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CONTEÚDOS E METODOLOGIAS DO ENSINO DE LINGUAGEM ORAL E ESCRITA: EDUCAÇÃO INFANTILCONTEÚDOS E METODOLOGIAS DO ENSINO DE LINGUAGEM ORAL E ESCRITA: EDUCAÇÃO INFANTIL

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CONTEÚDOS E METODOLOGIAS DO ENSINO DE 
LINGUAGEM ORAL E ESCRITA: EDUCAÇÃO INFANTIL
Alexandre Marcelo Bueno
Isis Flora Santos
Izaura da Silva Cabral
Katia Beltrami Koppe
© Universidade Positivo 2020
Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 – Campo Comprido 
Curitiba-PR – CEP 81280-330
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência.
Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. 
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. 
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
Imagens de ícones/capa: © Thinkstock / ©gettyimages
Presidente da Divisão de Ensino 
Reitor
Pró-Reitor Acadêmico
Coordenação Geral de EAD
Coordenação de Metodologia e Tecnologia 
Autoria
Coautoria
Parecer Técnico
Supervisão Editorial
Designer Gráfico
Prof. Paulo Arns da Cunha
Prof. José Pio Martins
Prof. Carlos Longo
Prof. Everton Renaud
Profa. Roberta Galon Silva
Prof. Alexandre Marcelo Bueno
Profa. Isis Flora Santos
Profa. Izaura da Silva Cabral
Profa. Katia Beltrami Koppe
Profa. Clara Simone Ignácio de Mendonça
Aline Scaliante Coelho Baggetti
Theylonn Micael
DTCOM 
DIRECT TO COMPANY S/A
Análise de Qualidade, Edição de Texto, 
Design Instrucional, Edição de Arte, 
Diagramação, Imagem de Capa, 
Design Gráfico e Revisão Textual
3C�������� � M����������� �� E����� �� L�������� O��� � E������ – E������� I�������
Caro aluno,
A metodologia da Universidade Positivo apresenta materiais e tecnologias apropriadas 
que permitem o desenvolvimento e a interação entre alunos, docentes e recursos didáticos e 
tem por objetivo a comunicação bidirecional entre os atores educacionais.
O seu livro, que faz parte dessa metodologia, está inserido em um percurso de aprendi-
zagem que busca direcionar a construção de seu conhecimento por meio da leitura, da con-
textualização teórica-prática e das atividades individuais e colaborativas; e fundamentado 
nos seguintes propósitos:
COMPREENDA SEU LIVRO
valorizar suas 
experiências;
incentivar a 
construção e a 
reconstrução do 
conhecimento;
estimular a 
pesquisa;
oportunizar a reflexão 
teórica e aplicação 
consciente dos temas 
abordados.
Metodologia
4 C�������� � M����������� �� E����� �� L�������� O��� � E������ – E������� I�������
COMPREENDA SEU LIVRO
Com base nessa metodologia, o livro apresenta a seguinte estrutura:
Percurso
Pergunta norteadora
Ao fi nal do Contextualizando o cenário, 
consta uma pergunta que estimulará sua 
reflexão sobre o cenário apresentado, 
com foco no desenvolvimento da sua 
capacidade de análise crítica.
Tópicos que serão estudados
Descrição dos conteúdos que serão 
estudados no capítulo.
Boxes
São caixas em destaque que podem 
apresentar uma citação, indicações de 
leitura, de filme, apresentação de um 
contexto, dicas, curiosidades etc.
Recapitulando
É o fechamento do capítulo. Visa sinte-
tizar o que foi abordado, reto mando os 
objetivos do capítulo, a pergunta nortea-
dora e fornecendo um direcionamento 
sobre os questionamentos feitos no 
decorrer do conteúdo.
Pausa para refletir
São perguntas que o instigam a 
refletir sobre algum ponto 
estudado no capítulo.
Contextualizando o cenário
Contextualização do tema que será 
estudado no capítulo, como um 
cenário que o oriente a respeito do 
assunto, relacionando teoria e prática.
Objetivos do capítulo
Indicam o que se espera que você 
aprenda ao final do estudo do 
capítulo, baseados nas necessida-
des de aprendizagem do seu curso.
Proposta de atividade
Sugestão de atividade para que você 
desenvolva sua autonomia e siste-
matize o que aprendeu no capítulo. 
Referências bibliográficas
São todas as fontes utilizadas no 
capítulo, incluindo as fontes mencio-
nadas nos boxes, adequadas 
ao Projeto Pedagógico do curso.
5C�������� � M����������� �� E����� �� L�������� O��� � E������ – E������� I�������
BOXES
Assista 
Indicação de filmes, vídeos ou similares que trazem informações 
complementares ou aprofundadas sobre o conteúdo estudado. 
Biografia 
Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada 
pessoa relevante para o estudo do conteúdo abordado.
Contexto 
Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato; 
demonstram a situação histórica, social e cultural do assunto. 
Curiosidade
Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre 
o assunto tratado. 
Dica
Um detalhe específico da informação, um breve conselho, um alerta, 
uma informação privilegiada sobre o conteúdo trabalhado. 
Exemplo
Informação que retrata de forma obje tiva determinado assunto 
abordando a relação teoria-prática.
Afirmação
Citações e afirmativas pronunciadas por teóricos de relevância 
na área de estudo.
Esclarecimento
Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específica 
da área de conhecimento trabalhada. 
7C�������� � M����������� �� E����� �� L�������� O��� � E������ – E������� I�������
SUMÁRIO
 
Apresentação ......................................................................................................... 13
Autoria .................................................................................................................. 14
Capítulo 1
O conhecimento da linguagem e o seu ensino-aprendizagem .................................. 19
1.1 O que é linguagem? .......................................................................................... 19
1.1.1. O conceito de linguagem ....................................................................................................................... 20
1.1.2. O papel da linguagem no desenvolvimento infantil ................................................................................ 22
1.1.3. Relação entre pensamento e linguagem ................................................................................................ 22
1.1.4. As diferentes linguagens ....................................................................................................................... 24
1.2. A diferença entre linguagem e língua ............................................................... 26
1.2.1. O que é língua? ..................................................................................................................................... 26
1.2.2. Linguagem, Língua e Fala ..................................................................................................................... 29
1.2.3. A linguagem na Educação Infantil .......................................................................................................... 30
1.3. O outro e o desenvolvimento da linguagem ....................................................... 30
1.3.1. O papel do outro na aprendizagem da linguagem pela criança ................................................................ 31
1.3.2. O papel do outro na construção do discurso infantil................................................................................ 32
1.3.3. Comunicar-se no cotidiano .................................................................................................................... 33
1.3.4. A criança, o professor e a linguagem ..................................................................................................... 33
1.4. O trabalho da linguagem na Educação Infantil .................................................. 34
1.4.1. Oralidade como processo dinâmico ....................................................................................................... 34
1.4.2. A relação entre linguagem e leitura ....................................................................................................... 35
1.4.3. A comunicação oral .............................................................................................................................. 36
1.4.4. Práticas que podemcontribuir para a aprendizagem da linguagem na Educação Infantil ........................ 36
Referências ............................................................................................................ 40
8 Conteúdos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil
Capítulo 2
Consciência fonológica da criança .......................................................................... 41
2.1. Definição de consciência fonológica ................................................................. 42
2.1.1. Origem do termo .................................................................................................................................. 43
2.1.2. Noções sobre consciência fonológica .................................................................................................... 43
2.1.3. Consciência fonológica na aquisição da linguagem oral e escrita ............................................................ 44
2.1.4. Consciência fonológica da criança e a postura do professor .................................................................... 44
2.2. Fonologia e o sistema fonológico da Língua Portuguesa ................................... 45
2.2.1. Definição de fonologia ......................................................................................................................... 46
2.2.2. Fonologia na Educação Infantil ............................................................................................................. 46
2.2.3. O sistema fonológico do português no Brasil ......................................................................................... 47
2.2.4. Proposta de trabalho pedagógico sobre o sistema fonológico ................................................................ 52
2.3. O processamento fonológico ............................................................................53
2.3.1. Relação com a escrita ........................................................................................................................... 53
2.3.2. Linguagem escrita ................................................................................................................................ 54
2.3.3. Relação entre desenvolvimento fonológico e processamento fonológico ................................................ 55
2.4. A consciência fonológica na Educação Infantil .................................................. 55
2.4.1. Estimulação da consciência fonológica .................................................................................................. 56
2.4.2. Processos fonológicos na Educação Infantil........................................................................................... 57
2.4.3. Ensino da leitura e da escrita................................................................................................................. 58
2.4.4. Habilidades fonológicas a serem desenvolvidas ..................................................................................... 59
Referências ............................................................................................................ 61
Capítulo 3
A oralidade na Educação Infantil ............................................................................ 62
3.1. Comunicação oral ............................................................................................ 64
3.1.1. Desenvolvimento da oralidade .............................................................................................................. 64
3.1.2. Importância do estímulo da linguagem oral ........................................................................................... 66
3.1.3. Oralidade e a relação família-escola ...................................................................................................... 67
3.1.4. Da oralidade à escrita: práticas importantes .......................................................................................... 68
3.2. Base Nacional Comum Curricular (BNCC) de Educação Infantil .......................... 69
3.2.1. Oralidade infantil ...................................................................................................................................71
3.2.2. Os seis direitos de aprendizagem na BNCC ............................................................................................71
3.2.3. Campos de experiência na BNCC ...........................................................................................................73
3.2.4. Oralidade e a BNCC ..............................................................................................................................75
3.3. Relação entre oralidade e escrita ...................................................................... 79
3.3.1. Oralidade e a escrita no contexto social ................................................................................................. 79
3.3.2. Relação entre oralidade e letramento .................................................................................................... 80
3.3.3. Contribuições da oralidade para a aquisição da escrita ........................................................................... 81
Referências ............................................................................................................ 84
9Conteúdos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil
Capítulo 4
Aprendizado da escrita na Educação Infantil ............................................................87
4.1.A escrita na Educação Infantil e possíveis práticas docentes ............................... 88
4.1.1. Escrita na Educação Infatil .................................................................................................................... 88
4.1.2. Possíveis práticas docentes ................................................................................................................... 92
