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FUNDAMENTOS DE 
PATOLOGIA CLÍNICA I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 2 - 
 
FUNDAMENTOS DE PATOLOGIA CLÍNICA I 
Capitulo I: 
Fundamentos de Patologia Clínica 
 
I.1. Aspectos Gerais: 
 
 Caro(a) amigo(a), você escolheu como área de atividade 
profissional o biodiagnóstico, ou, em outras palavras o diagnóstico 
através de exames laboratoriais de sinais de enfermidades e/ou 
doenças, ou ainda, o acompanhamento através de exames da 
evolução de tratamentos médicos. 
Damos o nome de Exame Laboratorial ao conjunto de 
exames e testes realizados a pedido do médico, realizados em 
laboratórios de análise clínica, visando um diagnóstico ou 
confirmação para uma patologia ou para um check-up (exame de 
rotina). 
Em outras palavras, os exames laboratoriais são utilizados 
para diagnosticar doenças, monitorar seu desenvolvimento e/ou 
acompanhar a resposta ao tratamento feito pelo médico. 
 Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a 
saúde é “um estado de completo bem estar físico, mental e social 
e não apenas enfermidade e/ou doença”. Por outro lado a doença 
seria “qualquer alteração nesse estado de completo bem estar 
físico, mental e social”. 
 Apesar da complexidade e da amplitude desses conceitos 
observa-se uma estreita relação entre ambos. Quem já não ouviu 
alguém falar, por exemplo, que saúde é ausência de doença? 
 O funcionamento normal do nosso organismo pressupõe a 
existência de um delicado e rigoroso equilíbrio denominado 
homeostasia. Qualquer agente que venha a perturbar essa 
homeostasia poderá atuar como uma influência nociva de induzir 
um estado patológico. Por outro lado, o organismo reagirá em 
busca de um novo equilíbrio. 
 Encarando o tema de forma geral, poderemos considerar 
que as alterações anatômicas e funcionais originam os sinais e 
sintomas das doenças. 
 A rigor, os sintomas são subjetivos, ou 
seja, são percebidos, sentidos, unicamente pela 
pessoa portadora destes. Por exemplo: Quando 
você sente uma dor, apenas você é capaz de 
descrevê-la. 
 Os sinais, ao contrário, podem ser observados por outras 
pessoas, independentemente de serem 
percebidos pelo portador. Por exemplo: 
Quando o médico ausculta um som diferente 
em sua respiração ou, mesmo, quando você 
faz a dosagem de sua glicemia e, a mesma 
encontra-se elevada, sem que você, sequer 
perceba que esse quadro esteja ocorrendo em 
você. 
 
 
 
 
 
 
OMS (Organização Mundial 
da Saúde) ou WHO (World 
Health Organization) é um 
agência especializada da 
Organização das Nações 
Unidas, destinada às 
questões relativas à saúde. 
Foi fundada em 7 de Abril 
de 1948.Tem como objetivo, 
garantir o grau mais alto de 
Saúde para todos os seres 
humanos. 
A OMS proporciona a 
cooperação técnica a seus 
membros na luta contra as 
doenças e em favor do 
saneamento, da saúde 
familiar, da capacitação de 
trabalhadores na área de 
saúde, do fortalecimento 
dos serviços médicos, da 
formulação de políticas de 
medicamentos e pesquisa 
biomédica. 
 
(Fonte: Biblioteca Virtual dos 
Direitos Humanos - USP) 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Laborat%C3%B3rio
 
 
- 3 - 
 
FUNDAMENTOS DE PATOLOGIA CLÍNICA I 
 A dor, por exemplo, é um sintoma apenas. Apenas aquele 
que a sente pode descrevê-la. O Achado através de um exame 
sorológico de sangue, de anticorpos contra um vírus causador de 
doença é um sinal. 
Alguns fenômenos como a febre, são, 
ao mesmo tempo, sinais e sintomas. Os 
exames laboratoriais representam hoje, uma 
parcela considerável, no achado de sinais de 
que dispõe o medico diante do paciente. 
 
I. 1.1. Percepção da Saúde e da Doença Através dos 
Tempos: 
 
 A procura de explicações ou dos motivos que levam as 
pessoas a adoecer “desta ou daquela” doença tem sido, 
certamente, um dos maiores desafios enfrentados pela 
humanidade ao longo de toda a sua história. 
Em tempos remotos acreditava-se que as doenças eram 
causadas pela ira divina, ou por forças sobrenaturais. Para tratar 
do assunto era designada então, uma pessoa de grande prestigio 
social, fosse um pajé ou um sacerdote. 
A doença também foi explicada por muitos séculos através 
da chamada “Teoria dos Miasmas”, segundo a qual, a má 
qualidade do ar que conduzia os tais “miasmas”, que ninguém 
podia ver ou sentir, nem sequer explicar, mas que era aceito por 
todos. Eles seriam estruturas incorpóreas, hipoteticamente 
provenientes de pântanos, de sujeiras acumuladas no ambiente, 
da decomposição de plantas e animais, ou mesmo das passagens 
de cometas nos céus, e independente das causas foi, por muito 
tempo, um dos mais temidos inimigos públicos da saúde. 
Explicações importantes sobre as relações entre a saúde e 
a doença surgiram na Grécia clássica, cerca de 400 anos a. C., 
onde um médico chamado Hipócrates, contrariando o 
pensamento de seus contemporâneos anunciou que as doenças 
não tinham origem no sobrenatural, mas no desequilíbrio entre 
corpo, mente e meio ambiente. Portanto, suas opiniões condiziam 
de certa forma, com o conceito atual da OMS. 
Entre os séculos XIV e XVIII ocorreram nada menos que 
dez pandemias, ou seja, a doença se espalhou pelo mundo 
inteiro. Ao primeiro sinal da peste nas cidades, os ricos 
escapavam para o campo e eram geralmente seguidos pelos 
médicos, que precisavam de pacientes endinheirados para pagar 
por seus serviços. 
Ao longo da História, as epidemias provocaram mais 
mortes do que todas as guerras. A descoberta dos antibióticos 
diminuiu esse risco — até a chegada da AIDS, que ainda desafia 
os remédios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hipócrates: (Ilha de Cós, 460 
– Tessália, 377 a.C.) é 
considerado por muitos uma 
das figuras mais importantes 
da história da saúde, sendo 
considerado "pai da 
medicina". Hipócrates era 
um asclepíade, isto é, 
membro de uma família que 
durante várias gerações 
praticara os cuidados em 
saúde. 
Nas obras hipocráticas há 
uma série de descrições 
clínicas pelas quais se pode 
diagnosticar doenças como 
a malária, a pneumonia e 
tuberculose. Para ele, as 
epidemias relacionavam-se 
com fatores climáticos, 
raciais, dietéticos e do meio 
onde as pessoas viviam. 
Hipócrates fundamentou 
sua prática (e sua forma de 
compreender o organismo 
humano, incluindo a 
personalidade) na teoria 
dos 4 humores corporais 
(sangue, fleugma ou pituíta, 
bílis amarela e bílis negra) 
que, consoante as 
quantidades relativas 
presentes no corpo, 
levariam a estados de 
equilíbrio (eucrasia) ou de 
doença e dor (discrasia). 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3s_%28Gr%C3%A9cia%29
http://pt.wikipedia.org/wiki/460_a.C.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tess%C3%A1lia
http://pt.wikipedia.org/wiki/377_a.C.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mal%C3%A1ria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pneumonia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tuberculose
http://pt.wikipedia.org/wiki/Epidemia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Personalidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Humor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fleugma
http://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%ADlis_amarela
http://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%ADlis_negra
http://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dor
 
