Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MINEIROS – UNIFIMES CURSO DE MEDICINA TUTORIA - 3ª ETAPA UNIDADE I NOTA: 10,0 CUIDADO COM AS VACINAS Daniela Alves Messac Daniel Lopes de Oliveira Geovana Raquel Costa Queiroz Iara R. Tosta Izadora Oliveira Franco Jully Faria Monteiro Laura Toledo Lopes Luciana Amaral Garcia Nathália Luiza Coelho Vitória Pacheco Mendes TRINDADE 2020 2 Daniela Alves Messac Daniel Lopes de Oliveira Geovana Raquel Costa Queiroz Iara R. Tosta Izadora Oliveira Franco Jully Faria Monteiro Laura Toledo Lopes Luciana Amaral Garcia Nathália Luiza Coelho Vitória Pacheco Mendes CUIDADO COM AS VACINAS Relatório referente à disciplina de tutoria, como requisito parcial para obtenção de nota, sob orientação do professor Sarah. TRINDADE 2020 3 SUMÁRIO 1) DESCREVER AS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO IMUNOLÓGICO E AS FORMAS DE TRANSPLANTE PLACENTÁRIO RELACIONANDO A IMUNIDADE.........................................................................................................4 2) DIFERENCIAR AS RESPOSTAS VACINAS DE ACORDO COM OS DIFERENTES TIPOS DE IMUNÓGENOS...........................................................9 3) IDENTIFICAR AS FORMAS DE IMUNIZAÇÃO DISPONÍVEIS..............11 4) DISCUTIR O CALENDÁRIO VACINAL PNI E AS VACINAS NÃO PERTENCENTES AO CALENDÁRIO DO SUS.................................................12 CONCLUSÃO....................................................................................................18 REFERÊNCIAS.................................................................................................20 4 1) DESCREVER AS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO IMUNOLÓGICO E AS FORMAS DE TRANSPLANTE PLACENTÁRIO RELACIONANDO A IMUNIDADE Imunidade é definida como a proteção de doenças, sendo essa proteção realizada mediante as células e moléculas, as quais formam o sistema imune. O sistema imune tem a função de defesa contra microrganismos, sendo subdividida em dois tipos: imunidade inata e imunidade adaptativa. A imunidade inata é a primeira linha de defesa do organismo, correspondendo as reações inicias, não havendo especificidade, ou seja, realizará a mesma resposta, com a mesma intensidade, para qualquer substância considerada estranha que adentre o indivíduo. Os componentes dessa imunidade são: barreira físicas e químicas (pele, membrana mucosa, superfícies epiteliais), células fagocíticas (neutrófilos e macrófagos), células dendríticas, células assassinas (natural killer-NK) e proteínas sanguíneas (compõem o sistema complemento). A imunidade adaptativa vem logo em seguida da imunidade inata, sendo considerada as reações tardias, possui maior magnitude, as características dessa imunidade são: especificidade, diversidade, memória, expansão clonal, especialização, contração e homeostasia e não reatividade ao próprio. Os seus componentes são: anticorpos, linfócitos (T e B), células apresentadoras de antígenos (APCs) e células efetoras. A resposta imune adaptativa é diferenciada entre imunidade humoral, tendo como componente principal os linfócitos B, e imunidade mediada por célula, representadas pelos linfócitos T. As imunidades inata e adaptativa atuam em conjunto. O desenvolvimento do sistema imunológico na criança inclui o amadurecimento da resposta imune inata, a indução da resposta antígeno- específica e memória imunológica para patógenos, em paralelo ao 5 desenvolvimento e à manutenção de tolerância aos antígenos próprios, à flora saprófita e aos antígenos alimentares. O recém-nascido (RN) e lactente apresentam diversas deficiências imunológicas decorrentes da imatura fisiológica do sistema imune, sendo elas: deficiência do sistema complemento; decréscimo da quimiotaxia de fagócitos; déficit da atividade de células NK; predominância de linfócitos T naive; decréscimo na produção de citocinas; deficiências de mecanismo de citotoxidade celular; menor concentração sérica dos diferentes isotipos de imunoglobulinas (Ig); e inabilidade para responder a antígenos polissacarídeos. Os componentes da imunidade inata realizam o processo de maturação até os 2 anos de vida, enquanto os da imunidade adaptativa somente maturam no final da