos com a evolução do uso das
tecnologias.
        
As possibilidades das tecnologias da informação e comunicação na organização e na administração de uma escola podem ser amplas no sentido de registro dos dados e das informações de
forma sistêmica em seu cotidiano, podemos observar a imagem a seguir e identificar alguns processos administrativos nos quais a tecnologia pode auxiliar.
Processos administrativos de gestão escolar e Tecnologias
* Registro da vida escolar do aluno
* Controle e administração de recursos materiais e patrimoniais
* Digitalização de documentos escolares
* Informatização da biblioteca
* Reuniões de planejamento escolar
04
03/07/2020 Livro Digital
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FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA E DE VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO – FUNDEB
03/07/2020 Livro Digital
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CENSO ESCOLAR: Muitos programas se baseiam a partir das informações do Censo Escolar. O Censo Escolar é um levantamento de dados estatísticos educacionais de âmbito nacional
realizado todos os anos e coordenado pelo Inep. Ele é feito com a colaboração das secretarias estaduais e municipais de educação e com a participação de todas as escolas públicas e
privadas do país.
03/07/2020 Livro Digital
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IDEB- ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA
        O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007 para medir a qualidade da educação no Brasil. 
03/07/2020 Livro Digital
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PDE – PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA ESCOLA
03/07/2020 Livro Digital
moodle.educacao.rs.gov.br/mod/book/tool/print/index.php?id=7294 13/55
Ele estabeleceu metas bianuais que podem e devem ser acompanhadas pelas redes de educação de todo o país, pois só assim é possível saber se a educação brasileira está caminhando
para que mais alunos aprendam e progridam no sistema de ensino. Para entender um pouco mais sobre o processo dos resultados desta avaliação vamos assistir o vídeo abaixo.
 
PDDE: PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA
O PDDE consiste na assistência financeira às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial
mantidas por entidades sem fins lucrativos. O objetivo desses recursos é a melhoria da infraestrutura física e pedagógica, o reforço da autogestão escolar e a elevação dos índices de
desempenho da educação básica. Os recursos do programa são transferidos de acordo com o número de alunos, de acordo com o censo escolar do ano anterior ao do repasse.
Ideb | Veja como funciona o Índice de Desenvolvimento da Ideb | Veja como funciona o Índice de Desenvolvimento da ……
https://www.youtube.com/watch?v=nXeL0kf2Ipg
03/07/2020 Livro Digital
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Podemos perceber que estes existem muitos programas pensados para atender as escolas públicas, programas informatizados que em sua maioria exigem acompanhamento pelo site,
cadastro, encaminhamento de projetos online.
05
03/07/2020 Livro Digital
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3.2. Gestão Escolar e diretrizes educacionais
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) são normas obrigatórias para a Educação Básica que orientam o planejamento curricular das escolas e dos sistemas de ensino. Elas são
discutidas, concebidas e fixadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).
 
QUAL É A FUNÇÃO DAS DIRETRIZES CURRICULARES?
Orientar o planejamento curricular das escolas e sistemas de ensino, fixadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). As DCNs têm origem na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
(LDB), de 1996, que assinala ser incumbência da União "estabelecer, em colaboração com os Estados, Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o
ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e os seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar a formação básica comum".
PARA CONSULTAR MAIS INFORMAÇÕES SOBRE AS DIRETRIZES CURRICULARES?
O site do MEC possui uma página sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica, acesse:
 http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12992:diretrizes-para-a-educacao-basica&catid=323
 
O Plano Nacional e Estadual de Educação – PNE
LEI Nº 13.005, DE 25 DE JUNHO DE 2014 Aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e dá outras providências.
Art. 1º É aprovado o Plano Nacional de Educação (PNE), com vigência por dez anos, a contar da publicação desta lei, na forma do anexo, com vistas ao cumprimento do disposto no art. 214
da Constituição Federal.
O PNE 2014-2024 traz dez diretrizes, entre elas a erradicação do analfabetismo, a melhoria da qualidade da educação, além da valorização dos profissionais de educação.
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12992:diretrizes-para-a-educacao-basica&catid=323
03/07/2020 Livro Digital
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O PNE foi elaborado com metas estruturantes para a garantia do direitoà educação básica com qualidade, que dizem respeito ao acesso, à universalização da alfabetização e à ampliação
da escolaridade e das oportunidades educacionais.
 
03/07/2020 Livro Digital
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METAS: O PNE estabelece 20 metas a serem cumpridas pelo governo nos próximos dez anos.
03/07/2020 Livro Digital
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03/07/2020 Livro Digital
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03/07/2020 Livro Digital
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03/07/2020 Livro Digital
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03/07/2020 Livro Digital
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03/07/2020 Livro Digital
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03/07/2020 Livro Digital
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03/07/2020 Livro Digital
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03/07/2020 Livro Digital
moodle.educacao.rs.gov.br/mod/book/tool/print/index.php?id=7294 29/55
4. GESTÃO DAS MÍDIAS NA EDUCAÇÃO
 
