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Apostila de ASSISTÊNCIA DOMICILIAR

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HISTÓRIA DA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR 
 Desde os tempos 
imemoriais, na época da Terceira 
Dinastia do Egito antigo, há 
realatos de assistência domiciliar 
realizada por médicos aos faraós e 
seus familiares. O médico mais 
conhecido que a literatura 
menciona é Imohotep. 
Na Grecia o médico Asklépios e 
seus discipulos praticavam 
atendimento médico nos 
domicílios. Segundo a mitologia grega, o médico Aklépios foi com convidado 
para viver com os deuses no Olimpo, logo depois prestar seus cuidados e 
práticar a cura aos doentes. 
No final do século XVII o Samuel 
Habbeman abandonou sua carreira medica de 
um hospital universitario para dedicar-se aos 
cuidados domiciliares, acreditava que “ o 
médico é o homem que vai atrás dos 
enfermos, sem descanso, os busca, luta 
desesperadamente contra a enfermidade, se 
instala á cabeceira do enfermo, de todos os 
enfermos, do maior números deles”. Boston 
ano de 1796 foi registrada a primeira forma 
organizada de assistência domiciliar, 
conhecida como New England Medical Center, 1850 foi criado um programa de 
promoção á saúde Public Helth Nurse. 
Florence Nightingale foi uma das grandes 
influenciadoras, gerou impacto na saúde quando houve 
formações de enfermeiras nos EUA, os atendimentos passou 
a serem prestados por empresas compostas basicamente por 
enfermeiras. Desta forma, a Visiting Nurse Association surgiu 
em 1885, associação que supervisionava as várias agência 
de atendimento domiciliar criadas apatir do século XIX. As 
empresas cuidavam de todas as classes sociais. 
 
 
 
 
A partir de 1900, nos EUA, houve uma transição demográfica onde 
demonstra um envelhecimento populacional cada vez mais acentuado, a 
mudança no perfil epidemiológico da população, no qual se evidencia um 
aumento das doenças crônico não-transmissíveis, o aumento da procura por 
cuidados de saúde, o interesse dos profissionais de saúde por novas áreas de 
atuação, a exigência por maior privacidade, individualização e humanização da 
assistência à saúde, o governo percebeu que a assistencia domiciliar 
era eficiente e passou a buscar financiamento junto ao Estado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ASSISTÊNCIA DOMICILIAR NO BRASIL 
 No Brasil a assistência domicilar não possui nenhum registro 
que formal, sua história norteia-se atraves de relatos de 
experiência nesse tipo de atendimento. Os primeiros 
atendimentos domiciliares foram no século 1919, com o serviço 
de Enfermeiras Visitadoras no Rio de Janeiro. Em 1920 o curso 
de Enfermeiras Visitadoras, transformando-se logo ápos na 
Escola de Enfermagem Ana Neri, com algumas infliuências 
norte-americanas. No ano de 1942 teve uma expanção nos 
serviços na capital carioca para os individuos e suas famílias, 
inspirando a assistência domiciliar. 
Em 1947, no período da 
Segunda Guerra Mundial, 
surgiu efetivamente o 
atendimento domiciliar nos 
EUA, quando várias 
enfermeiras se reuniram 
para tratar os doentes sem 
casa. 
 
 
Experiências na assistência 
domiciliar, como forma de 
desafogar os hospitais. 
1951 1953 Surgimento da Nacional League 
for Nursing. 
A assistência domiciliar chega 
no Canadá 
1960 
Criação do programa Medicare 
e Medicaid, que passaram a 
financiar o atendimento 
domiciliar Norte- Americano. 
1965 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Linha temporal dos marcos da historia da Assistência Domiciliar no Brasil 
ANO MARCO 
1950 e 1952 As aposentadorias e pensões financiavam o SAMDU 
 
1967 
Desenvolvimento do programa assistência domiciliar pelo 
Hospital do Servidor Público Estadual. 
1977 
 
Crescimento e regulamentação da assistência domiciliar. 
1990 Assistência começou ser aplicada na iniciativa privada em São 
Paulo. 
1994 Crescimento das empresas de assistencia domiciliar 
2006 Lançamento da Resolução RDC pela Anvisa n°11, de 
26/01/2006 diretrizes para a prática deste atendimento no Brasil. 
 
 
Em 1949 foi criada a primeira 
atividade planejada de 
assistência domiciliar, ligada 
inicialmente ao Ministério do 
Trabalho, denominado Serviço 
de Assistência Domiciliar e de 
Urgência. (SAMDU). 
A asssitencia domiciliar é uma importante alternativa no tratamento de 
pacientes, otimizar o tempo de tratamento e o custo-beneficio. Segundo o 
Núcleo Nacional das Empresas de Serviços de Atenção Domiciliar, em 2006 o 
setor contava com 170 empresas brasileiras voltadas para o atendimento 
domiciliar, em sua maioria localiava-se em São Paulo, atendendo cerca de 30 
mil pacientes por mês. Desses pacientes, 73% são de empresas privadas 
associadas aos planos de saúde e 20% do Sostema Único de Saùde(SUS). 
Esse tipo de atendimento ainda engatinha pelo Brasil tem muito que crescer. 
Isso vem sendo incentivado pela economia e pelas regulamentações 
desenvolvidas, a fim de organizar e direcionar o atendimento domiciliar. 
 
CONCEITOS E DEFINIÇÕES 
A atenção domiciliar, também é conhecida como home care, 
compreende-se por “cuidado no lar ou em casa”. Segundo o dicionario aurélio, 
o termo cuidado significa: atenção, precausão, cautela, diligência,desvelo, 
encargo, responsabilidade. Com a finalidad de encontrar uma forma de melhor 
descrever a a expressão home care, encontrou-se a palavra “assistência”, que 
facilmente pode ser substituir a palavra cuidado, dando enfase no tramento de 
clientes em seu domicilio. 
No Brasil a assistência domiciliar, compreende o atendimento do 
paciente em seu domicílio por profissionais da saúde ou cuidadores, com 
finalidade de promover, manter e ou restaurar a saúde do cliente com o 
máximo de autonomia, privacidade e o mínimo de agravos decorrentes da 
doença. 
Segundo o Conselho Federal Enfermagem, a assistência domiciliar deve 
ser considerada como um recurso a ser utilizado que procura manter o cliente 
junto à sua família, buscando-se o conforto e a recuperação, reabilitação bio-
psico-social, além de primar pela garantia dos mesmos princípios de 
biossegurança a que os clientes teriam acesso na internação hospitalar 
tradicional. 
A assistência domiciliar saúde é a provisão de serviços relacionados a 
saúde ás pessoas de qualquer idade em casa. Sendo que que o home care 
visa na prevenção, tratamento ou reabilitação do indivíduo, seja ele criança, 
adolescente, adulto ou idoso, independentemente do grau de complexidade 
que seu cuidado exigido. 
 
 
 
OBJETIVOS DO HOME CARE 
 
Humanização do cuidado e de todo o atendimento. 
Proporcionar conforto e segurança para o paciente no domicilio, e tranquilidade para 
seus familiares. 
 
Realizar o cuidado domiciliar. 
 
Concretizar a autonomia do indivíduo e da família. 
Descobrir formas e possibilidades de vivencia de uma vida digna e com saúde nas 
mais diferentes situações. 
 
Reintegrar o paciente em seu núcleo familiar e de apoio. 
 
Estimular uma maior participação do paciente e de sua família no tratamento proposto 
 
Promover educação em saúde. 
Contribuir para a otimização dos leitos hospitalares e do atendimento ambulatorial, 
visando a redução de custos. 
 
LEGISLAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO DA ATENÇÃO DOMICILIAR 
Com o crescimento do número de empresas de AD do setor privado e 
algumas iniciativas de hospitais públicos para a provisão de internação 
hospitalar aos seus pacientes, o Ministério da Saúde se viu obrigado a 
regulamentar essa atividade. Assim, em 1998, foi publicada a Portaria n° 2.416, 
de 23-03-1998, do Gabinete do Ministério da Saúde, que estabelecia requisitos 
para o credenciamento de hospitais e para realização de internação em 
domiciliar pelo Sistema Único de Saúde. 
Com a legislação reconhecendo a existência e a finalidade da AD, era 
fundamental que os profissionais da área da saúde começassem a se 
posicionar a respeito de suas atribuições e suas condições de trabalho nessa 
nova modalidade de atendimento. 
A primeira norma que tratou a temática dentro do âmbito de um 
Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), que definiu o conceito de 
enfermagem em domicilio, assim como os níveisde complexidades menor, 
média e alta. Por meio da resolução de n° 270, de 18-4-2002, a 
obrigatoriedade de haver um enfermeiro responsável por turno e um 
responsável técnico, quaisquer equipes de enfermagem devem estar 
devidamente registradas no conselho de classe do seu Estado. 
A resolução Cofen n°272, de 27-08-2002, dispõe sobre obrigatoriamente 
da Sistematização da Assistência de Enfermagem também nessa modalidade 
de atendimento e trouxe, pela primeira vez, a orientação da manutenção do 
prontuário junto ao cliente, ou seja, em seu domicilio. Essa recomendação foi 
corroborada posteriormente pela Resolução de diretoria, Colegiada RDC N° 11, 
de 26-1-2006. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que se 
apossa de um regulamento técnico de funcionamento de serviços que prestam 
atenção domiciliar. 
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO 
Os critérios de elegibilidade para ingresso no programa de cuidados ou 
internação domiciliar indicam beneficiários dependentes de internação 
hospitalar prolongada, perfil nosológico, que torna possível realizar os cuidados 
em ambiente domiciliar, tratamento de feridas, antibioticoterapia, suporte pós-
internação, acompanhamento para beneficiários portadores de doenças 
crônicas. 
Para ingressar no programa é necessário que o beneficiário tenha 
indicação de algum médico, essa indicação, ele passa por uma avaliação da 
equipe do programa para análise das suas condições socioeconômicas, a 
ambiência do domicílio, o desejo da família em ter a pessoa em casa e a 
garantia de um cuidador. A prestadora tem uma grande flexibilidade no 
julgamento da elegibilidade de cada beneficiário. A equipe de avaliadores é 
composta por uma enfermeira, uma médica e, quando necessário, 
fisioterapeuta, em conjunto com a prestadora e a operadora de home care. 
TIPOS DE MODALIDADES DA ATENÇÃO DOMICILIAR 
Sendo reconhecida por lei e regulamentada por diversos órgão de 
classe, a consolidação da Atenção Domiciliar (AD) no Brasil tornou-se 
evidente. Diante disso, as agências reguladoras começaram a trabalhar em 
normas que regulamentassem os requisitos mínimos a serem cumpridos 
pelas empresas e profissionais que ministrassem esse tipo de assistencial 
Segundo a ANVISA no ano de 2006 pela Resolução de n°11 propõe 
requisitos de segurança e funcionamento dentro da atenção domiciliar. Deste 
modo as suas modalidades se distribuem em três. 
Atenção Domiciliar 
É a modalidade de maior amplitude, é definida como um termo genérico. 
As ações de saúde são realizadas no domicílio do paciente por uma equipe 
multiprofissional, a partir do diagnóstico da realidade em que o paciente está 
inserido, visando à promoção, manutenção e ou restauração da saúde, 
portanto, é uma atividade que envolve não só os diferentes profissionais da 
área da saúde, como também o cliente e sua família, visando ao 
estabelecimento da saúde como um todo. Considera a atenção domiciliar à 
saúde como "um dos meios de se obter do indivíduo, da família e da 
comunidade sua participação no planejamento, organização, operação e 
controle" dos cuidados primários em saúde, fazendo uso dos recursos locais 
disponíveis. 
Atendimento Domiciliar 
O atendimento domiciliar representa uma estratégia de atenção à saúde, 
que engloba mais do que o fornecimento de um tratamento padrão. É um 
método aplicado ao cliente com o objetivo de enfatizar sua autonomia e realçar 
suas habilidades em seu próprio ambiente. Ele envolve ações menos 
complexas, multiprofissionais ou não, que podem ser comparadas a um 
consultório em casa. 
O atendimento domiciliar pode propiciar um contato mais estreito dos 
profissionais de saúde com o paciente e seus familiares em seu próprio meio, 
podendo este momento ser útil para uma avaliação das condições que o 
cercam, é um dos fatores de grande importância para o sucesso do 
acompanhamento do paciente. Compreende-se que esse tipo de atendimento 
envolve a realização de ações educativas, orientação, demonstração de 
procedimentos técnicos a serem delegados ao cliente, familiares. 
Internação Domiciliar 
 A internação domiciliar é uma atividade continuada, com oferta de 
tecnologia e de recursos humanos, equipamentos, materiais e medicamentos, 
para pacientes em estados mais complexos, que demandam assistência 
semelhante à oferecida em ambiente, é a prestação de cuidados 
sistematizados de forma integral e contínua no domicílio, com supervisão e 
ação da equipe de saúde específica, personalizada, centrada na realidade do 
cliente, envolvendo a família. Requer aparato tecnológico semelhante ao 
existente na estrutura hospitalar, pois o cuidado é direcionado a doentes com 
complexidade moderada ou alta, no entanto, esses recursos tecnológicos são 
solicitados de acordo com a necessidade do cliente. Nesta modalidade o 
acompanhamento contínuo, diário e até, às vezes, ininterrupto, pode ser de 24, 
12, 8 ou 6 horas de assistência de enfermagem. 
ADMISSÃO EM ATENÇÃO DOMICILIAR 
O processo de admissão domiciliar é a fase inicial do processo 
assistencial, nesta fase é imprescindível a realização do planejamento 
estratégico da equipe multiprofissional envolvidos, assim como também os 
fornecedores dos produtos ou serviços que contribuam para o atendimento ao 
cliente. A satisfação do cliente é uma das finalidades de qualquer organização, 
por tanto é primordial que toda a equipe conheça a definição do seu cliente e 
suas necessidades e exigências. 
ETAPAS QUE COMPÕE UMA ADMISSÃO 
1- COLHER DADOS DOS PROCESSOS: 
 
É necessário levantar todos os dados cadastrais do cliente eu receberá o 
atendimento domiciliar, tias como diagnósticos, tempo de internação, 
condição clínica, necessidades no domicilio, cobertura de cuidados, 
equipamentos e insumos pelo tomador de serviços, médico assistente e 
equipe multidisciplinar. 
 
2- IDENTIFICAR E PRIORIZAR OS PROBLEMAS: 
Conhecer as regras e rotinas do fornecedor de serviços para alinhar com o 
atendimento que será proposto e verificar aceitação por parte do receptor 
ou seu responsável, realizar levantamento dos custos e das condições 
básicas do domicílio onde o atendimento será prestado, como a área de 
abrangência, certificar a logística de entregas de medicamentos, materiais 
e a escala de recursos humanos. 
 
3- IDENTIFICAR E PRIORIZAR SOLUÇÕES: 
Planejar o atendimento e alinha-lo com o médico responsável juntamente 
com a equipe e o próprio paciente sobre o plano de cuidados, data de 
início, data de término, objetivo do atendimento, materiais e equipamentos 
que farão parte do atendimento e o que será de responsabilidade da 
família. Colher assinatura do termo de consentimento informado, no qual 
estão descritas as informações do atendimento. 
4- ACOMPANHAR A IMPLANTAÇÃO: 
 
Faz parte do papel do setor admissão acompanhar a implementação do 
atendimento e checar a satisfação do cliente e sua família. 
 
 
 
 
 
RECURSOS HUMANOS 
 
O recurso humano tem uma 
função essencial no processo 
assistencial, deve ser composta por 
uma equipe competente e profissional. 
A diferença entre fornecer assistência 
no domicilio, no hospital é apenas a 
questão do local. 
Sua equipe é composta por médico, uma enfermeira, definidos pelas 
necessidades do paciente. Estes podem incluir um fisioterapeuta, um terapeuta 
ocupacional, assistente social, auxiliar ou técnico de enfermagem, nutricionista, 
psicólogo, fonoudiológo. 
Características dos profissionais de assistência domiciliar 
► Flexibilidade, abertura, criatividade e disposição para aplicar habilidades e 
conhecimentos de uma forma única para cada paciente 
► Capacidade de agir de forma independente, mas reconhecendo limitações 
pessoais e de campo profissional, procurando ajuda quando necessária 
► Capacidade de avaliar amplos aspectos de uma situação e de comunicá-los, 
de forma clara e sucinta, verbalmente e por escrito, a outros membros da 
equipe 
► Capacidade de adaptação de habilidades e de conhecimento para cada 
paciente particular e para cada ambiente domiciliar, focalizandoas áreas 
específicas de necessidade e improvisando em situações atípicas ou 
desafiadoras 
► Capacidade de planejar o tempo de forma independente, para atingir os 
objetivos dos pacientes, apesar da variedade de localizações, dos tempos de 
visita, dos tempos de deslocamento e dos estilos de comunicação 
► Flexibilidade e aceitação de alterações de programação e de prioridades, 
por iniciativa da instituição ou do paciente 
► Respeito e aceitação do domicílio do paciente, independentemente do nível 
social 
► Capacidade de estabelecer uma relação de confiança com os pacientes e 
suas famílias, enquanto trabalha para desenvolver o plano de atenção e 
alcançar os objetivos comuns 
► Capacidade de avaliar as limitações e a resposta ao plano de atenção 
corrente, incluindo resultados inesperados, reações adversas ou complicações 
que exijam assistência imediata, visitas adicionais ou acompanhamento 
 
ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA 
DOMICILIAR 
 
 Enfermeiro 
 Avaliação inicial do paciente 
 Reavaliação regular das necessidades do paciente 
 Início do plano de atenção 
 Revisão do plano de atenção, como necessário 
 Fornecimento de serviços especializados adequados 
 Emprego de estratégias de enfermagem preventiva e de reabilitação 
 Documentação clínica 
 Coordenação dos serviços 
 Comunicação de alterações do estado ou das necessidades do paciente 
para outros membros da equipe 
 Providenciar o aconselhamento do paciente e de sua família 
 Participação em programas durante o trabalho 
 Supervisão e educação de outros membros da equipe de enfermagem. 
 O âmbito de prática de uma enfermeira na assistência domiciliar pode ser 
como generalista ou como especialista. 
 
RESOLUÇÃO COFEN Nº 0464/2014 
Normatiza a atuação da equipe de 
enfermagem na atenção domiciliar. 
 
Técnico de enfermagem 
 
§ 4º O Técnico de Enfermagem, em conformidade com o disposto na Lei do 
Exercício Profissional e no Decreto que a regulamenta, participa da execução 
da atenção domiciliar de enfermagem, naquilo que lhe couber, sob supervisão 
e orientação do Enfermeiro. 
 O técnico de enfermagem exerce atividades de nível médio, envolvendo 
orientação e acompanhamento do trabalho da enfermagem em grau auxiliar, 
e participação no planejamento da assistência de enfermagem 
 
 
 
Continuação... 
 
 Executar ações de assistência de enfermagem, exceto as privativas do 
enfermeiro 
 Participar da orientação e supervisão do trabalho de 
enfermagem 
 Participar da equipe multidisciplinar 
 Observar e reconhecer sinais e sintomas 
 Executar tratamento medicamentoso 
 
 
 
ENVELHECIMENTO 
A população mundial está passando por uma redução no número de 
crianças e jovens e um aumento proporcional do número de pessoas com 60 
anos ou mais, fenômeno conhecido como transição demografica. 
Esta transição deve-se tento á queda da taxa de natalidade uando a 
mortalidade da população. Aredução na taxa de natalidade populacional está 
associada, no Brasil, avários fatores. A inserção da mulher no mercado de 
trabalho e conhequentemente migração das áreas rurais ppara urbanas, ao 
aumento do custo de vida, a melhoria do nével educacional e expansão de 
acesso a companhas de panejamento familiar fizeram com que as mulheres 
tivessem progressivamentoe menos filhos. 
Aliado a esse fato, vem occorendo um contpinuo evelhecimento da 
população mundial, a qual é cada vez mais longeva. No ano de 2005 a 
estimativa mostrava que a população com mais de 80 anos, principalmente em 
paises em desenvolvimento, era cerca de 69 milhões de pessoas, sendo que 
este numero vem crecendo progressivamente. 
Conforme os dados do INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E 
ESTATISTICA (IBGE), de 2014, o Brasil será um país de idosos em 2030, o 
que deverá ao fato de o número de idosos com mais de 60 anos ser maior do 
que o númeor de crianças de 14 anos. As mudanças nas condições de vida e 
os avanços na medicina contribuíram para o aumento da expectativa de vida. 
As tendencias ao evenlhecimento populacional vem ganhando forças, e 
esse grupo de pessoas tem como o principal fonte de renda a aponsetadoria . 
Por isso, a preocupação do sistema previdenciário em estabelecer mendas que 
sejam viáveis para o país. Segundo os dados do IBGE afirmam que a 
população idosa no Brasil esta crescendo, e a projeção para 2050 que é 
onumero de idodos no Brasil, sejam maior do que na Europa. 
Tabela – Proporção de idosos na população brasileira 
Ano Proporção de idosos na população brasileira 
1950 4,9 % 
2010 10,2% 
2050 29,7% 
 
As condições socioeconomicas, o estilo de vida e a presença de 
doenças crônicas podem estar relacionados diretamente com envlhecimento 
mais precoce ou mais tardio na população. O envelhecimento pode ser 
classificado em três grupos: primário,secundário e terciário, cada fase possui 
sua caracteristica especifica. 
 
