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HISTÓRIA DA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR Desde os tempos imemoriais, na época da Terceira Dinastia do Egito antigo, há realatos de assistência domiciliar realizada por médicos aos faraós e seus familiares. O médico mais conhecido que a literatura menciona é Imohotep. Na Grecia o médico Asklépios e seus discipulos praticavam atendimento médico nos domicílios. Segundo a mitologia grega, o médico Aklépios foi com convidado para viver com os deuses no Olimpo, logo depois prestar seus cuidados e práticar a cura aos doentes. No final do século XVII o Samuel Habbeman abandonou sua carreira medica de um hospital universitario para dedicar-se aos cuidados domiciliares, acreditava que “ o médico é o homem que vai atrás dos enfermos, sem descanso, os busca, luta desesperadamente contra a enfermidade, se instala á cabeceira do enfermo, de todos os enfermos, do maior números deles”. Boston ano de 1796 foi registrada a primeira forma organizada de assistência domiciliar, conhecida como New England Medical Center, 1850 foi criado um programa de promoção á saúde Public Helth Nurse. Florence Nightingale foi uma das grandes influenciadoras, gerou impacto na saúde quando houve formações de enfermeiras nos EUA, os atendimentos passou a serem prestados por empresas compostas basicamente por enfermeiras. Desta forma, a Visiting Nurse Association surgiu em 1885, associação que supervisionava as várias agência de atendimento domiciliar criadas apatir do século XIX. As empresas cuidavam de todas as classes sociais. A partir de 1900, nos EUA, houve uma transição demográfica onde demonstra um envelhecimento populacional cada vez mais acentuado, a mudança no perfil epidemiológico da população, no qual se evidencia um aumento das doenças crônico não-transmissíveis, o aumento da procura por cuidados de saúde, o interesse dos profissionais de saúde por novas áreas de atuação, a exigência por maior privacidade, individualização e humanização da assistência à saúde, o governo percebeu que a assistencia domiciliar era eficiente e passou a buscar financiamento junto ao Estado. ASSISTÊNCIA DOMICILIAR NO BRASIL No Brasil a assistência domicilar não possui nenhum registro que formal, sua história norteia-se atraves de relatos de experiência nesse tipo de atendimento. Os primeiros atendimentos domiciliares foram no século 1919, com o serviço de Enfermeiras Visitadoras no Rio de Janeiro. Em 1920 o curso de Enfermeiras Visitadoras, transformando-se logo ápos na Escola de Enfermagem Ana Neri, com algumas infliuências norte-americanas. No ano de 1942 teve uma expanção nos serviços na capital carioca para os individuos e suas famílias, inspirando a assistência domiciliar. Em 1947, no período da Segunda Guerra Mundial, surgiu efetivamente o atendimento domiciliar nos EUA, quando várias enfermeiras se reuniram para tratar os doentes sem casa. Experiências na assistência domiciliar, como forma de desafogar os hospitais. 1951 1953 Surgimento da Nacional League for Nursing. A assistência domiciliar chega no Canadá 1960 Criação do programa Medicare e Medicaid, que passaram a financiar o atendimento domiciliar Norte- Americano. 1965 Linha temporal dos marcos da historia da Assistência Domiciliar no Brasil ANO MARCO 1950 e 1952 As aposentadorias e pensões financiavam o SAMDU 1967 Desenvolvimento do programa assistência domiciliar pelo Hospital do Servidor Público Estadual. 1977 Crescimento e regulamentação da assistência domiciliar. 1990 Assistência começou ser aplicada na iniciativa privada em São Paulo. 1994 Crescimento das empresas de assistencia domiciliar 2006 Lançamento da Resolução RDC pela Anvisa n°11, de 26/01/2006 diretrizes para a prática deste atendimento no Brasil. Em 1949 foi criada a primeira atividade planejada de assistência domiciliar, ligada inicialmente ao Ministério do Trabalho, denominado Serviço de Assistência Domiciliar e de Urgência. (SAMDU). A asssitencia domiciliar é uma importante alternativa no tratamento de pacientes, otimizar o tempo de tratamento e o custo-beneficio. Segundo o Núcleo Nacional das Empresas de Serviços de Atenção Domiciliar, em 2006 o setor contava com 170 empresas brasileiras voltadas para o atendimento domiciliar, em sua maioria localiava-se em São Paulo, atendendo cerca de 30 mil pacientes por mês. Desses pacientes, 73% são de empresas privadas associadas aos planos de saúde e 20% do Sostema Único de Saùde(SUS). Esse tipo de atendimento ainda engatinha pelo Brasil tem muito que crescer. Isso vem sendo incentivado pela economia e pelas regulamentações desenvolvidas, a fim de organizar e direcionar o atendimento domiciliar. CONCEITOS E DEFINIÇÕES A atenção domiciliar, também é conhecida como home care, compreende-se por “cuidado no lar ou em casa”. Segundo o dicionario aurélio, o termo cuidado significa: atenção, precausão, cautela, diligência,desvelo, encargo, responsabilidade. Com a finalidad de encontrar uma forma de melhor descrever a a expressão home care, encontrou-se a palavra “assistência”, que facilmente pode ser substituir a palavra cuidado, dando enfase no tramento de clientes em seu domicilio. No Brasil a assistência domiciliar, compreende o atendimento do paciente em seu domicílio por profissionais da saúde ou cuidadores, com finalidade de promover, manter e ou restaurar a saúde do cliente com o máximo de autonomia, privacidade e o mínimo de agravos decorrentes da doença. Segundo o Conselho Federal Enfermagem, a assistência domiciliar deve ser considerada como um recurso a ser utilizado que procura manter o cliente junto à sua família, buscando-se o conforto e a recuperação, reabilitação bio- psico-social, além de primar pela garantia dos mesmos princípios de biossegurança a que os clientes teriam acesso na internação hospitalar tradicional. A assistência domiciliar saúde é a provisão de serviços relacionados a saúde ás pessoas de qualquer idade em casa. Sendo que que o home care visa na prevenção, tratamento ou reabilitação do indivíduo, seja ele criança, adolescente, adulto ou idoso, independentemente do grau de complexidade que seu cuidado exigido. OBJETIVOS DO HOME CARE Humanização do cuidado e de todo o atendimento. Proporcionar conforto e segurança para o paciente no domicilio, e tranquilidade para seus familiares. Realizar o cuidado domiciliar. Concretizar a autonomia do indivíduo e da família. Descobrir formas e possibilidades de vivencia de uma vida digna e com saúde nas mais diferentes situações. Reintegrar o paciente em seu núcleo familiar e de apoio. Estimular uma maior participação do paciente e de sua família no tratamento proposto Promover educação em saúde. Contribuir para a otimização dos leitos hospitalares e do atendimento ambulatorial, visando a redução de custos. LEGISLAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO DA ATENÇÃO DOMICILIAR Com o crescimento do número de empresas de AD do setor privado e algumas iniciativas de hospitais públicos para a provisão de internação hospitalar aos seus pacientes, o Ministério da Saúde se viu obrigado a regulamentar essa atividade. Assim, em 1998, foi publicada a Portaria n° 2.416, de 23-03-1998, do Gabinete do Ministério da Saúde, que estabelecia requisitos para o credenciamento de hospitais e para realização de internação em domiciliar pelo Sistema Único de Saúde. Com a legislação reconhecendo a existência e a finalidade da AD, era fundamental que os profissionais da área da saúde começassem a se posicionar a respeito de suas atribuições e suas condições de trabalho nessa nova modalidade de atendimento. A primeira norma que tratou a temática dentro do âmbito de um Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), que definiu o conceito de enfermagem em domicilio, assim como os níveisde complexidades menor, média e alta. Por meio da resolução de n° 270, de 18-4-2002, a obrigatoriedade de haver um enfermeiro responsável por turno e um responsável técnico, quaisquer equipes de enfermagem devem estar devidamente registradas no conselho de classe do seu Estado. A resolução Cofen n°272, de 27-08-2002, dispõe sobre obrigatoriamente da Sistematização da Assistência de Enfermagem também nessa modalidade de atendimento e trouxe, pela primeira vez, a orientação da manutenção do prontuário junto ao cliente, ou seja, em seu domicilio. Essa recomendação foi corroborada posteriormente pela Resolução de diretoria, Colegiada RDC N° 11, de 26-1-2006. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que se apossa de um regulamento técnico de funcionamento de serviços que prestam atenção domiciliar. