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Civil !
Toda pessoa tem personalidade jurídica
 2. PESSOA NATURAL:
2.1. PERSONALIDADE JURÍDICA x CAPACIDADE JURÍDICA:
a) Personalidade Jurídica (1º): Aptidão para ser sujeito de direitos e deveres que toda pessoa tem (art. 1°, do CC). Soma dos caracteres corpóreos e incorpóreos (sociais), inerentes ao ser humano.
b) Capacidade Jurídica (3º a 5º): É o atributo específico de cada 
pessoa, que tem personalidade jurídica, porém nem sempre pode praticar os atos da vida civil por si só, necessitando de representação ou assistência.
DICA 01: NOMENCLATURA:
* CAPACIDADE JURÍDICA: também denominada de capacidade civil, capacidade de fato e capacidade de exercício.
* PERSONALIDADE JURÍDICA: também denominada de personalidade civil (art. 2°, do CC); capacidade de direito (art. 1°, do CC), capacidade de gozo e de aquisição.
2.2. INÍCIO DA EXISTÊNCIA DA PESSOA NATURAL (2º):
# Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
NATALISTA	A aquisição da personalidade se dá a partir do nascimento com vida. Embora o Código Civil afirme que a Personalidade é adquirida com o nascimento com vida, concede também direitos ao nascituro, demonstrando que esta teoria não foi integralmente adotada.
CONCEPCIONISTA	A aquisição da personalidade se dá a partir da concepção. Dessa forma o nascituro teria personalidade jurídica plena. A lei reconhece direitos ao nascituro, mas só afirma personalidade (completa) a partir do nascimento com vida.
PERSONALIDADE CONDICIONADA	A aquisição da personalidade se dá com a concepção, mas fica sob condição suspensiva até que ocorra o nascimento com vida. Como o CC não admite condição legal, mas apenas a convencional (art. 121), essa teoria não é compatível com o Direito Civil atual.
# QUESTÃO DE CONCURSO:
(CESPE – DPE/AC – Defensor – 2017) 1. Com relação à aquisição da personalidade jurídica das pessoas naturais, o ordenamento jurídico brasileiro adota a corrente
A) normativista.
B) transformadora.
C) concepcionista.
D) natalista.
E) da personalidade condicional.
Anulada divergência doutrinária
DICA 02: INTERPRETAÇÃO DO ART. 2º:
Diante da redação do art. 2º, do CC, prevalece o entendimento de que o nascituro tem Personalidade Formal (direitos extrapatrimoniais), ainda que não possua Personalidade Material (direitos patrimoniais). Logo, é a partir do nascimento que se adquire Personalidade Plena.
(CESPE - TJ/AL – Analista Judiciário – 2012) O nascituro e o embrião possuem personalidade jurídica formal, e apenas a partir do nascimento com vida se adquire a personalidade jurídica material e se alcançam os direitos patrimoniais e obrigacionais.
2.3. CAPACIDADE JURÍDICA (3º a 5º):
a) ABSOLUTAMENTE INCAPAZES (3º)
Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.
# Serão REPRESENTADOS nos atos da vida civil.
b) RELATIVAMENTE INCAPAZES (4º):
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; 
IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.
# Serão ASSISTIDOS na prática dos atos da vida civil
* Exceções:
- Pode ser mandante (contrato de mandato)
- Pode fazer testamento.
c) PLENAMENTE CAPAZES (5º)
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
# ESPÉCIES DE EMANCIPAÇÃO:
Voluntária	Quando o menor conta com, no mínimo, 16 anos + os pais concedem em comum acordo (ou um deles, na falta do outro) + através de instrumento público + que deve ser levado a registro (art. 9°, II), independentemente de homologação judicial;
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
Judicial	Quando o menor conta com, no mínimo, 16 anos + os pais não chegam a um consenso ou o menor vive sob tutela (o tutor não pode conceder a voluntária) + é necessária uma decisão judicial + que deve ser levada a registro (art. 9°, II);
- PROCEDIMENTO JUDICIAL
Legal: Ocorre automaticamente, independente de registro, sentença ou instrumento público, nas hipóteses previstas no art. 5°, parágrafo único, incisos II a V.
Observações:
1 - Casamento: idade mínima de 16 anos - art. 1517, do CC;
2 - Cargo Público Efetivo (II), Emprego (IV) e Atividade Empresarial (IV) - idade mínima de 16 anos;
3 - Responsabilidade Civil do Emancipado:
(...) Responsabilidade civil. Pais. Menor emancipado. A emancipação por outorga dos pais não exclui, por si só, a responsabilidade decorrente de atos ilícitos do filho. 
(REsp 122573/PR)
- Emancipação Legal: Emancipado responde diretamente pelos atos ilícitos;
- Emancipação Judicial: Emancipado responde diretamente pelos atos ilícitos;
- Emancipação VOLUNTÁRIA: Emancipado e seus Pais respondem solidariamente pelos atos ilícitos praticados pelo Emancipado até ele completar 18 anos.
4 - É irrevogável - emancipado, em regra, não volta a ser incapaz, como, por exemplo, se o casamento se deu aos 16 e o divórcio aos 17.
* Divergência doutrinária: Anulação ou Nulidade do casamento, ou da emancipação voluntária, ou rescisão da sentença de emancipação judicial, antes dos 18 anos.
2.4. FIM DA EXISTÊNCIA:
a) MORTE REAL ou PRESUMIDA:
# MORTE REAL: Prova - Corpo a ser examinado.
# MORTE PRESUMIDA: O corpo está DESAPARECIDO.
b) COMORIÊNCIA (8º):
Art. 8o Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
# Frise-se que a presunção em comento é importante quando há relação de parentesco entre os falecidos, pois, na hipótese de comoriência, não há transmissão de herança entre parentes sucessíveis.