PRIMÁRIO OU INICIAL 
É o processo de senescência, também 
conhecido como envelhecimento normal. 
Ocorre de forma gradual e progressiva em 
todas as pessoas 
SECUNDÁRIO OU INTERMEDIÁRIO 
É o processo resultante das influências 
externas, por isso pode variar de um individuo 
para o outro. É um fenômeno patologico, qu 
eenvolve sinais clinicos de doenças e é 
inflienciado pelo ambiente, por fatores 
culturais e geográficos. Nesse estágio, o 
individuo é considerado mais vuneravél 
TERCIARIO OU TARDIO 
O envelhecimento gera efeitos permanentes e importantes, como 
alterações físicas e cognitivas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALTERAÇÕES DO ENVELHECIMENTO 
O processo do envelhecimento é algo continuo e dinamico, no qual o 
individuo, ao longo do curso da vida, vivencia diferentes estados e níveis de 
equilibrio e desequilibrio entre dois extremos: sáude e doença, onde denomina-
se senescência e senilidade. 
O corpo com o tempo sofre 
alterações morfologicas e funcionais que 
mudam gradualmente a aparencia do 
individuo, alterações estas que fazem parte 
do procsso natural do envelhecimento, que 
se inicia logo após o nascimento, e é 
caracterizado pela morte de milhares de 
celulas, decorrente do precesso do 
envelhecimento, os órgãos tendem diminuir 
a capacidade funcional, resultando na dificuldade para responder a estimulos, 
ocasionando frgilidade e vilnerabilidade. 
ENVELHECIMENTO DAS CÉLULAS E TECIDOS 
No processo do envelhecimento, as células diminuem em número 
multiplicam-se mais lentamente, havendo uma diminuição do número de 
glóbulos (vermelhos e brancos) e perda da eficácia. Quanto aos tecidos, 
verificam-se modificações e atrofia dos tecidos gordos e 
subcutâneos. Além da perda da elasticidade tecidual. 
 Diminuição do número de células ativas; 
Abrandamento do ritmo da multiplicação celular; 
Atrofia e perda de elasticidade tecidual; 
 
TOME NOTA! 
 
Senescência: envelhecimento 
natural 
Senilidade: envelhecimento 
patológico 
ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS 
As mudanças estruturais dão-se, sobretudo, no nível celular. A célula é a 
unidade básica de que estão constituídas todas as partes do corpo. Grupo de 
células formam os tecidos e estes, por sua vez, se organizam em diversos 
padrões, para formarem os órgãos. 
Quanto à composição global do corpo e peso corporal, há um aumento 
do corpo e peso corporal, modificando-se assim o peso corporal. 
O peso dos órgãos diminui durante o envelhecimento. 
Há um aumento considerável do tecido gordo e diminuição do tecido magro, 
razão pela qual surge predisposição para a obesidade 
. 
ENVELHECIMENTO DOS MUSCULOS, ÓSSOS E ARTICULAÇÕES 
Nas cartilagens articulares ocorre perda dos conndrócito, alteração do 
colágeno e alterações na composição da matriz extracelular além de 
diminuição no toer de água, essa salterações fazem as catilagens ficarem mais 
rigidas e frágil dando espaço pars doenças degenerativas. Em relação aos 
músculos, ossos e articulações, há uma diminuição de 25% a 30% da massa 
muscular, verificando, também diminuição da mobilidade das diversas 
articulaçõesNo processo de senescência é comuma atrofia muscular, devido á perda 
de célula musculares e aumento do tecido cojuntivo intracelular. As céluas 
musculres de contração rápidas são mais atingidas,ocorrendo lentificação dos 
movimentos. Por conta do adelgaçamento (aproximação) dos discos vertebrais 
(presentes na coluna), ocorrem: redução da estatura, correspondente a 1,2 até 
5 cm; redução da caixa torácica; levando todas essas alterações a diminuição 
do funcionamento do aparelho locomotor e do equilíbrio do idoso. 
Perdas de cálcio, causando o aparecimento da osteoporose. A 
osteoporose é o resultado de baixo pico de massa óssea. Atinge mais 
mulheres do que homens (75% dos casos são pessoas do sexo feminino) e 
deixa os ossos frágeis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENVELHECIMENTO DA PELE E TECIDO SUBCUTÂNEO 
 
As alterações da 
derme e epiderme são 
determinadas 
especialmete pela 
hereditariedade e 
exposição solar. A 
epiderme fica mais 
delgada pela perda das 
células, enquanto que a 
derme há diminuição do 
número de fibriblastos e fibras colágenas e elásticas, consequentemente 
redução da espessura, tornando-a mais seca e menos oleosa devido a atrofia 
das glândulas sudoridas e sebacias, a pele estará mais propensas ao 
aparecimentos de fissuras, escoriações e infecções cutâneas. Sendo 
considerada um dos órgãos que mais sofre transformações à medida que a 
idade avança. Assim, manter a integridade cutânea é de extrema importância 
para que o organismo se possa defender das diversas alterações ou mudanças 
às quais a pessoa esteja exposta. 
Fatores 
 Na pele e tecido subcutâneo verifica-se a perda dos tecidos de suporte 
subcutâneo 
 Ressecamento da pele 
 Possibilidades de equimoses a menor pressão 
 Modificações vasculares e cutâneas múltiplas (presença de pequenos 
“vasos” pelo corpo todo 
 Atrofia e baixa eficácia das glândulas sebáceas e sudoríparas 
 Perda da elasticidade da pele 
 Aparecimento de rugas 
 O decair das faces, do queixo e das pálpebras 
 O alongamento dos lobos das orelhas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENVELHECIMENTO NO SISTEMA TEGUMENTOS (PÊLOS E UNHAS) 
Quanto aos tegumentos, há o rareamento dos pêlos a cada dia, exceto 
no rosto (nas mulheres: buço e queixo e nos homens: cavidade nasal e 
cavidade auditiva). Os cabelos ficam mais finos devido à diminuição da 
atividade dos folículos pilosos que com o tempo não substituem os pelos com 
eficiência. As unhas ficam quebradiças e espessas devido à diminuição de 
acesso vascular. 
Exemplos: 
A perda dos cabelos, que leva à calvície; aparecimento dos cabelos brancos 
Espessamento das unhas (processo chamado de onicogrifose). 
 
ENVELHECIMENTO DO SISTEMA NERVOSO 
É comum nessa fase da vida atrofia e diminuição do numero de 
conexões nervosas, do numer de receptores e neurotransmissores e a 
degeneração de pequenos vasos sanguineos. A perda de neurorios no cortex 
do hipotalamo, é respondavel pela memoria de fatos recentes, o que explica o 
fato de idosos terem dificuldade de aprender novos fatos, mas lambrem os 
faotos antigos que dependem de outra regiões do encéfalo. A perda de 
neuronios na chamada substancia negra, no mesencéfalo, quanto ultrapassa 
os valores, acarretas sintomas de parkinsonismo. 
Fatores 
 Declínio no controle postural; 
 Declínio da sensação tátil; 
 Declínio da sensação vibratória; 
 Sabor, cheiro, apetite e sede são afetados pelo envelhecimento; 
 Diminuição da acuidade visual e da noção de profundidade; 
 Diminuição da sensibilidade aos sons diferentes; 
 Diminuição da propriocepção; 
 Dificuldade de adaptação em ambientes diferentes, risco de delirium e 
quedas. 
 
ENVELHECIMENTO DO CORAÇÃO 
No miocardio, há perda de miocitos e aumento do tecido conjuntivo nos 
espaçoss interticiais com o ácumulo de lipofuscina. As valvas sofrem processo 
degenerativo com o aumento do tecidos fibroso. O sistema condutor sobre 
perda de celuas, em especial o nó sino atrial, que acumula tecido adipodo, 
fribras colagenas e elasticas. O coração dimunui a capacidade de ultilização de 
oxigenio e de frequencia cardiaca, com isso o coração fica enfraquecido e 
perde parte de suas reservas funcionais. 
Fatores 
 O coração diminui de tamanho; 
 Frequência cardíaca fica mais lenta e a atividade reduzida; 
 Na presença de estrsse físico ou psicológico,ocorre redução da atividade 
cardíaca; 
 Há um aumento da pressão arterial mesmo com o corpo em repouso; 
 Há uma perda da elasticidade dos vasos e acúmulo de depósitos de 
gorduras em suas paredes 
Cuidados de enfermagem 
Colocar o cliente em posição confortável 
Verificar os sinais vitais 
Realizar pprecisção medica 
Manter o ambiente calmo 
 
