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HEMODINÂMICA • Parâmetros hemodinâmicos ▪ Débito cardíaco – volume de sangue ejetado pelo coração a cada minuto ▪ Pressão de perfusão – pressão que o fluxo chega no momento da troca entre capilares, espaço intersticial e células (perfusão) – metabolismo celular ▪ Resistência vascular periférica (arteríolas) – resistência exercida pelas arteríolas (antes dos capilares) se a pressão de perfusão estiver muito alta / faz o controle da pressão de perfusão *** Arteríolas são as primeiras a sofrer em um caso de hipertensão, pois elas que vão resistir a essa pressão. • Microcirculação (arteríolas, capilares, vênulas) – Importante para todas as formas de hiperemia, edema, inflamação, sendo alvo de choque séptico. • Vasos linfáticos – reabsorvem o líquido intersticial que sobrou das trocas para a circulação do sistema venoso através do ducto torácico ▪ o fluxo dos linfáticos é paralelo ao fluxo sanguíneo ▪ o líquido intersticial é drenado para a circulação através da extremidade venosa dos capilares e pelos vasos linfáticos ▪ o mesmo volume de sangue que sai do coração deve voltar para ele (homeostase) • Aterosclerose atinge o subendotélio da camada íntima das artérias • Vasa vasorum – nutrem a parede mais externa da camada média dos vasos (camada adventícia) / fazem conexões entre os vasos sanguíneos DISTÚRBIOS HEMODINÂMICOS • Os distúrbios hemodinâmicos são caracterizados por uma perfusão tecidual alterada que acarreta lesão em órgãos e células. ▪ Hiperemia – “muito sangue” ▪ Hemorragia – “extravasamento de sangue por uma ruptura” ▪ Trombose – trombócito (plaquetas) ▪ Embolia – ▪ Infarto e Isquemia – consequências de alterações hemodinâmicas ▪ Edema – ▪ Choque – desequilíbrio • HIPEREMIA – quantidade excessiva de sangue em um órgão ou tecido (é reversível) ▪ Necessária na reação inflamatória ▪ Hiperemia ativa (arterial) - Fisiológica – tecido ou órgão trabalhando. Ex. musculatura esquelética em exercícios / digestão / emoções Patológica - reação inflamatória aguda (ocorre em nível de microcirculação – arteríolas, capilares e vênulas) Mecanismos 1. Neurogênico – se deve à paralisia dos nervos vasoconstritores ou à excitação dos nervos vasodilatadores 2. Miogênico – excitação da musculatura arterial ou arteriolar 3. Liberação de mediadores químicos Características ➢ Clinicamente – vermelhidão (rubor), aumento do calor no local ➢ Microscopicamente – vasos (arteríolas) dilatados e cheios de sangue, edema *** Mastócito – inflamação libera histamina e heparina (vasodilatação) ▪ Hiperemia passiva (venosa ou congestão) – acúmulo de sangue venoso em determinado órgão pela diminuição da velocidade do sangue Local – lentificação do fluxo sanguíneo em determinado setor do organismo, ocorre devido à trombose, embolia, pressão externa Geral – diminuição do retorno venoso / alterações no lado direito do coração alteram em todo o retorno venoso / processo envolve todo o organismo, devido à insuficiência ventricular direita, alterações vasculares etc. Características ➢ Clinicamente – coloração arroxeada nas partes afetadas devido ao represamento do sangue venoso (cianose) ➢ Microscopicamente – vasos (vênulas e veias de calibre maior, capilares) dilatados cheios de sangue (edema, degenerações, necrose) • HEMORRAGIA – sangramento / saída de sangue do meio intravascular para o meio extravascular / geralmente ocorre por lesão ou ruptura da parede vascular ▪ Etiopatogenia ➢ Lesão da parede vascular ou cardíaca 1. Ruptura por trauma direto – acidentes (politraumatizados), excisões cirúrgicas, zonas de fraturas em extremidades ósseas 2. Ruptura por