 
- 4 - 
 
FUNDAMENTOS DE PATOLOGIA CLÍNICA I 
Outra concepção acerca dos mecanismos regentes da 
saúde e da doença, denominada de mecanicista surgiu com o 
filósofo, físico e matemático francês Renée Descartes, que viveu 
no século XVII. Ele defendia que o universo funcionaria como uma 
grande máquina e para explicar seu funcionamento bastaria 
compreender sua organização e o trabalho das partes. 
Correlacionando essa visão, o corpo humano seria composto de 
peças – aparelhos, sistemas, órgãos, etc – e tal como o 
mecanismo de um relógio elas operavam em conjunto para manter 
em ordem essa grande engrenagem. A doença seria o mau 
funcionamento da máquina. 
Se a peça defeituosa fosse retirada, reciclada ou trocada, o 
desequilíbrio cessaria.A morte seria, portanto, a impossibilidade 
total de conserto. Mente e corpo seriam distintos e separados 
entre si. Essa visão destoa da atual. 
O que conhecemos como clínica médica surgiu há apenas 
cerca de 200 anos. Até então, os tratamentos eram quase sessões 
de exorcismo. Os médicos jogavam baforadas de fumaça, 
produzida pela queima de tabaco, para expulsar a peste de seus 
pacientes. E, se o doente morria, os coveiros fumavam cachimbo, 
na hora de enterrar o corpo. 
 
I. 1. 2. O Diagnóstico Através dos Tempos: 
 
A utilização de novos instrumentos ópticos, como o 
microscópio, trouxe a partir do século XVIII um novo olhar sobre 
as doenças. 
Com ele fora descoberto o mundo microbiano. E através 
dos trabalhos realizados principalmente pelo cientista francês 
Louis Pasteur, no século XIX, a microbiologia abriu um campo 
novo e grande de pesquisas que nos permitiu identificar os 
verdadeiros “miasmas” causadores de doenças, aos quais 
chamamos atualmente de microorganismos patogênicos. 
 Poderíamos dizer que o entendimento das infecções 
começou a avançar para valer em 1348, quando deflagrou a Peste 
Negra (Peste Bubônica), transmitida principalmente 
pela pulga de ratos, na Europa, que em apenas dois 
anos, dizimou um quarto da sua população, estimada 
em 102 milhões de habitantes. 
Naqueles tempos, acreditava-se que até 
mesmo o olhar de um doente poderia contaminar alguém. 
Esta, ao menos, era a convicção dos mais descrentes. 
Porque, para a maioria das pessoas, uma epidemia — ou seja, o 
surto de uma doença infecciosa — era um castigo divino, que 
vinha diretamente do céu ou, quem sabe, do inferno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Louis Pasteur nasceu em 
Dôle, parte oriental da 
França, em 27 de dezembro 
de 1822. Em 1847 
completou seus estudos de 
doutorado na Escola de 
Física e Química em Paris. 
Em 1857 iniciou manuscritos 
sobre a fermentação 
láctea. 
Pasteur também pesquisou 
muito sobre a geração 
espontânea. Em 1865 iniciou 
estudos sobre o processo 
que mais tarde levaria seu 
nome - a pasteurização. Em 
1880 Pasteur começou seus 
estudos sobre a raiva, 
lançando no ano seguinte 
os primeiros manuscritos 
sobre essa zoonose. Em 1881 
publicou estudos sobre a 
vacina contra o antrax e 
contra a cólera aviária. 
Louis Pasteur faleceu aos 73 
anos, em 28 de setembro de 
1895 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 5 - 
 
FUNDAMENTOS DE PATOLOGIA CLÍNICA I 
 
 
I. 1. 2. 1. Análises Clínicas Através dos Tempos: 
 
As análises clínicas podem ser rastreadas através de vários séculos. Escritos em papiros 
de 1000 a.C já faziam descrição de parasitas intestinais, um 
precoce exemplo de parasitologia. 
Nos tempos medievais, médicos hindus faziam urinálises 
empíricas quando observavam que algumas urinas tinham um 
sabor adocicado e atraiam formigas. 
Com a invenção do microscópio e a melhoria no século 17, 
o estudo de espécimes vivos progrediu da simples observação 
visual para a observação microscópica. 
O primeiro laboratório clínico dos Estados Unidos apareceu 
recentemente no século 19 e era muito primitivo. Consistia apenas de uma mesa e um 
microscópio. Eles eram ocupados geralmente por médicos que tinham um interesse especial pela 
"medicina de laboratório". No censo dos Estados Unidos de 1900 foram listados apenas cem 
técnicos de laboratório, todos masculinos. 
Após a 1ª Guerra Mundial, os laboratórios cresceram em numero e tamanho. Logo ficou 
claro que existia a necessidade de educar trabalhadores de laboratório, definir as exigências 
educacionais e identificar os profissionais treinados. 
Nos anos de 1930, as exigências educacionais básicas foram estabelecidas e escolas de 
tecnologia medica treinavam trabalhadores para o laboratório clinico. Exames de certificação 
foram criados para medir o conhecimento e a habilidade dos trabalhadores. 
Trabalhadores especialmente treinados agora formam a maioria da força de trabalho nos 
laboratórios clínicos. A tecnologia de hoje nos permite um nível de cuidados à saúde apenas 
imaginados há poucos anos atrás. O campo está constantemente mudando e se ampliando como 
resposta às novas tecnologias, novas leis federais e mudanças nas necessidades dos serviços de 
saúde. 
 O diagnóstico é uma área médica em constante evolução. Os exames de laboratório têm 
agora um papel essencial na medicina. Uma compreensão cada vez maior dos mecanismos 
biológicos mantenedores da vida humana há muito tem deixado para trás as observações 
empíricas de Hipócrates. 
Desde a 2ª Guerra Mundial, a tecnologia para exames de laboratório tem-se tornado cada 
vez mais complexa. Atualmente equipamentos avançados e técnicas cada vez mais sofisticadas 
têm exigido maiores e específicas habilidades do pessoal do laboratório. Consequentemente, tais 
primazias, possibilitam uma maior precisão no diagnóstico laboratorial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 6 - 
 
