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Aula 13 - Sistemas Adesivos

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05/08/2019 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/8
Sistemas Adesivos
CONHECER AS PROPRIEDADES, AS CARACTERÍSTICAS, AS INDICAÇÕES E A MANIPULAÇÃO DOS
PRINCIPAIS POLÍMEROS UTILIZADOS PELO CIRURGIÃO-DENTISTA. NESTE TÓPICO, ESPECIALMENTE OS
SISTEMAS ADESIVOS E SUA RELAÇÃO COM OS TECIDOS DENTAIS.
AUTOR(A): PROF. PAULO SERGIO LOPES DOS PRAZERES
AUTOR(A): PROF. ANDRE GUARACI DE VITO DE MORAES
Os materiais restauradores mais indicados pelos dentistas e desejados pelos pacientes são, atualmente, os
estéticos formados especialmente por resinas compostas e cerâmicas odontológicas. Esses materiais
necessitam da realização do procedimento adesivo para que possam ter retenção aos tecidos dentais. As
resinas compostas são aplicadas diretamente pelo dentista na cavidade dental previamente preparada com
um sistema adesivo. As cerâmicas odontológicas são cimentadas sobre os preparos dentais utilizando
cimentos resinosos que também necessitam da aplicação prévia de um sistema adesivo.
Portanto, o ponto de partida para o sucesso clínico dos atuais materiais restauradores é a correta utilização
dos sistemas adesivos, condição fundamental para que as restaurações possam permanecer aderidas aos
tecidos dentais de forma satisfatória ao longo do tempo.
Para que seja possível promover a adesão aos principais tecidos dentais, através da utilização dos sistemas
adesivos, é extremamente importante conhecer a composição e as características histo-morfológicas do
esmalte e da dentina.
O esmalte é um tecido extremamente mineralizado formado por grande quantidade de conteúdo mineral,
aproximadamente 97% em peso. Este conteúdo é formado por cristais de hidroxiapatita distribuídos por
todo o tecido sob a forma de prismas. A matriz orgânica corresponde a apenas 1% e os demais 2% são
constituídos por água.
Em contrapartida, a dentina, embora também seja um tecido mineralizado com cerca de 70%, em peso, de
seu conteúdo constituído por cristais de hidroxiapatita, possui grande quantidade de matéria orgânica (18%
em peso) e grande quantidade de água (12% em peso). A presença de cerca de 30% de conteúdo não mineral
faz com que o procedimento adesivo em dentina deva ser realizado com muito mais critério. Além disso, a
dentina é formada por túbulos que comunicam a polpa à junção amelo-dentinária, conferindo grande
permeabilidade a este tecido.
Vale ainda ressaltar que 90% da matriz orgânica da dentina é formada por fibrilas de colágeno. Portanto, o
procedimento adesivo, em dentina, será realizado sobre grande quantidade de colágeno e, portanto, é
fundamental para o dentista saber manipular corretamente este tecido.
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Caro aluno, agora que você já conhece as características dos tecidos dentais, é importante que você saiba
que para a realização do procedimento adesivo, estão à disposição do cirurgião-dentista duas diferentes
técnicas adesivas: a técnica do Condicionamento Ácido Total, também chamada de etch-and-rinse, que
remove totalmente a lama dentinária, ou smear layer e a técnica de remoção parcial da smear layer, mais
comumente chamada de Autocondicionante ou self-etching.
A técnica do Condicionamento Ácido Total é aquela em que há a necessidade de aplicação do ácido
fosfórico, cuja concentração varia entre 30 e 40%, sobre os tecidos dentais, esmalte e dentina, previamente
à aplicação dos componentes adesivos.
O ácido fosfórico é capaz de promover a desmineralização parcial dos tecidos, permitindo a infiltração dos
monômeros provenientes dos sistemas adesivos. Como o esmalte é um tecido mais mineralizado que a
dentina, a aplicação do ácido fosfórico deve durar o dobro do tempo estimado para a desmineralização da
dentina. Isto quer dizer que o condicionamento ácido deve ser realizado por cerca de 30 segundos no
esmalte e por cerca de 15 segundos na dentina. Em seguida, deve-se fazer a lavagem do ácido fosfórico com
água em abundância, por no mínimo, o mesmo tempo dispensado para o condicionamento. Após a lavagem
do ácido fosfórico, é de fundamental importância que se mantenha a dentina úmida para a aplicação do
sistema adesivo.