erosão (descontinuidade de um epitélio) – lesões tuberculosas, úlceras do tubo digestivo, neoplasias malignas ➢ Afecções intrínsecas da parede dos vasos (angiopatias) Malformativas - aneurismas Inflamatórias (arterites) – lúpus eritematoso sistêmico Degenerativas - arterioesclerose – angiopatia mais comum ▪ Internas – contidas dentro de um tecido 1. Petéquias, sufusões e equimoses; hematomas; apoplexia (quando o sangue extravasado preenche um órgão – ex. hipófise e útero) Pequenas – o sangue é reabsorvido, fagocitado e degradado (petéquias, sufusões e equimoses) Grandes – parte do sangue é reabsorvido pelos linfáticos e parte sofre coagulação (corpo estranho) – reação inflamatória (hemorragias e apoplexia) 2. Hemotórax, hemoperitônio, hemartrose, hematocele, hematossalpinge ▪ Extravascular – sangue extravasado para fora do organismo (líquido e secreções orgânicas) Gengivorragia, estomatorragias, gastrorragias, hematêmese, melena, otorragia, epistaxe ▪ Aspectos morfológicos Petéquias (capilares) – hematoma pequeno de 1 a 2mm / aumento local da pressão intravascular, baixas contagens de plaquetas (trombocitopenias), função plaquetária deficiente ou déficit de fatores de coagulação Púrpuras – maior ou igual a 3mm / traumas, vasculites, aumento da fragilidade vascular Equimoses – hematomas subcutâneos de 1 a 2 cm / ocorrem após traumatismos - Eritrócitos – degradados – fagocitados por macrófagos - Hemoglobina (azul-avermelhada) é convertida em bilirrubina (verde azulada) e depois em hemossiderina (castanho-dourada) ▪ Doenças hemorrágicas – púrpuras, vasculopatias, coagulopatias 1. Púrpuras – plaquetárias ➢ Trombocitopênicas (diminuição do número de plaquetas) Aumento da destruição plaquetária Diminuição da produção (hematopoese deficiente) Aumento da sequestração esplênica (baço) Primárias (essenciais) – genética / doença de Werlhof (PTI – Púrpura Trombocitopênica Idiopática) Secundárias (sintomáticas) – causadas por infecções, septicemias, venosos, antinflamatórios, sulfas, quimioterápicos, radiações, leucemias, linfomas ➢ Não Trombocitopênicas – alteração funcional das plaquetas (não coagulação do sangue) Trombopatias – alteração na forma e função Tromboastenias – alteração funcional – baixa adesão e coesão Trombocitemias – aumento do número de plaquetas Hereditária – hemofilia / Henoch-Schonlein (vasculite – pele, rins, intestinos) Adquirida: senilidade, nefropatias, drogas (cefalosporinas, antidepressivos, ASS, AINE) 2. Vasculopatias por aumento da permeabilidade vascular por diminuição da resistência vascular Anomalias congênitas vasculares – Telangectasia Hemorrágica Hereditária Anomalias do tecido conjuntivo – Síndrome de Ehlers-Danlos e Osteogênese imperfeita Escorbuto, dermatoses, alergias, infecções, disproteinemias 3. Coagulopatias ➢ Hereditárias – deficiência de um dos fatores de coagulação - ex. fator I, II, V, VII, VIII (hemofilia), IX, X, XI, XII, XIII ➢ Adquiridas – ocorre em certas hepatopatias, deficiência de vitamina K, uso de anticoagulantes orais • EDEMA – acúmulo de líquido fora do sistema (no espaço extracelular – interstício, compartimentos e espaço transcelular) ▪ Aumento da PH do lado arterial (ex. hipertensão) ou diminuição da PO do lado venoso ▪ Pressão Hidrostática – pressão que um líquido exerce sobre um sistema fechado quando em movimento (fluxo sanguíneo) tende a fazer pressão para fora do lado arterial a maior pressão é a hidrostática pressão de 15 ml/min de líquido para fora - esse líquido vai sair do sistema a nível de microcirculação (arteríolas, capilares e vênulas) ▪ Pressão Osmótica ou Oncótica ou Coloidosmótica – pressão exercida