FUNDAMENTOS DE PATOLOGIA CLÍNICA I 
Capitulo II: 
O Laboratório de Análises Clínicas (LAC) 
 
II.1. Aspectos Gerais: 
 
 O Laboratório de Análises Clínicas (LAC) é o local equipado e legalmente apto a realizar 
exames de analises clinicas. Ele se caracteriza pelo manuseio de um grande número de 
amostras e pela diversidade dos métodos utilizados. 
Estes laboratórios encontram-se inseridos em várias organizações, sejam governamentais 
sejam privados. O laboratório clinico pode ser grande, oferecendo serviços sofisticados e 
empregando muitos profissionais habilitados, ou pode ser pequeno,com apenas um empregado. 
O laboratório clinico é um local de trabalho dinâmico. Muitas mudanças estão ocorrendo 
na medida em que os papeis do pessoal do laboratório clinico estão se redefinindo e a tecnologia 
avança. A necessidade de contenção de custos para prover os serviços de saúde e a promessa de 
maiores mudanças nos nossos sistemas de fornecimento de serviços de saúde significa que os 
laboratórios deverão ser flexíveis no ajuste de suas tendências do futuro. Os laboratórios clínicos 
são regulamentados por leis federais e estaduais. Todos os laboratórios que fazem análises de 
amostras de material humano, exceto laboratórios de pesquisa, devem ter aprovação do 
Departamento de Saúde para operarem. 
É importante ter bons canais de comunicação dentro do laboratório e entre o laboratório e 
os médicos, outros departamentos dentro do hospital e outros serviços de saúde. Boa 
comunicação e cooperação entre esses grupos ajuda a assegurar que os pacientes tenham o 
melhor cuidado possível. 
Muita da comunicação entre os laboratórios e serviços de saúde é agora facilitada pelos 
computadores. É possível hoje requisitar exames, analisar os dados e reportar ao paciente os 
seus resultados por computador. No entanto, embora a informação do paciente esteja disponível 
no computador, esta informação é confidencial. 
 
II. 1. 1. Tipos de Laboratório Clínico: 
 
Os laboratórios médicos ou clínicos podem ser colocados em dois grandes grupos: 
laboratórios de hospitais e laboratórios não hospitalares. Ainda que muitas pessoas relacionem o 
laboratório ao hospital, existem laboratórios em clinicas médicas, centros médicos, consultórios 
médicos, consultórios veterinários, repartições do governo e em instalações militares. 
 
I. 1. 1. 1. Laboratórios Hospitalares: 
 
Existem laboratórios clínicos em hospitais privados e públicos, alem de hospitais das 
forças armadas. 
O tamanho do laboratório desses hospitais depende basicamente do tamanho do hospital. 
Um laboratório de um hospital de 100 leitos (Hospital pequeno) talvez execute apenas 
técnicas mais rotineiras. Exames mais complexos ou menos solicitados são enviados a 
laboratórios e /ou hospitais maiores. 
Em um laboratório de tamanho médio (cerca de 300 leitos), exames de rotina alem de 
alguns testes mais complexos são executados. Somente os testes mais recentes ou com alto grau 
de complexidade são enviados a laboratóriosde referencia. 
Muitos laboratórios em grandes hospitais (acima de 300 leitos) manuseiam grande volume 
de trabalho e executam testes complexos. 
 
 
 
- 7 - 
 
FUNDAMENTOS DE PATOLOGIA CLÍNICA I 
I. 1. 1. 2. Laboratórios não-hospitalares 
 
Laboratórios fora de hospitais podem ser operados pelo governo ou pela iniciativa 
privada. Eles fornecem muitos serviços e emprego para trabalhadores habilitados. Em 1992, mais 
de 50% de todos os serviços de laboratório foram obtidos de laboratórios não-hospitalares. 
Muitos pequenos laboratórios localizam-se nos consultórios dos médicos que são 
especialistas, tais como hematologistas e urologistas. Médicos generalistas também podem ter 
laboratórios nos quais técnicas de rotina, como hematócrito ou urinálise são executados. 
Laboratórios maiores podem ser associados a clínicas medicas ou a centros médicos. Em 
anos recentes o uso de equipamentos portáteis, usualmetne localizados em shopping centers, 
tem-se generalizado. Técnicas comuns de laboratório tais como contagens de sangue, culturas 
de garganta e testes de urina são feitos nessas instalações. 
Os laboratórios de referência geralmente são privados e de escala regional, 
perfazendo grandes volumes de exames e oferecendo uma ampla variedade de exames. Grandes 
hospitais normalmente utilizam estes laboratórios primeiramente para fazer testes mais 
sofisticados e com pouca freqüência de solicitação. Hospitais menores e consultórios médicos 
usam-no para fazer uma maior gama de exames. Os laboratórios de referencia oferecem serviços 
de coletas de amostras nos laboratórios conveniados. 
Os laboratórios clínicos são regulamentados por leis federais e estaduais. Todos os 
laboratórios que fazem análises de amostras de material humano, exceto laboratórios de 
pesquisa, devem ter aprovação do Departamento de Saúde para operarem. 
 
II. 1. 2. Tipos de Exames Realizados num LAC: 
 
 Estaticamente os exames executados por cada LAC variam de acordo com as 
características do hospital (Por exemplo: Capacidade de internação, número de leitos, tipos de 
doenças, etc.) de seus ambulatórios, ou mesmo, do perfil de sua clientela. 
 As atividades do LAC não se limitam, unicamente, à execução do exame em si. Desta 
forma, todo o processo passa por fases (Como veremos adiante) e o tempo total de uma análise 
(desde a coleta até a entrega do laudo) pode ser variável, e não se limita apenas ao prazo de 
execução da mesma. 
 Entre as atividades, direta ou indiretamente relacionadas à execução dos exames num 
LAC, muitas podem ser enumeradas conforme veremos a seguir: 
 
II. 1.2. 1. Atividades Executadas pelo LAC – Diretamente Relacionadas À Execução do 
Exame: 
 
1. Recepcionar e registrar o paciente e os exames solicitados 
2. Receber ou proceder à coleta do material 
3. Verificar se a amostra coletada é adequada à execução de análise 
4. Executar o processamento inicial das amostras (Por exemplo, através da 
centrifugação) 
5. Distribuir as diferentes amostras coletadas / recebidas para os diversos setores do 
laboratório 
6. Preparar reagentes 
7. Calibrar equipamentos previamente às análises 
8. Fazer análise e procedimentos laboratoriais de substâncias ou materiais biológicos 
com finalidade diagnóstica 
9. Realizar a transcrição e digitação de resultados 
 
 
- 8 - 
 
FUNDAMENTOS DE PATOLOGIA CLÍNICA I 
10. Emitir laudo das análises realizadas 
11. Conferir e, quando necessário, corrigir não conformidades nos laudos 
12. Realizar entrega dos resultados 
 
