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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
Letras português
mariana vieira de azevedo
PROPOSTA DIDÁTICA PARA O ENSINO MÉDIO
Rio Branco, Acre
2019
PROPOSTA DIDÁTICA PARA O ENSINO MÉDIO
Trabalho apresentado ao Curso Letras Português da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas Literatura Afro-luso brasileira; Linguística formal e textual; Semiótica e Seminário da Prática Vl.
Prof. Juliana Fogaça Sanches Simm e Fabyanny de Fatima Ferreira dos Reis Willy (Tutor Eletrônico)
	 
Rio Branco, Acre.
2019
Sumário
INTRODUÇÃO	13
1	JUSTIFICATIVA	14
2	CONTEUDOS ABORDADOS	14
3	OBJETIVOS	15
4	SÍNTESE DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO	15
5	DESENVOLVIMENTO	15
6	PROPOSTA DIDÁTICA	18
7	AVALIAÇÃO	20
REFERÊNCIAS	22
	
1 INTRODUÇÃO
	Esta produção didático-pedagógica foi desenvolvida no intuito de apresentar estratégias de trabalho com a leitura literária para a o Ensino Médio, de maneira a aproximar os alunos da literatura e neles desenvolver o interesse e gosto pelo texto literário, direcionando-os para a leitura de romances. Está fundamentada nas propostas de leitura e formação do leitor que vêm sendo desenvolvidas no Brasil há mais de três décadas. Por meio de textos diversos, o tema proposto é abordado, relacionando a disciplina de Semiótica e as obras literárias escolhidas com a realidade local, instigando a reflexão e a compreensão de ambas. A sequência das atividades propostas busca aproximar o texto literário dos estudantes, ao mostrar seus aspectos universais atuais e sua capacidade de envolver o leitor de forma emocional e crítica, permitindo a análise da realidade na qual cada um está inserido.
	O trabalho realizado na escola envolve a vida dos sujeitos que a constituem, e estes também a influenciam. A vida humana em suas mais diversas realidades, com suas exigências, complexidades, anseios, necessidades, como também suas contribuições e habilidades, enaltecem, enriquecem, envolvem a escola em seu trabalho diário. Esse panorama complexo gera dificuldades, facilidades, dissabores, aprendizados, frustrações, satisfações, tristezas, alegrias, e tantos outros fenômenos presentes na sala de aula que interferem no processo de aprendizagem e é com esse aluno que a escola trabalha, logo, não pode desconsiderar o universo dos estudantes no processo de mediação do conhecimento. 
Considerando esses aspectos, optou-se por este conteúdo e forma de trabalho como uma maneira de fazer com que os estudantes apreciem a leitura literária das obras cujo conhecimento é exigido do aluno, a literatura, principalmente a de romances, gênero literário que menos atrai ou até repele a maioria dos estudantes. Além da leitura envolve-se a prática de oralidade e escrita interligadas ao estudo literário. 
Dessa forma, ao promover a leitura literária na escola, estaremos ajudando a transformar o próprio aluno.
 
2 JUSTIFICATIVA
Considerando a proposta didático-pedagógica Percebemos que a realidade atual vem afastando cada vez mais nossos alunos do ato de ler. Aspectos como computadores, videogames, TV, o acesso restrito a leitura no núcleo familiar, e a falta de incentivo, têm ocasionado pouco interesse para leitura e principalmente a utilização de textos literários por consequência dificuldades marcantes que sentimos na escola: vocabulário precário, reduzido e informal, dificuldade de compreensão, erros ortográficos, poucas produções significativas dos alunos, conhecimentos restritos aos conteúdos escolares. Faz-se entanto necessário que a escola busque resgatar o valor da leitura, como ato de prazer e requisito para emancipação social e promoção da cidadania. A leitura nunca se fez tão necessária nos bancos escolares. A dificuldade não é apenas dos alunos os professores também sentem dificuldades de trabalhar a leitura e usar a literatura como uma arma para despertar o interesse dos discentes pela mesma. Através da leitura o ser humano consegue se transportar para o desconhecido, explorá-lo, decifrar os sentimentos e emoções que o cercam e acrescentar vida ao sabor da existência. Pode então, vivenciar experiências que propiciem e solidifiquem os conhecimentos significativos de seu processo de aprendizagem. Neste sentido pensamos ser dever, de nossa instituição de ensino, juntamente com professores e equipe pedagógica propiciar aos nossos educandos momentos que possam despertar neles o gosto pela leitura, o amor ao livro, a consciência da importância de se adquirir o hábito de ler. O aluno deve perceber que os textos literários pode ser um instrumento fundamental para adquirir o hábito da leitura. Daí a certeza que esta proposta didática vai ajudar toda a equipe da escola e principalmente os alunos que são o alvo dessa proposta.