ENVELHECIMENTO DO SISTEMA RESPIRÁTORIO 
O processo do envelhecimento atefeta diretamente a caixa torácica, por 
que as catilagens costais acumulam cálcio e se tornam endurecidas e menos 
maleáveis. Além disso, támbem há atrofia, em diferentes graus, dos musculoso 
respiratorios, principalmentoe o diafragma. A junção desses fatores 
compromete a capacidade de realização dos movimentos respiratorios. 
Fatores 
 Diminuição complacência da parede torácica; 
 Diminuição de força da musculatura respiratória; 
 Perda de elasticidade pulmonar, ocasionando aumento da complacência 
alveolar, colapso de vias aéreas menores represamento de ar; 
 Aumentando a ocorrência de doenças, como enfisema e bronquite; 
 Verifica-se uma atrofia e rigidez pulmonar; 
 Problemas de expectoração das secreções brônquicas. 
Cuidados de enfermagem 
 Posicionar o paciente em semi-fowler ou Fowler 
 Aumentar, ao máximo, o espaço da cama auxiliando-o e ensinando-o a 
respirar fundo 
 Manter a umidificação adequada da oxigenoterapia 
 Evitar procedimentos que cause esforço desnecessário ao paciente 
 Realizar prescrição medica nos horários certos 
ENVELHECIMENTO DO SISTEMA DIGESTÓRIO 
Redução da produção das glândulas do sistema digestório e 
diminuição da motilidade do trato gastrointestinal. Podem ocorrer 
dilatação do esôfago e relaxamento incompleto do esfíncter. Na boca 
pode ocorrer a perda dos dentes, atrofia dos botões gustativos e 
consequentemente a perda do paladar. O estomago, há atrofia das 
glândulas resultando em redução na produção do muco gástrico. 
ENVELHECIMENTO DO SISTEMA URINÁRIO 
Nos rins, há redução da massa renal devido à diminuição do 
número dos glomérulos renais. O envelhecimento da cápsula glomerular 
e espessamento das paredes dos túbulos renais causa a perda de 
proteínas na urina e falhas na absorção de glicose e sódio. Desse modo, a 
capacidade de eliminar medicamentos também é prejudicada. 
A musculatura da bexiga se enfraquece e as fibras colágenas e 
elásticas sofrem alterações que resultam na perda da elasticidade da 
parede. No idoso o envelhecimento vesical sofre perda da sua 
capacidade, percebe-se quando já há necessidade de urinar ocasionando 
perda da urina; também acontece a atrofia dos músculos do assoalho 
pélvico, que tem ligação direta com a contenção de urinária. 
Fatores 
 Quantidade menor de néfrons 
 Diminuição do suprimento de sangue o que afeta negativamente o 
funcionamento desse sistema; 
 Os rins ficam menos eficientes havendo possibilidade de incontinência 
urinária; 
 As micções são menos frequentes e mais abundantes; 
 Diurese no período da noite (nictúria); 
 Alterações no Trato Urinário Inferior 
 Aumento da quantidade de colágeno e diminuição da dispensabilidade, 
causando prejuízo no enchimento vesical: 
 
 
ENVELHECIMENTO DO SISTEMA GENITAL MASCULINO 
A atrofia de células intersticiais provoca a menor produção de 
testosterona e, em consequência, menor produção de espermatozoides. A 
partir dos 50 anos, ocorre a atrofia da próstata devido a redução de 
produção do líquido prostático. No entanto, pode haver hiperplasia 
prostática benigna que comprime a uretra dificultando a passagem da 
urina. 
A parede dos vasos do pênis e os espaços do tecido erétil sofrem 
endurecimentopor deposição de tecidos fibrosos que os torna mais 
rígidos e menos elásticos, dificultando a ereção, fato que pode trazer 
consequências psicológicas dos idosos. 
 
Fatores 
 Modificações no ritmo da ereção e da ejaculação; 
 Os níveis do hormônio sexual masculino (testosterona), tendem a cair, o que 
diminui o estímulo sexual (libido). O fluxo de sangue para o pênis diminui. 
 A próstata pode aumentar; 
 Os testículos podem ficar menores e menos firmes 
ENVELHECIMENTO DO SISTEMA GENITAL FEMININO 
O processo do envelhecimento causa falência dos ovários e queda 
na produção de hormônios estrógenos e progesterona, resultando em 
atrofia dos órgãos genitais e suspensão do ciclo menstrual, iniciando-se 
a menopausa. O útero tende a se atrofiar e ficar mais fibroso, a vagina fica 
menos elástica e mais ressecada, dificultando o ato sexual, e sofre 
alterações no pH, tornando-se mais suscetível a infecções. 
Fatores 
 Alterações nos órgãos genitais ocorrem rapidamente por volta da 
menopausa 
 Os ciclos menstruais cessam e os ovários deixam de produzir estrogênio. 
 Após a menopausa, os tecidos dos pequenos lábios, clitóris, vagina e uretra 
afinam (atrofia). 
 Este afinamento pode resultar em irritação crônica, secura e drenagem da 
vagina. Infecções vaginais são mais propensas a se desenvolverem. 
Também após a menopausa, o útero, as trompas de Falópio e os ovários 
ficam menores. 
 Com o envelhecimento, ocorre uma diminuição da massa muscular e do 
tecido conjuntivo, incluindo dos existentes nos músculos, ligamentos e 
outros tecidos que servem de suporte à bexiga, ao útero, à vagina e ao reto. 
 
ENVELHECIMENTO DOS ÓRGÃOS DOS SENTIDOS 
Os alimentos que são consumimos causam uma complexa resposta do 
corpo humano. A habilidade de sentir sabor é composta pela soma de impulsos 
sensoriais como gosto (gustação), cheiro (olfação) e sensação tátil (mastigação 
e deglutição). Ao longo da vida, nosso corpo perde gradativamente a 
percepção e a distinção das informações sensoriais. 
 
Audição 
Alterações na Audição Com o envelhecimento ocorre diminuição da 
habilidade de ouvir frequências mais altas resultante da degeneração de 
células dos órgãos e dos sentidos, o que repercute em dificuldade de ouvir 
vozes femininas ou de crianças, conversas telefônicas e televisão. 
 
Paladar 
O envelhecimento das estruturas gustativas, com diminuição dos botões 
gustativos na papila (estrutura responsável por captar o gosto do alimento), 
levam ao natural declínio na capacidade de sentir e distinguir os sabores. 
Essas mudanças anatômicas alteram o limiar de sensação do sabor, fazendo 
com que o idoso aumente a quantidade de sal ou açúcar adicionados ao 
alimento, para contrabalancear a sensação de doce ou salgado perdida. Além 
disso, os consumos de diversos medicamentos alteram o paladar e causam 
disgeusia, visto que mais de 250 fármacos tem como efeito colateral a 
mudança no olfato ou paladar. 
O envelhecimento das estruturas gustativas, com diminuição dos botões 
gustativos na papila (estrutura responsável por captar o gosto do alimento), 
levam ao natural declínio na capacidade de sentir e distinguir os sabores. 
Essas mudanças anatômicas alteram o limiar de sensação do sabor, fazendo 
com que o idoso aumente a quantidade de sal ou açúcar adicionados ao 
alimento, para contrabalancear a sensação de doce ou salgado perdida. Além 
disso, os consumos de diversos medicamentos alteram o paladar e causam 
disgeusia, visto que mais de 250 fármacos tem como efeito colateral a 
mudança no olfato ou paladar. 
 
 
 
OLFATO 
 Observa-se redução da capacidade discriminatória para diferentes 
odores e redução do clearance mucociliar (mecanismos de depuração para 
proteção das vias aéreas com relação à entrada de partículas procedentes do 
meio externo). 
 
 
VISÃO 
As principais alterações na visão estão abaixo descritas: redução 
diâmetro pupilar (a noite fica reduzida, reação pupilar à luz mais lenta 
(sensibilidade a claridade); redução gordura retro-ocular; capacidade de 
distinguir objetos nos limites do campo visual fica reduzida. 
Estas alterações geram quadro de declínio nos seguintes aspectos: 
 Redução da capacidade de acomodação; 
 Diminuição de acuidade visual com pouco contraste; 
 Queda da adaptação a ambientes escuros; 
 Queda da tolerância ao brilho; 
 Rebaixamento da discriminação das cores; 
 Queda da capacidade de leitura; 
 Queda do campo visual atencional (percepção de estímulos). 
TATO 
Quanto ao tato, existem evidências de que a habilidade da pessoa idosa 
em detectar extremos de temperatura e dor sejam afetadas, fazendo com que 
ela não se agasalhe suficientemente no frio, podendo adquirir uma doença 
respiratória ou não perceber a extensão de um machucado. 
Também diminuem as sensações tácteis que se relacionem com a 
pressão, levando ás vezes o idoso a pensar que pegou algo, (uma xícara, por 
exemplo), porém o objeto cai da sua mão. 
 
 
 
 
 
 
SUGESTÃO Professor 
Elabore uma atividade onde seu aluno possa 
conhecer as principais doenças relacionadas ao 
envelhecimento. 
EX: seminário, gincana, questionário... 
 
 
ASSISTÊNCIA AO PACIENTE EM INTERNAMENTO DOMILICILIAR 
 
 
 
O que a Internação Domiciliar possibilita? 
 Humanizar o atendimento e o cuidado ao paciente. 
 Garantir cuidados e insumos mínimos com economia da hotelaria, redução de 
internações e reinternações, disponibilização de leitos hospitalares e, 
consequentemente, diminuição de custos de assistência. 
 Desenvolver parceria entre a equipe de saúde e o paciente e família no 
processo de tomada de decisões relacionados ao cuidado a saúde, com 
responsabilidade equitativamente distribuída. 
 
À quem a Internação Domiciliar se destina? 
 Idoso portador de doença crônica com incapacidade funcional e 
dependência física para as atividades da vida diária (AVD). 
 Portadores de doenças que necessitem de cuidados paliativos. 
 Pacientes com patologias múltiplas e co-morbidades, dependência 
total/parcial, que necessitem de equipamentos e procedimentos 
especializados no domicílio. 
 Pacientes internados em hospital referência que têm condições clínicas de 
receber alta precoce e assim serem desospitalizados e que possuam 
alguma condição que os incapacitem de comparecer à Unidade de Saúde. 
 Portadores de incapacidade funcional que apresentem: 
 Doenças crônicas agravadas, transmissíveis ou não. 
 Lesões por pressão, agudizadas por infecção e ou com repercussão 
sistêmica. 
 Sequelas de agravos ou pós-operatório de cirurgias de grande porte. 
 
