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Analise documentário industria americana

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ATIVIDADE 1- ANALISE DOCUMENTÁRIO: INDUSTRIA AMERICANA
 UNESP OURINHOS- Curso de Geografia
 Disciplina: Geografia Industrial Discente: Paulo Fernando Cirino Morão
 Dandara Tierra de Brunnis Borges Ferreira
 10/06/20
O documentário premiado Indústria Americana tem muito a nos ensinar pela narrativa de mulheres negras, que ocupam boa parte dos postos de trabalho precários. 
O fechamento de uma fábrica nos EUA dá lugar à multinacional chinesa Fuyao que implementa outra cultura organizacional e de condições de trabalho. As mesmas pessoas que trabalhavam na fábrica anterior são recontratadas pela multinacional, mas com salários três vezes menores e com piores condições de trabalho. Todos trabalham com manipulação de vidro, e não há regulação interna para proteção da saúde e da segurança do trabalhador. 
Fica aparente que a direção do filme quer marcar o choque entre duas culturas, mas é bom lembrar que se o modelo trabalhista chinês é um dos piores do mundo para o trabalhador, o americano também é, pois não garantem as formas coletivas de reivindicação, é importante destacar que a reforma trabalhista implementada no Brasil é importada dos EUA, país que tem péssimas condições de trabalho, onde boa parte das pessoas realiza o trabalho intermitente (pagamento por horas trabalhadas permitindo mais de um emprego). 
O chamado "sonho americano", que é a base ideológica do capitalismo atual, exige muitos empregos, muitas horas de trabalho, sem acesso à saúde e educação pública, e com muita restrição ao direito de livre organização sindical. 
No filme, uma mulher negra, que defende a implementação do sindicato é perseguida, e a empresa a designa para desempenhar uma função sozinha que deveria ser exercida por duas pessoas. Os trabalhadores da fábrica, por exemplo, enfrentam perseguições, demissões e assédios para não organizarem um sindicato dentro da empresa. Porque não mostra a realidade estadunidense em relação à regulação do trabalho e organização sindical e, inclusive, sobe o tom no nacionalismo. 
O final também mostra o impacto da Indústria 4.0 que gerará um desemprego estrutural em todo o mundo, mas sem problematizar o aprofundamento da desregulação do trabalho. 
A intenção dos Obama me parece óbvia: a disputa de hegemonia entre China e EUA no mundo, criando uma falsa armadilha de disputa entre os trabalhadores dos dois países, mas a precarização imposta pelo capitalismo é global. A nova faceta do capitalismo estimula a precarização do trabalho, sem garantias, sem regulamentação e sem revindicação coletiva, caracterizando o trabalho na sua face crua e desigual.
REFERÊNCIA 
DOCUMENTÁRIO: INDUSTRIA AMERICANA – direção de Steven Bognar, Julia Reichert.

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