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PPCP – PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO AULA 3 Prof.a Rita G. Barchik 2 CONVERSA INICIAL Caro aluno, você já pensou em como os produtos industriais são produzidos? Já refletiu sobre a quantidade de produtos fabricados que melhora (e muito!) a vida das pessoas, atendendo às suas necessidades? Neste cenário de produção, há inovações, emprego de tecnologias, melhorias de processos e estudos direcionados para minimizar estoques e analisar demandas, a fim de que os produtos não fiquem parados aguardando a sua venda. Neste estudo, vamos entender como é realizado o dimensionamento dos recursos diretos (equipamento, matéria-prima e mão de obra), da programação e do sequenciamento da execução. Também veremos como algumas técnicas são utilizadas para evitar desperdícios e gastos extras – aprenderemos que a mais conhecida de todas é o “Gráfico de Gantt”, que pode abranger tanto a programação como o sequenciamento. É importante que, ao longo de nossas aulas, você busque se familiarizar com os termos apresentados, utilizando os exemplos expostos para que possa criar o entendimento natural dos temas trabalhados. O objetivo de nossa disciplina é que você possa compreender a importância, na esfera das organizações, de conseguir prever o que será necessário para a produção e para atender ao mercado o mais próximo da realidade possível. A técnica conhecida como “previsão de demanda” pode ser aliada com disciplinas do curso de Marketing, mas, aqui, nós a utilizaremos com bases metodológicas para calcular e prever, a fim de que não faltem itens no momento em que a produção deles necessitar. Por fim, nesta aula você estudará como funciona e quais as aplicações de uma metodologia de classificação de estoque muito importante nas organizações, a Curva de Estoque ABC, além de como resolver alguns problemas do PPCP. Bons estudos! CONTEXTUALIZANDO Atualmente, com o aumento da globalização e da participação de grandes corporações ao redor de todo o globo, as empresas estão sendo cada vez mais exigidas quanto a controlar seus custos, buscando estar o mais próximo possível 3 do ponto de equilíbrio entre a falta e a sobra de componentes. Em relação à produtividade, não é possível parar as linhas de produção; em relação ao conhecimento técnico, há que se avançar constantemente. Esse aumento de exigência em relação à eficiência das empresas irá ao encontro da gestão de seus custos, com o correto gerenciamento do material utilizado para produção. Não se pode mais simplesmente produzir e achar que essa produção manterá a empresa em patamares satisfatórios de competitividade. Existe a necessidade constante de gerenciamento e planejamento. É importante lembrarmos que as empresas, em sua grande maioria, sobrevivem da transformação de produtos, com a entrada de insumos, processamento e entrega de produtos finais. Cabe a elas gerenciar a movimentação do material ao longo desse fluxo. Vale salientar que a empresa não pode se preocupar única e exclusivamente com o cliente (a “última parte”), pois existe toda uma cadeia anterior que precisa de gerenciamento. Deste modo, a maior missão da empresa é manter índices de produção – se possível – aumentando constantemente, conservando padrões de qualidade desejados e exigidos pelo mercado, porém, vários fatores impactam diretamente a produção da empresa. Estar antenado a esses aspectos é fundamental. Uma etapa inicial na visão de alcançar a correta produção com níveis de custos dentro do esperado é entender e dimensionar corretamente a necessidade de recursos da empresa, para que tenha sempre em mente o volume necessário e só adquira aquilo que realmente vai usar. Para que a empresa consiga ter conhecimento de sua necessidade de material, recursos humanos e equipamentos, trabalharemos com o Gráfico de Gantt, que abrange todas essas necessidades e as condensa em um gráfico de fácil visualização. Outro aspecto extremamente importante para o dimensionamento correto da produção e que está sob o total controle da empresa é a previsão de demanda de produção, pois dimensionar corretamente faz com que apenas a quantidade certa seja comprada, gerando menos estoque e aumentando a competitividade. Por fim, na gestão interna dos produtos adquiridos, estudaremos a Curva de Estoque ABC. Veremos como ela se adapta a cada tipo de estoque sem perder funcionalidade e importância. Você aprenderá como construir uma Curva ABC no estoque da empresa na qual trabalha/gerencia. 