3 CONTEUDOS ABORDADOS
A presente unidade didática está organizada da seguinte forma. Inicia-se como a literatura é tratada na escola e a formação do leitor concepções e tipos de leitura; literatura na escola e estratégias metodológicas atemática desenvolvida se destina aos alunos do ensino médio desta modalidade, destacando a importância do ensino de literatura no ensino médio como forma de desenvolver, nos mesmos a sensibilidade e conhecimento no que tange à percepção de mundo e do espaço social por parte da arte da leitura e da escrita. 
A primeira apresenta aos alunos o que vem a ser literatura, a partir da leitura e análise do conto “A fronteira de asfalto”, de José Luandino Vieira, mostrando aos estudantes os significados do texto a partir das palavras que o compõem. Na segunda parte realiza-se a leitura e análise da obra “Lucíola”, de José de Alencar, em diálogo com outros textos. Em ambas as etapas tem-se produções escritas intercaladas às atividades de leitura e análise de textos. Finalizando a unidade didática, apresentam-se encaminhamentos para a avaliação das atividades propostas e as considerações finais.
4 OBJETIVOS
 O objetivo desta proposta foi despertar no aluno o interesse pela leitura a partir de textos literários utilizando o gênero conto de forma interessante e prazerosa, que pudesse auxiliar verdadeiramente o crescimento intelectual, desenvolvendo suas competências, tornando-o um leitor proficiente, bem como despertar o prazer pela leitura e estimular o potencial cognitivo e criativo do aluno, por meio de atividades envolvendo o presente gênero textual e facilitando assim também o trabalho do professor que sente muita dificuldade em despertar esse interesse nos seus alunos.
5 SÍNTESE DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO
 No primeiro momento vai ser realizado uma breve discursão sobre a importância da leitura usando como incentivo os textos literários, com o objetivo de fazer os alunos refletirem sobre a temática abordada, em seguida será realizada atividades com contos de alguns autores famosos da literatura como José Luandino Vieira e José de Alencar, essas atividades serão divididas em três aulas.
6 DESENVOLVIMENTO
 O texto literário tem uma dimensão estética, plurissignificativa e de intenso dinamismo, que possibilita a criação de novas relações de sentido. É, portanto, um espaço relevante de reflexão sobre a realidade. O texto literário implica na reflexão sobre o real, na reconstrução da linguagem, na plurissignificação, na exploração de recursos linguísticos, apresenta o uso das palavras em sentido conotativo, adotando contradições e ambiguidades. Expressa a realidade subjetiva de quem o escreve. A intencionalidade discursiva busca fazer com que o leitor tenha sentimentos e emoções específicos, podendo daí surgir várias possibilidades de interpretação do que foi escrito. São textos que privilegiam a forma e exprimem sentimentos, ideias, conflitos. Barros complementa “O texto literário é um texto entre outros, sem dúvida em posição de destaque, por razões variadas”; e segundo essa autora, é “imprescindível, para tratar do texto literário, ter por base uma teoria geral de análise do discurso, como a semiótica”. (2012, p.175) Poderíamos citar uma infinidade de definiçõessobre textos literários, fizemos até aqui, alguns percursos e atalhos, percorrendo pela leitura, textos literários, até chegarmos ao caminho que nos levará a uma teoria de leitura na base semiótica.