# Por fim, destaque-se que a morte deve se dar no mesmo tempo, e não no mesmo lugar.
Morte presumida não se resolve em cartório, precisa de declaração judicial
c) PROCEDIMENTOS JUDICIAIS PARA A DECLARAÇÃO DA MORTE PRESUMIDA:
I - MORTE PRESUMIDA SEM DECLARAÇÃO DE AUSÊNCIA (7º)	
Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
# MORTE PRESUMIDA COM DECLARAÇÃO DE AUSÊNCIA (22-39):
A morte também é presumida porque a pessoa está desaparecida. Neste caso, porém, o desaparecimento ocorre sem motivo aparente, não se vislumbrando risco à vida conhecido. Neste caso, o procedimento judicial para a declaração de morte é mais complexo e demorado, passando por três fases (arts. 22-39, do CC e arts. 744-745, do CPC):
1ª FASE: Curadoria de Bens do Ausente: os bens ficam com o administrador deixado pelo ausente ou, se não há procurador para este fim, será judicialmente nomeado curador; (pode durar 01 ano ou 03 anos – art. 26) 
1o Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos descendentes, nesta ordem, não havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo.
§ 2o Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais remotos.
§ 3o Na falta daspessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador.
2ª FASE => Sucessão Provisória: Passados 03 anos da Curadoria, pelo administrador convencional, ou 01 ano, da arrecadação, se o curador foi nomeado por Juiz, qualquer interessado poderá requerer a DECLARAÇÃO DE AUSÊNCIA, que abre a sucessão provisória. Os herdeiros ficam com a posse dos bens do ausente; (A regra é durar 10 anos, salvo se o ausente tinha 80 anos de idade, quando o prazo é reduzido para 05 anos)
rt. 30. Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, darão garantias da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos.
§ 1o Aquele que tiver direito à posse provisória, mas não puder prestar a garantia exigida neste artigo, será excluído, mantendo-se os bens que lhe deviam caber sob a administração do curador, ou de outro herdeiro designado pelo juiz, e que preste essa garantia.
§ 2o Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua qualidade de herdeiros, poderão, independentemente de garantia, entrar na posse dos bens do ausente.
3ª FASE => Sucessão Definitiva: Passados 10 anos da Sucessão Provisória, ou 05 anos, se o ausente já contar com 80 anos de idade, pode finalmente ser DECLARADA A MORTE do ausente, com a SUCESSÃO DEFINITIVA (art. 6º, do CC/02).
Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou algum de seus descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo.
Parágrafo único. Se, nos dez anos a que se refere este artigo, o ausente não regressar, e nenhum interessado promover a sucessão definitiva, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União, quando situados em território federal.
2.5. DIREITOS DA PERSONALIDADE (11-210;
(11 A 21):
Os Direitos da Personalidade formam um grupo especial, conceituando-se como “aqueles que têm por objeto os atributos físicos, psíquicos e morais da pessoa em si s em suas projeções sociais” (GAGLIANO e PAMPLONA FILHO, 2017).
# São direitos que decorrem do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana (art. 3º, I, da CF), valor que tutela as projeções físicas e psíquicas do sujeito em sua individualidade.
# ROL EXEMPLIFICATIVO.
a) CARACTERÍSTICAS (11):
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
a) absolutismo: são oponíveis contra todos (erga omnes);
b) generalidade: os direitos da personalidade são outorgados a todas as pessoas – direito inato; 
c) extrapatrimonialidade; os direitos da personalidade estão FORA DO COMÉRCIO, pois não possuem conteúdo patrimonial direto. Alguns direitos, porém, admitem repercussões patrimoniais, como os direitos autorais;
d) intransmissibilidade ou indisponibilidade: o titular não pode dispor ou delegar a outrem os seus direitos personalíssimos (art. 11, do CC);
e) irrenunciabilidade: o titular pode até não exercê-lo, mas não é possível renunciar a tais direitos.
f) imprescritibilidade: não há prazo para seu exercício, não se extinguindo pelo não uso;
g) impenhorabilidade: os direitos da personalidade não são passíveis de penhora;
h) perpetuidade ou vitaliciedade: são permanentes, cessando apenas com a morte;
i) exercício ilimitado: Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária (art. 11, do CC);
j) atipicidade: o rol do CC é exemplificativo. Essas características não são absolutas 
11: O exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, desde que não seja permanente nem geral. 
b) TUTELA JURISDICIONAL:
# REGRA GERAL: Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
- PREVENIR DANOS
- CESSAR DANOS
- REPARAR DANOS
DICA 05: Súmula n. 403, do STJ: Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada de imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais.
A jurisprudência do STJ pacificou-se no sentido de que, comprovada a lesão a direito da personalidade, os danos morais são IN RE IPSA: “a compensação nesse caso independe da demonstração da dor, traduzindo-se, pois, em consequência in re ipsa, intrínseca à própria conduta que injustamente atinja a dignidade do ser humano” (Informativo n. 503).
# PROTEÇÃO DO MORTO - LEGITIMIDADE DOS PARENTES - ART. 12, P. ÚNICO x ART. 20, P. ÚNICO.
OFENSA EM GERAL AOS DIREITOS DA PERSONALIDADE DO MORTO - 12, P. ÚNICO
OFENSA À IMAGEM DO MORTO - ART. 20, P. ÚNICO
Colaterais (irmão/ sobrinho exemplo) não pode defender a imagem do morto, pode defender outros nome, integridade do corpo, mas não pode defender a imagem. 
c) PROTEÇÃO DA INTEGRIDADE DO CORPO (13-15):
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial.
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.