4 Portanto, para que seja possível planejar e cumprir a compra apenas do necessário, sem gerar estoques altamente custosos e perigosos para a continuidade da empresa, você terá que estudar com afinco os tópicos tratados aqui e, sem dúvida, aplicar essas metodologias sempre que possível ou exigido. TEMA 01 – DIMENSIONAMENTO DOS RECURSOS DIRETOS Ao iniciar o estudo de qualquer disciplina que contemple a produção como item principal, ou mesmo secundário, é imprescindível relacionar as origens do conceito de produção. As empresas quase que em sua totalidade dispõem de processos que visam a transformação de um bem tangível em outro de maior utilidade e valor agregado ao cliente/consumidor. Como exemplo mais antigo de “produção”, temos o homem da caverna, que polia a pedra buscando torná-la uma ferramenta passível de uso. Observar a figura 1 a seguir: Figura 1: Esquema de processo produtivo Fonte: adaptado de Santos (2015, p. 20). Para que a produção ocorra de acordo com o que foi programado, visando atingir a totalidade, é notável a necessidade do correto dimensionamento dos recursos diretos para a produção. Na figura 1, entende-se a produção como trabalho, energia, material e software. Cada item com sua devida importância, conforme veremos na sequência: Trabalho: de acordo com Paranhos Filho (2012, p. 12-13), um dos primeiros estudiosos a se dedicar às especificações de tarefas de forma separada foi Frederick Winslow Taylor (1856-1915). Este empenho ficou conhecido como a Administração Científica da Produção, pois tratava as tarefas como métodos, não deixando a cargo dos funcionários decidir 5 como produzir. Para ele, a empresa deve fornecer metodologia, tempos e atividades que cada pessoa deve executar, possibilitando dimensionar corretamente a quantidade de funcionários necessária para cada atividade; Energia: para Paranhos Filho (2012, p. 19), outro aspecto imprescindível para o atingimento de tudo que foi planejado é a energia destinada a cada atividade, contemplando também a força humana. Para que seja cumprido o programado, deve-se observar qual energia é gasta em cada atividade, focando sempre nas que serão desprendidos mais tempo e recursos (gargalos); Material: segundo Bezerra (2013, p. 39-42) a gestão de estoque se torna um elemento primordial para o funcionamento das empresas modernas, pois, ao gerar esses estoques, as empresas conseguem os seguintes benefícios: garantia de independência entre as etapas do processo produtivo, garantia contra flutuação sazonal de demanda e, por fim, vantagem de preço, visto que, ao se manter o estoque, a empresa consegue atender seus clientes com preço atrativo; Software: continuamente associado à tecnologia da produção. São os softwares que fazem com que a tecnologia seja incorporada à produção, tornando cada vez mais simples, fácil e rápida a atividade. Os softwares começaram a ser utilizados nas produções no mundo a partir da década de 1970, porém, com o advento da internet na década de 1990, eles passaram a permear quase que 100% das companhias. Agora que você já consegue entender as variáveis que compõem os sistemas produtivos, ou seja, o que é necessário para que a empresa consiga fazer a mágica da transformação, veremos, a seguir, a importânciade dimensionar corretamente esses componentes e os impactos que podem ocorrer com erros de previsão. Conforme Bezerra (2013), ao dimensionar corretamente os insumos de produção, a empresa consegue melhorar seus rendimentos, pois deixa de desprender dinheiro desnecessariamente em estoques que não irá utilizar no curto prazo. Esses estoques, além de terem custado dinheiro para sua obtenção, continuam gerando custo para sua manutenção, proteção e movimentação. Outro aspecto que Bezerra (2013) cita como vital para a empresa é a correta 6 gestão da mão de obra para a produção, conhecida como “recursos humanos da produção”. Evitar a ociosidade se torna o grande desafio, pois funcionário parado não agrega valor ao produto final da empresa. TEMA 2 – SISTEMAS DE CÁLCULO DE ESTOQUE Neste tópico, trataremos de assuntos relacionados aos sistemas utilizados nas empresas para cálculo de estoque. Você conhecerá as metodologias básicas que constituem esses cálculos e que permitem que a empresa, ao mesmo tempo, saiba se o que está comprando satisfará sua demanda, a fim de que não haja falta, e cuide para que não exceda em volume ou valor investido, o que acaba impactando no seu resultado. Tratemos, pois, a respeito da decisão sobre o tamanho do lote a ser produzido e sobre como essa decisão impacta nos cálculos de compra de estoque. Segundo Santos (2015), a primeira variável a ser levada em consideração é o tamanho do lote de compra, pois, quando se determina corretamente esse lote, a