VOCÊ SABIA QUE EXISTE UM OBSERVATÓRIO ONLINE PARA ACOMPANHAMENTO DAS METAS?
O Observatório do PNE é uma plataforma online que tem como objetivo monitorar os indicadores referentes a cada uma das 20 metas do Plano Nacional de Educação (PNE) e de suas
respectivas estratégias, e oferecer análises sobre as políticas públicas educacionais já existentes e que serão implementadas ao longo dos dez anos de vigência do Plano. A ideia é que a
ferramenta possa apoiar gestores públicos, educadores e pesquisadores, mas especialmente ser um instrumento à disposição da sociedade para que qualquer cidadão brasileiro possa
acompanhar o cumprimento das metas estabelecidas.
PARA SABER MAIS ACESSE: http://www.observatoriodopne.org.br/
06
A expressão Mídia se refere a um amplo sistema de expressão e comunicação. Literalmente o termo mídia é o plural de meio e atualmente o usamos quando nos referimos aos suportes de difusão e veiculação de informações como é o caso do
rádio, da televisão, do jornal; e para gerar informações como é o caso da máquina fotográfica, da filmadora, do gravador de som. A mídia pode ser impressa, eletrônica ou digital.
Sabemos que um dos desafios da escola é procurar maneiras criativas de interação com as linguagens das mídias, integrando a cultura tecnológica no espaço educativo, desenvolvendo nos alunos habilidades para utilizar os instrumentos
dessa cultura.
http://www.observatoriodopne.org.br/
03/07/2020 Livro Digital
moodle.educacao.rs.gov.br/mod/book/tool/print/index.php?id=7294 30/55
Um percentual considerável de escolas possui laboratórios de informática, um percentual bem maior dispõe de recursos de TV, vídeo, rádio e outras tecnologias. Não existe escola que não disponha de algum recurso tecnológico, dos mais
convencionais até computadores e Internet. As influências dessas tecnologias se fazem presente no dia-a-dia das escolas, mesmo que não estejam incorporadas ao ensino e à aprendizagem.
Os alunos trazem para as escolas questões que dizem respeito diretamente ao mundo interconectado por meio das tecnologias e mídias, fazendo com que os professores se sintam desafiados.
Para tanto, faz-se necessário o uso de todos os recursos midiáticos que as escolas dispõem centrando-se, principalmente, na aprendizagem do saber fazer.
[...] as tecnologias da informação e da comunicação deixam de ser encaradas como um mero recurso instrucional moderno e adquirem o status de fato gerador/provocador de uma
pedagogia centrada no aluno , dinamizada por docentes e gestores competentes, capaz de promover uma interatividade que derruba os limites físicos da sala de aula e contribui para
formar o cidadão crítico, participativo, solidário e responsável (Neves, 2005).
O Programa Nacional de Informática na Educação- PROINFO
O Proinfo foi criado pelo Ministério da Educação, com a finalidade de promover o uso da tecnologia como ferramenta de enriquecimento pedagógico no ensino público fundamental e médio.
A partir de 2007, o ProInfo passou a ser Programa Nacional de Tecnologia Educacional.Com o objetivo de promover o uso pedagógico da informática na rede pública de educação básica. O programa leva às escolas computadores, recursos
digitais e conteúdos educacionais. Em contrapartida, estados, Distrito Federal e municípios devem garantir a estrutura adequada para receber os laboratórios e capacitar os educadores para uso das máquinas e tecnologias.
03/07/2020 Livro Digital
moodle.educacao.rs.gov.br/mod/book/tool/print/index.php?id=7294 31/55
4.1. O jornal no contexto escolar
07
JORNAL NO CONTEXTO ESCOLAR
No nosso mundo temos necessidade de comunicação e de informação, neste contexto o jornal impresso se apresenta como um dos meios de comunicação mais importantes.
Com toda certeza, podemos afirmar que os jornais impressos são aliados importantes na divulgação de notícias do mundo. 
03/07/2020 Livro Digital
moodle.educacao.rs.gov.br/mod/book/tool/print/index.php?id=7294 32/55
CARACTERÍSTICAS DO JORNAL IMPRESSO:
ATUALIDADE: informações do presente, do hoje.
UNIVERSALIDADE: grande número das informações publicadas e pluralidade de opiniões
PERIODICIDADE: intervalo entre uma edição e outra
DIFUSÃO: circulação em determinados espaços geográficos.
O aparecimento das novas tecnologias da informação fez com que suas formas se modificassem, passando a adotar fotografia, as ilustrações e, mais recentemente, as cores.
 
VOCÊ SABIA?
 
Quando surgiu, o jornal impresso era um meio elitizado, onde poucos tinham acesso à leitura. Com o passar do tem atingiu as massas.
Diariamente temos acesso há notícias através dos jornais, encontrado nas versões impressa ou online, o jornal usa linguagens específicas para transmitir a informação: o texto escrito, a
imagem e a disposição das informações na página e nas seções (diagramação, lugar e espaço ocupado pela notícia, caracteres tipográficos usados, cores, outros). Os jornais apresentam
inúmeras possibilidades de uso didático e colocam o aluno em contato com a linguagem informativa, aproximando-o de fatos cotidianos.
Listamos algumas potencialidades do uso jornal na escola.
Desenvolver a empatia com a leitura e a mídia
Estimular a pesquisa por informações
Proporcionar a discussão de sua realidade
Possibilitar a ampliação do universo cultural
Promover a integração entre o currículo escolar e o dia-a-dia.
Incentivar a elaboração de pequenas produções no interior da própria comunidade escolar.
Conscientização a respeito da cidadania, formando um ser participativo socialmente.
Atender ao Parâmetro Curricular Nacional- PCN, por incorporar textos do cotidiano, na sala de aula.
O processo de aprendizagem baseia-se na análise, observação, classificação e argumentação, proporcionando uma postura crítica do aluno.
03/07/2020 Livro Digital
moodle.educacao.rs.gov.br/mod/book/tool/print/index.php?id=7294 33/55
Como podemos perceber o jornal é um excelente recurso pedagógico, pode ser introduzido na prática da sala de aula para socializar as informações pesquisadas e coletadas ao longo do
processo de construção do conhecimento por exemplo.
E na sua escola acontecem trabalhos envolvendo a exploração e elaboração de Jornal?
Cada parte do jornal ou cada texto feito preserva uma originalidade, pois supõe-se que seja construído pelo aluno, a partir das informações coletadas. Portanto, fazer um jornal na escola é
um trabalho interessante, envolvente, que exige organização do aluno, domínio de diversas ferramentas como editor de textos, navegação na Internet, uso de e-mail, ferramentas paraedição do jornal, manuseio de imagens, além de envolver um processo de pesquisa dinâmico, que pode acontecer através da Internet ou de outros meios mais convencionais.
 
UM POUCO DE HISTÓRIA...
O jornal impresso é um meio de comunicação utilizado há muitos, porém foi a partir da invenção da prensa de papel, por Gutenberg em 1450(Idade Média) que pode-se dizer que os jornais
e o jornalismo tiveram o seu maior salto tecnológico.
 A prensa de papel inventada pelo Alemão Johannes Gutenberg possibilitou que o trabalho que antes era realizado manualmente pudesse ser feito por máquinas, tornando a publicação
de livros de jornais muito mais ampla, rápida e barata.
A prensa de papel, construída com base na tecnologia dos tipos (letras) móveis e também da prensa de vinho (que já era conhecida na Europa) permitiu que Gutenberg criasse toda uma
nova indústria.
A revolução na época foi tão grande que alguns autores afirmam que a prensa de papel de Gutenberg tirou o mundo de vez da Idade Média, levando-o para a Era da Renascença, com o
despertar definitivo da ciência e do jornalismo profissional.
Prensa idealizada por Gutemberg
http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/prensa-gutenberg-435887.shtml
http://www.museutec.org.br/linhadotempo/inventores/johann_gutemberg.htm
03/07/2020 Livro Digital
moodle.educacao.rs.gov.br/mod/book/tool/print/index.php?id=7294 34/55
4.2. O rádio na educação
 
 
Vamos pensar juntos?
A invenção de Gutenberg foi um passo importante para a disseminação do conhecimento em grande escala. Antes da prensa todos os livros e informativos eram
feitos de forma manual o que demorava um tempo considerável.
08
O RÁDIO NA EDUCAÇÃO
Vamos falar de como o rádio pode ser um grande aliado no processo de construção do conhecimento, potencializando o trabalho pedagógico na escola.
O aumento da interatividade dos meios de comunicação exige o desenvolvimento de habilidades específicas pelos seus usuários, sobretudo no contexto educacional.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/86, as Diretrizes Curriculares e os Novos Parâmetros Curriculares Nacionais incluem os meios de comunicação social no espaço
escolar, propondo ao educador trabalhá-los interdisciplinarmente.
 