 
II. 1. 2. 2. Atividades Executadas Pelo LAC Indiretamente Relacionadas à Execução 
dos Exames: 
 
1. Proceder à desinfecção do material analisado a ser descartado 
2. Fazer a lavagem e descarte do material a ser utilizado 
3. Inspecionar e executar a manutenção preventiva dos equipamentos e proceder ao 
registro 
4. Zelar pela higiene do edifício, instalações e áreas externas. 
5. Proporcionar condições de segurança e vigilância do edifício. 
6. Proporcionar condições de segurança e trabalho aos funcionários 
7. Realizar controle de qualidade 
 
II. 1. 3. Perfil do Profissional do LAC: 
 
Existem hoje milhares de laboratórios clínicos, grandes e pequenos. Alguns laboratórios 
são altamente sofisticados e oferecem muitos exames complexos. O pessoal desses laboratórios 
é formado por profissionais altamente qualificados, que executam testes complicados. Eles 
também podem servir de diretores de laboratório, consultores, professores, supervisores e 
administradores. Para se tornar um profissional qualificado exigem-se certas características 
pessoais, a conclusão de um curso especializado e aprovação de um exame nacional. 
Varias agências e organizações estão envolvidas na fixação e manutenção de padrões na 
profissão. 
Uma lista de agências de acreditação de programas educacionais, certificação de pessoal, 
e organizações profissionais e sociedades que contribuem para o continuado desenvolvimento do 
profissional de laboratório 
 Enumeramos a seguir algumas das habilidades necessárias ao Profissional que se presta a 
trabalahar na área de biodiagnóstico. Sugerimos que você as persiga como metas no decorrer da 
sua formação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Ter conhecimentos teóricos dos fundamentos 
da técnica a ser executada; 
2. Ser capaz de executar as técnicas com perícia, 
minimizando ou excluindo as falhas que 
possibilitem interferências nos resultados dos 
exames; 
3. Realizar todas as etapas da execução do 
exame em tempo hábil, com a devida 
seriedade; 
4. Prezar pela humanização no atendimento ao 
cliente/paciente; 
5. Respeitar os colegas e superiores no ambiente 
de trabalho, bem como, os demais profissionais 
da área de saúde; 
6. Manter uma conduta ética, de acordo com os 
padrões sociais e o código de ética profissional; 
7. Manter sigilo profissional. 
 
 
 
- 9 - 
 
FUNDAMENTOS DE PATOLOGIA CLÍNICA I 
O que fazem os profissionais no LAC? Eles trabalham como detetives médicos. Eles usam 
microscópios para observar mudanças nas células. Eles testam o sangue para achar doadores de 
sangue compatíveis para transfusões. Eles medem substâncias como a glicose e o colesterol do 
sangue. Eles descobrem e identificam organismos causadores de infecções. Eles operam 
equipamentos complexos. Eles usam padrões e controles para assegurar resultados confiáveis. 
Eles trabalham sob pressão, com rapidez, precisão e exatidão. 
Dedicação, cooperação, asseio e uma atitude de atenção são algumas das qualidades 
essenciais no profissional de serviços de saúde. Alem dessas, existem algumas características 
especiais das pessoas que trabalham em laboratórios clínicos. Para progredir na profissão, a 
pessoa deve ter vigor físico, boa visão, visão normal de cores, destreza manual, inteligência e 
uma aptidão para ciências biológicas. Os trabalhadores nessa área, devem ser observadores, 
motivados, habilitados a fazer cálculos e medições exatas e precisas e devem ter censo de 
organização. 
 
II. 1. 4. Setores do Laboratório e Exames Comumente Realizados: 
 
 O numero de departamentos do laboratório clinico varia. Devido à complexidade de suas 
atribuições e à diversidade de maquinaria, técnicas e mão-de-obra especializada, o LAC costuma 
ser dividido em setores, tais como: 
 
 Setor de Bioquímica 
 Setor de Imunologia (Sorologia) 
 Setor de Hematologia 
 Setor de Microbiologia 
 Setor de Urinálises 
 Setor de Parasitologia 
 
As subdivisões em cada setor variam de laboratório para laboratório. Grandes laboratórios 
podem ter departamentos separados para coagulação, micologia, etc. 
Uma breve descrição de cada setor e suas atribuições pode ser vista a seguir: 
 
II. 1. 4. 1. O Setor de Bioquímica: 
 
 È atualmente um dos mais automatizados e mais rápidos setores na maioria dos 
laboratórios. Dessa forma, tende a apresentar alta produtividade, representando, em média, 50 a 
60% do total de exames realizados no LAC. 
 Nele, são investigados diversos distúrbios metabólicos,hidroeletrolítticos, hormonais, 
disfunções de órgãos e/ou sistemas, entre outros tantos. 
 
II. 1. 4. 2. O Setor de Imunologia: 
 
 Neste setor pesquisa-se, no sangue do cliente paciente, uma grande diversidade de 
diferentes anticorpos produzidos contra vírus, fungos, protozoários e outras estruturas 
antigênicas (que desencadeiam respostas imunológicas no organismo). Ele pode ser subdividido 
em alguns laboratórios, em dois setores: 
 
II. 1. 4. 2. 1. Sorologia 
 
 
 
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FUNDAMENTOS DE PATOLOGIA CLÍNICA I 
 Neste setor são pesquisados antígenos causadores de doenças virais, marcadores 
tumorais, anticorpos, etc. 
 
II. 1. 4. 2. 2. Análises Hormonais: 
 
 Neste setor são feitas dosagens de hormônios diversos para diagnostico e controle 
terapêutico de diversas doenças endócrinas. 
 
II. 1. 4. 3. Setor de Hematologia 
 
 Este setor contempla o estudo da concentração estrutura e função dos elementos 
figurados do sangue, além da determinação de componentes químicos plasmáticos ou 
sorológicos relacionados com a estrutura e função destes elementos. 
 
II. 1. 4. 4. Setor de Microbiologia 
 
 È um dos setores de alta complexidade e tem como finalidade primordial a determinação 
de agentes microbianos patogênicos envolvidos em processos infecciosos, bom como sua 
susceptibilidade a antimicrobianos. 
 Algumas vezes pode ser subdividido em dois setores, o de bacteriologia (que se preocupa 
especialmente com bactérias patogênicas) e o de micologia (que se preocupa com os fungos 
patogênicos). 
 
II. 1. 4. 5. Setor de Urinálises: 
 
 Encarrega-se dos diversos exames relacionados à urina. 
 
II. 1. 4. 6. Setor de Parasitologia: 
 
 Neste setor são feitos exames nas fezes do cliente. 
 