A palavra semiótica provém da raiz grega „semeion ‟, que denota signo. Assim, desta mesma fonte, temos „semeiotiké ‟, a „arte dos sinais ‟. Esta esfera do conhecimento existe há um longo tempo, e revela as formas como o indivíduo dá significado a tudo que o cerca. Ela é, portanto, a ciência que estuda os signos e todas as linguagens e acontecimentos culturais como se fossem fenômenos produtores de significado, ela lida com os conceitos, as ideias. Semiótica Discursiva, fundada por Algirdas Julien Greimas (1917–1992), linguista lituano radicado na França, tem filiação saussuriana e HjelmslevIana; por isso está ancorada numa teoria da linguagem de postulados estruturais e na concepção de que a língua é uma instituição social, que concebe o texto como um simulacro do mundo real, uma vez que nele são representados sujeitos, fatos, objetos, valores que retratam o mundo.
Dentro desse contexto, "saber ler" e “formar um leitor” demandam diferenças a serem consideradas. Para a primeira, trata-se de decifrar a mensagem simbólica, expressada por meio das sílabas que formam as palavras, enquanto que, na segunda, o sujeito leitor é induzido a aprender a compreender, interpretar e inserir-se no universo do pensamento de outra pessoa - o autor - compartilhando pensamentos, ideias e hipóteses, aceitando, ou contrapondo-se ao que analisa. A leitura não deve ser concebida como um processo de decodificação, por envolver-se muito mais do que apenas aspectos de decodificação do escrito. Ela proporciona ao leitor, o contato com o seu significado seguindo seu conhecimento de mundo, possibilitando assim, afirmar que todos, ao lerem o mesmo conteúdo, obterão compreensão e interpretação diversificadamente, ao interagir com o- texto. O leitor realiza o processo de maneira ativa, enriquecendo a leitura que contribuirá com seu saber, que se propõe fazer. Ao ler, o indivíduo traz à mente o que já sabe sobre o assunto, aciona seu repertório de leitura anterior e associa esse repertório com o que está lendo, buscando a compreensão num ato dialógico e interlocutivo que, segundo as DCEs (PARANÁ, 2008, p.56), “envolve demandas sociais, históricas, políticas, econômicas, pedagógicas e ideológicas de determinado momento”. No entanto, a escola nem sempre consegue dar conta desse trabalho de leitura dialógica e interlocutiva com os textos presentes nas diversas disciplinas do currículo escolar de um modo satisfatório, porque o processo de ensino-aprendizagem de leitura que leva à compreensão e interpretação individual e dialógica dos alunos é amplo e complexo e exige estratégias pedagógicas adequadas, assim como comprometimento de educadores e educandos com a transformação social, mais democrática, mais justa e mais feliz, segundo as DCEs (PARANÁ, 2008) . Assim como a sociedade está em constante movimento histórico de interação ou oposição entre os sujeitos que dela fazem parte, a leitura na escola deve adaptar-se para alcançar essa interação entre o leitor do texto, o próprio texto e seu autor, os colegas da sala de aula e também com o professor mediador. Este, em suas práticas educativas, deve formar indivíduos capazes dessa interação em seu meio social, para agirem com competência, visão de mundo, criticidade, formação de opinião e respeito ao espaço democrático de todos Em se tratando do ensino e aprendizagem da produção de textos, o professor deve propiciar ao aluno subsídios para mover-se no espaço de interação. Para isso é necessário levar em conta a concepção de linguagem que orienta o trabalho no cotidiano escolar. Segundo Geraldi (2001, p. 41), três concepções podem ser apontadas, são elas: a linguagem é a expressão do pensamento; a linguagem é instrumento de comunicação; a linguagem é uma forma de interação. A discussão proposta para este trabalho procurará situar-se no interior da terceira concepção, ou seja, linguagem como interação humana, atividade, ação interindividual. Nesse pressuposto, acredita-se que os caminhos que levam o aluno a dominar a escrita passam pelo comprometimento de um trabalho que privilegie essa concepção de linguagem. Machado entende que, essa questão é cultural, e não natural, “o que leva uma criança a ler, antes de mais nada, é o exemplo”. (2001, p.16). Por isso é importante estimular a leitura na escola. É preciso, além do prazer, que o professor seja um bom leitor, pois quem não tem o hábito de ler, não conseguirá despertar interesse em seus alunos.