O rádio é um meio de comunicação que está presente em grande parte de nossas vidas. Quando sintonizamos uma emissora para ouvir uma música ou acompanhar uma notícia, estamos
fazendo uso deste meio, podemos perceber então o quanto ele nos envolve.Por meio de uma linguagem simples e objetiva, o rádio alcança os mais variados públicos, independente de
formação, classe social ou poder aquisitivo. Ele informa, provoca sensações e distrai, além de acompanhar o ouvinte onde ele estiver. Seja no banheiro, no carro, no trabalho, o rádio
acompanha e é companhia. Desde a implantação da radiodifusão no Brasil, em 1923, por Roquette Pinto e Henry Morize, o rádio tem forte compromisso social. Devido a suas
características e o grande poder de penetração, este meio de comunicação tornou-se espaço ideal para o despertar da consciência crítica e do estímulo a cidadania.
Roquette Pinto foi um dos pioneiros da radiodifusão no Brasil. A radiodifusão, segundo a legislação brasileira, compreende os serviços destinados a serem recebidos direta e livremente
pelo público em geral e é dividida em radiodifusão sonora (rádio) e radiodifusão de sons e imagens (televisão).
A intenção era de transformar a mentalidade popular, através de uma cadeia de emissoras de rádio, que cobriria todo o Brasil, composta por emissoras-escolas localizadas em todos os
estados e municípios, tendo apoio financeiro do governo federal.
http://www.fm94.rj.gov.br/index.php/controladorhistorico
http://www.anatel.gov.br/Portal/exibirPortalNivelDois.do?codItemCanal=677
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A definição de Roquette Pinto sobre aquele meio de comunicação que parecia trazer uma revolução no final da década de 20, no Brasil era:
Os discursos de Roquette Pinto, feitos através da primeira emissora de rádio oficial brasileira denominada Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada em 1924 eram sempre concluídos
com o lema daquela emissora: “Pela cultura dos que vivem em nossa terra. Pelo progresso do Brasil”
Muitos professores de escolas ofereciam cursos através da rádio, os programas variavam conforme as áreas do conhecimento.
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Roquette Pinto instituiu a Comissão Rádio Educativa, com o objetivo de utilizar a radiodifusão como meio de educação direta, para divulgação de informações técnicas, e sobretudo, pela
veiculação de conhecimentos relacionados com a higiene, prevenção de doenças, divulgação da arte e da literatura, assim como o desenvolvimento de práticas que conduzissem os
ouvintes à prática da paz e concórdia social. Aquela comissão também tinha a preocupação de divulgar notícias de interesse geral e promover o entretenimento.
O surgimento das rádios universitárias marcou o início de uma nova fase da rádio educativa no país com a implantação de emissoras dentro das universidades, local destinado à produção
e à transmissão de conhecimentos científicos, tecnológicos e culturais.
Outra aproximação entre Rádio e Educação ocorreu com a criação da rádio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul  , em 1957.   Temos também a consolidação das rádios
comunitárias como um veículo que utiliza conteúdo da educação.
Dessa forma, a implementação de uma rádio escolar  tem como princípio uma educação para, sobre e na mídia. Para isso é preciso haver a gestão coletiva e democrática dos recursos, da
programação e do saber-fazer, para que a rádio escolar represente a totalidade dos envolvidos na escola e contribua para o pleno exercício da cidadania.
UM POUCO DE HISTÓRIA
O rádio nasceu, podemos dizer num momento adequado em meio ao desenvolvimento tecnológico. A descoberta da telegrafia se configurou como o início de tudo...
 
Vamos conhecer o significado de telegrafia
Sistema de telecomunicação que, por um código de sinais ou por outros meios apropriados, permite a transmissão de mensagens escritas.
Telegrafia sem fio: transmissão de mensagens na qual se utilizam propriedades das ondas eletromagnéticas. 
É muito interessante estudar a evolução dos meios de comunicação. Quem conhece um telégrafo? Assista ao vídeo abaixo e reflita sobra a evolução dos tempos... 
 
https://www.youtube.com/watch?v=hIN1wH4iYdg
Já pensaram, como seria apresentar um recurso como este para nossos alunos nos dias de hoje?
O rádio vem a contribuir com ideais da sociedade, o rádio tem um papel fundamental.
O RÁDIO NO BRASIL
A primeira transmissão radiofônica no Brasil aconteceu no dia 7 de setembro de 1922 no Rio de Janeiro
 
  1922 e 1935;  fase de transmissão experimental e de programação cultural e educativa.
 1935 e 1955; – se caracteriza pela consolidação e os anos dourados do rádio.
  1955 e 1976; – reflete a perda de espaço do rádio frente à televisão.
http://www.ufrgs.br/radio
https://www.youtube.com/watch?v=hIN1wH4iYdg
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4.3. O vídeo na educação
  
COMPARTILHANDO EXPERIÊNCIAS....
Pessoal achei um material bem interessante enquanto pesquisava alguns artigos na web, trata-se de um relato sobre o projeto Radio Escola de uma escola Estadual de Santa Maria/RS.  
Pensando no contexto da escola na qual vocês são gestores...
Existe algum projeto com o uso da Rádio Escola?
  
Compartilhe sua experiência no fórum Relato de Boas Práticas
 
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O VÍDEO NA EDUCAÇÃO
Observe a figura abaixo,quais sensações ela lhe causa?
Uma imagem vale mais do que mil palavras, já escutaram esta frase?
http://www.portalintercom.org.br/anais/sul2014/resumos/R40-0638-1.pdf
http://www.portalintercom.org.br/anais/sul2014/resumos/R40-0638-1.pdf
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A imagem, nos instiga sensações, imaginem um meio que além da imagem consegue agregar áudio e movimento. O vídeo consegue reunir diferentes formas de expressão.
Pensando no contexto educacional, o vídeo é um aliado na construção do conhecimento.
 