4.2 Legislação nacional .......................................................................................... 97
4.2.1. LDB n. 9.394/1996 e a Educação Infantil .................................................................................................................97
4.2.2. A Base Nacional Comum Curricular para a Educação Infantil, a leitura e a escrita ............................................... 98
4.2.3. Plano Nacional de Educação e o ensino de leitura e escrita na Educação Infantil ................................... 100
Referências ........................................................................................................... 103
Capítulo 5
Oralidade e escrita na Educação Infantil: a interação no processo de ensino e aprendizagem ...... 106
5.1. Habilidades de expressão escrita e oral ....................................................................... 107
5.1.1. Habilidades de interação .......................................................................................................................................108
5.1.2. Habilidades de participação ................................................................................................................................ 110
5.1.3. Habilidades de convivência ..................................................................................................................................... 111
5.2. Dicotomias dos processos de interação ...........................................................................112
5.2.1. Homem – mundo .................................................................................................................................................. 112
5.2.2. Sujeito – objeto ........................................................................................................................................................113
5.2.3. Ambiente – aprendizagem ....................................................................................................................................114
5.3. Escola como um ambiente favorável à interação ..........................................................115
5.3.1. Democracia na escola ..........................................................................................................................................115
5.3.2. A cultura e o ensino-aprendizagem da oralidade e da escrita .....................................................................116
5.3.3. Escola como espaço de convívio social ......................................................................................................................... 117
5.4. Atividades potencializadoras para o ensino e aprendizagem .......................................117
5.4.1. A educação dos sentidos ..........................................................................................................................................................118
5.4.2. Dinâmicas de grupo ..............................................................................................................................................119
5.4.3. Exploração dos espaços ....................................................................................................................................... 120
5.4.4. Momentos de comunicação formal e informal ................................................................................................... 121
Referências ...........................................................................................................124
10 Conteúdos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil
Capítulo 6
Linguagem oral e escrita na Educação Infantil: o jogo e as representações .............. 127
6.1. O brincar ....................................................................................................... 127
6.1.1. Oralidade durante a brincadeira .......................................................................................................................... 128
6.1.2. O brincar e a escrita na infância ..........................................................................................................................129
6.1.3. O papel do professor como mediador ................................................................................................................ 130
6.2. A brincadeira e seus benefícios como instrumento de aprendizagem ..........................131
6.2.1. Brincadeira como recurso para desenvolver as linguagens ................................................................................... 132
6.2.2. O brinquedo pedagógico como recurso para aprendizagem da linguagem oral e escrita ............................... 133
6.2.3. Tipos de brincadeiras na escola que favorecem o uso da linguagem oral .............................................................135
6.2.4. Benefícios do brincar para a aprendizagem da escrita ...............................................................................136
6.3. O jogo e a aprendizagem da escrita ................................................................. 137
6.3.1. Importância de definir objetivos pedagógicos do jogo .........................................................................................137
6.3.2. Tipos de jogos que podem favorecer a aprendizagem da linguagem escrita ..............................................................138
6.3.3. Benefícios do lúdico na aprendizagem da escrita ......................................................................................138
6.3.4. Postura do educador durante o brincar ............................................................................................................... 140
6.4. Jogo e Oralidade ............................................................................................140
6.4.1. Aspectos teóricos dos jogos que podem proporcionar a aprendizagem da oralidade ......................................... 141
6.4.2. Jogos de linguagem ............................................................................................................................................... 142
6.4.3. Modos de estímulo da oralidade pelo jogo ..........................................................................................................142
6.4.4. Modelos de jogos que destacam a oralidade ......................................................................................................... 143
Referências ...........................................................................................................145
Capítulo 7
O lúdico no processo de ensino-aprendizagem de leitura e escrita .................................... 148
7.1. Teorias sobre o lúdico na Educação Infantil.................................................................. 148
7.1.1. O lúdico para Huizinga ........................................................................................................................................... 148
7.1.2. O lúdico para Vygotsky: gesto, jogo e fala ............................................................................................ 148
7.1.3. O lúdico para Brougère .........................................................................................................................................149
7.1.4. O lúdico para Winnicott....................................................................................................................................... 150
7.2. Os jogos como facilitadores do ensino de leitura e escrita na classificação de Wallon ............150
7.2.1. Funcionais ...........................................................................................................................................151
7.2.2. Ficção .................................................................................................................................................151
7.2.3. Aquisição ..............................................................................................................................................................152
7.2.4. Construção ..........................................................................................................................................152
11Conteúdos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil
7.3. O jogo e a aprendizagem da linguagem oral e escrita para uso em sociedade ............153
7.3.1. A criança e a aprendizagem da linguagem social ................................................................................................ 154
7.3.2. Interação entre as crianças no momento do jogo ................................................................................. 154
7.3.3. O lúdico e a inclusão ............................................................................................................................................. 155
7.3.4. O jogo como recurso para facilitar a aprendizagem do aluno com dificuldade de aprendizagem de leitura e de escrita ..... 156
7.4. Práticas com jogos e o ensino de leitura e escrita ...................................................... 156
7.4.1. Jogos e atividades de alfabetização .................................................................................................................... 157
7.4.2. Jogos de sons e letras .........................................................................................................................................158
7.4.3. Jogos com sons, sílabas e palavras ........................................................................................................................159
7.4.4. Jogos de faz de conta ......................................................................................................................................... 160
Referência ............................................................................................................ 163
Capítulo 8
Avaliação da aprendizagem da leitura e da escrita na EducaçãoInfantil ............................ 166
8.1. Documentos do MEC .................................................................................................. 166
8.1.1. Lei de diretrizes e bases ......................................................................................................................... 167
8.1.2. Referencial Curricular Nacional ............................................................................................................................... 168
8.1.3. Avaliação da oralidade e da escrita na Educação Infantil .......................................................................................169
8.1.4. Parecer descritivo ............................................................................................................................................... 170
8.2. Instrumentos de avaliação ............................................................................. 172
8.2.1. Portfólios ............................................................................................................................................ 172
8.2.2. Dossiês ............................................................................................................................................... 173
8.2.3. Fichas ................................................................................................................................................. 173
8.2.4. Relatórios ........................................................................................................................................... 175
8.3. Objetivos da Avaliação da oralidade e da escrita na Educação Infantil .................. 177
8.3.1. Observar ............................................................................................................................................. 178
8.3.2. Examinar .............................................................................................................................................179
8.3.4. Mediar ................................................................................................................................................179
8.3.4. Avaliar ............................................................................................................................................... 180
8.4. “Erros” na aprendizagem da oralidade e escrita na Educação Infantil .......................... 181
8.4.1. Objetivos de avaliar ............................................................................................................................ 182
8.4.2. Importância da avaliação contínua e do erro na aprendizagem ...........................................................................183
8.4.3. Postura do professor durante o processo de aprendizagem ..............................................................................184
8.4.4. Avaliação: os benefícios para o aluno ..................................................................................................................... 184
Referências ........................................................................................................... 187
12 Conteúdos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil
13C�������� � M����������� �� E����� �� L�������� O��� � E������ – E������� I�������
Na disciplina de Conteúdos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e 
Escrita: Educação Infantil, apresentaremos as contribuições dos estudos linguísticos para 
a compreensão do desenvolvimento da linguagem oral e escrita da criança, com especial 
atenção à língua portuguesa como língua materna. Abordaremos questões teóricas relacio-
nando-as às práticas de ensino que envolvem o desenvolvimento da oralidade e aprendiza-
gem da leitura e escrita. 