7 PROPOSTA DIDÁTICA
O trabalho proposto está organizado para ser desenvolvido em três aulas as mesmas destinadas ao ensino médio, seguindo-se os passos descritos a seguir:
Primeira aula:
- Será levada uma caixa de livros literários para a turma manusear, folhear e escolher um para ler. Todos os livros da caixa são livros variados de vários autores, não apresentando apenas obras de literatura brasileira ou obras consagradas da literatura. O livro escolhido será apenas para leitura, sem que sejam feitas avaliações do mesmo em sala. Em todas as aulas, a caixa estará na sala para as trocas de livros.
- Quando todos os alunos já tiverem escolhido um livro, será comentado que a literatura deve fazer parte de nossas aulas; serão questionados sobre o que eles entendem por literatura. Questionar se todos gostam de histórias; será que os textos literários influenciam no interesse pela leitura? Será que a literatura é útil em nossa vida?
- Em seguida, cada aluno deverá escrever sua compreensão de literatura, expor oralmente aos colegas e depois entregar sua resposta escrita para fazer uma leitura compartilhada.
Segunda Aula:
- No primeiro momento os alunos serão convidados a apresentar sua opinião sobre o que entenderam sobre a importância dos textos literários para o incentivo da leitura, sem medo de “certo” ou “errado”, cuidando apenas de expressar suas ideias de forma clara, com dicção adequada, para que sejam compreendidos pelos colegas.
- Depois cada aluno recebeu o conto impresso “A fronteira de Asfalto” de Jose 
Luandino Vieira, cada aluno fez a leitura do conto e depois foi realizado uma produção textual individual.
- Após a produção textual dos alunos foi realizado um sarau para a exposição dos textos.
Terceira Aula:
- Nesta aula o conto a ser trabalhado é Lucíola do autor José de Alencar, no primeiro momento vai ser apresentado o conto em forma de leitura compartilhada.
- Em seguida a sala será dividida e cada grupo vai realizar uma produção de textos trabalhando assim a intertextualidade.
- Depois cada grupo irá apresentar para os colegas suas produções textuais a partir do conto Lucíola deixando assim as opiniões livres sobre o trabalho proposto. 
 Falar para os alunos que a literatura nem sempre é definida da mesma forma, seu conceito varia de acordo com a época, o local, a pessoa que a define. Literatura é arte, e assim tem suas funções ligadas a outras disciplinas como a semiótica e a linguística textual. Em muitos textos, podemos ver a expressão de diversos sentimentos que fazem parte da vida das pessoas. Cada texto faz parte de um contexto de produção, uma época, um (a) autor (a), com objetivos próprios. Pode-se dizer que cada texto literário cumpre uma função de acordo com o significado que o leitor construir a partir dele. Como arte, a literatura se relaciona com outras formas de arte, seja pelo tema abordado, seja pela intertextualidade criada, ou pela sensação que causa em seus leitores.
Essa é uma das grandes preocupações do professor de língua portuguesa, não só pelo valor da atividade, como também pelas deficiências apresentadas: a primeira é a ausência de conteúdo programático, pois enquanto nos demais setores de ensino da língua, a sistematização dos conhecimentos é uma realidade, no caso do texto ainda não se chegou ao mesmo nível de conhecimento. Apesar dessa visão, podemos dizer que não faltam trabalhos que abordamde forma fragmentada grande variedade de elementos textuais, tornando conceitos como coesão, coerência, inferências, argumentação e etc., bastante conhecidos. A segunda deficiência refere-se ao próprio espaço do professor de língua portuguesa na utilização dessa atividade. O questionamento proposto nos textos em livros didáticos apresenta grande variedade na questão da finalidade, pois fala sobre cultura, formação moral, o senso de crítica, ensino da gramática, significados, e etc., mas não apresenta um objetivo definido. No caso é o próprio texto que sugere o questionamento. Dizemos, às vezes, que o texto fala por si mesmo.