por grandes proteínas plasmáticas (ex. albumina) Tende a fazer pressão para dentro Pressão de 12 a 13 ml/min de líquido para dentro Do lado venoso a maior pressão é a coloidosmótica Vasos linfáticos – trazem para dentro do sistema 2 a 3 ml/min de líquido ▪ Edema inflamatório – em resposta a uma inflamação na qual ocorre o aumento da permeabilidade endotelial (rico em proteínas plasmáticas como albumina, e leucócitos – EXSUDATO) A inflamação é a única condição na qual os vasos sanguíneos permitem a saída de substâncias ▪ Edema não inflamatório – em função de um desequilíbrio nas PH e PO ocorrendo acúmulo de líquido pobre em proteínas – TRANSUDATO ▪ Edema intracelular – degeneração hidrópica (tumefação celular) ▪ Aspecto clínico do edema – órgão aumentado de volume, a superfície deprime-se sob pressão digital (cacifo) Anasarca – edema intenso e generalizado Ascite ou hidroperitônio – edema na cavidade peritoneal (abdominal) Hidrotórax – na cavidade pleural Hidropericárdio – no saco pericárdio Hidrocefalia – edema cerebral Hidroartrose – nas articulações ▪ Características Fisiológicas ❖ Aumento da pressão hidrostática ➢ Distúrbio no retorno venoso Insuficiência cardíaca congestiva (coração direito) Pericardite constritiva Cirrose hepática (ascite) Obstrução ou estreitamento das veias Ex. trombose, compressão externa, inatividade das extremidades inferiores com longos períodos em pé ❖ Dilatação arteriolar - Calor Excesso ou déficit neuro-humoral – inflamações, alergias (histamina) ❖ Redução da pressão oncótica Glomerulopatias perdedoras de proteínas – síndrome nefrótica Cirrose hepática (ascite) Desnutrição – Kwashiorkor (edema da fome) Gastroenteropatia perdedora de proteína ❖ Retenção de sódio Ingestão excessiva de sódio com redução da função renal Maior reabsorção tubular de sódio - Redução da perfusão renal - Maior excreção renina-angiotensina-aldosterona > insuficiência cardíaca congestiva, cirrose, nefropatias ❖ Obstrução linfática Inflamatória (obs. Nas inflamações o edema se deve principalmente ao aumento da permeabilidade vascular) Neoplásica, pós cirúrgica, pós irradiação, parasitária (filariose) • TROMBOSE – oposto patológico da hemostasia / ativação excessiva dos processos hemostáticos normais / formação de coágulos (trombo) mas não consegue manter o sangue fluido no sistema ▪ Hemostasia – parada de um sangramento / manter o sangue em estado fluido sem coágulos / induzir tampão hemostático (coágulo) rápido em locais de lesão vascular ▪ A hemostasia e a trombose dependem de 3 componentes: Parede vascular (endotélio) Plaquetas – origem na medula óssea (megacariócito) Cascata de coagulação ▪ Plaquetas Traz fragmentos do megacariócito em seu citoplasma – filamentos de actina e miosina (contratilidade) / grânulos (coagulação) Grânulos densos – contem serotonina e histamina (permeabilidade dos vasos), cálcio e ADP Grânulos alfa – fibrinogênio (coagulação), PDGF (fatores de crescimento derivados da plaqueta – estimuladores para angiogênese), Grânulos lambda – lisossomos (substâncias que vão neutralizar hidrolases ácidas) ▪ Trombopoetina – estímulo para que a MO produza plaquetas Produzida no fígado e no rim TNF alfa liberada pelo macrófago estimula o fibroblasto a produzir IL-6 que estimula o fígado a produzirem trombopoetina TNF alfa > fibroblasto > IL-6 > fígado e rim > trombopoetina > MO > megacariócitos > plaquetas ▪ Endotélio - produz substâncias PRÓ TROMBÓTICAS (fator de von Willebrand, fator tecidual e inibidor do ativador de plasminogênio) Propriedades antitrombóticas ➢ Antiplaquetárias – o endotélio intacto não permite adesão plaquetária ➢ Anticoagulante – moléculas semelhantes à heparina aderidas a membrana (não permite a adesão plaquetária ao endotélio) ➢ Fibrinolíticas – células endoteliais sintetizam TPA (ativador do plasminogênio), promovendo a atividade fibrinolítica para remover os depósitos de fibrina nas superfícies endoteliais Propriedades pró trombóticas ➢ Lesão endotelial > adesão plaquetária > fator de von Willebrand > facilita a ligação das plaquetas ao colágeno ➢ Sintetizam o fator tecidual – ativa a cascata extrínseca da coagulação ➢ Secreta inibidores do ativador de plasminogênio (PAI) – Parada da fibrinólise ▪ Na hemostasia, quando há lesão, ocorre espasmo vascular (vasoconstrição), a seguir ocorre formação do tampão plaquetário. Dependendo do grau de lesão, o tampão não é suficiente para estancar o sangramento, logo o endotélio e as plaquetas liberam, em cascata, as proteínas da coagulação, que sob ação da vitamina K e do cálcio (que são cofatores) produzem a fibrina. ▪ COAGULAÇÃO NORMAL: Lesão do endotélio > libera substancias pró coagulantes > plaquetas passam por uma superfície que não é o endotélio integro > fator de von Willebrand liberado pelo endotélio lesado > adesão plaquetária / ligação da plaqueta com o colágeno do subendotélio > plaqueta contrai e muda de forma > ruptura da membrana das plaquetas (libera os grânulos) > degradação de fosfolipídios de membrana > rota metabólica do ácido araquidônico > liberação de tromboxano A2 e ADP > tromboxano A2 chama mais plaquetas (quimiotaxia) > tampão hemostático A ativação da cascata de coagulação resulta na quebra do fibrinogênio em fibrina, que se deposita sobre o tampão plaquetário, dando resistência ao agregado de plaquetas. O local do endotélio que está integro libera substâncias fibrinolíticas (quebra da fibrina) – equilíbrio entre a formação do tampão com fibrina e a quebra da fibrina, para que não ocorra a formação excessiva de fibrina e o fluxo sanguíneo seja interrompido ➢ Mecanismo extrínseco – lesão importante do vaso e contato do sangue com o tecido ▪ Trombose – trombo é um agregado de sangue coagulado contendo plaquetas, fibrina e elementos celulares encarcerados dentro da luz de um vaso ▪ Etiopatogenia da trombose (Tríade de Virchow) – micro lesões da parede do vaso sem que haja hemorragia desencadeia o processo de coagulação. Aterosclerose – o endotélio que oxida a LDL, permite a sua entrada através dele, acumulando no subendotélio Alterações no ritmo, força e direção do fluxo sanguíneo – a diminuição do fluxo leva a ESTASE, ocorrendo aumento da deposição de fibrina (ex. varizes, idosos e imobilizados) Alterações na composição do sangue – primários (mutações no fator V) e secundários (repouso prolongado, infarto, cirurgias, câncer) e diabetes (sangue hiper denso) ▪ Trombose arterial Patogenia – aterosclerose (vasos mais acometidos: aa coronárias, cerebrais, mesentéricas, renais e das extremidades inferiores) Patologia – a princípio o trombo arterial é mole, friável e vermelho escuro, com linhas de Zahn (finas faixas alternadas de plaquetas e fibrina amareladas) ▪ Trombose venosa Patogenia – mesmos fatores da trombose arterial (tríade de Virchow) Condições que favorecem – estase (insuficiência cardíaca e venosa crônica, pós operatório, repouso prolongado), lesão (trauma, parto), hipercoagulabilidade (anticoncepcionais, gravidez tarda, câncer), idade avançada ▪ Evolução dos trombos Deslocamento (destacamento) – total ou parcial (embolia trombótica) Amolecimento – em virtude da ação de enzimas proteolíticas ou da ação de infecções (êmbolos sépticos) Dissolução (lise) – comum em pequenos trombos. São dissolvidos e removidos pelo sistema