É necessário que o professor domine a língua, uma vez que esta é instrumento e fina-
lidade de ensino. Dessa maneira, propormos apresentar e discutir alguns conceitos funda-
mentais, como linguagem, língua, níveis da língua, consciência fonológica, a avaliação da 
linguagem na Educação Infantil, e, também, metodologias para dinamizar o ensino da lín-
gua materna.
Esse campo de estudo é amplo e a finalidade desta obra é abrir as portas para uma 
nova reflexão sobre sua prática pedagógica, além de instigar o aprofundamento aqui 
expostos.
APRESENTAÇÃO
14 C�������� � M����������� �� E����� �� L�������� O��� � E������ – E������� I�������
O professor Al��a���� Ma���lo Bu��o é doutor em Semiótica e Linguística 
Geral pela FFLCH-USP (2011). É mestre em Semiótica e Linguística Geral pela mesma uni-
versidade em 2006. Realizou estágio de doutorado-sanduíche na Université Paris 8 entre 
2009 e 2010. Em 2012, foi professor visitante da Universidade Nacional de Timor-Leste. 
Fez estágio de pós-doutorado no Centro de Pesquisa Sociossemiótica (CPS) na Pontifícia 
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) entre os anos de 2013 e 2016. 
Currículo Lattes: 
<lattes.cnpq.br/4102309176261051>
AUTORIA
A todos aqueles que se lançam
na aventura de aprender. 
15C�������� � M����������� �� E����� �� L�������� O��� � E������ – E������� I�������
A professora I��� Flo�a Sa�to� é mestre em Educação pela UNIRIO (2006). É pós-
-graduada em Design Instrucional pelo Instituto Brasileiro de Desenho Instrucional – IBDIN 
(2013), em Educação a Distância pelo SENAC (2015) e em Educação Psicomotora pelo Centro 
Universitário IBMR (2003). É graduada em Pedagogia pela UNIRIO (1999). Atualmente, é pós-
-graduanda em psicopedagogia (Pró-Saber). 
Currículo Lattes: 
<lattes.cnpq.br/2488106310974340
AUTORIA
Dedico este trabalho a todos os meus 
alunos que me fazem acreditar que a 
Educação é capaz de mudar o futuro.
16 C�������� � M����������� �� E����� �� L�������� O��� � E������ – E������� I�������
O professor Al��a���� Ma���lo Bu��o é doutor em Semiótica e Linguística 
Geral pela FFLCH-USP (2011). É mestre em Semiótica e Linguística Geral pela mesma uni-
versidade em 2006. Realizou estágio de doutorado-sanduíche na Université Paris 8 entre 
2009 e 2010. Em 2012, foi professor visitante da Universidade Nacional de Timor-Leste. 
Fez estágio de pós-doutorado no Centro de Pesquisa Sociossemiótica (CPS) na Pontifícia 
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) entre os anos de 2013 e 2016. 
Currículo Lattes: 
<lattes.cnpq.br/4102309176261051>
AUTORIA
A Pedro e Davi, 
meus tesouros.
17C�������� � M����������� �� E����� �� L�������� O��� � E������ – E������� I�������
Kat�a B�lt�a�� Kopp� é mestre em Educação pela PUC-PR (2008), pós-graduada 
em Currículo e Prática Educativa pela PUC- RJ (2000) e Alfabetização e Educação Infantil 
pela UTP (2001); graduou-se em Pedagogia pela PUC-PR (1998). Possui experiência como 
docente na educação básica, lecionando em todas as séries da Educação Infantil ao Ensino 
Fundamental I. Atuou como docente no curso de Pedagogia, no curso de formação de pro-
fessores EAD e como coordenadora de Ensino Fundamental II.
Atualmente é coordenadora pedagógica de Educação Infantil e do 1º ano do Ensino 
Fundamental, além disso é professora-tutora de cursos EAD na área da educação.”
http://lattes.cnpq.br/3633795707445133
AUTORIA
18 Conte�dos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil
OBJETIVOS DO CAPÍTULO
• Conhecer como ocorre o desenvolvimento da linguagem e os possíveis métodos 
para desenvolvimento da linguagem com crianças. 
1
TÓPICOS DE ESTUDO
O que é linguagem?
CAPÍTULO 1
O conhecimento da linguagem e o seu 
ensino-aprendizagem
Izaura da Silva Cabral
3 O outro e o desenvolvimento da 
linguagem
2 A diferença entre linguagem e língua 4 O trabalho da linguagem na 
Educação Infantil
• O conceito de linguagem.
• O papel da linguagem no de-
senvolvimento infantil.
• Relação entre pensamento e 
linguagem.
• As diferentes linguagens
• O papel do outro na aprendizagem 
da linguagem pela criança.
• O papel do outro na construção do 
discursoinfantil.
• Comunicar-se no cotidiano.
• A criança, o professor e a linguagem.
• O que é língua?
• Signos e símbolos.
• Linguagem, Língua e Fala.
• A linguagem na Educação 
Infantil.
• Oralidade como processo dinâmico.
• A relação entre linguagem e leitura.
• A comunicação oral.
• Práticas que podem contribuir para 
a aprendizagem da linguagem na 
Educação Infantil.
19Conte�dos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil
1. O conhecimento da linguagem e o seu ensino-aprendizagem
Para iniciarmos os estudos, é importante que tenhamos conhecimento de alguns con-
ceitos básicos que, direta ou indiretamente, contribuem para a compreensão do desen-
volvimento da linguagem infantil, seja em sua modalidade oral, seja em sua modalidade 
escrita. Apresentaremos conceitos tais como: linguagem, língua, características e funções 
da linguagem, a função do outro na aprendizagem, entre outros. Daremos especial des-
taque à linguagem dentro de uma concepção dialógica e discursiva. Defenderemos a im-
portância do conhecimento da língua materna para a compreensão e aperfeiçoamento do 
ensino e veremos, também, a importância de afunilar questões que buscam aliar a teo-
ria e a prática no ensino-aprendizagem da oralidade, da leitura e da escrita da criança na 
Educação Infantil.
Conteúdos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil20
1.1 O que é linguagem?
O processo de desenvolvimento da linguagem na criança se inicia muito cedo, na fase 
do desenvolvimento global do ser humano. A criança começa a falar sem que esse conheci-
mento seja hierarquizado, ou seja, o bebê não passa por um letramento formal para iniciar 
seu processo de fala, é necessário apenas que ele conviva em um ambiente no qual ocorra 
a circulação de linguagem. O fato de todas as crianças aprenderem a falar, desde que não 
apresentem nenhuma patologia severa que afete esse processo, levou a linguística a consi-
derá-la como um fenômeno natural da espécie humana. Por ser natural, Lemos (1998) diz 
que a fala tem como característica a transparência. Porém, fala e linguagem não são a mes-
ma coisa, apesar de estarem intimamente relacionadas.
Se a fala é transparente, o mesmo não pode ser dito sobre a escrita. A língua escrita 
não é desenvolvida, ela é ensinada. Scliar-Cabral (2003) diz que a escrita é uma tecnologia. 
Ela é resultado de um conhecimento acumulado. Logo, quando a criança entra no mundo 
da escrita, ela deve aprender um modelo pronto e acabado, e a escola tem um papel funda-
mental nesse aprendizado. A seguir, pretendemos adentrar em conceitos relevantes para a 
área dos estudos da linguagem. O importante nesse momento é compreendermos que:
• linguagem, fala e língua não são sinônimos, embora estejam intimamente 
relacionadas;
• a linguagem é um atributo da espécie humana, envolve fatores mentais, indivi-
duais e sociais;
• a língua oral é transparente, aprende-se sem ensinar;
• a língua escrita é opaca, norteada pela ortografia, por ser opaca, deve ser en- 
sinada;
• o outro tem papel fundamental na construção da linguagem infantil;
• a Educação Infantil tem papel importante no desenvolvimento da linguagem;
• o adulto, nos primeiros anos de vida da criança, possui um papel primordial de con-
versar, cantar e nomear;
• durante os anos iniciais de sua vida, a criança encontra-se aberta para a linguagem;
• não existe prática de linguagem sem uma concepção de língua subjacente;
• o professor precisa refletir sobre as metodologias de ensino que adota, a fim de 
realizar intervenções eficazes para o desenvolvimento da linguagem.