Para o uso da técnica de Condicionamento Ácido Total existem, atualmente, disponíveis no mercado dois
diferentes tipos de sistemas adesivos. O sistema mais completo é aquele em que se fazem necessárias três
diferentes etapas clínicas para sua realização, ou seja, são sistemas que possuem três distintos
componentes e, por isso, são chamados de sistemas adesivos de múltiplos frascos. O primeiro passo é,
justamente, a aplicação do ácido fosfórico que prepara os tecidos para aplicação do sistema adesivo. O
segundo passo consiste na aplicação de um primer constituído por monômeros hidrofílicos (principalmente
o HEMA, monômero bifuncional com afinidade por moléculas de água e que possui uma extremidade
hidrofóbica capaz de se ligar ao bond) dissolvidos em um solvente orgânico que pode ser a água, o etanol, a
acetona ou uma mistura de água e etanol. O terceiro passo consiste na aplicação do bond ou do adesivo,
propriamente dito, formado por monômeros hidrofóbicos (principalmente o BIS-GMA) capazes de selar a
interface adesiva.
O outro tipo de sistema adesivo pertencente à técnica etch-and-rinse é o sistema adesivo simplificado, cuja
aplicação aos tecidos dentais ocorre com a utilização de apenas duas etapas clínicas distintas para sua
realização, ou seja, são sistemas em que após o condicionamento com ácido fosfórico, os monômeros
hidrofílicos do primer e os hidrofóbicos do bond são aplicados simultaneamente às cavidades, uma vez que
estão contidos em um mesmo frasco.
 
05/08/2019 AVA UNINOVE
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Legenda: SISTEMAS ADESIVOS DE CONDICIONAMENTO ÁCIDO
Mas, se o dentista optar por utilizar um sistema adesivo Autocondicionante deverá dispensar o uso do ácido
fosfórico. A desmineralização é promovida por monômeros ácidos presentes no primer, capazes de
condicionar os tecidos duros dentais, ou melhor, a dentina apenas. Os monômeros ácidos dos sistemas
autocondicionantes não são capazes de desmineralizar adequadamente o esmalte.
Existem também dois diferentes tipos de sistemas adesivos autocondicionantes. O primeiro tipo é aquele
em que o procedimento adesivo é realizado em duas etapas clínicas distintas, ou seja, o sistema adesivo é
constituído por 2 frascos. No primeiro frasco, o do primer autocondicionante, estão contidos os monômeros
ácidos muito hidrofílicos. Esses monômeros são aplicados às cavidades dentais, sem a necessidade de
manter o tecido dentinário úmido. Portanto, o primer é utilizado em cavidades praticamente secas ou com
pouca umidade. Depois da evaporação do solvente sem a necessidade de lavagem da cavidade, deve-se
aplicar o bond hidrofóbico para garantir o selamento da interface.
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Simplificando definitivamente o procedimento adesivo, surgiram os sistemas adesivos autocondicionantes
de uma única aplicação, de um único passo, isto é, primer ácido e bond aplicados simultaneamente e
contidos em um único frasco também chamados de sistemas adesivos all-in-one.
Legenda: SISTEMAS ADESIVOS AUTOCONDICIONANTES
Os sistemas adesivos autocondicionantes por possuírem os monômeros do primer mais hidrofílicos tendem
a degradar mais facilmente ao longo do tempo. Esses monômeros sofrem degradação hidrolítica por sorção
de água, ou seja, moléculas de água causam a lise dos polímeros formados após a fotoativação do sistema
adesivo.
A adesão ao esmalte é bastante previsível e satisfatória. É alcançada pela infiltração dos sistemas adesivos
nas micro-porosidades criadas entre os prismas de esmalte e produzidas pela desmineralização promovida
pelo uso do ácido fosfórico. Os resultados de resistência adesiva em esmalte são sempre altos e duradouros.