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO Os critérios de elegibilidade para ingresso no programa de cuidados ou internação domiciliar indicam beneficiários dependentes de internação hospitalar prolongada, perfil nosológico, que torna possível realizar os cuidados em ambiente domiciliar, tratamento de feridas, antibioticoterapia, suporte pós- internação, acompanhamento para beneficiários portadores de doenças crônicas. Para ingressar no programa é necessário que o beneficiário tenha indicação de algum médico, essa indicação, ele passa por uma avaliação da equipe do programa para análise das suas condições socioeconômicas, a ambiência do domicílio, o desejo da família em ter a pessoa em casa e a garantia de um cuidador. A prestadora tem uma grande flexibilidade no julgamento da elegibilidade de cada beneficiário. A equipe de avaliadores é composta por uma enfermeira, uma médica e, quando necessário, fisioterapeuta, em conjunto com a prestadora e a operadora de home care. TIPOS DE MODALIDADES DA ATENÇÃO DOMICILIAR Sendo reconhecida por lei e regulamentada por diversos órgão de classe, a consolidação da Atenção Domiciliar (AD) no Brasil tornou-se evidente. Diante disso, as agências reguladoras começaram a trabalhar em normas que regulamentassem os requisitos mínimos a serem cumpridos pelas empresas e profissionais que ministrassem esse tipo de assistencial Segundo a ANVISA no ano de 2006 pela Resolução de n°11 propõe requisitos de segurança e funcionamento dentro da atenção domiciliar. Deste modo as suas modalidades se distribuem em três. Atenção Domiciliar É a modalidade de maior amplitude, é definida como um termo genérico. As ações de saúde são realizadas no domicílio do paciente por uma equipe multiprofissional, a partir do diagnóstico da realidade em que o paciente está inserido, visando à promoção, manutenção e ou restauração da saúde, portanto, é uma atividade que envolve não só os diferentes profissionais da área da saúde, como também o cliente e sua família, visando ao estabelecimento da saúde como um todo. Considera a atenção domiciliar à saúde como "um dos meios de se obter do indivíduo, da família e da comunidade sua participação no planejamento, organização, operação e controle" dos cuidados primários em saúde, fazendo uso dos recursos locais disponíveis. Atendimento Domiciliar O atendimento domiciliar representa uma estratégia de atenção à saúde, que engloba mais do que o fornecimento de um tratamento padrão. É um método aplicado ao cliente com o objetivo de enfatizar sua autonomia e realçar suas habilidades em seu próprio ambiente. Ele envolve ações menos complexas, multiprofissionais ou não, que podem ser comparadas a um consultório em casa. O atendimento domiciliar pode propiciar um contato mais estreito dos profissionais de saúde com o paciente e seus familiares em seu próprio meio, podendo este momento ser útil para uma avaliação das condições que o cercam, é um dos fatores de grande importância para o sucesso do acompanhamento do paciente. Compreende-se que esse tipo de atendimento envolve a realização de ações educativas, orientação, demonstração de procedimentos técnicos a serem delegados ao cliente, familiares. Internação Domiciliar A internação domiciliar é uma atividade continuada, com oferta de tecnologia e de recursos humanos, equipamentos, materiais e medicamentos, para pacientes em estados mais complexos, que demandam assistência semelhante à oferecida em ambiente, é a prestação de cuidados sistematizados de forma integral e contínua no domicílio, com supervisão e ação da equipe de saúde específica, personalizada, centrada na realidade do cliente, envolvendo a família. Requer aparato tecnológico semelhante ao existente na estrutura hospitalar, pois o cuidado é direcionado a doentes com complexidade moderada ou alta, no entanto, esses recursos tecnológicos são solicitados de acordo com a necessidade do cliente. Nesta modalidade o acompanhamento contínuo, diário e até, às vezes, ininterrupto, pode ser de 24, 12, 8 ou 6 horas de assistência de enfermagem. ADMISSÃO EM ATENÇÃO DOMICILIAR O processo de admissão domiciliar é a fase inicial do processo assistencial, nesta fase é imprescindível a realização do planejamento estratégico da equipe multiprofissional envolvidos, assim como também os fornecedores dos produtos ou serviços que contribuam para o atendimento ao cliente. A satisfação do cliente é uma das finalidades de qualquer organização, por tanto é primordial que toda a equipe conheça a definição do seu cliente e suas necessidades e exigências. ETAPAS QUE COMPÕE UMA ADMISSÃO 1- COLHER DADOS DOS PROCESSOS: É necessário levantar todos os dados cadastrais do cliente eu receberá o atendimento domiciliar, tias como diagnósticos, tempo de internação, condição clínica, necessidades no domicilio, cobertura de cuidados, equipamentos e insumos pelo tomador de serviços, médico assistente e equipe multidisciplinar. 2- IDENTIFICAR E PRIORIZAR OS PROBLEMAS: Conhecer as regras e rotinas do fornecedor de serviços para alinhar com o atendimento que será proposto e verificar aceitação por parte do receptor ou seu responsável, realizar levantamento dos custos e das condições básicas do domicílio onde o atendimento será prestado, como a área de abrangência, certificar a logística de entregas de medicamentos, materiais e a escala de recursos humanos. 3- IDENTIFICAR E PRIORIZAR SOLUÇÕES: Planejar o atendimento e alinha-lo com o médico responsável juntamente com a equipe e o próprio paciente sobre o plano de cuidados, data de início, data de término, objetivo do atendimento, materiais e equipamentos que farão parte do atendimento e o que será de responsabilidade da família. Colher assinatura do termo de consentimento informado, no qual estão descritas as informações do atendimento. 4- ACOMPANHAR A IMPLANTAÇÃO: Faz parte do papel do setor admissão acompanhar a implementação do atendimento e checar a satisfação do cliente e sua família. RECURSOS HUMANOS O recurso humano tem uma função essencial no processo assistencial, deve ser composta por uma equipe competente e profissional. A diferença entre fornecer assistência no domicilio, no hospital é apenas a questão do local. Sua equipe é composta por médico, uma enfermeira, definidos pelas necessidades do paciente. Estes podem incluir um fisioterapeuta, um terapeuta ocupacional, assistente social, auxiliar ou técnico de enfermagem, nutricionista, psicólogo, fonoudiológo. Características dos profissionais de assistência domiciliar ► Flexibilidade, abertura, criatividade e disposição para aplicar habilidades e conhecimentos de uma forma única para cada paciente ► Capacidade de agir de forma independente, mas reconhecendo limitações pessoais e de campo profissional, procurando ajuda quando necessária ► Capacidade de avaliar amplos aspectos de uma situação e de comunicá-los, de forma clara e sucinta, verbalmente e por escrito, a outros membros da equipe ► Capacidade de adaptação de habilidades e de conhecimento para cada paciente particular e para cada ambiente domiciliar, focalizandoas áreas específicas de necessidade e improvisando em situações atípicas ou desafiadoras ► Capacidade de planejar o tempo de forma independente, para atingir os objetivos dos pacientes, apesar da variedade de localizações, dos tempos de visita, dos tempos de deslocamento e dos estilos de comunicação ► Flexibilidade e aceitação de alterações de programação e de prioridades, por iniciativa da instituição ou do paciente ► Respeito e aceitação do domicílio do paciente, independentemente do nível social ► Capacidade de estabelecer uma relação de confiança com os pacientes e suas famílias, enquanto trabalha para desenvolver o plano de atenção e alcançar os objetivos comuns ► Capacidade de avaliar as limitações e a resposta ao plano de atenção corrente, incluindo resultados inesperados, reações adversas ou complicações que exijam assistência imediata, visitas adicionais ou acompanhamento ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR Enfermeiro Avaliação inicial do paciente Reavaliação regular das necessidades do paciente Início do plano de atenção Revisão do plano de atenção, como necessário Fornecimento de serviços especializados adequados Emprego de estratégias de enfermagem preventiva e de reabilitação Documentação clínica Coordenação dos serviços Comunicação de alterações do estado ou das necessidades do paciente para outros membros da equipe Providenciar o aconselhamento do paciente e de sua família Participação em programas durante o trabalho Supervisão e educação de outros membros da equipe de enfermagem. O âmbito de prática de uma enfermeira na assistência domiciliar pode ser como generalista ou como especialista. RESOLUÇÃO COFEN Nº 0464/2014 Normatiza a atuação da equipe de enfermagem na atenção domiciliar. Técnico de enfermagem § 4º O Técnico de Enfermagem, em conformidade com o disposto na Lei do Exercício Profissional e no Decreto que a regulamenta, participa da execução da atenção domiciliar de enfermagem, naquilo que lhe couber, sob supervisão e orientação do Enfermeiro. O técnico de enfermagem exerce atividades de nível médio, envolvendo orientação e acompanhamento do trabalho da enfermagem em grau auxiliar, e participação no planejamento da assistência de enfermagem Continuação... Executar ações de assistência de enfermagem, exceto as privativas do enfermeiro Participar da orientação e supervisão do trabalho de enfermagem Participar da equipe multidisciplinar Observar e reconhecer sinais e sintomas Executar tratamento medicamentoso ENVELHECIMENTO A população mundial está passando por uma redução no número de crianças e jovens e um aumento proporcional do número de pessoas com 60 anos ou mais, fenômeno conhecido como transição demografica. Esta transição deve-se tento á queda da taxa de natalidade uando a mortalidade da população. Aredução na taxa de natalidade populacional está associada, no Brasil, avários fatores. A inserção da mulher no mercado de trabalho e conhequentemente migração das áreas rurais ppara urbanas, ao aumento do custo de vida, a melhoria do nével educacional