21Conte�dos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil 
1.1.1. O conceito de linguagem
Para entender o papel da escola no desenvolvimento linguístico da criança, seja na 
oralidade, seja na leitura ou escrita, é preciso ter claro o conceito de linguagem e sua fun-
ção. Primeiramente, é preciso entender que a linguagem é algo mental, abstrato, resultado 
de complexas operações mentais. Lemos (1998) lembra que a linguagem tem uma função 
simbólica, pois possui a capacidade de nos remeter a objetos ou situações que não estão lá. 
Se, por exemplo, a palavra “bola” é dita, a mentalização de uma bola pelo ouvinte automa-
ticamente acontece, embora possa variar a forma que esse objeto assume para cara ouvin-
te, a depender das experiências que o receptor da palavra possui com o objeto
Vygotsky (1988) lembra que a linguagem é dialógica, pois ela ocorre na relação entre 
dois indivíduos. Lembra, também, que ela é social, mas também é individual. Retomemos o 
exemplo da palavra “bola”: todos sabem o que é uma bola, mas a imagem mental que vem 
dessa palavra vai variar de indivíduo para indivíduo. Alguém que gosta de futebol pensará 
em uma bola, alguém que gosta de tênis pensará em uma numa bolinha de tênis.
Segundo uma visão bakthiniana, a linguagem também pode ser considerada como um 
ato discursivo, isto é, os indivíduos não trocam palavras, mas enunciado. Enunciados são 
textos contextualizados, com formas e funções defi nidas, que só fazem sentido nas situa-
ções de uso. Tomemos como exemplo uma receita de preparo de um bolo: Esse tipo de tex-
to geralmente é dividido em duas partes – ingredientes e modo de fazer, sendo a primeira 
parte organizada em tópicos e a segunda um breve texto orientando o modo de mistura dos 
ingredientes. Uma receita é organizada de um modo muito simplifi cado, com o objetivo agi-
lizar o processo de preparo de alimentos. Já pensou se, para ensinar a fazer um bolo, tivés-
semos que ler uma dissertação? A receita é um gênero textual e tem uma função e um lugar 
de uso, como todo texto que circula socialmente. É importante lembrar que os enunciados 
buscam agir sobre o outro através da linguagem.
Dica
A linguagem pode ser vista também sob o viés behaviorista ou, ainda, raciona-
lista. Cada visão filosófica define a linguagem de modo diferenciado. As práticas pedagógi-
cas refletem as concepções da linguagem que os professores adotam, conscientemente ou 
inconscientemente.
Conteúdos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil22
1.1.2. O papel da linguagem no desenvolvimento infantil
A linguagem é o meio pelo qual o indivíduo externa seus pensamentos e representa o 
mundo: coisas, fatos, acontecimentos. A linguagem não pode ser vista somente como um 
meio de comunicação, de transmissão de informações, ela deve ser vista também como um 
meio de projeção das pessoas, veículo de trocas, de relações e de representações, pois quan-
do o professor pensa em práticas voltadas para o desenvolvimento linguístico, ele também 
contribui para a formação do próprio sujeito, não só do aspecto cognitivo, mas também do 
aspecto social e emocional.
Os primeiros sinais de comunica-
ção podem ser percebidos nas crianças 
a partir do momento do nascimento, 
como choro, expressões faciais, balbu-
cios e as primeiras vocalizações, que 
podem ser podem ser consideradas as 
primeiras palavras. Ingenuamente, o 
adulto interpretar os balbucios da crian-
ça como uma tentativa de comunicar 
algo. Entretanto, essas primeiras vo-
calizações são, na verdade, parte de uma maturação neurológica, experimentações que a 
criança realiza para dominar o uso das estruturas do aparelho fonatório, como os lábios, 
língua, laringe. Felizmente, o adulto começa a significar essas tentativas, iniciando assim, 
uma relação de dialogia, fundamental para o desenvolvimento da linguagem infantil.
À medida em que ocorre a maturação neurológica é que se inicia o desenvolvimen-
to dos aspectos motores da criança, permitindo que ela comece a sentar, engatinhar e an-
dar. Inaugura-se um novo momento de desenvolvimento da criança, no qual ela começa a 
explorar ativamente seu mundo. Junto ao desenvolvimento motor, o desenvolvimento lin-
guístico toma força e é nesse momento a nomeação dos objetos, a conversa comas crian-
ças, os jogos, as brincadeiras tornam-se fundamentais para o desenvolvimento simbólico 
infantil, o que está diretamente relacionado com o seu conhecimento do mundo.
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1.1.3. Relação entre pensamento e linguagem
Vygotsky abordoua relação pensamento e linguagem, atrelando um ao outro. Nessa 
complexa relação, Vygotsky afirma que a medida que a linguagem se amplia, o pensamen-
to vai se estruturando. Vygotsky (1988, p. 38) conclui que:
1. No seu desenvolvimento ontogenético, o pensamento e a fala tem raízes 
diferentes.
2. Podemos estabelecer, do desenvolvimento da fala da criança, um estágio pré-inte-
lectual; e no desenvolvimento de seu pensamento, um estágio pré-linguístico.
3. A uma certa altura, essas linhas se encontram; consequentemente, o pensamento 
se torna verbal e a fala racional.
Dessa maneira, a linguagem, ao mesmo tempo que expressa o pensamento infantil, 
também age organizando esse pensamento, ou seja, a função que organiza a linguagem 
surge da relação entre fala e ação. Conforme Vygostky (1988), quando as crianças apren-
dem a usar, de maneira efetiva, a função planejadora de sua linguagem, o seu campo psico-
lógico muda radicalmente, pois, com a ajuda da fala, elas podem interagir com o outro.
Biografia
Lev Vygotsky, bielorusso, faleceu jovem, vítima de tuberculose, sendo reconhe-
cido apenas décadas após sua morte. Em sua teoria, defendia que o desenvolvimento inte-
lectual das crianças ocorria em função das suas condições de vida e interações sociais.
Para Vygostky (1988), o percurso da criança até o objeto e vice-versa, é 
acompanhado pela fala, pela ação e pelos apelos verbais diretos aos objetos do mundo, 
que também passam por outros sujeitos. Para ilustrar essa afirmação, tomemos a seguinte 
situação: 
Uma criança de 8 meses está sentada no chão brincando com uma bola. Ao lado dela 
está a mãe. A criança segura a bola, bate a bola no chão, rola, dá gritinhos, balbucia algo 
como “dá-a-a-a-a”, e instaura-se o diálogo:
Criança: gritos e vocalizações (a criança segura a bola, bate ela no chão, leva a bola na boca).
Mãe: olha a bola!
Criança: sorri.
Mãe: joga a bola prá mamãe
Criança: (rola a bola para sua mãe).
Mãe: Eeeeee, peguei a bola. Olha, que linda a bola.
Criança: Bó (estende as mãos para a bola). 
Conteúdos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil24
O exemplo mostra a ação da criança sobre o objeto, explorando suas propriedades, 
brincando com o objeto e vocalizando ao mesmo tempo. A mãe, por sua vez, significa o ob-
jeto quando o chama de ‘bola’, quando confere a ela uma característica lúdica, estabele-
cendo-se, assim, uma situação dialógica, de interação entre falante e criança. Na visão de 
Vygotsky, uma situação como essa, além de ser importante no desenvolvimento linguísti-
co da criança, vai influenciar no desenvolvimento de suas funções simbólicas, de represen-
tação do objeto no mundo e, indiretamente, vai influenciar em outras funções psicológicas, 
tal como a atenção.
1.1.4. As diferentes linguagens
Lembramos que o objetivo principal é explorar conceitos e metodologias no ensino 
da língua oral, da leitura e da escrita na Educação Infantil, não sendo nosso objetivo nos 
aprofundarmos em outras linguagens, como o movimento, a música, e as artes visuais. 
Contudo, estas outras linguagens, assim como a linguagem oral e escrita, também fazem 
parte do desenvolvimento infantil. E ainda mais, elas se misturam durante a atividade pe-
dagógica. E como a linguagem oral e escrita, as outras linguagens também são expressões 
humanas, capazes de comunicar sentimentos, desejos, capazes de criar vínculos e de pro-
mover interações.