infância. Barreiras cutâneas e gastrointestinal: após o nascimento a pele é colonizada pela flora bacteriana, a pele do neonato é frágil, imatura, pequenas lesões afetam a sua integridade e é mais permeável, devido a produção inadequada de ácidos graxos livres e pH alcalino. As glândulas sebáceas fetais do RN secretam uma substância denominada verniz caseoso, contém proteínas e peptídeos microbianos, que possui atividade microbicida e neutraliza toxinas microbianas. A colonização do trato gastrointestinal (TGI) ocorre logo após o parto, caracterizado pelo desenvolvimento de tolerância e homeostase imunológica necessárias para as interações com a flora saprófita (organismos que se alimentam de matéria orgânica originaria de processos de decomposição); desenvolvimento de tolerância aos antígenos alimentares. Esse desenvolvimento de tolerância inicia-se na vida uterina e continua após o nascimento, especialmente nos dois primeiros anos de vida. Devido a ausência da produção de IgA secretória, nos primeiros dias de vida, ocasionando uma vulnerabilidade das mucosas nos tratos respiratório e gastrointestinal, propiciando a invasão de microrganismos patogênicos. 6 Sistema complemento: constituído por proteínas circulantes e associadas a membrana, várias dessas proteínas são enzimas proteolíticas e a sua ativação resulta na cascata enzimática, representando a ativação completa do sistema complemento. Possuem 3 vias sendo essas: a via das lectinas, alternativa e clássica, com apenas a última componente da resposta imune adaptativa, pois a sua ativação é dada pelos anticorpos. A síntese de proteínas que fazem parte do sistema complemento é detectada precocemente nos tecidos fetais, em torno da 6° a 14° semana gestacional. Os níveis séricos das proteínas aumentam após o nascimento e atingem os valores de adultos entre 6 a 18 meses. O RN apresenta deficiência no componente C9 e C3b. Fagocitose: as células que atuam como fagócitos são: neutrófilos, monócitos e macrófagos, sendo essa última considerada monócitos teciduais, visto que são modificadas ao saírem da corrente sanguínea (monócitos) para adentrarem aos tecidos (macrófagos). Os neutrófilos são os primeiros tipos de células a responder a maioria dos agentes infecciosos, possuem vida curta. As células precursoras da linhagem neutrófilica são detectadas na medula óssea fetal a partir da 11° semana gestacional e os neutrófilos maduros em torno da 14° e 16° semana gestacional. A capacidade de migração dos neutrófilos neonatais para o sítio de infecção é mais lenta e diminuída, como também a capacidade de opsonização é menos eficiente. Os monócitos possuem vida longa e se diferenciam em macrófagos. A capacidade de produzir monócitos e o percentual deles presentes na circulação do RN é igual ou superior ao dos adultos. Os macrófagos são detectados precocemente em torno da 4° semana gestacional, no saco vitelínico, e posteriormente, no fígado fetal e medula óssea. NK: a função básica dessas células é a realização de lise das células infectadas por microrganismos e células tumorais. Elas participam na ativação de macrófagos pela secreção de interferons gama (IFN-γ), e pela citotoxidade celular dependente de anticorpo. A função citolítica das NKs aumenta 7 progressivamente durante a vida fetal e atinge 50% dos valores de um adulto ao nascer. A função completa é adquirida entre 9 e 12 meses de vida. Moléculasde histocompatibilidade: a expressão de moléculas de MHC I nos linfócitos de RN é menor do que a dos linfócitos adultos. A quantidade de moléculas MHC II presentes em monócitos neonatais, linfócitos B e APC é equivalente ou superior à de adultos. Contudo, alguns estudos sugerem que a apresentação de antígenos pode estar reduzida até os 6 a 12 meses de vida. Linfócitos T: o número de linfócitos T circulantes aumenta na gestação até o lactente atingir 6 meses, seguido por um declínio gradual, e no final da infância, a quantidade de linfócitos T equivale-se aos do adulto. Os tipos TCD4 e TCD8 se equivalem ao do adulto no 4° ano. Os linfócitos T são identificados no fígado fetal a partir da 7° semana gestacional, assim eles migram para o timo e completam a sua proliferação. Entre a 18ª e 24ª semana