e expansão de acesso a companhas de panejamento familiar fizeram com que as mulheres tivessem progressivamentoe menos filhos. Aliado a esse fato, vem occorendo um contpinuo evelhecimento da população mundial, a qual é cada vez mais longeva. No ano de 2005 a estimativa mostrava que a população com mais de 80 anos, principalmente em paises em desenvolvimento, era cerca de 69 milhões de pessoas, sendo que este numero vem crecendo progressivamente. Conforme os dados do INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA (IBGE), de 2014, o Brasil será um país de idosos em 2030, o que deverá ao fato de o número de idosos com mais de 60 anos ser maior do que o númeor de crianças de 14 anos. As mudanças nas condições de vida e os avanços na medicina contribuíram para o aumento da expectativa de vida. As tendencias ao evenlhecimento populacional vem ganhando forças, e esse grupo de pessoas tem como o principal fonte de renda a aponsetadoria . Por isso, a preocupação do sistema previdenciário em estabelecer mendas que sejam viáveis para o país. Segundo os dados do IBGE afirmam que a população idosa no Brasil esta crescendo, e a projeção para 2050 que é onumero de idodos no Brasil, sejam maior do que na Europa. Tabela – Proporção de idosos na população brasileira Ano Proporção de idosos na população brasileira 1950 4,9 % 2010 10,2% 2050 29,7% As condições socioeconomicas, o estilo de vida e a presença de doenças crônicas podem estar relacionados diretamente com envlhecimento mais precoce ou mais tardio na população. O envelhecimento pode ser classificado em três grupos: primário,secundário e terciário, cada fase possui sua caracteristica especifica. PRIMÁRIO OU INICIAL É o processo de senescência, também conhecido como envelhecimento normal. Ocorre de forma gradual e progressiva em todas as pessoas SECUNDÁRIO OU INTERMEDIÁRIO É o processo resultante das influências externas, por isso pode variar de um individuo para o outro. É um fenômeno patologico, qu eenvolve sinais clinicos de doenças e é inflienciado pelo ambiente, por fatores culturais e geográficos. Nesse estágio, o individuo é considerado mais vuneravél TERCIARIO OU TARDIO O envelhecimento gera efeitos permanentes e importantes, como alterações físicas e cognitivas ALTERAÇÕES DO ENVELHECIMENTO O processo do envelhecimento é algo continuo e dinamico, no qual o individuo, ao longo do curso da vida, vivencia diferentes estados e níveis de equilibrio e desequilibrio entre dois extremos: sáude e doença, onde denomina- se senescência e senilidade. O corpo com o tempo sofre alterações morfologicas e funcionais que mudam gradualmente a aparencia do individuo, alterações estas que fazem parte do procsso natural do envelhecimento, que se inicia logo após o nascimento, e é caracterizado pela morte de milhares de celulas, decorrente do precesso do envelhecimento, os órgãos tendem diminuir a capacidade funcional, resultando na dificuldade para responder a estimulos, ocasionando frgilidade e vilnerabilidade. ENVELHECIMENTO DAS CÉLULAS E TECIDOS No processo do envelhecimento, as células diminuem em número multiplicam-se mais lentamente, havendo uma diminuição do número de glóbulos (vermelhos e brancos) e perda da eficácia. Quanto aos tecidos, verificam-se modificações e atrofia dos tecidos gordos e subcutâneos. Além da perda da elasticidade tecidual. Diminuição do número de células ativas; Abrandamento do ritmo da multiplicação celular; Atrofia e perda de elasticidade tecidual; TOME NOTA! Senescência: envelhecimento natural Senilidade: envelhecimento patológico ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS As mudanças estruturais dão-se, sobretudo, no nível celular. A célula é a unidade básica de que estão constituídas todas as partes do corpo. Grupo de células formam os tecidos e estes, por sua vez, se organizam em diversos padrões, para formarem os órgãos. Quanto à composição global do corpo e peso corporal, há um aumento do corpo e peso corporal, modificando-se assim o peso corporal. O peso dos órgãos diminui durante o envelhecimento. Há um aumento considerável do tecido gordo e diminuição do tecido magro, razão pela qual surge predisposição para a obesidade . ENVELHECIMENTO DOS MUSCULOS, ÓSSOS E ARTICULAÇÕES Nas cartilagens articulares ocorre perda dos conndrócito, alteração do colágeno e alterações na composição da matriz extracelular além de diminuição no toer de água, essa salterações fazem as catilagens ficarem mais rigidas e frágil dando espaço pars doenças degenerativas. Em relação aos músculos, ossos e articulações, há uma diminuição de 25% a 30% da massa muscular, verificando, também diminuição da mobilidade das diversas articulaçõesNo processo de senescência é comuma atrofia muscular, devido á perda de célula musculares e aumento do tecido cojuntivo intracelular. As céluas musculres de contração rápidas são mais atingidas,ocorrendo lentificação dos movimentos. Por conta do adelgaçamento (aproximação) dos discos vertebrais (presentes na coluna), ocorrem: redução da estatura, correspondente a 1,2 até 5 cm; redução da caixa torácica; levando todas essas alterações a diminuição do funcionamento do aparelho locomotor e do equilíbrio do idoso. Perdas de cálcio, causando o aparecimento da osteoporose. A osteoporose é o resultado de baixo pico de massa óssea. Atinge mais mulheres do que homens (75% dos casos são pessoas do sexo feminino) e deixa os ossos frágeis. ENVELHECIMENTO DA PELE E TECIDO SUBCUTÂNEO As alterações da derme e epiderme são determinadas especialmete pela hereditariedade e exposição solar. A epiderme fica mais delgada pela perda das células, enquanto que a derme há diminuição do número de fibriblastos e fibras colágenas e elásticas, consequentemente redução da espessura, tornando-a mais seca e menos oleosa devido a atrofia das glândulas sudoridas e sebacias, a pele estará mais propensas ao aparecimentos de fissuras, escoriações e infecções cutâneas. Sendo considerada um dos órgãos que mais sofre transformações à medida que a idade avança. Assim, manter a integridade cutânea é de extrema importância para que o organismo se possa defender das diversas alterações ou mudanças às quais a pessoa esteja exposta. Fatores Na pele e tecido subcutâneo verifica-se a perda dos tecidos de suporte subcutâneo Ressecamento da pele Possibilidades de equimoses a menor pressão Modificações vasculares e cutâneas múltiplas (presença de pequenos “vasos” pelo corpo todo Atrofia e baixa eficácia das glândulas sebáceas e sudoríparas Perda da elasticidade da pele Aparecimento de rugas O decair das faces, do queixo e das pálpebras O alongamento dos lobos das orelhas ENVELHECIMENTO NO SISTEMA TEGUMENTOS (PÊLOS E UNHAS) Quanto aos tegumentos, há o rareamento dos pêlos a cada dia, exceto no rosto (nas mulheres: buço e queixo e nos homens: cavidade nasal e cavidade auditiva). Os cabelos ficam mais finos devido à diminuição da atividade dos folículos pilosos que com o tempo não substituem os pelos com eficiência. As unhas ficam quebradiças e espessas devido à diminuição de acesso vascular. Exemplos: A perda dos cabelos, que leva à calvície; aparecimento dos cabelos brancos Espessamento das unhas (processo chamado de onicogrifose). ENVELHECIMENTO DO SISTEMA NERVOSO É comum nessa fase da vida atrofia e diminuição do numero de conexões nervosas, do numer de receptores e neurotransmissores e a degeneração de pequenos vasos sanguineos. A perda de neurorios no cortex do hipotalamo, é respondavel pela memoria de fatos recentes, o que explica o fato de idosos terem dificuldade de aprender novos fatos, mas lambrem os faotos antigos que dependem de outra regiões do encéfalo. A perda de neuronios na chamada substancia negra, no mesencéfalo, quanto ultrapassa os valores, acarretas sintomas de parkinsonismo. Fatores Declínio no controle postural; Declínio da sensação tátil; Declínio da sensação vibratória; Sabor, cheiro, apetite e sede são afetados pelo envelhecimento; Diminuição da acuidade visual e da noção de profundidade; Diminuição da sensibilidade aos sons diferentes; Diminuição da propriocepção; Dificuldade de adaptação em ambientes diferentes, risco de delirium e quedas. ENVELHECIMENTO DO CORAÇÃO No miocardio, há perda de miocitos e aumento do tecido conjuntivo nos espaçoss interticiais com o ácumulo de lipofuscina. As valvas sofrem processo degenerativo com o aumento do tecidos fibroso. O sistema condutor sobre perda de celuas, em especial o nó sino atrial, que acumula tecido adipodo, fribras colagenas e elasticas. O coração dimunui a capacidade de ultilização de oxigenio e de frequencia cardiaca, com isso o coração fica enfraquecido e perde parte de suas reservas funcionais. Fatores O coração diminui de tamanho; Frequência cardíaca fica mais lenta e a atividade reduzida; Na presença de estrsse físico ou psicológico,ocorre redução da atividade cardíaca; Há um aumento da pressão arterial mesmo com o corpo em repouso; Há uma perda da elasticidade dos vasos e acúmulo de depósitos de gorduras em suas paredes Cuidados de enfermagem Colocar o cliente em posição confortável Verificar os sinais vitais Realizar pprecisção medica Manter o ambiente calmo ENVELHECIMENTO DO SISTEMA RESPIRÁTORIO O processo do envelhecimento atefeta diretamente a caixa torácica, por que as catilagens costais acumulam cálcio e se tornam endurecidas e menos maleáveis. Além disso, támbem há