Desde o ventre materno a criança começa a ter contato com a linguagem por meio 
da voz de sua mãe e da sua melodia. Após o nascimento, outras formas de linguagem co-
meçam a povoar o mundo da criança. O nome na porta da maternidade, os desenhos no 
enxoval, as vozes dos familiares fazem parte desse mundo linguístico no qual a criança 
mergulha - esse mundo conta com linguagens verbais, orais e escritas.
25Conteúdos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil 
 
As linguagens estão em todos os lugares 
em que a criança se encontra.
As expressões faciais que a criança visuali-
za também são uma forma de linguagem.
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Ainda no ventre, a criança ouve as vozes 
de pessoas conversando.
Imediatamente após seu nascimento, a crian-
ça já entra em contato com a linguagem em 
diferentes formas.
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O primeiro grupo social que a criança está inserida é o núcleo familiar, que traz um 
número incontável de diferentes linguagens, como a de outras crianças, a dos adultos, das 
canções de ninar, dos desenhos infantis, das histórias para dormir. Ao ingressar na esco-
la de Educação Infantil, a criança começa a interagir com os professores e os colegas, que 
também trazem de suas formações (no caso dos professores) e de suas casas (no caso de 
outras crianças) influências linguísticas distintas das suas, tornando a escola um ambien-
te privilegiado de circulação da linguagem. Em termos linguísticos, quanto mais rico, quan-
to maior a possibilidade de interação com as diferentes formas de linguagem, melhor será 
para o desenvolvimento desta capacidade na criança.
Conteúdos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil26
1.2. A diferença entre linguagem e língua
Como referimos anteriormente, linguagem e língua são conceitos diferentes, mas 
intimamente relacionados. Enquanto linguagem tem um caráter mental, abstrato, interno, 
a língua tem um caráter social. Pode-se dizer que é através da língua que ocorre a materia-
lização da linguagem. O assunto é tão complexo que existe uma ciência que se ocupa disso: 
a linguística.
1.2.1. O que é língua?
Para Marcuschi (2010), a língua pode ser conceituada segundo quatro posições:
• segundo sua forma ou estrutura: nesta visão, chamada de estruturalista, a língua 
é vista como um sistema formado por várias unidades. É a visão saussureana ou 
chomskyana. nas quais são explorados os aspectos sintáticos, semânticos, morfoló-
gicos e fonológicos da língua. O entendimento do aspecto fonológico da língua é de 
especial importância para a compreensão do que é a consciência fonológica.
• como instrumento: nesta visão, a língua é vista sob o aspecto comunicativo, capaz 
de transmitir uma informação.
• como atividade cognitiva: como exemplo podemos citar a visão vygostkyana e a 
piagetiana, que entendem a língua como uma característica típica da espécie hu-
mana, como um ato de criação.
• como atividade sociointerativa situada: que traz para a língua aspectos históricos e 
contextuais. Aqui estão inseridas as linhas de estudo que veem a língua enquanto 
discurso.
Como é possível observar, o conceito de língua varia dependendo da perspectiva se-
gundo a qual ela é estudada. Além disso, é preciso considerar que a língua não é algo imu-
tável, sobretudo a língua falada. De acordo Carneiro e Silva (2011), a língua pode variar 
segundo os seguintes fatores: 
27Conteúdos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil 
 De acordo com as diferentes regiões em que a língua 
é falada;GEOGRÁFICO
SOCIAIS
 Se referem à língua usada por pessoas que frequenta-
ram a escola ou àquelas que ao contrário, não tiveram 
essa oportunidade.
PROFISSIONAIS
Algumas atividades requerem o uso de linguagem 
técnica;
SITUACIONAIS
De acordo com diferentes situações comunicativas que 
se apresentam.
 Destas variações, ressaltamos a importância da geográfica e da social, pois 
estãopresentes no contexto da sala de aula. Tomemos como ilustração de variação 
geográfica na utilização da linguagem uma raiz que é utilizada costumeiramente na 
alimentação do brasileiro, conhecida no Sul como ‘aipim’, no norte como ‘macaxei-
ra’, na região central do Brasil como ‘mandioca’. Variações geográficas desta nature-
za, quando exploradas adequadamente, ampliam o vocabulário das crianças. Outro 
exemplo é o da criança que fala ‘nós vai’ em vez de ‘nós vamos’, essa é uma variação 
linguística do tipo social que, por ser uma forma de falar pouco cuidadosa, é muitas 
vezes associada ao nível cultural e que pode gerar o que se chama de preconceito lin-
guístico. Se o professor não tratar com cautela esse tipo de variação, elas podem ser 
motivo de constrangimento e de trauma para as crianças.
Conte�dos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil28
Dica
É o olhar atento do professor que vai perceber as variações linguísticas em sala 
de aula. É papel da escola dar acesso ao aluno à língua culta, por isso o professor deve plane-
jar atividades que propiciem à criança lidar com a forma culta da língua.
A linguagem se manifesta por meio do uso de signos, que podem ser sonoros 
(fala), gráfi cos (escrita) e/ou gestuais (libras). Os signos são convenções sociais esta-
belecidas para garantir que a comunicação e que a interação entre os indivíduos 
ocorra. Vygotsky diz que a fala é um simbolismo de primeira ordem e a escrita é um 
simbolismo de segunda ordem. Vejamos o exemplo:
A imagem dispara na cabeça do falante uma ideia de dois in-
divíduos de pouca idade da espécie humana e pertencentes 
ao sexo masculino. No português, temos um vocábulo que 
corresponde a esta ideia: meninos. Essa ideia é a linguagem, 
a língua é como essa ideia se concretiza. Na fala, temos uma 
sequência de sete ‘sons’ (m+e+n+i+n+o+s) e, na escrita, a se-
quência de grafemas (m+e+n+i+n+o+s). Tanto os sons quanto 
os grafemas são símbolos. Vygotsky (1993) diz que a pala-
vra é um simbolismo de primeira ordem, pois simboliza uma 
ideia, e a escrita é um simbolismo de segunda ordem, pois 
simboliza a palavra falada. Por isso escrever é um ato comple-
xo, é um simbolismo sobre outro simbolismo. 
Retomando o conceito de simbolismo, costuma-se, segundo uma perspecti-
va estruturalista, defender que a linguagem - e consequentemente a língua - é forma-
da por signos linguísticos. Saussure diz que um signo linguístico se divide em significado 
e significante, é como se fossem dois lados de uma moeda, isto é, não podem ser sepa-
rados. O significado é o conceito da palavra e o significante é a imagem acústica, aquilo
que ouvimos. No português, a imagem acústica para a ideia ‘casa’ é casa, no inglês é 
‘house’. Cada língua tem sua imagem acústica.
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29Conteúdos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil 
SIGNO:
HAUSE (INGLÊS)
CASA (PORTUGUÊS)
SIGNIFICADO
SIGNIFICANTE IMAGEM ACÚSTICA
CONCEITO
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 O signo linguístico é artificial, pois foi criado pelo homem. Existem também os sig-
nos naturais como, por exemplo, uma nuvem carregada - ela também carrega um significa-
do, o de que vai chover. Já o símbolo designa um tipo de signo, cujo significante representa 
algo abstrato, como a cruz, por exemplo, que representa o cristianismo e faz parte de um 
conceito: a morte de Cristo. Alguns símbolos são reconhecidos no mundo todo, mas po-
dem variar de um grupo para outro ou de contextos.
1.2.2. Linguagem, Língua e Fala
Como temos argumentado até aqui, é difícil separar linguagem, língua e fala. A lin-
guagem, segundo a escola saussuriana, é um fenômeno multifacetado, pois pertence ao 
domínio individual. A linguagem envolve uma complexidade de tal ponto que necessita de 
outras ciências, como a psicologia e a neurologia para complementar seu entendimento. A 
língua é um sistema de signos artificiais, que se relacionam entre si; ela é a parte social da 
linguagem, pois ela é uma convenção social.
É por meio da fala e da escrita que a língua se concretiza e o pensamento é exter-
nado. Scliar-Cabral (2003) lembra que fala e escrita são modalidades da mesma língua. 