UM POUCO DE HISTÓRIA....
O uso didático da televisão e do vídeo teve a sua raiz no cinema. Pouco tempo após a sua invenção, filmes cinematográficos educativos começaram a ser usados nas salas de aula.
No início, o cinema era geralmente num formato documental e esse tipo de cinema se confundia com o cinema educativo. No Brasil, estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do
Sul e Paraná realizam as primeiras filmagens nessa modalidade. Os filmes realizados então eram de curtíssima duração e exibidos em lugares improvisados. Data de 1910 o primeiro filme
de caráter expressamente educativo e já em 1929 foi instituído o uso do cinema educativo em todas as escolas primárias do Rio de Janeiro, quando o acervo nacional já contava com vários
títulos produzidos dentro e fora do País.
O vídeo na escola:  Luz, câmera, ação!
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4.4. Mídias digitais
O uso do cinema educativo para o ensino médico provou ter grande importância. Franceses e Alemães foram os pioneiros do cinema científico. A microcinematografia. Filmagens no
interior do corpo humano foram possíveis graças ao desenvolvimento da endocinematografia e logo várias especialidades médicas se beneficiaram da nova possibilidade.
O vídeo parte do concreto, estimulando diferentes sentidos. Explorando a expressão corporal, assim como a interação com o outro. O vídeo explora também, basicamente, o aspecto
visual, o visualizar, situações, pessoas, cenários, cores, noções espaciais.
A partir do uso e produção do vídeo em sala de aula é possível desenvolver habilidades diversificadas nos alunos como, por exemplo, desenvolver a ideia de trabalho colaborativo entre
colegas. Tendo em vista que atividades que envolvam tantas formas de expressão como a do vídeo são significativas para os alunos, contextualizando conteúdos, nesta perspectiva cabe
ressaltar o ponto de vista de Miranda (2005) ao destacar que as mídias podem ser consideradas excelentes ferramentas de potencialização da educação e da instrução, principalmente, o
cinema explorado na escola.
 A partir da leitura, podemos concluir que os recursos audiovisuais podem favorecer o processo educativo de maneira significativa, contribuindo desta maneira com a formação integral do
aluno, como afirma Carneiro (1997, p. 10)
As escolas devem incentivar que se use o vídeo como função expressiva dos alunos, complementando o processo ensino-aprendizagem da linguagem audiovisual e como exercício
intelectual e de cidadania necessária em sociedade que fazem o uso intensivo dos meios de comunicação, a fim de que sejam utilizados crítica e criativamente.
Saiba mais sobre produções audiovisuais na escola.
10
Um dos fenômenos que mais impressiona nos dias de hoje é o avanço das mídias digitais que se inserem nas escolas, de uma forma muito rápida. As mídias digitais estão cada vez mais
presentes no cotidiano do aluno: em sua casa, nas práticas sociais e também na escola.
A internet significou um grande avanço no acesso as informações. Esta plataforma multimídia.
http://www.dicionarioglobal.com/portugues/120506-microcinematografia
http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2009/resumos/R4-3076-1.pdf
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 Inicialmente o acesso era mais restrito, sendo possível acessar conteúdos, baixar textos, porém a difusão da livre utilização da internet ocorreu nos anos 1990, com a invenção do WWW
(Word Wibe Web) hoje conhecido como Web, desta forma possibilitou a interconexão através e hiperlinks que possibilitam a criação de Hipertextos
Hipertexto é o termo que remete a um texto, ao qual se agregam outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos, palavras, imagens ou sons, cujo acesso se dá através de
referências específicas, no meio digital são denominadas hiperlinks, ou simplesmente links.
file:///C:/Users/leonardo.stocker/Downloads/hipertexto.jpg
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A inclusão de recursos digitais em salas de aula vem auxiliando a comunicação entre estudantes e professores numa perspectiva de colaboração. Projetos desenvolvidos por meio de blogs
e aulas interativas incentivam a maior participação dos alunos nas atividades escolares e proporcionam benefícios na construção da aprendizagem
 
 
[...] as mídias apresentam-se, pedagogicamente, sob três formas: como conteúdo escolar integrante das várias disciplinas do currículo, portanto, portadoras de informação, ideias,
emoções, valores; como competências e atitudes profissionais; e como meios tecnológicos de comunicação humana (visuais, cênicos, verbais, sonoros, audiovisuais) dirigida para
ensinar a pensar, ensinar a aprender a aprender, implicando, portanto, efeitos didáticos como: desenvolvimento de pensamento autônomo, estratégias cognitivas, autonomia para
organizar e dirigir seu próprio processo de aprendizagem, facilidade de análise e resolução de problemas, etc. (LIBÂNEO, 2003, p. 70).
 