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O grande desafio da odontologia adesiva ainda é alcançar valores de resistência adesiva duradouros em
dentina. A adesão à dentina é conseguida a partir da formação da camada híbrida formada pelo
envolvimento dos monômeros resinosos dos sistemas adesivos por entre as fibrilas colágenas expostas pela
desmineralização do tecido. Vale ressaltar que a hibridização da dentina é extremamente complexa e isso se
deve a grande quantidade de matriz orgânica e água presentes em sua composição.
Durante o condicionamento ácido da dentina removem-se cristais de hidroxiapatita expondo uma trama de
colágeno proveniente da matriz dentinária. Para que seja possível infiltrar os monômeros do primer para os
espaços inter-fibrilares é necessário que se mantenha a dentina úmida. Para que seja possível manter a
umidade dentinária de forma adequada, é recomendado ao cirurgião-dentista que promova a remoção do
excesso de água com um pedaço estéril de um papel absorvente, evitando assim a secagem em demasia. A
dentina deve apresentar aspecto da faixa de areia molhada da praia, ou seja, sem água em excesso, mas
também sem o ressecamento total do tecido. A presença de água entre as fibrilas de colágeno é responsável
pela manutenção do arcabouço colágeno, ou seja, por manter as fibrilas de colágeno em expansão, distantes
umas das outras como se fossem fios de cabelo mergulhados dentro de uma piscina. Caso ocorra a
desidratação total da dentina, as fibrilas colágenas colabam impedindo a correta infiltração do sistema
adesivo. Com a presença adequada da umidade dentinária pode-se aplicar o primer na cavidade sempre sob
agitação e aguardando-se em torno de 20 a 30 segundos para que seja possível a infiltração dos monômeros.
Em seguida, deve-se promover a evaporação do solvente presente no primer responsável por conduzir os
monômeros hidrofílicos para o interior da dentina. A evaporação do solvente é feita com a aplicação de um
leve jato de ar aplicado sobre a cavidade. Juntamente com o solvente a água presente entre as fibrilas
também é evaporada, restando na dentina apenas as fibrilas colágenas envolvidas pelos monômeros
resinosos do primer, ou seja, formou-se a camada híbrida. Para selar e proteger a interface adesiva, devem
ser aplicados sobre a camada híbrida os monômeros hidrofóbicos do bond, também aplicados sob agitação e
homogeneizados com um leve jato de ar, afim de que se forme uma fina película de bond sobre a camada
híbrida.
Vale ainda ressaltar que apesar de todos os cuidados empregados durante a confecção da interface adesiva
em dentina, esta tende a degradar-se com o passar do tempo. A porção resinosa da camada híbrida tende a
sofrer degradação hidrolítica e a porção orgânica formada pelo colágeno, tende a sofrer degradação
enzimática por ação das metaloproteinases (MMP).
ATIVIDADE FINAL
Nos sistemas adesivos convencionais de 3 frascos (ácido, primer e
bond), assinale a correta:
A. O primer é responsável por remover a smear layer da superfície da
dentina, justamente por possuir monômeros ácidos.
B. O ácido fosfórico consegue expor o colágeno da dentina através da
remoção de cristais de hidroxiapatita. ?
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C. O solvente presente no bond é responsável por conduzir os monômeros
hidrofílicos para o interior da dentina. ?
D. O primer por ser hidrofóbico veda a interface adesiva, aumentando a
longevidade da restauração.
REFERÊNCIA
Anusavice, K J; Shen, C; Rawls, H R. Philips Materiais Dentários, 12. Ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013
Craig, R G; Sakagushi, R L; Powers, J M. Craig Materiais Dentários Restauradores, 13. ed. – Rio de Janeiro:
Elsevier, 2012
Katchburian E, Arana V. Histologia e Embriologia Oral, 3. ed. - Rio de Janeiro - Guanabara Koogan, 2012
Van Noort, R. Introdução aos Materiais Dentários, 3. Ed. – Rio de Janeiro – Elsevier, 2010
Nakabayashi, N; Pashley, D H. Hibridização dos Tecidos Dentais Duros, 1. Ed. – São Paulo - Quintessence,
2000
Baratieri, L N; Chain, M. Restaurações estéticas com Resina Composta em Dentes Posteriores, 1. Ed. – São
Paulo, Artes Médicas, 1998
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