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P R O F A . D R A . É R I K A F E R N A N D E S . Assistência de Enfermagem na Lesão Raqui-medular Definição Lesão de qualquer causa externa que acomete a coluna vertebral, incluindo ou não a medula espinhal, ou raízes nervosas, de qualquer segmento. Etiologia Traumáticas: • Fraturas • Luxações • Ferimentos Não traumáticas: • Tumorais • Infecciosas • Vasculares • Má formações • Degenerativas Epidemiologia 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 trânsito agressão quedas mergulhos outras 18 16 14 3 49 % Figura 1: Causas mais freqüente de LRM Localizaçao anatômica: 56% - coluna cervical; 24% - transiçao toracolombar; 20% - região lombossacra; Epidemiologia – Trauma Raquimedular: Os fatores de risco predominantes para lesão raquimedular são idade, sexo, uso de álcool e drogas (lícitas e ilícitas); Adultos jovens; Sexo Masculino; Mortalidade 50%; As vértebras mais acometidas são C5, C6 e C7, T12 e L1 devido a maior amplitude de movimento da coluna vertebral nestas regiões. (Segundo o Center of Disease Control - CDC (2001) Suspeita de TRM: Mecanismo de lesão sugestivo (causas de TRM), mesmo sem sintomas Politraumatizado Vítimas inconscientes que sofreram algum tipo de trauma. Dor ou deformidade em qualquer região da coluna vertebral. Traumatismo facial grave ou traumatismo de crânio fechado. "Formigamento" (anestesia) ou paralisia de qualquer parte do corpo abaixo do pescoço. Mergulho em água rasa Mecanismo de Trauma As lesões traumáticas da coluna cervical podem resultar de apenas um ou de vários dos seguintes mecanismos de trauma: Flexa ̃o Extensa ̃o Rotaça ̃o Flexa ̃o lateral Traça ̃o + + + + + AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA Indicada para todas as vítimas de politrauma. Com tecnologia disponível: TC Sem tecnologia: Rx Se exames radiológicos normais: Permitida a retirada do colar (recomenda-se avaliação de especialista). Fisiopatologia Lesão Primária Representa o dano tecidual causado exatamente na hora do trauma, sendo caracterizada por contusão, hemorragia, isquemia, lesão vascular, secção ou até perda de tecido. Transferência de energia cinética para a medula espinhal que gera o rompimento dos axônios, lesão das células nervosas e ruptura dos vasos sanguíneos. Fisiopatologia Lesão Secundária Inicia-se após a instalação da primária, causando extensão do dano celular/tecidual. É mediada pela ativação de reações inflamatórias e imunes, com componentes celulares e humorais Hipotensão arterial sistêmica e alterações da homeostase podem agravá-la. Morte de axônios e células que não foram inicialmente lesados, pela redução do fluxo sanguíneo, normalmente causada por alterações no canal vertebral, hemorragia, edema ou redução da pressão sistêmica. Separação dos axônios não se faz imediatamente ao trauma não penetrante, sendo resultada de um evento patológico relacionado à lesão da membrana celular. Mecanismo da lesão medular Hemorragia na substância cinzenta Diminuição da saturação de oxigênio Edema Alteração da estrutura celular Necrose Quadro Clínico Nível de lesão: é determinado pelo último seguimento senssitívo- motor preservado em ambos os lados do corpo. Lesões acima do seguimento t1 será considerado tetraplegia e abaixo de t1 paraplegia. Grau da lesão Completa: quando há ausência de função motora e sensitiva abaixo do nível da lesão e seguimentos sacrais da medula. Incompleta: quando há preservação da função motora e sensitiva abaixo do nível neurológico incluindo os seguimento sacrais. Tempo de instalação da lesão: quanto maior tempo transcorre a lesão, sem aparecimento de sinais de recuperação sensitiva e motora, maior é a probabilidade de ser uma lesão completa. Manifestações Clínicas Paralisia motora e sensorial; Perda do controle vesical e intestinal; Perda do tono vasomotor, além de acentuada redução da pressão arterial a partir da perda da resistência vascular periférica; Problemas respiratórios (músculos abdominais e intercostais e o diafragma), na lesão raquimedular cervical alta , a IRA é a principal causa de morte. Paraplegia ou tetraplegia. Quando consciente: Dor aguda nas costas ou no pescoço Fratura Vertebral Fratura Vertebral Compressão Medular Secção Medular + Complicações Precoces: Depende da gravidade da lesão Mais freqüente – cervical ou torácica alta Insuficiência respiratória Choque neurogênico Tardias: Infecção Escaras Espasticidade Bexiga neurogênica Dor crônica Rigidez articular Tromboses TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR Atendimento