 
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/links_interacao.html?categoria=198
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5. EDUCAÇÃO INTEGRAL: CONCEPÇÕES E EXPERIÊNCIAS NO BRASIL
Com os sistemas de mídia social que possibilitam a interação através do compartilhamento de informação produzidas nos mais diferentes formatos, a web apresenta dinamismo da
interatividade entre conteúdos.
A partir da leitura verificamos que existem muitas possibilidades de inserir o trabalho com as mídias digitais na escola. É possível trabalhar com diferentes formatos de textos envolvendo
a mídia impressa como jornais e revistas, assim como na mídia eletrônica como o rádio, a televisão, o vídeo, o cinema. E com as mídias digitais como a internet e o celular.   Não apenas
fazendo leitura crítica desses jornais e revistas, mas produzindo jornais e revistas que refletem a realidade na qual a escola está inserida. Fazendo leitura crítica do rádio, da televisão, do
vídeo e do cinema, mas produzindo uma estação de rádio comunitária, produzindo vídeos e fotos, que falem da realidade local, para que se possa refletir sobre ela. Trabalhar com a
pesquisa na internet, mas acima de tudo, produzir material de texto, de imagem estática ou em movimento, de som, para publicar na rede, em sites ou blogs e afins, e disponibilizar para a
comunidade e para o mundo, divulgando a língua e a cultura, de maneira interdisciplinar, hipertextual e multimídia, além do estabelecimento de um intercâmbio cultural com
possibilidades ilimitadas.
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CONTEXTO HISTÓRICO
A educação brasileira tem caminhado para o aumento progressivo da jornada escolar (LDB 9394/96 artigos 34 e 87) favorecendo projetos de educação integral. Contudo, a proposta de
educação integral tem acompanhado a educação brasileira em diferentes momentos e a partir de diferentes propostas e experiências.
Na década de 1950, temos a experiência do Centro Educacional Carneiro Ribeiro, também conhecido como Escola-Parque tamanha a inovação à época.
Idealizado por Anísio Teixeira, que fora diretamente influenciado pelo filosofo Americano Dewey, um dos expoentes da Escola Nova, de quem foi aluno, o Centro Educacional Carneiro
Ribeiro trazia em sua origem a ideia de que a escola deve valorizar as atividades e as práticas de seu cotidiano, ligando a educação à vida.
Criada no bairro popular da Liberdade, em Salvador, na época que Anísio era Secretário de Educação da Bahia, a Escola-Parque foi projetada para abrigar cerca de 1000 alunos (500 no
turno da manhã e o mesmo número no turno da tarde), em cada um de seus quatro prédios, onde funcionavam as escolas-classesde ensino primário, e ainda uma escola-parque com sete
pavilhões destinados a atividades denominadas práticas educativas onde a partir de diferentes atividades e oportunidades de comunicação e de vivência entre os alunos, os mesmos
completavam, em horário diferente ao da escola-classe, sua educação além de receberem alimentação e atendimento médico e odontológico. Os alunos eram agrupados não apenas pela
idade, mas principalmente por suas preferências, em turmas de 20 a 30 alunos, para realizar inúmeras atividades oferecidas por diferentes setores, conforme nos descreve Nunes (2009,
p. 126):
Artes aplicadas (desenho, modelagem e cerâmica, escultura em madeira, cartonagem e encadernação, metal, couro, alfaiataria, bordados, bijuterias, tapeçaria, confecção de brinquedos
flexíveis, tecelagem, cestaria, flores) no Setor de Trabalho;
Jogos, recreação e ginástica no Setor de Educação Física e Recreação;
Grêmio, jornal, rádio-escola, banco e loja no Setor Socializante;
Música instrumental, canto, dança e teatro no Setor Artístico;
Leitura, estudo e pesquisas no setor de Extensão Cultural e Biblioteca.
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Na década de 1980 e posteriormente na década de 1990 temos a experiência dos Centros Integrados de Educação Pública, conhecidos como CIEPs. Idealizados pelo intelectual Darcy
Ribeiro, protagonista do Programa Especial de Educação (PEE) nos dois governos de Leonel Brizola no estado do Rio de Janeiro e influenciado por sua interlocução com Anísio Teixeira a
partir de 1952, tendo partilhado, por exemplo, o planejamento da Universidade de Brasília, os CIEPs trazem em sua origem muitos aspectos da experiência do Centro Educacional
Carneiro Ribeiro.
Darcy, convencido de que a escola brasileira ainda não podia ser chamada de pública por ser elitista e seletiva, considerava que ela não estava preparada para receber aqueles que não
tivessem acesso a bens materiais e simbólicos, que interferem diretamente no desempenho, exigindo da criança pobre o rendimento da criança abastada (BOMENY, 2009, p.115). Por
isso, acreditava que a escola de horário integral, como a que países desenvolvidos oferecem às suas crianças, poderia tirar do abandono das ruas e dos lares em que os pais não podem
estar, as crianças provenientes das famílias de baixa renda
Os CIEPs são um projeto de formação concebido para atender os alunos em período integral, tendo como público alvo a infância, foram implantadas 500 unidades escolares, atendendo a
um quinto do conjunto de alunos do estado, tornando-se referência para discussões sobre escola em tempo integral. Talvez esta seja a maior distinção entre os projetos de Darcy e Anísio:
Darcy ousa massificar um experimento, enquanto Anísio defendia gradualmente o modelo pedagógico (BOMENY, 2009 p. 117).
Sendo um projeto arrojado, com prédios localizados preferencialmente nas regiões de baixa renda, foi projetado para funcionar das oito horas da manhã às cinco horas da tarde, com aulas
curriculares, orientação no estudo dirigido, atividades esportivas e recreativas, acesso a leitura de livros e revistas, de vídeos e participação em eventos culturais, atendimento médico-
odontológico, alimentação e hábitos de higiene pessoal, atendendo cerca de 1000 alunos (600 em turno único e 400 à noite na educação juvenil), além do projeto dos alunos residentes.
Quanto à concepção pedagógica, seu grande objetivo era que crianças de 1ª a 4ª séries tivessem um bom domínio da escrita, da leitura e do cálculo, para uma atuação eficaz na sociedade
letrada, para tanto, o horário integral também abrangia os professores que permitia além de maior envolvimento como os projetos da escola, tempos de planejamento, preparação de
material didático e aperfeiçoamento profissional.
Muitas foram as polêmicas em torno desses dois projetos de educação integral, pois a ampliação da jornada e o compromisso com a proteção social foram vistos como desvios do papel da
escola, além das críticas referentes ao custo elevado para seu funcionamento e universalização (PARO, 1988) e à escola como uma instituição total, com intenção de confinamento
(ARROYO, 1988).
PORQUE ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL?
O projeto da Escola em Tempo Integral do Rio Grande do Sul se constitui em um espaço de conexão esperançosa para aqueles que preconizam a criação de uma escola pública de
qualidade para todos, baseada nos princípios e valores universais como a democracia participativa, cidadania responsável e a justiça restaurativa; que proporciona aos alunos a
