Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Laura Mendes Martins Ultrassom de Abdômen Técnica Abdome Total o Avaliação do fígado, pâncreas, vesícula biliar, vias biliares, baço, rins, retroperitônio e bexiga Preparo e Orientações o Jejum de 8 horas o Dieta leve no dia anterior; evitar refrigerante, doces e alimentos gordurosos o Tomar 8 copos de água 2 horas antes do exame, exceto para pacientes com insuficiência renal crônica, oliguricos e anuricos. o Manter a bexiga cheia daté a realização do exame o Se possível tomar 1 comprimido de dimeticona (luftal), via oral, 6/6 hrs 2 dias antes do exame Preparo do Equipamento o PRESET: ABDOME o Transdutor: Convexo Posicionamento do Paciente o Mãos na cabeça o Membros inferiores estendido o Abdome Relaxado o Paciente em decúbito dorsal ou lateral de acordo com o órgão avaliado Sequência o A sequência dos órgãos avaliados na ultrassonografia de abdômen total varia de acordo com a preferência do radiologista. Neste roteiro adotaremos a seguinte ordem: Pâncreas Vesícula biliar Fígado Rim direito Baço Rim Esquerdo Retroperitônio Bexiga PÂNCREAS Anatomia o Pâncreas: divide-se em cabeça, colo, corpo, cauda e processo uncinado. Localiza-se transverso e retroperitonealmente, posterior ao estômago, anterior os grandes vasos, à esquerda do duodeno e à direita do baço. Possui um ducto pancreático principal que se inicia na cauda e termina na papila duodenal maior, após a junção com ducto colédoco. o Veia esplênica: inicia-se no hilo esplênico, recebe veia mesentérica inferror e segue posteriormente ao corpo e cauda pancreática. Junta-se a veia mesentérica superior para formar a veia porta. o Artéria mesentérica superior: ramo da aorta abdominal, segue em sentido longitudinal ao colo do pâncreas. Laura Mendes Martins Técnica: o Posição do paciente: paciente em decúbito dorsal o Manobras para visualização: a visualização é auxiliada por uma inspiração profunda, em alguns casos, pede-se ao paciente para estufar o abdome (“Barrigão”). o Posicionamento do transdutor: na região epigástrica, no plano transversal. o Localização: devido ao seu tamanho, localização e ecogenicidade, o pâncreas é um dos órgãos abdominais mais difícil de avaliar sonograficamente. Por este motivo, utilizaremos marcos anatômicos vasculares. A cabeça do pâncreas localiza-se imediatamente anterior a veia cava inferior. O corpo e a cauda do pâncreas se localizam anteriormente a veia esplênica. O ducto pancreático pode ser observado internamente ao parênquima do corpo. o Ecogenicidade: a ecogenicidade pancreática é variável, dependendo da quantidade de substituição adiposa. O pâncreas normal tem ecogenicidade igual ou maior que a do fígado normal, porém em relação ao baço pode ser hipo, isso ou hiperecóico, com o passar dos anos a ecogenicidade tente aumentar devido a substituição gordurosa o Ecotextura: homogêneo o Dimensão: para propósitos práticos considera-se aumentado quando a dimensão antero-posterior for maior do que 3 cm para a cabeça, 2,5 cm para o corpo e 2 cm para a cauda pancreática. Laura Mendes Martins Laura Mendes Martins VESÍCULA BILIAR Anatomia o A vesícula biliar é um órgão oval, alongado, que possui 3 partes: fundo, corpo e colo. Localiza-se na parte anterior da face visceral do fígado imediatamente adjacente a fissura interlobar. Está relacionada posteriormente com o duodendo, e anteriormente com o fígado e peritônio. Variações na sua localização podem ocorrer, porém são raras (vesícula biliar intra-hepática mais comum). Técnica: o Posição do paciente: paciente em decúbito dorsal (pode-se utilizar decúbito lateral esquerdo). o Manobras para a visualização: a visualização é facilitada pedindo-se ao paciente para inspirar profundamente e prender a respiração. o Posicionamento do transdutor: posicionamento do transdutor na região do hipocôndrio direito, através de uma abordagem intercostal ou subcostal (lembramos que as costelas devem ser evitadas, pois o osso impede a passagem do som, formando uma sombra acústica posterior). o Localização: basea-se na posição anatômica da vesícula biliar, portanto, varremos o fígado angulando o transdutor superiormente, focando na sua fissura