 
 
Portaria 2416 de 23/03/1998 que estabeleceu critérios 
para credenciamento de hospitais para a realização de 
Internação Domiciliar no SUS 
 RDC nº 11 da ANVISA de 26/01/2006 que dispõe 
sobre o Regulamento Técnico de Funcionamento de 
Serviços que prestam Atenção Domiciliar. 
Portaria nº 2.529 do MS de 19/10/2006 que institui a 
Internação Domiciliar no âmbito do SUS. 
Prontuário do paciente 
Por meio da resolução n°1.638 de 
10-7-2002, define prontuário como: 
documento único, constituído de um 
conjunto de informações, sinais e imagens 
registrados, gerados a partir de fatos, 
acontecimentos e situações sobre a saúde 
do paciente e a assistência a ele prestada, 
de caráter legal, sigiloso e cientifico, que 
possibilita a comunicação entre membros 
da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao 
indivíduo. 
Os profissionais que trabalham no home care devem seguir esta 
resolução, anotar e evoluir adequadamente no prontuário do paciente, que 
deve permanecer na residência e conter o estado clínico do paciente, o 
atendimento presado, os exames realizados e tudo que diga respeito ao 
tratamento. A falta de informações, as anotações imprecisas e ilegíveis ou 
mesmo a ausência desse registro do atendimento prestado podem gerar 
problemas judiciais, o prontuário é um documento legal. As empresas de 
atendimento domiciliar podem ter prontuário eletrônicos, onderealização seus 
registros diariamente juntamente com a equipe multidisciplinar. 
 
Componentes básicos do prontuário 
• Capa, pasta ou envelope do prontuário 
• Ficha de identificação do paciente 
• Formulário ou pauta de diagnóstico 
• Folha de anamnese e exame físico 
• Prescrição médica 
• SAE (Sistematização da Assistência em 
Enfermagem) 
• Prescrição de enfermagem, evolução de 
enfermagem 
• Folha de anotação de enfermagem 
• Prescrição de fisioterapia 
• Plano de tratamento 
• Evolução medica 
• Evolução de outros profissionais 
• Exames laboratoriais 
• Exames de imagens 
• Guias de relatórios de encaminhamentos 
• Impressos listando os equipamentos 
• Planejamento de alta 
• Impresso de alta 
 
Sistematização da assistência de enfermagem Em Home Care 
O trabalho da 
enfermagem deve ser 
embasado nas evidencias 
cientificas, a aplicabilidade do 
processo de enfermagem estar. 
A SAE é composta com 5 
etapas fundamentais: histórico 
de enfermagem, diagnostico de 
enfermagem, planejamento de 
enfermagem, implementação e 
avaliação de enfermagem. 
 
 
Fundamentos Legais : 1- Decreto 94.406 ( 1987 ) - Regulamenta a Lei 7.498/86 
/ artigo 8º - Atividade privativa do Enfermeiro. 2- Resolução COFEN 272/2002 - 
SAE em instituições de saúde brasileiras. 
 
A 
 
 
ASSITÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ACAMADO 
O confinamento ao leito é uma opção de tratamento, sendo uma das 
tarefas que requer uma atenção especial. Devido ao estado de saúde, essas 
pessoas, na maioria dos casos, encontram-se debilitadas e precisam de apoio, 
paciência e compreensão. Os cuidados com a higiene, alimentação e 
transporte são fundamentais para evitar problemas que podem surgir durante o 
tratamento. Manter a limpeza do ambiente, do leito e o cuidado nas trocas de 
roupas devem ser rotina para evitar infecções e complicações. 
Cuidados com a higiene corporal 
Manter a integridade corporal, a quem prestaremos assistência é uma 
tarefa ativa e bastante complexa. O cuidado higiênico individualizado a 
enfermagem deve considerar o conhecimento disponível em relação aos 
diversos fatores socioculturais, econômicos e de desenvolvimento que 
influenciam a higiene do cliente. 
Objetivos principais da higienização corporal 
• Limpar a pele 
• Proporcionar conforto físico e segurança 
• Ativar a circulação e promover o relaxamento muscular para 
 diminuir a fadiga 
• Cortar unhas e limpá-las 
• Deixar o paciente seco e refrescado 
• Manter as roupas limpas 
• Deixar o paciente em posição confortável 
• Dar conforto espiritual e emocional 
• Ajudar no diagnóstico e tratamento 
 
Quais são os tipos de banho? 
 
Aspersão – banho de chuveiro 
Imersão – banho na banheira 
Ablução – pequenas porções de água sobre o 
corpo. 
Leito – usado para pacientes acamados. 
 
 
 
Cuidados no banho 
O banho deverá ser realizado uma vez ao dia, preferencialmente, ou 
mais, se for indicado (sudorese intensa, sangramento, sujidade com secreções 
e outros). 
• O horário da higienização corporal deverá ser estabelecido em rotina, porém, 
o quanto possível, deverá obedecer à preferência do cliente. 
• A participação do cliente no banho deverá ser estimulada, quando possível, 
principalmente em relação às higienizações bucal e genital. 
• A privacidade do cliente deverá ser assegurada em qualquer tipo de banho 
indicado. 
•. Atentar a comunicação verbal e a não verbal antes, durante e após o banho. 
• Os clientes que tiverem condições de ir ou de serem encaminhados ao banho 
de aspersão deverão ser estimulados a fazê-lo, para promover uma maior 
participação no autocuidado. 
• Aproveitar o momento do banho para observar e relatar as condições da pele, 
mobilidade, deformidades, presença de lesões e eliminações. 
• A limpeza e a desinfecção do colchão e da cama deverão ser realizadas 
concomitante ao banho do cliente acamado ou após o banho de aspersão. 
• Os cabelos de mulheres poderão ser lavados em dias alternados ou conforme 
a preferência da cliente. 
• Os curativos de feridas deverão ser realizados após o banho, 
preferencialmente, no entanto, em algumas situações poderão ser realizados 
no momento do banho, a fim de evitar esforço adicional dos profissionais e 
mobilização demasiada do cliente, desde que sejam cumpridas todas as 
recomendações para a prevenção de translocação de microorganismos. 
• A troca (remoção e reposição) do sistema de oxigenação (extensões de látex 
ou de silicone, copo umidificador, máscara de nebulização contínua e outros 
insumos de suporte de oxigênio), do sistema de aspiração (extensões de látex 
e frasco de aspiração) e do sistema de nutrição (equipos enteral e parenteral) 
deverá ser realizada logo após o banho. 
• A troca (remoção e reposição) do sistema de infusão (extensões, equipos e 
three ways) deverá ser realizada a cada 72 horas, logo após o banho. 
• A troca das fixações dos cateteres gástrico, enteral, vesical e de 
traqueostomia deverá ser realizada logo após o banho. 
• A troca das fixações e a realização do curativo do cateter vascular central e 
do cateter venoso periférico deverão ser realizadas logo após o banho, 
cumprindo o aprazamento estabelecido em rotina operacional padrão (ROP) 
institucional “Curativos de Cateteres Intravasculares”. 
•. Orientar e envolver o cliente e/ou família quanto às práticas de autocuidado 
com a higiene corporal, para dar continuidade no domicílio, se for o caso. 
• As técnicas de higiene dos cabelos e couro cabeludo, bucal, íntima e corporal, 
juntamente com as de limpeza e desinfecção de unidade e de arrumação de 
cama, deverão seguir os passos dos Procedimentos Operacionais Padrão 
(POP). 
Cuidados com a boca 
A higiene bucal de adultos e idosos, independente da pessoa ter ou não ter 
dentes, deve ser feita após cada uma das refeições e após o uso de remédios 
pela boca. Se a pessoa cuidada consegue fazer a higiene bucal, o cuidador 
deve estimulá-la e providenciar os materiais necessários, orientando, dando 
apoio e acompanhando a atividade. Se a pessoa não consegue fazer sua 
higiene bucal sozinha, o cuidador deve ajudá-la da seguinte maneira: 
 Colocar a pessoa sentada em frente à pia ou na cama, com uma bacia; 
 Usar escova de cerdas macias e sempre que possível usar também o fio 
dental; 
 Colocar pequena porção de pasta de dente para evitar que a pessoa 
engasgue; 
 Escove os dentes; 
 Em caso de lesões ou sangramento comunique a equipe de saúde; 
 Para limpeza da prótese, escove-a fora da boca, com escova e pasta dental. 
Não esqueça de realizar a higienização das gengivas, bochechas e língua; 
 Enxague bem a boca e recoloque a prótese; 
 Não utilize produtos como água sanitária, álcool, detergente para limpar a 
prótese. 
Assaduras 
As assaduras são lesões na pele, provocadas pela umidade e calor ou pelo 
contato com fezes e urina. As assaduras são portas abertas para outras 
infecções. Os cuidados importantes para evita-las são: 
 Aparar os pelos pubianos com tesoura para facilitar a higiene íntima e 
manter a área mais seca; 
 Fazer a higiene íntima a cada vez que a pessoa evacuar ou urinar e secar 
bem a região; 
 Solicite orientação da equipe de saúde. 
Vestuário 
A pessoa idosa, doente ou com incapacidade pode ter diminuída a capacidade 
de perceber ou de expressar as sensações de frio ou calor. É importante ficar 
atento: 
 Mudanças de temperatura e não espere que a pessoa manifeste querer 
vestir ou despir agasalho. 
 Roupas confortáveis e de tecidos próprios ao clima. 
 Se possível é importante deixar a pessoa cuidada escolher a própria roupa, 
pois isso ajuda a preservar a sua personalidade, eleva a sua autoestima e 
independência. 
 Calçados com sola de borracha são ideais para o uso evitando quedas. 
Mudança de decúbito 
A mudança de decúbito é realizada principalmente nos pacientes 
acamados em atendimento domiciliar. Este procedimento constitui-se de 
importância para evitar que o paciente adquira lesões por pressão, feridas 
ocasionadasprincipalmente nas proeminências ósseas que permanecem em 
contato permanente com o leito do paciente. 
 
 Este procedimento é considerado de leve complexidade, que podem 
ser realizados pelos profissionais que prestam atendimento no domicilio do 
paciente. A mudança de decúbito deverá ser realizada com certa frequência 
possibilitando uma movimentação adequada e satisfatória. 
 
Os objetivos da atuação da enfermagem no posicionamento no leito são: 
• Manter/restaurar a força e o tônus muscular; 
• Prevenir atrofias; 
• Prevenir contraturas que prejudiquem a mobilidade das articulações; 
• Prevenir alterações na integridade cutânea; 
• Prevenir deterioração de capacidades funcionais em consequência da 
limitação da mobilidade. 
Os objetivos do posicionamento terapêutico são: 
• Distribuir equitativamente o peso corporal sobre superfície de apoio; 
• Manter o alinhamento normal do corpo; 
• Garantir circulação venosa livre; - Utilizar adequada mecânica corporal 
do pessoal que ajuda; 
• Estimular motora, sensorial e cognitivamente. 
 