Explicando, se nossa língua é o português, falamos e escrevemos em português. A fala é 
um continuum. Quando falamos “o dia está lindo”, não percebemos os espaços entre as pa-
lavras e tampouco iremos pronunciar essa frase do jeito que se escreve, é provável que fa-
lemos essa frase como “udiaistálindu”. Logo, a escrita não é uma simples transcrição da 
fala, há outros elementos em questão, como a ortografia, que torna a escrita uma moda-
lidade de difícil (mas não impossível) transformação. A fala aceita as variações, a escrita 
não. Se na fala podemos dizer “os menino sairú”, a escrita não permite isso. Eis outro fa-
tor que torna a escrita opaca, e o professor deve entender isso como uma dificuldade muito 
grande para a criança que começa a se aventurar pelos caminhos da escrita.
Conteúdos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil30
Ainda sobre a relação fala e escrita, cabe salientar que, apesar de modalidades dife-
rentes, elas podem se auto influenciar. Isso quer dizer que, quanto mais a criança mergulha 
no mundo da escrita, melhor vai ficar seu repertório linguístico. Daí a importância da varia-
ção das atividades linguísticas na Educação Infantil.
1.2.3. A linguagem na Educação Infantil
A Educação Infantil tem uma grande responsabilidade, que é dar um impulso ao de-
senvolvimento linguístico da criança, diferente daquele que ela obteve no âmbito familiar. 
É diferente porque é planejada para incrementar o desenvolvimento das habilidades lin-
guísticas já existentes (oralidade) e propiciar o desenvolvimento de novas habilidades (lei-
tura e escrita). 
Atualmente, o documento que regulamenta as propostas educativas é a Base 
Nacional Comum Curricular (BNCC), substituindo o antigo Referencial Curricular Nacional 
para a Educação Infantil (RCNEI). Segundo a BNCC, não cabe a Educação Infantil (EI) o pa-
pel de alfabetizar. Quanto mais precárias forem as experiências da criança no mundo da 
linguagem, maior será a responsabilidade do professor em prepará-la. 
A EI deve ampliar a percepção das crianças em relação ao mundo em que vivem, para 
que elas dominem seu meio e interajam da maneira esperada para a idade. São inúmeras 
as possibilidades de trabalhar a oralidade, a leitura e a escrita das crianças na Educação 
Infantil. As intervenções do professor devem contribuir para que as crianças ampliem suas 
formas de expressão, melhorando suas possibilidades de interação e ajudando na constru-
ção do pensamento infantil.
1.3. O outro e o desenvolvimento da linguagem
Temos falado repetidamente sobre a função dialógica da linguagem. Falar em dialo-
gia pressupõe a existência do interlocutor, do outro. Neste tópico abordaremos o papel, do 
interlocutor como aquele que possibilita a interação entre a criança e o mundo, e que con-
tribui consideravelmente para a aprendizagem da linguagem infantil. Na perspectiva do so-
ciointeracionismo discursivo, o outro também é um indivíduo, isto é, possui subjetividade 
sua consciência individual, de modo que seu discurso pode influenciar seus pares, seja com 
seu comportamento, com sua fala, costumes e bagagem cultural.
31Conteúdos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil 
Exploraremos o papel do outro no desenvolvimento da linguagem e do discurso in-
fantil. No ambiente escolar, o papel do outro ora pode ser assumido por outra criança, ora 
pelo professor. Enfatizaremos que o professor da Educação Infantil é peça determinante 
para o desenvolvimento satisfatório da linguagem.
1.3.1. O papel do outro na aprendizagem da linguagem pela criança
A relação da criança com o outro começa a existir já no período de gestação, pois a 
mãeé o primeiro indivíduo com o qual a criança estabelece uma relação. Após seu nas-
cimento, em seu núcleo social, espera-se que ela amplie o leque de interações. Segundo 
Benveniste (1995), não se pode conceber o homem por si só, senão na interação com o ou-
tro. No período de 0 a 3 anos, iniciam as regras de convivência, quando a criança aprende 
o que pode ou não fazer e adquire a certeza da existência do outro. Começa, nessa fase, a 
percepção de que nem todas as suas vontades serão atendidas. Dessa forma, desenvolve-
rá a tolerância à frustração, que é inerente à vida do ser humano e fundamental para o seu 
desenvolvimento.
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 Durante os três primeiros anos de vida, o desen-
volvimento da criança ocorre de forma acentua-
da, tanto em relação ao aspecto orgânico, como 
ao emocional, intelectual, social e psíquico. 
Seguindo esse pressuposto, torna-se fundamen-
tal inserir as crianças em ambientes sensíveis, 
acolhedores e cognitivamente estimulantes para 
seu desenvolvimento, incluindo o aprendizado da 
linguagem.
O que se espera é que o outro estabeleça uma relação de diálogo com a criança, for-
mando o que Lemos (1998) chama de díade. A díade é mediada pela linguagem. É nessa 
relação, que também tem um cunho afetivo, ocorre o que Lemos (1998) chama de reciproci-
dade, consistindo em movimentos de idas e vindas dos enunciados entre os indivíduos que 
fazem parte da relação. É a partir da interpretação do adulto que a fala da criança vai ga-
nhando significado, dando sustentação à produção do discurso da criança. Sobre esse as-
pecto, Lemos (1998, p.22) salienta que o adulto é a “[...] instância da língua constituída”. 
Isso significa dizer que o adulto já conhece muito sobre a língua da qual faz uso, e, por co-
nhecer, ele é capaz de guiar a criança no caminho do desenvolvimento da linguagem, mes-
mo que intuitivamente. 
Conteúdos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil32
1.3.2. O papel do outro na construção do discurso infantil
O interlocutor, portanto, é aquele que fala com a criança e que dá significado as suas 
tentativas de comunicação. A perspectiva teórica de Vygotsky (1988) destaca que o inter-
locutor pode ser um adulto ou outra criança. Estes, por sua vez, agem como mediadores da 
relação que as crianças estabelecem com o mundo no qual estão inseridas. Vygotsky sus-
tenta que a criança é sujeito do desenvolvimento de sua própria linguagem ao participar 
ativamente dessa aprendizagem. Portanto, na perspectiva dialógica, a criança não é um 
ser passivo. Del Ré (2006, p. 25) lembra que a criança participa ativamente na construção 
do seu conhecimento: “[...] o interacionismo social propõe que a criança não seja apenas 
um aprendiz, passivo, mas um sujeito que constrói seu conhecimento (mundo e linguagem) 
pela mediação do outro”. O desenvolvimento da linguagem infantil, num primeiro estágio, 
é interno, pois a criança está estruturando seu pensamento. É o que Vygotsky chama de 
fala interior. Nesse período, ela vai ampliando seu conhecimento de mundo, explorando-o 
e construindo conceitos. 
À medida que a fala interior vai se estru-
turando, a criança começa a usá-la para esta-
belecer pontes de contato com o outro, e a fala 
começa a assumir seu caráter social. É nesse 
ponto que o discurso começa a ser construído. 
O discurso, como já vimos, é a língua em seus 
contextos de uso, no qual ela tem uma função 
e uma forma peculiar. 
O outro, o interlocutor, também é mediador na construção do discurso infantil. 
Tomemos como exemplo uma situação corriqueira, na qual o adulto lê uma história para a 
criança. O gênero conto infantil tem característica iniciando, geralmente, por “era uma vez” 
e terminando com um “foram felizes para sempre”. O conto é uma espécie de discurso, pois 
tem uma forma linguística, um jeito de escrever e tem uma função que é narrar uma ficção. 
O conto também apresenta alguém encantador, como uma princesa, e alguém que pratica o 
mal para prejudicar aquela pessoa encantadora, que pode ser a bruxa. Quando o adulto conta 
histórias para criança, mais do que propiciar um momento de interação, de ludicidade, ele 
está apresentando um tipo de discurso socialmente consagrado, que é o conto. Essa forma 
discursiva é tão internalizada pela criança que, quando se pede para ela contar uma história, 
ela vai começar pela forma “era uma vez”. 
Portanto, quando falamos que o outro tem papel na formação do discurso, queremos 
dizer que é o outro que apresenta à criança as formas nas quais a linguagem é utilizada, 
isso é inserir a criança no mundo da linguagem, isso é ensinar a língua em suas situações de 
uso. Nos estudos de aquisição da linguagem, que é o campo linguístico que trata do desen-
volvimento da linguagem infantil e todas as suas faces, existe uma discussão muito intensa 
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33Conteúdos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil 
sobre a qualidade da interação. ponto que exige atenção do professor, pois nem toda inte-
ração é eficaz. Se no ambiente em que ela vive o outro não estabelecer uma interação efe-
tiva com a criança, não acontecendo a reciprocidade, existe a possibilidade dessa criança 
não desenvolver adequadamente a linguagem, apresentando sérias dificuldades de expres-
são verbal. Essa situação é uma patologia da linguagem chamada Retardo de Aquisição da 
Linguagem (RAL), desencadeada por fatores sociais. Se o professor perceber que um aluno 
apresenta um desenvolvimento linguístico muito diferenciado de outras crianças da mesma 
faixa etária, ele deve conversar com a equipe pedagógica para que essa criança seja investi-
gada e, se necessário, encaminhada para terapia de linguagem.