empresa visa encontrar o mínimo de custo possível para produção do seu produto. Outro aspecto importante nesse cálculo é a busca pelo mínimo de dois custos (o custo financeiro e o custo de compra). Para exemplificar o que é o lote econômico e como observá-lo na prática, veja a figura 2 a seguir: Figura 2: Custo mínimo de compra Fonte: Santos (2015, p.71) 7 Para a autora (ibid.), não basta ter conhecimento do valor necessário ou possível para pagar pelo produto comprado. A empresa deve criar outras metodologias ou ferramentas, podendo, inclusive, determinar o quanto comprar e quando comprar: ela deve criar o Lote Econômico de Compra (LEC). Lote Econômico de Compra é a quantidade de material a ser adquirida em cada operação de reposição de estoque, devendo ser considerados custo de compra, de transporte e de armazenagem desses materiais, buscando o mínimo de custo possível para o período estipulado. Uma maneira gráfica de verificar o Lote Econômico de Compra pode ser observada na figura 3. Figura 3: Nível de estoque necessário Fonte: Santos (2015, p. 73) Lembrando que, para a figura apresentada anteriormente, temos as seguintes variáveis: E: estoque de segurança; R: nível de estoque; Q: quantidade a ser comprada; L: tempo de reposição. Ainda sobre a figura anterior, temos duas fórmulas diferentes para calcular o nível de estoque R. São elas: Quando demanda e tempo de reposição são constantes: R=D. L 8 Quando demanda e tempo de reposição não são constantes: R=(D.L)+E Por fim, trataremos de outro aspecto importante no momento de calcular o estoque da empresa. Devemos calcular o LEC, porém, para tanto, existe a necessidade de conhecer as seguintes informações: Todos esses dados são apresentados na fórmula demonstrada a seguir: TEMA 3 – SIMULAÇÃO DE ALTERNATIVAS PARA ATENDER À DEMANDA No tópico anterior, vimos as formas de calcular os estoques dentro das empresas. Mais do que isso, verificamos a importância de saber o que comprar, quando comprar e em que quantidade comprar. Buscando a continuidade do tema e o aprofundamento a respeito da necessidade de gerenciar corretamente o que é comprado e o que é estocado na empresa, vamos estudar alternativas para atender a esta demanda. Esta técnica é a mais simples e a mais utilizada pelas empresas, o “Gráfico de Gantt”. O Gráfico de Gantt foi desenvolvido em 1917 pelo engenheiro Henry Gantt, e tem a função de demonstrar, de forma visual, a real situação da programação de produção e o que de fato está sendo cumprido ou realizado. Essa metodologia é constituída, basicamente, de um gráfico plotado com as informações do que foi planejado para um determinado posto de trabalho ou trabalhador. Após a plotagem do que se espera do trabalhador (ou posto de trabalho), existe uma segunda plotagem, na qual consta o que está sendo realizado dentro dos períodos estipulados. Observe a figura 4: Cu: custo unitário Cp: custo para fazer um pedido D: demanda para o período N: número de pedidos no período J: taxa de juros do período Em: estoque médio do período Q: quantidade 9 Figura 4: Exemplo de Gráfico de Gantt Fonte: Bezerra (2012, p.156). Neste exemplo, fica clara a grande função do Gráfico de Gantt, pois é evidente notar onde a produção está concentrada e em qual local ela porventura esteja atrasada ou com problemas. Outra metodologia citada por Bezerra (2013), utilizada com fins de facilitar o controle e gerenciamento do estoque ou mesmo da produção por parte da organização, é o Kanban, como já vimos nesta disciplina. Nessa ferramenta, o fluxo de informações e de produtos é determinado por meio de um estudo antecipado e de formação de lotes padrão. O Kanban é um dos pilares do sistema de produção Just in Time, sendo uma das bases da “produção puxada” (que controla as operações fabris sem a utilização de estoque em processo). Por se tratar de uma ferramenta que prioriza a produção puxada, com gestão visual em todas as suas etapas, acaba facilitando o gerenciamento e as informações 10 durante o processo de produção e, por consequência, do processo de aquisição e gestão de estoque (Bezerra, 2012). TEMA 4 – CLASSIFICAÇÃO DE ESTOQUE ABC A Curva de Estoque ABC é uma forma muito tradicional e amplamente conhecida nas organizações para separação e classificação de estoque. Para um melhor entendimento de como ela pode auxiliar no gerenciamento da empresa em várias áreas, precisamos saber de sua origem, entendendo como essa classificação funciona. Segundo Santos (2015), a classificação ABC é importante, porque busca avaliar o percentual de participação de cada item no custo total de operação da empresa. Todos devem entender que