Enunciado n. 6, JDC/CJF: A expressão “exigência médica” contida no art. 13 refere-se tanto ao bem-estar físico quanto ao bem-estar psíquico do disponente.
•	Enunciado n. 276, JDC/CJF: O art. 13 do Código Civil, ao permitir a disposição do próprio corpo por exigência médica, autoriza as cirurgias de transgenitalização, em conformidade com os procedimentos estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina, e a consequente alteração do prenome e do sexo no Registro Civil.
Enunciado n. 403, JDC/CJF: O Direito à inviolabilidade de consciência e de crença, previsto no art. 5º, VI, da Constituição Federal, aplica-se também à pessoa que se nega a tratamento médico, inclusive transfusão de sangue, com ou sem risco de morte, em razão do tratamento ou da falta dele, desde que observados os seguintes critérios: a) capacidade civil plena, excluído o suprimento pelo representante ou assistente; b) manifestação de vontade livre, consciente e informada; e c) oposição que diga respeito exclusivamente à própria pessoa do declarante.
Enunciado n. 403: O Direito à inviolabilidade de consciência e de crença, previsto no art. 5º, VI, da Constituição Federal, aplica-se também à pessoa que se nega a tratamento médico, inclusive transfusão de sangue, com ou sem risco de morte, em razão do tratamento ou da falta dele, desde que observados os seguintes critérios: a) capacidade civil plena, excluído o suprimento pelo representante ou assistente; b) manifestação de vontade livre, consciente e informada; e c) oposição que diga respeito exclusivamente à própria pessoa do declarante.
Obs jurisprudência ta decidindo se pode os pais negar transfusão de sangue para a criança, a tendência é que não.
(FCC - TJ/MS – Juiz Substituto - 2020) 3. Luiz Antônio, sentindo-se perto da morte, por meio de testamento, dispõe gratuitamente do próprio corpo em prol da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, para estudos em curso médico. Excepciona porém o coração, em relação ao qual pleiteia seja enterrado no túmulo de sua família. Esse ato 
(A) não é válido, porque a disposição do próprio corpoapós a morte não se encontra na discricionariedade do indivíduo, tratando-se de direito indisponível. 
(B) não é válido, porque a disposição gratuita do próprio corpo só pode ter objetivo altruístico e não científico. 
(C) não é válido, pois a disposição gratuita do próprio corpo, embora seja possível para fins científicos, não pode ocorrer de forma parcial, mas apenas no todo. 
(D) é válido porque a disposição do próprio corpo após a morte é ato discricionário do indivíduo, para qualquer finalidade ou objetivo, gratuitamente ou não. 
(E) é válido, por ter objetivo científico, ser gratuito e por não ser defesa a disposição parcial do corpo após a morte.
d) PROTEÇÃO AO NOME (16-19):
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.
Convém lembrar que, em 01.03.2018, foi publicado o julgado do STF que apreciou a ADI 4275, firmando a seguinte tese: “A pessoa transgênero que comprove sua identidade de gênero dissonante daquela que lhe foi designada ao nascer por autoidentificação firmada em declaração escrita desta sua vontade dispõe do direito fundamental subjetivo à alteração do prenome e da classificação de gênero no registro civil pela via administrativa ou judicial, independentemente de procedimento cirúrgico e laudos de terceiros, por se tratar de tema relativo ao direito fundamental ao livre desenvolvimento da personalidade.”.
É POSSÍVEL A ALTERAÇÃO POR PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
28.	(FGV - DPE/RJ – Técnico Superior Jurídico – 2019) 61. Desde adolescente, Ricardo não se sentia confortável com o gênero masculino. Ao alcançar a maioridade, adotou o nome social Paula. Contudo, em razão de constrangimentos advindos da apresentação de sua identidade quando solicitada, decide alterar o gênero e seu nome no Registro Civil. Para tanto, Paula deverá:
(A) ajuizar demanda judicial para dedução do pleito, o que deve ocorrer após submissão à cirurgia de transgenitalização; 
(B) dirigir-se ao Registro Civil e solicitar, administrativamente, as alterações, independentemente de cirurgia de transgenitalização; 
(C) dirigir-se ao Registro Civil e solicitar, administrativamente, as alterações, após provar ter se submetido à cirurgia de transgenitalização;
(D) ajuizar demanda judicial para dedução do pleito, única instância competente para analisar ambos os pedidos;
(E) solicitar a alteração do nome no Registro Civil, após o necessário reconhecimento judicial da alteração de gênero.
GABARITO: "B" - STF - ADI 4275
22.	(DPE/MG – Defensor – FUNDEP – 2019) 47. A respeito do registro civil das pessoas naturais, assinale a alternativa incorreta. 
A) Os erros crassos podem ser retificados mediante requerimento do interessado diretamente ao cartório de registro civil das pessoas naturais, independentemente de prévia autorização judicial ou manifestação do Ministério Público. 
B) A pessoa transgênero poderá requerer, diretamente ao oficial do registro civil das pessoas naturais, independentemente de autorização judicial, a averbação do prenome, nome de família e do gênero, a fim de adequá-los à identidade autopercebida. 
C) A sentença de divórcio, antes de averbada, não produzirá efeitos contra terceiros. 
D) Os oficiais do registro civil não registrarão prenomes suscetíveis de expor ao ridículo os seus portadores.
“A pessoa transgênero que comprove sua identidade de gênero dissonante daquela que lhe foi designada ao nascer por autoidentificação firmada em declaração escrita desta sua vontade dispõe do direito fundamental subjetivo à alteração do prenome e da classificação de gênero no registro civil pela via administrativa ou judicial, independentemente de procedimento cirúrgico e laudos de terceiros, por se tratar de tema relativo ao direito fundamental ao livre desenvolvimento da personalidade.”.
e) PROTEÇÃO DA IMAGEM, PRIVACIDADE e INTIMIDADE:
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
(omitiram irmão aqui não cabe)
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.
