Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Laura Mendes Martins Radiologia Osteoarticular Laura Mendes Martins Técnicas de aquisição de imagens Radiografia convencional (RX) Modalidade mais frequente para avaliação de ossos e articulações, especialmente no trauma Ao menos duas incidências (ângulo de 90°) o Pra ter certeza o que tem atrás, pois pode tapar e não dar pra entender com apenas 1 incidência; o Em crianças: membro normal o Padrão AP + lateral / oblíqua Incidências especiais RX digital: dados manipulados e processados o Melhor qualidade de imagem o Armazenamento e recuperação de dados Ótima para avaliação de anormalidades ósseas o Fraturas o Luxações o Osteoartrite Método barato e disponível, com baixas doses de radiação Dificuldade para avaliação de fraturas complexas, fraturas de estresse e partes moles Laura Mendes Martins Tomografia computadorizada (TC) Utilidade o Reconstruções multiplanares o AngioTC o Medição de densidades o Radiologia intervencionista Vantagens da TC o Imagens sem superposição o Captura diferenças mínimas de densidade o Processamento e armazenamento das image o Não invasivo o Radiologia intervencionista Desvantagens da TC o Maior quantidade de radiação o Contraste iodado para diferenciar estruturas o Artefatos (placas e parafusos metálicos, mol o Mais oneroso Útil na avaliação de fraturas de estresse e fraturas complexas Coleções líquidas e massas Artrografia Introdução de meio de contraste no espaço articular Tecnicamente simples e de fácil interpretação Mais frequentemente: ombro, punho e tornozelo Utilidades: o Roturas de bainhas tendíneas o Capsulite adesiva do ombro o Osteocondrite dissecante Ultrassonografia (US) Grande avanço nas últimas décadas Aplicação: tendões (manguito rotador), partes moles Vantagens • Menor custo • Realização fácil e rápida • Tempo real • Sem radiação • Não invasivo Desvantagens • Operador-dependente • Dependente das condições clínicas e cooperação do paciente Avaliação dinâmica das estruturas Ótima para derrames articulares, bursites, cistos, ligamentos, músculos e tendões Depósitos cálcicos nos tendões Neovascularização: doppler Guia para aspirações e injeções Laura Mendes Martins Cintilografia óssea Detecta a distribuição no corpo de uma substância radioativa injetada no sistema vascular Vantagem: adquirir imagem de todo o corpo de uma vez Localiza uma lesão com base na sua atividade metabólica em comparação ao osso normal Indicações: trauma, tumores, artrites, infecções e doenças metabólicas Vai injetando o contraste, este vai absorvendo e vai vendo se tem algum problema ósseo na região É um indicador de rotatividade mineral o Depósito do radiofármaco em áreas ósseas que apresentam alteração e reparo o Tumores e lesões semelhantes o Nem sempre diferencia condições benignas das malignas Trauma: fraturas de estresse o Tipicamente hiperperfusão e hiperemia na fase aguda o Alteração em faixa Frequentemente utilizada na avaliação de infecções o Tecnécio e Índio: aguda o Gálio: crônica Pode indicar recorrência de tumores, bem como resposta terapêutica Pouca resolução espacial o PET-CT ▪ Detecta alterações bioquímicas e fisiológicas, avaliando o nível de atividade metabólica e de perfusão • 2-fluoro-2-desoxiglicose marcada com 18F (18-FDG) ▪ Principal aplicação: oncologia • Tumores primários e metastáticos, recorrência ▪ Vantagem: fusão imagens metabólicas + resolução espacial (TC) Ressonância magnética Pulso de RF → energia ao próton, que desvia do eixo do campo magnético Após o fim do pulso, o próton volta ao estado inicial, liberando energia, que é captada pela antena e transmitida aos computadores Tecidos com mais prótons H+ tornam-se mais magnetizados → sinal mais brilhante Os impulsos são repetidos regularmente a intervalos de tempo → tempo de repetição (TR) O tempo que separa o impulso do eco é o tempo de eco (TE) Técnicas de supressão de gordura o Edema de medula óssea o Patologias osteocondrais: fraturas osteocondrais, osteocondrite dissecante, osteonecrose Pelo menos dois planos ortogonais (às vezes três) Utilidade: traumas, artrites, tumores e infecções Utilização do contraste para fazer uma artroressonância Sem exposição à radiação Avaliação de partes moles (ligamentos, tendões, cartilagem, discos intervertebrais e massas) Dura aproximadamente 30 minutos o Claustrofobia o RM aberta: resolução ruim Laura Mendes Martins Quanto maior o tempo de oco e resolução, melhor fica a definição Laura Mendes Martins Avaliações de Segmentos Articulares Coluna cervical Primeiro exame: RX! o AP, lateral, oblíquas D e E, odontoide (com a boca aberta) TC: fraturas e lesões de ligamentos Sensibilidade para lesão espinhal cervical aguda: 52% RX x 98% TC RM: sintomas radiculares o Compressão radicular por hérnias discais ou artrite o Agudamente para suspeita de lesão de medula Coluna Lombar Lombalgia: maioria dos seres humanos ao menos uma vez na vida o Primeiro episódio: entre 20 e 40 anos o Pode ser severa e debilitante, mesmo com causa benigna A maioria dos episódios de lombalgia aguda não requer exames de imagem o Dores sem sinais de