II. 1. 5. Fases de Execução do Exame: 
 
 Para facilitar nosso estudo dividimos o processo de execução de um exame laboratorial 
em fases, são elas: 
 
 Fase Pré-analítica 
 Fase Analítica 
 Fase Pós-analítica 
 
II.1. 5.1. Fase Pré-analítica 
 
 Esta é uma fase importantíssima para uma correta análise e posterior interpretação dos 
resultados. Ela inclui os procedimentos necessários até a chegada do exame ao setor, quando, 
então, se inicia a fase analítica. O ideal é que o laboratório obtenha nessa fase o maior número 
de informações pré-analíticas (tais como idade, sexo, presença de doença de base, uso de 
medicamentos, suspeita clínica, etc.) que muito poderão auxiliar na avaliação final dos 
resultados. 
 
 
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FUNDAMENTOS DE PATOLOGIA CLÍNICA I 
 Além das doenças, muitos outros fatores podem alterar a composição dos fluidos 
biológicos utilizados nas análises laboratoriais, prejudicando o resultado final. Muitas destas 
podem ocorrer nesta fase. Vejamos algumas situações comuns em pacientes hospitalizados: 
 
 Administração de líquidos intravenosos no momento em que a amostra é colhida 
 Efeitos da desidratação 
 Excesso de heparina em amostras biológicas 
 Interferência de medicamentos 
 Administração de medicamentos em horários diferentes dos previsto ou registrados 
 
O Controle e o conhecimento destas situações nas fases pré-analíticas e analíticas 
servirão como indícios para a análise no resultado final. Desta forma o preparo do paciente é 
fundamental. 
 A fase pré-analítica envolve o cadastro, a coleta ou o recebimento da amostra, a triagem 
e o registro da amostra no setor. 
Vamos conhecer cada uma destas etapas: 
 
II. 1. 5.1.1. Cadastro 
 
 Geralmente o cliente/paciente ambulatorial procura o laboratório com uma requisição 
(solicitação) de exames feita pelo seu médico. Nos casos de uma unidade laboratorial dentro de 
um hospital e, portanto, servindo diretamente a este, existe uma requisição de exames 
padronizada que se encontra disponível para o corpo clínico nas diversas unidades do hospital. 
 A requisição de um exame pode ser feita por um médico, um odontólogo ou, em alguns 
casos, por um enfermeiro. Desta forma, é sempre solicitada por um profissional de nível superior. 
 
 II. 1. 5.1.1.1. A Requisição/Solicitação de um Exame 
 
 È a partir da requisição que é iniciado todo o processo do exame. Devido a sua 
importância. Veja um modelo de requisição de exames 
Os dados que devem constar da requisição são: 
 
 Nome completo do cliente/paciente 
 Sexo 
 Idade ou data de nascimento 
 Local (unidade) de internamento quando o paciente estiver na Unidade Hospitalar ou o 
local de onde foi solicitado o exame 
 Nome do profissional solicitante com respectivo numero de registro no órgão de classe 
(CRM, CRO, COREN) 
 Uso de medicação (quando houver), especificando qual (is) 
 Suspeita Clinica 
 
Com a chegada da solicitação de exames no laboratório os 
dados do cliente/paciente são cadastrados no sistema de informática 
do laboratório. Assim sendo, faz-se necessário que os dados do 
cliente/paciente estejam completos e escritos com nitidez. 
Após o cadastramento do cliente o sistema pode gerar de 
acordo com sua programação, por exemplo, etiquetas, mapas de 
trabalho (contendo os dados e exames a serem realizados). 
 
 
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FUNDAMENTOS DE PATOLOGIA CLÍNICA I 
 
II 5.1.2 – Coleta/Recebimento de Amostras 
 
 O procedimento de coleta e de atribuição de um profissional técnico ou auxiliar 
devidamente habilitado (auxiliar ou técnico em laboratório e/ou enfermagem), sendo de 
fundamental importância que este profissional tenha pleno conhecimento das normas e rotinas 
de coleta do LAC. 
 Vale salientar, ainda, que alguns tipos de coletas são atribuições 
exclusivas de um profissional de nível universitário. A coleta de LCR 
(Líquido Cefalorraquidiano), por exemplo, deve ser feita por um médico. 
 Em todos os casos, portanto, antes de iniciar o procedimento de 
coleta, o profissional deverá localizar o cliente/paciente e dirigir-se a ele 
pelo seu nome completo, minimizando, assim, risco de engano quanto 
ao cliente errado. 
 
 
Lembre-se! 
 Este é um momento de grande contato entre o técnico e o cliente, por isso, não esqueça 
de ter uma abordagem humanista. Veja as dicas a seguir: 
 
 
DICAS PARA UMA COLETA HUMANIZADA 
 
 
 Se você tem alguma dúvida sobre os procedimentos técnicos da coleta procure certificar-
se antes do contato com o cliente/paciente. Imagine-se você no 
lugar dele: Você confiaria em um técnico que lê manuais na sua 
frente, antes de realizar a coleta? 
 “Bom dia!”, “Boa Tarde!”, “Boa Noite!” São palavras necessárias 
em qualquer ambiente, inclusive, no momento da coleta. Assim 
sendo, não esqueça de cumprimentar ou responder ao 
cumprimento de seu cliente. Apresente-se 
(O cliente tem o direito de conhecê-lo, 
inclusive pelo nome). 
 Procure ser atencioso e simpático. Entretanto transmita segurança e 
dê a devida seriedade que o momento exige. 
 Confirme o nome completo perguntando ao seu cliente, quando este 
colabora. Em caso contrário, leia no leito e/ou confirme com o pessoal da enfermagem. 
 Comunique e explique de forma objetiva o procedimento e explique ao cliente/paciente 
de que forma ele pode colaborar. Lembre-se que o cliente/paciente tem o direito a negar-
se ao procedimento. Caso isto aconteça um bom “jogo de cintura” e poder de persuasão 
de sua parte poderá convencê-lo. Se, ainda assim, permanecer a negação, comunique ao 
corpo de enfermagem ou a um superior do laboratório. 
 Lave as mãos 
 Calce as luvas 
 Não esqueça de usar os EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) 
necessários ao momento. Jalecos e batas são fundamentais em todas 
as situações e você já deverá se apresentar ao cliente/paciente 
vestindo-a 
 
 
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FUNDAMENTOS DE PATOLOGIA CLÍNICA I 
 Identifique os tubos, fracos, placas, onde a amostra será armazenada, com os dados 
necessários (nome do paciente, numero de leito, etc.) 
 Realize a coleta. Acondicione devidamente o material 
 Descarte o material que já não é mais necessário em local apropriado (Por exemplo, 
perfuro cortante e outros de coleta contaminados). 
 Retire as luvas. Lave as mãos. Agradeça e faça suas devidas despedidas.Dirija-se ao LAC 
e notifique a coleta assinando a folha de registros. 
 Lembre-se: O Cliente é como você, um ser humano. 
 