DICA 06: Por fim, convém destacar que, mo julgamento da ADI n. 4815, discutido no plenário em 10.06.15 e publicado em 01.02.16, o STF considerou que os arts. 20 e 21 são constitucionais, mas sua interpretação conforme a CF impede a censura ou autorização prévia da pessoa biografada e coadjuvantes da história, harmonizando os princípios da proteção à intimidade, imagem e privacidade aos princípios da liberdade de expressão, de pensamento e de criação artística.
3. PESSOA JURÍDICA:
3.1. PERSONALIDADE JURÍDICA - INÍCIO DA EXISTÊNCIA - CONSTITUIÇÃO:
# CONCEITO: A Pessoa Jurídica é um conjunto de pessoas e/ou bens, com finalidade comum e personalidade jurídica própria, quando atendidos os requisitos legais para sua formalização (Teoria da Realidade Técnica).
# CONSTITUIÇÃO - INÍCIO DA EXISTÊNCIA (45): A constituição da Personalidade Jurídica da Pessoa Jurídica decorre de um ato formal (Teoria da Realidade Técnica), ou seja, do registro dos atos constitutivos (arts. 45 e 985, ambos do CC).
DICA 07: O Registro, para a Pessoa Jurídica, portanto, tem natureza CONSTITUTIVA, com efeitos ex nunc, ao contrário da situação da Pessoa Natural, cujo registro é ato de natureza DECLARATÓRIA, com efeitos ex tunc, pois já existe plena capacidade de direito desde o nascimento com vida.
Como a constituição da pessoa jurídica ocorre a partir do registro dos atos constitutivos (contrato social ou estatuto), no órgão público competente, a doutrina e a jurisprudência reconhecem grupos que não possuem personalidade jurídica: os Grupos Despersonalizados. Ex.:
a)	Herança jacente ou vacante (arts. 1.819 a 1.823, do CC);
b)	Massa falida (Lei n. 11.101/05);
c)	Sociedades de Fato (irregulares ou em comum – arts. 985-990, do CC);
d)	Condomínio (arts. 1.314-1.358, do CC);
e)	Órgãos Públicos (ex.: Súmula 525, do STJ).
# AUTONOMIA DA PERSONALIDADE JURÍDICA DA PESSOA JURÍDICA:
Art. 49-A. A pessoa jurídica não se confunde com os seus sócios, associados, instituidores ou administradores.
Parágrafo único. A autonomia patrimonial das pessoas jurídicas é um instrumento lícito de alocação e segregação de riscos, estabelecido pela lei com a finalidade de estimular empreendimentos, para a geração de empregos, tributo, renda e inovação em benefício de todos.
3.2. CAPACIDADE JURÍDICA - REPRESENTAÇÃO:
Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites de seus poderes definidos no ato constitutivo. (Teoria Ultra Vires Societatis)
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude.
Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer interessado, nomear-lhe-á administrador provisório.
¨DICA 07: PRAZOS DECADENCIAIS DE ANULAÇÃO: 03 ANOS
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direitoprivado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude.
3.3. DIREITOS DA PERSONALIDADE DA PESSOA JURÍDICA:
Resolvendo discussão doutrinária não pacificada o Código Civil estabeleceu que as Pessoas Jurídicas têm os Direitos da Personalidade que lhe são compatíveis (art. 52, do CC/02). Ex.: honra objetiva, propriedade industrial, imagem, nome, etc.
# DICA 08: Sobre o tema, destaque-se o conteúdo da Súmula n. 227, do STJ: A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.
3.4. FIM DA EXISTÊNCIA DA PESSOA JURÍDICA (51):
Exige um procedimento trifásico, que pode ser resumido no quadro abaixo:
1 - ENCERRAMENTO: Dissolução por ato dos sócios, da Administração ou do Poder Judiciário.
2 – LIQUIDAÇÃO: Pagamento dos débitos, cobrança dos créditos e divisão do restante entre os sócios.
3 – BAIXA: Cancelamento do Registro.
3.5. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA DA PESSOA JURÍDICA (ART. 50):
I - QUEM PODE PEDIR A DESCONSIDERAÇÃO? R - Parte interessada ou o MP;
II - O JUIZ PODE DESCONSIDERAR "DE OFÍCIO"? R - Não, ele só pode decidir se houver REQUERIMENTO da parte ou do MP;
III - QUAL O OBJETIVO DA DESCONSIDERAÇÃO? R - Cobrar dos sócios / administradores obrigações que são da pessoa jurídica; (Obs.: desconsideração não implica em extinção, mas apenas no afastamento temporário da personalidade para a cobrança sobre os sócios / administradores)
IV - A DESCONSIDERAÇÃO VAI ATINGIR QUEM? R - Vai atingir sócios / administradores direta ou indiretamente beneficiados pelo abuso de personalidade.(não é todos os sócios, so quem se beneficia, (LEI 13.874/19 - acrescentou esse benefício direto ou indireto)
V - É POSSÍVEL A DESCONSIDERAÇÃO INVERSA OU INVERTIDA? R - Sim, desde que preenchidos os requisitos para a desconsideração normal - art. 50, § 3º (Obs.: A inversa é no caminho oposto - dos sócios / administradores para a pessoa jurídica) 
§ 3º com redação da Lei n. 13.874/19
VI - QUAIS OS RESQUITOS PARA SE OBTER UMA DECISÃO DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA DA PJ? R - É preciso comprovar o ABUSO DE PERSONALIDADE, que ocorre, para o Direito Civil, em duas situações:
1 - DESVIO DE FINALIDADE: # Há DESVIO DE FINALIDADE: § 1º Para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização da pessoa jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática de atos ilícitos de qualquer natureza. # NÃO há DESVIO DE FINALIDADE: § 5º Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade original da atividade econômica específica da pessoa jurídica.