A sala de aula é um lugar onde a variedade de discursos deve ser privilegiada. 
Faz-se necessário que o professor reflita sobre os textos que utiliza em suas atividades, a 
fim de garantir que a criança tenha uma experiência variada no uso dos gêneros textuais. 
Logo, preparar uma atividade utilizando gêneros discursivos, sejam bilhetes, parlendas, lis-
tas, entre outros, devem se prestar também para o ensino da língua em sua perspectiva 
discursiva.
1.3.3. Comunicar-se no cotidiano
A fala, os gestos, as expressões faciais e corporais são tentativas da criança interagir 
com o outro, com seu interlocutor. Nesse processo interativo, elas são capazes de perceber 
expressões faciais, as tonalidade da voz, os estados de humor. À medida que ela vai cres-
cendo, essas percepções do outro vão se aprimorando. Sendo assim, na Educação Infantil é 
preciso criar situações que estimulem na criança a capacidade de se expressar, de estabele-
cer relações, de explorar o mundo, contribuindo, dessa forma, para que elas se apropriem 
do mundo dos discursos, bem como dos contextos nos quais a linguagem é produzida e 
utilizada.
1.3.4. A criança, o professor e a linguagem
Quando o professor assume o papel de me-
diador, é preciso que observe atentamente os seus 
alunos e ajuste, não só a sua linguagem, mas tam-
bém as atividades linguísticas que realiza com as 
crianças, a fim de torná-las acessíveis, facilitando 
a apreensão. O ajuste deve ser dinâmico, ou seja, 
à medida que ele percebe que seus alunos progri-
dem seu repertório linguístico, deve aumentar a 
complexidade das atividades propostas.
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Conteúdos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil34
1.1. O trabalho da linguagem na Educação Infantil
A partir deste momento, propomos uma reflexão de como pode acontecer o ensino e 
aprendizado cotidiano da linguagem na Educação Infantil, partindo do pressuposto de que 
o desenvolvimento da linguagem é um processo dinâmico. Daremos uma especial ênfase 
na oralidade,pois ela é a primeira habilidade linguística que a criança desenvolve, mas sem 
perder de vista a leitura e a escrita. Refletiremos sobre a relação que existe entre a lingua-
gem e a leitura. Serão destacadas, ainda, a importância de práticas, como a contação de 
histórias, teatros, brincadeiras em grupo ou individual, ou seja, atividades que, ao mesmo 
tempo que lúdicas, contribuem para o desenvolvimento da linguagem infantil. Assim, es-
peramos que seja entendida a importância de compreender as características do seu obje-
to de ensino, que é a língua materna, para que sua prática pedagógica realmente auxilie a 
criança em seu desenvolvimento.
1.4.1. Oralidade como processo dinâmico
Quando nos referimos à oralidade como processo, implicitamente queremos dizer 
que ela está em constante aperfeiçoamento e desenvolvimento. Logo, isso equivale a di-
zer que a oralidade é um processo dinâmico, pois o tempo todo pode-se aprender algo 
de novo. Para a criança que está em fase de maturação neurológica, o desenvolvimento 
de suas capacidades linguísticas é impressionantemente rápido, bem como sua aprendiza-
gem. Assim, cabe ao professor acompanhar e conhecer as etapas do desenvolvimento da 
linguagem da criança. Vygotsky (1993) lembra que os fatores sociais e culturais podem in-
fluenciar no processo de desenvolvimento da criança. Zorzi (2001) explica que a aquisição 
da linguagem oral pelo indivíduo tem seu início ao nascimento e se estende até os 5 anos, 
pois a partir dessa idade o desenvolvimento segue com seus refinamentos. Assim, é impor-
tante que o professor esteja atento ao desenvolvimento das habilidades orais e de escrita 
das crianças, desenvolvendo projetos com seus alunos, criando situações que estimulem o 
desenvolvimento da oralidade das crianças e que abra caminho para a leitura e a escrita. 
Frente a isso, é importante que em sala de aula o professor siga as seguintes estratégias:
• Reforce sempre o vocabulário correto, não repita termos errados e de forma 
alguma utilize a fala infantilizada, pois muitos adultos, principalmente familiares, 
incentivam e acabam perpetuando a forma infantilizada de falar da criança: corrija!
• Cante, conte histórias e reproduza poesias. 
• Escute a criança.
• Atente-se à criança que expressa ansiosidade ao falar, gaguejando - ela elabora 
mentalmente o pensamento mais rápido do que o verbaliza e, em caso de 
persistência, deverá ser encaminhada ao terapeuta.
35Conteúdos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil 
1.4.2. A relação entre linguagem e leitura
O ensino da leitura em sala de aula está diretamente relacionado com a concepção de 
linguagem que o professor adota. Por isso é tão importante compreender o que é a lingua-
gem e qual sua função. Ao longo do texto, temos evidenciado três concepções de lingua-
gem, a primeira em que ela é vista como expressão do pensamento, a segunda, como 
instrumento de comunicação e a terceira como forma de interação. Se, como temos feito 
ao longo deste texto, adotamos a linguagem sob a perspectiva da interação, do discurso, 
haverá implicações sobre no que consiste o ato da leitura. Do ponto de vista interacionista, 
a leitura não se resume a uma simples decodificação, ou seja, a identificação das letras e 
dos grafemas e ao reconhecimento das palavras. Ler é mais do que isso. A leitura envolve 
operações com as proposições do texto, envolve um diálogo com as ideias do autor. Na 
concepção de Scliar-Cabral (2003), a leitura é um processo criativo, ativo, no qual o indiví-
duo joga todo seu conhecimento anterior, para que, comparando com o texto lido, reestru-
ture seu conhecimento.
Desde muito pequenas, as crianças têm aces-
so à linguagem escrita em seu cotidiano, e desde mui-
to cedo começam a investigar, interagir com a escrita. 
Por exemplo, quando brincam com o teclado do com-
putador, quando enxergam um bilhete preso na gela-
deira, quando assistem televisão, quando presenciam 
os pais lendo, quando observam placas, sinais, enfim, 
elas vivem imersas no mundo da escrita. Obviamente, 
como tratamos de Educação Infantil, a leitura aqui 
deve assumir, principalmente uma função fruitiva, de 
divertimento, para incentivar nas crianças o gosto por 
essa atividade.
A leitura também pressupõe uma interação. Contudo, não é a mesma interação que 
acontece no exercício da oralidade. No caso da leitura, o interlocutor não está presente, de 
modo que a interação acontece entre os elementos textuais e os conhecimentos do leitor. 
O professor, ao lidar com as situações de leitura em sala de aula, é o mediador entre a es-
crita e o aluno. As atividades pedagógicas que tiverem o texto como centro devem garantir 
que a criança compreenda o projeto de dizer do autor, e que atribua sentidos ao texto lido. 
No decorrer do texto, pretendemos dar materialidade às práticas de leitura na Educação 
Infantil, trazendo algumas metodologias que podem ser aplicadas nesse nível de ensino.
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Conteúdos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil36
1.4.3. A comunicação oral
Quando a criança começa a utilizar a língua oral, ela precisa de um certo amadure-
cimento sensoriomotor do aparelho fonador, e precisa desenvolver seu pensamento sim-
bólico. A oralidade é uma habilidade muito privilegiada na Educação Infantil, que deve ser 
constantemente explorada através de práticas pedagógicas bem direcionadas pois, como 
dissemos anteriormente, ela é estruturante do pensamento e do indivíduo como um todo. 
Para tanto, convém que eles participem de situações comunicativas autênticas e que sejam 
estimuladas a organizar suas ideias e falar.
Falar pressupõe o conhecimento da língua, da sua estrutura. Por isso, os profissionais 
que trabalham na Educação Infantil devem estar capacitados a realizar com as crianças o 
maior número possível de atividades que contribuam para que elas desenvolvam as habili-
dades de expressão oral, incentivando o uso adequado da gramática da língua. Quando fa-
lamos em gramática, não estamos nos referindo as regras gramaticais, estamos dizendo 
que a língua tem uma organização interna, de níveis. Relembrando o que foi exposto an-
teriormente sobre as funções da língua, a gramática se organiza nos níveis: sintático, se-
mântico, morfológico e fonológico. Uma atividade que envolva a oralidade deve sempre 
privilegiar um ou mais níveis da linguagem. Por exemplo, quando o professor buscar ati-
vidades que privilegiem o significado das palavras, ele está trabalhando o nível semântico. 