de emergência: “Advanced Trauma Life Support – ATLS” A.Airway B.Breathing C.Circulation D.Disability E.Exposure “Manter a coluna imobilizada com colar Cervical e Prancha longa” Tração da mandíbula sem Inclinação da cabeça. - Imobilização cervical - ABCD - Identificar o quadro clínico: . Respiração diafragmática . Déficits motores grosseiros . Déficits sensitivos . Hipotensão com bradicardia . História Tratamento inicial: “Desde que a coluna do doente esteja devidamente protegida, o exame vertebral e a exclusão de traumas à coluna podem ser postergados sem riscos, especialmente na presença de alguma instabilidade sistêmica.” ATLS Tratamento Vias aéreas com controle da coluna vertebral; Imobilização; respiração e ventilação; circulação com controle de hemorragia; Avaliação rápida (déficits neurológicos, ECGL); Liberação de amarras e controle ambiental; Estabilização RCP. • Prancha longa (em bloco); • Colar cervical + apoios laterais da cabeça • Virar a prancha ou aspirar VAS se vômitos. •Atenção ao choque medular ou neurogênico – hipotensão e bradicardia. TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR Tratamento agudo: - Imobilização cervical - Fluídos intravenosos - Sondagem vesical - Medicamentos: . Antibióticos . Diuréticos (Manitol) . Analgésicos . Corticóides Quadro Clínico – Trauma Raquimedular: Fase aguda (de 1 a 24 horas após o trauma). Nesta fase, o edema provocado pelo trauma ainda é um dos limitadores da avaliação da lesão. Portanto, pode ser difícil determinar o grau de transecção da medula. Testa-se a capacidade motora e sensitiva com maior frequência a fim de acompanhar a involução do edema. Quadro Clínico – Trauma Raquimedular: Intervenções cirúrgicas nesta fase são recomendadas quando houver instabilidade vertebral, a fim de evitar maiores agravos à lesão pré- existente. Os objetivos são remover os fragmentos ósseos que porventura estejam comprimindo a medula, além de estabilizar as vértebras, para que o processo de reabilitação possa ser iniciado precocemente. O succinato dissódico de metilpredinisolona (corticóide) deve ser administrado até oito horas após a lesão, com dose de manutenção por 48 horas. Quadro Clínico – Trauma Raquimedular: • Fase subaguda (de 24 horas até uma semana pós- trauma). •As trações com halo cervical são comumente utilizadas para tratar as lesões cervicais. •A mobilização precoce, em blocos, e os exercícios passivos devem ser iniciados tão logo o paciente esteja em condições de estabilidade clínica e cirúrgica. Quadro Clínico – Trauma Raquimedular: Fase Crônica ou Ajustamento medular (após uma semana do trauma). •As complicações devem ser tratadas, tais como: • infecções (antibioticoterapia); •comprometimento respiratório (ventilação mecânica, fisioterapiarespiratória); •lesão cutânea traumática e prevenção de lesões por pressão; •espasticidade (antiespasmódicos orais); •dor neuropática central (anticonvulsivantes, sedativos leves, antidepressivos) Referências: CARPENITO-MOYET, L.J. Diagnósticos de Enfermagem: aplicação à prática clínica. 10 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. DANGELO, J.G; FATTINI, C.A. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar: para o estudante de medicina. 2 ed. São Paulo: Atheneu. 2004. NETTINA, S.M. Prática de enfermagem. 8 ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2007. SANTOS, J. L (revisão técnica); SANTOS, R.G (tradução). Guia Profissional para Fisiopatologia. Tradução de: Professional Guide of pathophysiology. 1 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. SANTOS, RR; CANETTI, MD; RIBEIRO JR, C; ALVAREZ, FS. Manual de Socorro de Emergência. Seção de ensino e treinamento / Grupamento de Socorro de Emergência /Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro / Secretaria de Estado de Defesa Civil. São Paulo: Atheneu, 2005. Assistência de Enfermagem na Lesão Raqui-medular Definição Etiologia Epidemiologia Localizaçao anatômica: Número do slide 6 Número do slide 7 Mecanismo de Trauma Número do slide 9 Número do slide 10 Número do slide 11 Número do slide 12 Número do slide 13 Fisiopatologia Fisiopatologia Mecanismo da lesão medular Quadro Clínico Grau da lesão Manifestações Clínicas Fratura Vertebral Fratura Vertebral Compressão Medular Secção Medular + Complicações Número do slide 25 Tratamento inicial: Número do slide 27 Número do slide 28 Tratamento Número do slide 30 Número do slide 31 Quadro Clínico – Trauma�Raquimedular:� Número do slide 33 Número do slide 34 Referências:
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