2 - CONFUSÃO PATRIMONIAL: # Há CONFUSÃO PATRIMONIAL: § 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os patrimônios, caracterizada por: I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou vice-versa; II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de valor proporcionalmente insignificante; e III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial.
# NÃO há CONFUSÃO PATRIMONIAL: § 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que trata o caput deste artigo não autoriza a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica.
DICA 09: Art. 50, do CC/02 x Art. 28, CDC
Consumidor basta não pagar, no direito civil tem que demonstrar a confusão e o desvioo 
O art. 28, do CDC, tem um regramento mais flexível e a regra é mais abrangente, pois o simples inadimplemento da Pessoa Jurídica perante o Consumidor já é motivo para a desconsideração. Se o CDC adotou a TEORIA DA MENOR DESCONSIDERAÇÃO, o CC/02, ao revés, aderiu à TEORIA DA MAIOR DESCONSIDERAÇÃO, com disciplinamento mais rígido, exigindo estrito cumprimento dos requisitos legais, como destacado na linha anterior.
# O caráter excepcional da desconsideração da personalidade jurídica no direito civil e empresarial é realçado na nova Lei n. 13.874/19, seja pelo novo art. 49-A, transcrito na abertura deste capítulo, seja pela redação atual do art. 50, que será destacada no próximo quadro.
# DICA 10: Nova regra especial para a EIRELI:
Em mais uma inovação da Lei n. 13.874/19, foi incluído ao art. 980-A, do CC/02, que disciplina a EIRELI, uma das Pessoas Jurídicas de Direito Privado (art. 44, VI, do CC/02), o § 7º, que reforça a regra da autonomia patrimonial e dificulta a desconsideração da personalidade jurídica: 
Art. 980-A. (...)
§ 7º Somente o patrimônio social da empresa responderá pelas dívidas da empresa individual de responsabilidade limitada, hipótese em que não se confundirá, em qualquer situação, com o patrimônio do titular que a constitui, ressalvados os casos de fraude.
(CESPE – MP/CE – Analista Direito - 2020) 73. A anulação da constituição de associação privada em virtude de defeito em seu ato constitutivo pode ocorrer a qualquer tempo.
falso
E - Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.
(CESPE – MP/CE – Analista Direito - 2020) 75. Verificado abuso de personalidade jurídica por confusão patrimonial ou desvio de finalidade, o juiz pode determinar a desconsideração da personalidade a requerimento da parte ou do Ministério Público
CORRETO
C - ART. 50
AGENTE PUBLICO NÃO RESPONDE POR DOLO PUBLICO MAS SIM POR DOLO OU ERRO GROSSEIRO 10 NOVOS ARTIGOS DA LINDB
3.6. CLASSIFICAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS:
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado.
A) PJ DE DIREITO PÚBLICO EXTERNO (42):
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.
B) PJ DE DIREITO PÚBLICO INTERNO (41-43):
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; (Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005)
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código.
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.
34.	(FCC – TJ/MA – Oficial Avaliador - 2019) 47. Quanto às pessoas jurídicas, é correto afirmar: 
(A) Obrigam a pessoa jurídica os atos de seus administradores, exercidos ou não nos limites dos poderes definidos no ato constitutivo. 
(B) Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com o início efetivo de suas atividades, ainda que pendente de registro seus atos constitutivos. 
(C) As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atosdos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. 
(D) Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões tomar-se-ão sempre pela maioria de votos dos presentes. 
(E) Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, o cancelamento de sua inscrição será imediata (faltou a liquidação para depois fazer o cancelamento)
A) F - ART. 47;
B) F - ART. 45;
C) V - ART. 43;
D) F - ART. 48, CAPUT
E) F - ART. 51
C) PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO (44):
C) PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO (44):
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) 
# PJ DIR. PRIVADO COM FINS LUCRATIVOS / ECONÔMICOS: II - SOCIEDADES: reunião de pessoas para circulação de bens e serviço, com finalidade econômica. VI - EIRELI: empresa individual de responsabilidade limitada constituída por um único sócio, com fins econômicos / lucrativos. * O QUE CARACTERIZA O FIM ECONÔMICO? => Quando os lucros obtidos com a atividade são distribuídos entre os sócios / instituidores
# PJ DIR. PRIVADO SEM FINS LUCRATIVOS / ECONÔMICOS: V - PARTIDOS POLÍTICOS: ART. 44 (...) § 3o Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica.
IV - ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS: ART. 44 (...) § 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento.
I - ASSOCIAÇÕES (53-61): Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos. Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.
=> Nas associações, o dinheiro arrecadado das contribuições dos associados ou mesmo de negócios, é revertido para as atividades sociais da própria entidade, e não distribuídos entre os associados.
A Associação Amigos de Ponta Verde, constituída por moradores do bairro, decide, em assembleia regular, explorar cantina em sua sede, com o propósito de melhorar seu caixa com o lucro da atividade. Essa deliberação é considerada: 
(A) válida, pois o lucro será destinado à associação; 
(B) nula, pois a associação não pode ter fins econômicos; 
(C) ineficaz quanto aos associados, uma vez que não receberão os lucros; 
(D) ilícita, já que não faz parte do objeto social; 
(E) legal, pois o lucro deverá ser partilhado entre os associados.
* ASSOCIAÇÃO - ARTS. 53-61
EXTINÇÃO: Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56, será destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes.
§ 1o Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, podem estes, antes da destinação do remanescente referida neste artigo, receber em restituição, atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da associação.