alerta → resolução espontânea em 4 a 6 semanas Imagem: útil quando a dor não melhora ou há preocupações acerca de condições sérias o Diagnóstico primário: neoplasias, síndrome da cauda equina, infecção ou fratura Sinais de alerta: o Trauma importante (acidente automobilístico, quedas de grandes alturas) o Temperatura > 38°C o Perda ponderal o Dor nova em paciente > 50 anos o Dor em repouso o História de malignidade RX: preocupação com exposição das gônadas à radiação o Trauma Espondilólise: defeito uni ou bilateral da pars interarticular o Atletas que fazem movimentos repetidos de extensão Espondilolistese: defeito bilateral + deslizamento anterior ou posterior da vértebra afetada Bacia e quadris Primeiro passo: identificar a origem da dor o Pelve lateral, coxa anterior, região glútea posterior, lombar RX AP da bacia: Ambas as cabeças femorais + articulações coxofemorais o + RX perfil do quadril afetado TC: avaliação tridimensional o Fraturas da pelve profunda: acetábulo, ramo púbico RM: partes moles (tendões → reto femoral em um jogador de futebol) o Lesão de stress do colo femoral: edema antes da fratura US: injeções intrarticulares, Bursa Ombro RX: fraturas, luxações, artrite Avaliação do acrômio → impacto do manguito rotador Laura Mendes Martins US: o Manguito rotador (sensibilidade melhor no US e especificidade melhor RM) o Impacto subacromial o Subluxação do tendão da cabeça longa do bíceps RM: o Rotura de manguito rotador o Tendinopatia de manguito rotador arresponsiva à terapia conservadora o Anormalidades labrais Cotovelo Trauma agudo: RX! (fraturas e luxações) Fraturas ocultas do cotovelo Dicas → derrame articular (coxins adiposos) RM: roturas de tendões e ligamentos o Mais comum: bíceps distal (tto: reparo cirúrgico) US: epicondilite o Bursite olecraniana, roturas de tendões e ligamentos Cintilografia: fraturas ocultas, bursite e tumores TC: fraturas complexas Punho Trauma agudo: RX! (AP, perfil e oblíquo) Ângulo escafolunar o VISI: instabilidade segmentar volar intercalada ▪ Ângulo < 30° o DISI: instabilidade segmentar dorsal intercalada ▪ Ângulo > 60° Ângulo capitolunar o Confirma instabilidade carpal Sinal de Terry Thomas (Humorista inglês) Dissociação escafolunar Lesão ligamentar Distância > 3 a 4 mm Compressão do nervo mediano Síndrome do túnel do carpo Compressão do nervo no compartimento flexor Bem avaliada ao US Área > 10 mm2 Mão Bem avaliadas no RX o AP, perfil e oblíquas TC: fraturas complexas RM e US: rotura de tendões Laura Mendes Martins Joelho 3 ossos → duas articulações Fêmur, tíbia e patela → art. tibiofemoral e patelofemoral Estabilidade: 4 ligamentos o LCA e LCP: no interior da articulação o LCL e LCM: fora da articulação femorotibial Meniscos: estruturas discoides cartilaginosas que promovem absorção de impactos Artrose degenerativa: comum – 4 achados o Esclerose subcortical o Cistos subcondrais o Osteófitos o Redução do espaço articular Lesão do LCA: com ou sem contato direto o Paciente ouve um estalo durante o movimento de rotação o Volumoso derrame articular em questão de horas o Exame: RM Roturas meniscais: dor nos aspectos medial e/ou lateral o Muitas melhoram com tto conservador (sem necessidade de exame de imagem) o Urgência: quando o paciente não estende por completo o joelho ▪ Menisco pode ter dobrado para o interior da articulação (rotura em alça de balde) Obs.: US no joelho funciona muito bem pra ver tendinite no quadríceps, tendinite patelar, os ligamentos, (...), são poucas coisas basicamente que o US funciona bem nessa região, o resto a RM é o padrão ouro pro joelho; Tornozelo Uma das articulações mais lesadas em adolescentes e adultos jovens RX: AP, perfil e oblíqua o Avaliação da articulação tibiotalar o Espaço articular radiotransparente e homogêneo de aprox. 4 mm Dor crônica: RX o Defeitos osteocondrais → mais comuns no domo talar ▪ Podem levar a corpos livres articulares se não tratados Lesões tendíneas → US e RM o Tendinopatia do Aquileu o Roturas o Bursites Pé Identificar a topografia da lesão é crucial para reduzir a chance de progressão devido ao peso RX: AP, perfil e oblíqua o Estruturas ósseas frequentemente sobrepostas US: partes moles TC: lesões ósseas, pouca utilidade para danos em tecidos moles RM: modalidade de escolha para partes moles Laura Mendes Martins Fraturas de estresse o Aumento da carga em um osso normal o Dor > 2 semanas o Reação periosteal focal, formação anormal de calo, linhas escleróticas densas ou linhas verdadeiras de fratura o RX é pouco sensível para identificar edema Fratura da base do 5° metatarso o Inversão do pé o RX geralmente são suficientes o Avulsão: geralmente recuperam apenas com remoção da carga o Jones: requer mais tempo sem carga (pctes saudáceis às vezes optam por cirurgia) o Stress Conclusão Todo médico generalista deve conhecer as principais modalidades de imagem e suas principais aplicações Objetivo: escolher o exame adequado para cada situação o Diagnóstico correto o Evita exames desnecessários (muitas vezes com radiação) o Propedêutica mais rápida o Sem confusão diagnóstica o Credibilidade
Compartilhar