gestacional já se encontram no mesmo nível que em adultos, sendo que a maioria deles estão na forma imatura e poucas células de memória. Linfócitos B: os linfócitos pré-B são detectados no fígado fetal e no omento na 8° semana gestacional, e na medula óssea fetal na 13° semana de gestação. O sistema imune é capaz de apresentar resposta humoral a partir do 6° ao 7° mês de gestação, e atinge a capacidade funcional, como a de um adulto, aos 2 anos. Transporte placentário: o transporte de substâncias pela placenta se dá por 3 formar: difusão simples, difusão facilitada, transporte ativo e pinocitose. O feto produz pequenas quantidades de anticorpos, visto que o seu sistema imune ainda é imaturo, dessa forma a sua proteção imunológica é advinda dos anticorpos maternos, por via placentária, onde ocorre a transferências de globulinas como alfa e beta (em pequenas quantidades), globulinas IgG (grandes quantidades), por meio do processo denominado transcitose. Além de possuir a transferência de uma proteína materna, a transferrina. 8 A passagem de IgG pelo feto ocorre por meio de um mecanismo mediado por receptor específico, caracterizado pela ligação da porção Fc da IgG materna com os receptores no sinciciotrofoblasto, os quais possuem o receptor Fc neonatais (FcRN). O FcRN tem alta afinidade com a porção Fc em meio com pH ácido, o que garante a proteção do IgG contra a ação de enzimas lisossomais, dessa forma ocorre a transcitose, que se concretiza pela passagem do IgG através das duas barreiras (sinciciotrofoblasto e endotélio capilar), após esse processo o endossomo irá se fundir a lâmina basal e liberar a IgG do FcRN através da ação do pH fisiológico, chegando a circulação fetal. A concentração de IgG é baixa até o 2° trimestre, tendo um aumento entre 17° e 22° semana gestacional, assim como na 28° e 32° semana gestacional. Os níveis fetais de IgG continuam a aumentar no 3° trimestre, sendo que sua taxa de aumento dobra entre 29° e 41° semana gestacional. Os RN pré- termo não recebem níveis protetores de anticorpos, uma vez que a maior parte deles é transferida a partir da 34° semana gestacional. Os RN a termo podem ter níveis que excedem os maternos, no entanto, durante os 3 primeiros meses de vida a concentração de IgG materno decai, e a produção de IgG RN aumenta gradativamente. Os RN começam a produzir IgG e iguala-se à adquirida da mãe em torno dos 2 meses de idade. 9 2) DIFERENCIAR AS RESPOSTAS VACINAS DE ACORDO COM OS DIFERENTES TIPOS DE IMUNÓGENOS Substâncias estranha que induzem as respostas imunes específicas ou são reconhecidas pelos linfócitos ou anticorpos chamam-se antígenos. Substâncias que estimulam as respostas imunes são denominadas imunógenos. Vacina é constituída pela inoculação de microrganismos vivos de baixa virulência, microrganismos mortos ou substâncias de origem microbiana, com fim preventivo, paliativo ou curativo. As vacinas são eficazes se o agente infeccioso não tiver latência, não tiver nenhuma ou várias variações genéticas e não interferir na resposta imunológica. As melhores vacinas são aquelas que estimulam plasmócitos de longa vida que produzem anticorpos de alta afinidade. Os tipos de vacinas existentes são: bacterianas atenuadas, virais atenuadas, antígeno purificados (subunidades), antígeno sintético, vírus vivos envolvendo o vírus recombinante, DNA, adjuvantes. As vacinas polissacarídeas não conjugadas: realizam a ativação de linfócitos B sem a participação de linfócitos TH, dessa forma ocorre apenas a resposta imune humoral, os linfócitos B vão ser ativados e se transformarem em plasmócitos (são células diferenciadas e especializadas na produção de anticorpos) para produção de anticorpos IgM de baixa afinidade e sem memória. As vacinas vivas e não-vivas, proteicas ou conjugadas: as células apresentadoras de antígenos expostas a antígenos, os peptídeos são apresentados juntos com o MHC II pelas APCs aos linfócitos TH. Os linfócitos B ativados transformam-se em plasmócitos para a produção de anticorpos com alta afinidade e especificidade para os antígenos, gerando uma memória imunológica. Elas estimulam a imunidade humoral com participação de APCs e linfócitos TCD4. 