Antigamente o texto era elaborado com uma série de frases, mas baseado na experiência do professor, chegou-se à conclusão de que os textos, mesmo não apresentando problemas gramaticais eram lidos com dificuldade. Outra informação é de que o texto teria uma intenção comunicativa prévia e a linguagem permitiria a expressão desse pensamento, mas sabemos que no binômio linguagem x pensamento o produto se torna claro a medida que as palavras fluem, pois a intenção é de sempre dizermos o que queremos. O texto funciona não como transmissão de um conceito de um falante para seu interlocutor, mas apresenta a possibilidade de entendimento do outro. Quando eu digo “eu trabalho” - o conceito é da minha vivência, que certamente é diferente da vivência do interlocutor. O texto também oferece uma visão referencial, contextual e situacional, colocando em cena valores extralinguísticos como a identidade dos falantes, sua relação social, comunicação dentre outros.
Se observarmos esses questionamentos, podemos chegar à conclusão de que interpretar e compreender o texto parte da intenção de aprender o significado do mesmo, com o objetivo de formar bons leitores. É um caminho também que o professor usa para progredir no processo da língua escrita. Nesse caso a pretensão é passar da interpretação para a redação. Cada experiência didática em sala de aula deve servir de caminho à ampliação das possibilidades de compreensão de outros textos a serem lidos.
8 AVALIAÇÃO
A avaliação será realizada de maneira formativa ou seja visando o verdadeiro entendimento dos alunos.
- Participação durante todas as aulas
- produção dos textos, envolvimento com o grupo
- Envolvimento no trabalho de confecção e apresentação do sarau
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A proposta de trabalho foi elaborada a partir da necessidade de aprimoramento metodológico da leitura e literatura no Ensino Médio, para se alcançar melhores resultados com a leitura numa escola, com problemas e alunos reais, que trazem consigo as experiências, carências, desejos, conflitos, conhecimentos, sonhos, anseios, necessidades. Algo que possa ser adaptado à realidade de cada turma, que possibilite envolver os conhecimentos que se entrelaçam com conteúdo de qualquer série. Por isso, buscou-se uma proposta de encaminhamento de leitura que leve o aluno ao texto literário, por meio da exploração da temática.
Utilizar apenas um método para o trabalho com o texto literário, como atualmente ocorre, parece tornar a prática artificial. Então, construiu-se uma proposta contemplando a aproximação do texto com a realidade do aluno, fundamentada nos diversos estudiosos citados acima. O trabalho que se propõe visa à formação do leitor de literatura. Para tanto, o aluno necessita aprender a perceber a relação da obra literária com outros textos e visualizar os diversos conhecimentos implícitos na obra. Assim, formar um leitor de literatura, requer formar um leitor de textos dos mais diversos gêneros, não apenas os literários; do contrário ele será incapaz de construir significados para as obras lidas, tampouco relacionar o texto com a realidade na qual vive. Por isso, propôs-se uma série de textos que dialogam com a obra estudada e leituras complementares que podem ser consultadas para aprofundamento da temática. Também foi envolvida a prática da escrita e a oralidade, por compreender que elas se completam na formação do leitor. 
	
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais – 3º e 4º Ciclos. Língua Portuguesa. Brasília: 1998. Acesso em 26 de Março de 2019
KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2013. Acesso em 266 de Março de 2019
VIEIRA, José Luandino. “A fronteira de asfalto”. In: A cidade e a infância: contos. São Paulo: Companhia das Letras: 2007. Disponível em: <https://bit.ly/2PLtNdI>. Acesso em: 27 de Março de 2019
COSSON, Rildo. Letramento Literário – teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2009.
SILVA, Lílian Martins. Notas para uma educação do leitor. In: Língua Portuguesa. Ano I, n.2, jun. 2001, p. 54-60. Acesso em 9 de Abril de 2019
ZILBERMAN, Regina. A leitura e o ensino da literatura. São Paulo: Contexto, 1991. Acesso em 10 de Abril de 2019
ALENCAR, José de. Lucíola. São Paulo: Ciranda Cultural, 2009. Acesso em 10 de Abril de 2019
Barros DC, Pereira RA, Gama SG, Leal Mdo C. Food consumption by pregnant adolescents in Rio de Janeiro, Brazil. Cad Saude Publica 2004;20 Suppl1:S121-9. Acesso em 10 de Abril de 2019
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