fibrinolítico Organização (recanalização) – trombo crônico / invasão do trombo por células endoteliais e fibroblastos. O trombo se transforma em tecido conjuntivo vascularizado para permitir a passagem do sangue Calcificação distrófica – arteriólitos (artérias), flebólitos (veias) ▪ Consequências – isquemia (artérias), infarto, embolização, edema, congestão ou hiperemia passiva ▪ Dependem do grau de oclusão do vaso, existência de circulação colateral no órgão e tipo de órgão afetado • EMBOLIA – transporte de substâncias insolúveis pela corrente circulatória, até que essa substância seja retida por um vaso de menor calibre / sempre haverá obstrução total ▪ Tipos 1. Sólidos ➢ Êmbolos trombóticos (trombo-embolia) – arterial (coração esquerdoe aorta) e venosa (coração direito e veias dos membros inferiores) ➢ Material ateromatoso ➢ Microrganismos (sépticos) ➢ Neoplásicos 2. Líquidos ➢ Embolias gordurosas (lipoaspiração) ➢ Por líquido amniótico (na mãe – dos seios venosos uterinos até os pulmões) 3. Gasosos O nitrogênio se desprende dos tecidos sob a forma de bolhas gasosas, após rápida descompressão (mergulhadores, cateterização, traumas no tórax, aborto criminoso) ▪ Consequências – edema, trombose, infarto • ISQUEMIA – interrupção ou diminuição do fluxo sanguíneo para um tecido / a causa é algo que diminua a luz de artérias, arteríolas ou capilares que irrigam um órgão, com pouca circulação colateral (aterosclerose e trombo ▪ Isquemia espástica – via reflexa (dor, frio), estímulo direto dos nervos vasoconstritores, estímulo dos centros corticais ▪ Consequências – palidez, diminuição da temperatura, diminuição do volume, insuficiência funcional (degenerações, atrofias), infarto • INFARTO – morte celular por falta de irrigação sanguínea / necrose isquêmica (necrose de coagulação) ▪ Brancos (anêmicos) – órgãos e tecidos cuja circulação é do tipo terminal (coração, rins, cérebro e baço por oclusão arterial) Macro – 1 a 2 dias depois da hiperemia inicial, a zona de infarto fica mole, demarcada e amarelo clara Micro – infarto pálido apresenta necrose de coagulação uniforme / eosinofilia e perda das estruturas nucleares, mas o tipo de tecido ainda consegue ser identificado ▪ Vermelhos (hemorrágicos) – podem ser de origem arterial ou venosa / arterial: órgãos de circulação dupla ou com ampla rede anastomótica (pulmão e mesentéricas) Macro – demarcados, firmes e de coloração vermelho-escuro Micro – necrose de coagulação, eosinofilia, perda da morfologia nuclear, mas mantem a estrutura do tecido ▪ Evolução – inflamação inicialmente aguda (envio de macrófago para fagocitar o tecido morto), por fim, há o envio de fibroblastos formando um tecido de granulação que depois é substituído por cicatriz (fibrose) ▪ Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) Sinais e sintomas – assintomáticos, dor aguda subesternal intensa que se irradia para o braço esquerdo ou mandíbula, pele pálida, fria e úmida, dispneia (respiração rápida e superficial), pressão baixa, ansiedade, vertigens, náuseas, vômitos Complicações – morte súbita, choque (arritmias agudas), insuficiência cardíaca, aneurisma ventricular perfuração septal, ruptura do músculo papilar, embolia pulmonar. Fatores predisponentes – nível de lipídios, hipertensão, sedentarismo, stress, fumo, obesidade, homens entre 45 e 50 anos. • CHOQUE HEMODINÂMICO – colapso hemodinâmico ou vascular / estado de insuficiência circulatória de baixa perfusão, no qual há uma redução do débito cardíaco e desproporção entre o volume sanguíneo circulante e o volume do sistema circulatório que necessita ser preenchido. ▪ Causas – hemorragia, queimaduras