II 5.1.3. Triagem 
 
 Toda amostra que chega ao LAC para análise deverão passar, inicialmente por uma 
Triagem, onde, então serão conferidos os dados do paciente a quantidade de material coletado, 
identificação da amostra com a do paciente, etc. 
 Quando, nesta fase, encontram-se inadequações, poderá ser solicitada uma recoleta 
(Coleta de novo material do mesmo paciente) com sua respectiva justificativa (por exemplo: 
amostra insuficiente para a quantidade ou tipo (s) de exame (s) solicitado (s)). 
 Caso a amostra seja adequada, deverá ser processada (preparada) para a análise. Para 
tanto, conforme o caso pode ser feito à centrifugação, filtração, separação de alíquotas para 
diferentes setores, medição de volume, adição de conservantes, entre outros. 
 As amostras processadas são ordenadas em conjunto com os mapas de trabalho, 
separadas por setores técnicos e encaminhadas aos mesmos para serem registradas e 
analisadas. 
 
II 5.1.4 – Registro no Setor: 
 
 Ao chegarem ao setor técnico, junto com o mapa de 
trabalho, o analista (biomédico ou farmacêutico-bioquimico) 
responsável faz uma nova avaliação sobre a adequação deste 
para análise. Em caso de inconformidade, a amostra poderá ser 
rejeitada e solicitada uma recoleta. 
 Em caso de aprovação o cliente/paciente deverá ser 
registrado em livro de registro, pelo seu nome completo, número 
de registro interno do setor e exames solicitados pelo médico. 
Esta manobra serve para documentar a chegada da amostra, isto 
facilita a localização de resultados e da amostra ou 
posteriormente para confirmação de resultados e/ou recuperação de material para análise. 
 
II 5.2 – Fase Analítica 
 
 Uma vez executado o registro no setor específico, a 
amostra será então analisada. O processo de análise pode ser 
feito por intermédio de vários princípios. Atualmente, a 
maioria dos exames são realizados com ajuda parcial ou total 
de equipamentos. 
Os dados do paciente e as análises a serem feitas são 
programadas no equipamento e, a partir destas informações, 
o equipamento processa a análise e dispõe o resultado em 
display (Por exemplo: tela) ou imprime os mesmos. 
 
 
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FUNDAMENTOS DE PATOLOGIA CLÍNICA I 
De posse dos resultados o bioquímico avalia os mesmos, verifica se há coerência entre os 
valores esperados e observados, transcreve os resultados para o mapa de trabalho e os 
encaminha para a digitação. 
Caso o laboratório possua um sistema de interfaceamento estas etapas são 
significativamente reduzidas, otimizando tempo e recursos. A interface capta os dados do 
paciente e executa, automaticamente, a programação do equipamento. Basta apenas que o 
técnico posicione a amostra biológica no equipamento. 
Concluída a análise, o bioquímico reavaliará os resultados e, após a liberação desses, seus 
valores são automaticamente transferidos para o laudo do paciente. Percebe-se, portanto, que 
além de redução de custos e de tempo, o interfaceamento minimiza um dos principais problemas 
do LAC que é o erro de transcrição de valores para os mapas e de digitação de laudos. 
Infelizmente o alto custo da implantação e manutenção do interfaceamento deixa esse 
importante recurso disponível a apenas alguns LACs, especialmente os de grande porte. 
Dentre os métodos analíticos para processamento das amostras, os mais utilizados são: 
Colorimetria, métodos imunoquímicos; impedância; microscopia e provas bioquímicas. 
Além dessas existem outras metodologias disponíveis atualmente, mas o detalhamento está além 
do escopo deste capítulo. 
 
 
II. 5. 3. Fase Pós-analítica 
 
 Digitação 
 Conferência e Coerência de Resultados 
 Entrega de Resultados 
 Arquivos/Soroteca. 
 
II. 5. 3. 1. Digitação 
 
 Após a conclusão da fase analítica, os resultados obtidos para os 
exames laboratoriais são transcritos para os mapas de trabalho, os quais 
são enviados para o setor de digitação. Os resultados numéricos ou 
padronizados ou em texto são transcritos para o sistema de informática 
do laboratório, utilizando-se ou não do interfaceamento entre o setor de 
cadastramento e digitação e os equipamentos automatizados dos setores 
técnicos. 
 Com o uso desta ferramenta tecnológica a digitação de resultados não será mais 
necessária para todos os exames realizados em equipamentos automatizados eliminando-se os 
erros de digitação. 
 
II. 5. 3. 2. Conferência e Coerência de Resultados 
 
 Após a digitação dos resultados, o bioquímico confere se a transcrição dos mapas foi feita 
de maneira correta para o laudo. Em alguns laboratórios não há a conferência do laudo impresso, 
sendo feita a “conferência em tela”. Para tanto, o bioquímico deverá conferir se as informações 
foram digitadas corretamente. Por meio de uma senha pessoal e confidencial, o profissional 
confere eletronicamente os resultados do paciente, gerando um comando (liberação de 
resultados para impressão) que insere a assinatura eletrônica do profissional (já anteriormente 
criptografada) no laudo. Muitos sistemas só permitem impressão de laudos após terem sidos 
conferidos e liberados eletronicamente. Vale salientar que o acesso a conferência eletrônica dos 
 
 
- 15 - 
 
FUNDAMENTOS DE PATOLOGIA CLÍNICA I 
resultados é de competência exclusiva dos profissionais de nível superior e que um laudo uma 
vez conferido e assinado eletronicamente, só poderá ser modificado por outro profissional de 
nível superior. 
 Independente do sistema utilizado (impressão prévia ou posterior à conferência) é na 
conferência e liberação do resultado que o bioquímico deve fazer uma análise criteriosa do 
paciente e do resultado de seus exames, procurando observar se há uma coerência entre os 
resultados esperados e os observados, tanto do ponto de vista clínico como do ponto de vista 
laboratorial. Essa análise deve ser de maneira global, ou seja, avaliando todos os resultados do 
paciente, independente do setor que tenha sido executado. A interpretação de resultados 
laboratoriais muitas vezes pode ser extremamente complexa e, não raro, há a necessidade de 
interação entre o profissional de laboratório e o clínico para esclarecer resultados atípicos ou 
improváveis. 
 
II. 5. 2. 4. Entrega de resultados 
 
 Exames já digitados, conferidos e impressos poderão 
ser entregues diretamente ao paciente (ambulatorial) ou 
encaminhado para local apropriado (posto de enfermagem 
ou outros postos de coleta do LAC). Alguns sistemas de 
informação laboratorial ou mesmo hospitalar já 
disponibilizam envio de resultados liberados pela Internet ou 
Intranet, para impressão ou consulta. A entrega de 
resultados pela Internet ou Intranet proporciona vários 
benefícios: impressão de resultados em locais remotos 
(postos de enfermagem, consultórios, domicílios), sem limite de cópias ou acesso a qualquer 
momento. Porém deve-se garantir a privacidade do paciente, sendo que somente o responsável 
pelo paciente terá acesso aos resultados. Muitos serviços utilizam filtros restritos que não 
permitem o envio de resultados de alguns exames laboratoriais mais controversos, tais como o 
beta-HCG (diagnóstico de gravidez) e anti-HIV (sorologia para AIDS). 
 