possibilidade exitosa da constituição da subjetividade e aprendizagem significativa.
Entender que a escola precisa ser reinventada para poder sobreviver no século 21, de modo a garantir espaço pacífico de convivência e de responsabilização individual é condição
primeira para organizar esta nova perspectiva de “continente” pedagógico.
Para além de reestruturar o currículo para a Escola em Tempo Integral é crucial que saibamos “que cidadão queremos ajudar a formar/ensinar”. 
além de estabelecer novos tempos e modos de ensinar, precisamos apontar critérios para saudáveis relacionamentos com vista a trabalhar pela sustentabilidade planetária, enquanto
condição de sobrevivência de nossa espécie.
A Escola em Tempo Integral do RS tem como fundamentação teórica de base as ideias de Darcy Ribeiro e Anysio Teixeira, contextualizadas à realidade do terceiro milênio e todas as
conquistas alcançadas até agora nesta senda intelectual da humanidade.
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Pensadores como Freud, Pichon Riviere, Lacan, Piaget, Paulo Freire, Edgar Morin, Deleuze são referências para os limites de nossa fundamentação teórica. Bem como ousados mestres da
contemporaneidade a saber Maturana, Baumann, Richard Dawkins, Steve Jobs entre outros.
Os avanços da tecnologia e da neurociência serão considerados como aportes no que concerne ao desenho tanto da estrutura física quanto da concepção psicopedagógica desta nova
Escola.
BASE LEGAL PARA IMPLANTAÇÃO DE ESCOLAS DE TEMPO INTEGRAL:
Constituição Federal, artigos 205,206 e 207
http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/01_02_2010_13.39.05.85b72235f860536bcb82c3463914f15d.pdf
Lei de Diretrizes e Bases - Lei 9394/96 – art.34,II e art. 87
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8069/90): artigos 3º e 53.
Lei 10.172/2001 - Plano Nacional de Educação – diretrizes do ensino Fundamental  (meta 6)
Decreto Estadual 43.260/2004 –INSTITUI A ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL
Lei 14.461 de 16 de janeiro de 2014 (regulamenta o inciso VI do art. 199 da Constitruição do Estado Do RS)
Decreto Estadual 51.316/2014 -  INSTITUI O TEMPO INTEGRAL CONFORME A LEI 14.461/2014.
Decreto Estadual 51.316/2014 -  INSTITUI O TEMPO INTEGRAL CONFORME A LEI 14.461/2014.
CNE/CEB  PARECER 11/2010
Lei 14.705 de 25 de junho de 2015 – Plano estadual de Educação (PEE)
Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino Fundamental de 9 anos
http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/01_02_2010_13.39.05.85b72235f860536bcb82c3463914f15d.pdf
http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/01_02_2010_13.39.05.85b72235f860536bcb82c3463914f15d.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm
http://www.observatoriodopne.org.br/metas-pne/6-educacao-integral
http://www.al.rs.gov.br/FileRepository/repdcp_m505/ComEspEdu_integral_2013/plano_trabalho.pdf
http://www.al.rs.gov.br/filerepository/repLegis/arquivos/LEI%2014.461.pdf
http://www.al.rs.gov.br/FileRepository/repdcp_m505/ComEspEdu_integral_2013/Relatorio_impressao.pdf
http://www.al.rs.gov.br/FileRepository/repdcp_m505/ComEspEdu_integral_2013/Relatorio_impressao.pdf
http://www.al.rs.gov.br/filerepository/repLegis/arquivos/LEI%2014.705.pdf
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb007_10.pdf
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6. TRANSFORMAÇÃODO CONFLITO E RESPEITO ÀS DIFERENÇAS NA ESCOLA
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“Uma Cultura de Paz é um conjunto de valores, atitudes, tradições, comportamentos e estilos de vida baseados: a) No respeito à vida, no fim da violência e na promoção e prática da não
violência por meio da educação, do diálogo e da cooperação (...)” Artigo 1º, da Declaração da ONU sobre uma Cultura de Paz, 1999.
Os conflitos fazem parte da natureza humana e, simples ou graves, devem ser vistos como oportunidades de mudanças e de crescimento. Os conflitos estão muito presentes nas escolas,
que são espaços privilegiados para a disseminação de valores e construção da cidadania. Por isso, a comunidade escolar precisa conhecer ferramentas, estratégias e habilidades que
possibilitem o seu gerenciamento pacífico. As práticas restaurativas trazem procedimentos, práticas proativas e habilidades que podem colaborar para uma melhoria na prevenção e na
resolução positiva de conflitos em geral, contribuindo para o desenvolvimento de boas relações no espaço escolar. São ferramentas simples em recursos e profundas nas relações de
convivência, pois elas dão um destaque especial ao desenvolvimento de valores sociomorais importantes às crianças e aos jovens, tais como o respeito, a empatia, a interconexão, a
responsabilidade social e a autodisciplina. Nas escolas, as práticas restaurativas colaboram com o trabalho preventivo de reafirmação das relações, visando melhorar o relacionamento
escola-família-comunidade, a busca do diálogo entre todos, a promoção da melhoria do vínculo da comunidade escolar, a comunicação não violenta e as atividades pedagógicas
restaurativas. Desta forma, elas contribuem para um trabalho proativo de comunidade escolar segura, democrática e respeitável e o fortalecimento de uma cultura de paz. Além disso, elas
destinam-se, também, à restauração e à reparação das relações através do diálogo, dos círculos de paz e das reuniões restaurativas (mediações e círculos restaurativos), buscando
reconectar e reconstruir relações.
Lembramos, ainda, que a escola tem um papel essencial de atuação na Rede Protetiva. Sendo um espaço privilegiado para se detectar situações de violência, vulnerabilidades ou perigos
envolvendo crianças e adolescentes, dentro da escola pode-se realizar a imediata atenção ao caso e os encaminhamentos necessários, cumprindo a ideia de “intervenção precoce”, trazida
pelo artigo 100, inciso VI, do ECA.
O conflito é inerente à condição humana e pode representar uma oportunidade para a construção do diálogo e da cooperação.Por isso, se gerenciados com eficiência, eles podem levar à
restauração das relações e à colaboração; ao contrário, podem levar ao desajuste nas relações interpessoais e até mesmo à violência. A escola é palco de uma diversidade de conflitos,
sobretudo os de relacionamento, pois nela convivem pessoas de variadas idades, origens, sexos, etnias e condições socioeconômicas e culturais. Todos na escola devem estar preparados
para o enfrentamento da heterogeneidade, das diferenças e das tensões próprias da convivência escolar, que muitas vezes podem gerar dissenso, desarmonia e até desordem.
Como vimos, a escola também é encarregada de formar valores e habilidades para a convivência e deve se preparar para trabalhar os conflitos que nela ocorrem. Muitos desses compõem
o cotidiano dos nossos alunos e constituem práticas saudáveis para o desenvolvimento humano, tais como os conflitos nas brincadeiras, nos jogos, nas práticas esportivas, entre tantos.
Por outro lado, alguns tomam rumos indesejados nas relações interpessoais e transformam-se em agressividades, atos de indisciplina, indiferença, depredação do patrimônio escolar,
atitudes de preconceitos e discriminações.
 