interlobar em sua porção aneroinferior. o Ecogenicidade: luz da vesícula biliar anecóica, e sua parede hipercogênica. Quando a vesícula estiver contraída, duas camadas se evidenciam: a mucosa ecogênica e a muscular, hipoecóica o Luz: anecóica. o Dimensões: espessura da parede menor do que 3mm; dimensão transversa menor do que 4cm; comprimento longitudinal menor do que 10cm. Laura Mendes Martins Laura Mendes Martins Laura Mendes Martins Laura Mendes Martins Laura Mendes Martins Laura Mendes Martins RIM DIREITO Laura Mendes Martins Laura Mendes Martins RIM ESQUERDO Laura Mendes Martins Laura Mendes Martins BAÇO Laura Mendes Martins Laura Mendes Martins RETROPERITÔNIO Laura Mendes Martins Laura Mendes Martins Laura Mendes Martins Laura Mendes Martins US PÉLVICO TRANSABDOMINAL LOCALIZAÇÃO Bexiga situa-se posterior a sínfise púbica O útero, cérvix e vagina situa-se posterior a bexiga distendida e anterior ao reto O cérvix e a vagina geralmente se situam na linha média da cavidade pélvica. O fundo do útero geralmente se situa ou a direita ou à esquerda da linha media Os ovários se localizam lateralmente ao útero e contra as paredes laterais da cavidade pélvica O Ureter e os vaso ilíacos internos situam-se posteriores ao ovário. A vagina é uma estrutura tubular muscular que se estende por 7,5 a 12,5cm da cérvix até a vulva. O útero é um órgão muscular com tamanho variável dependendo da paridade e idade da paciente. O útero consiste em 3 camadas o Endométrio o Miométrio o Serosa As trompas originam-se do útero e seguem o ligamento largo por aproximadamente 10 cm em direção aos ovários Os ovários são órgãos ovais situados nas fossas ovarianas. O tamanho dos ovários também a variável dependendo da idade e do ciclo menstrual A bexiga é um órgão muscular oco e simétrico e pode reter em média 480 a 540 ml de urina A parede da bexiga quando distendida mede 1,0 cm de espessura. Laura Mendes Martins O miométrio uterino tem ecos de nível médio, com textura uniforme. O contornos normal deve ser uniforme. A cavidade endometrial é fina que varia de intensidade e espessura dependendo da fase menstrual e da idade da paciente. As paredes vaginas tem ecos de nível médio com textura uniforme igual ao útero. Normal. A cavidade vaginal é hiperecocica. Os ovários tem ecos de nível médio com textura uniforme; Os folículos são observados como estruturas anecoicas redondas ou ovais. As trompas normalmente não são observadas A cavidade vesical apresenta-se anecoica quando distendida. A parede apresenta-se como uma linha ecogênica. Fundode saco é um recesso do petitoni o que é observado quando contém um pouco de líquido ou sangue. PREPARO Bexiga cheia Devem ingerir de 960 a 1.200ml de líquidos uma hora antes do exame e concluído em um período de 15 a 20 minutos A bexiga totalmente distendida desloca o intestino e coloca os órgãos pélvicos a vista (janela acústica) POSIÇÃO Decúbito dorsal TRANSDUTOR Convexo de 3,0 a 5,0 Mhz Fazer uma anamnese Laura Mendes Martins Laura Mendes Martins US TRANVAGINAL TRANSDUTOR 5Mhz a 7,5 Mhz Aplicar gel à extremidade do transdutor, cobri-lo com um preservativo. Certificar que não há bolhas de ar na extremidade e depois aplicar mais gel na parte externa do preservativo antes da introdução Laura Mendes Martins Laura Mendes Martins ULTRASSOM DE TIREOIDE O ULTRASSOM DA TIREOIDE É O EXAME ACEITO COMO MÉTODO PRECISO PARA A DETERMINAÇÃO DO VOLUME TIREOIDIANO INTRODUÇÃO As doenças da tireoide acometem cerca de 12 % da população Geral. Sua prevalência é maior em idosos, sexo feminino e nos indivíduos com anticorpos tireoidianos Aspectos Vantajosos da US incluem Estimativa do tamanho do nódulo ou do bócio Detecção de nódulos palpáveis Avaliação da textura tireoidiana Punção aspirativa por agulha fina (P.A.A.F.) Laura Mendes Martins LOCALIZAÇÃO Posição inferior anterior do pescoço Situa-se anterior a traqueia e inferior a laringe As bordas laterais dos lobos são a artéria carótida comum e veia jugular interna Os músculos esternocleidomastoideo, esternotireoideo e esternoioideo situam-se anterior a tireoide ANATOMIA DA TIREOIDE Glândula superficial em forma de borboleta Formada por 2 lobos, um direito e um