os itens mais dispendiosos devem ser mais cautelosamente observados. A Curva ABC é baseada no princípio de Pareto (Vilfredo Pareto, 1848- 1923), que norteia várias áreas de uma empresa. Ele determina que 20% do total de itens correspondem a 80% do valor investido no empreendimento, formando a classe A. A classe B corresponde a 15% do valor investido, enquanto a classe C deve corresponder a não mais que 5% desse valor, formando, deste modo, a Curva ABC, baseada no valor investido. Figura 5: Exemplo de classificação ABC Fonte: Santos (2015, p.152). Santos (ibid.) afirma que a Curva ABC é fundamental para a gestão de estoque das empresas, pois, com a aplicação correta dessa ferramenta, o gestor consegue determinar efetivamente quais itens precisam de uma maior atenção, possibilitando à área de compras concentrar esforços em negociar com fornecedores para obter cada vez mais vantagens financeiras para a companhia. 11 Por fim, a empresa pode também, a partir da Curva ABC, determinar qual metodologia de controle irá utilizar. Sabendo que os itens da classe A representam 80% do valor investido da empresa, se torna claro que estes devem contar com um controle maior e mais efetivo; já na classe C, a empresa pode adotar uma amostragem como controle, devido ao valor reduzido de investimento nesta classe. TEMA 5 – LOTES DE FABRICAÇÃO E LEAD TIME Neste tema, abordaremos os Lotes Econômicos de Fabricação e os Lead Times nas empresas, entendendo como são determinadas essas duas variáveis que exercemgrande importância na vida gerencial, pois impactam diretamente no resultado da empresa. Desta forma, é primordial o correto gerenciamento dessas variáveis, inclusive porque uma é diretamente relacionada com a outra. Para melhor entendermos essas duas variáveis, utilizaremos uma modalidade de produção específica, o Sistema de Produção em Lotes. Porém, antes de determinar o porquê de utilizarmos esse sistema de produção, devemos observar quais são os sistemas de produção em geral: Sistema de Produção em Massa – nessa modalidade de produção, também conhecida como Sistema de Produção Contínua, a maior característica a observar é um sequenciamento linear de produção. O maior desafio dessa modalidade é encontrar um balanceamento entre as operações ou atividades que compõem a produção; Sistema de Produção por Lotes – aqui, o que mais chama à atenção é o fato de a produção não ser continua. Por esse motivo, esse sistema também é conhecido como Sistema de Produção Intermitente, em lotes; Sistema de Produção por Projetos – nessa modalidade, o produto é único, ou seja, a produção é exclusiva. Todas as máquinas e pessoas envolvidas no processo devem ter essa consciência de que o produto é único e exclusivo. Devemos nos atentar, no entanto, ao fato de que a determinação de lote de produção não está limitada apenas ao sistema de produção em lote, podendo ser aplicado a qualquer um dos sistemas de produção. 12 Porém, aqui, utilizaremos o Sistema de Produção em Lotes, para que fique mais fácil entender a importância de determinar os lotes de produção e o correto lead time dentro do processo produtivo. Determinação de lote de produção Consiste em produzir em lotes, pré-estabelecidos e determinados, de acordo com a especificidade de cada operação. Essa modalidade de produção surgiu no Japão do pós-guerra, e foi apresentada ao mundo pela montadora de veículos Toyota, que criou um sistema de produção inovador e diferenciado, o Just in Time, que consiste, basicamente, em produzir exatamente o que é necessário, no momento que é solicitado. Para gerenciar o tamanho do lote e o sequenciamento dessa produção, os japoneses criaram uma ferramenta chamada Kanban (já vimos em nossas aulas). Após um estudo inicial, para determinar o lote padrão (seja ele de 5, 10 ou 100 unidades), define-se quantos cartões Kanban serão utilizados; a partir disso, os funcionários começam a trabalhar de acordo com essas determinações. Determinação de lead time de produção Lead time é o tempo necessário para realizar a atividade de produção de determinado produto ou serviço. Para entender facilmente, pense da seguinte forma: um produto entrará na linha de produção às 8 horas da manhã e passará por 15 atividades produzidas com 20 minutos de ciclo cada uma; dessa forma, esse produto sairá da linha de produção às 13 horas, ficando determinado que o tempo de lead time desse produto será de 300 minutos (ou 5 horas). Surge, então, a seguinte pergunta: qual a importância de determinar corretamente o lote de produção e o lead time? Quando a empresa determina corretamente o lote de produção (em quantidade e volume), ela pode definir os demais processos da fábrica pensando nesse lote padrão criado. Por exemplo, pode-se determinar lote de compra (compro a quantidade do lote), a compra de embalagem (compro a quantidade de embalagens necessárias) e a contratação de funcionários (contrato a quantidade necessária). 