atrofia, em diferentes graus, dos musculoso respiratorios, principalmentoe o diafragma. A junção desses fatores compromete a capacidade de realização dos movimentos respiratorios. Fatores Diminuição complacência da parede torácica; Diminuição de força da musculatura respiratória; Perda de elasticidade pulmonar, ocasionando aumento da complacência alveolar, colapso de vias aéreas menores represamento de ar; Aumentando a ocorrência de doenças, como enfisema e bronquite; Verifica-se uma atrofia e rigidez pulmonar; Problemas de expectoração das secreções brônquicas. Cuidados de enfermagem Posicionar o paciente em semi-fowler ou Fowler Aumentar, ao máximo, o espaço da cama auxiliando-o e ensinando-o a respirar fundo Manter a umidificação adequada da oxigenoterapia Evitar procedimentos que cause esforço desnecessário ao paciente Realizar prescrição medica nos horários certos ENVELHECIMENTO DO SISTEMA DIGESTÓRIO Redução da produção das glândulas do sistema digestório e diminuição da motilidade do trato gastrointestinal. Podem ocorrer dilatação do esôfago e relaxamento incompleto do esfíncter. Na boca pode ocorrer a perda dos dentes, atrofia dos botões gustativos e consequentemente a perda do paladar. O estomago, há atrofia das glândulas resultando em redução na produção do muco gástrico. ENVELHECIMENTO DO SISTEMA URINÁRIO Nos rins, há redução da massa renal devido à diminuição do número dos glomérulos renais. O envelhecimento da cápsula glomerular e espessamento das paredes dos túbulos renais causa a perda de proteínas na urina e falhas na absorção de glicose e sódio. Desse modo, a capacidade de eliminar medicamentos também é prejudicada. A musculatura da bexiga se enfraquece e as fibras colágenas e elásticas sofrem alterações que resultam na perda da elasticidade da parede. No idoso o envelhecimento vesical sofre perda da sua capacidade, percebe-se quando já há necessidade de urinar ocasionando perda da urina; também acontece a atrofia dos músculos do assoalho pélvico, que tem ligação direta com a contenção de urinária. Fatores Quantidade menor de néfrons Diminuição do suprimento de sangue o que afeta negativamente o funcionamento desse sistema; Os rins ficam menos eficientes havendo possibilidade de incontinência urinária; As micções são menos frequentes e mais abundantes; Diurese no período da noite (nictúria); Alterações no Trato Urinário Inferior Aumento da quantidade de colágeno e diminuição da dispensabilidade, causando prejuízo no enchimento vesical: ENVELHECIMENTO DO SISTEMA GENITAL MASCULINO A atrofia de células intersticiais provoca a menor produção de testosterona e, em consequência, menor produção de espermatozoides. A partir dos 50 anos, ocorre a atrofia da próstata devido a redução de produção do líquido prostático. No entanto, pode haver hiperplasia prostática benigna que comprime a uretra dificultando a passagem da urina. A parede dos vasos do pênis e os espaços do tecido erétil sofrem endurecimentopor deposição de tecidos fibrosos que os torna mais rígidos e menos elásticos, dificultando a ereção, fato que pode trazer consequências psicológicas dos idosos. Fatores Modificações no ritmo da ereção e da ejaculação; Os níveis do hormônio sexual masculino (testosterona), tendem a cair, o que diminui o estímulo sexual (libido). O fluxo de sangue para o pênis diminui. A próstata pode aumentar; Os testículos podem ficar menores e menos firmes ENVELHECIMENTO DO SISTEMA GENITAL FEMININO O processo do envelhecimento causa falência dos ovários e queda na produção de hormônios estrógenos e progesterona, resultando em atrofia dos órgãos genitais e suspensão do ciclo menstrual, iniciando-se a menopausa. O útero tende a se atrofiar e ficar mais fibroso, a vagina fica menos elástica e mais ressecada, dificultando o ato sexual, e sofre alterações no pH, tornando-se mais suscetível a infecções. Fatores Alterações nos órgãos genitais ocorrem rapidamente por volta da menopausa Os ciclos menstruais cessam e os ovários deixam de produzir estrogênio. Após a menopausa, os tecidos dos pequenos lábios, clitóris, vagina e uretra afinam (atrofia). Este afinamento pode resultar em irritação crônica, secura e drenagem da vagina. Infecções vaginais são mais propensas a se desenvolverem. Também após a menopausa, o útero, as trompas de Falópio e os ovários ficam menores. Com o envelhecimento, ocorre uma diminuição da massa muscular e do tecido conjuntivo, incluindo dos existentes nos músculos, ligamentos e outros tecidos que servem de suporte à bexiga, ao útero, à vagina e ao reto. ENVELHECIMENTO DOS ÓRGÃOS DOS SENTIDOS Os alimentos que são consumimos causam uma complexa resposta do corpo humano. A habilidade de sentir sabor é composta pela soma de impulsos sensoriais como gosto (gustação), cheiro (olfação) e sensação tátil (mastigação e deglutição). Ao longo da vida, nosso corpo perde gradativamente a percepção e a distinção das informações sensoriais. Audição Alterações na Audição Com o envelhecimento ocorre diminuição da habilidade de ouvir frequências mais altas resultante da degeneração de células dos órgãos e dos sentidos, o que repercute em dificuldade de ouvir vozes femininas ou de crianças, conversas telefônicas e televisão. Paladar O envelhecimento das estruturas gustativas, com diminuição dos botões gustativos na papila (estrutura responsável por captar o gosto do alimento), levam ao natural declínio na capacidade de sentir e distinguir os sabores. Essas mudanças anatômicas alteram o limiar de sensação do sabor, fazendo com que o idoso aumente a quantidade de sal ou açúcar adicionados ao alimento, para contrabalancear a sensação de doce ou salgado perdida. Além disso, os consumos de diversos medicamentos alteram o paladar e causam disgeusia, visto que mais de 250 fármacos tem como efeito colateral a mudança no olfato ou paladar. O envelhecimento das estruturas gustativas, com diminuição dos botões gustativos na papila (estrutura responsável por captar o gosto do alimento), levam ao natural declínio na capacidade de sentir e distinguir os sabores. Essas mudanças anatômicas alteram o limiar de sensação do sabor, fazendo com que o idoso aumente a quantidade de sal ou açúcar adicionados ao alimento, para contrabalancear a sensação de doce ou salgado perdida. Além disso, os consumos de diversos medicamentos alteram o paladar e causam disgeusia, visto que mais de 250 fármacos tem como efeito colateral a mudança no olfato ou paladar. OLFATO Observa-se redução da capacidade discriminatória para diferentes odores e redução do clearance mucociliar (mecanismos de depuração para proteção das vias aéreas com relação à entrada de partículas procedentes do meio externo). VISÃO As principais alterações na visão estão abaixo descritas: redução diâmetro pupilar (a noite fica reduzida, reação pupilar à luz mais lenta (sensibilidade a claridade); redução gordura retro-ocular; capacidade de distinguir objetos nos limites do campo visual fica reduzida. Estas alterações geram quadro de declínio nos seguintes aspectos: Redução da capacidade de acomodação; Diminuição de acuidade visual com pouco contraste; Queda da adaptação a ambientes escuros; Queda da tolerância ao brilho; Rebaixamento da discriminação das cores; Queda da capacidade de leitura; Queda do campo visual atencional (percepção de estímulos). TATO Quanto ao tato, existem evidências de que a habilidade da pessoa idosa em detectar extremos de temperatura e dor sejam afetadas, fazendo com que ela não se agasalhe suficientemente no frio, podendo adquirir uma doença respiratória ou não perceber a extensão de um machucado. Também diminuem as sensações tácteis que se relacionem com a pressão, levando ás vezes o idoso a pensar que pegou algo, (uma xícara, por exemplo), porém o objeto cai da sua mão. SUGESTÃO Professor Elabore uma atividade onde seu aluno possa conhecer as principais doenças relacionadas ao envelhecimento. EX: seminário, gincana, questionário... ASSISTÊNCIA AO PACIENTE EM INTERNAMENTO DOMILICILIAR O que a Internação Domiciliar possibilita? Humanizar o atendimento e o cuidado ao paciente. Garantir cuidados e insumos mínimos com economia da hotelaria, redução de internações e reinternações, disponibilização de leitos hospitalares e, consequentemente, diminuição de custos de assistência. Desenvolver parceria entre a equipe de saúde e o paciente e família no processo de tomada de decisões relacionados ao cuidado a saúde, com responsabilidade equitativamente distribuída. À quem a Internação Domiciliar se destina? Idoso portador de doença crônica com incapacidade funcional e dependência física para as atividades da vida diária (AVD). Portadores de doenças que necessitem de cuidados paliativos. Pacientes com patologias múltiplas e co-morbidades, dependência total/parcial, que necessitem de equipamentos e procedimentos especializados no domicílio. Pacientes internados em hospital referência que têm condições clínicas de receber alta precoce e assim serem desospitalizados e que possuam alguma condição que os incapacitem de comparecer à Unidade de Saúde. Portadores de incapacidade funcional que apresentem: Doenças crônicas agravadas, transmissíveis ou não. Lesões por pressão, agudizadas por infecção e ou com repercussão sistêmica. Sequelas de agravos ou pós-operatório de cirurgias de grande porte. Portaria 2416 de 23/03/1998 que estabeleceu critérios para