Quando ele privilegiar atividades em que a criança tenha que falar, ele estará trabalhando 
o nível sintático das estruturas frasais, o texto, e as habilidades discursivas. A seguir, vamos 
ver alguns exemplos de práticas de linguagem, associadas aos níveis da gramática.
1.4.4. Práticas que podem contribuir para a aprendizagem da 
linguagem na Educação Infantil
Até este momento, temos dado preferência a aspectos teóricos da linguagem e, a 
partir de agora, propomos iniciar uma discussão sobre as práticas que podem ser utiliza-
das na Educação Infantil a fim de contribuir com o desenvolvimento linguístico da crian-
ça. Uma atividade que promova o conhecimento linguístico deve apresentar algumas 
características, entre elas, podemos dizer que uma atividade deve ser significativa, produ-
tiva e desafiadora. Uma prática é significativa quando propõe um desafio para a criança. 
Vygostsky (1988) desenvolve profundamente essa ideia de aprendizagem significativa que, 
rapidamente, pode ser resumida como aquela que apresenta um conhecimento que pode 
ser generalizado e depois utilizado em outras situações do cotidiano. Uma prática é produ-
tiva quando ela está situada no quadro do desenvolvimento natural do aluno, permitindo 
que, a partir de um conhecimento anterior, o aluno suba um degrau na complexidade desse 
37Conteúdos e Metodologiasdo Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil 
conhecimento anterior. Deve ser desafiadora pois precisa apresentar um certo grau de difi-
culdade, mas não tão difícil que impossibilite que o aluno execute aquilo que foi proposto.
Quanto maior for o número de atividades que proporcionem o uso de diferentes lin-
guagens (oral, escrita, visual) utilizadas em situações distintas nas práticas de linguagem 
na sala de aula, mais significativo será o aprendizado das capacidades comunicativas. Para 
saber qual tipo de atividade o professor pode propor, ele primeiramente deve proceder 
a sondagem de seus alunos, a fim de determinar quais intervenções o professor poderá 
realizar.
No momento de preparar suas práticas pedagógicas voltadas para o desenvolvimen-
to da linguagem infantil, o professor deve ter em mente qual o objetivo da atividade pro-
posta. Independentemente da intervenção, uma prática voltada para o desenvolvimento 
da linguagem terá como objetivo principal desenvolver a competência sociocomunicativa 
da criança. O professor vai escolher, segundo a necessidade de sua turma, se vai trabalhar 
no eixo da oralidade, da produção escrita, da leitura ou da análise linguística. Uma prática 
que busque desenvolver a oralidade deve privilegiar as habilidades de observar, ouvir e ex-
pressar-se oralmente.
Uma prática de produção escrita vai buscar desen-
volver a função da escrita como suporte do pensamen-
to e a competência sociocomunicativa de expressar-se 
por escrito e também de reconhecimento dos diversos 
gêneros sociais consolidados pelo uso. O eixo da leitura 
procurará desenvolver as competências de observar, ver, 
analisar, sintetizar, ampliando o conhecimento de mundo 
do aluno e possibilitando o diálogo autor-leitor. 
O eixo da análise linguística deve primar por desenvolver a reflexão sobre os fatos da 
língua falada e escrita em situações de uso, visando à compreensão do texto oral ou escri-
to. A análise linguística deve contemplar o ensino dos níveis da linguagem: sintático, se-
mântico, morfológico e fonológico. Vejamos alguns exemplos de práticas que podem ser 
desenvolvidas em sala de aula com seus respectivos eixos:
1. Oralidade (escuta e fala): advinhas; canto com gestos; canções do folclore; mímica; 
imitações; continuar textos falados; interpretação de imagens; relatos individuais; 
roda de conversa; trava-língua; parlendas; ouvir e recontar contos.
2. Produção escrita: escrever recontos; escritas coletivas; listas; bilhetes; receitas- to-
das utilizando o professor como escriba. Escrever o nome e o do colega; copiar pa-
lavras, listas, bilhetes.
3. Leitura: manuseio de livros diversos; leitura de figuras; de alfabetos; de 
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Conteúdos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil38
calendários; de ícones; de placas; de outdoors; reconhecimento do próprio nome; 
reconhecimento do nome do colega; reconhecimento de letras; pesquisa de pala-
vras significativas; leitura de textos memorizados; poesias.
4. Análise linguística: identificar as formas de diferentes gêneros como receitas; his-
tórias em quadrinho; placas de rua; calendários. Identificar elementos do texto ou-
vido: como personagens, local onde aconteceu o evento, tempo do acontecimento 
(se futuro, passado). Diferenciar escrita de desenhos. Reconhecer e nomear letras 
do alfabeto. 
Vejamos agora algumas práticas recorrentes na Educação Infantil e suas funções 
linguísticas:
LENDA
São narrativas transmitidas pela tradição oral. Exemplos: Saci-pererê, Negrinho do Pastoreio, 
Curupira. São inúmeras implicações no desenvolvimento linguístico de uma atividade que en-
volva a utilização deste gênero, tais como o desenvolvimento das habilidades discursivas, o 
contato com a estrutura de um texto narrativo, habilidades interpretativas, a capacidade de re-
flexão sobre a própria língua. Quanto aos níveis da gramática, as lendas envolvem diretamente 
a sintaxe e a semântica. 
PARLENDA
Versos de rima fácil que costumam embalar as brincadeiras das crianças. Ajuda no desenvolvi-
mento da memória. Trabalha no nível fonológico, pois é rica em rimas, fazendo com que a crian-
ça preste atenção nos sons. Exemplo:
Um, dois, feijão com arroz.
Três, quatro, feijão no prato.
Cinco, seis, chegou minha vez
Sete, oito, comer biscoito
Nove, dez, comer pastéis.
39Conteúdos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil 
Parlenda
É um tipo de frase, com uma sequência de palavras de difícil pronúncia, mas que deve ser 
dita de maneira clara. Mais do que brincadeira, esse tipo de atividade tem a função de de-
senvolver a capacidade motora fina, pois a criança precisa de um controle muito eficiente 
dos órgãos fonoarticulatórios para que os sons sejam produzidos. É uma atividade de pro-
priocepção, ou seja, de percepção do próprio corpo. Trabalha o nível fonológico.
Exemplo: Trazei três pratos de trigo para três tigres tristes comerem.
TRAVA-LÍNGUA
Com isso, chegamos ao objetivo, que foi o de apresentar alguns conceitos funda-
mentais da área dos estudos linguísticos, pois, a partir de seu entendimento, é possível 
aprofundar a discussão sobre o ensino da linguagem oral e escrita na Educação Infantil. 
Conteúdos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil40
REFERÊNCIAS
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Campinas, SP: Pontes, 1995.
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LEMOS, C. T. G. Os processos metafóricos e metonímicos como mecanismos de mudança. 
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ZORZI, J.L. Identificação nos distúrbios da linguagem na criança. Ed. Revinter, 2001.
______. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
41Conte�dos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil 
OBJETIVOS DO CAPÍTULO
• Relacionar o termo consciência fonológica ao ambiente escolar, compreendendo 
sua importância no desenvolvimento da criança.
1
TÓPICOS DE ESTUDO
Definição de consciência fonológica 
• Origem do termo.
• Noções sobre consciência fonológica.
• Consicência fonológica na aquisição da 
linguagem oral e escrita.
• Consciência fonológica da criança e a 
postura do professor.
CAPÍTULO 2
Consciência fonológica da criança
Izaura da Silva Cabral
3 O processamento fonológico
• Relação com a escrita.
• Linguagem escrita.
• Relação entre desenvolvimento fonológico 
e processamento foológico.
2 Fonologia e o sistema fonológico da 
Língua Portuguesa
• Definição de fonologia.
• Fonologia na Educação Infantil.
• O sistema fonológico do português no 
Brasil.
• Proposta de trabalho pedagógico sobre 
o sistema fonológico.
4 A consciência fonológica na 
Educação Infantil 
• Estimulação da consciência fonológica.
• Processos fonológicos na Educação Infantil.
• Ensino da leitura e da escrita.
• Habilidades fonológicas a serem 
desenvolvidas.
Conteúdos e Metodologias do Ensino de Linguagem Oral e Escrita – Educação Infantil42
Um dos objetivos da Educação

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