§ 2o Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em que a associação tiver sede, instituição nas condições indicadas neste artigo, o que remanescer do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União.
III – FUNDAÇÕES (62-69):
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de: (Redação dada pela Lei nº 13.151, de 2015) I – assistência social; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) III – educação; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) IV – saúde; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) V – segurança alimentar e nutricional; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) IX – atividades religiosas; e (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
OBS.: EXTINÇÃO:
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante.
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante.
OBS.: FISCALIZAÇÃO DO MP:
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas.
§ 1º Se funcionarem no Distrito Federal ou em Território, caberá o encargo ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. (Redação dada pela Lei nº 13.151, de 2015)
§ 2o Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada um deles, ao respectivo Ministério Público.
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação;
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta;
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado. (Redação dada pela Lei nº 13.151, de 2015).
_ QUESTÕES:
(CESPE – MP/CE – Analista Direito - 2020) 74. Caso o patrimônio reunido para a formação de uma fundação para preservação do meio ambiente não seja suficiente, os bens a ela destinados serão incorporados em outra fundação que tenha a mesma ou semelhante finalidade, se de outro modo não dispuser o instituidor.
A) F – ART. 53, P. ÚNICO
B) F – ART. 61
C) F – ART. 62, P. ÚNICO;
D) F – ART. 69
E) V
42.	(VUNESP - Prefeitura de Arujá/SP – Advogado – 2019) 17. A respeito da disciplina das pessoas jurídicas de direito privado, assinale a alternativa correta.
(a) as associações se constituem pela união de pessoas, que estabelecem direitos e obrigações recíprocas, sem finalidade lucrativa.
(B) dissolvida a associação, o patrimônio líquido remanescente será rateado entre os associados em quotas iguais, na forma de seu estatuto.
(C) as fundações se constituem pela união de pessoas (união de bens) para desenvolver atividades de assistência social, cultura, educação, saúde, pesquisa científica, defesa do meio ambiente, entre outras, desde que não haja finalidade lucrativa.( o rol é taxativo entre outros ficou aberto
 (d) dissolvida ou extinta a fundação, salvo disposição estatutária em sentido diverso, o patrimônio líquido remanescente será revertido em favor dos instituidores, na proporção da contribuição de cada um.
(e) as sociedades se constituem pela união de pessoas que se obrigam a contribuir com bens e serviços para o desempenho deatividade econômica com fim lucrativo.
A) F – ART. 53, P. ÚNICO
B) F – ART. 61
C) F – ART. 62, P. ÚNICO;
D) F – ART. 69
E) V
. DOMICÍLIO (70-78):
4.1. DOMICÍLIO DA PESSOA NATURAL:
a)	Morada: estadia provisória de uma pessoa: casa de parentes, pousada, albergue, etc.
b)	Residência: local onde a pessoa habita – elemento objetivo (fático) do conceito privado de domicílio jurídico. Ex.: casa própria, alugada, dos pais, enfim, o endereço da pessoa.
c)	Domicílio Residencial: domicílio jurídico voluntário da pessoa natural formado pela residência (elemento objetivo) com ânimo definitivo (elemento subjetivo).
a) Domicílio Voluntário: é a regra geral do domicílio, com o elemento objetivo (estabelecimento da pessoa, onde passa a maior parte do tempo) e o elemento subjetivo (ânimo definitivo, exercício da autonomia privada). Observações importantes:
# 
Pode ser classificado em:
a) Domicílio Voluntário: é a regra geral do domicílio, com o elemento objetivo (estabelecimento da pessoa, onde passa a maior parte do tempo) e o elemento subjetivo (ânimo definitivo, exercício da autonomia privada). Observações importantes:
* Domicílio Residencial (art. 70):	Local onde a pessoa habita com ânimo definitivo, mesmo que não seja proprietária do imóvel. Ex.: casa própria, apartamento alugado, casa dos pais, pensão de longa duração, casa de praia...
* Domicílio Profissional (art. 72):	É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida.
* Pluralidade de Domicílios (art. 71 + art. 72):	É possível ter mais de uma residência ou mais de um emprego, simultaneamente, e todos são considerados domicílio. Ex.: A pessoa que tem apartamento e casa de praia. 
* Domicílio Ocasional, Eventual ou Aparente (art. 73):	Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada. Ex.: circense, nômade, morador de rua... Portanto, toda pessoa tem domicílio.
b) Domicílio Legal, Necessário ou Obrigatório: é a situação excepcional em que a lei determina o domicílio da pessoa humana, embora não exclua do domicílio voluntário. Eis as hipóteses:
* Domicílio do incapaz:	É o do seu representante ou assistente. Ex.: Domicílio dos pais, tutores ou curadores.
* Domicílio do servidor público:	O lugar em que exercer permanentemente suas funções. Ex.: a lotação do servidor público.
* Domicílio do militar	Onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado. Ex.: Militar da marinha que estiver em serviço no Município de Corumbá, terá domicílio em Salvador, se estiver vinculado à Base Naval de Aratu.
* Domicílio do servidor público:	O lugar em que exercer permanentemente suas funções. Ex.: a lotação do servidor público.
Domicílio do marítimo	Onde o navio estiver matriculado. Ex.: Funcionário da TRANSPETRO, que trabalha em navio matriculado em Campos/RJ. Esta cidade será o seu domicílio necessário.
* Domicílio do preso	É o lugar em que cumprir a sentença. Obs. Prisões não definitivas e de natureza cautelar não implicam em domicílio legal ou necessário. 