10 As vacinas vivas: células nucleadas (inclusive as APCs) são infectadas por vacinas vivas, os peptídeos são apresentados junto com MHC I pelas células infectadas aos linfócitos T, os linfócitos T e os macrófagos são ativados, os linfócitos T transformam-se em citotóxicos e matam todas as células alvo que apresentam o mesmo complexo peptídeo-MHC I em sua membrana celular, estabelecendo uma imunidade celular específica e memória imunológica. Elas estimulam a imunidade humoral e celular, com a participação das APCs e linfócitos TCD4 e TCD8. 11 3) IDENTIFICAR AS FORMAS DE IMUNIZAÇÃO DISPONÍVEIS Há dois tipos de imunidade adaptativas, sendo essas a passiva e a ativa. A imunidade passiva é um método útil para conferir rapidamente resistência, sem ter que esperar pelo desenvolvimento de uma resposta imune. O recebedor de tal transferência se torna imune a um antígeno particular sem nunca ter sido exposto ou ter respondido àquele antígeno, exemplos de imunidade passiva são: aleitamento materno, transporte de anticorpo via placenta, soros. A imunidade ativa é necessário que o indivíduo tenha a exposição ao antígeno a um antígeno estranho, visto que o indivíduo imunizado tem papel ativo na resposta ao antígeno, exemplo de imunidade ativa é: vacinas. 12 4) DISCUTIR O CALENDÁRIO VACINAL PNI E AS VACINAS NÃO PERTENCENTES AO CALENDÁRIO DO SUS 13 Fonte: Disponível em: < https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Imuniza%C3%A7%C3%A3o/ Calendario%20Nacional%20de%20Vacinacao%20-%202020.pdf >. Vacina BCG: Administrar dose única, o mais precocemente possível, de preferência na maternidade, logo após o nascimento. Esta vacina é contraindicada para gestantes e pessoas imunodeprimidas. Em pessoas 14 hospitalizadas com comprometimento do estado geral, a vacinação deve ser adiada até a resolução do quadro clínico. Vacina Hepatite B (recombinante): Administrar 1 (uma) dose ao nascer, o mais precocemente possível, nas primeiras 24 horas, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento, ainda na maternidade. Esta dose pode ser administrada até 30 dias após o nascimento. Para gestantes em qualquer faixa etária e idade gestacional: administrar 3 (três) doses da vacina hepatite B, considerando o histórico de vacinação anterior e os intervalos preconizados entre as doses. Caso não seja possível completar o esquema durante a gestação, deverá concluir após o parto. Vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e Haemophilus influenzae B (conjugada) – Vacina Penta: Administrar 3 (três) doses, aos 2 (dois), 4 (quatro) e6 (seis) meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias. A terceira dose não deverá ser administrada antes dos 6 (seis) meses de idade. Vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis (DTP): Administrar 2 (dois) reforços, o primeiro aos 15 meses de idade e o segundo aos 4 (quatro) anos de idade. Vacina Poliomielite 1, 2 e 3 (inativada) – VIP: Administrar 3 (três) doses, aos 2 (dois), 4 (quatro) e 6 (seis) meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses. O intervalo mínimo é de 30 dias entre as doses. Vacina Poliomielite 1 e 3 (atenuada) – VOP: Administrar o primeiro reforço aos 15 meses e o segundo aos 4 (quatro) anos de idade. Esta vacina é contraindicada para pessoas imunodeprimidas, contatos de pessoa HIV positiva ou com imunodeficiência, bem como aqueles que tenham histórico de paralisia flácida associada à dose anterior da VOP. 15 Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada) – Pneumo 10v: Administrar 2 (duas) doses aos 2 (dois) e 4 (quatro) meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias. Vacina rotavírus humano G1P (atenuada) – VRH: Administrar 2 (duas) doses, aos 2 (dois) e 4 (quatro) meses de idade. Vacina meningocócica C (conjugada) - Meningo C: Administrar 2 (duas) doses, aos 3 (três) e 5 (cinco) meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias. Vacina febre amarela (atenuada): Crianças entre 9 (nove) meses de vida a menores de 5 (cinco) anos de idade: Administrar 1 (uma) dose aos 9 (nove) meses de vida, e uma dose de reforço aos 4 (quatro) anos de idade. Pessoas a partir de 5 (cinco) a 59 anos de idade: Administrar 1 (uma) dose única. Pacientes recebendo