credenciamento de hospitais para a realização de Internação Domiciliar no SUS RDC nº 11 da ANVISA de 26/01/2006 que dispõe sobre o Regulamento Técnico de Funcionamento de Serviços que prestam Atenção Domiciliar. Portaria nº 2.529 do MS de 19/10/2006 que institui a Internação Domiciliar no âmbito do SUS. Prontuário do paciente Por meio da resolução n°1.638 de 10-7-2002, define prontuário como: documento único, constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens registrados, gerados a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e cientifico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo. Os profissionais que trabalham no home care devem seguir esta resolução, anotar e evoluir adequadamente no prontuário do paciente, que deve permanecer na residência e conter o estado clínico do paciente, o atendimento presado, os exames realizados e tudo que diga respeito ao tratamento. A falta de informações, as anotações imprecisas e ilegíveis ou mesmo a ausência desse registro do atendimento prestado podem gerar problemas judiciais, o prontuário é um documento legal. As empresas de atendimento domiciliar podem ter prontuário eletrônicos, onderealização seus registros diariamente juntamente com a equipe multidisciplinar. Componentes básicos do prontuário • Capa, pasta ou envelope do prontuário • Ficha de identificação do paciente • Formulário ou pauta de diagnóstico • Folha de anamnese e exame físico • Prescrição médica • SAE (Sistematização da Assistência em Enfermagem) • Prescrição de enfermagem, evolução de enfermagem • Folha de anotação de enfermagem • Prescrição de fisioterapia • Plano de tratamento • Evolução medica • Evolução de outros profissionais • Exames laboratoriais • Exames de imagens • Guias de relatórios de encaminhamentos • Impressos listando os equipamentos • Planejamento de alta • Impresso de alta Sistematização da assistência de enfermagem Em Home Care O trabalho da enfermagem deve ser embasado nas evidencias cientificas, a aplicabilidade do processo de enfermagem estar. A SAE é composta com 5 etapas fundamentais: histórico de enfermagem, diagnostico de enfermagem, planejamento de enfermagem, implementação e avaliação de enfermagem. Fundamentos Legais : 1- Decreto 94.406 ( 1987 ) - Regulamenta a Lei 7.498/86 / artigo 8º - Atividade privativa do Enfermeiro. 2- Resolução COFEN 272/2002 - SAE em instituições de saúde brasileiras. A ASSITÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ACAMADO O confinamento ao leito é uma opção de tratamento, sendo uma das tarefas que requer uma atenção especial. Devido ao estado de saúde, essas pessoas, na maioria dos casos, encontram-se debilitadas e precisam de apoio, paciência e compreensão. Os cuidados com a higiene, alimentação e transporte são fundamentais para evitar problemas que podem surgir durante o tratamento. Manter a limpeza do ambiente, do leito e o cuidado nas trocas de roupas devem ser rotina para evitar infecções e complicações. Cuidados com a higiene corporal Manter a integridade corporal, a quem prestaremos assistência é uma tarefa ativa e bastante complexa. O cuidado higiênico individualizado a enfermagem deve considerar o conhecimento disponível em relação aos diversos fatores socioculturais, econômicos e de desenvolvimento que influenciam a higiene do cliente. Objetivos principais da higienização corporal • Limpar a pele • Proporcionar conforto físico e segurança • Ativar a circulação e promover o relaxamento muscular para diminuir a fadiga • Cortar unhas e limpá-las • Deixar o paciente seco e refrescado • Manter as roupas limpas • Deixar o paciente em posição confortável • Dar conforto espiritual e emocional • Ajudar no diagnóstico e tratamento Quais são os tipos de banho? Aspersão – banho de chuveiro Imersão – banho na banheira Ablução – pequenas porções de água sobre o corpo. Leito – usado para pacientes acamados. Cuidados no banho O banho deverá ser realizado uma vez ao dia, preferencialmente, ou mais, se for indicado (sudorese intensa, sangramento, sujidade com secreções e outros). • O horário da higienização corporal deverá ser estabelecido em rotina, porém, o quanto possível, deverá obedecer à preferência do cliente. • A participação do cliente no banho deverá ser estimulada, quando possível, principalmente em relação às higienizações bucal e genital. • A privacidade do cliente deverá ser assegurada em qualquer tipo de banho indicado. •. Atentar a comunicação verbal e a não verbal antes, durante e após o banho. • Os clientes que tiverem condições de ir ou de serem encaminhados ao banho de aspersão deverão ser estimulados a fazê-lo, para promover uma maior participação no autocuidado. • Aproveitar o momento do banho para observar e relatar as condições da pele, mobilidade, deformidades, presença de lesões e eliminações. • A limpeza e a desinfecção do colchão e da cama deverão ser realizadas concomitante ao banho do cliente acamado ou após o banho de aspersão. • Os cabelos de mulheres poderão ser lavados em dias alternados ou conforme a preferência da cliente. • Os curativos de feridas deverão ser realizados após o banho, preferencialmente, no entanto, em algumas situações poderão ser realizados no momento do banho, a fim de evitar esforço adicional dos profissionais e mobilização demasiada do cliente, desde que sejam cumpridas todas as recomendações para a prevenção de translocação de microorganismos. • A troca (remoção e reposição) do sistema de oxigenação (extensões de látex ou de silicone, copo umidificador, máscara de nebulização contínua e outros insumos de suporte de oxigênio), do sistema de aspiração (extensões de látex e frasco de aspiração) e do sistema de nutrição (equipos enteral e parenteral) deverá ser realizada logo após o banho. • A troca (remoção e reposição) do sistema de infusão (extensões, equipos e three ways) deverá ser realizada a cada 72 horas, logo após o banho. • A troca das fixações dos cateteres gástrico, enteral, vesical e de traqueostomia deverá ser realizada logo após o banho. • A troca das fixações e a realização do curativo do cateter vascular central e do cateter venoso periférico deverão ser realizadas logo após o banho, cumprindo o aprazamento estabelecido em rotina operacional padrão (ROP) institucional “Curativos de Cateteres Intravasculares”. •. Orientar e envolver o cliente e/ou família quanto às práticas de autocuidado com a higiene corporal, para dar continuidade no domicílio, se for o caso. • As técnicas de higiene dos cabelos e couro cabeludo, bucal, íntima e corporal, juntamente com as de limpeza e desinfecção de unidade e de arrumação de cama, deverão seguir os passos dos Procedimentos Operacionais Padrão (POP). Cuidados com a boca A higiene bucal de adultos e idosos, independente da pessoa ter ou não ter dentes, deve ser feita após cada uma das refeições e após o uso de remédios pela boca. Se a pessoa cuidada consegue fazer a higiene bucal, o cuidador deve estimulá-la e providenciar os materiais necessários, orientando, dando apoio e acompanhando a atividade. Se a pessoa não consegue fazer sua higiene bucal sozinha, o cuidador deve ajudá-la da seguinte maneira: Colocar a pessoa sentada em frente à pia ou na cama, com uma bacia; Usar escova de cerdas macias e sempre que possível usar também o fio dental; Colocar pequena porção de pasta de dente para evitar que a pessoa engasgue; Escove os dentes; Em caso de lesões ou sangramento comunique a equipe de saúde; Para limpeza da prótese, escove-a fora da boca, com escova e pasta dental. Não esqueça de realizar a higienização das gengivas, bochechas e língua; Enxague bem a boca e recoloque a prótese; Não utilize produtos como água sanitária, álcool, detergente para limpar a prótese. Assaduras As assaduras são lesões na pele, provocadas pela umidade e calor ou pelo contato com fezes e urina. As assaduras são portas abertas para outras infecções. Os cuidados importantes para evita-las são: Aparar os pelos pubianos com tesoura para facilitar a higiene íntima e manter a área mais seca; Fazer a higiene íntima a cada vez que a pessoa evacuar ou urinar e secar bem a região; Solicite orientação da equipe de saúde. Vestuário A pessoa idosa, doente ou com incapacidade pode ter diminuída a capacidade de perceber ou de expressar as sensações de frio ou calor. É importante ficar atento: Mudanças de temperatura e não espere que a pessoa manifeste querer vestir ou despir agasalho. Roupas confortáveis e de tecidos próprios ao clima. Se possível é importante deixar a pessoa cuidada escolher a própria roupa, pois isso ajuda a preservar a sua personalidade, eleva a sua autoestima e independência. Calçados com sola de borracha são ideais para o uso evitando quedas. Mudança de decúbito A mudança de decúbito é realizada principalmente nos pacientes acamados em atendimento domiciliar. Este procedimento constitui-se de importância para evitar que o paciente adquira lesões por pressão, feridas ocasionadasprincipalmente nas proeminências ósseas que permanecem em contato permanente com o leito do paciente. Este procedimento é considerado de leve complexidade, que podem ser realizados pelos profissionais que prestam atendimento no domicilio do paciente. A mudança de decúbito deverá ser realizada com certa frequência possibilitando uma movimentação adequada e satisfatória. Os objetivos da atuação da enfermagem no posicionamento no leito são: • Manter/restaurar a força e o tônus muscular; • Prevenir atrofias; • Prevenir contraturas que prejudiquem a mobilidade das articulações; • Prevenir alterações na integridade cutânea; • Prevenir deterioração de capacidades funcionais em consequência da limitação da mobilidade. Os objetivos do posicionamento terapêutico são: • Distribuir equitativamente o peso corporal sobre superfície de apoio; • Manter o alinhamento normal do corpo; • Garantir circulação venosa livre; - Utilizar adequada mecânica corporal do pessoal que ajuda; • Estimular motora, sensorial e cognitivamente. Movimentação do paciente acamado Todos os pacientes acamados devem movimentar-se com uma certa regularidade, tanto para terem uma maior comodidade como para prevenirem o desenvolvimento de complicações consequentes da imobilidade prolongada. Se o seu estado o permitir, poderá fazê-lo sozinho, mas caso se encontre tão débil que não o consiga ou evidencie problemas específicos que o impeçam, vai necessitar da ajuda das pessoas que cuidam dele para questões tão básicas como aproximá-lo da cabeceira, caso se tenha deslocado até aos pés da cama, sentá-lo para que possa comer, colocá-lo de lado ou aproximá-lo da extremidade da cama, para que se levante ou para fazer a cama. CUIDADOS COM O AMBIENTE E PREVENÇÃO DE QUEDAS O risco de queda em pacientes idoso indicou uma taxa de queda em países desenvolvidos que variou entre 3 a 5 quedas por 1.000 pacientes-dia. O ambiente aumenta o risco de queda, pois os pacientes se encontram em locais desapropriados e inadequados, muitas vezes são portadores de doenças que predispõem à queda como demência e/ou osteoporose e muitos dos procedimentos terapêuticos, como as múltiplas prescrições de medicamentos, podem aumentar esse risco. A queda pode gerar impacto negativo sobre a mobilidade dos pacientes, além de ansiedade, depressão e medo de cair de novo, o que acaba por aumentar o risco de nova queda. A queda de pacientes em hospitais geralmente está associada a fatores vinculados tanto ao indivíduo como ao ambiente físico. Entre os fatores vinculados ao paciente destacam-se: idade avançada (principalmente idade acima de 85 anos), história recente de queda, redução da mobilidade, incontinência urinária, uso de medicamentos e hipotensão postural. DEFINIÇÕES: Queda: Deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial, provocado por circunstâncias multifatoriais, resultando ou não em dano. Considera-se queda quando o paciente é encontrado no chão ou quando, durante o deslocamento, necessita de amparo, ainda que não chegue ao chão. A queda pode ocorrer da própria altura, da maca/cama ou de assentos (cadeira de rodas, poltronas, cadeiras, cadeira higiênica, banheira, incluindo vaso sanitário, etc.) Dano: comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou qualquer efeito deletério dele oriundo, incluindo-se doenças, dano ou lesão, sofrimento, incapacidade ou disfunção e morte. Pode, assim, ser físico, social ou psicológico. Fatores contribuintes: circunstâncias, ações ou influências que desempenham um papel na origem ou no desenvolvimento de um incidente ou no aumento do risco de incidente. AVALIAÇÃO DO RISCO DE QUEDA A avaliação do risco de queda deve ser feita no momento da admissão do paciente, esta avaliação deve ser repetida diariamente até a alta do paciente. Neste momento também se deve avaliar a presença de fatores que podem contribuir para o agravamento do dano em caso de queda, especialmente risco aumentado de fratura e sangramento. Fatores predisponentes específicos que aumentam o risco de queda Demográfico: idosos > 65 anos. Psico-cognitivos: declínio cognitivo, depressão, ansiedade. Condições de saúde e presença de doenças crônicas: acidente vascular cerebral prévio, hipotensão postural, tonteira, baixo índice de massa corpórea, anemias, insônia, incontinência ou urgência miccional, artrite. Alterações metabólicas (como, por exemplo, hipoglicemia). Funcionalidade: dificuldade no desenvolvimento das atividades da vida diária (AVD), necessidade de dispositivo de auxílio à marcha, fraqueza muscular, problemas articulares e deformidades nos membros inferiores. Comprometimento sensorial: comprometimento da visão, audição ou tato. Equilíbrio corporal: marcha alterada. Uso de medicamentos: benzodiazepínicos, antiarrítmicos, anti-histamínicos, antipsicóticos, antidepressivos, digoxina, diuréticos, laxativos, relaxantes musculares, vasodilatadores, hipoglicemiantes orais, insulina. Obesidade mórbida. História prévia de quedas. Ambiental: luz inadequada, superfície escorregadias, piso irregular, obstáculos pelo chão, móveis baixos soltos, móveis inadequados, vaso sanitário (muito baixo), rampas (sem corrimão), escadas, corredores. PERFIL DE PACIENTE COM ALTO RISCO DE QUEDA Paciente independente, que se locomove e realiza suas atividades sem ajuda de terceiros, mas possui pelo menos 1 (um) fator predisponente. Paciente dependente de ajuda de terceiros para realizar suas atividades, com ou sem a presença de algum fator predisponente. Anda com auxílio ou se locomove em cadeiras de rodas. Paciente acomodado em maca, por exemplo, aguardando a realização de exames ou transferência, com ou sem a presença de fatores predisponentes. PERFIL DE PACIENTE COM BAIXO RISCO DE QUEDA Paciente acamado, restrito ao leito, completamente dependente da ajuda de terceiros, com ou sem fatores predisponentes. Indivíduo independente e sem nenhum fator predisponente. AÇÕES PREVENTIVAS Medidas Universais: Os serviços de saúde deverão adotar medidas universais para a prevenção de quedas de todos os pacientes, independente do risco. Essas medidas incluem a criação de um ambiente de cuidado seguro, por exemplo: pisos antiderrapantes, mobiliário e iluminação adequados, corredores livres de entulho, o uso de vestuário e calçados adequados e a movimentação segura dos pacientes. Medidas Individuais: Todos os pacientes devem ter o seu risco de queda avaliado diariamente. O resultado da avaliação do risco de queda e de dano da queda do paciente deve ser registrado no prontuário. Na presença ou no surgimento de risco de queda, este deve ser comunicado aos pacientes e familiares e a toda equipe de cuidado. Orientações gerais Faça exames oftalmológicos e físicos anualmente, em específico para detectar a existência de problemas cardíacos e de pressão arterial; Mantenha em sua dieta uma ingestão adequada de Cálcio e vitamina D; Participe de programas de atividade física que visem o desenvolvimento de agilidade, força, equilíbrio, coordenação e ganho de força do quadríceps e mobilidade do tornozelo; Elimine de sua casa tudo aquilo que possa provocar escorregões e instale suportes, corrimão e outros acessórios de segurança; Use sapatos com sola antiderrapante; Amarre o cadarço do seu calçado; Substitua os chinelos que estão deformados ou estão muito frouxos; Use uma calçadeira ou sente-se para colocar seu sapato; Evite sapatos altos e com sola lisa; Nunca ande só de meias; Fadiga muscular e confusão mental aumentam o risco de quedas; Mulheres que não conseguem encontrar sapatos esportivos suficientemente largos para o formato do seu pé devem comprar na seção masculina, pois estes sapatos têm fôrmas maiores. NUTRIÇÃO DO PACIENTE A PolíticaNacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) tem como propósito a melhoria das condições de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, mediante a promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição. A atenção domiciliar é considerada um componente do continuum dos cuidados à saúde, pois os serviços de saúde são oferecidos ao indivíduo e sua família em suas residências com o objetivo de promover, manter ou restaurar a saúde, maximizar o nível de independência, minimizando os efeitos das incapacidades ou doenças, incluindo aquelas sem perspectiva de cura. Diversas atividades relacionadas à terapia nutricional podem ser realizadas pelo cuidador: Nos cuidados em Terapia Nutricional, a dieta pode ser administrada por via enteral e parenteral. A via enteral inclui a via oral (Nutrição Enteral/ Via Oral – NE/VO) e o acesso alternativo ao sistema digestório via sondas e ostomias. A preparação das formulas industrializadas deve seguir as orientações do fabricante. Veja no quadro a seguir os passos para preparação de formulas com alimentos. • Escolha, compra, higienização e armazenamento dos gêneros alimentícios para preparação da fórmula nutricional; • Preparação e conservação correta da fórmula nutricional; • Administração da fórmula nutricional por via alternativa de alimentação; • Higienização dos materiais e utensílios utilizados no preparo e administração da fórmula nutricional; • Posicionar adequadamente o paciente para administração da fórmula nutricional; • Identificar complicações decorrentes da fórmula nutricional. DIETA POR SONDA ENTERAL A sonda nasoenteral é um tubo de silicone usado para alimentação quando o alimento não pode passar pelo trajeto normal. É instalado por via nasal ou oral (nariz ou boca) e chega até o estômago ou intestino, depende da indicação do paciente. Após a indicação da melhor via de acesso, o tempo que será necessário a infusão da formula nutricional deve ser avaliado. As formulas nutricionais podem ser administradas de maneira intermitente ou continua . A escolha do método de infusão dependera da estabilidade clinica do