II. 5. 2. 5. Arquivos/Soroteca 
 
 Após a realização dos exames e entrega do(s) laudo(s) ao paciente, os mapas de trabalho 
dos setores analíticos do laboratório são arquivados por período de 2 anos. Além do arquivo dos 
mapas de trabalho (contendo as anotações técnicas obtidas na fase analítica), o laboratório 
também matem o arquivo dos resultados dos pacientes digitados no sistema de informática, em 
forma de disquetes ou CDs, por período mais prolongado (até 5 anos). 
 Faz-se, também, o armazenamento das amostras de sangue já analisadas (soroteca). Os 
tubos de sangue coletados dos pacientes com soro, plasma ou sangue total remanescente das 
análises podem ficar congelados em freezer a -20ºC por um período de 30a 90 dias para a 
maioria das análises bioquímicas, sorológicas e hormonais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 16 - 
 
FUNDAMENTOS DE PATOLOGIA CLÍNICA I 
II. 5. 3. Fluxo de Processamento dos Exames 
 
Fluxograma das Atividades do Laboratório 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FASE 
ANALÍTICA 
HEMATOLOGIA BACTERIOLOGIA PARASITOLOGIA UROANÁLISES IMUNOLOGIA BIOQUÍMICA 
SINTOMAS CLÍNICOS 
ATENDIMENTO MÉDICO 
SOLICITAÇÃO DOS EXAMES LABORATORIAL 
LABORATÓRIO 
FASE PRÉ-ANALÍTICA 
CADASTRAMENTO DO PACIENTE 
COLETA DE MATERIAL 
TRIAGEM 
SETORES ANALÍTICOS 
RESULTADO
S 
 
 
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FUNDAMENTOS DE PATOLOGIA CLÍNICA I 
 
 
 
 
 
II. 5. 3. Segurança: 
 
Segurança é um tópico que deve estar em primeiro lugar nos pensamentos e ações de 
todos os fornecedores de serviços de saúde, tanto empregados como empregadores. O objetivo 
dos trabalhadores de saúde deve ser qualidade no fornecimento de cuidados ao paciente em um 
ambiente que seja seguro para ambos, trabalhador e paciente. Segurança não só se tornou uma 
função humanitária, mas uma necessidade legal. Um incremento na ênfase da segurança nos 
serviços de saúde foi provocado pela síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). 
 
II. 5. 4. Perigos Físicos: 
 
Perigos ou riscos físicos estão presentes em todo e qualquer aparelho que se possa 
pensar ou no seu entorno. Equipamento elétrico, chama aberta, instrumentos de laboratório e 
vidraria, todos podem ser perigosos se usados inadequadamente. 
Perigo potencial no local de trabalho. Infelizmente, incêndio não é incomum, todavia, a 
maioria dos incêndios são pequenos. Muitos incêndios ocorrem na seção de bioquímica ou onde 
chamas abertas, como em Bico de Bussen, estão sendo usadas. Produtos inflamáveis devem ser 
guardados em armários a prova de fogo, longe de fontes de calor e em uma área bem ventilada. 
Quando chamas abertas estão sendo usadas, cuidados devem ser tomados para evitar que 
roupas esvoaçantes ou cabelos longos não fiquem ao alcance do fogo. Extintores de incêndio do 
tipo adequado devem estar facilmente disponíveis. Um cobertor de incêndio deve estar acessível 
no caso de roupas pegarem fogo. 
 Treinamentos simulados de incêndio devem ser realizados freqüentemente. Os 
trabalhadores do laboratório devem conhecer o caminho de saída e os procedimentos a tomar 
caso esta saída esteja bloqueada. Todos os trabalhadores devem saber a localização dos 
extintores e como usa-los .Os extintores devem ser inspecionados regulamente a data de 
inspeção deve ser anotada. 
FASE PÓS-ANALÍTICA 
DIGITAÇÃO 
CONFERÊNCIA 
LIBERAÇÃO DE LAUDOS 
ENVIO PARA ACLÍNICA SOLICITANTE 
 
 
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FUNDAMENTOS DE PATOLOGIA CLÍNICA I 
 
II. 6. Equipamento de Laboratório 
 
 O equipamento de laboratório só deve ser usado conforme o manual de instruções de uso 
do fabricante. Qualquer instrumento de partes móveis, como uma centrifuga, deve ser 
manuseado com cuidado. A tampa da centrifuga deve ser trancada antes de ligar a centrifuga. 
Quando a centrifuga for desligada, a tampa só deve ser aberta quando o rotor estiver 
completamente parado. 
Autoclaves que usam vapor sob pressão para estilizar instrumentos cirúrgicos ,vidraria e 
outros materiais podem apresentar riscos especiais. As instruções do fabricante devem ser 
seguidas cuidadosamente para evitar explosões e queimaduras. Luvas de amianto devem ser 
usadas para remover as peças quentes da autoclave. 
 
II. 7. Vidraria 
 
A vidraria é um item de rotina na maioria dos laboratórios, mas pode causar ferimentos. 
Somente vidraria isenta de estilhaçamento e de liberação de lascas deve ser usada. 
Vidraria quebrada está fragilizada e pode quebrar, resultando em ferimentos para o 
usuário. Os vidros quebrados devem ser recolhidos do chão com uma escova e um pano de 
limpeza, nunca com as mãos nuas. A vidraria não deve ser descartada no lixo comum, mas em 
caixas de papelão rígido ou recipientes plásticos especialmente feitos para isso. Sempre que 
possível, os frascos de vidro devem ser substituídos por materiais plásticos. 
 
II. 8. Perigos Químicos: 
 
Substâncias químicas podem apresentar uma variedade de riscos. Os produtos químicos 
podem ser inflamáveis, tóxicos, cáusticos, carcinogênicos ou mutagêncios. Ocasionalmente, o 
laboratório usa metodologias de radioisótopos, que apresentam o risco de exposição potencial de 
radioatividade. As substancias químicas devem ser rotuladas com informações dos riscos 
possíveis. 
 