VAMOS PENSAR JUNTOS?
A política da sua escola é sustentada pelos valores abaixo indicados? (Adaptado de HOPKINS, 2004)
 
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Respeito mútuo
Confiança
Empoderamento
Conexão
Tolerância
Integridade
Incentivo às pessoas para ter habilidades para resolver os seus próprios problemas
Aceitação de pontos de vista e de opiniões diversas
Valorização do outro Reconhecimento Encorajamento
Escuta Compartilhamento de ideias
Aceitação de que erros acontecem e que aprendemos com eles Importância dos sentimentos
Necessidade e direitos
PRÁTICAS RESTAURATIVAS
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As práticas restaurativas são formas de gerenciamento de conflitos, através das quais um facilitador auxilia as partes direta e indiretamente envolvidas num conflito, a realizar um
processo dialógico visando transformar uma relação de resistência e de oposição em relação de cooperação.
Diversas são as práticas restaurativas que podem ser utilizadas no contexto escolar, entre outras, o diálogo e o perguntar restaurativo, a mediação escolar, a mediação de pares, os
encontros restaurativos, os círculos de paz e de diálogo e os círculos restaurativos.
As Práticas Restaurativas originaram-se do modelo de Justiça Restaurativa, cuja filosofia surgiu inicialmente dentro do campo da justiça criminal e basearam-se em práticas oriundas de
comunidades indígenas, principalmente do Sudeste Asiático e do Canadá. Hoje as Práticas Restaurativas são recomendadas pela ONU e estão ganhando reconhecimento e aplicação na
área da Educação e em outros campos da vida social. Nas escolas, as Práticas Restaurativas têm sido usadas para lidar com uma gama de conflitos escolares, desde os mais simples até os
mais sérios. No Brasil, diversas redes municipais e estaduais de ensino têm incentivado a sua implantação e ampliação. Os princípios e valores das práticas restaurativas têm se revelado
importantes nas escolas para criar uma cultura de diálogo, de respeito mútuo e de paz. 
PERGUNTAR RESTAURATIVO
Sabemos que quando ocorre um problema, em primeiro lugar, sempre é preciso saber o que aconteceu. Para tanto, algumas questões são cruciais:
Quem? O quê? Quando? Onde? Por quê? Como?
Com a situação clareada, no momento certo, é possível fazer uso direto de perguntas restaurativas pois elas trazem novas perspectivas e maior clareza para o problema; ajudam na
reflexão e permitem às pessoas um novo olhar sobre a situação; levam à escuta, possibilitando o acolhimento e a conexão, e são ótimas ferramentas para restaurar relações rompidas.
Na abordagem tradicional sempre perguntamos assim: o que foi desta vez? É você de novo?; quem começou isso? O que eu posso fazer agora para punir o culpado?
Numa abordagem restaurativa as perguntas são diferentes. A forma de perguntar já separa a(s) pessoa(s) do problema, o que é essencial.
Vejamos: o que aconteceu?; quem foi afetado ou sofreu algum dano?; o que você sentiu naquele momento?; como está se sentindo agora?; o que posso fazer para que você possa se sentir
melhor?; como se pode dar uma oportunidade aos envolvidos de repararem o dano e colocarem as coisas em ordem?; o que você pode aprender desse fato?; como você poderia ter feito
isso de outra maneira?; como você acha que a vítima se sente? O que pensa?; quais as soluções que podem beneficiar mais cada um dos envolvidos?; o que você pensou no momento do
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acontecimento? Estava tentando conseguir o que?; houve mudanças na sua vida depois do incidente? O “perguntar restaurativo” leva a uma forma de ouvir que possibilita ao ouvinte
entender a história do interlocutor e possibilita o reconhecimento de seus pensamentos, sentimentos e necessidades em um dado momento. Em síntese, o “perguntar restaurativo”:
•permite que o interlocutor reflita sobre o que ocorreu e suas consequências no futuro; 
DIÁLOGO
O diálogo é uma ferramenta eficiente, econômica e construtiva para as organizações superarem os obstáculos mais difíceis,para proporcionar ações colaborativas entre as pessoas e,
sobretudo, para resolver os conflitos de forma simples e fácil. Ele é essencial para a transformação das pessoas e da sociedade! A construção de um bom diálogo é a principal ferramenta
para se lidar com os conflitos. Diálogo é troca de entendimento e quem o inicia deverá procurar o retorno da outra pessoa para saber se a mensagem foi recebida e compreendida. Além
das palavras, fazem parte do diálogo: as emoções, o sorriso, o olhar, os gestos, entre outras formas de expressão, que muitas vezes são mais relevantes que as próprias palavras.
 
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RESPEITO ÀS DIFERENÇAS E INCLUSÃO EDUCACIONAL
Nesta perspectiva de práticas restaurativas, diálogo e conflito, surgem com grande destaque as questões referentes ao respeito às diferenças e a inclusão educacional, quando falo em
inclusão não me refiro somente á pessoas com deficiências, este termo é muito mais abrangente.
Para entender a educação inclusiva deve-se primeiro entender que a proposta não foi concebida apenas para determinados alunos e sim para todos, sem distinção. Entender que somos
diferentes. Essa é nossa condição humana. Pensamos de jeito diferente, sentimos com intensidade diferente, agimos de forma diferente, e tudo isso porque vivemos e aprendemos o
mundo de forma diferente. Pensar seriamente na prática da inclusão significa tomar consciência da diversidade dos alunos e valorizá-la. As escolas inclusivas são escolas para todos, o que
implica um sistema educacional que reconheça e atenda às diferenças individuais, respeitando as necessidades de qualquer dos alunos. Sob essa ótica, não apenas portadores de
deficiências seriam ajudados e sim todos os alunos que, por inúmeras causas, apresentem dificuldades de aprendizagem ou no desenvolvimento.
Para que se conceba um sistema educacional inclusivo é permitir que os direitos humanos sejam respeitados, de fato. Podendo contar com órgãos públicos que podem e devem ajudar as
instituições. Alguns princípios devem fundamentar os sistemas educacionais inclusivos, são eles: direito à educação, à igualdade de oportunidade, escolas responsivas e de boa qualidade,
direito a aprendizagem e a participação. As diretrizes do sistema devem nortear a elaboração de planos nacionais de educação para todos, são elas: formular políticas educativas
inclusivas; incrementar a inversão de recursos para o desenvolvimento e a aprendizagem de todos; garantir equidade na distribuição de recursos públicos e privados; deixar aberta a
participação de diversos setores nas decisões; promover a formação continuada de todos os envolvidos no processo, desde professores a ministros; valorizar o profissional da educação;
divulgar informações e usar todos os meios para conscientizar as pessoas; dentre inúmeras diretrizes básicas.
O despreparo dos professores para atuar com a educação inclusiva, gera grandes equívocos por parte dos profissionais. Muitos entendem educação inclusiva como uma proposta apenas
para deficientes, e desconsidera a integração dos inclusos não acreditando em sua aprendizagem. Confundi inclusão com inserção, privilegia na inclusão a socialização com a idéia de que é
o bastante, e acaba por limitar a "leitura de mundo" à sala de aula. 
 