* Domicílio do agente diplomático, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade:	Poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve. Obs.: As embaixadas são consideradas territórios neutros, por isso é possível ao agente diplomático alegar extraterritorialidade.
c) Domicílio de Eleição, Contratual ou Convencional: Com reflexos processuais (art. 63, do CPC/15), esta espécie de Domicílio decorre da CLÁUSULA DE FORO dos negócios jurídicos, conforme art. 78, do CC/02: Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes.
4.2. Domicílio Civil da Pessoa Jurídica:
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
I - da União, o Distrito Federal;
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.
§ 1o Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados. ( o que define é onde o ato foi praticado)
 § 2o Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder.
Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada. Domicilio aparente/ ocasional!
0. (FCC – TRF4 – Analista Judiciário - 2019) 31. Acerca do domicílio, considere: 
I. A União tem domicílio múltiplo, no Distrito Federal e na Capital de todos os Estados da Federação onde houver procuradoria em funcionamento. 
II. Mesmo tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, apenas o lugar da sua sede é considerado seu domicílio. 
III. O servidor público tem domicílio necessário. 
IV. Se a pessoa natural exercitar profissão em lugares diversos, terá domicílio apenas no lugar onde se concentrar sua principal atividade. 
V. A pessoa natural que não tenha residência habitual considera-se domiciliada no lugar onde for encontrada. 
Está correto o que consta APENAS de 
(A) I e II. 
(B) I e III. 
(C) II e IV. 
(D) III e V. 
(E) IV e V.
52.	(PC/ES – Delegado – Instituto Acesso – 2019) 91. João, maior, natural de Vila Velha, casado com Marina sob o regime de comunhão total de bens, exerce a profissão de gerente em empresa comercial. No exercício de sua profissão, João atua nas cidades de Cariacica, Fundão e Guarapari. Peçanha, subordinado de João, pretende ajuizar ação de indenização civil em face deste, sob a alegação de ter sofrido dano moral ocorrido no âmbito de suas atividades na empresa comercial. Nesta circunstância específica de interesse de Peçanha, para efeito de determinação do Domicílio de João, de acordo com o Código Civil, é correto afirmar que:
a) Em razão da atividade concernente à profissão, Cariacica, Fundão e Guarapari podem ser considerados domicílio de João.
b) Aplica-se o critério do lugar em que João tem ânimo definitivo de ficar, que seria, em tese, a casa em que mora com sua esposa Marina.
c) Aplica-se a regra de fixação do domicílio de João a qualquer um dos locais em que ele tenha residência.
d) Considera-se o domicílio civil de João apenas a sede da empresa comercial em que atua como gerente.
e) Por conta de seu casamento sob o regime de comunhão universal, aplica-se a regra da residência conjugal
Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida.
Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem.
5. BENS
5.1. BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS (79-93):
A) Imóveis x Móveis (arts. 79-84):
# IMÓVEIS:
a)	Por sua natureza: o solo (art. 79, 1ª parte). Ex.: fazenda, lote urbano;
b)	Por acessão natural: tudo o que adere ao solo naturalmente e que não pode ser removido sem dano (art. 79, 2ª parte). Ex.: plantações;
c)	Por acessão artificial: tudo o que adere ao solo artificialmente e que não pode ser removido sem dano (art. 79, 2ª parte). Ex.: construções, edifícios, pontes;
d)	Por determinação legal: (arts. 80-81):
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram (hipoteca, servidões);
II - o direito à sucessão aberta.
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local (casa pré-fabricada retirada de um terreno e transportada para outro local);
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio,para nele se reempregarem. (telha retirada para conserto das madeiras do telhado, e reempregada novamente na mesma estrutura após reforma)
Obs>: MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO:
1 - NA CERÂMICA OU NA LOJA: MÓVEL (82 + 84):
2 - TELHA É EMPREGADA NO PRÉDIO (TELHADO) - IMÓVEL - 79;
3 - TELHA REMOVIDA DO TELHADO, PROVISIORIAMENTE, PARA REFORMA DA ESTRUTURA - SERÁ RECOLOCADA NO MESMO TETO - ART. 81 - CONTINUA IMÓVEL
4 - TELHA REMOVIDA DEFINITIVAMENTE PARA TROCA DO TETO - DEMOLIÇÃO - VOLTA A SER MÓVEL - ART. 84;
OBS fruto pendente de colheita é bem imóvel!!
Obs o fruto pode ser negociado antes de colhido ! 
MÓVEL - ART. 84;
# Móveis:
a)	Por sua natureza: suscetíveis de remoção sem dano (art. 82, 2ª parte). Ex.: carro, cadeira;
b)	Semoventes: têm movimento próprio (art. 82, 1ª parte). Ex.: animais;
c) Por determinação legal: de acordo com os arts. 83-84:
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I - as energias que tenham valor econômico;
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio
OBSERVAÇÃO! Navios e aeronaves são bens móveis (claro!), mas classificados como especiais ou sui generis, em razão do tratamento legal que recebem. Isso porque a lei permite que tais bens, pelo seu vulto econômico, sejam objeto de hipoteca: Art. 1.473. Podem ser objeto de hipoteca: (...) VI - os navios; VII - as aeronaves
B) Fungíveis x Infungíveis (art. 85):
# FUNGÍVEIS
Móveis + Substituíveis por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.
Ex.: produtos industrializados de massa: livros, aparelhos eletrônicos, móveis, dinheiro, etc... 
# INFUNGÍVEIS
•	Imóveis OU 
•	Móveis + Insubstituíveis por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.
Ex.: terrenos, edificações, móveis de valor histórico, fósseis, obras de arte, etc...
C) Consumíveis x Inconsumíveis (art. 86):
# CONSUMÍVEIS (dois critérios)
•	De Fato: móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância. Ex.: alimentos, bebidas, cigarro, etc. E
•	De Direito: móveis destinados à alienação. Ex.: produtos à venda, dinheiro, etc.