graves, IAM, embolia pulmonar maciça, infecção bacteriana não controlada, desidratação, traumas graves. ▪ A desproporção é secundária à perda de volume de sangue (choque hipovolêmico), ao débito cardíaco reduzido ou ao controle vasomotor periférico ▪ Ocorre primeiramente a uma lesão HIPÓXICA reversível das células, que prolongando-se torna-se irreversível e pode levar à morte / a hipóxia induz um desvio do metabolismo aeróbico para anaeróbico, produzindo lactato, e as vezes acidose lática ▪ Hipóxia reversível > irreversível > anóxia > metabolismo anaeróbio > lactato > acidose lática INFLAMAÇÃO ▪ Cardiogênico – insuficiência da bomba cardíaca devido à lesão miocárdica intrínseca, compressão extrínseca ou obstrução do fluxo de saída Causas – IAM, ruptura ventricular, arritmia, tamponamento cardíaco, embolia pulmonar ▪ Hipovolêmico – volume sanguíneo ou plasmático deficiente Causas – perda hídrica externa (hemorragia, vômitos, diarreia), perda hídrica interna (queimaduras, traumas, anafilaxia, endotoxinas – aumento da permeabilidade da microcirculação) ➢ Choque séptico – propagação e expansão de uma infecção localizada incialmente na corrente sanguínea (abscesso, peritonite, pneumonia) Vasodilatação periférica e acúmulo de sangue > ativação / lesão do endotélio > lesão induzida por leucócitos > coagulação intravascular disseminada > ativação da cascata das citocinas Causas – bactérias gram negativas produtoras de endotoxinas, septicemia, SARS-COV-2 Bactérias gram negativas > lise bacteriana da resposta inflamatória > resíduos de lipopolissacarídeos da parede celular > se grudam a proteína > complexo lipopolissacarídeos + proteína ligante > macrófago possui receptor para esse complexo > fagocitose > libera citocinas mediante o reconhecimento > TNF alfa > endotélio possui receptores para o TNF alfa > TNF alfa lesa o endotélio > endotélio libera IL-1 mediante a conexão com TNF alfa > IL-1 lesa o endotélio > endotélio lesado aumenta a permeabilidade > rolagem e diapedese de leucócitos > mais lesão (tríade de Virchow > possibilidade de coagulação sanguínea) ➢ Choque Anafilático – contato com uma substância externa que gera resposta de hipersensibilidade generalizada mediada por IgE / essa produção exagerada de IgE é genética IgE se liga ao mastócito (sensibilização) > segundo contato > mastócito já ativado > resposta imediata > libera grânulos de histamina e heparina > vasodilatação > aumento da permeabilidade > perda de líquido intravascular para os tecidos > diminuição do volume > choque hipovolêmico ➢ Neurogênico – acidente anestésico ou traumatismo raquimedular, devido a perda de tônus vascular e acúmulo periférico de sangue ▪ Estágios ➢ Fase não progressiva inicial – os mecanismos compensatórios reflexos são ativados (neuro- humorais) e é mantida a perfusão para os órgãos vitais ➢ Estágio progressivo – hipoperfusão tecidual e início de desequilíbrios circulatórios e metabólicos crescentes (ACIDOSE) ➢ Estágio irreversível – se instala depois que o corpo sofreu uma lesão celular e tecidual tão intensa que, mesmo sendo corrigidos os defeitos hemodinâmicos, a sobrevida é impossível Falência múltipla de órgãos e sistemas ✓ Cérebro – encefalopatia isquêmica ✓ Coração – necrose de coagulação, hemorragias ✓ Pulmões – lesão alveolar difusa ✓ Rins – necrose tubular aguda ✓ Suprarrenais – depleção lipídica nas células corticais ✓ TGI – enteropatia hemorrágica ✓ Fígado – esteatose, necrose hemorrágica ▪ Sinais e sintomas – hipotensão, pulso fraco, taquicardia, hiperventilação, pele fria e viscosa, palidez, oligúria, alterações mentais
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