individuo. O método de administração intermitente pode ser por meio de bolus e gravitacional. COMO EVITAR A SAÍDA DA SONDA? • Tome cuidado especial no horário do banho. COMO TROCAR A FIXAÇÕES DA SONDA? • Esta fixação deve ser trocada quando estiver suja ou solta; • Retire a fixação antiga (cuidado para não puxar a sonda junto), limpe o nariz com água e sabão, seque bem e sem friccionar; • Fixe a sonda sem passar na frente dos olhos ou da boca; • A sonda não deve ficar dobrada, nem puxar a narina; • Em caso de vermelhidão ou machucado na pele, fixar a sonda em outro local e comunicar a equipe de enfermagem para avaliar o machucado. CUIDADOS IMPORTANTES NA INFUSÃO DA DIETA ENTERAL Infundir a dieta lentamente por gotejamento (por meio de frasco acoplado ao equipo), gota a gota, para evitar diarreia, distensão abdominal, vômitos e má absorção; RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES EM RELAÇÃO Á DIETA Cuidados essenciais para o preparo da dieta Lavar sempre as mãos antes de manipular qualquer alimento, manter as unhas curtas e limpas; Separar um pano de prato somente para secar as mãos; Higienizar o local (superfície de trabalho) onde será preparada as dietas com sabão ou detergente neutro e água. Em seguida, passar álcool de uso doméstico nas superfícies de trabalho; Reservar os utensílios somente para o preparo da dieta; Lavar muito bem copo de liquidificador, desmontando-o e lavando peça por peça separadamente; Instrumentos de plásticos, de vidro, de acrílico e de borracha, após lavados com água e detergente neutro podem ser deixados numa solução de cloro, própria para desinfecção de alimentos e utensílios; Seguir a diluição em água limpa recomendada pelo fabricante para alimentos e/ou utensílios (tipo mamadeiras); COMO ADMINSTRAR A DIETA Administração com seringa (bolus) Encha uma seringa de 20ml com a dieta; Tire a tampa que fecha a sonda; Conecte a seringa à sonda; Injete lentamente; Repita a operação até o término da dieta; Aspire 20ml de água com a seringa e injete na sonda para limpá-la; Tampe a sonda. Administração com equipo Conecte o equipo ao frasco; Pendure o frasco no gancho; Abra a pinça ou rolete para encher o equipo de dieta e, em seguida, feche o rolete; Conecte o equipo à sonda; Abra a pinça ou rolete regulando o gotejamento (a dieta deverá pingar gota a gota, conforme prescrição da nutricionista/medico); Ao término da dieta injete 20ml de água na sonda, com uma seringa, para limpar. Na suspeita da sonda estar fora do local, não administrar dieta. Entre em contato com o enfermeiro assistente. Cuidado ao barbear o paciente caso a sonda esteja fixada na bochecha, para não cortar a sonda. Dieta por Gastrostomia Ostomia é uma abertura cirúrgica realizada na parede do abdome para ligar o estômago, ou parte do intestino ou a bexiga, com o meio externo. Existem dois tipos de ostomia: para eliminação de fezes e urina ou para administrar alimentação. A ostomia intestinal e urinária tem uma coloração rosada, brilhante e úmida e a pele ao seu redor deve estar lisa sem vermelhidão. Dependendo do lugar onde foi realizada a abertura a ostomia recebe um nome: • Gastrostomia ou jejunostomia - liga o estômago ou o jejuno à parede do abdome e serve para alimentar a pessoa por meio da sonda. • Ileostomia ou colostomia - liga uma parte do intestino à parede do abdome e serve para eliminar fezes. • Urostomia - liga a bexiga à parede do abdome e serve para eliminar urina. Cuidados com a gastrostomia • Limpe com água filtrada sem esfregar a pele em volta da ostomia, retirando secreção ou sujidade. • Lave a sonda com uma seringa de 50 ml com água, em um único jato. • Antes de alimentar a pessoa pela sonda, teste a temperatura do alimento no dorso da mão. • Injete o alimento lentamente na sonda. • Observe se a pessoa apresenta barriga estofada, sensação de barriga cheia, ou diarréia. A diarréia pode ser causada pela composição do alimento ou pela administração muito rápida do alimento. Essas ocorrências devem ser comunicadas à equipe de saúde. • Atentar para não injetar líquidos, alimentos ou água na via da sonda que serve para manter o balonete de fixação inflado. • Caso a sonda saia, não tente reposicioná-la. Entre em contato com a equipe de saúde e feche o orifício. • Comunique também à equipe de saúde caso observe saída de secreção ou da dieta pelo local de inserção da sonda. SONDA VESICAL E CISTOSTOMIA O que é a Sondagem Vesical? É um procedimento para retirada de urina da bexiga quando o paciente está impossibilitado de esvaziar sozinho. É utilizado um dispositivo de látex ou silicone para introdução pela via urinária até a bexiga, retirando a urina. Este procedimento pode ser de alívio onde o paciente passa pelo procedimento e não fica com nenhum dispositivo fixado ou intermitente (demora), onde é fixado no paciente a sonda com uma bolsa coletora que chamamos de sistema fechado, assim o esvaziamento da bexiga segue de maneira contínua. O que é a Cistostomia? É um procedimento para retirada da urina, porém por meio de uma incisão cirúrgica realizada na pelve (região abaixo da cicatriz umbilical, e acima da genitália) onde é fixada a sonda com uma bolsa coletora para o esvaziamento da bexiga intermitente. CUIDADOS COM A SONDAGEM VESICAL E CISTOSTOMIA FIXAÇÃO E POSIÇÃO DA BOLSA COLETORA CUIDADOS COM APELE DO PACIENTE "Os cuidados apropriados são capazes de promover a reparação tecidual das feridas e, consequentemente, o restabelecimento da integridade da pele. A enfermagem têm um papel vital no cuidado de um paciente com feridas ou leções. O processo de reparação tecidual das feridas é extremamente complexo, envolvendo uma série de processos entre células e tecidos. A localização, gravidade e extensão da lesão e a(s) camada(s) de tecido envolvida(s) afetam o processo de reparação tecidual das feridas. Da mesma forma, o processo de reparação tecidual depende de numerosos fatores intrínsecos e extrínsecos. O cuidado efetivo requer a compreensão dos processos de reparação tecidual e dos fatores que podem interferir nesse processo, assim como sobre seu processo de avaliação. A avaliação da ferida fornece as informações necessárias para identificar suas características e possíveis fatores intervenientes no processo de reparação tecidual para que se possa instituir os cuidados apropriados. c Fatores que influenciam o processo de reparação tecidual • Com o avanço da idade, a função reprodutiva das células epidérmicas diminui, sua substituição torna-se lenta e a derme atrofia-se, retardando a contração da ferida e aumentando o risco de sua deiscência. • A nutrição inadequada, incluindo proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas e minerais, retarda o reparo tecidual e aumenta o risco de infecção. • O paciente obeso está em risco de infecção da ferida e deiscência ou evisceração. O tecido adiposo tem menos vascularização, o que diminui o transporte de nutrientes e elementos celulares necessários para a reparação tecidual. • O comprometimento do processo de reparação tecidual em paciente com diabetes resulta da síntese e deposição reduzida de colágeno, diminuição da força tênsil da ferida e comprometimento da função dos leucócitos. • A infecção do leito da ferida prolonga a resposta inflamatória e os micro- organismos usam nutrientes e oxigênio que seriam destinados ao reparo tecidual. • A terapia a longo prazo com esteroides e a quimioterapia ou o uso de medicações imunossupressivas podem diminuir a resposta inflamatória e o potencial de reparo tecidual. Tipos de lesões por pressão Lesão por Pressão: Lesão por pressão é um dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro artefato. A lesão pode se apresentar em pele íntegra, aberta e pode ser dolorosa. A lesão ocorre como resultado da pressão intensa e ou prolongada em combinação com o cisalhamento. A tolerância do tecido mole à pressão e ao cisalhamento pode também ser afetada pelo microclima, nutrição, perfusão, comorbidades e pela sua condição. Lesão por Pressão Estágio 1: Pele íntegra com eritema que não embranquece Pele íntegra com área localizada de eritema que não embranquece e que pode parecer diferente em pele de cor escura. Presença de eritema que embranquece ou mudanças na sensibilidade, temperatura ou consistência (endurecimento) podem preceder as mudanças visuais. Mudanças na cor não incluem descoloração púrpura ou castanha; essas podem indicar dano tissular profundo. Lesão por Pressão Estágio 2: Perda da pele em sua espessura parcial com exposição da derme Perda da pele em sua espessura parcial com exposição da derme. O leito da ferida é viável, de coloração rosa ou vermelha, úmido e pode também apresentar-se como uma bolha intacta (preenchida com exsudato seroso) ou rompida. O tecido adiposo e tecidos profundos não são visíveis. Tecido de granulação, esfacelo e escara não estão presentes. Essas lesões geralmente resultam de microclima inadequado e cisalhamento da pele na região da pélvis e no calcâneo. Esse estágio não deve ser usado para descrever as lesões de pele associadas à umidade, incluindo a dermatite associada à incontinência (DAI), a dermatite intertriginosa, a lesão de pele associada a adesivos médicos ou as feridas traumáticas (lesões por fricção, queimaduras, abrasões). Lesão por Pressão Estágio 3: Perda da pele em sua espessura total Perda da pele em sua espessura total na qual a gordura é