Movimentação do paciente acamado 
 
Todos os pacientes acamados devem movimentar-se com uma certa 
regularidade, tanto para terem uma maior comodidade como para prevenirem o 
desenvolvimento de complicações consequentes da imobilidade prolongada. 
Se o seu estado o permitir, poderá fazê-lo sozinho, mas caso se encontre tão 
débil que não o consiga ou evidencie problemas específicos que o impeçam, 
vai necessitar da ajuda das pessoas que cuidam dele para questões tão 
básicas como aproximá-lo da cabeceira, caso se tenha deslocado até aos pés 
da cama, sentá-lo para que possa comer, colocá-lo de lado ou aproximá-lo da 
extremidade da cama, para que se levante ou para fazer a cama. 
 
CUIDADOS COM O AMBIENTE E PREVENÇÃO DE QUEDAS 
 
O risco de queda em pacientes 
idoso indicou uma taxa de queda em 
países desenvolvidos que variou entre 3 
a 5 quedas por 1.000 pacientes-dia. O 
ambiente aumenta o risco de queda, pois 
os pacientes se encontram em locais 
desapropriados e inadequados, muitas 
vezes são portadores de doenças que 
predispõem à queda como demência e/ou osteoporose e muitos dos 
procedimentos terapêuticos, como as múltiplas prescrições de medicamentos, 
podem aumentar esse risco. 
A queda pode gerar impacto negativo sobre a mobilidade dos pacientes, além 
de ansiedade, depressão e medo de cair de novo, o que acaba por aumentar o 
risco de nova queda. A queda de pacientes em hospitais geralmente está 
associada a fatores vinculados tanto ao indivíduo como ao ambiente físico. 
Entre os fatores vinculados ao paciente destacam-se: idade avançada 
(principalmente idade acima de 85 anos), história recente de queda, redução 
da mobilidade, incontinência urinária, uso de medicamentos e hipotensão 
postural. 
 
 
 
 
DEFINIÇÕES: 
 
Queda: Deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à 
posição inicial, provocado por circunstâncias multifatoriais, resultando ou não 
em dano. Considera-se queda quando o paciente é encontrado no chão ou 
quando, durante o deslocamento, necessita de amparo, ainda que não 
chegue ao chão. A queda pode ocorrer da própria altura, da maca/cama ou de 
assentos (cadeira de rodas, poltronas, cadeiras, cadeira higiênica, banheira, 
incluindo vaso sanitário, etc.) 
 
Dano: comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou qualquer efeito 
deletério dele oriundo, incluindo-se doenças, dano ou lesão, sofrimento, 
incapacidade ou disfunção e morte. Pode, assim, ser físico, social ou 
psicológico. 
 
Fatores contribuintes: circunstâncias, ações ou influências que 
desempenham um papel na origem ou no desenvolvimento de um incidente 
ou no aumento do risco de incidente. 
 
AVALIAÇÃO DO RISCO DE QUEDA 
A avaliação do risco de queda deve ser feita no momento da admissão 
do paciente, esta avaliação deve ser repetida diariamente até a alta do 
paciente. Neste momento também se deve avaliar a presença de fatores que 
podem contribuir para o agravamento do dano em caso de queda, 
especialmente risco aumentado de fratura e sangramento. 
 
Fatores predisponentes específicos que aumentam o risco de queda 
 Demográfico: idosos > 65 anos. 
 Psico-cognitivos: declínio cognitivo, depressão, ansiedade. 
 Condições de saúde e presença de doenças crônicas: acidente vascular 
cerebral prévio, hipotensão postural, tonteira, baixo índice de massa corpórea, 
anemias, insônia, incontinência ou urgência miccional, artrite. 
 Alterações metabólicas (como, por exemplo, hipoglicemia). 
 Funcionalidade: dificuldade no desenvolvimento das atividades da vida diária 
(AVD), necessidade de dispositivo de auxílio à marcha, fraqueza muscular, 
problemas articulares e deformidades nos membros inferiores. 
 Comprometimento sensorial: comprometimento da visão, audição ou tato. 
 Equilíbrio corporal: marcha alterada. 
 Uso de medicamentos: benzodiazepínicos, antiarrítmicos, anti-histamínicos, 
antipsicóticos, antidepressivos, digoxina, diuréticos, laxativos, relaxantes 
musculares, vasodilatadores, hipoglicemiantes orais, insulina. 
 Obesidade mórbida. 
 História prévia de quedas. 
 Ambiental: luz inadequada, superfície escorregadias, piso irregular, obstáculos 
pelo chão, móveis baixos soltos, móveis inadequados, vaso sanitário (muito 
baixo), rampas (sem corrimão), escadas, corredores. 
 
 
PERFIL DE PACIENTE COM ALTO RISCO DE QUEDA 
 Paciente independente, que se locomove e realiza 
suas atividades sem ajuda de terceiros, mas possui 
pelo menos 1 (um) fator predisponente. 
 Paciente dependente de ajuda de terceiros para 
realizar suas atividades, com ou sem a presença de 
algum fator predisponente. Anda com auxílio ou se 
locomove em cadeiras de rodas. 
 Paciente acomodado em maca, por exemplo, 
aguardando a realização de exames ou 
transferência, com ou sem a presença de fatores 
predisponentes. 
 
PERFIL DE PACIENTE COM BAIXO RISCO DE QUEDA 
 
 Paciente acamado, restrito ao leito, completamente dependente da ajuda de 
terceiros, com ou sem fatores predisponentes. 
 Indivíduo independente e sem nenhum fator predisponente. 
 
AÇÕES PREVENTIVAS 
Medidas Universais: Os serviços de saúde deverão adotar medidas universais 
para a prevenção de quedas de todos os pacientes, independente do risco. 
Essas medidas incluem a criação de um ambiente de cuidado seguro, por 
exemplo: pisos antiderrapantes, mobiliário e iluminação adequados, corredores 
livres de entulho, o uso de vestuário e calçados adequados e a movimentação 
segura dos pacientes. 
 
Medidas Individuais: Todos os pacientes devem ter o seu risco de queda 
avaliado diariamente. O resultado da avaliação do risco de queda e de dano da 
queda do paciente deve ser registrado no prontuário. Na presença ou no 
surgimento de risco de queda, este deve ser comunicado aos pacientes e 
familiares e a toda equipe de cuidado. 
 
 
 
 
 
 
Orientações gerais 
 Faça exames oftalmológicos e físicos anualmente, em específico para 
detectar a existência de problemas cardíacos e de pressão arterial; 
 Mantenha em sua dieta uma ingestão adequada de Cálcio e vitamina D; 
 Participe de programas de atividade física que visem o desenvolvimento 
de agilidade, força, equilíbrio, coordenação e ganho de força do 
quadríceps e mobilidade do tornozelo; 
 Elimine de sua casa tudo aquilo que possa provocar escorregões e 
instale suportes, corrimão e outros acessórios de segurança; 
 Use sapatos com sola antiderrapante; 
 Amarre o cadarço do seu calçado; 
 Substitua os chinelos que estão deformados ou estão muito frouxos; 
 Use uma calçadeira ou sente-se para colocar seu sapato; 
 Evite sapatos altos e com sola lisa; 
 Nunca ande só de meias; 
 Fadiga muscular e confusão mental aumentam o risco de quedas; 
 Mulheres que não conseguem encontrar sapatos esportivos 
suficientemente largos para o formato do seu pé devem comprar na 
seção masculina, pois estes sapatos têm fôrmas maiores. 
 
NUTRIÇÃO DO PACIENTE 
 A PolíticaNacional 
de Alimentação e 
Nutrição (PNAN) tem 
como propósito a 
melhoria das condições 
de alimentação, nutrição 
e saúde da população 
brasileira, mediante a 
promoção de práticas 
alimentares adequadas e 
saudáveis, a vigilância 
alimentar e nutricional, a 
prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e 
nutrição. A atenção domiciliar é considerada um componente do continuum dos 
cuidados à saúde, pois os serviços de saúde são oferecidos ao indivíduo e sua 
família em suas residências com o objetivo de promover, manter ou restaurar a 
saúde, maximizar o nível de independência, minimizando os efeitos das 
incapacidades ou doenças, incluindo aquelas sem perspectiva de cura. 
Diversas atividades relacionadas à terapia nutricional podem ser realizadas 
pelo cuidador: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nos cuidados em Terapia Nutricional, a dieta pode ser administrada por 
via enteral e parenteral. A via enteral inclui a via oral (Nutrição Enteral/ Via Oral 
– NE/VO) e o acesso alternativo ao sistema digestório via sondas e ostomias. 
A preparação das formulas industrializadas deve seguir as orientações 
do fabricante. Veja no quadro a seguir os passos para preparação de formulas 
com alimentos. 
• Escolha, compra, higienização e armazenamento dos 
gêneros alimentícios para preparação da fórmula nutricional; 
• Preparação e conservação correta da fórmula nutricional; 
• Administração da fórmula nutricional por via alternativa de 
alimentação; 
• Higienização dos materiais e utensílios utilizados no preparo 
e administração da fórmula nutricional; 
• Posicionar adequadamente o paciente para administração da 
fórmula nutricional; 
• Identificar complicações decorrentes da fórmula nutricional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIETA POR SONDA ENTERAL 
 A sonda nasoenteral é um tubo de silicone usado para alimentação 
quando o alimento não pode passar pelo trajeto normal. É instalado por via 
nasal ou oral (nariz ou boca) e chega até o estômago ou intestino, depende da 
indicação do paciente. 
 Após a indicação da melhor via de acesso, o tempo que será necessário 
a infusão da formula nutricional deve ser avaliado. As formulas nutricionais 
podem ser administradas de maneira intermitente ou continua . A escolha do 
método de infusão dependera da estabilidade clinica do individuo. O método de 
administração intermitente pode ser por meio de bolus e gravitacional. 
 
 
COMO EVITAR A SAÍDA DA SONDA? 
 
• Tome cuidado especial no horário do banho. 
 
COMO TROCAR A FIXAÇÕES DA SONDA? 
 