corticosteroides em doses imunossupressoras (prednisona 2mg/kg por dia nas crianças até 10 kg por mais de 14 dias ou 20 mg por dia por mais de 14 dias em adultos) Vacina sarampo, caxumba e rubéola (atenuada) - Tríplice Viral: Administrar a primeira dose aos 12 meses de idade. Completar o esquema de vacinação contra o sarampo, caxumba e rubéola com a vacina tetra viral aos 15 meses de idade (corresponde à segunda dose da vacina tríplice viral e à primeira dose da vacina varicela). Pessoas com imunodepressão deverão ser avaliadas e vacinadas segundo orientações do manual do CRIE. Mulheres em idade fértil devem evitar a gravidez até pelo menos 1 (um) mês após a vacinação. A vacina tríplice viral é contraindicada para gestantes e crianças abaixo dos 6 (seis) meses de idade, mesmo em situações de surto de sarampo ou rubéola. Vacina sarampo, caxumba, rubéola e varicela (atenuada) – Tetra viral: Administrar 1 (uma) dose aos 15 meses de idade em crianças que já tenham recebido a primeira dose da vacina tríplice viral. Esta vacina é contraindicada para crianças expostas ao HIV. A vacinação destas crianças deve ser feita com as vacinas tríplice viral e varicela (atenuada). 16 Vacina hepatite A (inativada): Deve ser administrada uma dose aos 15 meses de idade. Vacina varicela (atenuada): Administrar uma dose aos 4 (quatro) anos de idade. Corresponde à segunda dose da vacina varicela, considerando a dose de tetra viral aos 15 meses de idade. Vacina adsorvida difteria e tétano adulto – dT/ Dupla Adulto: Indivíduos a partir de 7 (sete) anos de idade, com esquema vacinal completo (3 doses) para difteria e tétano, administrar 1 (uma) dose a cada 10 anos após a última dose; Em todos os casos, após completar o esquema básico (DTP, tetra ou penta) e reforços, administrar reforço com a dT a cada 10 anos, após a última dose; Em casos de ferimentos graves e comunicantes de casos de difteria, antecipar a dose quando a última foi administrada há mais de 5 (cinco) anos. Vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (acelular) tipo adulto – dTpa: Gestantes: 1 (uma) dose a cada gestação, a partir da vigésima semana de gestação; Para aquelas que perderam a oportunidade de serem vacinadas durante a gestação, administrar uma dose de dTpa no puerpério, o mais precocemente possível. Vacina papilomavírus humano 6, 11, 16 e 18 (recombinante) – Vacina HPV: Administrar 2 (duas) doses, com intervalo de 6 (seis) meses entre as doses, nas meninas de 9 a 14 anos de idade (14 anos, 11 meses e 29 dias) e nos meninos de 11 a 14 anos de idade (14 anos, 11 meses e 29 dias). Vacina pneumocócica 23-valente (polissacarídica) – Pneumo 23v: Administrar 1 (uma) dose em todos os indígenas a partir de 5 (cinco) anos de idade sem comprovação vacinal com as vacinas pneumocócicas conjugadas. A partir dos 60 anos de idade, administrar 1 (uma) única dose adicional, respeitando o intervalo mínimo de 5 (cinco) anos da dose inicial. Vacina influenza (fracionada, inativada) – Gripe: Para as crianças não indígenas de 6 (seis) meses a menores de 6 (seis) anos de idade (cinco anos, 17 11 meses e 29 dias) e para as crianças indígenas de 6 (seis) meses a 8 (oito) anos, que estarão recebendo a vacina pela primeira vez: administrar 2 (duas) doses, com intervalo de 30 dias entre as doses. Para pessoas a partir de 9 (nove) anos: administrar 1 (uma) dose. Indicada para todos os povos indígenas a partir de 6 (seis) meses de idade. As crianças não indígenas, a partir de 7 anos de idades, somente serão vacinadas, com 1 (uma) dose, se portadoras de comorbidades e condições clínicas especiais. As vacinas não pertencentes ao calendário do Sus, se encontra nas clínicas de vacinação, são elas: Rotavírus monovalente; rotavírus pentavalente; quíntupla bacteriana acelular (DTPa-VIP/Hib); sêxtupla bacteriana acelular (DTPa-VIP-HB/ Hib); quádruplo bacteriano acelular (dTPa-VIP); Hib conjugada; meningocócica conjugada quadrivalente ACWY; meningocócica B; pneumocócica conjugada 13 valente; pneumocócica polissacarídea 23 valente; HPV bivalente; influenza quadrivalente; febre tifoide; dupla bacteriana do tipo adulto; varicela; hepatite A+B; herpes zoster; e dengue. Corticóides: pode haver redução da resposta