13 O lead time determinado gera outro indicador importante para a empresa: ao saber o tempo de produção real e os tempos de cada máquina ou atividade, será possível proporcionar melhorias e, cada vez mais, diminuir esse tempo, trazendo competitividade. Texto de Leitura Para conhecer mais detalhes dos sistemas de produção e saber as diferenças existentes entre eles, analise os três sistemas de produção, tentando fazer um link com as situações que você encontrará no dia a dia. Leia, no livro PPCP – Planejamento, Programação e Controle da Produção, de Adriana de Paula Lacerda Santos, o capítulo 1.3, p. 19 a 23, e extraia, de forma bem sucinta, as explicações inerentes aos sistemas. NA PRÁTICA Caso de ensino – como o hipermercado francês Carrefour inovou em suas estratégias para continuar sendo competitivo no mercado varejista brasileiro. Disponível em: https://casesdesucesso.files.wordpress.com/2008/03/carrefour.pdf. Sobre a empresa O hipermercado Carrefour, percebendo a dificuldade que é competir no mercado brasileiro, começou a pensar em estratégias que aumentassem sua rentabilidade e participação no mercado varejista nacional. Pensando nisso, a equipe de Marca Própria do Carrefour lançou seu olhar em 2005, quando recebera o desafio de transformar a marca própria da rede na preferida dos brasileiros. Objetivos e escopo Desde seu lançamento nas gôndolas brasileiras, no final dos anos 90, a marca própria Carrefour não havia sofrido nenhuma alteração. Era preciso atualizá-la e romper com o estigma de que os produtos sob esta chancela seriam inferiores às marcas convencionais. Protocolo de Resolução da situação proposta https://casesdesucesso.files.wordpress.com/2008/03/carrefour.pdf 14 Leia o caso acima e, com base no conteúdo e nos materiais já apresentados, analise as questões propostas abaixo, buscando ampliar seu conhecimento, propondo, inclusive, alternativas diferentes das realizadas pelos personagens do caso. 1. Quais são os aspectos tratados nesta rota que podem ser mencionados em relação ao caso lido? 2. A produção do hipermercado Carrefour foi afetada com esse novo cenário produtivo. Quais metodologias de controle de estoque e de produção podem ser empregadas na empresa? SÍNTESE Percebemos, ao longo do nosso conteúdo, que é importante para a empresa padronizar os fatores que norteiam sua operação – é vital saber como ela deve produzir, mas, além disso, saber quanto e quando produzir, sempre tomando cuidado para que não faltem insumos para a produção. Quando buscamos entender, no tópico 1, o dimensionamento correto dos recursos diretos para produção, descobrimos que recursos diretos não são apenas recursos materiais. Há os recursos de mão de obra, de equipamentos e de tudo que a empresa precisa para construir seu produto final. Para que ocorra o correto dimensionamento dos recursos diretos da empresa, existem formas de calcular os estoques, sejam eles na área de estocagem propriamente dita ou nas áreas de estocagem intermediária dentro das organizações. Umas das metodologias largamente utilizadas para classificação e dimensionamento do estoque é a Classificação ABC, idealizada pelo italiano Vilfredo Pareto, que formulou o seguinte raciocínio: “Geralmente, 80% dos problemas estão ligados a 20% das causas”. Trazendo este conceito para a administração de estoque, podemos dizer que 80% do valor investido em estoque deve corresponder a 20% do total de itens. Dessa forma, a empresa poderá dar mais prioridade a itens mais caros e dispendiosos. Por fim, tratamos em nossa disciplina sobre a real importância de a empresa determinar duas variáveis que impactam diretamente em seus resultados e operações. São elas: o lote padrão de produção e o lead time. 15 Espero que você tenha retirado o máximo possível de conhecimento desta disciplina e alcançado o nosso objetivo: aprender sobre classificação e determinação corretas dos aspectos envolvidos na produção. REFERÊNCIAS BEZERRA, Cícero Aparecido. Técnicas de planejamento, programação e controle da produção: Aplicação em planilhas eletrônicas. Curitiba: InterSaberes, 2013. PARANHOS FILHO, Moacyr. Gestão da produção industrial. Curitiba: InterSaberes, 2012. SANTOS, Adriana de Paula. Planejamento, programação e controle da produção. Curitiba: InterSaberes, 2015.
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