visível e, frequentemente, tecido de granulação e epíbole (lesão com bordas enroladas) estão presentes. Esfacelo e /ou escara pode estar visível. A profundidade do dano tissular varia conforme a localização anatômica; áreas com adiposidade significativa podem desenvolver lesões profundas. Podem ocorrer descolamento e túneis. Não há exposição de fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem e/ou osso. Quando o esfacelo ou escara prejudica a identificação da extensão da perda tissular, deve-se classificá-la como Lesão por Pressão Não Classificável. Lesão por pressão Estágio 4: Perda da pele em sua espessura total e perda tissular Perda da pele em sua espessura total e perda tissular com exposição ou palpação direta da fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso. Esfacelo e /ou escara pode estar visível. Epíbole (lesão com bordas enroladas), descolamento e/ou túneis ocorrem frequentemente. A profundidade varia conforme a localização anatômica. Quando o esfacelo ou escara prejudica a identificação da extensão da perda tissular, deve-se classificá-la como Lesão por Pressão Não Classificável. Como prevenir? As figuras mostram os principais pontos de pressão a serem observados e protegidos O que não fazer Não usar almofadas tipo roda d’água ou as de formato arredondadas com buraco no centro; Não arrastar o paciente ou deixar que a pele fique se esfregando contra os lençóis, pois ambas causam fricção na pele; Não posicionar o paciente de forma que ele fique em contato direto com dispositivos médicos (tubos, cateteres e ou outros objetos); Não usar lençóis com costura ou com dobras que ficam em contato direto com o paciente; Não usar roupas as quais os botões fiquem em contato com a pele; Não posicionar o paciente numa superfície corporal que já apresente uma área com vermelhidão; Não massagear e nem esfregar vigorosamente a pele que tenha risco para desenvolver lesões; Não aplicar dispositivo de aquecimento, tais como, bolsas de água quente, almofadas térmicas diretamente na superfície da pele. CUIDADOS COM A COLOSTOMIA NO DOMICILÍO Colostomia e ileostomia são definidas, respectivamente, como intervenções cirúrgicas realizadas pela abertura de segmento cólico ou ileal na parede abdominal, visando ao desvio do conteúdo fecal para o meio externo A colostomia pode ser duplo barril ou duas bocas: o intestino é totalmente separado e as duas porções finais são trazidas para a parede abdominal, formando dois estomas distintos, o estoma proximal, funcionante, e o estoma distal, que não funciona. Como também pode ser de uma única boca dependendo da técnica cirúrgica adotada. Quanto à permanência Estomia definitiva: é aquele em que foi necessário retirar uma estrutura que mantém o fisiologismo do trato gastrointestinal. Exemplo: retirada do esfíncter anal, ou de todo o reto, que impossibilitaria o funcionamento fisiológico do intestino. Estomia temporária: é aquele em que, no procedimento cirúrgico inicial, foram mantidas as estruturas que possibilitem o funcionamento fisiológico do trato gastrointestinal após recuperação da doença de base. O tempo de permanência do estoma temporário varia, em média, de 03 a 12 meses. Nos primeiros dias após a cirurgia, o estoma pode ficar edemaciado (inchado). Aos poucos o edema regride. O estoma é vermelho ou rosa vivo semelhante à mucosa da boca (parte interna). A pele ao redor do estoma (pele periestomal) deve estar lisa, sem lesões ou ferimentos. Como o estoma não tem terminações nervosas, não dói ao ser tocado; no entanto, pode apresentar um pequeno sangramento. Realizada a estomia, o organismopassa por uma adaptação. A consistência das fezes e a frequência da evacuação mudarão após 30 dias da cirurgia, aproximadamente. Principais complicações Abscesso, dermatite, edema, estenose, foliculite, varizes periestomais, hemorragia, hérnia periestomal, necrose, prolapso, retração. FUNÇÃO DO TECNICO DE ENFERMAGEM NAS OSTOMIAS Prestar atendimento ao paciente na para realização da troca e limpeza da bolsa de colostomia, acompanhar a evolução do quadro, mediante os cuidados propostos. Bolsa de colostomia Os sistemas de bolsas de estomias, em sua maioria, são produzidos por empresas multinacionais e possuem uma grande diversidade de modelos. As bolsas podem conter uma ou duas peças, serem drenáveis ou fechadas, descartáveis ou reutilizáveis. Composição de uma bolsa: • Clamps: usados para o fechamento das bolsas coletoras intestinais drenáveis; • Medidor de estomas: usado para marcar o tamanho dos orifícios nas placas recortáveis; Como deve ser realizada a limpeza e ou troca da bolsa de bolsa de colostomia Para trocar a bolsa da colostomia é recomendado que: 1. Retire a bolsa, descolando lentamente para não lesionar a pele. 2. Higienize a ostomia e a pele em volta com gaze e soro fisiológico ou água. Não é necessário utilizar sabão, mas se preferir, pode utilizar um sabão neutro. 3. Seque bem a pele em volta da ostomia para permitir que a nova bolsa fique colada na pele. Não é recomendado utilizar qualquer creme ou produto na pele sem indicação do médico; 4. Corte um pequeno buraco na bolsa nova, do mesmo tamanho da sua ostomia e cole o saco de volta no local correto. O conteúdo da bolsa suja deve ser colocado no vaso sanitário e depois a bolsa deve ser jogada no lixo, pois não deve ser reutilizada devido ao risco de desenvolver infecções. Porém, se a bolsa for reutilizável, deve-se seguir as instruções do fabricante para a lavar corretamente. Quando se deve trocar? A quantidade de vezes que a bolsa deve ser substituída varia de acordo com a ostomia e o próprio funcionamento do intestino, mas o ideal é que se faça a troca sempre que a bolsa está quase cheia. Como cuidar da pele em volta da ostomia A melhor forma de evitar irritações na pele em volta da ostomia é manter a bolsa no local correto, pois isso evita que as fezes entrem em contato direto com a pele. Assim, o passo mais importante é medir corretamente a ostomia e cortar o buraco, na bolsa, do tamanho certo. Porém, outros cuidados que também se deve ter são lavar bem a pele após tirar a bolsa e verificar. Caso a pele fique muito irritada ao longo do tempo, é recomendado consultar um dermatologista ou falar com o médico responsável pela ostomia para utilizar um creme de barreira próprio que não impede a bolsa de colar na pele. CUIDADOS COM A TRAQUEOSTOMIA Traqueostomia, é uma pequena abertura na parte da frente do pescoço para que o ar possa passar e chegar aos pulmões. Além de respirar melhor, ajuda a limpar as secreções produzidas no pulmão. Pode ser definitiva (para o resto da vida) ou provisória (por algum tempo), dependendo do problema. Dificuldades com a cânula de traqueostomia: • Entupimento da cânula por acúmulo de secreções (por isso tem que aspirar e limpar diariamente). Caso aconteça, aspire o paciente com cuidado para não machucar e realize inalações; • Saída acidental da cânula. Neste caso, tentar colocar novamente e de preferência uma cânula nova e limpa. Se encontrar resistência, chamar o serviço de urgência e se necessário, ventilar o paciente com o ambu; • Secreção com raias de sangue (cuidado para não machucar ao realizar os procedimentos de higiene e aspiração); ASPIRAÇÃO A aspiração é o procedimento realizado para retirar a secreção do pulmão quando o paciente tem a tosse fraca e não consegue colocar a secreção para fora. Este procedimento é realizado com ajuda do equipamento de aspiração, sonda e luva. Quando o paciente tem cânula de traqueostomia, o ideal é usar uma luva estéril para aspirar a cânula, evitando contaminação. Introduza a sonda de aspiração e vá o suficiente para que passe toda a extensão da cânula, parando quando sentir resistência para não machucar. Introduza e retire aspirando rapidamente, cerca de 3 segundos (evite aspiração que dure mais de 5 segundos por causa da perda de oxigênio) Deixe a criança ou adulto respirar várias vezes (descansar) entre uma e outra aspiração; Deixe o paciente bem posicionado, com a cabeça elevada. Exemplos a seguir: REFERÊNCIAS Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Guia prático do cuidador / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2008. Brasil, Ministério da Saúde. Orientações para o cuidado com o paciente no ambiente domiciliar, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Brasília - Ministério da Saúde, 2018. Cuidado do idoso: o trabalho do cuidador/ Bruna Faria Ribeiro... [et al] ; organização de Jussara Loungoro. – São Paulo: Rideel,2017 Geriatria: Manual da LEPE – Liga de Estudos do Processo de Envelhecimento/ Maria Elisa Gonzales Manso e Elaine Cristina Alves Biffi ( Processo Organizadores) –São Paulo (SP): Martinari, 2015 Home Care: Cuidados Domiciliares: Protocolos para a Prática Clínica / Cathy Bellermeur... [et al] ; tradução Ivam Lourenço Gomes; revisão técnica Christina Aparecida Ribeiro, Marivan Santiago Abrahão. – Rio de Janeio: Guanabara Koogan, 2007 Procedimentos de enfermagem : guia prático / Maria Isabel Sampaio Carmagnani ... [et. al.]. - 2. ed. - [Reimpr.]. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2018. Tratamento de Feridas e Irrigação Anne Griffin Perry, Patricia A. Potter, Martha Keene Elkin and Wendy Ostendorf, 2016 Movimentação do paciente acamado Quando se deve trocar? Como cuidar da pele em volta da ostomia
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