Diante deste cenário qual é o papel do gestor? Compartilhe conosco como é a gestão do conflito em sua escola?
Para saber mais sobre Justiça Restaurativa e práticas restaurativas
 
Cultura de Paz e Justiça Restaurativa: nas escolas de Porto Alegre.
Disponível em: http://www.justica21.org.br/arquivos/bib_309.pdf
Nos sites abaixo você encontrará diversos artigos, estudos, manuais, orientações, guias e outros materiais sobre Justiça Restaurativa:
http://www.justica21.org.br/
 http://www.cdhep.org.br/
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http://revistaescola.abril.com.br/formacao/respeitar-diferencas-427108.shtml
http://www.justica21.org.br/arquivos/bib_309.pdf
http://www.justica21.org.br/
http://www.cdhep.org.br/
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7. EDUCAÇÃO NO PPP DA ESCOLA
EDUCAÇÃO NO PPP DA ESCOLA
Toda instituição de ensino tem sonhos e objetivos a alcançar, para que isto aconteça é necessária uma organização da gestão em parceria com a comunidade escolar. O trabalho que segue
tem por objetivo ressaltar a importância da participação do gestor escolar na construção do projeto político pedagógico.
Um dos documentos mais importantes da escola é o projeto Político Pedagógico, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases (lei nº 9394/96) em seus artigos 12 e 13, o Projeto Pedagógico
tem como objetivo organizar a instituição. É importante que os professores participem da sua construção para que o projeto seja feito com eles e não para eles.
Nesta perspectiva de projeto colaborativo, vamos abordar como a educomunicação está inserida neste contexto.
Qual é a função do gestor para que este processo seja significativo e tenha aplicabilidade de forma prática?
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7.1. Desenvolvimento
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DESENVOLVIMENTO
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7.2. Estabelecimento de diretrizes pedagógicas
A proposta pedagógica é o alicerce de uma instituição de ensino, para que tenha maior aplicabilidade e relevância, esta proposta deve ser elaborada de forma colaborativa, concordo com
Gandin quando fala que: “entre as incumbências de todas as escolas está a de elaborar e executar sua proposta pedagógica. E que os professores devem participar da elaboração desta
proposta”, (1999, p.13).
Mediar à elaboração de ações pedagógicas com dimensões sociais e políticas numa perspectiva de intencionalidades práticas e não somente burocráticas, com foco no desenvolvimento
integral dos educandos é um dos maiores desafios do gestor escolar.
A escola desempenha um papel não só de conhecimento e saberes, representa também um papel social e político que trasborda seus muros.
A atuação da gestão escolar deve ser sistemática, exige um olhar atento às necessidades, realidades e desejos de sua comunidade escolar.
É importante que o Projeto seja feito a partir das necessidades que surgem na escola, com intencionalidades próprias que vão além da teoria, conforme Vasconcellos (1995, p.143),
“é um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e, o que é
essencial, participativa. E uma metodologia de trabalho que possibilita resinificar a ação de todos os agentes da instituição. ” 
O projeto Político Pedagógico é um instrumento de integração com poder de transformação que envolve em seu processo a reflexão coletiva. Neste sentindo a atuação da gestão escolar é
fundamental, por meio de uma visão mais humanística é possível desenvolver um trabalho que desperte uma consciência mais para uma visão sustentável.
Devemos pensar no Projeto Político Pedagógico como referência de um processo democrático dentro de uma instituição de ensino, este deve ser vivenciado no dia a dia da escola,
cabendo ao gestor resinificar sua intencionalidade para que não se torne um instrumento passivo.
Neste sentido de colaboração e processo democrático é importante especificar no projeto pedagógico as práticas que permearão o fazer pedagógico numa perspectiva da
educomunicação. O Projeto político da educomunicação é contribuir para que os educandos recuperem sua autonomia em relação à influência da mídia. Essa proposta corresponde a um
projeto pedagógico, que é a promoção da criticidade e da participação dos educandos, que por sua vez são resultados da formação de sujeitos pensantes e autônomos. O projeto
pedagógico contribui ainda para construção de uma nova perspectiva de ensino e aprendizagem transformando a escola em um espaço de criação. Ele permiteque as disciplinas
curriculares ganhem outra dimensão quando abordadas em meio ao desafio da pesquisa, do trabalho coletivo e da produção de peças de comunicação, tão sedutoras na vida das crianças,
adolescentes e jovens, resumindo, a prática pedagógica da educomunicação irá contribuir para:
A construção de uma perspectiva crítica em relação à comunicação de massa;
A construção de processos que resultam na formação cidadã dos educandos;
A construção de processos que promovam espaços de diálogo horizontais e desconstrutores das relações de poder na escola e na comunidade.
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O ESTABELECIMENTO DE DIRETRIZES PEDAGÓGICAS
http://gestaoescolar.abril.com.br/aprendizagem/questoes-essenciais-projeto-pedagogico-427805.shtml
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http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/educacao-e-midia/educacao-midia-e-comunicacao/ acesso em 10/06/2015
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http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/educacao-e-midia/educacao-midia-e-comunicacao/
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8. REFERÊNCIAS
As diretrizes pedagógicas norteiam o trabalho pedagógico da escola, com certeza um dos pontos mais importantes do PPP.
É aqui que se desenvolve o currículo da escola, descrevem-se os conteúdos e os objetivos de ensino, as metas de aprendizagem e a forma de avaliação
Baseando-se nestas diretrizes será realizado o planejamento de projetos a serem desenvolvidos, cada escola vai ter suas características já listadas e neste sentido os projetos e conteúdo a
serem trabalhados devem ser de acordo com as necessidades de aprendizagem dos alunos.
Bom, muito se fala em Projeto Político Pedagógico na escola, sabemos da importância deste documento ser revisado de preferência anualmente, mas acredito que o maior desafio é
fazer acontecer o projeto na prática.  
Trago um vídeo realizado pela revista Gestão escolar para visualizarmos uma reestruturação de um PPP em uma escola pública de São Paulo.
Como fazer o PPP funcionar | Maura VisitaComo fazer o PPP funcionar | Maura Visita
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REFERÊNCIAS
MÓDULO 1
FREIRE, Paulo. Extensão ou Comunicação. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1979.
SOARES, Ismar de Oliveira. Educomunicação: o conceito, o profissional, a aplicação. São Paulo: Paulinas Editora, 2011.
SOARES, Ismar de Oliveira. Educomunicação: Um campo de mediações. São Paulo, 2.000.
https://www.youtube.com/watch?v=s_tnaiuAksM

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