II. 9. Perigos Biológicos 
 
Em 6 de dezembro de 1991, a OSHA publicou a versão final do Padrão de Patógenos 
transmitidos pelo Sangue, que entrou em vigor em 6 de março de 1992. 
O Padrão de PTS destaca os requisitos de proteção aos trabalhadores que têm exposição 
potencial a sangue humano ou outros materiais potencialmente infecciosos. O padrão cobre 
todos os trabalhadores em instituições de saúde entre outros. 
È necessário que os trabalhadores tomem cautelas como na hora de manipular materiais 
contaminados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FUNDAMENTOS DE PATOLOGIA CLÍNICA I 
Capitulo III: 
Procedimentos de Coleta e Transporte de Amostras Biológicas para Exames 
Laboratoriais 
 
III. 1. Aspectos Gerais: 
 
O conhecimento teórico das técnicas de coleta de amostras para análise laboratorial pode 
ser adquirido, facilmente, em cursos teórico-científicos. Entretanto, é importante salientar que, o 
seu conhecimento prático, bem como as reações que poderão acontecer durante este 
procedimento são, geralmente, obtidos através de experiências pessoais ou de informações 
prestadas por outros profissionais. 
Os técnicos, ao trabalharem na área de coleta de sangue, por exemplo, sabem que as 
chamadas "veias difíceis" não constituirão problema, desde que profissionais com maior 
experiência prática forneçam orientações e detalhes sobre o procedimento mais adequado. 
 
III. 1. 1. O que é uma amostra? 
 
A primeira coisa a se levar em consideração na nossa conversa de agora é: O que seria 
uma amostra? 
Pois bem, considera-se uma amostra de material biológico, os líquidos, as secreções, 
excreções, fragmentos de tecido obtidos do corpo humano e que possam ser analisados, sendo o 
sangue o mais utilizado. 
 
III. 1. 2. Recepção do Paciente 
 
No momento em que o cliente / paciente é chamado para que a coleta seja realizada, a 
sua identidade deve ser confirmada fazendo-lhe uma ou duas perguntas e confirmada através da 
ficha de entrada (no caso de laboratórios) ou no caso de pacientes hospitalizados a informação 
poderá ser checada pela pulseira de identificação ou pelo formulário médico. 
O paciente deve ser recebido de forma cortês e segura. 
Profissionalismo é fundamental para que o cliente / paciente tenha uma boa primeira 
impressão. Sorria, seja amigável, mas seja profissional. 
Falando com o cliente / paciente, dedicando atenção e explicando os procedimentos de 
coleta que serão realizados, ele se sentirá mais seguro e confiante, facilitando o contato e o 
processo em si. 
 
III. 2. A Coleta de Sangue 
 
Do ponto de vista da sua composição, o sangue é considerado como um sistema 
complexo e relativamente constante, constituído de elementos figurados (células sangüíneas, ou 
seja, leucócitos, eritrócitos e trombócitos), substância líquida (soro ou plasma) e elementos 
gasosos (O e CO ).Para obtê-lo, o procedimento é conhecido como punção venosa, venipunção 
ou flebotomia. 
Embora não seja necessário conhecer todos os detalhes sobre os procedimentos analíticos 
dos testes, é essencial conhecer, “a priori”, o tipo de amostra necessária para cada teste. 
 
 BIOQUÍMICA - utiliza-se soro ou plasma; 
 HEMOGRAMA e GRUPO SANGUÍNEO - utilizam-se sangue total com o anticoagulante 
EDTA (Ácido Etilenodiaminotetraacético); 
 
 
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FUNDAMENTOS DE PATOLOGIA CLÍNICA I 
 GLICEMIA - utiliza-se plasma com fluoreto; 
 COAGULAÇÃO - utiliza-se plasma com citrato de sódio.III. 2. 1. Coleta de Sangue por Punção Venosa: 
 
III. 2. 1. 1. Posicionamento do braço do cliente / paciente: 
 
O braço do cliente / paciente deverá ser posicionado em uma linha 
reta do ombro ao punho, de maneira que as veias fiquem mais acessíveis 
e o paciente o mais confortável possível. O cotovelo não deve estar 
dobrado e a palma da mão voltada para cima. 
 
III. 2. 1. 2. Garroteamento 
 
O garrote é utilizado durante a coleta de sangue para facilitar a 
localização das veias, tornando-as proeminentes. 
O garrote deve ser colocado no braço do paciente próximo ao 
local da punção (4 a 5 dedos ou 10 cm acima do local de punção), sendo 
que o fluxo arterial não poderá ser interrompido. Para tal, basta verificar 
a pulsação do paciente. Mesmo garroteado, o pulso deverá continuar 
palpável. 
O garrote não deve ser deixado no braço do paciente por mais de 
um minuto. Deve-se retirar ou afrouxar o garrote logo após a 
venipunção, pois o garroteamento prolongado pode acarretar alterações 
nas análises (por exemplo: concentração de cálcio) 
 
III. 2. 1. 3. Seleção da região para a punção venosa (Venipunção) 
 
A regra principal para uma punção venosa bem sucedida é examinar atenciosamente a 
região, geralmente o braço do paciente. As características individuais de cada um poderão ser 
reconhecidas através de exame visual e/ou apalpação das veias. 
Deve-se sempre que for realizar uma venipunção, escolher as veias do braço para a mão, 
pois neste sentido encontram-se as veias de maior calibre e em locais menos sensíveis a dor. 
As veias são tubos através dos quais o sangue circula, da periferia para o centro do 
sistema circulatório, que é o coração. 
As veias podem ser classificadas em: veias de maior, médio e menor calibre. Há ainda as 
vênulas. De acordo com a sua localização, as veias podem ser superficiais ou profundas, ou, em 
outras palavras, mais próximas da superfície corporal ou mais distantes desta. 
As veias superficiais são subcutâneas e com freqüência visível por transparência da pele, 
sendo mais calibrosas nos membros. Devido à sua situação subcutânea permitir visualização ou 
sensação táctil, é nessas veias que se fazem normalmente à coleta de sangue. 
Escolher uma região de punção envolve algumas considerações: 
 
 Selecionar uma veia que é facilmente palpável; 
 Não selecionar um local no braço ao lado de uma mastectomia. 
 Não selecionar um local no braço onde o paciente foi submetido a uma infusão 
intravenosa; 
 Não selecionar um local com hematoma, edema ou contusão; 
 
 
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FUNDAMENTOS DE PATOLOGIA CLÍNICA I 
 Não selecionar um local com múltiplas punções. 
 
TENTE ISTO, se tiver dificuldade em localizar uma veia: 
 
 Recomenda-se utilizar uma bolsa de água quente por mais ou menos cinco minutos sobre 
o local da punção e em seguida garrotear; 
 Nos casos mais complicados, colocar o paciente deitado com o braço acomodado ao lado 
do corpo e garrotear com o esfigmomanômetro (em P.A. média) por um minuto. 
 
NUNCA aplicar tapinhas no local a ser puncionado, principalmente em idosos, pois se forem 
portadores de ateroma poderá haver deslocamentos das placas acarretando sérias 
conseqüências. 
 
As veias mais usuais para a coleta de sangue são: 
 
 
 
 
d all.Laboratório Clinico Técnicas Básicas. 3ª edição. Porto Alegre: Artmed, 1998.

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