esquerdo unidos no plano mediano por uma banda do tecido glandular – o istmo. Tireoide tem tamnhao variável aproximadamente 25 a 35 cm³ Variável devido ao sexo, idade, e estado de nutrição É maior em mulheres e aumenta de dimensões nas gravidez e amamentação A Glândula é altamente vascularizada, por um par de artérias e veias superiores e inferiores e frequentemente veias tireoidianas médias FISIOLOGIA Glândula endócrina que sintetiza, armazena e secreta hormônios tireoidianos Mantém o metabolismo corporal Produz três hormônios, triiodotironina (T3), tiroxina (T4) e calcitonina Aspecto Ultrassonográfico Os lobos são cor cinza de nível médio com textura homogênea Os lobos são mais ecogênicos em reilação aos músculos adjacentes Os ramos das veias e artérias intratireoidinas apresentam-se como estruturas tubulares anecoica de 1 a 2 mm O esôfago (à esquerda) apresenta-se hipoecoico com um centro ecogênico Variantes Normais Lobo piramidal o Extensão superior e triangular do istmo, presente em 15 a 30% Seu tamanho é variável e estende-se com melhor frequência para o lado esquerdo Folículos dilatados (coloides) o Interpostos por toda a tireoide com áreas císticas de 1 a 3 mm Tireóide ectópica o As linguais representam 90% Laura Mendes Martins Aspecto Ultrassonográfico Os lobos são cor cinza de nível médio com textura homogênea Os lobos são mais ecogênicos em reilação aos músculos adjacentes Os ramos das veias e artérias intratireoidinas apresentam-se como estruturas tubulares anecoica de 1 a 2 mm O esôfago apresenta-se hipoecoico com um centro ecogênico LOBO DIREITO TRANSVERSAL INFERIOR LOBO DIREITO TRANSVERSAL MÉDIO TIREOIDE Laura Mendes Martins LOBO DIREITO LONGITUDINAL MEDIAL LOBO DIREITO LONGITUDINAL LATERAL Laura Mendes Martins TÉCNICA DE EXAME Não necessita preparo prévio Decúbico dorsal com hipertensão cervical Transdutores o Linear Principal o Convexo 3,5 a 5 MHz Medida do eixo longitudinal em casos difíceis o Endocavitário Pode ser útil em bócios mergulhantes TRANSDUTOR LINEAR TRANSDUTOR CONVEXO Modo B o Varreduras longitudinais e transversais o Ecogenicidade: tireóide vs. músculos / tireoide x gl. Submandibulares o Ecotextura: Homogênea vs. heterogênea o Rastrear: traves fibróticas, alterações texturais focais, nódulos, cistos o Regiões adjacentes: linfonodos, cistos, outras alterações Doppler o Alustes do equipamento PRF/Escala de velocidades Ganho Filtro de Parede o Pressão do transdutor sobre a pele o Camada de Gel o Sensibilidade de cada equipamento Laura Mendes Martins VOLUME DA TIREÓIDE Parte integrante do exame Diagnóstico dos bócios e das tireoidites crônicas Controle de tratamento Especialmente importante para ajustar a dose de radioiodo (radioterapia) Erro mais comum o Diâmetro Longitudinal Causa o Não incluir os dois pólos da tireóide na imagem a ser mensurada Alternativas o Imagem trapezoidal (“convexo virtual”) o Imagem estendida o Composição da imagem o Transdutor convexo ou endocavitário Laura Mendes Martins Volume do lobo = D1 x D2 x D3 x 0,523 Volume do istmo = D1 x D2 x D3 x 0,523 Volume da tireóide = vol. Lobo direito + vol. Lobo esquerdo + vol. Istmo Há autores que utilizam a constante = 0,479 (OMS). Istmo: medir o volume? Istmo < 3mm de espessura o Volume praticamente desprezível Istmo entre 3 e 6mm de espessura o Volume próximo a 1,0 cm³ Istmo ≥ 6mm de espessura o Calcular o volume Valores Normais Adultos o Volume: 6-15 cm³ Variações o Idade o Sexo o Superficie corpórea o Ingestão de Iodo o Fotores genéticos Crianças Ao nascimento o 0,40 a 1,40 cm³ Tabelas com valores da normalidade em função da idade Laura Mendes Martins Modo B Parênquima homogêneo Ecogênico Arquitetura característica Contornos regulares Sistematização do Exame Identificar a tireóide Medir cada lobo e o istmo Calcular o volume da glândula Observar a ecogenicidade e a exotextura do parênquima Identificar nódulos Atentar para as características dos nódulos Verificar a vascularidade da glândula ao Doppler Medir a velocidade de fluxo nas artérias tireóideas inferiores direita e esquerda Identificar os padrões de fluxo dos nódulos Pesquisar linfonodomegalias regionais Descrever os achados no laudo
Compartilhar