• Esta fixação deve ser trocada quando estiver suja ou solta; 
• Retire a fixação antiga (cuidado para não puxar a sonda junto), limpe o 
nariz com água e sabão, seque bem e sem friccionar; 
• Fixe a sonda sem passar na frente dos olhos ou da boca; 
• A sonda não deve ficar dobrada, nem puxar a narina; 
• Em caso de vermelhidão ou machucado na pele, fixar a sonda em outro 
local e comunicar a equipe de enfermagem para avaliar o machucado. 
 
 
 
 
 
 
CUIDADOS IMPORTANTES NA INFUSÃO DA DIETA ENTERAL 
 
 
 Infundir a dieta lentamente por gotejamento (por meio de frasco 
acoplado ao equipo), gota a gota, para evitar diarreia, distensão abdominal, 
vômitos e má absorção; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES EM RELAÇÃO Á DIETA 
 
 Cuidados essenciais para o preparo da dieta 
 Lavar sempre as mãos antes de manipular qualquer alimento, manter as 
unhas curtas e limpas; 
 Separar um pano de prato somente para secar as mãos; 
 Higienizar o local (superfície de trabalho) onde será preparada as dietas 
com sabão ou detergente neutro e água. Em seguida, passar álcool de 
uso doméstico nas superfícies de trabalho; 
 Reservar os utensílios somente para o preparo da dieta; 
 Lavar muito bem copo de liquidificador, desmontando-o e lavando peça 
por peça separadamente; 
 Instrumentos de plásticos, de vidro, de acrílico e de borracha, após 
lavados com água e detergente neutro podem ser deixados numa 
solução de cloro, própria para desinfecção de alimentos e utensílios; 
 Seguir a diluição em água limpa recomendada pelo fabricante para 
alimentos e/ou utensílios (tipo mamadeiras); 
 
COMO ADMINSTRAR A DIETA 
 
 
Administração com seringa (bolus) 
 Encha uma seringa de 20ml com a dieta; 
 Tire a tampa que fecha a sonda; 
 Conecte a seringa à sonda; 
 Injete lentamente; 
 Repita a operação até o término da dieta; 
 Aspire 20ml de água com a seringa e injete 
na sonda para limpá-la; 
 Tampe a sonda. 
 
 
 
 
Administração com equipo 
 
 Conecte o equipo ao frasco; 
 Pendure o frasco no gancho; 
 Abra a pinça ou rolete para encher o equipo de dieta e, em seguida, 
feche o rolete; 
 Conecte o equipo à sonda; 
 Abra a pinça ou rolete regulando o gotejamento (a dieta deverá pingar 
gota a gota, conforme prescrição da nutricionista/medico); 
 Ao término da dieta injete 20ml de água na sonda, com uma seringa, 
para limpar. 
 Na suspeita da sonda estar fora do local, não administrar dieta. Entre 
em contato com o enfermeiro assistente. Cuidado ao barbear o paciente 
caso a sonda esteja fixada na bochecha, para não cortar a sonda. 
 
 
 
 
 
 
Dieta por Gastrostomia 
 
 Ostomia é uma abertura cirúrgica realizada na parede do abdome para 
ligar o estômago, ou parte do intestino ou a bexiga, com o meio externo. 
Existem dois tipos de ostomia: para eliminação de fezes e urina ou para 
administrar alimentação. A ostomia intestinal e urinária tem uma coloração 
rosada, brilhante e úmida e a pele ao seu redor deve estar lisa sem 
vermelhidão. Dependendo do lugar onde foi realizada a abertura a ostomia 
recebe um nome: 
• Gastrostomia ou jejunostomia - liga o estômago ou o jejuno à parede do 
abdome e serve para alimentar a pessoa por meio da sonda. 
• Ileostomia ou colostomia - liga uma parte do intestino à parede do abdome e 
serve para eliminar fezes. 
• Urostomia - liga a bexiga à parede do abdome e serve para eliminar urina. 
 
Cuidados com a gastrostomia 
 
• Limpe com água filtrada sem esfregar a pele em volta da ostomia, retirando 
secreção ou sujidade. 
• Lave a sonda com uma seringa de 50 ml com água, em um único jato. 
• Antes de alimentar a pessoa pela sonda, teste a temperatura do alimento no 
dorso da mão. 
• Injete o alimento lentamente na sonda. 
• Observe se a pessoa apresenta barriga estofada, sensação de barriga cheia, 
ou diarréia. A diarréia pode ser causada pela composição do alimento ou pela 
administração muito rápida do alimento. Essas ocorrências devem ser 
comunicadas à equipe de saúde. 
• Atentar para não injetar líquidos, alimentos ou água na via da sonda que 
serve para manter o balonete de fixação inflado. 
 • Caso a sonda saia, não tente reposicioná-la. Entre em contato com a equipe 
de saúde e feche o orifício. 
• Comunique também à equipe de saúde caso observe saída de secreção ou 
da dieta pelo local de inserção da sonda. 
 
SONDA VESICAL E CISTOSTOMIA 
 
O que é a Sondagem Vesical? 
 É um procedimento para retirada de urina da bexiga quando o paciente 
está impossibilitado de esvaziar sozinho. É utilizado um dispositivo de látex ou 
silicone para introdução pela via urinária até a bexiga, retirando a urina. Este 
procedimento pode ser de alívio onde o paciente passa pelo procedimento e 
não fica com nenhum dispositivo fixado ou intermitente (demora), onde é fixado 
no paciente a sonda com uma bolsa coletora que chamamos de sistema 
fechado, assim o esvaziamento da bexiga segue de maneira contínua. 
 
 
 
 
 
 
 
O que é a Cistostomia? 
 É um procedimento para retirada da 
urina, porém por meio de uma incisão cirúrgica 
realizada na pelve (região abaixo da cicatriz 
umbilical, e acima da genitália) onde é fixada a 
sonda com uma bolsa coletora para o 
esvaziamento da bexiga intermitente. 
CUIDADOS COM A SONDAGEM VESICAL E CISTOSTOMIA 
 
 
 
 
 
 
 
FIXAÇÃO E POSIÇÃO DA BOLSA COLETORA 
 
 
CUIDADOS COM APELE DO PACIENTE 
 
 "Os cuidados apropriados são capazes de promover a reparação 
tecidual das feridas e, consequentemente, o restabelecimento da 
integridade da pele. A enfermagem têm um papel vital no cuidado de um 
paciente com feridas ou leções. O processo de reparação tecidual das 
feridas é extremamente complexo, envolvendo uma série de processos 
entre células e tecidos. A localização, gravidade e extensão da lesão e 
a(s) camada(s) de tecido envolvida(s) afetam o processo de reparação 
tecidual das feridas. Da mesma forma, o processo de reparação tecidual 
depende de numerosos fatores intrínsecos e extrínsecos. 
O cuidado efetivo requer a compreensão dos processos de 
reparação tecidual e dos fatores que podem interferir nesse processo, 
assim como sobre seu processo de avaliação. A avaliação da ferida 
fornece as informações necessárias para identificar suas características e 
possíveis fatores intervenientes no processo de reparação tecidual para 
que se possa instituir os cuidados apropriados. 
c 
Fatores que influenciam o processo de reparação tecidual 
• Com o avanço da idade, a função reprodutiva das células epidérmicas 
diminui, sua substituição torna-se lenta e a derme atrofia-se, retardando a 
contração da ferida e aumentando o risco de sua deiscência. 
• A nutrição inadequada, incluindo proteínas, carboidratos, lipídios, 
vitaminas e minerais, retarda o reparo tecidual e aumenta o risco de 
infecção. 
• O paciente obeso está em risco de infecção da ferida e deiscência ou 
evisceração. O tecido adiposo tem menos vascularização, o que diminui o 
transporte de nutrientes e elementos celulares necessários para a 
reparação tecidual. 
• O comprometimento do processo de reparação tecidual em paciente 
com diabetes resulta da síntese e deposição reduzida de colágeno, 
diminuição da força tênsil da ferida e comprometimento da função dos 
leucócitos. 
• A infecção do leito da ferida prolonga a resposta inflamatória e os micro-
organismos usam nutrientes e oxigênio que seriam destinados ao reparo 
tecidual. 
• A terapia a longo prazo com esteroides e a quimioterapia ou o uso de 
medicações imunossupressivas podem diminuir a resposta inflamatória e 
o potencial de reparo tecidual. 
Tipos de lesões por pressão 
Lesão por Pressão: 
Lesão por pressão é um dano localizado na pele e/ou tecidos moles 
subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso 
de dispositivo médico ou a outro artefato. A lesão pode se apresentar em pele 
íntegra, aberta e pode ser dolorosa. A lesão ocorre como resultado da pressão 
intensa e ou prolongada em combinação com o cisalhamento. A tolerância do 
tecido mole à pressão e ao cisalhamento pode também ser afetada pelo 
microclima, nutrição, perfusão, comorbidades e pela sua condição. 
Lesão por Pressão Estágio 1: Pele íntegra com eritema que não 
embranquece 
Pele íntegra com área localizada de eritema que não embranquece e que pode 
parecer diferente em pele de cor escura. Presença de eritema que 
embranquece ou mudanças na sensibilidade, temperatura ou consistência 
(endurecimento) podem preceder as mudanças visuais. Mudanças na cor não 
incluem descoloração púrpura ou castanha; essas podem indicar dano tissular 
profundo. 
 
Lesão por Pressão Estágio 2: Perda da pele em sua espessura parcial 
com exposição da derme 
Perda da pele em sua espessura parcial com exposição da derme. O leito da 
ferida é viável, de coloração rosa ou vermelha, úmido e pode também 
apresentar-se como uma bolha intacta (preenchida com exsudato seroso) ou 
rompida. O tecido adiposo e tecidos profundos não são visíveis. Tecido de 
granulação, esfacelo e escara não estão presentes. Essas lesões geralmente 
resultam de microclima inadequado e cisalhamento da pele na região da pélvis 
e no calcâneo. Esse estágio não deve ser usado para descrever as lesões de 
pele associadas à umidade, incluindo a dermatite associada à incontinência 
(DAI), a dermatite intertriginosa, a lesão de pele associada a adesivos médicos 
ou as feridas traumáticas (lesões por fricção, queimaduras, abrasões). 
 