imune devido à imunossupressão. O tempo necessário para a recuperação da capacidade de resposta não é conhecido, estimando-se entre 3 meses a 1 ano após retirada do corticoide. Contraindicações gerais para tomar vacina: Pessoas com imunodeficiência congênita ou adquirida; acometidas por neoplasias malignas; em tratamento com corticoides em esquemas; imunossupressores ou submetidas a transfusão de sangue ou plasma; doenças agudas febris graves Falsas contraindicações para tomar vacina: Doenças benignas comuns; desnutrição; aplicação contra raiva em andamento; doença neurológica estável ou pregressa, com sequela presente; prematuridade ou baixo peso; antecedente familiar de convulsão; tratamento sistêmico com corticoide, com baixas doses; alergias, exceto as reações alérgicas sistêmicas e graves; internação hospitalar. 18 CONCLUSÃO As respostas do sistema imune, sendo elas inata e adaptativa, são de extrema importância para a formação da defesa do indivíduo. A primeira linha de defesa é composta pelos constituintes da imunidade inata, essa sendo inespecífica e igual para todo o antígeno, ou seja, ela terá a mesma resposta imunológica com a mesma intensidade para qualquer agressor. Já a imunidade adaptativa, é a imunidade mais tardia, tendo como componentes os linfócitos B e T, e sendo caracterizado pela especificidade, expansão clonal e geração de uma memória imunológica. O desenvolvimento do sistema imunológico no neonato inclui o amadurecimento da resposta imune inata, a indução da resposta antígeno- específica e memória imunológica para patógenos, em paralelo ao desenvolvimento e à manutenção de tolerância aos antígenos próprios, à flora saprófita e aos antígenos alimentares. O recém-nascido (RN) e lactente apresentam diversas deficiências imunológicas decorrentes da imatura fisiológica do sistema imune, sendo elas:deficiência do sistema complemento; decréscimo da quimiotaxia de fagócitos; déficit da atividade de células NK; predominância de linfócitos T naive; decréscimo na produção de citocinas; deficiências de mecanismo de citotoxidade celular; menor concentração sérica dos diferentes isotipos de imunoglobulinas (Ig); e inabilidade para responder a antígenos polissacarídeos. A resposta adaptativa pode ser estimulada por outra duas imunidades, sendo essas a imunidade passiva e ativa, a primeira o indivíduo não desenvolve a resposta imunológica, visto que há uma transferência de imunoglobulinas para o indivíduo contaminado com um determinado antígeno, a exemplos: soros, aleitamento materno e transferência placentária de anticorpos maternos. Já a ativa, o indivíduo irá desenvolver uma resposta imunológica, por meio da entrada de antígenos (organismos vivo, nâo-vivos, atenuados, conjugados e com partículas do próprio organismo), a exemplo: vacinas. 19 A vacina auxilia o sistema imunológico e criar células de memórias de algumas doenças. Os tipos de vacinas são: vacinas bacterianas e virais atenuadas e inativadas; vacinas de antígenos purificado (subunidade); vacina de antígenos sintéticos, vacina de vírus vivos envolvendo vírus recombinantes; vacina de DNA e adjuvantes. Por fim, o calendário vacinal quando se estabelece um calendário de vacinação, são considerados os riscos da doença, que incluem morbidade, letalidade e custos sociais vs os benefícios e os custos da vacinação. Embora as vacinas atualmente disponíveis sejam muito seguras e eficazes, ainda não existem vacinas 100% efetivas e totalmente isentas de efeitos adversos. 20 REFERÊNCIA BRASIL. Instrução Normativa Referente ao Calendário Nacional de Vacinação 2020. Disponível em: < https://www.saude.gov.br/images/pdf /2020/marco/04/Instru----o-Normativa-Calend--rio-Vacinal-2020.pdf >. Acesso em 14 abril 2020. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Formulário Terapêutico Nacional 2008 Rename 2006. Disponível em: < http://200.18.252.57/services/e-books/formulario_ terapeutico_nacional_2008.pdf#page=440 >. Acesso em 15 abril 2020. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE. Vacinas. Disponível em: < http://repositorio.sead.furg.br/bitstream/1/1201/1/AULA_12_-_VACINAS_aula_1 _OK_revisado_versao_final_.pdf >. Acesso em 14 abril 2020.
Compartilhar