Bem consumível por equiparação: o CC dispõe que bens destinados à alienação, ainda que não sejam naturalmente consumíveis, assim serão considerados.
# INCONSUMÍVEIS
•	Imóveis OU 
•	Móveis que não se classifiquem em nenhum dos critérios anteriores (não sejam de destruição imediata e não estejam à venda). Ex.: pneu do carro particular, caneta pessoal, roupas, etc.. 
D) Divisíveis x Indivisíveis (arts. 87-88):
# DIVISÍVEIS
•	Podem ser fracionados sem que ocorra:
a)	Alteração da substância;
b)	Diminuição considerável do valor;
c)	Prejuízo do uso a que se destinam.
Ex.: dinheiro, carnes, terrenos, grãos, líquidos, óleos, etc...
# INDIVISÍVEIS
•	Não podem ser fracionados por:
a)	Sua natureza;
b)	Vontade das partes (art. 88);
c)	Força da lei (art. 88).
Ex.: cédula de dinheiro, animal vivo, terreno negociado com cláusula de indivisibilidade, etc...
E) Singulares x Universalidades (arts. 89-91):
- SINGULARES: Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais.
Ex.: Bens vendidos no varejo, como em um supermercado.
- UNIVERSALIDADES:
•	Universalidades de Fato: Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. Ex.: Bens vendidos no atacado; estabelecimento comercial (art. 1043, do CC); biblioteca; coleções; rebanho de gado; sempre que tratados como um todo unitário em negócio jurídico.
Universalidades de Direito: Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico. Ex.: herança, massa falida.
(FGV - TJ/RS – Oficial de Justiça – 2020) 37. O direito civil identifica e classifica os diferentes tipos de bens, com o objetivo de facilitar a aplicação do direito ao caso concreto. De acordo com o Código Civil brasileiro, é correto afirmar que os bens: 
(A) fungíveis e móveis podem ser substituídos por outros de mesma espécie e quantidade; 
(B) singulares incluem os que se consideram de per si independentemente dos demais, embora reunidos; 
(C) imóveis incluem tudo que for incorporado ao solo, desde que seja de forma natural, inclusive o próprio solo; 
(D) móveis são suscetíveis de movimento próprio sem alteração da substância ou destinação econômica e social, exceto os bens de remoção por força alheia; 
(E) divisíveis podem ser fracionados sem alterar sua substância, mesmo com diminuição considerável de valor, desde que sem prejuízo do uso a que se destina.
5.2. BENS CONSIDERADOS RECIPROCAMENTE (92-97):
A) Principais x Acessórios:
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal.
B) ESPÉCIES DE ACESSÓRIOS:
# Pertenças: Arts. 93-94:
a) CONCEITO: São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro;
b) EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DA GRAVITAÇÃO JURÍDICA: Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. Enfim, a pertença é um acessório que, em regra, não segue o principal.
Ex.: Carteiras da sala de aula, os móveis da casa, os tratores em uma fazenda, o quadro pendurado na parede..
# Benfeitorias: Arts. 96-97
a) CONCEITO: São benfeitorias os melhoramentos que não são realizados no bem principal pela força da natureza, mas sim da ação do proprietário, possuidor ou detentor (art. 97), e que se tornam parte integrante do bem principal;
b) ESPÉCIES: Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
§ 1o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
§ 2o São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.
§ 3o São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.
# Frutos: Art. 95:
a) CONCEITO: São utilidades retiradas do principal sem dano ou diminuição;
b) REGRA GERAL: Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.
c) CLASSIFICAÇÕES:
1	Quanto à natureza:
•	Naturais: decorrem de um processo orgânico do principal (frutas, ovos, etc.);
•	Industriais: decorrem da atividade industrial humana (bens manufaturados);
•	Civis: rendimentos periódicos da coisa principal (juros, aluguel);
2	Quanto à posição em relação ao bem principal:
•	Colhidos: frutos naturais já destacados da coisa principal, mas ainda existentes;
•	Percebidos: frutos industriais/civis já destacados da coisa principal, mas ainda existentes;
•	Pendentes: aqueles que ainda não foram destacados da coisa principal;
•	Percipiendos: aqueles que ainda não foram destacados da coisa principal, mas já deveriam ter sido;
•	Estantes: frutos já destacados, e que se encontram estocados e armazenados para venda;
•	Consumidos: frutos já destacados e que não mais existem, pois foram devidamente utilizados ou comercializados;
•	Perdidos: frutos destacados que não foram aproveitados. (ex juros prescritos)
# Produtos: Art. 95:
a) CONCEITO: São utilidades retiradas do principal com dano ou diminuição (Ex.: Minérios, marfim, etc.); 
b) REGRA GERAL: Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.
5.3. Bens Públicos:
Conceito:	Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem (critério da titularidade). Obs.: Também é aceito pela doutrina o critério da afetação, ou seja, também são considerados públicos os bens particularesafetados a um serviço público, enquanto durar.
# Espécies:	Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
Alienação:	Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
Bem de uso comum do povo é absoluto, o de uso especial s desafeto é ilaniedado 
# Usucapião:	Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Usucapião:	Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
* Súmula n. 340: “Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião”.
# Uso pelo Particular:	Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
 
Usucapião terra devoluta : parte que é usucapida é a privadada, stf protege por exemplo ladrão de ladrão, proteção possessória (dono de bar de um praça, contra invasor 
Terras indígenas é bem publico de uso especial?! Sim
As terras indígenas são bens de uso especial; embora não se enquadrem no conceito do artigo 99, II, do Código Civil, a sua afetação e a sua inalienabilidade e indisponibilidade, bem como a imprescritibilidade dos direitos a ela relativos, conforme previsto no §4º do artigo 231 da Constituição.

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