Lesão por Pressão Estágio 3: Perda da pele em sua espessura total 
Perda da pele em sua espessura total na qual a gordura é visível e, 
frequentemente, tecido de granulação e epíbole (lesão com bordas enroladas) 
estão presentes. Esfacelo e /ou escara pode estar visível. A profundidade do 
dano tissular varia conforme a localização anatômica; áreas com adiposidade 
significativa podem desenvolver lesões profundas. Podem ocorrer 
descolamento e túneis. Não há exposição de fáscia, músculo, tendão, 
ligamento, cartilagem e/ou osso. Quando o esfacelo ou escara prejudica a 
identificação da extensão da perda tissular, deve-se classificá-la como Lesão 
por Pressão Não Classificável. 
Lesão por pressão Estágio 4: Perda da pele em sua espessura total e 
perda tissular 
Perda da pele em sua espessura total e perda tissular com exposição ou 
palpação direta da fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso. 
Esfacelo e /ou escara pode estar visível. Epíbole (lesão com bordas enroladas), 
descolamento e/ou túneis ocorrem frequentemente. A profundidade varia 
conforme a localização anatômica. Quando o esfacelo ou escara prejudica a 
identificação da extensão da perda tissular, deve-se classificá-la como Lesão 
por Pressão Não Classificável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Como prevenir? 
 
 
As figuras mostram os principais pontos de pressão a serem 
observados e protegidos 
 
 
 
 
O que não fazer 
 Não usar almofadas tipo roda d’água ou as de formato 
arredondadas com buraco no centro; 
 Não arrastar o paciente ou deixar que a pele fique se 
esfregando contra os lençóis, pois ambas causam fricção na 
pele; 
 Não posicionar o paciente de forma que ele fique em contato direto com 
dispositivos médicos (tubos, cateteres e ou outros objetos); 
 Não usar lençóis com costura ou com dobras que ficam em contato direto 
com o paciente; 
 Não usar roupas as quais os botões fiquem em contato com a pele; 
 Não posicionar o paciente numa superfície corporal que já apresente uma 
área com vermelhidão; 
 Não massagear e nem esfregar vigorosamente a pele que tenha risco para 
desenvolver lesões; 
 Não aplicar dispositivo de aquecimento, tais como, bolsas de água quente, 
almofadas térmicas diretamente na superfície da pele. 
 
 
CUIDADOS COM A COLOSTOMIA NO DOMICILÍO 
 Colostomia e ileostomia são definidas, respectivamente, como 
intervenções cirúrgicas realizadas pela abertura de segmento cólico ou ileal na 
parede abdominal, visando ao desvio do conteúdo fecal para o meio externo 
 A colostomia pode ser duplo barril ou duas bocas: o intestino é 
totalmente separado e as duas porções finais são trazidas para a parede 
abdominal, formando dois estomas distintos, o estoma proximal, funcionante, e 
o estoma distal, que não funciona. Como também pode ser de uma única boca 
dependendo da técnica cirúrgica adotada. 
Quanto à permanência 
Estomia definitiva: é aquele em que foi necessário retirar uma estrutura que 
mantém o fisiologismo do trato gastrointestinal. Exemplo: retirada do esfíncter 
anal, ou de todo o reto, que impossibilitaria o funcionamento fisiológico do 
intestino. 
Estomia temporária: é aquele em que, no procedimento cirúrgico inicial, foram 
mantidas as estruturas que possibilitem o funcionamento fisiológico do trato 
gastrointestinal após recuperação da doença de base. O tempo de 
permanência do estoma temporário varia, em média, de 03 a 12 meses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nos primeiros dias após a cirurgia, o estoma pode ficar edemaciado (inchado). 
Aos poucos o edema regride. O estoma é vermelho ou rosa vivo semelhante à 
mucosa da boca (parte interna). A pele ao redor do estoma (pele periestomal) 
deve estar lisa, sem lesões ou ferimentos. Como o estoma não tem 
terminações nervosas, não dói ao ser tocado; no entanto, pode apresentar um 
pequeno sangramento. Realizada a estomia, o organismopassa por uma 
adaptação. A consistência das fezes e a frequência da evacuação mudarão 
após 30 dias da cirurgia, aproximadamente. 
 
 
 
Principais complicações 
Abscesso, dermatite, edema, estenose, foliculite, varizes periestomais, 
hemorragia, hérnia periestomal, necrose, prolapso, retração. 
FUNÇÃO DO TECNICO DE ENFERMAGEM NAS OSTOMIAS 
 Prestar atendimento ao paciente na para realização da troca e limpeza da 
bolsa de colostomia, acompanhar a evolução do quadro, mediante os 
cuidados propostos. 
 
Bolsa de colostomia 
Os sistemas de bolsas de estomias, 
em sua maioria, são produzidos por 
empresas multinacionais e possuem 
uma grande diversidade de modelos. 
As bolsas podem conter uma ou 
duas peças, serem drenáveis ou 
fechadas, descartáveis ou 
reutilizáveis. 
 
Composição de uma bolsa: 
• Clamps: usados para o fechamento das bolsas coletoras intestinais 
drenáveis; 
• Medidor de estomas: usado para marcar o tamanho dos orifícios nas 
placas recortáveis; 
Como deve ser realizada a limpeza e ou troca da bolsa de bolsa de 
colostomia 
Para trocar a bolsa da colostomia é recomendado que: 
1. Retire a bolsa, descolando lentamente para não lesionar a pele. 
2. Higienize a ostomia e a pele em volta com gaze e soro fisiológico ou água. 
Não é necessário utilizar sabão, mas se preferir, pode utilizar um sabão 
neutro. 
3. Seque bem a pele em volta da ostomia para permitir que a nova bolsa 
fique colada na pele. Não é recomendado utilizar qualquer creme ou 
produto na pele sem indicação do médico; 
4. Corte um pequeno buraco na bolsa nova, do mesmo tamanho da sua 
ostomia e cole o saco de volta no local correto. 
 
 
O conteúdo da bolsa suja deve ser colocado no vaso sanitário e depois a bolsa 
deve ser jogada no lixo, pois não deve ser reutilizada devido ao risco de 
desenvolver infecções. Porém, se a bolsa for reutilizável, deve-se seguir as 
instruções do fabricante para a lavar corretamente. 
 
 
Quando se deve trocar? 
A quantidade de vezes que a bolsa deve ser substituída varia de acordo 
com a ostomia e o próprio funcionamento do intestino, mas o ideal é que se 
faça a troca sempre que a bolsa está quase cheia. 
 
Como cuidar da pele em volta da ostomia 
 
A melhor forma de evitar irritações na pele em volta da ostomia é manter 
a bolsa no local correto, pois isso evita que as fezes entrem em contato direto 
com a pele. Assim, o passo mais importante é medir corretamente a ostomia e 
cortar o buraco, na bolsa, do tamanho certo. 
Porém, outros cuidados que também se deve ter são lavar bem a pele 
após tirar a bolsa e verificar. Caso a pele fique muito irritada ao longo do 
tempo, é recomendado consultar um dermatologista ou falar com o médico 
responsável pela ostomia para utilizar um creme de barreira próprio que não 
impede a bolsa de colar na pele. 
 
CUIDADOS COM A TRAQUEOSTOMIA 
 
 Traqueostomia, é uma pequena abertura na parte da frente do pescoço 
para que o ar possa passar e chegar aos pulmões. Além de respirar melhor, 
ajuda a limpar as secreções produzidas no pulmão. Pode ser definitiva (para o 
resto da vida) ou provisória (por algum tempo), dependendo do problema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dificuldades com a cânula de traqueostomia: 
• Entupimento da cânula por acúmulo de secreções (por isso tem que 
aspirar e limpar diariamente). Caso aconteça, aspire o paciente com 
cuidado para não machucar e realize inalações; 
• Saída acidental da cânula. Neste caso, tentar colocar novamente e de 
preferência uma cânula nova e limpa. Se encontrar resistência, chamar 
o serviço de urgência e se necessário, ventilar o paciente com o ambu; 
• Secreção com raias de sangue (cuidado para não machucar ao realizar 
os procedimentos de higiene e aspiração); 
 
ASPIRAÇÃO 
 A aspiração é o procedimento realizado para retirar a secreção do 
pulmão quando o paciente tem a tosse fraca e não consegue colocar a 
secreção para fora. Este procedimento é realizado com ajuda do equipamento 
de aspiração, sonda e luva. Quando o paciente tem cânula de traqueostomia, o 
ideal é usar uma luva estéril para aspirar a cânula, evitando contaminação. 
 
 
 Introduza a sonda de aspiração e vá o suficiente para que passe toda a 
extensão da cânula, parando quando sentir resistência para não machucar. 
Introduza e retire aspirando rapidamente, cerca de 3 segundos (evite aspiração 
que dure mais de 5 segundos por causa da perda de oxigênio) 
 
 Deixe a criança ou adulto respirar várias vezes (descansar) entre uma e 
outra aspiração; 
 
 
 
 
 
 
 
 Deixe o paciente bem posicionado, com a cabeça elevada. Exemplos a 
seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Secretaria de 
Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Guia prático do cuidador / 
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Secretaria de Gestão do 
Trabalho e da Educação na Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2008. 
Brasil, Ministério da Saúde. Orientações para o cuidado com o paciente no 
ambiente domiciliar, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Brasília - Ministério da 
Saúde, 2018. 
Cuidado do idoso: o trabalho do cuidador/ Bruna Faria Ribeiro... [et al] ; 
organização de Jussara Loungoro. – São Paulo: Rideel,2017 
Geriatria: Manual da LEPE – Liga de Estudos do Processo de Envelhecimento/ 
Maria Elisa Gonzales Manso e Elaine Cristina Alves Biffi ( Processo 
Organizadores) –São Paulo (SP): Martinari, 2015 
Home Care: Cuidados Domiciliares: Protocolos para a Prática Clínica / Cathy 
Bellermeur... [et al] ; tradução Ivam Lourenço Gomes; revisão técnica Christina 
Aparecida Ribeiro, Marivan Santiago Abrahão. – Rio de Janeio: Guanabara 
Koogan, 2007 
 Procedimentos de enfermagem : guia prático / Maria Isabel Sampaio 
Carmagnani ... [et. al.]. - 2. ed. - [Reimpr.]. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 
2018. 
Tratamento de Feridas e Irrigação Anne Griffin Perry, Patricia A. Potter, 
Martha Keene Elkin and Wendy Ostendorf, 2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	Movimentação do paciente acamado
	Quando se deve trocar?
	Como cuidar da pele em volta da ostomia

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